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e desdobramentos
culturais1
Family Album: Image and cultural foldings
RESUMO
O presente ensaio tem como objeto de estudo as representações dos
álbuns de família. Trata o álbum como imagem social e como um dis-
positivo cultural para arquivar e compartilhar memórias. O objetivo
principal é discutir o significado da reconceituação do álbum de fa-
mília, nos dias de hoje, frente às novas formas de comportamento
da humanidade com a tecnologia. Como procedimento metodológico,
ABSTRACT
A porosidade e a exibição do suporte mudam com o avanço do mílias, originam-se do séc. XIX, segundo fichas do Acervo Equipamen-
tempo, e o corpo, de recepção e apreciação dos actantes6, ajusta-se tos da Casa Brasileira, Usos e Costumes – Arquivo Ernani Silva Bruno,
em comportamentos dialógicos e performativos ao atualizar-se com no Museu da Casa Brasileira, em São Paulo (2015). Estas fichas descre-
a cultura. Novos rituais emergem em novos modos de vida. A fotogra- vem fotografias de famílias presentes na literatura de José de Alencar
fia, abordada como imagem, coloca-se no tempo e no espaço, tecen- (1829-1877), Aluísio de Azevedo (1857-1913) e Machado de Assis (1839
do histórias por meio de sua linguagem. Suas composições evocam e - 1908). No relato destes autores, as paredes das casas já apresenta-
convidam movimentos no apreciador, que, em envolvimento estésico, vam fotografias de família e porta-retratos, mostrando o registro de
constrói interpretações dela. Tal comportamento do espectador dia- imagens e a lembrança de um passado.
loga com as ideias de “imagem-tempo” e “imagem-movimento” abor- Os processos de modernização propiciados pela Revolução In-
dadas por Gilles Deleuze sobre o cinema (1999). dustrial e pela nova República estabelecida no Brasil
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[...] extinguira[m] a antiga nobreza, e o estabelecimento cimentos. Outro aspecto interessante é a possibilidade, com o passar
de um verdadeiro culto da aparência exterior, com vistas do tempo, de que o sujeito retratado se reconheça como parte de
a qualificar de antemão cada indivíduo. uma história construída coletivamente.
Esse panorama consagraria aquilo que Habermas deno- A função do álbum, como registro de memórias, revigora os senti-
minou de “institucionalização da vida privada ligada ao mentos de afetos e desafetos, recordam histórias capazes de ampliar
público”, repercutindo na organização do espaço domés- a compreensão do passado e do presente. O álbum é um arquivo da
tico, na decoração requintada dos ambientes e nas novas
vida privada que apresenta, por imagens, a história de uma família, de
formas de convivialidade. A recepção deixava de estar
circunscrita ao grupo de amigos da casa ou aos laços de um lar e de uma sociedade.
consangüinidade, agregando indivíduos estranhos à vida
doméstica, cujo mérito pessoal e domínio das regras de Por meio de fotos, cada família constrói uma crônica vi-
etiqueta viabilizaram sua assimilação e circulação nos sa- sual de si mesma — um conjunto portátil de imagens que
lões da elite (NOVAES, 1998, p.453). dá testemunho da sua coesão. Pouco importa as ativida-
des fotografadas, contanto que as fotos sejam tiradas e
estimadas. A fotografia se torna um rito da vida em famí-
A mudança de padrão social nos lares brasileiros, como aponta- lia exatamente quando, nos países em industrialização
da por Fernando Novaes (1998), apresenta-nos cidadãos que precisam na Europa e na América, a própria instituição da família
mostrar uma postura diferente perante a sociedade. Desta forma, or- começa a sofrer uma reformulação radical. Ao mesmo
ganizam também suas memórias em registros fotográficos. Quando tempo em que essa unidade claustrofóbica, a família
apresentam o álbum a alguém, narram histórias da saga pessoal da nuclear, era talhada de um bloco familiar muito maior, a
fotografia se desenvolvia para celebrar, e reafirmar sim-
família, salvando lembranças que se perderam com o passar do tempo.
bolicamente, a continuidade ameaçada e a decrescente
amplitude da vida familiar. Esses vestígios espectrais, as
fotos, equivalem à presença simbólica dos pais que de-
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com o álbum. Agora, postamos imagens quase que instantaneamente, As crianças da nova idade, mimadas por seus pais como
na internet. Antigamente, a foto era tirada de uma câmera analógica nunca o foram, não encontram, no entanto, na imagem
que continha um filme para revelação (Fig. 2)7. A imagem demorava um da mãe autoridade envolvente e na do pai autoridade
ordenadora. Essas grandes imagens, que reinaram nas
tempo para ser revelada, muito diferente do que ocorre hoje em dia.
religiões e nos mitos, se dissipam no imaginário moder-
no. [...] com o impulso da cultura de massa os pais vão
apagar-se até desaparecerem do horizonte imaginário.
[...] Os modelos dominantes não são mais os da família
ou da escola, mas da imprensa e do cinema.
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pelas casas comerciais, com a revelação de cada foto. O
REFORMULAÇÕES DO ÁLBUM DE FAMÍLIA E SEUS AFETOS álbum como livro, como relíquia a se guardar, quase não
se sabe onde está; vai ficando sem lugar. (SILVA, 2008,
A foto existe para ser vista. E, neste mesmo sentido, gera algum p.21)
tipo de comunicação com o observador. Fotografias em si não têm sig-
nificados, são apenas figuras processadas em um suporte específico. O álbum é uma espécie de arquivo, de uma memória, o qual
Porém, o seu sentido se faz externo a elas. Ele efetiva-se na relação pede para ser aberto e ativado para reviver narratividades. E, portan-
com o(s) outro(s), daí a mensagem se constituir por meio de inter- to, um dispositivo da cultura de uma família, de um grupo e mesmo de
pretação. Podemos questioná-la não como reprodução da realidade e uma pessoa que se contextualiza culturalmente. Para Jacques Derrida
duplicação do mundo, mas como uma imaginação afetiva de algo que (1994), a característica de um arquivo é:
ali esteve e que se reproduziu sob efeitos de luz. Ela é representação
em corpo de mídia, que atua em função da insistência da memória, do Não há arquivo sem lugar de referência. Não há arquivo
fazer-se lembrado, do fazer-se presente por meio da história visitada. sem exterioridade. Dessa maneira, não há arquivo sem
O álbum e a ideia de família, conforme dito na seção anterior, per- envio a um lugar externo que assegure a possibilidade
de memorização. Essa repetição, a lógica de repetição,
manecem em suas atuações culturais, mesmo que ressignificados. Os
profundamente, a repetição-compulsão permanece, de
vínculos afetivos, por vezes, são substituídos pelos atos de colecionis- acordo com Freud, indissociável do instinto de morte. E
mos, nos álbuns. Fotos selecionadas ficam expostas como recortes de aquilo disposto no arquivo não é algo diferente do ex-
forma passional de verdades profundas, nas quais a pessoa se torna posto à destruição; na verdade, aquilo ameaçado de ser
mito da própria imagem, e os demais fotografados são os seus dese- destruído introduz, a priori, o esquecimento e, então,
jos de manter a imagem do(s) outro(s) vinculado(s) à sua. Desta forma, o arquivável no coração do monumento [...]. O arqui-
vamento sempre trabalha, a priori, contra ele mesmo”
o álbum torna-se o imaginário coletivo de um grupo, ou de um querer
(Apud SILVA, 2008, p.46).
ser grupo, de uma família que se apresenta sob uma representação.
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de imagens em escala industrial, além de seu esvaziamento simbóli- A cultura familiar transmitida será a base de construção do enten-
co. Podemos nos atentar também para os negativos fotográficos que dimento do indivíduo perante o mundo e a sociedade. Desta forma,
estão desaparecendo, fazendo com que nos preocupemos com as quando Bourdieu afirma que as pessoas geram valores por meio da
traduções destes arquivos em outros dispositivos, quer sejam eles o convivência, ele mostra a importância de se herdar o conhecimento
scanner, o disco rígido do computador ou alguma plataforma on-line das histórias e narratividades que trazem o passado da família, seu
para guardá-los. histórico e sua origem. Antigamente, por meio da narrativa histórica
O esvaziamento simbólico, como relata Benjamin (2012), tem seu dos familiares, os jovens entendiam as suas origens culturais e os va-
efeito progressivo, primeiramente pelo consumismo de massa e, pos- lores gerados pela sua família. Após o surgimento da fotografia, por
teriormente, para preencher o vazio do mito familiar, conforme relata Joseph Nicéphore Niépce (1765-1833) e Louis Jacques Mandé Daguer-
Edgar Morin (1969). As fotos de família também passam por este pro- re (1787-1851), as histórias passaram a ser narradas e acompanhadas
cesso de esvaziamento de sentidos com o passar do tempo. O actante por imagens, pois a reprodução da imagem, por um processo indus-
que narra o álbum guarda as histórias das imagens fotografadas e a trial, tornou-se acessível a grande parte da população.
identificação de cada ente querido, presente no álbum de família. As Por outro lado, as facilidades de acesso para adquirir e manipular
fotografias só terão sentido, no futuro, caso o registro das histórias ferramentas para a produção da fotografia gerou uma falta de zelo e
seja transmitido para as gerações posteriores, assim como o conceito apreciação do tempo que sustenta e presentifica a imagem das histó-
de preservação histórica e de orgulho familiar. rias vividas. Para Susan Sontag (2009, p.19), a necessidade de se con-
Com as famílias se separando, construindo novos laços, recons- sumir imagens estéticas para confirmar uma realidade ou uma expe-
truindo novas famílias e novos formatos de família, os álbuns também riência se transforma em um consumismo estético. Estimulado pelas
vão ganhando novas narratividades e novas visões. O álbum continua sociedades industriais, este consumismo transforma os cidadãos em
representando a nossa sociedade, porém em outras plataformas e dependentes de imagens.
gerando outros simbolismos. Cabe aí, atentarmos a eles. O compor- Imagens vazias, nas quais, muitas vezes, os atores sociais são me-
questionamentos de ordem social, cultural e estética, envolvendo as rado nas composições fotográficas por meio de elementos estéticos
ideias de imagem, história e narratividade, e os procedimentos para que configuram sua visualidade.
suportes e projeções/exibições. A sociedade se articula em espaços e Em contrapartida, Roland Barthes (1984, p.172), em sua aborda-
pode ser entendida por meio das relações que estabelece. Segundo gem provocativa e transgressora, continua nos garantindo, nas brechas
Pierre Bourdieu (1998), o indivíduo constrói seu próprio hábito à me- que nos permitimos, a poética dos devaneios que a fotografia pode nos
dida que se relaciona com pessoas. Os conceitos e valores gerados pe- oferecer, mesmo com a realidade social em que atua. Na obra A câmara
las interações que realiza, definirão os espaços que ocupa no campo clara: nota sobre fotografia, ele relata suas impressões acerca da morte
social. Arriscaríamos dizer que o rizoma de Deleuze estende as redes de sua mãe. Ele compara o simbolismo presente em cada uma das ima-
de conexões e os mais simples hábitos cotidianos das pessoas, que se gens, analisa e decifra o conteúdo imagético e histórico de cada pessoa
colocam presentes, de forma exibicionista e editada, nas redes. retratada. O autor também relaciona os aspectos sociais da fotografia
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como forma de arte e não de loucura, sobrevalorizando o poder imagé- motivo de um clique. E aí, o que poderia ser um registro feliz ou me-
tico da fotografia como pode se perceber a seguir: morável de uma família, por exemplo, pode ficar despercebido ou lar-
gado no tempo. Confiramos a crítica de Flusser (IBID, p.62) que nos
A sociedade procura tornar a fotografia sensata, tempe- permitiu tais apontamentos:
rar a loucura que ameaça constantemente explodir no
rosto de quem olha. Para isso ela tem à sua disposição Constata-se em nosso entorno, como os aparelhos pre-
dois meios. O primeiro consiste em fazer da fotografia param a programar, com automação estúpida, as nossas
uma arte, pois nenhuma arte é louca. Donde a insistên- vidas; como o trabalho está sendo assumido por máqui-
cia do fotógrafo ao rivalizar com o artista, submetendo- nas automáticas, e como os homens vão sendo empur-
se à retórica do quadro e a seu modo sublimado de ex- rados rumo ao setor terciário, onde brincam os símbolos
posição. A fotografia pode ser, de fato, uma arte: quando vazios, como o interesse dos homens vai se transferindo
não há mais nela nenhuma loucura, quando seu nome do mundo objetivo para o mundo simbólico das informa-
é esquecido e consequentemente sua essência não age ções: sociedade informática programada; como o pensa-
mais sobre mim [...] O cinema participa dessa domes- mento, o desejo e o sentimento vão adquirindo caráter
ticação da fotografia - pelo menos o cinema ficcional, de jogo em mosaico, caráter robotizado; como o viver
justamente o que é chamado de sétima arte; [...] Outro passa a alimentar aparelhos e ser por eles alimentado. O
meio de tornar a fotografia sensata é generalizá-la, gre- clima de absurdo se torna palpável.
garizá-la, banalizá-la, a ponto de não haver mais diante
dela nenhuma outra imagem em relação à qual ela possa
se marcar, afirmar sua especialidade, seu escândalo, sua Apesar de a imagem social, no século XXI, ter passado a contar
loucura. É isso o que ocorre em nossa sociedade, na qual
com aparelhos, a cada dia mais potentes e tecnológicos, oferecendo
a fotografia esmaga com sua tirania as outras imagens.
aparatos estéticos para que a fotografia guarde memórias, podemos
nos perguntar: qual o futuro das imagens produzidas? Como usufruir
retira do mundo. Se deixar algo de fora do enquadramento, ele pode Independente do álbum de família ter deixado de ser somente
gerar outra interpretação do ambiente em que a foto foi tirada. físico e passado a fazer parte das redes virtuais de computadores,
Dialogando com Sontag (2009), outro fator importante, tratado deparamo-nos com uma série de imagens que consomem o nosso
por Flusser (2009), é a quantidade de imagens que nos consomem. tempo e não transmitem nenhum sentido valoroso para nossas vidas.
Consumimos imagens e elas também nos consomem, chegando ao A velocidade e o excesso desprovido das informações causaram um
ponto de invadirem nossos modos de vida e gerenciarem nossas vi- esvaziamento na permanência dos sentidos em nossas conexões com
das. A fotografia coloca-se, assim, no automático do fazer das pesso- a internet, com o celular e outros aparatos on-line, deslizando na ti-
as. A câmera dos aparelhos celulares é um dos exemplos mais notá- meline das redes sociais como Facebook ou o Flickr (criadas em 2004).
veis deste automático. A atitude impensada do usuário, muitas vezes, O intercâmbio de afetos, quando posto nas redes, tem um tempo
coloca a fotografia na banalização do universo das imagens. Tudo é de duração que dependerá de quantas curtidas receberá. Se cair no
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gosto dos internautas, permanece por alguns dias, se não, passa como municação que tem acesso. A avalanche de imagens que brotam nos
uma leve poeira pelas redes. De outro lado, não se pode negar que monitores de computador, tablets, celulares e televisores nos enche
as fotografias postadas nas redes sociais, em sua instantaneidade efê- de imagens vazias, muitas vezes sem sentido. Quando Hans Belting
mera, aproximam e reaproximam pessoas, promovendo reencontros aponta estas imagens, chama-as imagens exógenas, isto é, imagens
entre elas. E aí resgatam vínculos de afeto, os quais, se as fotos estives- geradas fora do nosso corpo, processadas por outro e com intenções
sem em um álbum físico, não possibilitariam tais ações. Paradoxos que definidas para o meio em que atua.
nos colocam em desafios para fazermos as nossas escolhas. Podemos nos questionar até quando o álbum de família fará sen-
tido. O álbum de família não deixou de existir, as pessoas continuam
fotografando seus entes queridos. O suporte se estendeu do meio
físico para o virtual. O que mudou foi a sociedade e sua relação com
as imagens. E aí podemos “concluir” nossas reflexões, que não se fe-
cham, retomando as ideias de Armando Silva, acrescidas das relações
com o memorável semioticista russo Iuri Lotman.
No pensamento de Silva, para o álbum de família existir, ele pre-
cisa de quatro condições: 1) do sujeito representado; 2) do meio visual
do registro; 3) do álbum ou de uma técnica de arquivo; 4) da narrativa.
Estas quatro condições fazem parte da necessidade humana de se
organizar e de registrar a história, de se fazer presente e de se fazer
lembrada, para que nossas narratividades e, consequentemente, a
nossa existência não caiam no esquecimento. Já Lotman (2000), ao
Fig. 3 – Foto da família Silva publicada no Facebook em 20158.
desenvolver e discutir o conceito de texto da cultura, atribuiu três fun-
nosso imaginário.
O que acontece é que a densidade de comunicação, conforme REFERÊNCIAS
aponta Norval Baitello (1992), ao citar Harry Pross, mostra que a
maioria das pessoas realizam ações parecidas e o processo de iden- BAITELLO JUNIOR, Norval & BARRETO, José Roberto. “A comunica-
tificação é adensado. Nossa sociedade tem o costume de fotografar ção e os ritos do calendário” – entrevista com Harry Pross. In: Pro-
sua família e guardar algo de um instante para ser lembrado e para jekt – Revista de Cultura Brasileira e Alemã. São Paulo, n° 7, p. 7-10, Jun.
garantir a existência histórica do grupo. O que mais preocupa, no pro- 1992. Disponível em: <http://www.cisc.org.br/portal/index.php/en/
cesso moderno, continua o autor, é o apagamento da imagem interior biblioteca/viewdownload/9-pross-harry/83-a-comunicacao-e-os-
pelos novos acontecimentos contemporâneos. O homem passou a ritos-do-calendario-entrevista-com-harry-pross.html>. Acesso em:
receber muitas imagens que são geradas pela grande massa de co- 13 de abril de 2016.
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1999.
DINES, Yara Schreiber. Um outro álbum de família: retra- FIGURA 3
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do que seja uma narrativa, mas não se constituindo de fato como tal. Portanto o ter-
mo permite evocar, lembrar, imaginar histórias a partir de fragmentos narrativos – a
fotografia.
6. Termo usado pela semiótica discursiva (Cf. GREIMAS, A. J. & COURTÉS, J., 2008, p.
20). O actante é aquele que realiza ou sofre o ato. Contextualizando a sua atuação,
recebe status de papel, ator ou personagem.
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