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RESUMO - O estudo teve por objetivo analisar a arborização do bairro Renascer 1 da cidade
de Macapá, foram feitas a identificação de 178 indivíduos, distribuídos em 16 famílias
botânicas e 26 espécies; sendo 66,29% das espécies exóticas á flora brasileira e 33,70 nativas.
As espécies mais frequentes no bairro avaliadas foram: Mangifera Indica (23,59%), Licania
Tomentosa (21,34%) e Ptychosperma Elegans (12,35%). Mas de 80% das plantas
apresentaram uma altura total entre 2 a 6 m, e cerca de 75% das árvores apresentam DAP
entre 20 a 40 cm, e 69,55% das árvores apresentavam a primeira bifurcação acima de 1,50 m.
Esse bairro mostrou uma arborização bastante consolidada, com uma grande diversidade de
espécie, mas com pouco planejamento adequado de arborização.
Palavras-chave: arborização, identificação, avaliadas
ABSTRACT - The study aimed to analyze the neighborhood afforestation Renascer 1 from
the city of Macapá, 178 individuals were raised, distributed in 16 botanical families and 26
species; 66.29% of the exotic species to the Brazilian flora and 33.70 native. The most
frequent species evaluated in the neighborhood were: Mangifera Indica (23.59%), Licania
Tomentosa (21.34%) and Ptychosperma Elegans (12.35%). But 80% of the plants had a total
height between 2 and 6 m, and about 75% of the trees had DBH between 20 and 40 cm, and
69.55% of the trees had the first bifurcation above 1.50 m. This neighborhood showed a well-
established afforestation, with a great diversity of species, but with little adequate
afforestation planning.
Keywords: afforestation, identification, assessed
INTRODUÇÃO
Arborização urbana é termo que vem sendo utilizado com muita frequência nos últimos
tempos e que, em um primeiro momento, nos remete a uma simples interpretação: plantio de
arvore no meio urbano. Porém, por trás dessa básica definição, existe uma grande área de
estudo que ainda é pouco conhecida pela maioria das pessoas. Áreas esta que possui
princípios bem consolidados, e que vem trazendo muitas vantagens para nossas vidas
(Coelho, 2010).
Dentre os inúmeros benefícios que a presença da vegetação no meio urbano traz,
destacam-se a diminuição da poluição sonora, visual e atmosférica, com a purificação do ar, a
absorção de dióxido de carbono e a retenção de partículas sólidas em suspensão; a proteção
contra ventos e chuva; a absorção parcial dos raios solares, proporcionando sombreamento; o
aumento das áreas de infiltração; a proteção do solo contra erosão; a manutenção do equilíbrio
microclimático por meio da diminuição da amplitude térmica e aumento da umidade relativa
do ar; a valorização estética e paisagística do local e a atração da fauna da região. Todos esses
fatores somados proporcionam o bem estar da população, que influenciam na melhoria de sua
saúde física e mental (ROCHA; LELES; OLIVEIRA NETO, 2004).
Mas, infelizmente, em algumas situações as árvores acabam causando mais
problemas do que vantagens para as pessoas. Isso acontece quando o plano de
arborização urbana de uma cidade não está de acordo com algumas determinações
(Civita, 2019).
Deste modo, este trabalho teve por objetivo analisar a situação atual da arborização das
vias públicas do bairro Renascer 1, na cidade de Macapá, Estado do Amapá, Brasil, a fim de
obter subsídios que possam servi de base na discussão e elaboração do plano diretor da
arborização urbana.
MATERIAIS E MÉTODOS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Nas vias públicas do bairro renascer 1, na cidade de Macapá AP, foram analisados 178
indivíduos ( incluindo arvores e palmeiras) pertencentes a 26 espécies diferentes que estão
distribuídas em 16 famílias botânicas. Destas as cinco espécies mais frequentes são
responsáveis por 71,34% das plantas levantadas (Tabela 1).
Para um bom planejamento de arborização urbana, Miliano e Daicin (2000),
recomendam que cada espécie não deva ultrapassar 10 – 15% do total de indivíduos da
população arbórea. Entretanto, a espécie que predominou no bairro do renascer 1 foram
Mangifera indica (Mangueira) com 23,59%, Licania Tomentosa (Oiti) com 21,34% e
Ptychosperma elegans (Palmeira-solitária) com 12,35%, ultrapassando essa recomendação,
dessa forma podemos ver que não teve uma boa distribuição Homogênea entra as espécies ou
não houve um planejamento adequado.
Das 26 espécies encontradas no bairro, constatou-se um número maior de espécies
exóticas em relação a nativa. Sendo 57% exóticas e 43% são nativas. Segundo (RICARDO,
2016) ressalta-se que a utilização de espécies exóticas na arborização pode favorecer o início
de processos de invasão biológica e gerar sérios impactos ambientais, reduzindo a vegetação
nativa nas áreas invadidas. Sugere-se a substituição das exóticas por espécies nativas, que,
além de desempenharem as mesmas funções paisagísticas e de conforto ambiental, ainda
possuem relações harmônicas com outras espécies autóctones locais.
Com relação a altura total das árvores (Gráfico 1), verificou-se que 21 indivíduos
(11,79%) Apresentaram altura inferior a 2 m, 82 indivíduos (46,06%) apresentaram altura
variando entre 2 a 4 m, 62 indivíduos (34,83%) apresentaram altura variando entre 4 a 6 m, 8
indivíduos (4,49%) apresentaram altura variando entre 6 a 8 m, 2 indivíduos (1,12%)
apresentaram altura acima de 8 m.
O fato de 80,89% dos indivíduos estarem representado na primeira e segunda classe de
altura mostra que as plantas já estão bastante desenvolvida, e que a arborização desse bairro
foi feita a um bom tempo e que a maioria de suas arvores são de grande porte.
60,00
Frequência Relativa %
40,00
20,00
0,00
0 - 199,9 200 - 399,9 400 - 599,9 600 - 799,9 >800
Classes de Altura Total (cm)
Enquanto ao porte de diâmetro mensurado das árvores, foi tirado o DAP (Diâmetro á
altura do peito), Cerca de 75% das árvores apresentam DAP entre 20 a 40 cm (Gráfico 2),
confirmando o fato de que as arvores deste bairro já estão bastante desenvolvidas e
consolidadas.
50
Frequência Relativa %
40
30
20
10
0
0 - 9,9 10 - 19,9 20 - 29,9 30 - 39,9 40 - 49,9 > 50
Sobre a copa das árvores (Gráfico 3), verificou-se que 69,55% das árvores
apresentavam a primeira bifurcação acima de 1,50 m. Confirmando que as plantas deste bairro
já estão bastante desenvolvidas e que são plantas que foram plantadas a um bom tempo, e as
copas das árvores apresentaram características genéticas peculiares, variando entre espécies.
De acordo com OLIVEIRA (2012) as árvores deverão ser plantadas de forma que suas copas
não venham a interferir na iluminação pública. No momento em que as mudas forem levadas
a campo para o plantio, altura da primeira bifurcação deve ser de no mínimo 1,80 m. Portando
algumas árvores de grande porte estão colidindo com afiação elétrica, sinais, portes e outros.
Gráfico 3. Classes de altura da copa dos indivíduos existentes na arborização urbana do bairro
Renascer 1, Macapá, AP
Graphic 3. Canopy height classes of individuals present in the urban forest of Renascer 1
neighborhood, Macapá, AP
30
Frequência Relativa %
25
20
15
10
0
0 - 49,9 50 - 99,9 100 - 149,9 150 - 199,9 200 - 249,9 > 250
Classe de Altura da Copa (cm)
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
Cardoso, F. H. ( 2002).
https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/810730/1/DOC42.pdf. Acesso em 11
de 2019, disponível em Arborização Urbana e Produção:
https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/810730/1/DOC42.pdf