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Em nosso trabalho, abordaremos a respeito da energia em um sistema de moléculas,

considerando duas moléculas idênticas, e trataremos a respeito das limitações potenciais de


acordo com a fórmula de Lennard Jones.
Nosso objetivo é explorar a energia presente nesse sistema específico e descrever as
interações moleculares com base nas limitações da fórmula, a fim de refutá-la.
Estamos trabalhando com um problema que envolve a interação entre átomos neutros,
considerando a influência das forças de van de waals e da repulsão coulombiana. Para a
abordagem desse problema, aplicaremos conceitos básicos relacionados a energia, como a
energia potencial e cinética, e para isso, iremos nos basear na fórmula de Lennard Jones-
uma expressão matemática muito utilizada para descrever as propriedades energéticas de
sistemas moleculares- Essa fórmula é muito importante para a resolução do problema em
questão, pois considera a interação eletromagnética entre as nuvens eletrônicas dos átomo.
Ao aplicar a fórmula de Lennard, poderemos obter uma representação quantitativa da
energia do sistema de moléculas e compreender como ela varia com a distância entre os
átomos.
E por fim, nós escolhemos o tópico 3 para a resolução do nosso trabalho (determinar as
equações de movimento da molécula por meio de sua energia total) e com base nele, iremos
refutar os seguintes tópicos:
•Interações de pares;
•Negligência interações de carga;
•Precisão limitada em condições extremas;
•Falta de dependência direcional;
•Parâmetros empíricos.

Dessa forma, nossa abordagem se concentrará nas análises moleculares, utilizando


conceitos básicos de energia e se baseando na fórmula de Lennard Jones.

Entende-se que há objetos distantes o suficiente para não interagirem. Os dois corpos
ser aproximados com o mínimo de energia, permitindo a interação. Eles podem ser
continuamente aproximados até que se toquem. Neste ponto, torna-se difícil diminuir ainda
mais a distância entre os dois corpos. Para aproximá-los, quantidades crescentes de energia
devem ser adicionadas. Isso porque, eventualmente, conforme os corpos começam a invadir
o espaço um do outro, eles se repelem; a força de repulsão é muito maior do que a força de
atração.
Este cenário é semelhante ao que ocorre em átomos e moléculas neutras e é
frequentemente descrito pelo potencial de Lennard-Jones
A fórmula proposta por Lennard limita à sistemas de pares, o que problematiza a
conclusão quando a intenção é entender um sistema com mais corpos interagindo entre si,
contudo usaremos um sistema de pares para melhor compreensão e desenvolvimento do
problema.
Baseado no problema proposto, há duas moléculas idênticas, neutras, de acordo com
a fórmula de L-J, temos:
V( r ) = 4 ε [(σ/r¹²)−(σ/r⁶)]
ou às vezes é expresso como:

V( r ) =(A/r¹²)−(B/r⁶)

onde

• V(r) é o potencial intermolecular entre os dois átomos ou moléculas.


• ε é a profundidade do poço e uma medida de quão fortemente as duas partículas se
atraem.
• σ é a distância na qual o potencial intermolecular entre as duas partículas é zero. Dá
uma medida de quão perto duas partículas não ligantes podem chegar e, portanto, é
referido como o1σ raio de Van der Walls . É igual a metade da distância
internuclear entre as partículas não ligantes.
• r é a distância de separação entre ambas as partículas (medida do centro de uma
partícula ao centro da outra partícula).
• A = 4 εσ¹², B = 4 εσ⁶

Tendo o sistema em equilíbrio, como rígido, devido a interação entre as moléculas,


pequena quantidade de massa mas suficiente para manter suas propriedades físicas, a
distância entre eles supondo que apresenta movimento translacional e rotacional ao redor de
um eixo rígido, de massa desprezível, tem velocidade angular w.

L/2 L/2

mov. mov.
translacional rotacional

Ec.t= mv²/2
Ec.r= Iw²/2
dm= massa decimal de uma partícula do corpo
s= vetor velocidade da partícula
r= distância do centro de massa até a partícula

Logo, a energia mecânica do sistema é dada por:

Em= mv²+Iw²+ 4 ε [(σ/r¹²)−(σ/r⁶)]


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De maneira que podemos obter a velocidade do sistema por:


v= √8 ε [(σ/r¹²)−(σ/r⁶)]- Iw²/m

Aceitando o movimento unidimensional proposto pela fórmula temos que há forças


conservativas no sistema, que são aquelas que realizam o mesmo trabalho para qualquer
caminho possível entre dois pontos, com isso:
−∫F⃗ ⋅dr⃗ = V(r⃗ )
-dV/dx =F
F= 12A-6Br⁶
r¹³
Um corpo está em equilíbrio quando a somatória de todas as forças que atuam sobre ele for
nula, ou seja, igual a zero:
0=12A-6Br⁶
r¹³
12A= 6Br⁶ → A= Br⁶/2 → r=⁶√2A/B
Aplicando o r no equilíbrio na fórmula de L-J:
V( r ) =(A/r¹²)−(B/r⁶)
V(⁶√2 A/B ) =(A/⁶√2 A/B ¹²)−(B/⁶√2 A/B ⁶)
V(⁶√2 A/B )=A/(2 A/B)²-B/(2 A/B)=
(A-B)²B²/(2 A)²=
(4 εσ¹²-4 εσ⁶)²(4 εσ⁶)²/4(4 εσ¹²)²= (4 εσ¹²-4 εσ⁶)²/4 σ²

Temos que a medida da distância de separação diminui, a probabilidade de interação


aumenta. As partículas se aproximam até atingirem uma região de separação onde as duas
partículas se ligam; sua energia potencial de ligação diminui de zero para uma quantidade
negativa. Enquanto as partículas estão ligadas, a distância entre seus centros continua a
diminuir até que as partículas atinjam um equilíbrio, especificado pela distância de separação
na qual a energia potencial mínima é alcançada.

O desenvolvimento a partir da teoria de Lennard-Jones apresenta algumas limitações


como já foram comentadas no início do trabalho; visto que moléculas são corpos
tridimensionais que se deslocam no espaço, pode-se esperar, experimentalmente, que haja
variações/erros nos resultados encontrados através do experimento, devido ao movimento;
por não considerar as cargas dos átomos que compõe o sistema e sua distribuição,
considerando moléculas apolares, assim como não permite analisar diversos corpos
simultaneamente.
Espera-se a partir da teoria, observar no experimento que enquanto as moléculas
estiverem afastadas suficientemente para não interagirem entre si, a energia potencial tenderá
à zero com valores negativos; ao se aproximarem a energia cairá, até alcançar o ponto de
equilíbrio onde a ligação entre os átomos é formada, e se forçada a interação entre eles a
energia do sistema irá aumentar na tentativa de fundir os corpos, como no esquema:
Visto que no caso unidimensional uma força conservativa pode ser calculada se conhecermos
a energia potencial correspondente como função da posição

Podemos estender esse resultado para o caso tridimensional. Para isso vamos calcular a
variação da energia potencial correspondente a um deslocamento de x para x + ∆x. Se
aplicarmos a relação geral

Representado por:

Tem-se dy = 0 e dz = 0.

Note que se ∆x for suficientemente pequeno, teremos a aproximação que se torna exata no
limite em que ∆x → 0. Neste caso:

Por analogia, temos

Pode-se calcular as três componentes da força se for conhecida a energia potencial U(x, y, z)
como função da posição. Considere por exemplo o potencial harmônico em duas dimensões
U(x, y) = ½k(x² + y²). Nesse caso, as componentes x e y da força que atua em uma partícula
sujeita a essa potencial, serão dadas por
Definindo o operador vetorial ∇⃗ como

A ação do operado vetorial em uma função escalar qualquer f(x, y, z) resulta no gradiente da
função escalar f(x, y, z).

Logo, podemos reescrevê-la como

Considere, por exemplo, o potencial de Lennard-Jones. Note que, próximo do ponto de


equilíbrio, a função potencial pode ser aproximada por um potencial harmônico. Para fazer
essa aproximação, expande-se o potencial de L-J em torno de seu ponto mínimo xₒ usando a
série de Taylor. Para expandir uma função f(x) qualquer em torno de um ponto xₒ pode-se
usar a relação

Expandindo o potencial de Lennard-Jones em torno da posição de equilíbrio xₒ:

E o potencial em torno de xₒ como


Com isso, faz-se uma aproximação em segunda ordem para o potencial U(x) em torno da
posição xₒ

Reescrito como

Possibilita-se encontrar a frequência para pequenas oscilações ν, entendendo que:


Dizemos que um sistema é um oscilador harmônico se a energia potencial do sistema pode
ser escrita na forma

k é uma constante positiva.


A partícula é atraída até a origem x = 0 por uma força restauradora:

Podemos encontrar a posição da partícula em função do tempo. Para isso, podemos partir da
segunda lei de Newton para obter

O qual é uma equação diferencial e sua solução:

Em que A e φ são constantes e ω, a frequência angular de oscilação, é dado por

A frequência ν (que é o inverso do período ν = 1/T) se relaciona com a frequência angular


por meio da relação
Onde o mínimo do potencial é deslocado para uma posição xo, teríamos

O que resulta em uma equação do movimento da forma, onde a frequência de oscilação não
se alteraria.

Em suma, após esse estudo é possível perceber a fórmula de L-J possui restrições, como a
sua limitação à de sistema de pares e com a sua negligência de interações de carga, e o fato
de que os atendimentos são corpos tridimensionais em movimento no espaço, o que pode
levar a variações e erros nos resultados experimentais. Entretanto, a teoria não leva em conta
as cargas dos átomos que compõem o sistema e sua distribuição, limitando a sua aplicação a
emissão apolares não permitindo a analisar diversos corpos.
Contudo, foi observado que através de experimentos com a energia potencial varia com
a distância de separação entre as partículas, à medida que elas se aproximam, o potencial de
energia diminui, atingindo o ponto de equilíbrio onde a ligação entre átomos é formada. Caso
sejam forçados a interagir ainda mais, a energia do sistema aumentará, tentando fundir os
corpos. É necessárias mais pesquisas no ramo da física e da quimica molecular para aprimorar
a teorias existentes e L-J a desenvolver modelos mais precisos.

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