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Estatísticas Quânticas II
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Você também pode ler sobre esta aula no capítulo 11 e no Apêndice C do livro
do Eisberg & Resnick.
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Uma analogia...
• Considere um conjunto de habitantes de um país. Como
está distribuída a renda entre os habitantes?
• Como você imaginaria um gráfico representando o
número de pessoas que recebem acima de um valor v
mensalmente?
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Uma analogia...
• Considere um conjunto de habitantes de um país. Como
está distribuído o dinheiro entre os habitantes:
Para começar,..
• Vamos considerar um sistema de entidades idênticas
(moléculas, osciladores harmônicos, etc...), que podem
trocar energia entre si.
• O sistema está isolado e a energia total a ser repartida é
fixa, portanto, constante.
• Vamos assumir que estamos estudando a situação de
equilíbrio térmico.
• Esta situação requer que, para que o sistema chegue ao
equilíbrio, as entidades possam trocar energia entre si e
também com as paredes que contêm o conjunto de
entidades (uma entidade trocar energia com a parede
tem o mesmo efeito de trocar energia com uma outra
entidade, já que o sistema está em equilíbrio).
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Note bem..
• O nosso ponto de vista
agora não é o que
Espectro discreto de vapor de Hg (baixa densidade)
acontece com um átomo
ou um fóton ou um elétron,
mas com muitos deles.
• Não olharemos o
problema do ponto de
vista individual, como p.
ex., um elétron num átomo Intensidade relativa
sofrendo uma transição
entre dois estados, ou um
fóton incidindo num átomo
dando efeito Compton.
Comprimento de onda/nm
Microestados Macroestados
• Consideremos que queremos distribuir 2 unidades de
energia em um “gás” de 4 partículas idênticas e
distinguíveis.
• Consideremos ainda que cada partícula possa adquirir
energia somente em unidades inteiras de energia.
• De quantas maneiras essas 4 partículas poderão dividir
entre si as 2 unidades de energia?
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A evolução do sistema
• Uma aplicação dos princípios da estatística é determinar a direção da
evolução natural de um sistema.
• A 2a Lei da Termodinâmica nos diz que sistemas isolados evoluem
numa direção tendendo ao aumento da multiplicidade (o que na
Termodinâmica tem a ver com o aumento da entropia).
o Se o sistema estiver inicialmente no macroestado A e nós deixarmos as 4
partículas interagirem umas com as outras, em um instante posterior nós
poderemos encontrar o sistema no macroestado B.
o Entretanto, se o sistema iniciou no macroestado B, seria menos provável dele
se encontrar num instante posterior no macroestado A, porque envolveria um
decréscimo na multiplicidade de estados, o que é menos provável.
o Conforme o número de partículas no sistema aumenta, as diferenças entre as
multiplicidades dos macroestados ficarão maiores e mudanças envolvendo
decréscimo na multiplicidade ficarão tão improváveis que não são observadas.
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1ª hipótese:
• Todos os microestados são igualmente prováveis.
• No nosso exemplo, temos 10 microestados e apenas 2
macroestados.
• Se tivermos um número grande de sistemas idênticos ao nosso,
observaremos 6/10 = 60% deles no macroestado B e apenas 4/10
= 40% deles no macroestado A.
Multipli 5 20 20 30 60 10 10 20 30 5
cidade
W
N!
W=
N 0 ! N1 ! N 2 ! N3 ! N 4 ! N5 ! N 6 ! Nº de permutações com repetição
Wtotal =
( N + Q − 1)! Nº total de estados (N partículas repartindo
Q !( N − 1)! Q unidades de energia)
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Exemplo:
Probabilidade de uma partícula ter energia 3 u.a. => (1x60+2x10+1x20)/(5x210) =0,095
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Partícula 2
Partícula 1 Partícula 1
Partícula 2
26
Multipli 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
cidade
W
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Calculando a probabilidade...
• Exemplo:
Probabilidade de um dos bósons ter energia 3 u.a. =>
(1x1+1x1+2x1)/(5x10) = 4/50 = 0,080.
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Multipli 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
cidade
W
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Recalculando a probabilidade...
• Exemplo:
Probabilidade de um dos férmions ter energia 3 u.a. =>
(1x1+0x1+0x1)/(5x3) = 1/15 = 0,067.
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f MB ( E ) = Ae − E / kT
1
f MB ( E ) = e − − E / kT
e = E / kT
e e
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As distribuições quânticas
• Sistemas constituídos de bósons obedecem a
distribuição de Bose-Einstein:
1
f BE ( E ) = .
e e E / kT − 1
Boltzmann
T (K)
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Bose-Einstein
T (K)
37
Fermi-Dirac
T (K)
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Ressalvas:
• Os sistemas que vimos até agora devem ser vistos apenas
como exemplos para indicar algumas diferenças entre a
estatística clássica e as estatísticas quânticas.
• As funções distribuição de energia para sistemas de muitas
partículas são diferentes das funções que obtivemos para o
nosso sistema simples de 5 partículas.
• Partículas com spin inteiro são descritas por uma função
distribuição (Bose-Einstein) que é aproximadamente
exponencial, mas que cresce mais acentuadamente a baixas
energias. Veremos quais consequências interessantes daí
decorrerão.
• Partículas que obedecem o princípio de exclusão de Pauli são
descritas por uma função distribuição (Fermi-Dirac) muito
diferente das anteriores, a qual satura a baixas energias,
também acarretando consequências interessantes.
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Resumo
• Estudamos exemplos simples de poucas partículas no
caso das partículas serem idênticas e distinguíveis
(Estatística Clássica) e no caso delas serem idênticas e
indistinguíveis (Estatísticas Quânticas).