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clássica
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AULA
META
Introduzir conceitos de mecânica estatís-
tica clássica.
OBJETIVOS
Ao m da aula os alunos deverão ser
capazes de:
tico.
temperatura.
de Maxwell-Boltzmann e a função de
partição.
conceitos.
PRÉ-REQUISITOS
Aulas anteriores e cálculo diferencial e
integral.
Mecânica estatística clássica
5.1 Introdução
Caro aluno, nas três primeiras aulas estudamos princípios de
∗
cada partícula é uma variável aleatória , ou seja, ∈ [0, ∞[. Como
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Introdução à Física Estatística
Note que neste caso, ρ() deve ter unidade de inverso de energia.
N.
Como visto na aula 1, a energia interna U é a média da energia
85
Mecânica estatística clássica
onde
N = Na + Nb .
W = Wa Wb , (5.2)
86
Introdução à Física Estatística
d ln W = d ln Wa + d ln Wb = 0. (5.3)
S = Sa + Sb ,
seja,
S = kB ln W, (5.5)
unidades do SI é
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Mecânica estatística clássica
L
X
N= nj (5.6)
j=1
O conjunto {nj }L
j=1 é chamado de partição do sistema. Note que
nj
Pj = . (5.7)
N
L
X
ρ() = Pj δ( − j ). (5.8)
j=1
88
Introdução à Física Estatística
possíveis.
macroscópico) {nj }L
j=1 ocorrer, ou seja, o número de microestados.
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Mecânica estatística clássica
N!
teremos N (N − 1) = (N −2)! arranjos possíveis e, como a permu-
N!
W(n1 = 2) = 2!(N −2)! maneiras de distribuir estas duas partículas.
N!
W(n1 ) = . (5.10)
n1 !(N − n1 )!
apenas cinética: p2 /2m = (p2x +p2y +p2z )/2m. Sendo assim, existem
o número de níveis
∗ associados à energia . Sendo assim, existem
j
N!
W(n1 ) = g1n1 .
n1 !(N − n1 )!
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Introdução à Física Estatística
analogia, obtemos
(N − n1 )!
W(n2 |n1 ) = g2n2 .
n2 !(N − n1 − n2 )!
nL ! (N − n1 − n2 )! característica quân-
W(n1 , . . . , nL ) ∝ gLnL . . . g3n3 tica, perceba que, até
nL !0! n3 !(N − n1 − n2 − n3 )! agora, não abordamos
(N − n 1 )! N! nenhuma propriedade
g2n2 g1n1 . quântica. Esta con-
n2 !(N − n1 − n2 )! n1 !(N − n1 )!
sideração emerge aqui,
não por consequência
Logo,
n de princípios quânti-
L
Y gj j cos, e sim para que a
W(n1 , . . . , nL ) = N ! entropia de Boltzmann
nj !
j=1 seja compatível com a
No entanto, devemos considerar que a permutação das N partícu- entropia denida pela
termodinâmica, visto
∗
las não gera um microestado diferente . Portanto, fazemos W → que existem várias
maneiras de denir
W/N ! e, com isso, obtemos esta grandeza [3] . Esta
conexão exige que a
L n entropia de Boltzmann
Y gj j
W(n1 , . . . , nL ) = . (5.11) seja uma variável
nj ! de estado extensiva,
j=1
como é denida na
termodinâmica [eq.
5.4.2 Maximizando o número de microestados (3.27)]. A divisão por
N! (fator de correção
de Gibbs [4]), torna
Para achar a partição mais provável, devemos maximizar W ou
extensiva a entropia de
ln W . Antes disso, vamos simplicar ln W , usando a eq. (5.11) Boltzmann (ativ. 5.3).
L
X
ln W = (nj ln gj − ln nj !) . (5.12)
j=1
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Mecânica estatística clássica
L
X nj
ln W ≈ N − nj ln . (5.14)
gj
j=1
N
nj = gj exp(−βj ). (5.15)
Z
L
X
Z≡ gj exp(−βj ).
j=1
temos
g()
ρ() = exp(−β),
Z
onde g() ∗
é a densidade de níveis , ou seja, g()d é o número de
Z ∞
Z= g() exp(−β)d. (5.17)
0
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Introdução à Física Estatística
d3~r d3 p~.
R R
ao cálculo deste hipervolume: Porém, g() deve ser
Z Z
g() = 3
d ~r d3 p~δ[ − 0 (~r, p~)]. (5.18)
∂S
kB β = . (5.19)
∂U
dQ
¯ = dU + P dV.
Como dS = dQ/T
¯ , podemos escrever
1 P
dS = dU + dV
T T
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Mecânica estatística clássica
1 ∂S
= . (5.20)
T ∂U
1
β= .
kB T
g()
ρ() = exp − , (5.21)
Z kB T
Z ∞
Z= g() exp − d. (5.22)
0 kB T
Note que
∂
u = kB T 2 ln Z. (5.23)
∂T
Como a função de partição é uma grandeza que depende da estru-
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Introdução à Física Estatística
1 exp − kB1T + 2 exp − kB2T
u ≡ hi =
Z
exp − kB T − exp kB T
=
2 cosh kB T
−2 senh
kB T
= . (5.24)
2 cosh kB T
u = − tanh .
kB T
(2.14)]
2
∂u 2
cV = = kB 1 − tanh
∂T kB T kB T
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Mecânica estatística clássica
Figura 5.2: Energia interna por partícula e calor especíco a volume cons-
é
exp − kB2T exp
kB T
2
−1
P2 = = = 1 + exp −
Z 2 cosh kB T
kB T
a temperatura é extremamente alta
kB T 1, temos que P2 ≈ P1 .
Neste caso, como os dois níveis possuem praticamente a mesma
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Introdução à Física Estatística
pontos (~r, p~) que possuem energia igual a p2 /2m. Sendo assim,
fazemos
p2
Z Z
3 3
g() = d ~r d p~ δ − .
2m
R 3
O volume ocupado pelo gás é V = d ~r. Usando o elemento in-
∞ Z 2π Z 1
p2
Z
g() = V dp p2 δ − dφ d cos θ.
0 2m 0 −1
Z ∞
g() = 4πV d0 (2m3 0 )1/2 δ( − 0 ).
0
= 4πV (2m3 )1/2 . (5.25)
Logo,
Z ∞
3 1/2 1/2
Z = 4πV (2m ) exp − d. (5.26)
0 kB T
Z ∞
Iβ ≡ 1/2 exp (−β) d.
0
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Mecânica estatística clássica
Z ∞
y 2 exp −βy 2 dy.
Iβ = 2
0
Z ∞ Z ∞
2 2 ∂
exp −βy 2 dy.
Iβ = y exp −βy dy = −
−∞ ∂β −∞
R∞ p
−βy 2 dy =
A integral da função gaussiana é
−∞ exp π/β
(rever ativ. 4.10). Com isso obtemos,
r r
∂ π 1 π
Iβ = − = .
∂β β 2 β3
1
Sendo assim, como β= kB T , temos que
Z ∞
1p
I1/kB T = 1/2 exp − d = π(kB T )3 .
0 kB T 2
de partição do sistema
3
u = kB T.
2
3
U = N kB T.
2
3
U = N RT,
2
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Introdução à Física Estatística
2π 1/2
ρ() = exp − .
(πkB T )3/2 kB T
assim, fazemos
m 2 m 2 m
ξ(v)dv = ρ()d = ρ( v ) dv = ρ( v 2 )mvdv.
2 2 2
3/2
mv 2
m 2
ξ(v) = 4π v exp − ,
2πkB T 2kB T
estes.
5.6 Conclusão
Vimos que é possível introduzir um tratamento estatístico des-
99
Mecânica estatística clássica
5.7 Resumo
Nesta aula, conectamos as propriedades microscópicas de um
de Boltzmann
S = kB ln W.
mann, é
g()
ρ() = exp − ,
Z kB T
onde g() é a densidade de níveis do sistema e
Z ∞
Z= g() exp − d
0 kB T
é a função de partição, a qual depende das características mi-
∂
u ≡ hi = kB T 2 ln Z.
∂T
5.8 Atividades
deste problema.
100
Introdução à Física Estatística
Comentário: O item (a) pode ser obtido como foi feito no texto,
que as entropia calculadas nos itens (a) e (b) quanto sua ex-
Gibbs.
5.4.1.
101
Mecânica estatística clássica
deste problema.
termodinâmica?
deste problema.
deste problema.
102
Introdução à Física Estatística
para suas partículas são: 0, , 2, 3, . . .. Além disso, cada energia
de partição do sistema é
−1
Z = 1 − exp − .
kB T
[2].)
103
Mecânica estatística clássica
Referências
[1] ALONSO, M; FINN, E. J. Physics. 2.ed. Addison-Wesley, 1986.
104