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De acordo com a pesquisa, 64% dos jovens de 18 a 29 anos em todo o mundo estão
interessados em política, um aumento de 12 pontos percentuais em relação a 2019. A
pesquisa também descobriu que 56% dos jovens estão confiantes de que podem fazer a
diferença na política, um aumento de 11 pontos percentuais em relação a 2019.(fonte)
Essas estatísticas, quando aplicadas de maneira generalizada, podem não ser coerente com
todas as sociedades de seus contextos políticos, como é o caso da realidade brasileira, onde se
encontram um grande percentual de jovens que possuem uma relação desenvolvida de forma
apática com a política. Demonstrando pouco interesse em cumprir ou possuir um senso
crítico e de responsabilidades sobre seu sistema político, direitos e deveres. realidade
brasileiro, resultando assim em um baixo engajamento político entre esses indivíduos e a
política.
Esse fator, não é uma mera circunstância da pela casualidade dos contextos ao qual
pertencem. Por outro lado, são decorrentes de inúmeros fatores que inferem em um menor
engajamento dos jovens. Nessa perspectiva, PRAÇA argumenta que esse contexto é
resultado de uma combinação de fatores, que vão desde questões estruturais do sistema
político até desafios de ordem cultural e educacional. Ele destaca a falta de confiança nas
instituições políticas, o desencanto com a corrupção, a ausência de políticas públicas que
atendam às demandas dos jovens e a percepção de que a política é um campo distante de suas
vidas cotidianas.Muitos jovens não veem a política como algo que afeta suas vidas
diretamente, o que pode levar a uma falta de interesse ou envolvimento com a políticA Praça
(2019, p. 41).
Torna-se evidente que o baixo envolvimento político dos jovens no Brasil está interligado
com desafios sistêmicos. Essas problemáticas na visão de MENEGUELLO são um conjunto
de desafios que impactam diretamente seu engajamento político. Alguns dos fatores mais
relevantes no qual são apontados, e desconfiança nas instituições políticas. Os jovens muitas
vezes percebem as instituições como ineficazes, corruptas e desconectadas de suas realidades.
"Os jovens brasileiros apresentam altos índices de desconfiança política, expressos pela baixa
confiança nas instituições políticas, pela insatisfação com a democracia e pelo ceticismo em
relação à eficácia da participação política" (ENEGUELLO, 2017, p. 147).
Essa falta de confiança pode desencorajar seu envolvimento ativo na política, pois eles
questionam a capacidade do sistema político de realmente representar seus interesses.