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A marginalização da população trans na sociedade

brasileira
Não é de hoje que pessoas transexuais e transgêneros
vivenciam um cotidiano repleto de violência, medo e silenciamento.
São cruelmente julgadas por se encontrarem fora dos padrões
aceitos socialmente. A intolerância de gênero, está se tornando
cada vez mais presente e, acaba passando despercebida diante
daqueles que não são diretamente afetados pela mesma.
O Brasil é o país que mais mata pessoas trans no mundo, e
ao mesmo tempo, o país que mais consome conteúdo pornográfico
desta mesma comunidade. Só em 2020, ocorreram 175 homicídios
contra transexuais, transgêneros e travestis no Brasil. Os dados em
si, já retratam a tamanha hipocrisia daqueles que se posicionam tão
rigidamente contra a reivindicação dos direitos básicos da
comunidade trans.
O bullying, a reprovação familiar, e muitas vezes, a expulsão
de casa, desgastam-lhes a saúde mental, desencadeando a baixa
autoestima, ansiedade, depressão e diversos outros transtornos.
Excluídos da sociedade de maneira severa, a única saída
encontrada por estas pessoas, é a pornografia e a prostituição, que
oferecem condições de trabalho extremamente precárias e
desumanas.
A comunidade trans e cis podem sim, coexistir de maneira
pacífica, abandonando estigmas provenientes de nossas raízes.
Não podemos continuar nos enganando ao alegrarmos que o fim da
intolerância e do preconceito é uma total utopia no cenário atual. A
transgeneridade não é, e nunca foi, uma doença ou um distúrbio
mental. Somente existem alguns que não sabem cuidar de suas
próprias vidas.

Ana Luisa Kahey Souza

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