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MANUAL DO EDUCADOR

FORMANDO CIDADÃOS • MANUAL DO EDUCADOR • GEOGRAFIA • 5o ANO

FORMAÇÃO CONTINUADA
EDIÇÃO
2023-2024-2025

PREÇO GARANTIDO POR 8 ANOS:


2018 • 2019 • 2020 • 2021 • 2022 • 2023 • 2024 • 2025
DE 1º DE SETEMBRO DE 2017 ATÉ 31 DE AGOSTO DE 2025.
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11 Livros: Língua Portuguesa + Matemática + História
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FC_ME_Geografia_1A_a_5A_CCc.indd 5 28/07/22 16:43


Maria Clara Medeiros

MANUAL DO
EDUCADOR
Formação Continuada

Geografia

EN
5
SIN
ANO
0
TAL
O FUNDA ME N

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5o ano
Geografia
Maria Clara Medeiros
Ensino Fundamental

EDITORAS

MANUAL DO
Isabela Nóbrega
Márcia Regina Silva

EDUCADOR REVISÃO DE TEXTO


Elenita Maciel
Formação Continuada
PROJETO GRÁFICO E CAPA
Danielle Vilela

EDITORAÇÃO ELETRÔNICA
Marcos Durant

COORDENAÇÃO EDITORIAL

CNPJ: 07.209.351/0001-56

Direitos reservados à
Multi Marcas Editoriais Ltda.
Rua Neto Campelo Júnior, 37
Mustardinha - Recife / PE
CEP: 50760-330
Fone: (81) 3447.1178
CNPJ: 00.726.498/0001-74
IE: 0214538-37

ISBN: 978-65-5638-738-3
5a edição

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei no 9.610,


de 19 de fevereiro de 1998.

Fizeram-se todos os esforços para localizar os detentores dos direitos das fotos,
das ilustrações e dos textos contidos neste livro.

A Formando Cidadãos Editora pede desculpas se houve alguma omissão e,


em edições futuras, terá prazer em incluir quaisquer créditos faltantes.

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APRESENTAÇÃO

Caro Educador,

O novo Manual de Geografia Formando Cidadãos vai auxiliá-lo a


dinamizar suas aulas. Com ele, você terá acesso a orientações didáticas
e sugestões de atividades para trabalhar conteúdos, como: a divisão
política do Brasil, a singularidade geográfica das regiões brasileiras, a
identidade nacional, os impactos da ação do ser humano na atmosfera,
as mudanças provocadas pelo crescimento das cidades, as diferenças
étnico-culturais e as desigualdades sociais, entre outros.
As fundamentações e as dinâmicas também são mais um suporte
para sua prática pedagógica.

Desejamos que este novo ano letivo seja muito agradável e


proveitoso.

Um abraço,
Maria Clara Medeiros

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SUMÁRIO

7 Conhecendo o Manual 70 Páginas do livro do aluno


9 Estrutura do livro do aluno 74 Fundamentação: Mediação ao desenvolvi­
11 Sumário do livro do aluno mento cognitivo
12 Planejamento de aulas 76 9a Semana – Grade semanal
13 Fundamentação: Base Nacional Comum 77 Dinâmica: História coletiva
Curricular - BNCC 78 Páginas do livro do aluno
83 Fundamentação: Eu sou professor
21 UNIDADE 1 84 10a Semana – Grade semanal
22 Conteúdos da unidade e a BNCC 85 Trabalhando as emoções
24 1a Semana – Grade semanal 86 Semana de avaliação
25 Dinâmica: Espelho 88 Fundamentação: Pedagogia da autonomia:
26 Semana de adaptação Saberes necessários à prática educativa
28 2a Semana – Grade semanal
29 Dinâmica: O farol da ilha 91 UNIDADE 2
30 Páginas do livro do aluno 92 Conteúdos da unidade e a BNCC
35 Fundamentação: Alunos criativos 94 11a Semana – Grade semanal
36 3a Semana – Grade semanal 95 Dinâmica: Um copo de água
37 Dinâmica: Corrida dos valores humanos 96 Páginas do livro do aluno
38 Páginas do livro do aluno 99 Fundamentação: O mestre, o professor e o
41 Fundamentação: Coisas para fazer ao chegar instrutor
à escola 100 12a Semana – Grade semanal
42 4a Semana – Grade semanal 101 Dinâmica: Conhecendo os colegas
43 Dinâmica: Quem sou eu? 102 Página do livro do aluno
44 Páginas do livro do aluno 103 Fundamentação: Maquete e Planta
48 Fundamentação: Desafios para um professor 106 13a Semana – Grade semanal
50 5a Semana – Grade semanal 107 Dinâmica: Jogo da mímica
51 Dinâmica: Poesia do agradecimento 108 Páginas do livro do aluno
52 Semana de revisão 112 Fundamentação: Pais e mestres
53 Fundamentação: Um sonho compartilhado 114 14a Semana – Grade semanal
54 6a Semana – Grade semanal 115 Dinâmica: Certo ou errado?
55 Dinâmica: Sala de aula invertida 116 Páginas do livro do aluno
56 Páginas do livro do aluno 121 Fundamentação: Competência do profes­
59 Fundamentação: Caçador de talentos sor: um dilema para o gestor
60 7a Semana – Grade semanal 122 15a Semana – Grade semanal
61 Dinâmica: Tapete mágico 123 Dinâmica: Bola no polegar
62 Páginas do livro do aluno 124 Semana de revisão
65 Fundamentação: A representação do espaço 125 Fundamentação: Gaiolas ou asas?
no estudo da Geografia 126 16a Semana – Grade semanal
68 8a Semana – Grade semanal 127 Dinâmica: Gincana das qualidades
69 Dinâmica: Nó humano 128 Páginas do livro do aluno

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130 Fundamentação: Uma escola para a paz 190 25a Semana – Grade semanal
132 17a Semana – Grade semanal 191 Dinâmica: Formas e movimentos
133 Dinâmica: Soltando a imaginação 192 Semana de revisão
134 Página do livro do aluno 193 Fundamentação: Deixar nota pra eles?
136 Fundamentação: O professor empreendedor 194 26a Semana – Grade semanal
precisa aprender a sonhar 195 Dinâmica: Balões cheios de sonhos
138 18a Semana – Grade semanal 196 Páginas do livro do aluno
139 Dinâmica: É proibido falar! 200 Fundamentação: Direitos dos professores
140 Páginas do livro do aluno 202 27a Semana – Grade semanal
143 Fundamentação: Organização e orientação 203 Dinâmica: Olhando para o lado
dos cadernos e trabalho 204 Página do livro do aluno
144 19a Semana – Grade semanal 205 Fundamentação: Conversando sobre ética e
145 Dinâmica: Papéis que abençoam ensinando a compreender atitudes
146 Páginas do livro do aluno 208 28a Semana – Grade semanal
148 Fundamentação: Formar para a autonomia 209 Dinâmica: Correio
150 20a Semana – Grade semanal 210 Páginas do livro do aluno
151 Trabalhando as emoções 212 Fundamentação: Na sala de aula, construa
152 Semana de avaliação pontes
154 Fundamentação: Atitudes diárias para o dia 214 29a Semana – Grade semanal
a dia feliz na escola 215 Dinâmica: Brincando com os calçados
216 Páginas do livro do aluno
157 UNIDADE 3 219 Fundamentação: Indisciplina
158 Conteúdos da unidade e a BNCC 220 30a Semana – Grade semanal
160 21a Semana – Grade semanal 221 Trabalhando as emoções
161 Dinâmica: Olhar as emoções 222 Semana de avaliação
162 Páginas do livro do aluno 224 Fundamentação: Bullying: agressividade
164 Fundamentação: Os dois olhos entre estudantes
166 22a Semana – Grade semanal
167 Dinâmica: Socialização e solidariedade 227 UNIDADE 4
168 Páginas do livro do aluno 228 Conteúdos da unidade e a BNCC
173 Fundamentação: Quando se faz necessária 230 31a Semana – Grade semanal
uma educação repensada 231 Dinâmica: Mural do muito obrigado(a)
176 23a Semana – Grade semanal 232 Páginas do livro do aluno
177 Dinâmica: Respeito e solidariedade 238 Fundamentação: Compartilhe as boas ideias
178 Páginas do livro do aluno 240 32a Semana – Grade semanal
181 Fundamentação: Ser professor 241 Dinâmica: Mostre e conte
182 24a Semana – Grade semanal 242 Páginas do livro do aluno
183 Dinâmica: Colheres que voam 248 Fundamentação: Interdisciplinar
184 Páginas do livro do aluno 250 33a Semana – Grade semanal
187 Fundamentação: O professauro 251 Dinâmica: Verdade ou consequência

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252 Páginas do livro do aluno
256 Fundamentação: Tem até graça!
258 34a Semana – Grade semanal
259 Dinâmica: Painel coletivo
260 Páginas do livro do aluno
264 Fundamentação: Aprendendo com sucesso
266 35a Semana – Grade semanal
267 Dinâmica: Sorteio de papéis
268 Semana de revisão
269 Fundamentação: As dez regras do trabalho
270 36a Semana – Grade semanal
271 Dinâmica: Meu sonho – nossos sonhos
272 Páginas do livro do aluno
277 Fundamentação: Uma pedagogia quântica
280 37a Semana – Grade semanal
281 Dinâmica: História em quadrinhos corporal
282 Páginas do livro do aluno
287 Fundamentação: Questione(-se)
288 38a Semana – Grade semanal
289 Dinâmica: Teatro de varas
290 Páginas do livro do aluno
293 Fundamentação: Quem é que manda aqui?

Pixel-Shot / Shutterstock.com
294 39a Semana – Grade semanal
295 Dinâmica: A bola e o conhecimento
296 Páginas do livro do aluno
298 Fundamentação: Zero na escola, dez na
vida
300 40a Semana – Grade semanal
301 Trabalhando as emoções
302 Semana de avaliação
304 Fundamentação: O que quer alcançar

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CONHECENDO O MANUAL
Este Manual foi concebido para ser um material pedagógico que auxilie o trabalho de professores
em sala de aula, por isso apresenta, além de fundamentações, planejamento de aulas em grades se-
manais, dinâmicas, estrutura e sumário do livro do aluno.

ESTRUTURA DO LIVRO DO ALUNO DINÂMICA


Informações sobre a estrutura do livro do Apresenta sugestões de atividades para ex-
aluno, apontando tudo o que é necessário para o plorar a integração e a socialização das pessoas
professor explorá-lo da melhor maneira. por meio de propostas que focam na ludicidade
e no conhecimento de seus próprios limites e
SUMÁRIO DO LIVRO DO ALUNO possibilidades.
É apresentada a página de sumário do livro do
aluno para que o professor possa ter acesso ao
conteúdo anual que será proposto para as crianças.

PLANEJAMENTO DE AULAS
PÁGINAS DO LIVRO DO ALUNO
O planejamento de aulas foi pensado para 40
semanas com cinco dias letivos, totalizando 200
São apresentadas as páginas do livro do aluno
dias. Cada semana tem uma estrutura própria:
propostas para serem trabalhadas ao longo da
conteúdos da unidade e a BNCC, grade semanal,
semana. Esta seção acompanha as orientações
dinâmicas, páginas do livro do aluno e suporte
didáticas, orientações pedagógicas, além de
por meio de orientações didáticas, pedagógicas e
sugestões de atividades em algumas semanas.
sugestões de atividades. São apresentadas funda-
mentações ao longo do Manual e, nas semanas de
revisão e avaliação, sugestões de atividades para 6
própria e

serem trabalhadas com os alunos.


que não têm luz
Planetas são astros Solar
uma estrela. O Sistema
Conhecendo o giram em torno de
é formado por oito
planetas, que se
apresentam

Universo
relação
de distância com
na seguinte ordem Júpiter,
, Vênus, Terra, Marte,
ao Sol: Mercúrio
Urano e Netuno.
pla- Saturno,
ão do seu país no
Você sabe a localizaç em um planeta
por que vivemos
neta Terra? Sabe e mais
s à vida e às diversas
que dá condiçõe s como
Por causa de pergunta
belas paisagens? tenta
há milhares de anos,
essas, o ser humano, vive e
do espaço onde
desvendar os mistérios obser-
deslocamento. Foi
para ajudar no seu

CONTEÚDOS DA UNIDADE E A BNCC


s criaram os
que os estudioso
vando o Universo celestes.
e as primeiras cartas
©Destina / stock.adobe.com

primeiros mapas
Universo?
Mas, o que há nesse que
de todas as coisas
Universo é o conjunto espaço. Ele
te, no tempo e no
existem, fisicamen as quais
de galáxias, entre
é formado por bilhões localizado
Láctea, onde está
encontramos a Via

Antes da abertura de cada unidade, serão apre-


que se loca-
É nesse sistema
o Sistema Solar. giram em torno dos
plane-
em que vivemos. O Sistema Satélites naturais
liza a Terra, planeta A Lua é
por bilhões de estrelas,
plane- possuem luz própria.
Solar é formado tas e, também, não Nota:
asteroides e outros
astros. da Terra, o que significa
tas, satélites naturais, o único satélite natural o
A BNCC não define
natural-
todos os corpos
celestes celeste que gira,
Chamamos de astros que é o único corpo
do nosso planeta. do
existentes no Universo. pos- mente, em volta estudo do conteú

sentados os conteúdos didáticos, os objetos de


luminosos, ou seja, o
Estrelas são astros
Podem ter tamanho
s e cores Conhecendo o univers
suem luz própria. Sistema Solar a ser
variados. O Sol é
a única estrela do
calor. Em como competência
de energia, luz e discipl i-
que serve como fonte desenvolvida na
diversos outros astros.
torno do Sol, giram do 50 ano
na de Geografia
ental,

conhecimento e as habilidades de cada unidade.


Atividades – Ensino Fundam
eramo s ser
7
porém consid A Terra: o mund
o em
©Destina / stock.adobe.com

1. Escreva o nome conteúdo de gran-


tes no Universo
essedos corpos celestes existen-
a que vivemos
de importância para
.
©Tryfonov / stock.adobe.com

ntil. Por
formação estuda

Assim, o educador poderá identificar os objetos e


estrelas
planetas
satélitesisso, as página
s a seguir
asteroides de
abordam esse objeto
2. Observe as imagens
imento
e marque,
conhec com
.
Geografia • 5 Ano único satélite natural um X, o
o
m

6 da Terra.
stock.adobe.co

Formando Cidadãos

as habilidades que as crianças deverão demons-


20/11/2021 10:47:48
©Sunflower /

FC_GEO_5F_U1.
indd 6
A Terra é o único
planeta do Sistema
que possui condiçõ Solar
x es adequadas
às suas camada à vida,
s externas: a litosfer graças
TICA
ORIENTAÇÃO DIDÁ
©winai / stock.adobe.co
m compõe sua parte a, que
sólida; a hidrosfe

trar ao final do trabalho em cada unidade.


©mercedes navarro
/ stock.adobe.co
compõe sua parte ra, que
o doatema: 3.
m

motivação e estudAssinale alternativa correta. compõe sua parte


líquida; e a atmosfe
ra, que
ndo algum as questões para camadas permite
gasosa. A presenç
a dessas
Inicie a aula utiliza possuem luz própria. os planetas?
As estrelas não a existência da
e as estrel as e camada em que
há vida na Terra.
biosfera,

como forma ram-s


próximo são obtidas as
A Terra
curioso para saber
é o planeta mais
distantes? Comodo Sol.
Com um formato
para o céu e ficou
geoide, semelha
estão tão nte a
ar os astros se eles
uma esfera achatad
• Quem já olhou
X Os planetas giram a nos polos, ele
em torno de uma
fazem para estud
maior planeta é o quinto
estrela. do Sistema Solar Nota:
os cienti stas Mercúrio é o último sequência, a partir e o terceiro, em
• Como planeta em ordem de do Sol. A BNCC não define
s celestes? distância do Sol. Com a tecnolo
imagens dos corpo ta? gia, o ser humano o es-
estrela e um plane aqui na Terra? rando suas ferrame foi aprimo- tudo do conteúdo
diferença entre uma que a imagem m
4. Observando existe ntas de estudo
iaissobre A Terra:
• Alguém sabe a
mais informações. para obter
dos mesmos materhumano
abaixo, comente
turma com a o mundo em que
tas são formados quevida?
um dos motivos
Qualotipo
?a estudar de Satélites artificia vivemos

GRADE SEMANAL
levaram o ser
as e os plane Sistem a Solar melhor mapear
is foram criados
para como competência
• As estrel s planetas do de um instrume
Universo e escreva
o nome o universo, mais
existir vida em outro
nto de observa
ção. mente, o planeta especifica- a ser
• Seria possível
Terra, para estudar desenvolvida na
fera, fazer imagens a atmos-
de territórios e discipli-
transmissão de ajudar na na de Geografia
sinais de rádio,
fone, etc. televisão, tele- do 5º ano
– Ensino Funda
Luneta Satélites artificia mental,
m
© doomu / stock.adobe.co

is são objetos porém consideramo

Traz o planejamento semanal dos momentos


no espaço que lançados
orbitam ao redor
da Terra. s ser
esse conteúdo
Essas imagens de gran-
30
30 mapas, permite
de satélites, assim
como os de importância
m que pessoas para a
sejam localiza , objetos e lugares
dos, que mudanç19:27
08/06/2022 as na superfície
formação estud
Formando Cidadãos
terrestre sejam
observadas. antil. Por
7 isso, as páginas
a seguir

em que cada área de conhecimento deverá ser


Geografia • 5o
Ano
abordam esse
FC_GEO_5F_U
1.indd 7
objeto de
FC_ME_GEO 5F_UNIDA
DE1.indd 30 conhecimento.

ORIENTAÇÃO DIDÁ
20/11/2021 10:48:00

TICA

trabalhada. Inclusive, apresenta breves orienta- Estimule os aluno


vras-chave do
Além disso, eles
s a elaborar um
assunto em estud
dicionário sobre
o, e você tamb
estarão explicand
a Terra. Assim,
ém poderá ident
eles poderão ident
ificar as pala-
conceitos e term o, com as próp ificar as palavras

ções de atividades que poderão ser realizadas em


os em estudo, rias palavras, o mais difíceis para
facilitando o seu entendimento eles.
do que os aluno trabalho em mom deles a respeito
s compreenderam entos de avaliação dos
. e de identificaç
ão
Leve, à sala de
aula, um globo
para apresentar

sala de aula e a indi­cação das páginas do livro do


de representação sua primeira aula
do planeta é impo sobre o planeta
aprendizagem. rtante, porque Terra. Essa form
desperta a curio a
sidade dos aluno
s, além de fixar
a

aluno que deverão ser trabalhadas. Além disso, há 31

espaço para registrar as datas correspondentes às


FC_ME_GEO
5F_UNIDADE1.ind
d 31

08/06/2022 19:27

semanas.

FC_ME_GEO 5F_UNIDADE1.indd 7 08/06/2022 19:32


Todo o Manual contém páginas do livro do alu- Fundamentação: Os textos apresentados,
em geral, têm caráter de formação, ou seja,
no reduzidas. Abaixo de cada página reduzida, serão
foram selecionados para dar embasamento
apresentadas orientações didáticas, pedagógicas ou
e segurança ao professor em relação ao seu
sugestões de atividades relacionadas ao conteúdo da trabalho diário com as crianças.
página.
Assim, materiais complementares com informações
preciosas serão disponibilizados para o educador.

FUNDAMEN
TAÇÃO
BASE NA
CURRICUCIO NAL CO
LAR - BNCCMUM

GEOGRAFIA

Estudar Geo
grafia é uma
compreend oportunidad
er o mundo e para
em que ess em que se
e component vive, na med
ações hum e curricular ida
anas constru aborda as
dades exis ídas nas distinta
tentes nas s socie-
Ao mesmo dive rsas regiões
tempo, a edu do planeta.
bui para a caç ão geográ
formação fica contri-
expresso de do conceit
diferentes o de identida
perceptiva formas: na de,
da paisage compreens
à medida que m, que gan ão
, ao observá ha significa
dos indivídu -la, nota-s do
os e da cole e a vivência
os lugares tividade; nas
vividos; nos relações com
nossa mem costumes
ória social; que resgata
na consciê na identida ma
ncia de que de cultura
distintos uns somos suje l; e
dos outros itos da hist
nossas dife e, por isso ória,
renças. , convictos
das

ATURALIZAR
Para fazer
a leitura do
com base mundo em
nas aprend que vivem,
alunos pre izagens em
cisam ser Geografia,
cialmente, estimulado os
desenvolve s a pensar
O pensam ndo o raciocí espa-
ento espacia nio geográfico
volvimento l está associa .
intelectual do ao desen-
não soment que integra
e da Geogra conhecime
áreas (como fia, mas tam ntos
Matemática bém de out
tura). Essa , Ciências, ras
interação Artes e Lite
mas que env visa à reso ra-
olvem mud lução de pro
ção e direção anças de esc ble-
de objetos ala, orienta
terrestre, efe localizados -
itos de dist na superfí
quicas, ten ância, rela cie
dências à ções hierár-
efeitos da centralizaç
proximidad ão e à disp
e e vizinha ersão,
nça, etc.

/ adobe.stock.com
Pixel-Shot
FC_ME_GEO
13
5F_UNIDADE
1.indd 13

08/06/2022
19:26

Inserimos, também, um boxe com as habilidades de aprendi-


zagem e desenvolvimento da Base Nacional Comum Cur-
ricular (BNCC) nas páginas que são contempladas com tais
conteúdos.

Atividades de avaliação: Nas semanas de SEMANA DE AVALIAÇÃO


3. O que são os blocos continen
tais?

Unidade 1
grandes extensões
Os blocos continentais são
avaliação, preparamos sugestões de avaliação de terras emersas, limitada
s pelas águas dos
• Conhecendo o Universo

para que cada aluno reflita sobre o que estu- • A Terra: o mundo em que
vivemos
• Os continentes e os oceanos
cas
oceanos.

• As coordenadas geográfi

dou e como fez isso. A reflexão sobre o próprio • A atmosfe ra


• A litosfera 4. O que são as coordena
das geográficas?
• A hidrosfera
é a de união de linhas
As coordenadas geográficas
desempenho é um meio eficiente para o aluno
• Biosfera
• Divisão política do Brasil
das regiões brasilei- s) e verticais
• Singularidade geográfica imaginárias horizontais (paralelo
ras e a identidade nacional

aprender a identificar e corrigir seus erros, e, 1. Escreva qual frase se refere ao movimento de
da Terra.
(meridianos) e têm a finalidad
e de localizar qual-

e terrestre.
rotação e o de translação quer elemento na superfíci

para isso, o papel do professor é fundamental. É o movimento que a Terra


realiza em volta de
si mesma.
e meridianos, relacione:
5. A respeito dos paralelos
Rotação
1. Paralelos

Atividades de revisão: Nas semanas de revi- É o movimento que a Terra


Sol.
realiza em volta do
2. Meridianos

2 São responsáveis por delimita


r os fusos
do planeta.
horários ou as zonas horárias

são, preparamos algumas atividades referentes Translação 1 São responsáveis por delimita
térmicas do planeta.
r as zonas

aos conteúdos trabalhados em cada unidade. 2. Responda:


a. Qual o nome do único
satélite natural da Terra?
6. Complete:

Temos também as sugestões de atividades


Lua

s de astros
b. Por que as estrelas são chamada interna da Terra.
luminosos? Núcleo é a camada mais

para o professor trabalhar em sala de aula, Porque possuem luz própria.


que não têm luz própria e
Manto é a camada intermed
terrestre e o núcleo.
iária entre a crosta

c. Chamamos os astros mais externa da


(Sol) de? Crosta terrestre é a camada
caso queira aprimorar os conteúdos com seus giram em torno de uma estrela

Planetas
Terra, na qual o ser humano
habita.

alunos. 86

08/06/2022 19:27

dd 86
FC_ME_GEO 5F_UNIDADE1.in

FC_ME_GEO 5F_UNIDADE1.indd 8 30/06/2022 14:18:19


ESTRUTURA DO LIVRO DO ALUNO
O livro do aluno está organizado com elementos gráficos específicos:
títulos, textos didáticos, atividades, comandos, boxes e imagens.

Título
Localiza-se, em geral, antes da apresen- Conhecendo o Planetas são astros que não têm luz própria e
giram em torno de uma estrela. O Sistema Solar
Universo é formado por oito planetas, que se apresentam
tação de algum conteúdo específico que na seguinte ordem de distância com relação
ao Sol: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter,

será trabalhado. Você sabe a localização do seu país no pla-


neta Terra? Sabe por que vivemos em um planeta
Saturno, Urano e Netuno.

que dá condições à vida e às diversas e mais


belas paisagens? Por causa de perguntas como
essas, o ser humano, há milhares de anos, tenta
desvendar os mistérios do espaço onde vive e
para ajudar no seu deslocamento. Foi obser-
vando o Universo que os estudiosos criaram os
primeiros mapas e as primeiras cartas celestes.
Mas, o que há nesse Universo?

©Destina / stock.adobe.com
Universo é o conjunto de todas as coisas que
Textos didáticos existem, fisicamente, no tempo e no espaço. Ele
é formado por bilhões de galáxias, entre as quais
encontramos a Via Láctea, onde está localizado

São textos explicativos que abordam o Sistema Solar. É nesse sistema que se loca-
liza a Terra, planeta em que vivemos. O Sistema
Solar é formado por bilhões de estrelas, plane- Satélites naturais giram em torno dos plane-
os assuntos de maneira simples, clara e tas, satélites naturais, asteroides e outros astros. tas e, também, não possuem luz própria. A Lua é
Chamamos de astros todos os corpos celestes o único satélite natural da Terra, o que significa
objetiva. existentes no Universo.
Estrelas são astros luminosos, ou seja, pos-
que é o único corpo celeste que gira, natural-
mente, em volta do nosso planeta.
suem luz própria. Podem ter tamanhos e cores
variados. O Sol é a única estrela do Sistema Solar
que serve como fonte de energia, luz e calor. Em
torno do Sol, giram diversos outros astros.
©Tryfonov / stock.adobe.com

©Destina / stock.adobe.com
Atividades Formando Cidadãos 6 Geografia • 5o Ano

Seção com propostas de atividades FC_GEO_5F_U1.indd 6 20/11/2021 10:47:48

relacionadas aos conteúdos e assuntos


que estão sendo trabalhados de manei- Atividades A Terra: o mundo em
ra que a construção de conhecimento que vivemos
1. Escreva o nome dos corpos celestes existen-

possa acontecer por meio de sugestões tes no Universo.

estrelas planetas
literais, inferenciais e de opinião própria. satélites asteroides

©Sunflower / stock.adobe.com
2. Observe as imagens e marque, com um X, o
único satélite natural da Terra.

A Terra é o único planeta do Sistema Solar


que possui condições adequadas à vida, graças
às suas camadas externas: a litosfera, que
Comando x compõe sua parte sólida; a hidrosfera, que
compõe sua parte líquida; e a atmosfera, que
©winai / stock.adobe.com ©mercedes navarro / stock.adobe.com

compõe sua parte gasosa. A presença dessas


3. Assinale a alternativa correta.
No início de cada atividade, são apresen- camadas permite a existência da biosfera,
camada em que há vida na Terra.
As estrelas não possuem luz própria.
tados comandos cujo texto se inicia com A Terra é o planeta mais próximo do Sol.
Com um formato geoide, semelhante a
uma esfera achatada nos polos, ele é o quinto

a ação que deverá, em geral, ser feita X Os planetas giram em torno de uma estrela.
maior planeta do Sistema Solar e o terceiro, em
sequência, a partir do Sol.
Com a tecnologia, o ser humano foi aprimo-
para a realização da atividade proposta. Mercúrio é o último planeta em ordem de
distância do Sol. rando suas ferramentas de estudo para obter
mais informações.
Isso porque, ao ouvir ou ler o comando, 4. Observando a imagem abaixo, comente com a
turma sobre um dos motivos que levaram o ser
Satélites artificiais foram criados para
melhor mapear o universo, mais especifica-

a criança deverá identificar o que deve humano a estudar o Universo e escreva o nome
de um instrumento de observação.
mente, o planeta Terra, para estudar a atmos-
fera, fazer imagens de territórios e ajudar na
transmissão de sinais de rádio, televisão, tele-
fazer para realizá-la corretamente. fone, etc.
Satélites artificiais são objetos lançados
© doomu / stock.adobe.com

Luneta no espaço que orbitam ao redor da Terra.

Essas imagens de satélites, assim como os


mapas, permitem que pessoas, objetos e lugares
sejam localizados, que mudanças na superfície
terrestre sejam observadas.
Formando Cidadãos 7 Geografia • 5o Ano

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Boxe
As coordenadas A posição dos paralelos e dos meridia-

Não tem localização predeterminada geográficas


nos é indicada pela latitude e pela longitude,
respectivamente.

na página, mas é destacado por cores, Latitude


As coordenadas geográficas consistem na

e, em geral, seu conteúdo corresponde união de linhas imaginárias horizontais (paralelos)


e verticais (meridianos) e têm a finalidade de loca-
É a distância, medida em graus, tomando como pon-
to referencial a Linha do Equador.
Assim, um ponto qualquer na Terra estará a uma distân-
lizar qualquer elemento na superfície terrestre.
aos temas e assuntos complementares cia de até 90° Norte ou 90° Sul do paralelo central.
Polo Norte
Paralelos
e vinculados ao conteúdo principal, po- As linhas traçadas na direção horizontal são cha-
Latitude Norte

madas de paralelos. A Linha do Equador é o principal


dendo apresentar curiosidades e dicas. paralelo, dividindo a Terra em dois hemisférios: He-
misfério Norte, da Linha do Equador até o Polo Norte, e
Hemisfério Sul, da Linha do Equador até o Polo Sul.
Paral
elo central nha do Equador)
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Polo Norte
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Hemisfério
Equador Latitude Sul
Norte
Páginas do aluno Polo Sul

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As páginas do livro do aluno aparecem É a distância, medida em graus, tomando como ponto
referencial o Meridiano de Greenwich. Assim, um ponto

ao longo do Manual, com as respostas.


Hemisfério qualquer na Terra estará a uma distância de até 180°
Sul Oeste ou 180° Leste do principal meridiano.
S Polo Sul
Polo Norte

Meridianos

h)
central (Greenwic
As linhas traçadas na direção vertical são chamadas
de meridianos e vão de um polo a outro. O principal Longitude
meridiano é o de Greenwich, dividindo a Terra em dois Oeste Longitude
hemisférios: Oeste, ou Ocidental, e Leste, ou Oriental.
Leste
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Além da Linha do Equador, existem outros
quatro paralelos que merecem destaque: Cír-
culo Polar Ártico, Trópico de Câncer, Trópico
Hemisfério Hemisfério
Oeste Leste de Capricórnio e Círculo Polar Antártico, que
S delimitam as zonas térmicas do planeta.

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Este livro é composto de atividades


extras que servem para reforçar os
conteúdos trabalhados nas disciplinas de
Língua Portuguesa, Matemática, Ciências,
História e Geografia.

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SUMÁRIO DO LIVRO DO ALUNO

Sumário
5 Unidade 1 77 Unidade 4
6 Conhecendo o Universo 78 Região Sul
7 A Terra: O mundo em que vivemos 81 Aspectos físicos da Região Sul
10 Os continentes e os oceanos 84 Economia da Região Sul
13 As coordenadas geográficas 88 Manifestações culturais da Região Sul
17 A atmosfera 90 Região Centro-Oeste
20 A litosfera 93 Aspectos físicos da Região Centro-Oeste
22 A hidrosfera 97 Economia da Região Centro-Oeste
26 Biosfera 101 Manifestações culturais da Região
27 Divisão política do Brasil Centro-Oeste
29 A singularidade geográfica das regiões 102 Região Sudeste
brasileiras e a identidade nacional 104 Aspectos físicos da Região Sudeste
30 Trabalhando as emoções 107 Economia da Região Sudeste
109 Tecnologia, trabalho e sociedade
31 Unidade 2 110 Energia utilizada nas produções industrial,
32 A população brasileira agrícola e extrativa
35 Diferenças étnico-culturais e desigual- 111 Transformações dos meios de transporte e
dades sociais comunicação
36 A Região Norte 112 Trabalhando as emoções
39 Aspectos físicos da Região Norte
44 Economia da Região Norte
48 Mudanças provocadas pelo crescimento
das cidades
50 Transformações dos espaços
52 Trabalhando as emoções

53 Unidade 3
54 Problemas da cidade e do campo: servi-
ços sociais e cidadania
56 Região Nordeste
60 Aspectos físicos da Região Nordeste
66 Economia da Região Nordeste
70 Manifestações culturais
71 O ser humano e a água
73 Espaços e modos de vida urbanos e
rurais
76 Trabalhando as emoções

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PLANEJAMENTO DE AULAS
ESTE MANUAL FOI PENSADO PARA SER UM FACILITADOR DO SEU TRABALHO, EDUCADOR(A).

Dividimos o planejamento de todos os livros em 40 semanas: 32 semanas com aulas, 4 semanas


para revisões e 4 semanas para avaliações.
Assim, sugerimos que as atividades sigam a seguinte sequência:

UN
1 UN
2 3
UN UN
4
IDA D E IDA D E IDA D E IDA D E

Aula 4 semanas 4 semanas 4 semanas 4 semanas

Revisão 1 semana 1 semana 1 semana 1 semana

Aula 4 semanas 4 semanas 4 semanas 4 semanas

Avaliação 1 semana 1 semana 1 semana 1 semana

Lumos sp / Sadobe.stock.com

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FUNDAMENTAÇÃO
BASE NACIONAL COMUM
CURRICULAR - BNCC

GEOGRAFIA

Estudar Geografia é uma oportunidade para


compreender o mundo em que se vive, na medida
em que esse componente curricular aborda as
ações humanas construídas nas distintas socie-
dades existentes nas diversas regiões do planeta.
Ao mesmo tempo, a educação geográfica contri-
bui para a formação do conceito de identidade,
expresso de diferentes formas: na compreensão
perceptiva da paisagem, que ganha significado
à medida que, ao observá-la, nota-se a vivência
dos indivíduos e da coletividade; nas relações com
os lugares vividos; nos costumes que resgatam a
nossa memória social; na identidade cultural; e
na consciência de que somos sujeitos da história,
distintos uns dos outros e, por isso, convictos das
nossas diferenças.
Para fazer a leitura do mundo em que vivem,
com base nas aprendizagens em Geografia, os
alunos precisam ser estimulados a pensar espa-
cialmente, desenvolvendo o raciocínio geográfico.
O pensamento espacial está associado ao desen-
volvimento intelectual que integra conhecimentos
não somente da Geografia, mas também de outras
áreas (como Matemática, Ciências, Artes e Litera-
tura). Essa interação visa à resolução de proble-
mas que envolvem mudanças de escala, orienta-
ção e direção de objetos localizados na superfície
terrestre, efeitos de distância, relações hierár-
quicas, tendências à centralização e à dispersão,
efeitos da proximidade e vizinhança, etc.
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O raciocínio geográfico, uma maneira de exercitar o pensamento espacial, aplica determinados prin-
cípios (Quadro 1) para compreender aspectos fundamentais da realidade: a localização e a distribuição
dos fatos e fenômenos na superfície terrestre, o ordenamento territorial, as conexões existentes entre
componentes físico-naturais e as ações antrópicas.

QUADRO 1 – DESCRIÇÃO DOS PRINCÍPIOS DO RACIOCÍNIO GEOGRÁFICO


PRINCÍPIO DESCRIÇÃO
Um fenômeno geográfico sempre é comparável a outros. A identificação das semelhanças entre fenômenos geográficos é
ANALOGIA
o início da compreensão da unidade terrestre.

Um fenômeno geográfico nunca acontece isoladamente, mas sempre em interação com outros fenômenos próximos ou
CONEXÃO
distantes.

É a variação dos fenômenos de interesse da Geografia pela superfície terrestre (por exemplo, o clima), resultando na
DIFERENCIAÇÃO*
diferença entre áreas.

DISTRIBUIÇÃO Exprime como os objetos se repartem pelo espaço.

EXTENSÃO Espaço finito e contínuo delimitado pela ocorrência do fenômeno geográfico.

Posição particular de um objeto na superfície terrestre. A localização pode ser absoluta (definida por um sistema de coor-
LOCALIZAÇÃO
denadas geográficas) ou relativa (expressa por meio de relações espaciais topológicas ou por interações espaciais).

Ordem ou arranjo espacial é o princípio geográfico de maior complexidade. Refere-se ao modo de estruturação do espaço
ORDEM**
de acordo com as regras da própria sociedade que o produziu.

Fontes: FERNANDES, José Alberto Rio; TRIGAL, Lourenzo López; SPÓSITO, Eliseu Savério. Dicionário de Geografia aplicada. Porto: Porto Editora, 2016.
* MOREIRA, Ruy. A diferença e a geografia: o ardil da identidade e a representação da diferença na geografia. GEOgraphia. Rio de Janeiro, ano 1, n. 1, p. 41-58,
1999.
** MOREIRA, Ruy. Repensando a Geografia. In: SANTOS, Milton (Org.). Novos rumos da Geografia brasileira. São Paulo: Hucitec, 1982, p. 35-49.

Essa é a grande contribuição da Geografia aos alunos da Educação


Básica: desenvolver o pensamento espacial, estimulando o raciocínio
geográfico para representar e interpretar o mundo em permanente
transformação e relacionando componentes da sociedade e da nature-
za. Para tanto, é necessário assegurar a apropriação de conceitos para
o domínio do conhecimento fatual (com destaque para os aconteci-
mentos que podem ser observados e localizados no tempo e no espa-
ço) e para o exercício da cidadania.
Ao utilizar corretamente os conceitos geográficos, mobilizando o
pensamento espacial e aplicando procedimentos de pesquisa e análise
das informações geográficas, os alunos podem reconhecer: a desigual-
dade dos usos dos recursos naturais pela população mundial; o im-
pacto da distribuição territorial em disputas geopolíticas; e a desigual-
dade socioeconômica da população mundial em diferentes contextos
urbanos e rurais. Desse modo, a aprendizagem da Geografia favorece
Valua Vitaly / adobe.stockcom

o reconhecimento da diversidade e das diferenças dos grupos sociais,


com base em princípios éticos (respeito à diversidade sem preconceitos
étnicos, de gênero ou de qualquer outro tipo). Ela também estimula a
capacidade de empregar o raciocínio geográfico para pensar e resolver
problemas gerados na vida cotidiana, condição fundamental para o
desenvolvimento das competências gerais previstas na BNCC.

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Nessa direção, a BNCC está organizada com e de sua comunidade, valorizando-se os contextos
base nos principais conceitos da Geografia con- mais próximos da vida cotidiana. Espera-se que as
temporânea, diferenciados por níveis de comple- crianças percebam e compreendam a dinâmica de
xidade. Embora o espaço seja o conceito mais suas relações sociais, identificando-se com a sua
amplo e complexo da Geografia, é necessário que comunidade e respeitando os diferentes contextos
os alunos dominem outros conceitos mais opera- socioculturais. Ao tratar do conceito de espaço,
cionais e que expressam aspectos diferentes do estimula-se o desenvolvimento das relações espa-
espaço geográfico: território, lugar, região, natu- ciais topológicas, projetivas e euclidianas, além do
reza e paisagem. raciocínio geográfico, importantes para o processo
O conceito de espaço é inseparável do con- de alfabetização cartográfica e a aprendizagem
ceito de tempo, e ambos precisam ser pensados com as várias linguagens (formas de representação
articuladamente como um processo. Assim como e pensamento espacial).
para a História, o tempo é para a Geografia uma Além disso, pretende-se possibilitar que os
construção social, que se associa à memória e às estudantes construam sua identidade relacio-
identidades sociais dos sujeitos. Do mesmo modo, nando-se com o outro (sentido de alteridade);
os tempos da natureza não podem ser ignorados, valorizem as suas memórias e marcas do passado
pois marcam a memória da Terra e as transfor- vivenciadas em diferentes lugares; e, à medida
mações naturais que explicam as atuais condi- que se alfabetizam, ampliem a sua compreensão
ções do meio físico natural. Assim, pensar a tem- do mundo. Em continuidade, no Ensino Funda-
poralidade das ações humanas e das sociedades mental – Anos Finais, procura-se expandir o olhar
por meio da relação tempo-espaço representa um para a relação do sujeito com contextos mais
importante e desafiador processo na aprendiza- amplos, considerando temas políticos, econômi-
gem de Geografia. cos e culturais do Brasil e do mundo. Dessa forma,
Para isso, é preciso superar a aprendizagem o estudo da Geografia constitui-se em uma busca
com base apenas na descrição de informações e do lugar de cada indivíduo no mundo, valorizan-
fatos do dia a dia, cujo significado restringe-se do a sua individualidade e, ao mesmo tempo,
apenas ao contexto imediato da vida dos sujeitos. situando-o em uma categoria mais ampla de
A ultrapassagem dessa condição meramente des- sujeito social: a de cidadão ativo, democrático e
critiva exige o domínio de conceitos e generaliza- solidário. Enfim, cidadãos produtos de sociedades
ções. Estes permitem novas formas de ver o mundo localizadas em determinado tempo e espaço, mas
e de compreender, de maneira ampla e crítica, as também produtores dessas mesmas sociedades,
múltiplas relações que conformam a realidade, de com sua cultura e suas normas.
acordo com o aprendizado do conhecimento da Em Conexões e escalas, a atenção está na
ciência geográfica. articulação de diferentes espaços e escalas de
Para dar conta desse desafio, o componente análise, possibilitando que os alunos compreendam
Geografia da BNCC foi dividido em cinco unidades as relações existentes entre fatos nos níveis local e
temáticas comuns ao longo do Ensino Fundamen- global. Portanto, no decorrer do Ensino Fundamen-
tal, em uma progressão das habilidades. tal, os alunos precisam compreender as interações
Na unidade temática O sujeito e seu lugar no multiescalares existentes entre sua vida familiar,
mundo, focalizam-se as noções de pertencimento e seus grupos e espaços de convivência e interações
identidade. No Ensino Fundamental – Anos Iniciais, espaciais mais complexas. A conexão é um princípio
busca-se ampliar as experiências com o espaço e o da Geografia que estimula a compreensão do que
tempo vivenciadas pelas crianças em jogos e brin- ocorre entre os componentes da sociedade e do
cadeiras na Educação Infantil, por meio do apro- meio físico natural. Ela também analisa o que ocor-
fundamento de seu conhecimento sobre si mesmo re entre quaisquer elementos que constituem um

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conjunto na superfície terrestre e que explicam um Fotografias, mapas, esquemas, desenhos, imagens
lugar na sua totalidade. Conexões e escalas ex- de satélites, audiovisuais, gráficos, entre outras
plicam os arranjos das paisagens, a localização e alternativas, são frequentemente utilizados no
a distribuição de diferentes fenômenos e objetos componente curricular. Quanto mais diversificado
técnicos, por exemplo. for o trabalho com linguagens, maior o repertório
Dessa maneira, desde o Ensino Fundamental – construído pelos alunos, ampliando a produção
Anos Iniciais, as crianças compreendem e estabe- de sentidos na leitura de mundo. Compreender
lecem as interações entre sociedade e meio físico as particularidades de cada linguagem, em suas
natural. No decorrer desse processo, os alunos potencialidades e em suas limitações, conduz ao
devem aprender a considerar as escalas de tempo reconhecimento dos produtos dessas linguagens
e as periodizações históricas, importantes para a não como verdades, mas como possibilidades.
compreensão da produção do espaço geográfico No Ensino Fundamental – Anos Iniciais, os alu-
em diferentes sociedades e épocas. nos começam, por meio do exercício da localiza-
Em Mundo do trabalho, abordam-se, no Ensino ção geográfica, a desenvolver o pensamento espa-
Fundamental – Anos Iniciais, os processos e as téc- cial, que gradativamente passa a envolver outros
nicas construtivas e o uso de diferentes materiais princípios metodológicos do raciocínio geográfico,
produzidos pelas sociedades em diversos tempos. como os de localização, extensão, correlação,
São igualmente abordadas as características das diferenciação e analogia espacial. No Ensino Fun-
inúmeras atividades e suas funções socioeconômicas damental – Anos Finais, espera-se que os alunos
nos setores da economia e os processos produtivos consigam ler, comparar e elaborar diversos tipos
agroindustriais, expressos em distintas cadeias pro- de mapa temático, assim como as mais diferentes
dutivas. No Ensino Fundamental – Anos Finais, essa representações utilizadas como ferramentas da
unidade temática ganha relevância: incorpora-se o análise espacial. Essa, aliás, deve ser uma preo-
processo de produção do espaço agrário e industrial cupação norteadora do trabalho com mapas em
em sua relação entre campo e cidade, destacando-se Geografia. Eles devem, sempre que possível, ser-
as alterações provocadas pelas novas tecnologias no vir de suporte para o repertório que faz parte do
setor produtivo, fator desencadeador de mudanças raciocínio geográfico, fugindo do ensino do mapa
substanciais nas relações de trabalho, na geração pelo mapa, como fim em si mesmo.
de emprego e na distribuição de renda em diferentes Na unidade temática Natureza, ambientes e
escalas. A Revolução Industrial, a revolução técnico- qualidade de vida, busca-se a unidade da Geogra-
-científico-informacional e a urbanização devem ser fia, articulando geografia física e geografia huma-
associadas às alterações no mundo do trabalho. Nes- na, com destaque para a discussão dos processos
se sentido, os alunos terão condição de compreender físico-naturais do planeta Terra. No Ensino Fun-
as mudanças que ocorreram no mundo do trabalho damental – Anos Iniciais, destacam-se as noções
em variados tempos, escalas e processos históricos, relativas à percepção do meio físico natural e de
sociais e étnico-raciais. seus recursos. Com isso, os alunos podem reco-
Por sua vez, na unidade temática Formas de nhecer de que forma as diferentes comunidades
representação e pensamento espacial, além da transformam a natureza, tanto em relação às
ampliação gradativa da concepção do que é um inúmeras possibilidades de uso ao transformá-la
mapa e de outras formas de representação grá- em recursos quanto aos impactos socioambientais
fica, são reunidas aprendizagens que envolvem o delas provenientes. No Ensino Fundamental – Anos
raciocínio geográfico. Espera-se que, no decorrer Finais, essas noções ganham dimensões concei-
do Ensino Fundamental, os alunos tenham domí- tuais mais complexas, de modo a levar os estudan-
nio da leitura e da elaboração de mapas e gráfi- tes a estabelecer relações mais elaboradas, conju-
cos, iniciando-se na alfabetização cartográfica. gando natureza, ambiente e atividades antrópicas

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em distintas escalas e dimensões socioeconômicas calização, extensão, conectividade, entre outras),
e políticas. Dessa maneira, torna-se possível a eles resultantes das relações com outros lugares. Por
conhecer os fundamentos naturais do planeta e as causa disso, o entendimento da situação geográfica,
transformações impostas pelas atividades huma- pela sua natureza, é o procedimento para o estudo
nas na dinâmica físico-natural, inclusive no con- dos objetos de aprendizagem pelos alunos. Em uma
texto urbano e rural. [...] mesma atividade a ser desenvolvida pelo professor
Assim, com o aprendizado de Geografia, os em sala de aula, os alunos podem mobilizar, ao
estudantes têm a oportunidade de trabalhar com mesmo tempo, diversas habilidades de diferentes
conceitos que sustentam ideias plurais de nature- unidades temáticas.
za, território e territorialidade. Dessa forma, eles Cumpre destacar que os critérios de organização
podem construir uma base de conhecimentos que das habilidades na BNCC (com a explicitação dos
incorpora os segmentos sociais culturalmente objetos de conhecimento aos quais se relacionam e
diferenciados e também os diversos tempos e do agrupamento desses objetos em unidades temáti-
ritmos naturais. cas) expressam um arranjo possível (dentre outros).
Essa dimensão conceitual permite que os alunos Portanto, os agrupamentos propostos não devem ser
desenvolvam aproximações e compreensões sobre tomados como modelo obrigatório para o desenho
os saberes científicos — a respeito da natureza, do dos currículos.
território e da territorialidade, por exemplo — pre-
sentes nas situações cotidianas. Quanto mais um
cidadão conhece os elementos físico-naturais e
sua apropriação e produção, mais pode ser prota-
gonista autônomo de melhores condições de vida.
Trata-se, nessa unidade temática, de desenvolver o
conceito de ambiente na perspectiva geográfica, o
que se fundamenta na transformação da natureza

asierromero / adobe.stockcom
pelo trabalho humano. Não se trata de transferir
o conhecimento científico para o escolar, mas de,
por meio dele, permitir a compreensão dos proces-
sos naturais e da produção da natureza na socie-
dade capitalista. Nesse sentido, ao compreender
o contexto da natureza vivida e apropriada pelos
processos socioeconômicos e culturais, os alunos
constroem criticidade, fator fundamental de auto-
nomia para a vida fora da escola.
Para tanto, a abordagem dessas unidades temá-
ticas deve ser realizada integradamente, uma vez
que a situação geográfica não é apenas um pedaço
do território, uma área contínua, mas um conjunto
de relações. Portanto, a análise de situação resulta
da busca de características fundamentais de um
lugar na sua relação com outros lugares. Assim, ao
se estudarem os objetos de aprendizagem de Geo-
grafia, a ênfase do aprendizado é na posição relativa
dos objetos no espaço e no tempo, o que exige a
compreensão das características de um lugar (lo-

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Considerando esses pressupostos, e em articulação com as competências gerais da BNCC e com as
competências específicas da área de Ciências Humanas, o componente curricular de Geografia também
deve garantir aos alunos o desenvolvimento de competências específicas.

COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE GEOGRAFIA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL

1 Utilizar os conhecimentos geográficos para entender a interação sociedade/natureza e


exercitar o interesse e o espírito de investigação e de resolução de problemas.

Estabelecer conexões entre diferentes temas do conhecimento geográfico, reconhe-


2 cendo a importância dos objetos técnicos para a compreensão das formas como os
seres humanos fazem uso dos recursos da natureza ao longo da história.

Desenvolver autonomia e senso crítico para compreensão e aplicação do raciocínio geo-


3 gráfico na análise da ocupação humana e produção do espaço, envolvendo os princípios
de analogia, conexão, diferenciação, distribuição, extensão, localização e ordem.

Desenvolver o pensamento espacial, fazendo uso das linguagens cartográficas e ico-


4 nográficas, de diferentes gêneros textuais e das geotecnologias para a resolução de
problemas que envolvam informações geográficas.

Desenvolver e utilizar processos, práticas e procedimentos de investigação para com-


preender o mundo natural, social, econômico, político e o meio técnico-científico e
5 informacional, avaliar ações e propor perguntas e soluções (inclusive tecnológicas)
para questões que requerem conhecimentos científicos da Geografia.

Construir argumentos com base em informações geográficas, debater e defender


6 ideias e pontos de vista que respeitem e promovam a consciência socioambiental e o
respeito à biodiversidade e ao outro, sem preconceitos de qualquer natureza.

Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, responsabilidade, flexibilidade,


7 resiliência e determinação, propondo ações sobre as questões socioambientais, com
base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários.

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GEOGRAFIA NO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS INICIAIS: UNIDADES TEMÁTICAS, OBJETOS DE
CONHECIMENTO E HABILIDADES
No contexto da aprendizagem do Ensino Funda- aplicação do pensamento espacial em diferentes
mental – Anos Iniciais, será necessário considerar lugares e escalas de análise.
o que as crianças aprenderam na Educação Infantil. “Como se distribui?” é uma pergunta que remete
Em seu cotidiano, por exemplo, elas desenham ao princípio geográfico de diferenciação espacial,
familiares, enumeram relações de parentesco, que estimula os alunos a entender o ordenamento
reconhecem-se em fotos (classificando-as como territorial e a paisagem, estabelecendo relações
antigas ou recentes), guardam datas e fatos, sa- entre os conceitos principais da Geografia.
bem a hora de dormir, de ir à escola, negociam “Quais são as características socioespaciais?”
horários, fazem relatos orais, revisitam o passado permite que reconheçam a dinâmica da natureza
por meio de jogos, cantigas e brincadeiras ensina- e a interferência humana na superfície terrestre,
das pelos mais velhos, posicionam-se criticamente conhecendo os lugares e estabelecendo conexões
sobre determinadas situações, e tantos outros. entre eles, sejam locais, regionais ou mundiais,
Tendo por referência esses conhecimentos das além de contribuir para a percepção das temáticas
próprias crianças, o estudo da Geografia no Ensino ambientais.
Fundamental – Anos Iniciais, em articulação com A ênfase nos lugares de vivência, dada no Ensi-
os saberes de outros componentes curriculares e no Fundamental – Anos Iniciais, oportuniza o de-
áreas de conhecimento, concorre para o processo senvolvimento de noções de pertencimento, locali-
de alfabetização e letramento e para o desenvolvi- zação, orientação e organização das experiências e
mento de diferentes raciocínios. vivências em diferentes locais.
O estudo da Geografia permite atribuir sentidos Essas noções são fundamentais para o trato
às dinâmicas das relações entre pessoas e grupos com os conhecimentos geográficos. Mas o apren-
sociais, e desses com a natureza, nas atividades dizado não deve ficar restrito apenas aos lugares
de trabalho e lazer. É importante, na faixa etária de vivência. Outros conceitos articuladores, como
associada a essa fase do Ensino Fundamental, o paisagem, região e território, vão se integrando e
desenvolvimento da capacidade de leitura por ampliando as escalas de análise.
meio de fotos, desenhos, plantas, maquetes e as De maneira geral, na abordagem dos objetos
mais diversas representações. Assim, os alunos de conhecimento, é necessário garantir o estabe-
desenvolvem a percepção e o domínio do espaço. lecimento de relações entre conceitos e fatos que
Nessa fase, é fundamental que os alunos con- possibilitem o conhecimento da dinâmica do meio
sigam saber e responder a algumas questões a físico, social, econômico e político. Dessa forma,
respeito de si, das pessoas e dos objetos: Onde se deve-se garantir aos alunos a compreensão das
localiza? Por que se localiza? Como se distribui? características naturais e culturais nas diferentes
Quais são as características socioespaciais? Essas sociedades e lugares do seu entorno, incluindo a
perguntas mobilizam as crianças a pensar sobre a noção espaço-tempo.
localização de objetos e das pessoas no mundo, Assim, é imprescindível que os alunos identifi-
permitindo que compreendam seu lugar no mundo. quem a presença e a diversidade de culturas indí-
“Onde se localiza?” é uma indagação que as leva genas, afrodescendentes, de povos e comunidades
a mobilizar o pensamento espacial e as informa- tradicionais para compreender suas características
ções geográficas para interpretar as paisagens e socioculturais e suas territorialidades. Do mesmo
compreender os fenômenos socioespaciais, ten- modo, é necessário que eles diferenciem os lugares
do na alfabetização cartográfica um importante de vivência e compreendam a produção das pai-
encaminhamento. sagens e a interrelação entre elas, como o campo/
“Por que se localiza?” permite a orientação e a cidade e o urbano/rural, no que tange aos aspectos

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políticos, sociais, culturais e econômicos. Essas aprendizagens servem de base para o desenvolvimento
de atitudes, procedimentos e elaborações conceituais que potencializam a construção das identidades e a
participação em diferentes grupos sociais.

Esse processo de aprendizado abre caminhos para práticas de estudo provocadoras e desafia-
doras, em situações que estimulem a curiosidade, a reflexão e o protagonismo. Pautadas na obser-
vação, nas experiências diretas, no desenvolvimento de variadas formas de expressão, registro e
problematização, essas práticas envolvem, especialmente, o trabalho de campo.

GEOGRAFIA - 5O ANO

Unidades Objetos
Habilidades
temáticas de conhecimento
(EF05GE01) Descrever e analisar dinâmicas populacionais na Unidade da
Dinâmica populacional Federação em que vive, estabelecendo relações entre migrações e condi-
O SUJEITO E SEU LUGAR ções de infraestrutura.

NO MUNDO Diferenças étnico-raciais e


(EF05GE02) Identificar diferenças étnico-raciais e étnico-culturais e desi-
étnico-culturais e desigual-
gualdades sociais entre grupos em diferentes territórios.
dades sociais

(EF05GE03) Identificar as formas e funções das cidades e analisar


Território, redes e as mudanças sociais, econômicas e ambientais provocadas pelo seu
CONEXÕES E ESCALAS crescimento.
urbanização (EF05GE04) Reconhecer as características da cidade e analisar as intera-
ções entre a cidade e o campo e entre cidades na rede urbana.

(EF05GE05) Identificar e comparar as mudanças dos tipos de trabalho e


desenvolvimento tecnológico na agropecuária, na indústria, no comércio
Trabalho e inovação e nos serviços.
MUNDO DO TRABALHO (EF05GE06) Identificar e comparar transformações dos meios de trans-
tecnológica porte e de comunicação
(EF05GE07) Identificar os diferentes tipos de energia utilizados na produ-
ção industrial, agrícola e extrativa e no cotidiano das populações.

Mapas e imagens de (EF05GE08) Analisar transformações de paisagens nas cidades, compa-


rando sequência de fotografias, fotografias aéreas e imagens de satélite
FORMAS DE REPRESEN- satélite de épocas diferentes.
TAÇÃO E PENSAMENTO
ESPACIAL Representação das cida- (EF05GE09) Estabelecer conexões e hierarquias entre diferentes cidades,
des e do espaço urbano utilizando mapas temáticos e representações gráficas.

(EF05GE10) Reconhecer e comparar atributos da qualidade ambiental e


Qualidade ambiental algumas formas de poluição dos cursos de água e dos oceanos (esgotos,
efluentes industriais, marés negras, etc.).

(EF05GE11) Identificar e descrever problemas ambientais que ocorrem no


NATUREZA, AMBIENTES E Diferentes tipos de entorno da escola e da residência (lixões, indústrias poluentes, destruição
poluição do patrimônio histórico, etc.), propondo soluções (inclusive tecnológicas)
QUALIDADE DE VIDA para esses problemas.

(EF05GE12) Identificar órgãos do poder público e canais de participação


Gestão pública da social responsáveis por buscar soluções para a melhoria da qualidade
de vida (em áreas como meio ambiente, mobilidade, moradia e direito
qualidade de vida à cidade) e discutir as propostas implementadas por esses órgãos que
afetam a comunidade em que vive.

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1
U NI
DADE

ATURALIZAR O que vamos estudar:


• Conhecendo o Universo
• A Terra: o mundo em que
vivemos
• Os continentes e os oceanos
• As coordenadas geográficas
• A atmosfera
• A litosfera
• A hidrosfera
• Biosfera
• Divisão política do Brasil
• A singularidade geográfica das
regiões brasileiras e a identidade
nacional
• Trabalhando as emoções
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Ler é um procedimento fundamental em Geografia. O contato com diversos gêneros, literá-


rios e informativos, faz com que a garotada aprenda a buscar informações em várias fontes. “A
literatura ajuda as crianças a perceber o contexto no qual aquele espaço está inserido e a de-
senvolver a capacidade de descrever os lugares, destacando as características mais importantes
de acordo com a intenção”, explica Sueli. Indicar a leitura de grandes nomes da literatura é um
ótimo caminho para desenvolver o imaginário do aluno, sair da visão puramente científica da
disciplina e lembrar que a Geografia tem uma ligação humana e prática.

Por Anderson Moço. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/2276/o-que-ensinar-em-geografia Acesso


em: 06/4/2021.

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CONTEÚDOS DA UNIDADE E A BNCC
UNIDADE 1
UNIDADES OBJETOS DE
CONTEÚDOS HABILIDADES
TEMÁTICAS CONHECIMENTO
Conhecendo o — — Nota: A BNCC não define o estudo do conteúdo
Universo Conhecendo o Universo como competência a
ser desenvolvida na disciplina de Geografia do
5o ano – Ensino Fundamental, porém consi-
deramos ser esse conteúdo de grande impor-
tância para a formação estudantil. Por isso,
as páginas a seguir abordam esse objeto de
conhecimento.

A Terra: o mundo — — Nota: A BNCC não define o estudo do conteúdo


em que vivemos A Terra: o mundo em que vivemos como compe-
tência a ser desenvolvida na disciplina de Geo-
grafia do 5o ano – Ensino Fundamental, porém
consideramos ser esse conteúdo de grande
importância para a formação estudantil. Por
isso, as páginas a seguir abordam esse objeto
de conhecimento.

Os continentes e os — — Nota: A BNCC não define o estudo do conteúdo


oceanos Os continentes e os oceanos como competência
a ser desenvolvida na disciplina de Geogra-
fia do 5o ano – Ensino Fundamental, porém
consideramos ser esse conteúdo de grande
importância para a formação estudantil. Por
isso, as páginas a seguir abordam esse objeto
de conhecimento.

As coordenadas — — Nota: A BNCC não define o estudo do conteúdo


geográficas As coordenadas geográficas como competên-
cia a ser desenvolvida na disciplina de Geo-
grafia do 5o ano – Ensino Fundamental, porém
consideramos ser esse conteúdo de grande
importância para a formação estudantil. Por
isso, as páginas a seguir abordam esse objeto
de conhecimento.

A atmosfera • Natureza, ambien- • Diferentes tipos de poluição (EF05GE11) Identificar e descrever problemas
tes e qualidade de ambientais que ocorrem no entorno da escola
vida e da residência (lixões, indústrias poluentes,
destruição do patrimônio histórico, etc.), pro-
pondo soluções (inclusive tecnológicas) para
esses problemas.

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UNIDADES OBJETOS DE
CONTEÚDOS HABILIDADES
TEMÁTICAS CONHECIMENTO
A litosfera • Natureza, ambien- • Diferentes tipos de poluição (EF05GE11) Identificar e descrever problemas
tes e qualidade de ambientais que ocorrem no entorno da escola
vida e da residência (lixões, indústrias poluentes,
destruição do patrimônio histórico, etc.), pro-
pondo soluções (inclusive tecnológicas) para
esses problemas.

A hidrosfera • Natureza, ambien- • Qualidade ambiental (EF05GE10) Reconhecer e comparar atributos


tes e qualidade de da qualidade ambiental e algumas formas de
vida poluição dos cursos de água e dos oceanos
(esgotos, efluentes industriais, marés negras,
etc.).

Biosfera • Natureza, ambien- • Qualidade ambiental (EF05GE10) Reconhecer e comparar atributos da


tes e qualidade de • Diferentes tipos de poluição qualidade ambiental e algumas formas de polui-
vida ção dos cursos de água e dos oceanos (esgotos,
efluentes industriais, marés negras, etc.).
(EF05GE11) Identificar e descrever problemas
ambientais que ocorrem no entorno da escola
e da residência (lixões, indústrias poluentes,
destruição do patrimônio histórico, etc.), pro-
pondo soluções (inclusive tecnológicas) para
esses problemas.

Divisão política do • O sujeito e seu • Dinâmica populacional (EF05GE01) Descrever e analisar dinâmicas
Brasil lugar no mundo populacionais na Unidade da Federação em
que vive, estabelecendo relações entre migra-
ções e condições de infraestrutura.

A singularidade • O sujeito e seu • Dinâmica popu­lacional (EF05GE01) Descrever e analisar dinâmicas


geográfica das lugar no mundo • Diferenças étnico-raciais e populacionais na Unidade da Federação em
regiões brasilei- étnico-culturais e desigual- que vive, estabelecendo relações entre mi­
ras e a identidade dades sociais grações e condições de infraestrutura.
nacional (EF05GE02) Identificar diferenças étnico-
-ra­ciais e étnico-culturais e desigualdades
sociais entre grupos em diferentes territórios.

Trabalhando as — — Nota: A Base Nacional Comum Curricular


emoções (BNCC) define um conjunto de competências
gerais que serve como um guia para o apren­
dizado das crianças e que deve ser desenvol­
vido de forma dinâmica para trabalhar o
socioemocional.

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1ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Semana de adaptação.

2º DIA
Semana de adaptação.

3º DIA
Semana de adaptação.

4º DIA
Semana de adaptação.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

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DINÂMICA
ESPELHO
VOCÊ VAI PRECISAR DE:
Um espelho que ficará pendurado na sala de aula o ano inteiro.

PROPÓSITO:
Esta técnica tem como objetivo reforçar atitudes de tolerância e compreensão, encorajando cada aluno
a reconhecer seus limites e fraquezas.

COLOCANDO EM PRÁTICA:
Primeiro, discuta o uso do espelho que, refletindo nossa imagem, permite-nos avaliar nossa aparência
e modificá-la quando necessário. Então, explique que o espelho terá uma função simbólica na sala de
aula e será usado diariamente para lembrar as pessoas que antes de criticar um amigo, um colega de
turma ou o professor, é uma boa ideia dar uma olhada no espelho (figurativamente e/ou fisicamente).
Ao fazer isso, encoraje os alunos a avaliar seu próprio comportamento, perguntando se não há nada
que eles devam repreender neles mesmos ao dar uma olhada crítica na forma como eles tratam os
outros.
Sugira o exercício a seguir que também surtirá o efeito de reforçar a coesão. Os alunos escolhem um
par e, olhando um para o outro como se estivessem olhando para um espelho, procuram notar as si-
milaridades entre si mesmo e o seu par, descobrindo seus pontos em comum, conhecendo melhor um
ao outro e criando suporte e alianças entre eles. Essas similaridades podem estar relacionadas com
interesses, valores, talentos, aspirações, amigos ou qualquer outro aspecto de suas vidas. Quanto mais
similaridades existir entre duas pessoas, mais próximas elas se tornarão e mais disponíveis estarão
uma para a outra. O professor pode facilitar, portanto, a formação de pares entre alunos que ainda não
sejam capazes de criar um contato real entre si e, assim, consolidar laços unindo os membros da turma.

BEAULIEU, Daniel. Técnicas de Impacto na sala de aula: 88 atividades para envolver seus alunos. Tradução: Renata Gaspar
Nascimento. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.

Mary Long / stock.adobe.com

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SEMANA DE ADAPTAÇÃO
Para receber os alunos no primeiro dia de aula, enfeite a entrada da escola com bexigas coloridas.
Decore, também, os corredores, utilizando balões modelados em formato de bichinhos. Diariamente, es-
colha um desses animais e fixe-o do lado de fora da porta da sala. Então, trabalhe as características e
as utilidades dele através de histórias e canções. Como sugestão, faça, também, animais de dobradura.

IDENTIFICANDO A CLASSE
MATERIAIS:
Canetinhas coloridas; cola branca; fita adesiva
transparente; fita-crepe; duas folhas de papel
kraft; uma foto de cada aluno com tamanho 3 x
4; lápis preto; papel-cartão de dois tons; régua;
tesoura com ponta arredondada.

PASSO A PASSO FEITO PELO EDUCADOR:


Com a fita adesiva transparente, emende uma
das laterais menores de uma das folhas de papel
kraft a uma da outra, formando um mural. Em
seguida, meça e recorte retângulos de 4 x 6 cm

Pixel-Shot / stock.adobe.com
no papel-cartão até atingir o número correspon-
dente à quantidade de fotos trazidas pelos alu-
nos. Então, coloque o mural na posição vertical
e, com as canetinhas coloridas, escreva na parte
superior, com letra-bastão, o número da sala, o
estágio e o seu nome. Por fim, cole as fotos e, ao
lado de cada uma, escreva o nome do respectivo
aluno. Fixe o mural na parte de fora da porta da
sala de aula. Com isso, as crianças poderão iden-
tificar qual é a sua classe e quem são seus novos
amiguinhos.

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MURAL DE BEXIGAS BOAS-VINDAS
MATERIAIS: Quando um novo colega de trabalho chega à
Barbante; bexigas coloridas; caneta para escola, muitas mudanças acontecem. Há quem
retropro­jetor; fita adesiva transparente; tesoura se sinta ameaçado, há quem nutra preconceito
com ponta arredondada. contra o novo membro da equipe, ou quem deseje
dar-lhe as boas-vindas. Outros preferem esperar
COLOCANDO EM PRÁTICA: a reação dos superiores para formar uma opinião
a respeito do novato.
Entregue uma bexiga para cada uma das crian- Antes de qualquer coisa, coloque-se no lugar
ças. Oriente-as a encherem-nas e auxilie-as a da pessoa que acaba de chegar: ela deve estar
darem um nó no bico. Peça-lhes que desenhem, motivada com a nova oportunidade, ao mesmo
no balão, uma carinha sorrindo e, do lado oposto tempo em que estará receosa, pois não conhece,
a essa figura, es­crevam o seu nome. Depois, re- ainda, a resposta dos membros da nova equipe
colha todas as bexigas e amarre-as, lado a lado, à sua presença e trabalho. Assim, use a política
em um fio de barbante. Fixe as extremidades do da boa vizinhança. Sorria e mostre-se atencioso
fio nas paredes da sala de aula, em uma altura com o novo colega. Convide-o para um almoço ou
que possibilite os alunos alcançarem os balões. para uma conversa na sala dos professores. Não
Então, solicite-lhes que procurem pela bexiga que é preciso medir a experiência dele, uma vez que
contém o seu nome e ajudem os outros a encon- a direção da escola já fez isso. Fale sobre outros
trarem as deles. assuntos que não os de trabalho. Aqui, a ideia é
deixar o novato à vontade. E não tenha medo de
perder o seu “lugar ao Sol”. Se um dia você foi
chamado para trabalhar nessa escola, foi por ter
alguns méritos. E, certamente, encontrou pes-
soas que o fizeram sentir-se confortável no novo
ambiente.

Revista Profissão Mestre. Ano 8. n. 93. Curitiba: Humana


stockphoto mania Davis / stock.adobe.com

Editorial, junho, 2007.

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2ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

2º DIA
Geografia: Conhecendo o Universo – páginas 6 e 7 (primeira coluna)

Orientação didática:
• Leve à sala de aula imagens que apresentem o Universo. Essa forma de representação é interessante,
porque desperta a curiosidade dos alunos, além de fixar a aprendizagem.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e História.

3º DIA
Geografia: A Terra: o mundo em que vivemos – páginas 7 (segunda coluna), 8, 9 e 10 (primeira coluna)

Orientação didática:
• Explane o conteúdo também mostrando, em slides, imagens de países ou pessoas pertencentes aos
continentes.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

4º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

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DINÂMICA

O FAROL DA ILHA
MATERIAIS:
Nenhum.

OBJETIVO:
Neste jogo, é apresentado um desejo (alcançar um colega) que é dificultado por um “barulho de
fundo” que tende a atrapalhá-lo. A dinâmica é a metáfora do que acontece quando há um desejo que se
sobrepõe a muitos outros, radicais e contraditórios.

DESENVOLVIMENTO:
Os participantes são divididos em duplas; cada uma delas precisa decidir o “próprio” sinal sonoro (p.
ex., o som de um animal, ou um assobio particular ou qualquer outra coisa que lhe venha à mente), que
deve ser diferente daquele das outras.
Uma vez escolhidos os sinais, os participantes se espalham por toda a sala (as duplas são sepa-
radas) e é escolhida uma dupla para ser o “farol” e o “navio”: um dos membros (o navio) é vendado e
fica em uma extremidade da sala, e o outro (o farol) é colocado em um ponto afastado do primeiro. Os
demais participantes posicionam-se entre os dois.
Ao sinal do condutor, todos devem emitir os seus sinais, inclusive o farol (o navio, não); o navio tem
de tentar alcançar o farol seguindo somente o som.

MARCONI, Sara; MELE, Francesco. 8 encontros para desenvolver valores na escola: uma revolução possível? Petrópolis, RJ:
Vozes, 2016.

Syda Productions / stock.adobe.com

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Conhecendo o Planetas são astros que não têm luz própria e 6
giram em torno de uma estrela. O Sistema Solar
Universo é formado por oito planetas, que se apresentam
na seguinte ordem de distância com relação
ao Sol: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter,
Você sabe a localização do seu país no pla- Saturno, Urano e Netuno.
neta Terra? Sabe por que vivemos em um planeta
que dá condições à vida e às diversas e mais
belas paisagens? Por causa de perguntas como
essas, o ser humano, há milhares de anos, tenta
desvendar os mistérios do espaço onde vive e
para ajudar no seu deslocamento. Foi obser-
vando o Universo que os estudiosos criaram os
primeiros mapas e as primeiras cartas celestes.
Mas, o que há nesse Universo?

©Destina / stock.adobe.com
Universo é o conjunto de todas as coisas que
existem, fisicamente, no tempo e no espaço. Ele
é formado por bilhões de galáxias, entre as quais
encontramos a Via Láctea, onde está localizado
o Sistema Solar. É nesse sistema que se loca-
liza a Terra, planeta em que vivemos. O Sistema
Solar é formado por bilhões de estrelas, plane- Satélites naturais giram em torno dos plane-
tas, satélites naturais, asteroides e outros astros. tas e, também, não possuem luz própria. A Lua é
Chamamos de astros todos os corpos celestes o único satélite natural da Terra, o que significa
existentes no Universo. que é o único corpo celeste que gira, natural- Nota:
Estrelas são astros luminosos, ou seja, pos- mente, em volta do nosso planeta. A BNCC não define o
suem luz própria. Podem ter tamanhos e cores
variados. O Sol é a única estrela do Sistema Solar estudo do conteúdo
que serve como fonte de energia, luz e calor. Em Conhecendo o universo
torno do Sol, giram diversos outros astros.
como competência a ser
desenvolvida na discipli-
na de Geografia do 50 ano
– Ensino Fundamental,
porém consideramos ser
©Tryfonov / stock.adobe.com

©Destina / stock.adobe.com

esse conteúdo de gran-


de importância para a
formação estudantil. Por
isso, as páginas a seguir
Formando Cidadãos 6 Geografia • 5o Ano
abordam esse objeto de
conhecimento.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Inicie a aula utilizando algumas questões para motivação e estudo do tema:

• Quem já olhou para o céu e ficou curioso para saber como formaram-se as estrelas e os planetas?
• Como os cientistas fazem para estudar os astros se eles estão tão distantes? Como são obtidas as
imagens dos corpos celestes?
• Alguém sabe a diferença entre uma estrela e um planeta?
• As estrelas e os planetas são formados dos mesmos materiais que existem aqui na Terra?
• Seria possível existir vida em outros planetas do Sistema Solar? Qual tipo de vida?

30
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Atividades A Terra: o mundo em
7
que vivemos
1. Escreva o nome dos corpos celestes existen-
tes no Universo.

estrelas planetas

satélites asteroides

©Sunflower / stock.adobe.com
2. Observe as imagens e marque, com um X, o
único satélite natural da Terra.

A Terra é o único planeta do Sistema Solar


que possui condições adequadas à vida, graças
às suas camadas externas: a litosfera, que
x compõe sua parte sólida; a hidrosfera, que
©winai / stock.adobe.com ©mercedes navarro / stock.adobe.com compõe sua parte líquida; e a atmosfera, que
compõe sua parte gasosa. A presença dessas
3. Assinale a alternativa correta. camadas permite a existência da biosfera,
camada em que há vida na Terra.
As estrelas não possuem luz própria.
Com um formato geoide, semelhante a
A Terra é o planeta mais próximo do Sol. uma esfera achatada nos polos, ele é o quinto Nota:
X Os planetas giram em torno de uma estrela.
maior planeta do Sistema Solar e o terceiro, em A BNCC não define o es-
sequência, a partir do Sol.
Com a tecnologia, o ser humano foi aprimo- tudo do conteúdo A Terra:
Mercúrio é o último planeta em ordem de
distância do Sol. rando suas ferramentas de estudo para obter o mundo em que vivemos
mais informações.
4. Observando a imagem abaixo, comente com a Satélites artificiais foram criados para
como compe­tência a ser
turma sobre um dos motivos que levaram o ser melhor mapear o universo, mais especifica- desenvolvida na discipli-
humano a estudar o Universo e escreva o nome mente, o planeta Terra, para estudar a atmos-
de um instrumento de observação. fera, fazer imagens de territórios e ajudar na
na de Geo­grafia do 5º ano
transmissão de sinais de rádio, televisão, tele- – Ensino Fundamental,
fone, etc.
porém consideramos ser
Satélites artificiais são objetos lançados
© doomu / stock.adobe.com

no espaço que orbitam ao redor da Terra.


esse conteúdo de gran-
Luneta
Essas imagens de satélites, assim como os
de importância para a
mapas, permitem que pessoas, objetos e lugares formação estudantil. Por
sejam localizados, que mudanças na superfície
isso, as páginas a seguir
terrestre sejam observadas.
Formando Cidadãos 7 Geografia • 5o Ano
abordam esse objeto de
conhecimento.
FC_GEO_5F_U1.indd 7 20/11/2021 10:48:00

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Estimule os alunos a elaborar um dicionário sobre a Terra. Assim, eles poderão identificar as pala-
vras-chave do assunto em estudo, e você também poderá identificar as palavras mais difíceis para eles.
Além disso, eles estarão explicando, com as próprias palavras, o entendimento deles a respeito dos
conceitos e termos em estudo, facilitando o seu trabalho em momentos de avaliação e de identificação
do que os alunos compreenderam.

Leve, à sala de aula, um globo para apresentar sua primeira aula sobre o planeta Terra. Essa forma
de representação do planeta é importante, porque desperta a curiosidade dos alunos, além de fixar a
aprendizagem.

31

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Rotação As camadas internas da Terra 8
O nosso planeta realiza diversos movimen- A Terra é um planeta rochoso. A estimativa da
tos, sendo o de rotação e o de translação os idade do planeta pelos cientistas ocorre por meio
principais. da análise dos materiais que compõem a sua estru-
tura. Calcula-se que a idade da Terra está entre 4,5
e 5 bilhões de anos.
Com base em métodos de pesquisa e tecnologias
avançadas, o conhecimento sobre o interior da Terra
tem se tornado cada vez maior, embora ainda esteja
praticamente limitado à sua camada mais superfi-
cial. As camadas internas que formam o planeta
Terra são três: crosta terrestre, manto e núcleo.

Rotação é o movimento que o planeta Terra NÚCLEO


realiza em torno de si mesmo, sendo sua Núcleo Núcleo
externo interno
principal consequência os dias e as noites.
Um giro completo leva, aproximadamente,
24 horas, ou um dia. Durante a rotação, o
lado do planeta que está voltado para o Sol
recebe os raios solares, permanecendo ilu-
minado. Nessa face da Terra, é dia. O lado do
planeta que não está voltado para o Sol não
recebe luz solar. Nessa face, é noite.

©Destina / stock.adobe.com
Translação

CROSTA Manto Manto


TERRESTRE superior inferior
MANTO

Núcleo
Translação é o movimento que a Terra rea- É a parte mais interna e central da Terra,
liza em torno do Sol. Para realizá-lo, nosso apresenta temperaturas que podem chegar a
planeta leva, aproximadamente, 365 dias e 6 mais de 6.000 °C, predominando, em sua com-
horas. A principal consequência desse movi- posição, o níquel e o ferro. É dividido em núcleo
mento são as estações do ano: primavera, externo e núcleo interno.
verão, outono e inverno

Formando Cidadãos 8 Geografia • 5o Ano

FC_GEO_5F_U1.indd 8 09/11/2021 15:33:27

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Um trabalho prático em sala de aula pode
demonstrar as proporções entre as camadas da
Terra. Utilizam-se os seguintes materiais: giz,
barbante de 3 m de comprimento, fita adesiva de
5 cm de largura e um marcador (caneta, pincel,
etc.). Este trabalho pode ser feito no chão da sala,
afastando-se as carteiras, ou no pátio da escola.

Continua...

32
32

FC_ME_GEO 5F_UNIDADE1.indd 32 08/06/2022 19:27


Manto
Atividades
9
É a camada intermediária, localizada logo
abaixo da crosta terrestre. Possui uma espessura 1. Complete o quadro conceituando o que se pede.
de 2.900 km e é constituída pelo magma, uma
substância pastosa e de temperatura elevada. O Rotação
manto se divide em manto superior (com mais É o movimento que a Terra realiza em
plasticidade, com temperaturas e densidades
menores) e manto inferior (com consistência volta de si mesma.
semilíquida e mais densa).

Crosta terrestre Translação


É o movimento que a Terra realiza
É uma camada sólida que envolve a Terra,
formada por diversas rochas e minerais. A crosta em volta do Sol.
terrestre é fragmentada em placas tectônicas,
que flutuam sobre o magma e se deslocam
lentamente, possibilitando a movimentação 2. Marque V, para as frases verdadeiras, e F, para
dos continentes e causando fenômenos, como as frases falsas.
terremotos, maremotos e abalos sísmicos em
geral. F A Terra não apresenta um formato geoide.
O território brasileiro está localizado no
centro da Placa Sul-americana. Por esse motivo,
nosso país não recebe diretamente a influência V A Terra está sempre em movimento.
da movimentação e do encontro das placas e por
isso não sofre grandes terremotos. As principais unidades de tempo do movi-
F
mento de translação são o dia e a noite.

V A Terra realiza diversos movimentos, sendo


os principais a rotação e a translação.

3. Pense e responda: o que aconteceria com a


duração dos dias e das noites se a rotação da
Terra fosse mais lenta?

Sugestão de resposta: Os dias e as noites seriam

mais longos.

Formando Cidadãos 9 Geografia • 5o Ano

FC_GEO_5F_U1.indd 9 20/11/2021 10:48:02

Para realizar a atividade, devem-se seguir as seguintes etapas:

1. Marque um ponto (que será o centro da Terra) e peça a um aluno que fique sobre ele, segurando
uma das extremidades do barbante rente ao chão.
2. Segurando a outra extremidade do barbante, outro aluno traça a circunferência utilizando um giz,
como se fosse um compasso.
3. Cubra o traço do giz com a fita adesiva (a largura total da fita corresponde à crosta terrestre).
4. Para delimitar o núcleo, trace com giz outra circunferência a 1,38 m do centro (como foi feito com a
crosta). Assim, estarão desenhados o núcleo e o manto (que estarão sob a crosta).

33

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4. Escreva o que a imagem abaixo representa.
Os continentes e os
10
oceanos

©Andrey Armyagov / stock.adobe.com


O planeta Terra é formado por terras emersas
e imersas. As terras imersas estão nos oceanos,
e as terras emersas formam os blocos continen-
tais, ou massas continentais, que são resultado
da divisão geológica da Terra, determinada por
imposições naturais. Como as placas tectônicas
que formam a crosta terrestre flutuam sobre o
A imagem representa um satélite artificial, ou magma, esses blocos estão em lento e constante
movimento, de forma que a Terra nem sempre
seja, é um objeto lançado no espaço que orbita apresentou a configuração atual. Diversas teo-
rias procuraram explicar tal movimentação,
ao redor da Terra. sendo a mais aceita a Teoria da Deriva Con-
tinental, criada em 1912 por Alfred Wegener.
5. Os conjuntos a seguir representam a estrutura De acordo com essa teoria, no passado, havia
do nosso planeta. O que representa a interseção apenas um único bloco continental, denomi-
indicada pela seta? nado Pangeia, que passou por fragmentações e
junções com o decorrer das eras geológicas até
Atmosfera chegar à disposição que conhecemos hoje. Esse
supercontinente estaria rodeado por uma grande
massa de água denominada Pantalassa.

Litosfera Hidrosfera

Cerca de 225 milhões


de anos atrás
Biosfera

6. Numere corretamente.

1. Manto 2. Núcleo 3. Crosta terrestre

2 é a camada mais interna da Terra.

1 é a camada intermediária entre a crosta


Cerca de 150 milhões
terrestre e o núcleo.
de anos atrás
3 é a camada mais externa da Terra, onde o
ser humano habita.
Formando Cidadãos 10 Geografia • 5o Ano

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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Utilizando papel machê, bola de isopor e tin-
tas, confeccione, com os alunos, o planeta Terra,
fazendo representações da hidrosfera e da litos-
fera. Se possível, utilize a colagem de diferentes
tipos de solo para representar melhor a litosfera.
Aproveite, ainda, para colar a representação do
planeta em uma folha de cartolina e desenhar a
atmosfera.

34
34

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FUNDAMENTAÇÃO
ALUNOS CRIATIVOS
Até faltarem dez ou quinze minutos para o sinal, a aula do Professor Rogério
não era muito diferente das aulas ministradas por seus colegas, outros profes-
sores da escola em que trabalhava. Iniciava sua aula colocando na lousa um
plano geral do tema que iria discorrer e depois, seguindo esse plano, apresen-
tava as ideias centrais do tema, sem deixar de esclarecer dúvidas e ilustrar o
que explicava com desenhos, comentários, propostas e, não raramente, até al-
gumas anedotas associadas ao que dizia. De maneira clara, trazia aos alunos os
mesmos temas do livro que adotava, mas exposto de forma dinâmica, atraente
e sempre buscando associá-los a temas e conteúdos anteriormente expostos.
Ao concluir sua exposição atribuía a cada aluno o nome de uma das seis
cores básicas (verde, amarelo, branco, azul, vermelho e preto) e pedia que se
reunissem em grupos, conforme a cor recebida. Dava tempo necessário para
que alunos e carteiras se agrupassem e, depois, solicitava que discutissem
entre si possíveis vínculos entre temas expostos e temas anteriores ou ques-
tões relativas ao cotidiano dos alunos, dos esportes que praticavam às infor-
mações pessoais que expunham. A essência dessa ação é que, com criatividade,
buscassem associações ou vínculos entre o exposto em aula e o cotidiano
percebido na escola, em casa, nas notícias e nos trabalhos. Enquanto o debate
se desenrolava, Rogério caminhava de grupo em grupo, ouvindo, sugerindo,
ajudando quando necessário. Seis a sete minutos depois, concluía o tempo dos
debates e solicitava que cada grupo, através de um ou mais representantes,
expusesse a toda a classe suas conclusões e destacasse vínculos encontrados.
É evidente que, no início, os alunos mostravam dificuldade no estabelecimento
dessas relações, mas ajudados por Rogério iam percebendo que muito do que
se conversa e descobre se liga a conteúdos formais que compõem a chamada
“matéria” de cada disciplina.
Terminava a aula voltando-se para a lousa, e, através da brevidade de uma
síntese, enfatizava essas relações, mostrando que o saber apreendido somente
se torna criativo quando associado às informações do mundo em que se vive.
O que acha da aula de Rogério? Acredita que o exemplo desse professor é
válido? Acha que seus alunos seriam capazes de buscar esses vínculos, pro-
duzirem essas associações? Acredita que pode, em suas aulas, incorporar as
linhas gerais dos procedimentos do Professor Rogério?
Syda Productions / stock.adobe.com

Percebe inconveniente na metodologia didática usada por esse professor?


Seria capaz de adaptar as ideias de caso em aulas para qualquer disciplina do
currículo escolar? Acha que mesmo alunos das séries iniciais do Ensino Funda-
mental seriam capazes de absorver e realizar atividades como as propostas por
esse caso?

ANTUNES, Celso. O cotidiano escolar através de casos. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013.

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3ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

2º DIA
Geografia: Os continentes e os oceanos – páginas 10 (segunda coluna) e 11

Orientação didática:
• Leve para a sala de aula um mapa-múndi para que os alunos visualizem melhor a divisão dos conti-
nentes. Convide os alunos para verificarem de perto, em duplas ou trios, os detalhes do mapa. Depois,
solicite que façam um pequeno texto sobre o que foi estudado.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e História.

3º DIA
Geografia: Os continentes e os oceanos – página 12

Orientação didática:
• Proporcione um jogo de “perguntas e respostas”, para responderem sobre o assunto em estudo.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

4º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

36

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DINÂMICA

CORRIDA DOS VALORES HUMANOS


OBJETIVOS:
Desenvolver o trabalho em grupo, a criatividade. Possibilitar a ressignificação dos valores humanos,
favorecer a interação e trabalhar as habilidades motoras.

MATERIAL:
Bexiga, papel com os valores humanos a serem trabalhados escritos nele. Por exemplo: “gratidão”.

DESENVOLVIMENTO:
• Colocar os alunos dispostos em quatro fileiras.
• Cada um receberá uma bexiga e um determinado valor escrito em um papel. Esses valores poderão
ser sugeridos pelas próprias crianças no momento da roda da conversa. A quantidade de papéis com
valores deve ser a mesma que a do número de alunos.
• Solicitar que coloquem o papel dentro da bexiga.
• Ao sinal, os alunos da primeira fileira, já de posse da bexiga com o papel dentro, deverão correr ao
ponto de chegada determinado pelo educador.
• O valor que chegar primeiro deverá ser anotado num quadro pelo educador ou outra criança. O va-
lor que repetir em maior número de vezes será o eleito para ser desenvolvido com a turma por meio de
reflexões, leituras compartilhadas, dramatização, montagem de histórias em quadrinhos, etc.

OUTRAS POSSIBILIDADES:
• Trabalhar estratégias de leitura.
• Organização de listas.
• Remontagem de texto.
• Narração de histórias em cima de determinado valor.
• Listas de situações levantadas pelo grupo.
• Elaboração de um texto coletivo oral e/ou escrito pelo educador (caso os alunos ainda não pos-
suam o domínio da escrita).
• Organização e elaboração de uma carta ou um poema falando desse valor, enviando-o para outras
turmas ou para alguém determinado pelo grupo.
• Inventar uma paródia.

FERLIN, A. M.; GOMES, D. 90 ideias de jogos e atividades para sala de aula. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.
paunv / stock.adobe.com

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4. Escreva o que a imagem abaixo representa.
Os continentes e os
10
oceanos

©Andrey Armyagov / stock.adobe.com


O planeta Terra é formado por terras emersas
e imersas. As terras imersas estão nos oceanos,
e as terras emersas formam os blocos continen-
tais, ou massas continentais, que são resultado
da divisão geológica da Terra, determinada por
imposições naturais. Como as placas tectônicas
que formam a crosta terrestre flutuam sobre o
A imagem representa um satélite artificial, ou magma, esses blocos estão em lento e constante
movimento, de forma que a Terra nem sempre
seja, é um objeto lançado no espaço que orbita apresentou a configuração atual. Diversas teo-
rias procuraram explicar tal movimentação,
ao redor da Terra. sendo a mais aceita a Teoria da Deriva Con-
tinental, criada em 1912 por Alfred Wegener.
5. Os conjuntos a seguir representam a estrutura De acordo com essa teoria, no passado, havia
do nosso planeta. O que representa a interseção apenas um único bloco continental, denomi-
indicada pela seta? nado Pangeia, que passou por fragmentações e
junções com o decorrer das eras geológicas até
Atmosfera chegar à disposição que conhecemos hoje. Esse
supercontinente estaria rodeado por uma grande
massa de água denominada Pantalassa. Nota:
A BNCC não define o
Litosfera Hidrosfera
estudo do conteúdo Os
Cerca de 225 milhões
de anos atrás
continentes e os oceanos
Biosfera como competência a ser
desenvolvida na discipli-
6. Numere corretamente.
na de Geogra­fia do 5º ano
1. Manto 2. Núcleo 3. Crosta terrestre – Ensino Fundamental,
porém consideramos ser
2 é a camada mais interna da Terra.
esse conteúdo de gran-
1 é a camada intermediária entre a crosta de importância para a
Cerca de 150 milhões
terrestre e o núcleo.
de anos atrás formação estudantil. Por
3 é a camada mais externa da Terra, onde o
isso, as páginas a seguir
ser humano habita.
Formando Cidadãos 10 Geografia • 5o Ano
abordam esse objeto de
conhecimento.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Inicie a aula apresentando aos alunos o mapa-múndi ou o globo terrestre. Conduza a turma a ana-
lisar o mapa-múndi (ou o globo terrestre) e aponte as partes que representam os continentes e as que
representam os corpos d’água, como os oceanos e os mares. Se julgar necessário, ajude os alunos a se
localizarem no mapa, identificando onde ficam a América do Sul e o Brasil.
Depois, oriente os alunos a novamente observarem o mapa-múndi (ou globo terrestre) e pergunte-
-lhes se reconhecem alguma similaridade entre os contornos dos continentes. É importante que você
conduza as observações de forma que percebam que os contornos da América do Sul e da África são
bem parecidos e que, há muitos anos, esses continentes estavam conectados, mas, com o movimento
das placas tectônicas foram se distanciando.
Para reforçar esse conceito, apresente aos alunos imagens do livro do aluno ou um vídeo curto com
os movimentos dos continentes ao longo dos anos.

38
38

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11

Cerca de 65 milhões
Atualmente
de anos atrás

Entretanto, essa configuração atual não é definitiva, pois as placas tectônicas continuam a se movi-
mentar, em velocidades e direções diferentes, poucos centímetros ao longo de vários anos.
Embora haja controvérsias entre os estudiosos quanto ao critério para a definição, é possível afirmar
que os continentes são formados de acordo com a divisão política instituída pelos seres humanos. Atual-
mente, a Terra é formada por seis continentes: África, América, Antártida, Ásia, Europa e Oceania.

As terras imersas, por sua vez, podem ser cobertas por água, formando os oceanos, mares, rios,
lagos e outros corpos hídricos, que constituem a maior parte da superfície terrestre. Apesar de existir
apenas um oceano global, a grande massa de água que cobre 71% da Terra é dividida geografica-
mente em regiões distintas. Historicamente, há cinco oceanos reconhecidos: Atlântico, Pacífico,
Índico, Ártico e Antártico.

Divisão dos Continentes


Oceano Glacial Ártico

Oceano
Pacífico

Oceano
Oceano
Pacífico Oceano
Atlântico
Índico

Oceano Glacial Antártico

Fonte: IBGE (Diretoria de Geociências, Coordenação de Estruturas Territoriais)

Formando Cidadãos 11 Geografia • 5o Ano

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SUGESTÃO DE ATIVIDADE

1. Preencha as lacunas de maneira que as frases tornem-se verdadeiras.

a. A Terra é o quinto maior planeta do Sistema Solar.

b. A Terra tem a forma esférica ligeiramente achatada nos polos.

c. À forma da Terra, damos o nome de geoide .

d. A Terra é o único ponto do Sistema Solar onde, comprovadamente, existe vida humana.

e. A Terra, assim como os outros corpos do Universo, não está parada. Ela realiza dois movimentos
principais.

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Atividades 3. Pesquise e observe atentamente o planisfério
12
terrestre e, depois, indique a que continente se
refere cada uma das informações a seguir.
1. Complete as frases abaixo corretamente.
a. É formado por uma grande ilha e por ilhas
a. Os blocos continentais
são grandes ex- menores.
tensões de terras emersas, limitadas pelas águas
dos oceanos. Oceania

b. Há milhões de anos, não havia divisões b. O Japão e a Coreia do Sul fazem parte desse
entre os blocos continentais. Todas as ter- continente.
ras formavam um único bloco continental, a
Ásia
Pangeia .
c. É dividido em três partes: Norte, Central e Sul.
c. A Teoria da Deriva Continental
é a mais aceita para explicar a atual configura- América
ção dos continentes e oceanos da Terra.
d. É banhado ao Norte por mares e situado ao
2. Observe o planisfério a seguir e, depois, res- Sul da Europa.
ponda às perguntas.
África

e. Está situado no ponto extremo Sul da Terra:


o Polo Sul.

Antártida

4. Destaque o nome dos cinco oceanos no dia-


grama abaixo.

N Í T C A A R L A I A O U Y T R E P
A N T Á R T I C O E L C V B N M Á J
I D C L A L N D U M O R D E F T R Y
a. Qual é o continente mais próximo do nosso? M I N D A Â R C O M T A S D F G T H
D C A O F N R T F F O Z X C V B I O
Continente africano. A O N T C T L A O D D T Y U I O C W
E I O D A I Â A C I A X C V B N O A
b. Qual é o maior continente? M T A P A C Í F I C O Q E R T Y U P
 D L O F O A C R R L A S D H G T R
Continente asiático.

Formando Cidadãos 12 Geografia • 5o Ano

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SUGESTÃO DE ATIVIDADE 2. Cole um mapa-múndi e pinte cada continente de


uma cor diferente.
1. Complete a frase abaixo corretamente:

Os continentes e oceanos que conhecemos


atualmente foram originados das grandes massas
da Terra que se separaram devido à movimenta-
Resposta pessoal
ção das placas tectônicas .

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FUNDAMENTAÇÃO
COISAS PARA FAZER AO CHEGAR À ESCOLA

1. Cumprimente todos, do servente ao diretor, com a mesma naturalidade,


todos os dias.

2. Cheque, em sua agenda, se há algum pai de aluno para atender naquele dia.
Assim, você tem tempo para rever o histórico do estudante em questão e ir
mais confiante à reunião com os pais dele.

3. Veja quais são as turmas para as quais vai dar aula naquele dia e procure os
livros de chamada para saber se estão todos em ordem.

4. Certifique-se de que seus planos de aula estejam condizentes.

5. Se precisar de algum material da escola, como rádio, televisão ou retroproje-


tor, vá até a sala onde esse material fica guardado e pergunte se há pilha no
controle remoto e lâmpada no aparelho de projeção.

6. Não existe nada mais desestimulante do que um professor dizer: “Eu tinha
planejado uma aula espetacular, mas não poderemos usar a sala que eu
reservei, então vamos improvisar”. Prepare uma aula com efeitos especiais,
mas deixe engatilhada uma mais “feijão com arroz”, só para garantir.

7. Organize o que será usado na primeira aula, na segunda, na terceira… e deixe


em ordem no seu armário. Isso evita atraso e o esquecimento de algum ma-
terial importante na sala dos professores.

Revista Profissão Mestre. Curitiba: Humana Editorial. Ano 6, n. 69.

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4ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

2º DIA
Geografia: As coordenadas geográficas – páginas 13 e 14

Orientação didática:
• Solicite a escrita, em fichas, das zonas estudadas e organize uma apresentação sobre o assunto em
equipe.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e História.

3º DIA
Geografia: As coordenadas geográficas – páginas 15 e 16

Orientação didática:
• Leve para a sala de aula folhas com imagens de um planisfério e peça aos alunos que tracem as coor-
denadas geográficas.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

4º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

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DINÂMICA

QUEM SOU EU?


HABILIDADES TRABALHADAS NA DINÂMICA:
Conhecimentos específicos das aulas e traba-
lho em equipe.

MATERIAIS NECESSÁRIOS:
Bloco adesivo (post-it) e caneta.

Antes de realizar a dinâmica, selecione um


conteúdo trabalhado recentemente em sala
de aula para aplicar na dinâmica. Embora essa
brincadeira seja mais conhecida por usar nome
de pessoas famosas ou personagens, é possível
adaptá-la, por exemplo, para retratar movimen-
tos literários ou artísticos, momentos históricos,
espécies de animais ou plantas, entre outros.
Escreva itens em post-it suficientes para todos os
alunos da turma.

COLOCANDO EM PRÁTICA:
Comece pedindo que os alunos tragam suas
cadeiras para formar um grande círculo na sala.
Explique que o objetivo da dinâmica é que eles re-
vejam conteúdos trabalhados em sala de aula de
uma forma descontraída e divertida. Cada aluno
terá um post-it grudado na sua testa, sem saber o
que está escrito nele. Em cada rodada, os alunos
poderão fazer uma pergunta para descobrir “quem
é”. São os outros alunos da turma que responde-
rão, mas eles só podem dizer “sim” ou “não”. Caso

conzorb / stock.adobe.com
a turma tenha alguma dúvida sobre o conteúdo,
o professor pode ajudar a turma a responder às
perguntas.
Dependendo do conteúdo trabalhado, essa
dinâmica pode durar várias rodadas. Assim, ela
costuma sair-se melhor em turmas menores.

Disponível em: <https://www.tuacarreira.com/dinamicas-


-para-sala-de-aula/>. Acesso em: 24 jan.2022.

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As coordenadas A posição dos paralelos e dos meridia-
13
nos é indicada pela latitude e pela longitude,
geográficas respectivamente.

Latitude
As coordenadas geográficas consistem na
união de linhas imaginárias horizontais (paralelos) É a distância, medida em graus, tomando como pon-
to referencial a Linha do Equador.
e verticais (meridianos) e têm a finalidade de loca- Assim, um ponto qualquer na Terra estará a uma distân-
lizar qualquer elemento na superfície terrestre. cia de até 90° Norte ou 90° Sul do paralelo central.
Polo Norte
Paralelos Latitude Norte
As linhas traçadas na direção horizontal são cha-
madas de paralelos. A Linha do Equador é o principal
paralelo, dividindo a Terra em dois hemisférios: He-
misfério Norte, da Linha do Equador até o Polo Norte, e
Hemisfério Sul, da Linha do Equador até o Polo Sul.
Paral
elo central nha do Equador)
(Li
Polo Norte
Linha do N
Hemisfério
Equador Latitude Sul
Norte
Polo Sul

O L Longitude
É a distância, medida em graus, tomando como ponto
referencial o Meridiano de Greenwich. Assim, um ponto Nota:
Hemisfério qualquer na Terra estará a uma distância de até 180°
Sul
S
Oeste ou 180° Leste do principal meridiano. A BNCC não define o
Polo Sul
Polo Norte estudo do conteúdo As
Meridianos coordenadas geográficas
h)
central (Greenwic

As linhas traçadas na direção vertical são chamadas como competência a ser


de meridianos e vão de um polo a outro. O principal Longitude
meridiano é o de Greenwich, dividindo a Terra em dois Oeste Longitude
desenvolvida na discipli-
hemisférios: Oeste, ou Ocidental, e Leste, ou Oriental.
Leste na de Geografia do 50 ano
N Meridiano
diano

de Greenwich – Ensino Fundamental,


Meri

Polo Sul
porém consideramos ser
O L
esse conteúdo de gran-
Além da Linha do Equador, existem outros
quatro paralelos que merecem destaque: Cír- de importância para a
Hemisfério Hemisfério
culo Polar Ártico, Trópico de Câncer, Trópico formação estudantil. Por
de Capricórnio e Círculo Polar Antártico, que
Oeste
S
Leste
delimitam as zonas térmicas do planeta. isso, as páginas a seguir
Formando Cidadãos 13 Geografia • 5o Ano
abordam esse objeto de
conhecimento.
FC_GEO_5F_U1.indd 13 09/11/2021 15:33:32

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Conheça um pouco mais sobre o Meridiano de
Greenwich.
O Meridiano de Greenwich passa pelo Observa-
tório Real, na Inglaterra, onde possui uma marca-
ção física no solo. Por um acordo internacional,
em 1884, o meridiano foi adotado como referência
para as longitudes e os fusos horários, sendo o
“primeiro meridiano”.
Solicite aos alunos que pesquisem mais infor-
mações desse importante meridiano.

44
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Zonas térmicas 14
As zonas térmicas são faixas territoriais limitadas por paralelos que retêm frações de luz e calor do
sol de forma diferente entre si. Existem três tipos de zona térmica: as glaciais, ou polares; as tempera-
das; e a tropical, intertropical ou tórrida.
As zonas térmicas se distribuem pelo globo da seguinte forma:

Entre o Polo Norte


e o Círculo Polar
Ártico, localiza-se a
Zona Polar Norte, ou
Glacial Ártico.
Entre o Círculo Polar
Ártico e o Trópico
de Câncer, localiza-
-se a Zona Tempe-
rada Norte.

Entre o Trópico de Entre o Trópico de Entre o Polo Sul e o


Câncer e o Trópi- Capricórnio e o Cír- Círculo Polar Antár-
co de Capricórnio, culo Polar Antártico, tico, localiza-se a
localiza-se a Zona localiza-se a Zona Zona Polar Sul, ou
Tropical, ou Tórrida. Temperada Sul. Glacial Antártica.

• As zonas polares apresentam temperaturas baixíssimas ao longo de todo o ano, porque recebem
incidência menos direta de raios solares.
• Nas zonas temperadas, a incidência dos raios solares acontece de forma variada, por isso as
estações do ano são bem definidas nessas zonas.
• A Zona Tropical, ou Tórrida, recebe uma incidência mais direta de raios solares; por esse motivo,
o clima, em geral, é quente ao longo de todo o ano e as estações não são tão definidas, sendo obser-
vadas apenas duas variações no perfil climático: um período chuvoso e outro menos chuvoso.

Formando Cidadãos 14 Geografia • 5o Ano

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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Solicite aos alunos que tragam uma bola de


isopor, na qual deverão pintar e localizar as zonas
climáticas da Terra, os seus principais paralelos e
o meridiano principal.
koosen / stock.adobe.com

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Os fusos horários e a Linha Internacional de Data 15
O Meridiano de Greenwich é referência para os fusos horários, ou as zonas horárias. Cada fuso horá-
rio corresponde a uma área delimitada entre dois meridianos que, por convenção, adota a mesma hora
para todos os lugares nela existentes.
Os meridianos que delimitam os fusos horários possuem longitudes exatamente divisíveis por 15°.
Assim, ao redor do planeta, há 24 fusos horários, totalizando os 360° referentes à esfericidade da Terra,
formando uma circunferência completa. Dentro das áreas dos fusos, todos os locais devem apresentar
a mesma hora.
Todavia, é preciso levar em consideração o fuso horário civil, ou seja, locais que, mesmo fazendo
parte de um fuso horário teoricamente diferente, adotam a hora de outro fuso horário por razões de
ordem prática.
Observe, no mapa abaixo, a configuração dos fusos horários práticos do mundo.

Fusos Horários

Fonte: IBGE: Atlas Geográfico. 3. Ed. Rio de Janeiro, 1986. Adaptado.

A Linha Internacional de Data é uma linha imaginária que, por convenção, localiza-se no lado
oposto ao meridiano de Greenwich. Ao cruzar essa linha, há, necessariamente, uma mudança de data:
no sentido de Leste para Oeste, diminui-se um dia no calendário; no sentido de Oeste para Leste,
aumenta-se um dia no calendário.

Formando Cidadãos 15 Geografia • 5o Ano

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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Solicite aos alunos que confeccionem um
globo terrestre, identificando os polos Norte e Sul,
as zonas glaciais, as zonas temperadas do Norte e
do Sul e a zona tropical ou tórrida. Complemente
essa atividade por meio de uma brincadeira de
montar um quebra-cabeça com as zonas térmi-
cas; eles irão fixar ainda mais o assunto.
Leve, para a sala de aula, folhas com imagens
de um planisfério e peça aos alunos que tracem
as coordenadas geográficas.

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Atividades 4. Responda às perguntas a seguir de acordo 16
com o que foi estudado.

1. Escreva V (verdadeiro) ou F (falso) nas frases a. O que é utilizado para indicar a posição dos
abaixo. paralelos e dos meridianos?

V O globo terrestre é dividido em linhas co- São utilizadas a latitude e a longitude.


nhecidas por coordenadas geográficas.
b. O que é latitude?
F As coordenadas geográficas servem tanto
para a localização no planeta como para a É a distância, medida em graus, tomando como
determinação do horário.

V As coordenadas horizontais são chamadas ponto referencial a Linha do Equador.


de paralelos; e as verticais, de meridianos.

2. Por que as zonas glaciais apresentam tempe-


raturas baixíssimas ao longo de todo o ano? c. O que é longitude?

Porque recebem pouca incidência de raios É a distância, medida em graus, tomando como

solares. ponto referencial o Meridiano de Greenwich.

3. Responda às seguintes perguntas:

a. Qual é o nome do paralelo central responsável 5. Complete os espaços abaixo.


pela divisão imaginária do planeta em hemisfé-
rios Norte e Sul? As coordenadas geográficas têm a finalidade de

Linha do Equador. localizar qualquer elemento na superfície

b. Qual é o meridiano principal? terrestre. .

É o Meridiano de Greenwich. A latitude ea longitude

indicam a posição dos paralelos e dos meridianos.


c. Quais são os outros paralelos que merecem
destaque?
Os meridianos são coordenadas
São o Círculo Polar Ártico, o Trópico de Cân- verticais, que circulam a Terra ligando um polo ao

outro. Eles delimitam os fusos


cer, o Trópico de Capricórnio e o Círculo Polar
horários.
Antártico.

Formando Cidadãos 16 Geografia • 5o Ano

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SUGESTÃO DE ATIVIDADE e. c. d. b.
C L L G
1. Preencha a cruzadinha a seguir de acordo com a. L I N H A * D O * E Q U A D O R
as perguntas: I T N E
M I G E
a. Qual é o principal paralelo? Á T I N
b. Qual é o principal meridiano? T U T W
c. O que os paralelos determinam? I D U I
d. O que os meridianos determinam? C E D C
e. Os paralelos dividem a Terra em que tipos de A E H
zona? S

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FUNDAMENTAÇÃO
DESAFIOS PARA UM PROFESSOR
Tenho enfrentado, na vida de magistério, alguns desafios e me deparado com alguns inusitados,
como viajar com universitários pelas noites amazônicas e fazer palestras apesar da falta de luz e de
som, para uma plateia de 850 pessoas. Neste ano, ocorreram duas oportunidades de discorrer sobre
temas, em congressos de Educação, levados a cabo dentro de um shopping center.
O desafio foi competir com as lojas e a atração dos cinemas. Obtendo êxito nas duas ocasiões, uma
em João Pessoa (PB) e outra em Cachoeiro do Itapemirim (ES), pensei que nada mais arrojado surgiria.
Engano meu, algo mais desafiador surgiu no cenário educacional no dia 28 de junho de 2010, às 15:30:
fazer palestra para orientadores educacionais e pedagogos em pleno jogo do Brasil contra o Chile na
Copa do Mundo de Futebol.
A organização do evento agendou o teatro da Assembleia Legislativa de Santa Catarina. Os inscritos
sabiam do fato, e alguns, apesar das grandes distâncias, foram ao evento.
Tratava-se de verificar o comportamento dos congressistas entre a ecopedagogia e a partida da
Seleção Brasileira de Futebol, pentacampeã do mundo. O evento se desenrolou sem problema.
Mais de 80% dos inscritos estavam presentes, alguns alegando que, se fosse para assistir a uma
partida de futebol, não teriam viajado mais de 300 quilômetros. Atentos, anotando, ali estavam 210 ins-
critos. Nada da conferência foi modificado para que terminasse antes do jogo. Tudo fluía como estava
traçado. A única discrepância era a possibilidade de serem anunciados os gols feitos na partida. Diante
do anúncio, a conferência parava por alguns segundos, a comemoração só não era regada a vuvuzelas,
e a conferência voltava a fluir.
Mais que o desafio, o que me chamou a atenção nesse evento e marcou minha agenda como algo
importante a ser aprendido foi o compromisso dos educadores, justo o que mais falta no Brasil de hoje,
diante de tantos desastres e vitórias dos Idebs.

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Um educador, pedagogo ou orientador educacional com a capacidade daqueles de Santa Catarina,
naquela data, representava um grande exemplo para todos nós, palestrantes convidados pela Associa-
ção de Orientadores Educacionais daquele estado.
Diante de tantos disparates, de tanto descompromisso, quando se ouve a repetição de um refrão
danoso — “Se você finge que paga, eu finjo que trabalho” —, surgem exemplos edificantes.
Nenhum daqueles, ali presentes, receberia ao final do mês um centavo no contracheque pelo fato de
ter assistido a uma conferência envolvida pelas circunstâncias apresentadas.
Ninguém seria abonado, sequer com elogios.
Todos foram chamados à responsabilidade que uma educação séria e de qualidade requer. O sim foi
coletivo, e, certamente, a educação ganhou um pouco mais.
Sou feliz por ter participado desse momento.
Nele, aprendi um pouco mais e creio, sobretudo, poder contar com a responsabilidade de educadores
de primeira linha.

WERNECK, Halmilton. Revista Profissão Mestre. Ano 11. n. 132. Curitiba: Humana Editorial, setembro de 2010.

Feodora / stock.adobe.com

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5ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Semana de revisão.

2º DIA
Semana de revisão.

3º DIA
Semana de revisão.

4º DIA
Semana de revisão.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

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DINÂMICA
POESIA DO AGRADECIMENTO
O educador explica que cada um deve escre-
ver uma frase sobre o tema “agradecimento”. A
ideia é fazer uma frase poética que traga bastante
sentimento bom para as pessoas que irão lê-la.
Depois, cada um fala sua frase e o educador a es-
creve no quadro. Logo a seguir, entrega uma folha
para que todos copiem as frases na mesma ordem
como estão no quadro. Depois, convida todos da
turma para lerem juntos, cada um com sua folha.
Após a leitura, o educador esclarece que a tur-
ma vai ler mais algumas vezes e ensaiar a forma
melhor de leitura conjunta, pois irão apresentá-la
à outra turma da instituição. O educador já deve
ter organizado, com outros colegas, o momento
de apresentação na sala. Saem e apresentam para
outra turma. Depois, avaliam o que aprenderam
sobre o tema e a apresentação em conjunto.

WENDELL, Ney. Praticando a gentileza em sala de aula.


Recife: Prazer de Ler, 2012.

artinspiring / stock.adobe.com

51

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SEMANA DE REVISÃO 4. O que afirma a Teoria da Deriva Continental,
criada em 1912 por Alfred Wegener?
Unidade 1 De acordo com essa teoria, no passado, havia
• Conhecendo o Universo
• A Terra: o mundo em que vivemos apenas um único bloco continental, denominado
• Os continentes e os oceanos
• As coordenadas geográficas Pangeia.

1. Como está constituído o Universo? Redija um


pequeno texto.

Resposta pessoal 5. Para que servem as coordenadas geográficas?

As coordenadas geográficas têm a finalidade

de localizar qualquer elemento na superfície

terrestre.

2. Faça a correspondência:

a. Biosfera 6. Como as linhas imaginárias estão divididas?


b. Atmosfera
c. Litosfera Em paralelos e meridianos.
d. Hidrosfera

C Compõe a parte sólida da Terra.


7. Leia a frase e escreva certo ou errado.
D Compõe a parte líquida da Terra.

B Compõe a parte gasosa da Terra. O meridiano principal da Terra chama-se Meridia-


no de Greenwich.
A Compõe a camada em que há vida na Terra.
certo

3. Atualmente, a Terra é formada por quantos


continentes? Escreva o nome de cada um deles.

África, América, Antártida, Ásia, Europa e Oceania.

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FUNDAMENTAÇÃO
UM SONHO COMPARTILHADO
Esta é uma história real de um professor de
História Grega que jamais saíra de sua cidade
natal. Dedicara toda a sua vida a explicar a seus
alunos a profundidade do espírito e da cultura
grega, a busca da beleza, a pureza de sua arte.
Mas jamais vira o Parthenon, tão distante...
Sua casa era o velho e prestigioso colégio; sua
família, esses alunos que aprendiam com ele a
influência daquele mundo onde o belo era tam-
bém o bom.
Talvez o velho professor tenha deixado de so-
nhar. Mas um grupo de seus alunos adolescentes
decidiu sonhar por ele. Escreveram a um progra-
ma de televisão, conseguindo atrair a atenção dos
produtores para o caso do mestre...
E um dia puderam lhe fazer esta maravilhosa
surpresa: viajaria para a Grécia, por fim, e conhe-
ceria tudo aquilo que admirava havia tantos anos.
Aqueles jovens não esquecerão jamais as lá-
grimas comovidas de seu professor... certamente
sentiu que uma vida inteira de dedicada vocação
se justificava nesse instante de reconhecimento.
E aqueles entre nós que foram privilegiados
com essa profunda demonstração de carinho, de
respeito, de admiração, puderam comprovar, mais
do que nunca, que nem tudo está perdido.

RIBA, Lidia María. Vocação de ensinar: uma homena-

Denis / stock.adobe.com
gem. São Paulo: Vergara & Riba Editoras, 2001.

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6ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

2º DIA
Geografia: A atmosfera – páginas 17 e 18

Orientação didática:
• Separe a turma em cinco grupos. Solicite que cada grupo investigue uma camada da atmosfera e suas
particularidades. Depois, peça que façam a explanação do conteúdo pesquisado.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e História.

3º DIA
Geografia: A atmosfera – página 19

Orientação didática:
• Solicite aos alunos que formem duplas. Na sequência, peça que respondam às atividades presentes no
livro do aluno.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

4º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

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DINÂMICA
SALA DE AULA INVERTIDA
Essa dinâmica permite que os alunos sejam os
“protagonistas” da aula. Com o conteúdo disponi-
bilizado previamente pelos professores, em mate-
riais como vídeos e textos de apoio, os estudantes
verificam as informações necessárias e já chegam
à sala de aula com as dúvidas e as informações
que acham importante compartilhar com os
colegas. Ou seja, o andamento da aula será dado
pelos alunos! A dinâmica da sala de aula invertida
desenvolve o trabalho em equipe e as habilidades
de argumentar, já que os alunos devem mostrar
seus pontos de vista sobre o assunto.

Disponível em: <https://www.dombosco.com.br/noticias/7-


-dinamicas-para-os-professores-realizarem-em-sala-de-
-aula.html>. Acesso em: 24 jan. 2022.

Serhiy Kobyakov / stock.adobe.com

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Estratosfera 17
A atmosfera
É nela que está localizada a camada de ozô-
nio, que filtra os raios ultravioleta do Sol e nos
protege de seus efeitos nocivos. Nesse ponto da
Atmosfera é a camada de ar que envolve o estratosfera, o ar se aquece até a temperatura
nosso planeta. Essa camada é fina, com gases atingir cerca de 10 °C. Também é nessa camada
sem cheiro, sem cor e sem gosto, e fica presa à que começa a difusão da luz solar, que faz o céu
Terra pela ação da gravidade. ficar azul aos nossos olhos. Aviões supersônicos
Vista do espaço, a Terra é parecida com uma e balões de medição climática podem atingir
bola azul brilhante. Essa cor característica do essa camada.
nosso planeta se deve ao efeito dos raios solares
sobre a atmosfera. A atmosfera terrestre é for- Mesosfera
mada por cinco camadas.
Nessa camada, a temperatura se comporta da
seguinte forma: à medida que a altura em rela-
ção ao solo aumenta, a temperatura diminui. A
temperatura — muito fria, pois, lá, não há gases
ou nuvens que absorvam a energia solar — pode
Exosfera variar entre -10 °C até -100 °C.

Termosfera

Termosfera É a camada mais extensa na qual estão os


ônibus espaciais e ocorre a aeroluminescência,
Mesosfera fenômeno de emissão de ondas eletromagné-
Estratosfera ticas. Atinge altas temperaturas, podendo che-
Troposfera gar a 1.000 °C, pois nela há o oxigênio atômico,
gás que absorve a energia solar em grande BNCC
quantidade.
(EF05GE11)
Exosfera Identificar e descrever
problemas ambientais
É a última camada da atmosfera, ante-
Troposfera cedendo o espaço sideral. Praticamente não que ocorrem no entorno
existem gases nessa camada. É nela que ocorre
da escola e da residên-
É a camada na qual vivemos e respiramos. Ela o fenômeno da aurora boreal e na qual perma-
vai do nível do mar até 16 km de altitude. Nela, necem os satélites de transmissão de informa- cia (lixões, indústrias
ocorrem os fenômenos climáticos, como chuvas ções e telescópios espaciais. Para atravessar poluentes, destruição
e relâmpagos, e onde os aviões voam e ocorre essa camada, as naves espaciais precisam ser
a poluição do ar. Sua temperatura pode variar construídas com material que resista às altas do patrimônio histórico
de 15 °C a -85 °C, dependendo da localidade do temperaturas. etc.), propondo soluções
planeta.
(inclusive tecnológicas)
Formando Cidadãos 17 Geografia • 5o Ano
para esses problemas.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Professor, inicie a aula fazendo o levanta-
mento dos conhecimentos dos alunos acerca do
assunto da aula. Questione-os sobre o que é a
atmosfera e qual a sua importância para a vida na
Terra.
Amplie a discussão perguntando se o planeta
teria vida caso não existisse a atmosfera. Permita
que os alunos falem suas percepções, havendo,
assim, a troca de informações e verificando quais
as noções prévias deles sobre o tema.

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A proteção da atmosfera A camada de ozônio também está sofrendo as
18
consequências da poluição do ar. Os gases cha-
A Terra é rodeada por uma camada de gases mados de CFCs e haloides — os que são usados
invisíveis (como o dióxido de carbono) que atua em aerossóis, geladeiras, extintores de incêndio,
como as paredes de uma estufa. Os raios do sol condicionadores de ar e espumas plásticas, entre
a atravessam e parte do calor fica retido, man- outras coisas — flutuam para o alto da atmos-
tendo a superfície do planeta quentinha. Isso é fera e “devoram” o ozônio.
fundamental para garantir a vida no planeta!
Entre os dias 1 e 12 de novembro de 2021,
aconteceu, na Escócia, a 26ª Conferência das
Nações Unidas sobre Mudança Climática — a
COP26. Cerca de 200 países participaram da
conferência, que reuniu também cerca de 50
mil participantes on-line e pessoalmente para
©ekapolsira / stock.adobe.com

compartilhar ideias e soluções em favor do


planeta.
Como resultado da conferência, podemos
citar a promessa de líderes de mais de 120 paí-
ses para conter e reverter o desmatamento e
a de mais de 100 países para reduzir a emissão
Mas a intensa produção de gases poluentes do gás metano (gás de efeito estufa) até 2030.
impede o calor de se dispersar, aumentando O chefe da Organização das Nações Unidas
muito a temperatura da Terra. É o chamado (ONU), António Guterres, falou que é urgente
efeito estufa, que, por sua vez, causa o aqueci- acelerar as ações climáticas para poder limitar
mento global. o aquecimento global em até 1.5 °C. Durante
o fechamento do último dia do evento, Guter-
Não parece tão grave um calorzinho a mais, res também acrescentou que é hora de todos
não é? O problema é que, se a temperatura da entrarmos em “ritmo de emergência”, de eli-
Terra aumentar, mesmo que uns poucos graus, minar os subsídios para todos os combustíveis BNCC
isso mudará muito o clima de todo o planeta. fósseis.
(EF05GE11)
Locais quentes se tornarão insuportáveis para Identificar e descrever
se viver; e os frios ficarão mais quentes, como
tem acontecido nas calotas polares. O derreti- problemas ambientais
mento do gelo levará animais como os ursos- Scottish Government / wikipedia que ocorrem no entorno
-polares à extinção. E, com o aumento do nível
das águas dos oceanos, cidades costeiras podem da escola e da residên-
ficar submersas. cia (lixões, indústrias
O aumento do calor pode inviabilizar, até
mesmo, a agricultura, ao mudar o regime de chu-
poluentes, destruição
vas nas áreas de cultivo. do patrimônio histórico
Marionete gigante de uma deusa do mar feita inteiramente
de materiais reciclados. etc.), propondo soluções
Formando Cidadãos 18 Geografia • 5o Ano
(inclusive tecnológicas)
para esses problemas.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Solicite aos alunos que pesquisem mais infor-
mações sobre as camadas da Terra e, especifi-
camente, a atmosfera. Peça-lhes que construam
uma maquete para representá-las. Ao final, expo-
nha os trabalhos dos alunos no pátio da escola.

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Atividades
19
d.

1. Complete os espaços e preencha a cruzadinha. a. E

A X c.
a. É uma camada fina de gases sem cheiro, sem
T O M
cor e sem gosto: Atmosfera . b.
e. T E R M O S F E R A
b. É a única camada na qual os seres vivos
podem respirar naturalmente: R O F S

Troposfera . O S E O

P F R S
c. Na parte superior dessa camada, a tem-
peratura pode chegar a -100 °C negativos: O E A F
Mesosfera .
S R E
d. É nela em que ocorre o fenômeno da aurora F A R
boreal: Exosfera .
E A
e. Nessa camada, a temperatura au- R
menta à medida que a altitude aumenta:
Termosfera A
.

2. As camadas da atmosfera são iguais? Por quê? 3. Como funciona a camada de ozônio?
BNCC
Não. Cada camada da atmosfera tem caracte- Funciona como um filtro que protege a Terra
(EF05GE11)
rística própria. Muitas vezes, os gases que com- contra a radiação solar. Identificar e descrever
põem uma camada são diferentes dos gases que problemas ambientais
que ocorrem no entorno
compõem outra camada.
da escola e da residên-
cia (lixões, indústrias
poluentes, destruição
do patrimônio histórico
etc.), propondo soluções
Formando Cidadãos 19 Geografia • 5o Ano
(inclusive tecnológicas)
para esses problemas.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Proponha aos alunos a construção de um info-
gráfico sobre a atmosfera terrestre. Nesse tra-
balho, é bom desenhar aviões nas camadas onde
eles trafegam.
Se possível, pesquise informações sobre como
era a atmosfera durante as eras da Terra. É ne-
cessário que os alunos compreendam as diferen-
ças entre elas.

58
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FUNDAMENTAÇÃO
CAÇADOR DE TALENTOS

WavebreakMediaMicro / stock.adobe.com
O professor observa pela primeira vez este numeroso grupo de alunos. Os olhares inquietos lhe dizem
que estão preocupados: será bom, exigente, severo, intolerante, eficiente para transmitir o que necessi-
tarão para passar em sua matéria? Ele sabe que sua tarefa mais importante será buscar neles talentos
que nem imaginavam possuir.
Um aluno, entre todos, será brilhante, compreenderá no ato suas explicações e lhe pedirá mais. Será
preciso incentivá-lo, levá-lo ao limite, fazer com que seu entusiasmo não decaia.
Outros – os demais – aceitarão com passividade o que lhes propuser, estudarão algo para obter
pouco, o indispensável. Será preciso motivá-los, despertar seus espíritos adormecidos, converter sua
matéria em desafio.
Outro aluno – talvez mais de um – não conseguirá, por mais que se esforce. Talvez o professor intua
quem é esse desde o primeiro dia; talvez compreenda apenas quase ao final do curso; porém, uma de
suas tarefas mais difíceis será aceitar que o talento desse aluno não lhe está reservado, que será desco-
berto por outro.
Neste primeiro dia, o mestre, caçador de talentos, dá-se conta, uma vez mais, do quanto têm esses
alunos para lhe ensinar e de que já é hora de colocar mãos à obra.

RIBA, Lidia María. Vocação de ensinar: uma homenagem. São Paulo: Vergara & Riba Editoras, 2001.

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7ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

2º DIA
Geografia: A litosfera – páginas 20 e 21

Orientação didática:
• Professor, promova uma pesquisa para identificação dos diferentes tipos de rocha.
• Desenhe uma tabela na lousa e, com a colaboração dos alunos, descreva a formação da litosfera.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e História.

3º DIA
Geografia: A litosfera – página 22 (primeira coluna)

Orientação didática:
• Realize uma roda de conversa sobre a destruição do solo e da vegetação e o quanto isso altera o cli-
ma e interfere na natureza.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

4º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

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DINÂMICA
TAPETE MÁGICO
HABILIDADES TRABALHADAS NA DINÂMICA:
Resolução de problemas, trabalho em equipe.

MATERIAIS NECESSÁRIOS:
Tapetes, papelão ou papel Kraft.

COLOCANDO EM PRÁTICA:
Reúna um conjunto médio de tapetes, pedaços de papelão ou papel Kraft com antecedência. Eles
irão realizar o papel de “tapete mágico” nesta dinâmica.
Na sala de aula, divida a turma em vários grupos. Em seguida, distribua dois tapetes mágicos para
cada grupo. Todos os integrantes do grupo devem conseguir ficar em pé sobre o tapete no chão, en-
quanto seguram o outro nas mãos.
A tarefa dessa dinâmica é simples: atravessar a sala sem que nenhum dos integrantes do grupo
pise fora do tapete. Para realizá-la, os grupos devem criar uma estratégia usando os dois tapetes
disponíveis.
Para tornar a dinâmica mais rápida e estimulante, é possível, também, considerar o tempo com que
os grupos finalizaram a tarefa.

Disponível em: <https://www.tuacarreira.com/dinamicas-para-sala-de-aula/>. Acesso em: 24 jan.2022.

Sadewotito / stock.adobe.com

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A litosfera está em permanente mudança
20
A litosfera devido à ação dos agentes externos e internos.

Os agentes externos dos relevo


Correspondem aos fenômenos atmosféricos,
Litosfera como os ventos, as precipitações, as tempera-
turas, as águas correntes, entre outros; e à ação
antrópica (humana).
A destruição do solo e sua vegetação altera a
composição do planeta, mudando as condições
do clima e interferindo em toda a natureza.
Acredita-se que, se não houver um uso cons-
ciente dos recursos naturais (água, ar e solo),
Litosfera é a camada sólida da Terra, locali- haverá consequências drásticas para a vida na
zada em sua porção mais externa. Terra.
Sua espessura varia entre 50 e 100 km, e sua É importante repensarmos a utilização da
temperatura amena garante a vida dos seres. É litosfera e de todos os seus elementos de forma
na superfície da litosfera que vivemos e onde se consciente.
localizam os oceanos, os mares e a vegetação
que conhecemos. Os agentes internos do relevo
A superfície da litosfera é formada por
diferentes tipos de rocha e de mineral, que Correspondem ao tectonismo, vulcanismo
constituem o solo. Os principais minerais são e aos abalos sísmicos (terremotos e maremo-
o silício, o alumínio e o magnésio. Já as rochas tos), que atuam no interior da Terra, provocando
são divididas em magmáticas, metamórficas e alterações que chegam até a parte externa da
sedimentares. As magmáticas também são cha- litosfera.
madas de ígneas, e são divididas em intrusivas e
extrusivas (vulcânicas). Tectonismo BNCC
São movimentos das placas tectônicas, (EF05GE11)
blocos gigantes de terra que formam a litosfera Identificar e descrever
e que, ao se deslocarem, movimentam tudo o
que está sobre eles. Buscando explicar esses
problemas ambientais
rocha metamórfica movimentos, em 1967, o cientista James Mor- que ocorrem no entorno
rocha sedimentar gan e outros pesquisadores criaram a Teoria
da Tectônica de Placas, afirmando que placas
da escola e da residên-
flutuam sobre o magma, substância pastosa e de cia (lixões, indústrias
temperatura elevada situada no manto terrestre,
camada abaixo da litosfera.
poluentes, destruição
do patrimônio histórico
rocha magmática ou ígnea
Fotos: ©teracreonte, Björn Wylezich, aleks-p, vvoe / stock.adobe.com
etc.), propondo soluções
Formando Cidadãos 20 Geografia • 5o Ano
(inclusive tecnológicas)
para esses problemas.
FC_GEO_5F_U1.indd 20 20/11/2021 10:48:15

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Os alunos têm curiosidade de saber, por exemplo, como as montanhas se formaram ou de onde sur-
giram. Você pode responder a essas dúvidas fazendo um experimento que utiliza caderno e tecido.

• Cubra vários cadernos com um tecido leve e maleável. Os cadernos representarão as placas tectô-
nicas (blocos rochosos que compõem a superfície terrestre); e o tecido, o relevo.

• Coloque os cadernos sobre uma mesa e movimente-os devagar. Quando você move os cadernos, o
tecido também se desloca.

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62

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Os movimentos das placas tectônicas ocor- Vulcanismo 21
rem devido às forças do interior da Terra. Essas
forças podem gerar movimentos de orogênese, Vulcanismo é a liberação do magma do inte-
epirogênese e transformante, que é quando as rior da Terra para a superfície.
placas vizinhas se deslocam lateralmente. Além da lava quente, que devasta tudo por
onde passa, os vulcões costumam liberar grande
quantidade de fumaça, poeira e gás. Atualmente,
não há vulcões ativos no Brasil.
©snaptitude / stock.adobe.com

©sunsinger / stock.adobe.com
Vulcão Cumbre Vieja – La Palma, com erupção
Movimentos de orogênese são movimentos que causam iniciada em setembro de 2021.
dobramentos na superfície terrestre devido à plastici-
dade das placas. Ocorrem quando as forças são exer- Abalos sísmicos
cidas de forma horizontal na litosfera. Quando esses
movimentos ocorrem, uma das placas é absorvida pelo
manto e a outra é dobrada, formando as grandes cadeias Abalos sísmicos são fenômenos de sismo, ou
de montanhas e as cordilheiras. Como exemplo, temos a seja, de vibração, causados pelo movimento das
Cordilheira dos Andes.
placas tectônicas, dos gases no interior da Terra
e por atividades vulcânicas. Quando ocorrem em
terras emersas, são chamados de terremotos.
Embora no Brasil não haja incidências recentes de
terremotos, em algumas localidades, podem-se
sentir tremores de terra. BNCC
(EF05GE11)
Identificar e descrever
problemas ambientais

©naoko / stock.adobe.com
©joel / stock.adobe.com

que ocorrem no entorno


da escola e da residên-
Movimentos de epirogênese causam rebaixamento,
Quando ocorrem no assoalho marinho, os abalos sísmi-
cia (lixões, indústrias
levantamento ou deslocamento das placas. Ocorrem
quando as forças são exercidas verticalmente sobre a li- cos são chamados de maremotos, podendo formar os
tsunamis, ondas gigantes que provocam grande destrui-
poluentes, destruição
tosfera. Esses movimentos formam as chamadas falhas,
ou seja, desnivelamentos do relevo. Como exemplo, ção ao atingir áreas ocupadas pelo ser humano. A maior
ocorrência de tsunamis está no Oceano Pacífico.
do patrimônio histórico
temos a de San Andreas, nos Estados Unidos.
etc.), propondo soluções
Formando Cidadãos 21 Geografia • 5o Ano
(inclusive tecnológicas)
para esses problemas.
FC_GEO_5F_U1.indd 21 20/11/2021 10:48:21

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Informe aos alunos que os povos gregos, cul-


turalmente mais avançados, posicionaram seus
Ievgen Skrypko / stock.adobe.com

estudos para uma Geografia voltada ao conheci-


mento dos fenômenos naturais, como as chuvas,
o vulcanismo e o relevo.
Solicite à turma que pesquise sobre os vulcões
adormecidos, onde se localizam e o tempo de
existência deles. Depois, peça-lhe que comparti-
lhe a informação.

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Atividades
22
A hidrosfera
1. Complete as frases com as palavras do
quadro.
Hidrosfera é a camada formada por água, nos
estados sólido, líquido e gasoso, que recobre a
mares – litosfera – ígnea – silício – oceanos maior parte da superfície terrestre.
vegetação – alumínio – magnésio A água é uma substância abundante na Terra,
representando cerca de 3/4 da superfície terrestre.
A água teve origem com os ciclos de aqueci-
a. As rochas magmáticas também são chamadas
mento e resfriamento da Terra. Durante os perío-
ígnea dos de resfriamento, o vapor de água proveniente
de .
desse processo físico foi condensado em forma
de chuva, depositando-se sobre as partes mais
b. Os oceanos , mares ea baixas da superfície.

vegetação que conhecemos ocorrem na

litosfera

©Vasily Merkushev / stock.adobe.com


superfície da .

c. Os principais minerais que constituem o solo

são o silício ,o alumínio e

o magnésio .
Podemos encontrar água:
2. Reescreva as frases a seguir tornando-as Na atmosfera, em forma de nuvens.
verdadeiras. Nos oceanos e nas calotas polares. BNCC
a. A litosfera é a parte da Terra formada pelas
Nos continentes, rios, lagos e aquíferos. (EF05GE11)
No organismo dos seres vivos.
águas. Identificar e descrever
Os oceanos e os mares compõem a maior
A litosfera é a parte da Terra formada por rochas parte da água líquida encontrada no planeta.
problemas ambientais
Eles apresentam grande importância para o que ocorrem no entorno
e minerais. equilíbrio da natureza.
Os mares são massas de água salgada que
da escola e da residên-
b. Na parte mais interna da litosfera, encontra- estão localizados próximo aos continentes, sendo cia (lixões, indústrias
mos o solo e as rochas. menos profundos do que os oceanos.
Nos oceanos, encontramos as algas e fito-
poluentes, destruição
Na parte mais externa da litosfera, encontramos plânctons, principais responsáveis pela produção do patrimônio histórico
do oxigênio, por meio da fotossíntese e da absor-
o solo e as rochas. ção de dióxido de carbono.
etc.), propondo soluções
Formando Cidadãos 22 Geografia • 5o Ano
(inclusive tecnológicas)
para esses problemas.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Utilize algum objeto que lembre uma monta-
nha (pode ser aquele rolo de linha para costura
que tem o formato de um cone). Coloque um para
representar uma montanha e, depois, junte vários
para representar uma cordilheira.
Localize, no mapa, algumas cordilheiras (dos
Andes, do Himalaia, dos Alpes).

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FUNDAMENTAÇÃO
A REPRESENTAÇÃO DO ESPAÇO NO ESTUDO DA GEOGRAFIA
O espaço é, simultaneamente, noção e categoria. É noção no sentido de estrutura mental que se
constrói desde o nascimento até a formalização do pensamento; e é categoria como objeto de estu-
do da Geografia. Sem dúvida, trata-se de dois aspectos de uma mesma questão, cada um guardando
suas especificidades, mas, ao mesmo tempo, com suas contribuições para que os alunos ampliem seus
conhecimentos a respeito do espaço como noção e do espaço como categoria da Geografia, o espaço
geográfico.
A aquisição da noção de espaço é um processo complexo e progressivo, de extrema importância no
desenvolvimento das pessoas. Não se pode consolidá-la, portanto, apenas por meio de um processo
que parte de noções simples e concretas para as mais abstratas, como se sua aquisição fosse linear
e monolítica. Na escolaridade, isso significa dizer que não há apenas uma maneira de construir essa
noção: ela não se restringe apenas aos conteúdos da Geografia, mas permeia praticamente todas as
áreas, não sendo um conteúdo em si, mas algo inerente ao desenvolvimento dos alunos.
Entretanto, as experiências de aprendizagem vividas pelos alunos, nas quais tenham que refletir
sobre essa noção nas mais diversas áreas e em um ambiente rico em informações, contribuem para a
construção de uma noção espacial mais abrangente e mais complexa.

BublikHaus / stock.adobe.com

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A categoria de espaço geográfico, como objeto
de estudo dos geógrafos, deve ter um tratamento
didático que possibilite a interação dos alunos.
Por um lado, a compreensão do espaço geográfi-
co será trabalhada sempre que se estudar a pai-
sagem, o território e o lugar; por outro, a questão
da representação espacial, no contexto dos estu-
dos, é um caminho importante para compreender
a espacialidade dos fenômenos (ampliando a
noção de espaço), para entender a função social
da linguagem cartográfica, bem como os proces-
sos histórico-sociais de sua construção.
Sendo assim, o professor deve abordar, simul-
taneamente, dois eixos: a leitura e a produção da
linguagem cartográfica. A compreensão desse
sistema de representação ocorre quando há su-
cessivas aproximações dos dois eixos, não sendo,
o primeiro, condição para o segundo, isto é, para
se fazer mapas, não é necessário que se aprenda
a lê-los antes. Sem dúvida, essa é uma lingua-
gem complexa que envolve diferentes aspectos,
e não é possível aos alunos dar conta de todos,
principalmente nos primeiros ciclos, quando eles
ainda têm muita dificuldade em definir outros
referenciais espaciais que não estejam vinculados
a si mesmos. Isso quer dizer que, muitas vezes,
farão mapas que não respeitam um sistema único
de projeções (vertical ou oblíqua), não mantêm
a proporcionalidade, não sistematizam símbolos,
etc. Assim, cabe ao professor criar diferentes
situações nas quais os alunos tenham de priorizar
um ou outro aspecto, tanto na produção quanto
na leitura, para que, gradualmente, consigam
Robert Kneschke / stock.adobe.com

coordená-los, apropriando-se tanto das conven-


ções como do funcionamento dessa linguagem.
O professor deve também considerar as ideias
que seus alunos têm sobre a representação do
es­paço. As crianças sabem fazer coisas, como
des­crever os trajetos que percorrem, organizar
um cômodo com seus móveis ou desenhar um
mapa do tesouro, entre outras. A partir desse tipo
de co­nhecimento, o professor pode pensar em

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proble­matizações que explicitem a necessidade é uma forma de se aproximar e compreender os
de se representar o espaço, e, ao fazê-lo, novas procedimentos pelos quais esse campo do conhe­
exigên­cias poderão se evidenciar: criar legendas, cimento se constitui.
manter algum tipo de proporcionalidade, respeitar
um sistema de projeção, esclarecer orientação, BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros
dire­ção e distância entre os fatos representados. Curricu­lares Nacionais: História, Geografia / Secretaria de
Educação Fun­damental. – Brasília MEC/SEF, 1997 p. 103-104.
Também, ao fazer a leitura de mapas, deve-se
considerar que os alunos são capazes de deduzir
muitas informações, principalmente se a leitura
estiver contextualizada e eles estiverem em busca
de alguma informação.
Por exemplo, ler um mapa físico da região em
que vivem e tentar descobrir quais são os luga­res
mais altos, mais baixos, planos ou não planos a
partir do conhecimento que têm sobre o lugar e
da interpretação das legendas.
Não se pode perder de vista que a função so­
cial da linguagem cartográfica é de comunicação
de informações sobre o espaço, ou seja, deve
ha­ver situação comunicativa para que a atividade
seja significativa e ocorra aprendizagem. A situa­
ção caracteriza-se dessa forma quando há algu­
ma informação espacial sendo representada e
co­municada para algum interlocutor dentro de um
contexto social. Nesse caso, as crianças podem
tanto ser os usuários, leitores, quanto os produto­
res, que comunicam algo.

Robert Kneschke / stock.adobe.com


Compreender e utilizar a linguagem cartográ­
fica, sem dúvida alguma, amplia as possibilida-
des dos alunos de extrair, comunicar e analisar
infor­mações em vários campos do conhecimento
— além de contribuir para a estruturação de uma
noção espacial flexível, abrangente e complexa.
Compreender a espacialidade dos fenômenos
estudados, no presente e no passado, e compará­-
-la por meio de suas sobreposições é algo que
a própria Geografia busca fazer e os alunos dos
ci­clos iniciais também podem realizar. Ler em
ma­pas como a população de uma região está
dis­tribuída e como o clima e a vegetação também
o estão, para comparar as informações obtidas e
formular hipóteses variadas sobre suas relações,

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8ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

2º DIA
Geografia: A hidrosfera – páginas 22 (segunda coluna) e 23

Orientação didática:
• Com o auxílio de imagens, converse com seus alunos, sondando o conhecimento deles em relação às
representações hidrográficas.
• Selecione vídeos sobre a riqueza da água no nosso planeta, levando em conta o nível de aprendizado
da sua turma.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e História.

3º DIA
Geografia: A hidrosfera – páginas 24 e 25

Orientação didática:
• Professor, levante as seguintes questões: Vocês precisam de água para sobreviver? Por quê? Onde
está essa água? Para que serve o Sol? Vocês se alimentam? Por quê? De onde vêm esses alimentos?
Relacione as respostas com o propósito de identificar as condições para a existência da vida na Terra.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

4º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

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DINÂMICA

NÓ HUMANO
HABILIDADES TRABALHADAS NA DINÂMICA:
Resolução de problemas, trabalho em equipe, comunicação, improviso, paciência.

PREPARAÇÃO:
Para realizar essa dinâmica, organize a sala de aula de forma com que o centro fique livre para cir-
culação dos alunos.

COLOCANDO EM PRÁTICA:
Comece pedindo que os alunos se levantem e formem um grande círculo no centro da sala, dando
as mãos aos colegas. Em seguida, dê um tempo para que gravem na memória a pessoa que está à sua
direita e a pessoa que está à sua esquerda.
Então, peça que todos soltem as mãos e caminhem pela sala livremente, sempre olhando nos olhos
daquele que está passando ao seu lado. Esse passo é importante para que os alunos não se mantenham
na posição que estavam originalmente.
Quando os alunos estiverem dispersos pelo espaço, peça que eles se encaminhem para o centro da
sala, ficando bem próximos uns dos outros. Então, nessa posição, peça que tentem dar as mãos com
as pessoas que estavam originalmente à sua esquerda e à sua direita no círculo. A partir daí, o objetivo
é que, em equipe, eles tentem “desembolar” e abrir o círculo novamente. Para isso, vale pular, girar e
passar por baixo, mas desde que não soltem mais as mãos dos colegas.
No fim, pode ser que algumas pessoas fiquem de costas para o círculo, mas isso não é um problema.

Disponível em: <https://www.tuacarreira.com/dinamicas-para-sala-de-aula/>. Acesso em: 24 jan. 2022.

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Atividades
22
A hidrosfera
1. Complete as frases com as palavras do
quadro.
Hidrosfera é a camada formada por água, nos
estados sólido, líquido e gasoso, que recobre a
mares – litosfera – ígnea – silício – oceanos maior parte da superfície terrestre.
vegetação – alumínio – magnésio A água é uma substância abundante na Terra,
representando cerca de 3/4 da superfície terrestre.
A água teve origem com os ciclos de aqueci-
a. As rochas magmáticas também são chamadas
mento e resfriamento da Terra. Durante os perío-
ígnea dos de resfriamento, o vapor de água proveniente
de .
desse processo físico foi condensado em forma
de chuva, depositando-se sobre as partes mais
b. Os oceanos , mares ea baixas da superfície.

vegetação que conhecemos ocorrem na

litosfera

©Vasily Merkushev / stock.adobe.com


superfície da .

c. Os principais minerais que constituem o solo

são o silício ,o alumínio e

o magnésio .
Podemos encontrar água:
2. Reescreva as frases a seguir tornando-as Na atmosfera, em forma de nuvens.
verdadeiras. Nos oceanos e nas calotas polares.
Nos continentes, rios, lagos e aquíferos.
a. A litosfera é a parte da Terra formada pelas No organismo dos seres vivos.
águas. BNCC
Os oceanos e os mares compõem a maior
A litosfera é a parte da Terra formada por rochas parte da água líquida encontrada no planeta.
(EF05GE10)
Eles apresentam grande importância para o Reconhecer e comparar
e minerais. equilíbrio da natureza.
Os mares são massas de água salgada que
atributos da qualidade
b. Na parte mais interna da litosfera, encontra- estão localizados próximo aos continentes, sendo ambiental e algumas
mos o solo e as rochas. menos profundos do que os oceanos.
formas de poluição
Nos oceanos, encontramos as algas e fito-
Na parte mais externa da litosfera, encontramos plânctons, principais responsáveis pela produção dos cursos de água e
do oxigênio, por meio da fotossíntese e da absor-
o solo e as rochas.
dos oceanos (esgotos,
ção de dióxido de carbono.
efluentes industriais,
Formando Cidadãos 22 Geografia • 5o Ano
marés negras etc.).
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Inicie a aula levantando o seguinte questio-


namento: “Onde encontramos água na superfície
ookawaphoto / stock.adobe.com

de nosso planeta?”. É possível que os estudantes


citem rios, mares, oceanos, lagos, represas, ice-
bergs, entre outros. Em seguida, questione: “Como
rios, mares e oceanos são formados?”.

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70

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A água doce, em seu estado líquido, é encontrada, principalmente, nos rios, lençóis freáticos e lagos; e 23
em seu estado sólido, nas geleiras. Uma pequena quantidade está na forma de vapor, encontrada no ar.

Os lençóis freáticos são reservatórios de água subterrâneos,


provenientes da infiltração da água das chuvas.
Já os aquíferos são formações geológicas que podem arma-
zenar águas subterrâneas. Suas rochas são porosas, funcionando
como “esponjas” capazes de reter a água e liberá-la, formando
lagos e lagoas, por exemplo.

Um importante aquífero brasileiro é o Guarani, que é uma das maiores reservas de água doce do pla-
neta. Suas águas são de boa qualidade e representam uma reserva para o abastecimento da população
e para a realização de atividades econômicas.

Regiões hidrográficas brasileiras


Por ser um país de grandes dimensões, o Brasil possui uma ampla rede hidrográfica. Observe o mapa.

Hidrografia
A Bacia Amazônica A Bacia do São Fran-
é a maior de todas, cisco tem como prin-
sendo formada pelo cipal rio o São Fran-
Rio Amazonas, o cisco, que nasce em
maior em extensão Minas Gerais, na Serra
e em volume de da Canastra, e cruza
água do mundo, e o sertão do Nordeste.
seus afluentes. Esse rio é conhecido
popularmente como
Velho Chico e repre-
senta uma esperança
para os nordestinos,
pois não seca, mesmo
em região de seca
severa.
BNCC
(EF05GE10)
Reconhecer e comparar
atributos da qualidade
ambiental e algumas
formas de poluição
dos cursos de água e
Fonte: Divisão Hidrográfica Nacional Resolução no 32 do
Conselho Nacional de Recursos Hídricos, de 15 de outubro de 2003. dos oceanos (esgotos,
Formando Cidadãos 23 Geografia • 5o Ano
efluentes industriais,
marés negras etc.).
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Trabalhe com recortes de matérias que refor-
cem notícias de escassez de água, para que os
alunos percebam a importância do uso consciente
desse recurso. É possível encontrar imagens de
rios poluídos e fenômenos causados pela ação do
homem, como, por exemplo, a espuma originada
no Rio Tietê, no ano de 2015, que invadiu cidades e
causou fortes consequências ambientais.

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Ciclo hidrológico 24
A água realiza um movimento na natureza conhecido como ciclo hidrológico, que ocorre por meio
da evaporação das águas dos lagos, rios, mares e oceanos, por meio da evapotranspiração dos vegetais
e da condensação do vapor da água, na forma líquida, para os rios, aquíferos e oceanos.
Observe o esquema.

Armazenamento de
água na atmosfera

Armazenamento Precipitação Condensação


de água no gelo
Evapotranspiração

Escoamento
Evaporação
superficial

Escoamento
superficial
proveniente do gelo Queda no rio

Armazenamento de
Armazenamento água nos oceanos
Infiltração de água doce

Armazena-
Descarga mento de água
do aquífero subterrânea

BNCC
Oceanos: 97,2%
(EF05GE10)
O Sol aquece as águas, que
evaporam se acumulando na at- Água na atmosfera: 0,001%
Reconhecer e comparar
mosfera em forma de vapor de
Água no subsolo: 0,62%
atributos da qualidade
água. As nuvens se formam e se
precipitam em forma de chuva. Calotas de gelo e geleiras: 2,15%
ambiental e algumas
A água da chuva se infiltra no
Águas superficiais
formas de poluição
solo e escoa para os oceanos,
mares, rios e lagos.
(rios, lagos e seres vivos): 0,029% dos cursos de água e
dos oceanos (esgotos,
efluentes industriais,
Formando Cidadãos 24 Geografia • 5o Ano
marés negras etc.).

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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Promova uma roda de conversa com a turma e explique o ciclo hidrológico que a água realiza na
natureza.
Confeccione um mural para o melhor entendimento do conteúdo. Em seguida, faça alguns ques-
tionamentos, como: “Vocês sabem em que lugares existe água?”, “Será que ela é encontrada somente
nos rios, lagos e oceanos?”, “A água só permeia o solo, o ar, o subsolo? E os seres vivos?”, “Vocês sa-
biam que a constituição dos seres humanos é de, aproximadamente, 70% de água?”. Depois, esclare-
ça as eventuais dúvidas que possam surgir e solicite-lhes que escrevam um pequeno resumo do que
entenderam.

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72

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A importância da água Atividades
25
O ser humano sempre teve e terá grande
dependência da água para a realização de dife- 1. Observe o ciclo da
rentes atividades. água e escreva, na
tabela, quatro fon-
tes de água identifi- ilustrar
cadas com números.
Depois, escreva qual
estado físico a água
se encontra em cada
um deles.

A preservação e o uso consciente da água Fontes de água Estado físico


também são importantes para garantir a existên- Rio líquido
cia dos seres vivos. Lençol freático líquido
Para isso, alguns cuidados e procedimentos
Chuva líquido
devem ser adotados, e o desperdício deve ser
combatido. Nuvem gasoso

2. Cite alguns cuidados com a conservação da


Evitar lavar o carro água nas atividades diárias das pessoas.
com mangueira.
Sugestão de resposta: Fechar a torneira ao

escovar os dentes e lavar os pratos, evitar lavar


Fechar a torneira ao
escovar os dentes. calçadas e carros usando a mangueira.

3. Complete as frases com as palavras do quadro: BNCC


2% (EF05GE10)
Evitar lavar a calçada Guarani – doce – maiores – Amazonas
osfera: 0,001% com mangueira. Reconhecer e comparar
a. O Rio Amazonas é o maior em
olo: 0,62%
atributos da qualidade
volume de água do mundo.
elo e geleiras: 2,15%
ambiental e algumas
Fechar a torneira ao b. O Guarani é aquífero brasi-
iciais
formas de poluição
lavar os pratos.
seres vivos): 0,029%
leiro com uma das maiores dos cursos de água e
doce dos oceanos (esgotos,
reservas de água do planeta.
efluentes industriais,
Formando Cidadãos 25 Geografia • 5o Ano
marés negras etc.).
FC_GEO_5F_U1.indd 25 20/11/2021 10:48:31

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Em uma roda de conversa, estimule os alunos
a refletir sobre a escassez de água em alguns rios
brasileiros. Cite o rio São Francisco, conhecido
como Velho Chico, que tem sobrevivido aos danos
causados pela natureza e, principalmente, pelo
homem. Para reforçar essa ideia, leve para a sala
de aula a música O ciúme, do cantor e compositor
Caetano Veloso. Em seguida, solicite que os alu-
nos escrevam um pequeno texto explicando o que
entenderam da canção. Analise cada resposta.

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FUNDAMENTAÇÃO

MEDIAÇÃO AO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO


Uma das características mais importantes do ser humano é a capacidade de se modificar. Essas
modificações surgem da necessidade de encontrar soluções, de resolver “situações-problema”, e re-
sultam sempre em uma aprendizagem; aprendizagem esta que se estabelece primeiramente mediante
a um vínculo afetivo de um ser humano com outro ser humano. Pensemos em um bebê, o quanto ele
necessita de que seus desejos sejam interpretados pela pessoa que cuida dele. Sem esta interação,
não haveria quem desse significado aos gestos, aos sons e às atitudes desse bebê, alguém que fosse
introduzindo a criança a estar em relação de reciprocidade com ela. Segundo Feuerstein in Feuerstein e
a construção mediada do conhecimento, Gomes, Cristiano Mauro Assis, 2002, “um ser humano somente se
desenvolverá se for estabelecida uma relação qualitativa de interação mediada com outro ser humano
já desenvolvido.”
Quando servimos de mediador a alguma pessoa, estamos transmitindo valores, atitudes culturais e
pessoais para o mediado. A mediação de significados é a ponte entre o plano cognitivo e o plano afeti-
vo-emocional. Mediar alguém é poder tornar o conhecimento disponível e possível.
Pensar dessa forma, analisada à luz dos pensamentos de Vygotsky, mostraria que somente apren-
demos quando nossa inteligência interpessoal ajuda a construção de significados e, portanto, estimula
nossa inteligência intrapessoal.
spass / stock.adobe.com

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Para Vygotsky, existe, em todo aprendiz, dois níveis de desenvolvimento: um natural, já adquirido
e formado, que determina o que é capaz de fazer por si próprio, e um potencial, ou seja, a capacidade
de aprender com outra pessoa. A aprendizagem, assim, interage com o desenvolvimento, produzindo
a abertura nas zonas de desenvolvimento proximal, que é a distância entre aquilo que o aprendiz faz
sozinho e o que é capaz de fazer com a ajuda de alguém.
A potencialidade para aprender, portanto, não é igual em todos os seres humanos, variando a distân-
cia entre o nível de desenvolvimento natural e o potencial.
Todas as pessoas respondem diferentemen­te aos estímulos, de acordo com as situações de aprendi-
zagem que desenvolveram ao longo de suas vidas.
A função primordial de um mediador é a de provocar desafios e propiciar experimentos que levem o
mediado a questionar os significados que atribui aos conteúdos que aprende, propor difi­culdades, ar-
quitetar problemas e estimular com­petências necessárias à sua superação, possibili­tando, dessa forma,
um avanço no conhecimento desse ser humano, aumentando sua capacidade de pensar.
Para tanto, faz-se necessário que o mediador conheça profundamente os ciclos de desenvolvi­mento
em cada faixa etária, para propor situações realmente desafiadoras.
Para terminar, quando pensamos em media­ção, precisamos ter em mente os critérios de uma media-
ção de qualidade. Estes critérios foram de­senvolvidos por Reuven Feuerstein e são eles:

• Intencionalidade – reciprocidade.
• Transcendência.
• Significado.
• Sentimento de competência.
• Regulação de conduta – impulsividade – auto­controle.
• Compartilhar.
• Individualização e diferenciação psicológica.
• Busca de planificação e sistematização.
• Desafios – inovação – complexidade.
• Compreensão de que o ser humano é modificável.
• Otimismo.
• Pertinência a um grupo.

NASCIMENTO, Sandra Kraft do. In. Criar Revista de Educação Infan­til. Ano 2, n. 8. São Paulo: CriArp, março/abril
2006.

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9ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

2º DIA
Geografia: Biosfera – página 26 / Divisão política do Brasil – páginas 27 e 28

Orientação didática:
• Professor, levante as seguintes questões: Vocês precisam de água para sobreviver? Por quê? Onde está
essa água? Para que serve o Sol? Vocês se alimentam? Por quê? De onde vêm esses alimentos? Relacio-
ne as respostas com o propósito de identificar as condições para a existência da vida na Terra.
• Com o suporte da Internet, visite, com seus alunos, o jogo dos mapas, acessível em: https://iguinho.
com.br/jogo-mapa-brasil.html. Verifique se eles conseguem reconhecer a localização dos estados que
compõem o Brasil.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e História.

3º DIA
Geografia: A singularidade geográfica das regiões brasileiras e a identidade nacional – páginas 29 e 30
(primeira coluna)

Orientação didática:
• Realize um debate com a turma sobre a importância de se preservar e respeitar as particularidades de
cada região do país.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

4º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

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DINÂMICA
HISTÓRIA COLETIVA
HABILIDADES TRABALHADAS NA DINÂMICA:
Criatividade, trabalho em equipe.

COLOCANDO EM PRÁTICA:
Peça que os alunos formem um círculo na sala. Em seguida, explique o objetivo da dinâmica, qual
será seu tema e organize de que forma ela será conduzida. Ou seja, qual será a ordenação dos alunos
participantes, indo no sentido horário ou anti-horário do círculo.
Inicie dizendo uma frase curta que introduza o tema proposto. Depois, aponte que o aluno deve dar
seguimento à história e, assim, sucessivamente, por quantas rodadas desejar. Se necessário, determine
a quantidade de palavras que cada aluno deve adicionar à história.
É comum que a história ganhe toques de nonsense à medida em que os alunos adicionem mais ele-
mentos a ela. No começo, os alunos podem parecer nervosos e incertos no que dizer, mas aos poucos a
dinâmica os deixa descontraídos e despreocupados.
Aplicada em aulas de artes, literatura ou redação, essa dinâmica pode ser utilizada em diversos
contextos e resgatada em outros tipos de atividade. Nesse sentido, gravar a atividade em áudio ou vídeo
é uma boa forma de manter o registro e retomá-la em outro momento.

Disponível em: <https://www.tuacarreira.com/dinamicas-para-sala-de-aula/>. Acesso em: 24 jan. 2022.

BNP Design Studio / stock.adobe.com

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Atividades
26
Biosfera
1. Encontre, no diagrama, quatro palavras re-
lacionadas aos recursos da natureza. Depois,
Biosfera é o conjunto de todas as partes do complete as frases.
planeta em que ocorre vida, seja no ar, na água
ou no solo. S O B R E V I V E R L O I O L K J H
Para que exista vida, é preciso que existam
S O M B U S T O V E L J Z X C V B N
recursos naturais essenciais como água, ar, solo,
P L A N E T A E H F R C Q U E R T A
calor e luz do sol. Ao longo da extensão de toda
a superfície terrestre, esses recursos se combi- O S L D H F U A S O R O G H J K L T
nam em diferentes quantidades e intensidades e B WD T A S A T G B I S S D F G H U
geram a composição de diversos ambientes. D E C F M P O S I R Ã O H B G V F R
Esses elementos, junto com os seres vivos
BNCC
E P T G N Ç Ã O I U Y O T G B H N A
que conseguem viver nos mais variados ambien- L E N A T U R E Z A Q Ç P O I U Y I (EF05GE10)
tes, compõem a dinâmica da Terra. E X P H O R A S Ã O Y O B V F C D S Reconhecer e comparar
B E C J N E O S I Ç Ã O U I O P L K
Dessa forma, não podemos deixar de levar em atributos da qualidade
consideração que a ação humana pode interferir
ambiental e algumas
nessa dinâmica terrestre e, consequentemente, nos
O ser humano encontra, em nosso
ciclos naturais, degradando ou cuidando deles. formas de poluição
planeta , os recursos naturais dos cursos de água e
de que precisa para sobreviver em me- dos oceanos (esgotos,
efluentes industriais,
©samoilova / stock.adobe.com

lhores condições. Esses recursos estão presentes


marés negras etc.).
na natureza .

2. Sublinhe as frases verdadeiras. (EF05GE11)


Identificar e descrever
Enfim, cada ser humano é responsável pela a. A biosfera é a parte do nosso planeta na qual
biosfera, pela manutenção da vida e, em espe- encontramos vida. problemas ambientais
cial, da nossa vida em nosso planeta. que ocorrem no entorno
Preservar significa cuidar. Preservamos b. Os seres vivos não fazem parte da biosfera.
quando protegemos os recursos naturais contra da escola e da residên-
a destruição e a poluição. A conservação é a c. O ser humano é responsável pela conservação cia (lixões, indústrias
utilização racional de um recurso qualquer, de da biosfera.
modo a se obter um rendimento considerado poluentes, destruição
bom, garantindo-se, entretanto, sua renovação d. Não precisamos cuidar da biosfera. do patrimônio histórico
ou sua autossustentação. A recuperação é o ato
de recobrar o que foi perdido. etc.), propondo soluções
Formando Cidadãos 26 Geografia • 5o Ano (inclusive tecnológicas)
para esses problemas.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Explore a biosfera por meio do estudo de
ecossistemas. Nesse estudo, é imprescindível que
as crianças aprendam sobre a relação de de-
pendência que existe entre as pessoas, os outros
seres vivos e todos os aspectos de constituição do
planeta que estamos estudando neste módulo.

78
78

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27
Divisão política do Brasil

O Brasil é um país de grande extensão territorial. Suas terras ocupam a maior parte da América do Sul.
Mas como administrar um país tão grande?
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) dividiu o território brasileiro em cinco grandes
regiões geográficas: Norte, Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste.
Cada região é formada por estados que apresentam semelhanças no relevo, no clima, na vegetação,
no modo de vida da população e nas atividades econômicas. No total, o Brasil é formado por 26 estados
e pelo Distrito Federal.
Observe o mapa.
Brasil político

Regiões
BNCC
(EF05GE01)
Descrever e analisar
dinâmicas populacionais
na Unidade da Federação
em que vive, estabele-
Fonte: IBGE
cendo relações entre
migrações e condições de
Formando Cidadãos 27 Geografia • 5o Ano
infraestrutura.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Destaque e leia um trecho do texto do livro do aluno.


Indique dois alunos para explicarem ou comentarem o trecho usando suas próprias palavras. Solicite
a um terceiro aluno que aponte as palavras iguais às do texto usadas pelos dois colegas.

Observações:
1a A dinâmica poderá ter continuidade com a leitura de um novo trecho pelo professor.
2a No caso desta dinâmica, o aluno observa a repetição de palavras, entre as usadas pelos colegas e
as do texto.
3a Você e seus alunos poderão comentar a experiência, observando contribuições à aprendizagem e
manifestando percepções pessoais.

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Atividades 4. Responda às perguntas abaixo. 28
a. Qual é o nome completo do Brasil?
1. Escreva o nome de cada região brasileira.
República Federativa do Brasil
Norte, Nordeste, Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

b. Como está dividido politicamente o território


2. Marque um X nas frases corretas. brasileiro?

Está dividido em 26 estados e o Distrito Federal.


X O Brasil é um país de grande extensão territorial.

X O Brasil está dividido em cinco grandes regiões.


c. Qual é a cidade mais importante de um estado?
As regiões são formadas por estados que
apresentam igualdade no relevo, no clima, A capital é a cidade mais importante de um estado.
na vegetação, no modo de vida da população
e nas atividades econômicas.

3. Relacione corretamente. 5. Veja, abaixo, uma foto da sede do governo federal


brasileiro.
1. Região Norte
2. Região Sul
3. Região Nordeste
4. Região Sudeste
5. Região Centro-Oeste

©Janjiulio / stock.adobe.com
3 Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte,
Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e
Bahia.

4 Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e


BNCC
Minas Gerais. (EF05GE01)
a. Onde essa sede está localizada? Descrever e analisar
5 Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e
Distrito Federal. No Distrito Federal. dinâmicas populacionais
na Unidade da Federação
1 Acre, Amazonas, Pará, Roraima, Amapá, b. Em qual região brasileira ela está situada?
Rondônia e Tocantins. em que vive, estabele-
Na Região Centro-Oeste.
2 Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. cendo relações entre
migrações e condições de
Formando Cidadãos 28 Geografia • 5o Ano
infraestrutura.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
Quem sabe mais sobre as regiões?

Materiais:
Um retângulo de papel-paraná, canetas coloridas de ponta grossa, pequenos pedaços de E.V.A. gros-
so, cartolina colorida, fita dupla-face, cola, pedaço de papel colorido.

Passo a passo:
• Aplique este jogo para incentivar ainda mais as crianças no estudo das regiões do Brasil.
• Cole um papel colorido sobre o papel-paraná.
• Em um outro papel, desenhe uma forma oval.
• Desenhe as casas, formando um caracol, e cole-as no meio do tabuleiro.
• Escreva o nome das regiões em cartelinhas e cole-as ao redor do caracol. CONTINUA...
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A singularidade Região Sudeste 29
geográfica das Apesar de ser
regiões brasileiras e a formada por apenas

©9parusnikov / stock.adobe.com
quatro estados — São
identidade nacional Paulo, Rio de Janeiro,
Espírito Santo e Minas
A partir de agora, conheceremos um pouco Gerais —, é a mais
mais de cada região brasileira. Cada uma tem desenvolvida e a mais
Cristo Redentor, RJ.
características e particularidades próprias. populosa do Brasil.

Região Norte
Região Sul
Apesar de ser a
região mais extensa É formada por três
do Brasil, ela é a estados — Paraná,
©Fotos 593 / stock.adobe.com

©Rafa / stock.adobe.com
menos povoada, o Santa Catarina e Rio
que se justifica pela Grande do Sul —,
presença da Floresta sendo a menor de
Amazônica. todas em extensão.
Cataratas do Iguaçu, PR.
Floresta Amazônica, AM.

BNCC
Região Nordeste Região Centro-Oeste
(EF05GE01)
Foi a primeira a ser avistada na chegada dos Não é litorânea e é a única região brasileira que Descrever e analisar
portugueses. É toda contornada pela plataforma não é banhada pelo Oceano Atlântico. É formada
continental e banhada pelo Oceano Atlântico, por três estados — Mato Grosso, Mato Grosso do dinâmicas populacionais
sendo, portanto, de fácil acesso pelo mar. É Sul e Goiás — e faz fronteira com todas as demais na Unidade da Federação
formada por nove estados — Piauí, Maranhão, regiões e, também, com a Bolívia e o Paraguai,
Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernam- sendo a segunda região mais extensa do Brasil. É em que vive, estabele-
buco, Alagoas, Sergipe e Bahia — e tem muita nela que está o Distrito Federal. cendo relações entre
diversidade cultural.
migrações e condições de

©Luiz Felipe Puntel / stock.adobe.com


infraestrutura.
©Marcos Mello / stock.adobe.com

(EF05GE02)
Pantanal, MT.
Identificar diferenças
étnico-raciais e étnico-
Como vimos, todas as regiões são divididas em estados.
Praia de Boa Viagem, PE. E os estados são divididos em municípios. -culturais e desigualda-
Formando Cidadãos 29 Geografia • 5o Ano
des sociais entre grupos
em diferentes territórios.
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Como jogar:
Este jogo é para, no máximo, cinco participantes.
• As crianças escolhem os piões de E.V.A. e colocam-nos no início do caracol.
• Os alunos tiram par ou ímpar para decidir quem começa o jogo.
• A criança joga o dado no chão para saber sobre qual região será feita a pergunta. Se cair no corin-
ga, ela pode escolher a região.
• Ela pega uma pergunta do monte e responde. Se acertar, anda o número de casas indicado no car-
tão. Se errar ou não souber, volta o mesmo número de casas.
• Se cair sobre um símbolo, deve cumprir as regras escritas na legenda. Se não cumprir, volta uma
casa.
• Ganha quem chegar primeiro ao centro.

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Atividades Trabalhando as
30
emoções
1. Observe o mapa e responda às questões.

Vamos descobrir quais são as suas reações dian-


te de algumas emoções. Ilustre suas respostas.
Resposta pessoal
O que você faz?

Quando
está com
Regiões
medo.

Quando
a. Qual a região brasileira que faz divisa com está BNCC
todas as outras regiões do país? triste.
(EF05GE01)
Centro-Oeste
Descrever e analisar
b. Qual região brasileira apresenta o maior nú- dinâmicas populacionais
mero de unidades federativas? na Unidade da Federação
Nordeste Quando em que vive, estabele-
está
alegre.
cendo relações entre
c. O nome dado às cinco regiões brasileiras tem
alguma relação com as direções indicadas na migrações e condições de
rosa dos ventos? Justifique sua resposta. infraestrutura.
Sim. O nome de cada região indica a direção
(EF05GE02)
onde está localizada, de acordo com a rosa
Quando Identificar diferenças
está com
dos ventos (Norte, Nordeste, Sudeste, Sul e
raiva. étnico-raciais e étnico-
Centro-Oeste). -culturais e desigualda-
Formando Cidadãos 30 Geografia • 5o Ano
des sociais entre grupos
em diferentes territórios.
FC_GEO_5F_U1.indd 30 04/02/2022 10:35

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Peça aos alunos que escolham uma das cinco
regiões e pesquisem mais informações sobre ela,
para, posteriormente, participar de uma roda de
conversa sobre as singularidades de cada região.
Se preferir, esta atividade pode ser feita em pe-
quenos grupos.

82
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FUNDAMENTAÇÃO
EU SOU PROFESSOR
É minha decisão escolher que PROFESSOR EU SOU PROFESSOR.
quero ser. Posso falar maravilhas de ser professor, mas,
Posso lembrar os ideais que tinha quando se essas maravilhas não se transformarem em
desejei ser professor e levar para a sala de aula atitudes, então estarei jogando fora a oportunida-
todos os meus sonhos e fazer os alunos sonharem de de ser alguém melhor.
comigo ou simplesmente achar que era coisa da Afinal, a vida é muito valiosa e curta, e quero,
juventude e que não há mais espaço para sonhar. um dia, lembrar-me dos meus sonhos, olhar para
Posso ficar pelos cantos reclamando dos trás e poder dizer:
salários, da falta de reconhecimento da sociedade
e apequenar a vida que escolhi viver ou acreditar EU CONSEGUI!
que sou eu quem determina o meu sucesso ou
fracasso, portanto sou o que sou porque decido FREIRE, José Carlos Serrano. Seja o professor que você gos-
ou aceito ser. taria de ter. 4ª ed. Rio de Janeiro: Wak editora, 2012.
Posso aceitar o mau resultado dos meus alu-
nos e até justificar com falta de interesse, indis-
ciplina, ambiente desconfortável, abandono da
família, mas posso também acreditar que, se a
mim não coube determinar o início desse pro-
cesso, posso influir para que os resultados sejam
melhores e, se não o fizer, aí, sim, a responsabili-
dade será minha.
Posso conviver com muitos professores, de-
sencantados com sua profissão, mas não posso
me contagiar com o medo e o desânimo deles.

SEJA O PROFESSOR QUE VOCÊ GOSTARIA DE


TER
Posso aceitar que ser professor não me faz
melhor nem diferente de ninguém, mas eu posso
Elena / stock.adobe.com
fazer a diferença em muitas vidas.
Posso falar da minha profissão em voz baixa,
com certo constrangimento, como se aceitasse
uma certa indiferença da sociedade pelo que sou,
mas também posso mudar isso, mudar essa ima-
gem com competência e dedicação, tendo orgulho
e prazer de dizer:

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10ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Semana de avaliação.

2º DIA
Semana de avaliação.

3º DIA
Semana de avaliação.

4º DIA
Semana de avaliação.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

84

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TRABALHANDO AS EMOÇÕES

Atividades Trabalhando as
30
emoções
1. Observe o mapa e responda às questões.

Vamos descobrir quais são as suas reações dian-


te de algumas emoções. Ilustre suas respostas.
Resposta pessoal
O que você faz?

Quando
está com
Professor, inicie a última
Regiões
medo.

semana de conteúdos
trabalhando as emoções
com atividades socioe-
Quando
mocionais, que se encon-
a. Qual a região brasileira que faz divisa com
todas as outras regiões do país?
está
triste.
tram na última página de
cada unidade do livro do
Centro-Oeste
aluno.
b. Qual região brasileira apresenta o maior nú-
mero de unidades federativas?

Nordeste Quando
está
alegre.
Nota:
c. O nome dado às cinco regiões brasileiras tem
alguma relação com as direções indicadas na
A Base Nacional Comum
rosa dos ventos? Justifique sua resposta. Curricular (BNCC) define
Sim. O nome de cada região indica a direção um conjunto de compe-
tências gerais, que serve
onde está localizada, de acordo com a rosa
Quando como um guia para o
está com
dos ventos (Norte, Nordeste, Sudeste, Sul e aprendizado das crianças
raiva.

Centro-Oeste). e que deve ser desenvol-


Formando Cidadãos 30 Geografia • 5o Ano
vido de forma integrada
ao currículo.
FC_GEO_5F_U1.indd 30 04/02/2022 10:35

TRABALHO E PROJETO DE VIDA

Encarar o trabalho como uma forma de contri­buir com a sociedade, e não apenas uma forma de
ganhar dinheiro ou obter status, pode ajudar na construção de um projeto de vida. Ao se conhecer a
si mesmo, ao investir nas próprias habilidades e competências e ao se abrir para descobrir diferentes
ocupações profissionais, uma pessoa pode se sentir apta a encontrar seu lugar no mundo, respeitando
sua própria natureza e suas motivações.
Estimule que seus filhos conversem com profissio­nais de áreas diversas, informando-se sobre o
mun­do das profissões e do trabalho. Mostre respeito e consideração por todas as pesquisas e atividades
profissionais. Incentive a curiosidade sobre quem está envolvido nos produtos e serviços que utiliza­mos
no dia a dia.

FRAIMAN, Leo. A síndrome do imperador: pais empoderados edu­cam melhor. Belo Horizonte: Autêntica; São Paulo: FTD, 2019.

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SEMANA DE AVALIAÇÃO 3. O que são os blocos continentais?

Unidade 1 Os blocos continentais são grandes extensões

• Conhecendo o Universo de terras emersas, limitadas pelas águas dos


• A Terra: o mundo em que vivemos
• Os continentes e os oceanos oceanos.
• As coordenadas geográficas
• A atmosfera
• A litosfera
• A hidrosfera 4. O que são as coordenadas geográficas?
• Biosfera
• Divisão política do Brasil As coordenadas geográficas é a de união de linhas
• Singularidade geográfica das regiões brasilei-
ras e a identidade nacional imaginárias horizontais (paralelos) e verticais

1. Escreva qual frase se refere ao movimento de (meridianos) e têm a finalidade de localizar qual-
rotação e o de translação da Terra.
quer elemento na superfície terrestre.

É o movimento que a Terra realiza em volta de


si mesma.

5. A respeito dos paralelos e meridianos, relacione:


Rotação
1. Paralelos
2. Meridianos
É o movimento que a Terra realiza em volta do
Sol.
2 São responsáveis por delimitar os fusos
horários ou as zonas horárias do planeta.
Translação
1 São responsáveis por delimitar as zonas
térmicas do planeta.
2. Responda:
a. Qual o nome do único satélite natural da Terra?
6. Complete:
Lua

b. Por que as estrelas são chamadas de astros


luminosos?
Núcleo é a camada mais interna da Terra.
Porque possuem luz própria. Manto é a camada intermediária entre a crosta
c. Chamamos os astros que não têm luz própria e terrestre e o núcleo.
giram em torno de uma estrela (Sol) de?
Crosta terrestre é a camada mais externa da
Planetas Terra, na qual o ser humano habita.

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7. Cite uma das principais funções da atmosfera.
Sugestão de resposta Os micro-organismos fazem parte da
Proteção contra queda de corpos celestes, biosfera.

os raios ultravioleta do Sol e manutenção da 10. Leia as palavras abaixo e relacione-as às infor-
mações correspondentes.
temperatura; 1. hábitat
2. nicho
Garantia da vida das espécies.
2 É o local restrito de um hábitat onde exis-
tem condições ambientais especiais para a
vida de determinada espécie.
8. Relacione as colunas:
1 É o lar das plantas e dos animais.
1. Troposfera
2. Estratosfera
3. Mesosfera 11. Escreva dentro do mapa o nome de cada
4. Ionosfera região do Brasil.
5. Exosfera

4 É a camada formada por moléculas Norte


ionizadas.
Nordeste
1 Nela, ocorre a maior parte dos fenôme-
nos metereológicos, como as chuvas e os
ventos.
Centro-oeste
3 É a camada onde ocorre a destruição de
meteoros. Sudeste
2 É a segunda camada da atmosfera.

5 É a mais externa das camadas. Sul

9. Leia as afirmativas sobre a biosfera e marque a 12. Marque, com um x, a resposta correta.
incorreta. a. A Região menos povoado do Brasil é a:

x Região Norte. Região Nordeste.


É a camada da Terra onde encontramos
vida. b. A Região mais desenvol­vida e mais populosa do
Brasil é a:
X Sofre pouca alteração pela ação humana.
Região Centro-Oeste. x Região Sudeste.
Nela, encontramos vegetais, animais, solo,
ar, água e luz do sol. c. A Região que foi a primei­ra a ser avistada no
Descobri­mento é a:
Nela, estão os seres vivos e os elementos
que compõem o local onde eles vivem. x Região Nordeste. Região Sul.

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FUNDAMENTAÇÃO
PEDAGOGIA DA AUTONOMIA: SABERES NECESSÁRIOS À PRÁTICA EDUCATIVA
Paulo Freire, no livro Pedagogia da Autonomia, enfoca a pedagogia fundamentada na ética, no res-
peito à dignidade e à própria autonomia do educando.
Para isso, ele divide a temática em três capítulos, detalhando, de forma brilhante, vários saberes
necessários à prática educativa, saberes estes que serão resumidos a seguir:
No capítulo I, Paulo Freire aborda que não há docência sem discência. Aqui, o autor considera que
os saberes indispensáveis à prática docente do educador progressista estão não só na reflexão crítica
sobre sua ação técnico-pedagógica, mas também na responsabilidade da produção e construção do
discente, sujeito que o educador ajuda a formar. Freire (2006, p.23) sintetiza esta relação dizendo que
“quem forma se forma e reforma ao formar e quem é formado forma-se e forma ao ser formado”.
Ele salienta que o ser humano é um ser condicionado, não determinado, que vai além de seus condi-
cionantes, através da rebeldia, curiosidade e força criadora - vai além do que lhe é ensinado. Por isso,
a responsabilidade do professor ao transmitir para o educando a beleza de estar no mundo, como ser
histórico, produto e produtor de uma realidade construída.

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Monkey Business / stock.adobe.com
A prática pedagógica exige pesquisa, respeito e criticidade. Não há ensino sem pesquisa e pesquisa
sem ensinar. É o que o autor denomina de “curiosidade epistemológica”.
A curiosidade ingênua, o saber pela experiência e o respeito à capacidade criadora do educando.
Respeito por sua experiência, pela sua realidade vivida, pelos saberes extracurriculares que o educando
traz consigo, enfim, respeito ao ser humano como ser histórico-social que, a cada momento, constrói e
reconstrói a realidade vivenciada.
Outro tema abordado pelo autor é a estética e ética que envolve o ato de ensinar. Pela sua condição
histórico-social, o homem é capaz de valorar, intervir, escolher, decidir, romper, enfim, é um ser ético
porque está sendo (está em construção). Não se admite, diz o autor, uma transgressão à ética porque
ela está na essência da natureza humana.
O educador ensina não só o conteúdo pedagógico, mas também a prática crítica, dinâmica, dialética,
pensar sobre o que se faz. Esta reflexão possibilita a curiosidade ingênua, a crítica que deságua para a
curiosidade epistemológica. Uma das tarefas mais importantes da prática educativa-crítica é possibili-
tar aos docentes e aos discentes condições para assumir-se como ser social, histórico, transformador e
realizador de sonhos, capaz de sentir, de viver fortes emoções, ter medo e coragem, tudo isso, retratado
na condição multifacetada que constitui o ser humano.

89

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No Capítulo II, o autor enfoca que o ensinar não experiência, pelas decisões, pelas ações e, prin-
é transferir conhecimento, é criar condições para cipalmente, pelos sonhos. Neles, estão incluídos
que o educando produza sua própria construção. o dever de reagir frente ao opressor, à asfixia das
O educador ensina, não transfere conhecimentos. liberdades democráticas, à recusa aos fatalismos,
Apenas o ser humano é inacabado, inconcluso – enfim, a luta constante pelo resgate da utopia que
ele se constrói diariamente. só na prática educativa humanizante se obtém.
Por esta razão, é necessário o respeito à sua Finalmente, o autor termina sua obra enfati-
autonomia, utilizando o bom-senso e valores éti- zando o papel fundamental do professor em re-
cos como fundamentos da prática educativa. lação ao aluno. Tão importante quanto ensinar os
O professor que desrespeita a curiosidade conteúdos programáticos é dar testemunho ético
do educando, sua linguagem, inquietude, dentre ao ensiná-los. A prática educativa envolve afeto,
outros, transgride os princípios fundamentais da emoção, capacidade científica, domínio técnico
ética humana. a serviço da mudança e da construção real da
O bom-senso, a ética do professor progressis- cidadania.
ta, respeita as condições sociais, culturais, eco- A Pedagogia da Autonomia está fundamental-
nômicas e familiares de seus alunos, isso porque mente alicerçada na ética, no respeito à dignidade
ele não só transmite conhecimento, mas também e à própria autonomia do educando.
ajuda na formação integral do educando.
Do mesmo modo, o professor aprende com o Disponível em: http://www.revista.universo.edu.br/index.php
?journal=3universobelohorizonte3&page=article&op=view&p
aluno. É uma relação de mão dupla: ao ensinar
ath%5B. Acesso em: 26 jan. 2022.
ele aprende e ao aprender, ensina. Este é o cunho
gnosiológico conceituado pelo autor. A inter-rela-
ção e dinamicidade são características da prática
educativa.
No Capítulo III, Paulo Freire aborda o ensino
como uma especificidade humana, ou seja, a
autoridade docente democrática deve revelar
para o aluno não o autoritarismo, mas a firmeza
que o conhecimento lhe assegura. A competência
profissional e o respeito ao docente são certezas
para sua legitimidade. Portanto, o respeito ao
outro, às relações justas, sérias, generosas dão a

New Africa / stock.adobe.com


sustentabilidade ao espaço pedagógico. A vivên-
cia da ética respeita a liberdade do outro. Tam-
bém busca aproximação entre o que se diz e o que
ser faz – entre o que parece ser e o que realmente
é. Enfim, no espaço pedagógico o “texto” é cons-
tantemente lido, escrito, reescrito e interpretado.
A educação é uma forma de intervenção no
mundo. Ela é dialética e contraditória porque
comporta divergências, subjetivismos, compreen-
sões diversas e grandes possibilidades.
A autonomia é uma construção que se faz pela

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2
UNI
DA D E

ATURALIZAR

O que vamos estudar:


• A população brasileira
• Diferenças étnico-culturais e
desigualdades sociais
• A Região Norte
• Aspectos físicos da Região Norte
• Economia da Região Norte
• Mudanças provocadas pelo cres-
cimento das cidades
• Transformações dos espaços
• Trabalhando as emoções
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A maioria dos alunos não demonstra interesse em aprender Geografia, em muitos casos os
mesmos se preocupam com o português devido às maiores dificuldades. Além disso, é visto por
parte dos educandos como uma aula chata, nessa perspectiva se faz necessário que o professor
de Geografia busque alternativas pedagógicas que ofereçam atrativos.
[...]
O provimento de aulas de campo, conhecidas como atividade extraclasse, fornece um grande
potencial para a aprendizagem, pois se trata da prática, do real, da experiência.
Essas são algumas das possibilidades que o professor dessa fantástica ciência pode utilizar como
ponto de partida para a composição das aulas. No entanto, o que vale mesmo é a criatividade do pro-
fessor, uma vez que cada um possui um estilo próprio e não existe uma maneira padrão de se ensinar.

Por Eduardo de Freitas. Disponível em: https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/geografia.htm


Acesso em: 05/4/2021.

91

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CONTEÚDOS DA UNIDADE E A BNCC
UNIDADE 2
UNIDADES OBJETOS DE
CONTEÚDOS HABILIDADES
TEMÁTICAS CONHECIMENTO
A população • O sujeito e seu • Dinâmica populacional (EF05GE01) Descrever e analisar dinâmicas
brasileira lugar no mundo • Território, redes e populacionais na Unidade da Federação em
• Conexões e urbanização que vive, estabelecendo relações entre migra-
escalas ções e condições de infraestrutura.
(EF05GE03) Identificar as formas e funções
das cidades e analisar as mudanças sociais,
econômicas e ambientais provocadas pelo seu
crescimento.

Diferenças étnico- • O sujeito e seu • Dinâmica populacional (EF05GE01) Descrever e analisar dinâmicas
-culturais e desi- lugar no mundo • Diferenças étnico-raciais e populacionais na Unidade da Federação em
gualdades sociais étnico-culturais e desigual- que vive, estabelecendo relações entre migra-
dades sociais ções e condições de infraestrutura.
(EF05GE02) Identificar diferenças étnico-
-raciais e étnico-culturais e desigualdades
sociais entre grupos em diferentes territórios.

A Região Norte • O sujeito e seu • Dinâmica populacional (EF05GE01) Descrever e analisar dinâmicas
lugar no mundo • Território, redes e populacionais na Unidade da Federação em
• Conexões e urbanização que vive, estabelecendo relações entre migra-
escalas ções e condições de infraestrutura.
(EF05GE03) Identificar as formas e funções
das cidades e analisar as mudanças sociais,
econômicas e ambientais provocadas pelo seu
crescimento.
Aspectos físicos da • Conexões e • Território, redes e (EF05GE03) Identificar as formas e funções
Região Norte escalas urbanização das cidades e analisar as mudanças sociais,
econômicas e ambientais provocadas pelo seu
crescimento.

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UNIDADES OBJETOS DE
CONTEÚDOS HABILIDADES
TEMÁTICAS CONHECIMENTO
Economia da Re- • Conexões e • Território, redes e (EF05GE03) Identificar as formas e funções
gião Norte escalas urbanização das cidades e analisar as mudanças sociais,
• Mundo do trabalho • Trabalho e inovação econômicas e ambientais provocadas pelo seu
tecnológica crescimento.
(EF05GE05) Identificar e comparar as mudan­
ças dos tipos de trabalho e desenvolvimento
tecnológico na agropecuária, na indústria, no
comércio e nos serviços.

Mudanças provo- • Conexões e • Território, redes e (EF05GE03) Identificar as formas e funções


cadas pelo cresci- escalas urbanização das cidades e analisar as mudanças sociais,
mento das cidades • Mundo do trabalho • Trabalho e inovação econômicas e ambientais provocadas pelo seu
tecnológica crescimento.
(EF05GE05) Identificar e comparar as mudan­
ças dos tipos de trabalho e desenvolvimento
tecnológico na agropecuária, na indústria, no
comércio e nos serviços.

Transformações • Formas de repre­ • Mapas e imagens de satélite (EF05GE08) Analisar transformações de pai­
dos espaços sentação e pensa­ sagens nas cidades, comparando sequência de
mento espacial fotografias, fotografias aéreas e imagens de
satélite de épocas diferentes.

Trabalhando as — — Nota: A Base Nacional Comum Curricular


emoções (BNCC) define um conjunto de competências
gerais que serve como um guia para o apren­
dizado das crianças e que deve ser desenvol­
vido de forma dinâmica para trabalhar o
socioemocional.

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11ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

2º DIA
Geografia: A população brasileira – páginas 32 e 33

Orientação didática:
• Se possível, proporcione uma aula mais ilustrativa com a ajuda do recurso de apresentação de slides
para explanar o conteúdo.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e História.

3º DIA
Geografia: A população brasileira – página 34

Orientação didática:
• Solicite que os alunos pesquisem sobre a qualidade de vida dos brasileiros e debatam o assunto em
sala.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

4º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

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DINÂMICA

UM COPO DE ÁGUA
VOCÊ VAI PRECISAR DE:
Um copo de água.

PROPÓSITO
Esta técnica pretende encorajar e reforçar a sede por conhecimento entre aqueles que demonstram
pouco interesse por um determinado assunto ou pela escola em geral.

INDIVIDUAL/EM GRUPO
Mostre a um aluno um copo de água, perguntando a ele quanta sede ele tem (pouca, muita ou ne-
nhuma) e enfatize a relação proporcional entre esse nível de sede e o quanto ele beberá. Quanto mais
sede ele tiver, mais ele vai querer beber; quanto menos sede ele tiver, menos ele sentirá necessidade
de beber. Exatamente a mesma coisa se aplica à escola, entre seu interesse pela lição e a qualidade de
sua aprendizagem. Quanto menos sede de conhecimento ele tiver, menos informações obterá e menos
eficiência integrará a estas. Por outro lado, quanto mais sede de aprender ele tiver, maior o seu desejo
de acessar novos conhecimentos e de aprofundar o conhecimento que adquire. Você pode dar suporte
ao seu aluno em sua procura por meios de aumentar o nível de interesse. Além das razões relacionadas
à matéria em particular que você ensina. Você pode apontar que o sucesso é socialmente bem aceito e
reconhecido, que frequentemente gera comentários positivos e construtivos – e até mesmo de louvor –
por parte dos pais, e que, em geral, proporciona-nos grande autoconfiança. Por si só, essa intervenção –
reforçada por lembretes ocasionais acerca dessa discussão (como colocar um copo de água na carteira
do aluno, por exemplo, e dizer: “Eu acho que você está com sede hoje”.) – é suficiente para despertar
mais atenção do aluno. Se necessário, mantenha uma jarra de água gelada em cima de sua mesa, ou
para encher o copo que você dará a um ou vários alunos, ou para significar que a aula a que eles assis-
tirão naquele dia apresentará uma série de novos conhecimentos.

BEAULIEU, Danie. Técnicas de Impacto na sala de aula: 88 atividades para envolver seus alunos. Tradução: Renata Gaspar
Nascimento. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.

95

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32
A população brasileira

O Brasil é muito populoso. Segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística


(IBGE), órgão responsável pela contagem da população brasileira, há cerca de 211,8 milhões de habitan-
tes no país. A maioria da população se encontra nas áreas urbanas (cidade), que têm maior quantidade
de pessoas que as áreas interioranas (área rural).
Há diferenças na distribuição da população do Brasil entre as cinco grandes regiões. Veja no gráfico
abaixo.

População brasileira por região (Censo IBGE 2010)

População em %

50
40
30
20
BNCC
10
0
(EF05GE01)
Descrever e analisar
Região Norte 8,3% Nordeste 27,8% Sudeste 42,1% Sul 14,4% Centro-Oeste 7,4%
dinâmicas populacionais
Fonte: https://censo2010.ibge.gov.br/sinopse/index.php?dados=5&uf=00 Acesso em: 26/07/2021.
na Unidade da Federação
em que vive, estabele-
O crescimento da população brasileira
cendo relações entre
A pirâmide da página ao lado mostra que o envelhecimento migrações e condições de
da população brasileira aumentou em 2019, se comparado a
2012. Esta mudança pode ser observada pela menor porcen-
infraestrutura.
tagem encontrada em 2019 nos grupos etários mais jovens
(base da pirâmide), ao mesmo tempo em que houve aumento
nas porcentagens dos grupos de idade que ficam no topo da
(EF05GE03)
pirâmide. Identificar as formas e
©alexmak / stock.adobe.com

Entretanto, como as pessoas estão cada vez mais concentra-


das nas áreas urbanas, o crescimento da população tem dimi-
funções das cidades e
nuído por causa da redução da natalidade (número de nascidos analisar as mudanças
vivos).
sociais, econômicas e
Formando Cidadãos 32 Geografia • 5o Ano
ambientais provocadas
pelo seu crescimento.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Sugerimos, para introduzir a discussão sobre a Após ouvir a música, comece perguntando aos
formação étnica da população brasileira, convidar alunos:
os alunos para ouvirem a música “Isto aqui o que • Quais são as origens do povo brasileiro?
é?”, de autoria de Caetano Veloso, interpretada • Como podemos definir o povo brasileiro?
pelo grupo Novos Baianos, disponível em: https:// • Como vive o povo brasileiro?
www.youtube.com/watch?v=cfcD8tn0ou0.

96
96

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33

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios Contínua 2012/2019.

BNCC
Relações entre migrações e condições de infraestrutura (EF05GE01)
Ao longo dos últimos 500 anos, o povo brasileiro foi sendo constituído por pessoas que migraram Descrever e analisar
para o Brasil e foram somadas à população nativa, como portugueses, africanos, espanhóis, holande-
ses, italianos, alemães, japoneses, entre outros.
dinâmicas populacionais
na Unidade da Federação

Domínio Público
Atualmente, grande parte da população brasileira
não vive no local onde nasceu. Essas pessoas migra-
ram, isto é, mudaram-se para outra região, seja outra
em que vive, estabele-
cidade ou outro estado. cendo relações entre
Geralmente, elas migram à procura de melhores
migrações e condições de
condições de vida, como trabalho, educação, con-
dições de saúde e outros serviços. Fatores culturais infraestrutura.
e políticos também influenciam nos movimentos
migratórios. Até certo tempo atrás, as pessoas vi-
viam no campo, porém, com o rápido crescimento da (EF05GE03)
população em busca de oportunidades, muitas mi- Identificar as formas e
graram para as cidades.
A cidade representa a concentração de pessoas, funções das cidades e
local onde elas procuram infraestrutura básica e Imigrantes europeus posando para fotografia no pátio cen-
tral da Hospedaria dos Imigrantes de São Paulo —1890. analisar as mudanças
serviços essenciais, como saúde, educação, lazer,
transporte e ofertas de mercado. sociais, econômicas e
Formando Cidadãos 33 Geografia • 5o Ano ambientais provocadas
pelo seu crescimento.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Monte, com seus alunos, um belo cartaz sobre
as diferenças das etnias existentes em nosso país.
Peça aos alunos que relacionem as imagens com
os textos estudados e apresentem, em forma de
seminário, as características, as crenças, os cos-
tumes, a culinária, etc.

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Migrações brasileiras Atividades
34
Recentemente, no Brasil, têm acontecido mi-
grações internacionais para países como Estados 1. Escreva a resposta a cada uma das perguntas
Unidos da América, Portugal, Itália, Inglaterra, a seguir.
França, Canadá, Austrália, Suíça, Alemanha,
Polônia, Bélgica, Países Baixos, Japão, Paraguai a. Qual é a estimativa da população total do
e Israel. Na verdade, isso é quase um movimento Brasil?
inverso ao que aconteceu no passado.
Os países que os brasileiros mais procuram É de cerca de 211,8 milhões de habitantes.
como destino são os Estados Unidos da América
e o Paraguai.
As pessoas emigram por diversos motivos:
condições políticas desfavoráveis, situação b. Onde se encontra a maioria da população
econômica precária, perseguições religiosas, brasileira?
guerras, casamento com estrangeiro, clima,
entre outros motivos. Encontra-se nas áreas urbanas, que têm maior
Ocorre, também, o inverso: pessoas chegando
ao Brasil pelos mesmos motivos que levam os quantidade de pessoas que as áreas interioranas.
brasileiros a viajar.
Da Bolívia e do Peru, por exemplo, chegam
muitos grupos que têm se fixado mais em São BNCC
Paulo para conseguir trabalho. 2. Observe a imagem e responda. (EF05GE01)
©Rawf8 / stock.adobe.com Reprodução

Descrever e analisar
dinâmicas populacionais
na Unidade da Federação
em que vive, estabele­
cendo relações entre
migrações e condições de
infraestrutura.
Retirantes, de Candido Portinari

a. Explique por que esses migrantes estão dei-


xando o lugar onde vivem.
(EF05GE03)
Identificar as formas e
Sugestão de resposta: Eles estão migrando por
Nova Iorque, EUA. funções das cidades e
causa da miséria e da seca. analisar as mudanças
sociais, econômicas e
Formando Cidadãos 34 Geografia • 5o Ano
ambientais provocadas
pelo seu crescimento.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Organize seminários com temas relacionados
à dinâmica demográfica brasileira no contexto
mundial, às atividades econômicas brasileiras e
às relações internacionais.
Solicite aos alunos que pesquisem informações
sobre as pessoas que vieram para o Brasil e os
costumes trazidos por elas.

98
98

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FUNDAMENTAÇÃO

O MESTRE, O PROFESSOR E O INSTRUTOR


As palavras mestre, professor e instrutor ge- O Instrutor cuida dele próprio e seus interesses.
ralmente são associadas a pessoas que trans-
mitem conhecimentos e educam, mas trazem O Mestre se orienta a partir dos que precisam
consigo diferentes significados. Cesar Augusto dele e não entenderam o assunto.
Dionísio, professor, economista e colunista da O Professor se orienta a partir dos que não
revista Profissão Mestre, busca compreender as precisam dele e entenderam o assunto.
diferenças entre essas três figuras, além de incen- O Instrutor se desorienta na frente dos que não
tivar os professores a serem verdadeiros mestres precisam dele, sem saber se entenderam ou não o
para seus alunos. Parabéns aos docentes que se assunto.
esforçam para se tornar grandes mestres.
O Mestre demonstra ao aprendiz o valor do
O Mestre pede aos alunos que ouçam o barulho erro.
da chuva que cai lá fora. O Professor revela ao aprendiz o valor do
O Professor reclama da chuva que cai lá fora. acerto.
O Instrutor não vai trabalhar porque está O Instrutor só se preocupa em acertar.
chovendo.
O Mestre avalia seus alunos para que eles pos-
O Mestre olha para uma conclusão lógica e diz: sam se conhecer melhor.
“Aqui começa o conhecimento”, e isto o incomoda. O Professor avalia seus alunos para que possa
O Professor olha para uma conclusão lógica conhecê-los melhor.
e diz: “Aqui termina o conhecimento”, e isto o O Instrutor avalia seus alunos para ter uma
pacifica. forma de puni-los.
O Instrutor só consegue trabalhar com conclu-
sões lógicas, e isto paga o seu salário. O Mestre sonha que a educação seja possível e
acredita.
O Mestre crê que a poesia pode ser ressuscita- O Professor acredita que a educação seja um
da no momento em que for asfixiada. sonho.
O Professor crê que a poesia pode realmente O Instrutor sonha apenas com o fim da aula.
ter morrido.
O Instrutor só quer saber onde será o enterro, Revista Construir Notícias. Recife. Ano 18. 99 ed. Mar./ Abr.,
depois de ter rezado para a poesia ter logo se 2018.
suicidado.

O Mestre ouve, pensa e fala.


O Professor ouve, fala e pensa.
O Instrutor fala, fala e só fala.

O Mestre cuida da educação e seus interesses.


O Professor cuida do aluno e seus interesses.

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12ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

2º DIA
Geografia: Diferenças étnico-culturais e desigualdades sociais – página 35

Orientação didática:
• Apresente uma exposição de imagens e informações sobre as comunidades carentes da região em que
os alunos vivem.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e História.

3º DIA
Geografia: Diferenças étnico-culturais e desigualdades sociais

Orientação didática:
• Conscientize os alunos sobre as diferenças econômicas do país.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

4º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

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DINÂMICA

CONHECENDO OS COLEGAS

HABILIDADES TRABALHADAS NA DINÂMICA:


Comunicação e relacionamento interpessoal entre alunos e professor.

MATERIAIS NECESSÁRIOS:
Um objeto pequeno, da escolha do professor (como uma bola ou bastão).

COLOCANDO EM PRÁTICA:
Primeiramente, peça que os alunos formem um grande círculo na sala. Em seguida,
explique que o objetivo dessa dinâmica é que os alunos aprendam mais uns sobre os
outros. Para isso, um objeto será passado de mão em mão por todos os participantes.
Sempre que uma pessoa estiver na posse do objeto, terá que dizer seu nome e uma ca-
racterística sua.
Quando todos os alunos já tiverem participado, proponha uma segunda rodada. Dessa
vez, o aluno em posse da bola escolhe outro do círculo e repete seu nome e a caracte-
rística que falou na rodada anterior.
Nessa segunda rodada, os alunos que não prestaram atenção aos colegas podem ter
mais dificuldade em lembrar as informações. Isso costuma acontecer especialmente
quando a segunda rodada for chegando ao seu fim e restam menos colegas para esco-
lher. Nesses casos, peça que os demais alunos o ajude e ressalte, no fim, a importância
de saber o momento de ouvir.
Essa dinâmica funciona muito bem tanto para turmas em que os alunos já se conhe-
cem quanto para turmas que não se conhecem bem. Também ajuda a quebrar o gelo e
a descontrair, uma vez que muitos alunos optam por revelar características engraçadas
sobre si. Por último, também ajuda o professor a conhecer mais sobre cada aluno e
sobre a turma em geral.

Disponível em: https://www.tuacarreira.com/dinamicas-para-sala-de-aula/ Acesso em: 24 jan.2022.

yusufdemirci / stock.adobe.com

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Diferenças Atividades 35
étnico-culturais e
1. Muitos povos ajudaram a formar a população
desigualdades sociais brasileira e contribuem com a cultura do nosso
país. Como podemos perceber a miscigenação
Vários povos fazem parte da história do Brasil. dos povos?
Percebemos isso pelas diferenças físicas e cultu-
rais entre as pessoas. A mistura dessas diferen- Podemos perceber nos traços físicos das pessoas
ças chamamos miscigenação. A miscigenação
pode ser observada nos traços físicos das pes- e, também, nos costumes e nas tradições.
soas, nos costumes e nas tradições. É a mistura
de diferentes povos, como indígenas, africanos, 2. Marque a frase que justifica a afirmação
europeus e asiáticos. abaixo.
Todos esses povos deram origem ao povo
brasileiro. Entretanto, o Brasil está entre os paí- O Brasil tem uma grande diversidade cultural.
ses que mais promovem a desigualdade social,
que está presente nas condições de moradia, de O Brasil não tem cultura própria.
emprego e de acesso a serviços públicos.
A desigualdade social tem provocado sérios X Nossa cultura é resultado da influência de
conflitos entre as pessoas, além da persistência vários povos.
da fome e de doenças. A luta contra a pobreza
extrema é, sem dúvida, um dos maiores desafios 3. Escreva uma legenda para a imagem abaixo. BNCC
da nossa civilização. Resposta pessoal
(EF05GE01)
©Gustavo Mello / stock.adobe.com

Descrever e analisar
dinâmicas populacionais
na Unidade da Federa­ção

©fredcardoso / stock.adobe.com
em que vive, estabe­
lecendo relações entre
migrações e condições de
infraestrutura.
Professor, abra um debate com os alunos sobre
(EF05GE02)
as desigualdades sociais no Brasil. Pergunte
Identificar diferenças
sobre motivos e consequências de poucos terem étnico-raciais e étnico-
muito e muitos terem tão pouco para sobreviver. -culturais e desigualda-
Formando Cidadãos 35 Geografia • 5o Ano
des sociais entre grupos
em diferentes territórios.
FC_GEO_5F_U2.indd 35 09/11/2021 14:35:24

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Analise os conhecimentos prévios de seus africanas e indígenas. Solicite aos alunos que rea-
alunos relacionados à miscigenação e organize lizem uma pesquisa a respeito do povo brasileiro
uma roda de conversa para que eles se expressem e suas festas, danças, culturas e crenças e registre
oralmente. Sugira que os alunos construam um os conhecimentos do grupo, aprofundando o tema
mapa do Brasil com imagens que caracterizam por meio de outras pesquisas e entrevistas.
cada estado.
O povo brasileiro é uma mistura étnica que
sofreu muita influência das tradições europeias,

102
102

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FUNDAMENTAÇÃO
MAQUETE E PLANTA
pkanchana / stock.adobe.com

O mapa e a planta são representações planas (bidimensionais) da realidade (tridimensional). Para


compreendê-las, a criança necessita de amadurecimento e certo domínio de informações sobre o meio
representado. Uma das grandes dificuldades das crianças (e de muitos adultos) na compreensão de um
mapa diz respeito à transferência de um conjunto de elementos tridimensionais para uma superfície
plana, com apenas duas dimensões (largura e comprimento). Como auxiliá-los?
Na passagem do tridimensional para a representação bidimensional, o professor poderá trabalhar,
inicialmente, com a construção de uma maquete da sala de aula, empregando sucata e uma caixa de
papelão (cerca de 50 x 30 cm). Nessa atividade, ele irá trabalhar com a escala intuitiva, ou seja, a per-
cepção do que é maior ou menor, de modo que as carteiras não fiquem menores que o cesto do lixo.
Como o trabalho com mapas envolve um maior grau de abstração, a criança começa por reconstruir
a representação, tornando-se mapeador. Etapa por etapa, ela desenvolverá códigos para representar o
espaço, desvendando mecanismos e recursos, de acordo com o grau de abstração que foi atingido.

103

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Quando a criança desenha o caminho de sua
casa até a escola, está utilizando símbolos, abs-
traindo, adquirindo condições para, numa fase
posterior, interpretar mapas. Apenas por volta
de 9 ou 10 anos, a maioria das crianças conse-
gue ter uma imagem mental do espaço, inter-
-relacionando seus vários elementos: posição,
lugar, direção, distância, dados físico-territoriais,
populacionais, etc.
A construção das relações espaciais é grada-
tiva, por isso o trabalho com mapas é retomado
nas séries seguintes, num ir e vir que, a cada
passo, acrescenta um pouco mais em termos de
abstração.

ENTENDENDO AS REDUÇÕES

O mapa é um modelo plano e reduzido, uma


representação da Terra ou de parte dela. Depen-
dendo da escala adotada, o número de detalhes
ou de informações sobre o espaço representado
será maior ou menor. Compreender essa redução
é saber o que significa, por exemplo, a distân-
cia de 1,5 centímetro entre São Paulo e Brasília e
poder concluir se ela é pequena ou grande, se as
localidades estão distantes ou próximas entre si.
Apenas um trabalho gradativo desenvolve na
criança a noção de escala, mas a nomenclatu-
ra correta é usada desde o início: escala e não
tamanho.
• Pedir que os alunos tragam fotos e, em gru-
pos, analisem as diferenças de tamanho entre as
fotos e as pessoas, chegando à noção intuitiva de
Ashutosh / stock.adobe.com

escala. O trabalho pode ser feito oralmente.


• Usar um barbante como padrão de medida
para a redução dos objetos da sala. Esticar o fio
de barbante na extensão da parede mais compri-
da. Dobrá-la tantas vezes quanto necessário para
caber numa folha. Supondo-se que tenham sido
necessárias oito dobras, a redução dos demais
objetos será também de oito vezes.
• Assim como se usa o fio de barbante, podem
ser empregados outros padrões de medida, como
o passo, o palmo, a braça ou palitos, de modo que

104

FC_ME_GEO 5F_UNIDADE2 104 08/06/2022 19:34


o professor tem oportunidade de explorar a ori- bidimensional?
gem do padrão métrico de medida. • Pedir que os alunos sugiram símbolos ou
• Como aprofundamento, o professor pode convenções para situações variadas. Por exem-
mostrar vários mapas em diferentes escalas, e plo: restaurante de estrada; escola; aeroporto;
explicar que um mapa em escala 1:200.000 (“um montanhas.
para duzentos mil”), por exemplo, indica que o • Mostrar alguns símbolos ou convenções car-
espaço nele representado foi reduzido em 200 mil tográficas simples (rios, picos, florestas) e pedir
vezes a partir do tamanho natural. que a classe tente adivinhar o significado.
Outro elemento a ser trabalhado nesse mo- Agora, os alunos utilizam convenções elabora-
mento e de fundamental importância são os das pela classe na planta da sala de aula.
símbolos ou convenções cartográficas. O mapa • Usar um globo inflável ou uma bola de borra-
não é uma fotografia da paisagem e não contém cha. Recortada em gomos, de modo a ficar total-
tudo que nela se vê. De acordo com a redução mente aberta, a bola sempre servirá como ma-
feita (escala adotada), surge a necessidade de terial de apoio para mostrar que é a partir desse
usar símbolos que correspondam aos elementos raciocínio que os mapas-múndi são feitos. Mostrar
representados. Conforme a escala, por exemplo, a bola inteira e a recortada, para que os alunos
as cidades são representadas por pontos (um comparem.
espaço reduzido muitas vezes); em outras escalas • Pedir que observem as distorções que podem
elas são representadas por áreas onde podemos ocorrer na representação plana (planisfério).
perceber o traçado das ruas, dos quarteirões, das • Junto com os alunos, localizar o Brasil no
praças (redução menor). O nível de detalhamento globo terrestre. Mostrar-lhes as porções de terra
é maior. e de água.
Esses símbolos evidentemente possuem um • Levar fotos tiradas de satélite para os alunos
significado. Existe uma correspondência entre o observarem.
objeto representado e o símbolo que o representa
no mapa. Os aviõezinhos, por exemplo, represen- Didática de Geografia – Conhecimento a que a criança
tam aeroportos; traços azuis representam rios. O traz. São Paulo: FTD, 1996. p. 37 a 43.
significado dos símbolos aparece na legenda dos
mapas. Portanto, no mapeamento da sala de aula,
o uso de legenda já deve aparecer, mesmo que os
alunos saibam o que e como estão representan-
do. Com o uso frequente de mapas, os alunos se
familiarizarão com as convenções cartográficas
internacionais.
Nas séries subsequentes, o trabalho de ma-
peamento terá continuidade com outros espaços
(quarteirão, rua da escola) e a representação de
espaços mais amplos e distantes. Ainda objetivan-
do a compreensão da passagem do tridimensional
para o bidimensional, é interessante trabalhar
também a relação globo terrestre/mapa-múndi.
Ashutosh / stock.adobe.com

O globo terrestre é o modelo mais fiel do plane-


ta Terra, por sua forma esférica, tridimensional.
Como representá-lo no plano, que é um espaço

105

FC_ME_GEO 5F_UNIDADE2 105 08/06/2022 19:34


13ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

2º DIA
Geografia: A Região Norte – páginas 36 e 37

Orientação didática:
• Solicite aos alunos que nomeiem os estados e as capitais que compõem a Região Norte.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e História.

3º DIA
Geografia: A Região Norte – páginas 38 e 39 (primeira coluna)

Orientação didática:
• Mostre que a Região Norte possui um quadro humano diversificado e que cada uma dessas populações
tem um modo de viver específico.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

4º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

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DINÂMICA

JOGO DA MÍMICA
HABILIDADES TRABALHADAS NA DINÂMICA:
Conhecimento específico das aulas, trabalho em equipe e comunicação.

MATERIAIS NECESSÁRIOS:
Papel e caneta.

Primeiramente, divida a turma em dois grupos. Explique que, em conjunto, cada grupo deverá escre-
ver palavras relacionadas ao tema trabalhado na disciplina. Em cada rodada, um aluno de um grupo
receberá uma das palavras escolhidas pelo outro. Então, ele deverá fazer uma mímica para que o seu
grupo adivinhe qual é a palavra.
A depender do tempo disponível e a quantidade de alunos, pode ser interessante determinar um tem-
po máximo para cada grupo desvendar a mímica.
A cada rodada, alterne os grupos, para que todos os alunos tenham a oportunidade de participar. No
final, o grupo que tiver mais acertos (e menor tempo) será o vencedor.

Disponível em: <https://www.tuacarreira.com/dinamicas-para-sala-de-aula/>. Acesso em: 24 jan.2022.

pkuzmin / stock.adobe.com

107

FC_ME_GEO 5F_UNIDADE2 107 08/06/2022 19:34


36
A Região Norte

A Região Norte é a mais extensa das cinco


regiões brasileiras. Ocupa quase metade do
território brasileiro, porém é pouco populosa
(só ganha para a Região Centro-Oeste). Quanto
à divisão político-administrativa, é dividida em
7 estados.
A Região Norte faz divisa com os estados do
Mato Grosso, Goiás, Maranhão, Piauí e Bahia.
E, ainda, tem como limites países vizinhos: ao
Norte, Venezuela, Guiana, Suriname e a Guiana
Francesa; ao Sul, a Bolívia; e, a Oeste, Peru e
Colômbia.

Estados da Região Norte


ESTADO SIGLA CAPITAL BANDEIRA
BNCC
Pará PA Belém (EF05GE01)
Descrever e analisar
Roraima RR Boa Vista dinâmicas populacionais
na Unidade da Federação
Rondônia RO Porto Velho em que vive, estabele-
cendo relações entre
Acre AC Rio Branco migrações e condições de
infraestrutura.
Amazonas AM Manaus
(EF05GE03)
Identificar as formas e
Amapá AP Macapá
funções das cidades e
analisar as mudanças
Tocantins TO Palmas
sociais, econômicas e
Formando Cidadãos 36 Geografia • 5o Ano
ambientais provocadas
pelo seu crescimento.
FC_GEO_5F_U2.indd 36 20/11/2021 10:49:29

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Elabore, previamente, um mapa do Brasil em
uma folha de papel 40 Kg e faça algumas tarjetas
com o nome dos estados, suas siglas e capitais.
Proponha um desafio entre os alunos, orga-
nizando-os em duas equipes. Os participantes,
um de cada vez, devem colocar a tarjeta no seu
respectivo lugar.

108
108

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Demografia da Região Norte 37
A Região Norte é a menos povoada, ou seja, sua densidade demográfica é a menor entre todas as
regiões (número de habitantes por km²), devido à grande quantidade de rios e florestas.

BNCC
(EF05GE01)
Descrever e analisar
dinâmicas populacionais
na Unidade da Federação
em que vive, estabele-
cendo relações entre
migrações e condições de
infraestrutura.
BNCC
A maior parte da população da Região Norte é descendente de povos indígenas, que hoje se encontram
bastante reduzidos, embora ainda existam tribos que nunca tiveram contato com outros grupos sociais
(EF01GE01)
(EF05GE03)
por viverem em locais de difícil acesso na Floresta Amazônica. A população vem aumentando devido ao Descrever características
Identificar as formas e
surgimento de novas áreas agrícolas nas últimas décadas, que atraem migrantes de todo o país para a
observadas
funções dasde seus luga-
cidades e
Região. Com esse povoamento, a população puramente indígena diminuiu, e a população cabocla, resul-
tante da mistura entre indígenas e brancos, aumentou. Há um maior contingente populacional nas áreas res de vivência
analisar (moradia,
as mudanças
urbanas, especialmente nas capitais e nas margens dos rios, onde vivem as populações ribeirinhas.
escola etc.)
sociais, e identificar
econômicas e
Formando Cidadãos 37 Geografia • 5o Ano
semelhanças
ambientais e diferenças
provocadas
entreseu
pelo esses lugares.
crescimento.
FC_GEO_5F_U2.indd 37 09/11/2021 14:35:27

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Organize os alunos em grupos. Solicite a eles
mais informações sobre a densidade demográfica
da Região Norte. Peça-lhes que organizem essas
informações em uma tabela. Depois, exponha as
tabelas no mural da sala.

109

FC_ME_GEO 5F_UNIDADE2 109 08/06/2022 19:34


Grupos étnicos ou sociais Atividades
38
A população da Região Norte é largamente
formada por caboclos: descendentes de indíge- 1. Observe o mapa da Região Norte e responda
nas e portugueses. No século XX, muitos nor- ao que se pede.
destinos migraram para essa região. Lá existem
diferentes tipos humanos que vivem de acordo a. Pinte cada estado da Região Norte de uma
com o ambiente que habitam. São eles: cor diferente e, abaixo, crie uma legenda com o
nome dos estados nas cores que você pintou.
Os seringueiros
Figura típica da Região. Boa Vista
Dedica-se à exploração Macapá
do látex, líquido que é
retirado da seringueira, Belém
árvore típica da Floresta Manaus
Amazônica.
©tongpatong / stock.adobe.com

Palmas
Rio Branco Porto Velho
Os ribeirinhos
Vivem às margens dos BNCC
rios, em palafitas, e de-
Acre (EF05GE01)
sempenham atividades,
como o artesanato, a Descrever e analisar
agricultura e a pesca. Amapá dinâmicas populacionais
©Pulsar Imagens Ltda / stock.adobe.com

Os indígenas na Unidade da Federação


Amazonas
em que vive, estabele-
Vivem da agricultura,
caça e pesca. De acordo cendo relações entre
Pará
com a Fundação Nacio- migrações e condições de
nal do Índio (Funai), são
cerca de 180 mil indíge- infraestrutura.
Rondônia
nas, a maior população
indígena do País.
©Clio / stock.adobe.com
Roraima
(EF05GE03)
Além dos exemplos vistos anteriormente, Identificar as formas e
podemos destacar os babaçueiros, as quebradei-
ras de coco, os quilombolas, os varjeiros, entre Tocantins funções das cidades e
outros. Cada grupo tradicional tem uma história, analisar as mudanças
uma identidade, uma memória e um território. b. Escreva, no mapa, a capital de cada estado.
sociais, econômicas e
Formando Cidadãos 38 Geografia • 5o Ano
ambientais provocadas
pelo seu crescimento.
FC_GEO_5F_U2.indd 38 09/11/2021 14:35:28

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Realize, com os alunos, um júri simulado.


Proponha-lhes que pesquisem curiosidades da Região Norte.
Organize a turma em dois grupos: o de ataque e o de defesa.
Promova o primeiro debate.
Inverta os papéis: quem estava atacando passa a defender, e vice-versa.
Terminado o tempo (previamente determinado), colha depoimentos de cada um dos alunos.
Escolha um secretário que documente todas as opiniões e o mediador do debate.

110
110

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2. Sublinhe a única frase que é falsa.
Aspectos físicos da
39
a. A Região Norte é, ao mesmo tempo, a mais Região Norte
extensa e a menos populosa.

b. Os rios Amazonas, Tocantins e Araguaia e seus Relevo


afluentes correm pela Floresta Amazônica em
diversas direções. As principais formas de relevo na Região são:
planícies, depressões e planaltos, predominando
c. A imensa área da Região Norte ainda não é os terrenos de baixas altitudes.
totalmente explorada pelo ser humano. A Região Norte está, em sua maior parte, na Pla-
nície Amazônica, que possui diversas áreas inunda-
d. Uma pequena parte do território dessa região das pelo Rio Amazonas e pelos seus afluentes.
é coberta pela Floresta Amazônica.
Planícies e terras baixas amazônicas
3. Pesquise, no dicionário, o que é densidade
demográfica e escreva o significado abaixo. • Mata de Igapó – são as áreas mais baixas,
constantemente inundadas pelas cheias do Rio
Sugestão de resposta: É o crescimento da popu-
Amazonas.
• Várzea – terras de altitudes inferiores a 30 me-
lação do mundo ou de uma determinada região.
tros, sendo inundadas pelas cheias mais fortes.
BNCC
• Terra firme – esse tipo atinge altitudes de até
É o número de habitantes por Km2. (EF05GE01)
350 metros, estando livre das inundações.
Descrever e analisar
©marabelo / stock.adobe.com

dinâmicas populacionais
4. Relacione os tipos humanos às suas
características. na Unidade da Federação
em que vive, estabele-
1. Ribeirinhos 3. Barqueiros
2. Seringueiros 4. Vaqueiros cendo relações entre
migrações e condições de
2 Dedicam-se à extração do látex da
infraestrutura.
seringueira.

1 Vivem nas margens dos rios e, em geral, (EF05GE03)


residem em palafitas. O Planalto das Guianas localiza-se na fron-
teira da Região Norte com a Venezuela e as Guia-
Identificar as formas e
4 Vivem nos campos em Roraima e em alguns nas. É nessa Região que se encontram os pontos funções das cidades e
locais da Ilha de Marajó. mais altos do país, como o Pico da Neblina, na
analisar as mudanças
Serra do Imeri, Estado do Amazonas, com 2.994
3 Praticam a pesca e movem o comércio
metros de altitude. sociais, econômicas e
interno.
Formando Cidadãos 39 Geografia • 5o Ano
ambientais provocadas
pelo seu crescimento.
FC_GEO_5F_U2.indd 39 22/11/2021 16:41

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Trabalhe com pequenos grupos para que haja 1. Cite três principais formas de relevo da Re-
uma aprendizagem interativa. gião Norte.
Proponha aos alunos que respondam às per- 2. Cite alguns rios da Região Norte.
guntas abaixo.
1. Que estados compõem a Região Norte? Ao final da atividade, solicite aos alunos que
2. Qual é a maior ilha fluvial do mundo? os pequenos grupos se organizem em um grande
grupo e socializem suas anotações.
Proponha-lhes, também, que escrevam o que
se pede:

111

FC_ME_GEO 5F_UNIDADE2 111 08/06/2022 19:34


FUNDAMENTAÇÃO
PAIS E MESTRES
ESTREITE O RELACIONAMENTO ENTRE ELES CRIANDO CA­NAIS DE COMUNICAÇÃO EFICIENTES

Photographee.eu / stock.adobe.com
Pais e professores fazem parte da história de vida de uma criança, e am-
bos trabalham para um mesmo objetivo: a sua formação. Mas nem sempre a
comu­nicação entre eles é fácil. Para os professores, mui­tas vezes, pode ser
complicado lidar com a cobrança e a maneira como os pais idealizam a edu-
cação de seus filhos. E, para estes, alguns conteúdos podem gerar preocupa-
ção na hora de ajudar o filho com a lição de casa. “Antes de introduzir a multi-
plicação por dois algarismos, a divisão e a expressão numérica, por exemplo,
leve esses assuntos à reunião de pais. Assim, eles poderão ser preparados e
saberão como proceder quando aquele assunto for trabalhado com o aluno”,
orienta Márcia Biondi, psicóloga e educa­dora de São Paulo. Ela defende que a
metodologia aplicada na escola seja compreendida e utilizada também pelos
pais. Para conquistar a confiança da família e ampliar o relacionamento entre
ela e a es­cola, construindo uma parceria e atingindo, assim, os objetivos edu-
cativos, a Escola Pueri Domus, de São Paulo, desenvolveu alguns recursos que
você conhe­cerá a seguir.

112

FC_ME_GEO 5F_UNIDADE2 112 08/06/2022 19:34


AUMENTE SEUS RECURSOS
Para aproximar a família da escola, o Peuri
Do­mus desenvolveu iniciativas que vão além da
reunião de pais convencional. Quando o aluno
é matricula­do, os pais recebem um documento
chamado Plano Diretor, que expõe as diretrizes e
serve como uma orientação sobre os temas que
serão abordados durante o ano letivo. “Antes de ESTABELEÇA PARCERIAS
as aulas começarem, promovemos uma reunião Não há quem conheça melhor os alunos do que
com as famílias, na qual tratamos os elemen- os próprios pais. Tire proveito disso e colha infor­
tos básicos do Plano, que traz toda a concepção mações que possam ser determinantes na hora de
socioeducativa da instituição, consolidada nas educá-los.
práticas pedagógicas”, explica José Carlos Martins Contextualize a família no universo escolar
da Silva, diretor-geral da Escola Peuri Domus – atual. Não esqueça que pais e filhos pertencem a
Unidade Verbo Divino – São Paulo. gerações diferentes e muitos anos os distanciam
Uma vez apresentadas as linhas de alfabetiza- em termos de linguagem, hábitos e até mesmo
ção, os pais seguem integrados ao colégio através na forma como foram alfabetizados. Para Márcia
do Petit Comitê, uma reunião semestral com a Bion­di, a sua geração recebeu um ensino sistema-
direção e coordenação, na qual os pais são livres tizado, principalmente na Matemática. “Na verda-
para sugerir e debater questões relacionadas ao de, não era apenas uma aprendizagem, era uma
espaço físico da escola, à metodologia de ensino forma de execução de coisas. Aprendíamos mul-
e até mesmo ao relacionamento professor/aluno. tiplicação por dois algarismos e não sabíamos o
“Isso porque o alu­no está entre duas esferas que porquê de deixar uma casa vazia. Mas aí a geração
ele aprova – família e escola – e não podemos atual questio­na mais e, para ensinar, hoje você
deixá-lo dividido. Quanto mais claras forem as tem que voltar a aprender”, conta a educadora.
relações, maior aproveitamento a criança terá na Para minimizar as diferenças e amenizar o
aprendizagem”, afirma o diretor. confli­to de gerações, Pueri Domus realiza reu-
niões com­partilhadas, das quais alunos do ano
do Ensino Fun­damental I participam junto com os
pais. Segundo a direção do colégio, a participação
dos alunos tem colaborado para que eles am-
pliem sua autonomia e responsabilidade, além de
esclarecer as principais dúvidas de pais e filhos.
Outra forma de conectar os pais à escola são
as circulares online e os jornais virtuais, ferra-
mentas que os mantêm informados sobre temas
relativos à educação e à instituição. “Ambos
servem como um canal aberto para comunicação
e têm efeito porque a família sente que faz parte
da comunidade escolar e pode se manifestar”, diz
José Carlos.

Guia Prático para professores do Ensino Fundamental I.


Ano 5 – n. 56.

113

FC_ME_GEO 5F_UNIDADE2 113 08/06/2022 19:34


14ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

2º DIA
Geografia: Aspectos físicos da Região Norte – páginas 39 (segunda coluna), 40 e 41

Orientação didática:
• Peça que seus alunos realizem uma pesquisa sobre a Região Norte: tipos de clima, vegetação, a sigla e
a bandeira de cada estado.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e História.

3º DIA
Geografia: Aspectos físicos da Região Norte – páginas 42 e 43

Orientação didática:
• Peça que os alunos socializem as informações obtidas na pesquisa da aula anterior, com toda a turma.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

4º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

114

FC_ME_GEO 5F_UNIDADE2 114 08/06/2022 19:34


DINÂMICA
CERTO OU ERRADO?
HABILIDADES TRABALHADAS NA DINÂMICA:
Conhecimentos específicos das aulas e auto-

ptasha / stock.adobe.com
nomia na tomada de decisões.

MATERIAIS NECESSÁRIOS:
Papel e caneta.

Em uma folha de papel sulfite ou cartolina


distribuída para cada aluno, peça que escrevam
“certo” e, no verso da folha, “errado”. Explique
que a dinâmica consistirá em uma espécie de quiz
sobre os conteúdos da aula. Assim, prepare uma
série de afirmações, que podem ser verdadeiras
ou falsas. Determine um tempo para que os alu-
nos possam pensar nas suas respostas, mas sem
conversar uns com os outros.
Passado o tempo, dê um sinal para que todos
levantem a folha e mostrem o lado que acharem
mais adequado para a afirmação. Deixe que os
alunos confiram e comparem suas respostas. Em
seguida, releia a afirmação e pergunte quem pode
responder por que ela está certa ou errada.

Disponível em: <https://www.tuacarreira.com/dinamicas-


-para-sala-de-aula/>. Acesso em: 24 jan. 2022.

115

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2. Sublinhe a única frase que é falsa.
Aspectos físicos da
39
a. A Região Norte é, ao mesmo tempo, a mais Região Norte
extensa e a menos populosa.

b. Os rios Amazonas, Tocantins e Araguaia e seus Relevo


afluentes correm pela Floresta Amazônica em
diversas direções. As principais formas de relevo na Região são:
planícies, depressões e planaltos, predominando
c. A imensa área da Região Norte ainda não é os terrenos de baixas altitudes.
totalmente explorada pelo ser humano. A Região Norte está, em sua maior parte, na Pla-
nície Amazônica, que possui diversas áreas inunda-
d. Uma pequena parte do território dessa região das pelo Rio Amazonas e pelos seus afluentes.
é coberta pela Floresta Amazônica.
Planícies e terras baixas amazônicas
3. Pesquise, no dicionário, o que é densidade
demográfica e escreva o significado abaixo. • Mata de Igapó – são as áreas mais baixas,
constantemente inundadas pelas cheias do Rio
Sugestão de resposta: É o crescimento da popu-
Amazonas.
• Várzea – terras de altitudes inferiores a 30 me-
lação do mundo ou de uma determinada região.
tros, sendo inundadas pelas cheias mais fortes. BNCC
• Terra firme – esse tipo atinge altitudes de até
É o número de habitantes por Km2.
350 metros, estando livre das inundações. (EF05GE01)
Descrever e analisar
©marabelo / stock.adobe.com

dinâmicas populacionais
4. Relacione os tipos humanos às suas
características.
na Unidade da Federação
em que vive, estabele-
1. Ribeirinhos 3. Barqueiros
2. Seringueiros 4. Vaqueiros
cendo relações entre
migrações e condições de
2 Dedicam-se à extração do látex da infraestrutura.
seringueira.

1 Vivem nas margens dos rios e, em geral, (EF05GE03)


residem em palafitas. O Planalto das Guianas localiza-se na fron- Identificar as formas e
teira da Região Norte com a Venezuela e as Guia-
4 Vivem nos campos em Roraima e em alguns nas. É nessa Região que se encontram os pontos funções das cidades e
locais da Ilha de Marajó. mais altos do país, como o Pico da Neblina, na analisar as mudanças
Serra do Imeri, Estado do Amazonas, com 2.994
3 Praticam a pesca e movem o comércio sociais, econômicas e
metros de altitude.
interno.
ambientais provocadas
Formando Cidadãos 39 Geografia • 5o Ano
pelo seu crescimento.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
Monte um painel na sala de aula.
Aspectos naturais das regiões brasileiras

REGIÃO ALTITUDE/RELEVO HIDROGRAFIA CLIMA VEGETAÇÃO ORIGINAL


Norte • Predominam baixas • Bacia Amazônica • Predomina o clima • Predomina a Floresta
altitudes. (Rio Amazonas e seus equatorial — muito Amazônica.
• Apresentam depres- afluentes). quente e muito chuvoso.
sões (predominantes), • Bacia Tocantins-
planaltos e planícies. -Araguaia (drenada
• Destaque: Planície por rios que nascem no
Amazônica. Centro-Oeste).

116
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Hidrografia 40

©Ondrej Bucek / stock.adobe.com


A Região Norte apresenta a maior bacia hidro-
gráfica do mundo, a Bacia Amazônica, formada
pelo Rio Amazonas e seus afluentes.
Devido ao tamanho do Rio Amazonas, foram
construídos três portos às margens do seu curso.
Um deles fica no Brasil, localizando-se na cidade
de Manaus. Na foz do rio, encontra-se a Ilha de
Marajó, a maior ilha fluviomarítima do mundo.
O Planalto Central é outro exemplo de relevo Na Bacia do Tocantins, está instalada uma das
da Região Norte. Ele ocupa o sul dos estados do maiores usinas hidrelétricas do mundo, a Tucu-
Amazonas e Pará e a maior parte de Rondônia e ruí. Além da presença da Ilha do Bananal, a maior
Tocantins. ilha fluvial do mundo, localizada no Estado do
Tocantins.
Clima

©Ze Paiva / stock.adobe.com


O clima equatorial, cuja característica prin-
cipal é ser quente e úmido, é predominante na
Região Norte.
Também são comuns as chuvas de convecção,
ou chuvas de hora certa, que são as chuvas do
O Rio Javaés e a Ilha do Bananal BNCC
fim da tarde, quando o Sol desaparece e a tem- (EF05GE01)
peratura volta a cair, provocando a condensação É na Região Norte que acontece o fenômeno
do vapor de água e, portanto, a precipitação em
Descrever e analisar
conhecido por pororoca. O termo pororoca é
forma de chuvas. Isso ocorre porque, quando o Sol de origem tupi e significa estrondo. O processo dinâmicas populacionais
aparece, a temperatura aumenta e, como con-
sequência, aumenta, também, a evaporação das
ocorre quando os níveis das águas do mar se na Unidade da Federação
elevam e invadem a foz do rio, e o confronto
águas dos recursos hídricos e a evapotranspiração dessas águas promove o surgimento de gran- em que vive, estabele-
dos seres vivos (plantas e animais), o que aumen- des ondas que podem atingir até 10 metros de cendo relações entre
ta a quantidade de vapor de água na atmosfera ao largura e 5 de altura. O encontro das águas do
longo de todo o dia. Rio Solimões com as águas do Rio Negro, que migrações e condições de
caminham lado a lado sem se misturar por infraestrutura.
©nd700 / stock.adobe.com

seis quilômetros é uma das grandes atrações


turísticas da Região.
(EF05GE03)
Identificar as formas e
©Lucas / stock.adobe.com

funções das cidades e


analisar as mudanças
Encontro das águas do Rio Solimões com as
águas do Rio Negro
sociais, econômicas e
ambientais provocadas
Formando Cidadãos 40 Geografia • 5o Ano
pelo seu crescimento.
FC_GEO_5F_U2.indd 40 09/11/2021 14:35:30

SUGESTÃO DE ATIVIDADE 2. Responda às perguntas a seguir.


a. Onde está instalada a Usina Hidrelétrica de
1. Fale um pouco sobre a pororoca. Balbina?

O fenômeno conhecido por pororoca acontece devi- No Rio Uatumã, um dos afluentes da Bacia

do ao encontro das correntes marítimas e fluviais. O Amazônica.

termo pororoca é de origem tupi e significa estrondo.

117

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Vegetação 41

©Toniflap / stock.adobe.com
A grande parte da Região Norte é ocupada pela
maior floresta equatorial do mundo — a Floresta
Amazônica —, que possui distinções quanto à for-
mação vegetal, que varia de acordo com a altitude
do relevo. Em razão disso, a floresta é classificada
em quatro tipos:
©vaclav / stock.adobe.com

Floresta semiúmida
Corresponde a um tipo de vegetação de
transição entre outros biomas; sua cobertura
vegetal é composta por árvores com alturas
que variam de 15 a 20 m com troncos finos e
copas restritas.

Mata de igapó
BNCC

©JAK / stock.adobe.com
Vegetação que ocupa as partes mais baixas
do relevo, que estão permanentemente alaga- (EF05GE01)
das pelas águas dos rios.
Descrever e analisar
dinâmicas populacionais
©vaclav / stock.adobe.com

na Unidade da Federação
em que vive, estabele-
cendo relações entre
migrações e condições de
Mata de terra firme
infraestrutura.
A vegetação se localiza em áreas livres das
cheias dos rios, onde as maiores árvores, com
copas enormes, aparecem.
(EF05GE03)
Identificar as formas e
Mata de várzea
Vegetação que ocupa áreas mais elevadas, funções das cidades e
que sofrem inundações durante o período de analisar as mudanças
cheia dos rios.
sociais, econômicas e
ambientais provocadas
Formando Cidadãos 41 Geografia • 5o Ano
pelo seu crescimento.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Oriente os alunos a realizar uma pesquisa so-
bre o Rio Amazonas em que deverá constar onde
nasce, qual sua extensão, que estados atravessa,
quais são seus principais afluentes, etc.
Forme duplas, peça que leiam e respondam às
atividades sugeridas e confrontem as respostas
com as de outros colegas.

118
118

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A biodiversidade da Floresta Atividades
42
Amazônica
1. Coloque V, se a frase for verdadeira, e F, se

©prasitphoto / stock.adobe.com
©Anna ART / stock.adobe.com

for falsa.

F Na Região Norte, o clima é frio o ano todo.

A Floresta Amazônica, além de se localizar V A vegetação é composta de mangues, cer-


na Região Norte, estende-se pelos estados do rados, Floresta Amazônica e campos.
Maranhão e de Mato Grosso e além dos limites V Em alguns trechos da Região, o clima é
do território brasileiro: pela Venezuela, Colôm- tropical.
bia, Peru, Equador, Bolívia, Guiana, Suriname e V A vegetação predominante da Região é a
Guiana Francesa. Floresta Amazônica.
F A friagem acontece durante todo o ano.
©martin schneiter / stock.adobe.com

2. Escreva as características dos tipos de mata


que se encontram na Floresta Amazônica, crian-
do uma legenda para cada imagem.
©Fernando Martinho / stock.adobe.com
BNCC
(EF05GE01)
Descrever e analisar
Mata de Várzea
dinâmicas populacionais
Nela, existem milhares de espécies de animais Sugestão de resposta: É uma mata que se locali- na Unidade da Federação
e plantas. Muitos estrangeiros têm interesse
em conhecer as belezas desse extraordinário za em áreas que são alagadas apenas no período
em que vive, estabele-
ecossistema, onde há muitas riquezas, como as cendo relações entre
matérias-primas vegetais, das quais os povos de cheia dos rios.
tradicionais da região tiram seu sustento. migrações e condições de
©Fotos 593 / stock.adobe.com
Uma das soluções encontradas para evitar a infraestrutura.
devastação da floresta foi a adoção do desen-
volvimento sustentável, cujo objetivo é utilizar
os recursos naturais racionalmente, isto é, sem (EF05GE03)
destruir nem causar danos ao meio ambiente. Mata de Igapó
Identificar as formas e
Localiza-se próximo aos rios em terrenos baixos,
Muitas comunidades que vivem da floresta já funções das cidades e
exploram seus recursos de forma sustentável,
respeitando a natureza, porém muito mais
sempre alagados. analisar as mudanças
ainda precisa ser feito. sociais, econômicas e
ambientais provocadas
Formando Cidadãos 42 Geografia • 5o Ano
pelo seu crescimento.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Se houver trechos de Floresta Amazônica em
sua cidade, procure ver a possibilidade de uma
visita com os alunos. Será interessante que eles
possam visualizar a diversidade de fauna e flora
que a Floresta oferece de modo prático e dinâmi-
co. Caso não seja possível a realização de uma vi-
sita, realize uma aula externa expondo elementos,
em imagens e cartazes, com espécies amazônicas
de vegetais e animais e as medidas de prevenção
adotadas pelo governo para evitar a extinção
desse ecossistema.

119

FC_ME_GEO 5F_UNIDADE2 119 08/06/2022 19:34


3. Pesquise, no texto, e responda. d. Onde está instalada a Usina Hidrelétrica de
43
Tucuruí?
a. Qual é a principal bacia hidrográfica da Região
Norte? Na bacia do Tocantins.

É a Bacia do Rio Amazonas.

b. Como se chama e onde está localizada a e. Onde está localizado o Planalto Central?
maior ilha fluvial do mundo?
Localizado ao sul da Região Norte, abrange o
Chama-se Ilha do Bananal e está localizada na
sul do Amazonas e do Pará e a maior parte dos
Bacia do Rio Tocantins.
estados de Rondônia e do Tocantins.

c. Cite as principais formas de relevo da Região


Norte. 4. Escreva V, para verdadeiro, e F, para falso.

Planícies, planaltos e depressões. F O Rio Tocantins é o principal rio da Região


Norte.
BNCC
V A Ilha de Marajó situa-se junto à foz do Rio (EF05GE01)
Amazonas.
5. Observe o mapa de hidrografia da Região Norte.
Descrever e analisar
dinâmicas populacionais
a. Circule, no mapa ao lado, o Rio
Amazonas e escreva o nome de
na Unidade da Federação
alguns de seus afluentes. em que vive, estabele-
cendo relações entre
migrações e condições de
Rio Solimões, Rio Madeira, infraestrutura.

Rio Juruá, Rio Negro, Rio


(EF05GE03)
Tapajós Identificar as formas e
funções das cidades e
analisar as mudanças
sociais, econômicas e
ambientais provocadas
Formando Cidadãos 43 Geografia • 5o Ano
pelo seu crescimento.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Converse com as crianças sobre o que signifi-
ca a palavra biodiversidade. Anote as respostas
dos alunos na lousa. Previamente, escolha um
vídeo na Internet sobre o assunto. Assista ao vídeo
escolhido com a turma e, depois de os alunos
responderem, reflitam sobre o vídeo e pesquisem
no dicionário o conceito de biodiversidade.

120
120

FC_ME_GEO 5F_UNIDADE2 120 08/06/2022 19:34


FUNDAMENTAÇÃO
COMPETÊNCIA DO PROFESSOR: UM DILEMA PARA O GESTOR

dglimages / stock.adobe.com
Como é possível uma pessoa incapaz de trocar o pneu de seu automóvel se dispor a trocar o pneu
do carro de sua linda vizinha, que, com voz insinuante, solicita ajuda? É evidente que este singelo caso
analisa a questão da “competência”, pois existe o desejo de solidariedade à amiga vizinha, impera a alta
autoestima de ser eleito o ajudante da hora difícil, prevalece a esperança de que tal ação possa gerar
sonhada recompensa, mas quando não se tem competência, o melhor a se fazer é assumir a limitação
e tratar o quanto antes de aprendê-la. O dilema da competência dos professores assume em cheio a
situação de grande parte dos gestores educacionais, seja no cargo de Diretores ou de Coordenadores.
Perceba por quê. Segundo a pesquisa “Perfil dos Professores Brasileiros”, desenvolvida com a seriedade
da Unesco, Competência do professor: um dilema para o gestor, constata-se que 81% dos educadores
cursaram o Ensino Fundamental na escola pública e quase 70% dos meninos, também na escola públi-
ca, concluíram o Ensino Médio. Com pesquisas menos idôneas, aferidas por meio dos testes Pisa, apli-
cado a cada 3 anos pela OCDE, mostram que o desempenho dos alunos de nossas escolas públicas é
extremamente fraco. Instala-se o dilema: como prover um ensino de qualidade, em escolas públicas, ou
particulares, com a baixa qualificação dessa limitada mão de obra?
Parece que a solução do problema, ainda que lenta e difícil, encontra-se na mão do gestor dessa
escola, aqui representado pela figura do diretor, coordenador ou quem quer que, com título ou não,
seja a figura que de maneira mais direta responda pela qualidade do ensino. Pois, se a formação do
professorado brasileiro, com honrosas e dignas exceções, é muito ruim, e se quer ensino de qualidade,
é essencial que se busque aprimorar a competência desse trabalho. Mas, como fazê-lo? Duas medidas
essenciais, seguidas de outras um pouco menos relevantes, necessitam serem levadas em conta: ava-
liação constante e premiação pelo mérito, seguidas de um esforço e empenho no aprimoramento e no
progresso dessa equipe educadora. Para esse empenho e esse processo, é essencial muita leitura, signi-
ficativos debates, cotidianas reflexões sobre a prática pedagógica e a sumária e imediata eliminação de
“aulas com portas fechadas”.

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FC_ME_GEO 5F_UNIDADE2 121 08/06/2022 19:34


15ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Semana de revisão.

2º DIA
Semana de revisão.

3º DIA
Semana de revisão.

4º DIA
Semana de revisão.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

122

FC_ME_GEO 5F_UNIDADE2 122 08/06/2022 19:34


DINÂMICA

BOLA NO POLEGAR

Escreva várias perguntas sobre o conteúdo que está sendo estuda-


do em uma bola ou cole papéis nela. Reúna os alunos em um círculo e
jogue a bola para um. Quando um aluno pegá-la, ele deve responder
à questão que está embaixo do seu polegar direito. Continue o jogo
passando a bola para os colegas da turma e encerre quando todas as
perguntas forem respondidas.

Disponível em: <https://www.dombosco.com.br/noticias/7-dinamicas-para-os-profes-


sores-realizarem-em-sala-de-aula.html>. Acesso em: 24 jan. 2022

stockyimages / stock.adobe.com

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FC_ME_GEO 5F_UNIDADE2 123 08/06/2022 19:34


SEMANA DE REVISÃO 5 Manaus

Unidade 2 7
Macapá
• A população brasileira 1
Boa Vista
• Diferenças étnico-culturais e desigualdades
sociais 6
Porto Velho
• A Região Norte
• Aspectos físicos da Região Norte 2
Rio Branco

1. Pinte o quadro que define o que é 3


Belém
miscigenação.
4
Palmas
Miscigenação é a mistura de raças,
de povos de várias etnias.
5. Em que áreas da Região Norte ocorre uma maior
concentração de pessoas?
Miscigenação é a mistura de raças
O maior contingente populacional ocorre nas
entre duas etnias.

áreas urbanas, especialmente nas capitais e nas


2. Cite dois problemas causados pela desigualda-
de social. margens dos rios, onde vivem as populações

Fome e doenças ribeirinhas.

3. Circule a alternativa que representa a distribui-


ção de renda no Brasil.
6. Escreva, abaixo, as principais características
a. Poucas pessoas têm muito, e muitas pessoas populacionais da Região Norte.
têm pouco.
O clima predominante é o equatorial, cuja carac-
b. Muitas pessoas têm muito, e poucas pessoas
têm pouco. terística principal é ser quente e úmido, ocasio-

4. Numere a segunda coluna de acordo com a nando grande evaporação das águas dos rios e
primeira.
1 Roraima (RR) evapotranspiração dos seres vivos ao longo do
2 Acre (AC)
3 Pará (PA) dia. Também é comum a ocorrência de chuvas de
4 Tocantins (TO)
5 Amazonas (AM) convecção, ou chuvas de hora certa.
6 Rondônia (RO)
7 Amapá (AP)

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FC_ME_GEO 5F_UNIDADE2 124 08/06/2022 19:34


FUNDAMENTAÇÃO
GAIOLAS OU ASAS?
O VOO, SIGNO DA LIBERDADE, SÓ PODE SER ENCORAJADO
Rubem Alves

Os pensamentos me chegam inesperadamen- feria precisam ser educados para melhorar de vida.
te, na forma de aforismos. Lichtenberg, William De acordo. Uma boa educação abre os caminhos de
Blake e Nietzsche frequentemente eram também uma vida melhor. Mas pergunto: nossas escolas dão
atacados por eles. “Atacados” porque surgem re- uma boa educação? O que é uma boa educação?
pentinamente, com a força de um raio. Aforismos Os burocratas pressupõem que os alunos
são visões: fazem ver, sem explicar. Ontem, este ganham boa educação se aprendem os conteúdos
aforismo me atacou: “Há escolas que são gaiolas. dos programas oficiais. E, para testar a qualidade
Há escolas que são asas”. da educação, criam mecanismos, provas, avalia-
Escolas-gaiolas existem para que os pássaros ções, acrescidos dos novos exames elaborados
desaprendam a arte do voo. Pássaros engaiolados pelo Ministério da Educação.
são pássaros sob controle. Seu dono pode levá- Professoras são obrigadas a ensinar o que os
-los aonde quiser. Deixaram de ser pássaros, pois programas mandam, sabendo que é inútil. Bruno
a essência dos pássaros é o voo. Escolas-asas não Bettelheim relata sua experiência: “fui forçado a
amam pássaros engaiolados. estudar o que os professores haviam decidido que
Amam os pássaros em voo. Ensinar o voo não eu deveria aprender e aprender à sua maneira”.
podem, porque o voo já nasce dentro dos pássa- O sujeito da educação é o corpo, é nele que
ros. O voo só pode ser encorajado. está a vida. É o corpo que quer aprender para
Esse simples aforismo nasceu de um sofrimen- poder viver. A inteligência é um instrumento do
to: sofri conversando com professoras de Ensino corpo cuja função é ajudá-la a viver. Nietzsche
Médio, em escolas de periferia. Seus relatos são dizia que a inteligência era “ferramenta” e “brin-
de horror e medo. Balbúrdia, gritaria, desrespeito, quedo” do corpo. Nisso se resume o programa
ofensas, ameaças. E elas, timidamente, pedindo educacional do corpo: aprender “ferramentas” e
silêncio, tentando fazer as coisas que a burocracia “brinquedos”. “Ferramentas” são conhecimentos
determina: dar o programa, fazer avaliações. que nos permitem resolver os problemas vitais
Ouvindo seus relatos, vi uma jaula cheia de do dia a dia. “Brinquedos” são aquelas coisas que,
tigres famintos, dentes arreganhados, garras à não tendo utilidade como ferramentas, dão prazer
mostra — e as domadoras com seus chicotes, e alegria à alma. No momento em que escrevo,
fazendo ameaças fracas demais para a força dos ouço o coral da Nona Sinfonia. Não serve para
tigres... Sentir alegria ao sair de casa para ir à nada. Mas enche a minha alma de felicidade. Nes-
escola? Ter prazer em ensinar? Amar os alunos? sas duas palavras, ferramentas e brinquedos, está
O seu sonho é livrar-se de tudo aquilo. Mas não o resumo da educação.
podem. A porta de ferro que fecha os tigres é a Ferramentas e brinquedos não são gaiolas. São
mesma que as fecha com os tigres. Violento é o asas. Ferramentas permitem voar pelos caminhos
pássaro que luta contra os arames da gaiola ou a do mundo. Brinquedos permitem voar pelos cami-
gaiola que o prende? nhos da alma. Quem está aprendendo ferramentas
Violentos são os adolescentes de periferia ou as e brinquedos está aprendendo liberdade, não fica
escolas? Alguns dirão que os adolescentes de peri- violento. Fica alegre, vendo as asas crescerem.

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FC_ME_GEO 5F_UNIDADE2 125 08/06/2022 19:34


16ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

2º DIA
Geografia: Economia da Região Norte – página 44

Orientação didática:
• Apresente o quadro econômico da Região Norte enfatizando a sua riqueza mineral. Destaque as princi-
pais zonas de comércio da Região Norte, bem como os seus meios de transporte e de comunicação.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e História.

3º DIA
Geografia: Economia da Região Norte – página 45

Orientação didática:
• Mostre que, ao lado das grandes riquezas, a Região Norte enfrenta grandes problemas, como a devas-
tação da floresta e a invasão das terras dos indígenas.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

4º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

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FC_ME_GEO 5F_UNIDADE2 126 08/06/2022 19:34


DINÂMICA

GINCANA DAS QUALIDADES


Separar a turma em pequenos grupos, de preferência sorteando os membros de maneira aleatória.
Cada grupo deverá elencar um número igual de qualidades que cada um tem. Por exemplo: João possui
5 qualidades (citar as cinco), Maria também possui 5 qualidades (citar as 5, algumas são iguais, outras
diferentes de João), Carlos também possui 5 (umas iguais a João, outras iguais a Maria). A ideia é que,
inicialmente, cada um diga uma qualidade que tem, seguindo uma ordem. Mas, aos poucos, os próprios
membros do grupo deverão reconhecer no outro uma qualidade que ele ainda não viu.
Cada grupo deverá receber uma ficha:

Carlos Maria João Ana Joana

Depois de 10 ou 15 minutos, o(a) professor(a) vai pedir que pare a tarefa para identificar qual foi o
grupo que conseguiu ver mais qualidades nos seus membros.

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FC_ME_GEO 5F_UNIDADE2 127 08/06/2022 19:34


Economia da Região Extrativismo vegetal 44
Norte

©suparat malipoom/EyeEm / stock.adobe.com


Atualmente, a madei-
ra é o principal produto
As atividades econômicas mais importantes extrativo. A atividade se
da Região Norte são o extrativismo e a indústria, concentra nos estados do
sendo, também, fundamental a contribuição da Pará, do Amazonas e de
agricultura, da pecuária e do ecoturismo. Rondônia. Também são
explorados o látex, para
Extrativismo animal a produção de borracha;
a castanha; as semen-
Representado pela pesca. O produto dessa tes oleaginosas; ervas
atividade, geralmente, vem completar a ali- medicinais, entre outros
mentação do habitante do Norte, juntando-se, recursos.
em sua mesa, ao arroz, à abóbora, ao feijão, ao
milho, à banana, etc.
Agricultura

Extrativismo mineral A agricultura é marcada pela variedade dos


cultivos e pelo uso de máquinas agrícolas. As
O extrativismo mineral é caracterizado pela lavouras mais comuns são as de arroz, guaraná,
exploração de recursos minerais do solo e do cacau, mandioca, maracujá, cupuaçu, coco e BNCC
subsolo. pimenta-do-reino. Atualmente, o cultivo de maior (EF05GE03)
Por ser considerada uma região com uma das destaque é a soja, especialmente no estado do
maiores reservas minerais do mundo, a Região Tocantins (TO). Outra região que vem se desta- Identificar as formas e
Norte tem um extrativismo mineral que vem con- cando na agricultura é o Estado de Rondônia. funções das cidades e
quistando uma importância cada vez maior: O desenvolvimento dessa atividade econômi-
ca acarretou grande devastação ambiental nos analisar as mudanças
• Na Serra dos Carajás (PA) – diamantes, alu-
mínio, estanho e ferro em grande escala.
estados que fazem parte da Amazônia Legal (Mato sociais, econômicas e
Grosso, Pará, Tocantins, Maranhão e Rondônia).
• Na Serra do Navio (AP) – manganês, bauxita e ambientais provocadas
níquel.
pelo seu crescimento.
• No Amazonas (AM) – petróleo (município de
Coari) e gás natural (Campo de Urucu).
Porém, tem causado danos ambientais (EF05GE05)
irreversíveis.
Identificar e comparar
©dusanpetkovic1 / stock.adobe.com
©nordroden / stock.adobe.com

as mudanças dos tipos


de trabalho e desenvol-
vimento tecnológico na
agropecuária, na indús-
Formando Cidadãos 44 Geografia • 5o Ano
tria, no comércio e nos
serviços.
FC_GEO_5F_U2.indd 44 20/11/2021 10:49:37

SUGESTÃO DE ATIVIDADE

1. O extrativismo é tão importante para a Região Norte em virtude de quê?

Sugestão de resposta: Em virtude da imensa diversidade da flora e da fauna da Floresta Amazônica e

das grandes jazidas de minerais.

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Pecuária Turismo 45
A paisagem predominante na Região Norte — É cada vez maior o número de turistas que
a grande Floresta Amazônica — não é propícia à visitam os estados do Norte atraídos pelas belezas
criação de gado. Apesar disso, a implantação de naturais e culturais do local. Os turistas se encan-
projetos agropecuários vem estimulando essa tam ao conhecer o magnífico bioma Amazônia e ao
atividade ao longo das rodovias Belém-Brasília e realizar atividades como a navegação fluvial em
Brasília-Acre. barcos típicos da Região.
É importante salientar que, de todas as ativida- Alguns dos pontos turísticos de destaque na
des econômicas, a mais prejudicial à floresta é a Região Norte:
pecuária, porque devasta grandes trechos da mata.

©Christian / stock.adobe.com
No Amazonas: a Zona
©anon / stock.adobe.com

Franca de Manaus, a
Festa de Parintins e o
Teatro Amazonas. Teatro Amazonas
— Manaus/AM

©Rodrigo / stock.adobe.com
No Pará: o Mercado
Ver-o-Peso, o Theatro
da Paz, as praias e
os campos da Ilha de Mercado Ver-o-Peso BNCC
Indústria Marajó. – Belém/PA
(EF05GE03)

©Rafael / stock.adobe.com
O setor industrial se localiza, em grande Identificar as formas e
parte, na Zona Franca de Manaus. É formado Passeio pela Floresta funções das cidades e
por indústrias de bens de consumo que utilizam Amazônica.
matérias-primas dos extrativismos vegetal,
Floresta Amazônica, analisar as mudanças
no Pará
animal e mineral sociais, econômicas e
©piluscava / stock.adobe.com

©Silvia / stock.adobe.com
da Região. Na Zona Cachoeira da Velha (TO)
Franca, também é É uma das maiores
ambientais provocadas
possível encontrar atrações turísticas. A pelo seu crescimento.
muitas indústrias de cachoeira é formada
equipamentos ele- por duas quedas em
troeletrônicos e de forma de ferradura. Cachoeira da velha (EF05GE05)
informática. – Mateiros/TO
Identificar e comparar
©Pulsar Imagens / stock.adobe.com

Comércio e prestação de serviços A cultura envolvente da


Região Norte favorece o
as mudanças dos tipos
As atividades ligadas ao setor de serviços, como seu turismo. As danças, de trabalho e desenvol-
bancos, escolas e universidades, concentram-se, as lendas, a gastronomia, vimento tecnológico na
principalmente, nas capitais, que apresentam o o artesanato e os folgue- Festa do boi garanti-
comércio mais desenvolvido. dos atraem muita gente. do – Parintins/AM agropecuária, na indús-
Formando Cidadãos 45 Geografia • 5o Ano
tria, no comércio e nos
serviços.
FC_GEO_5F_U2.indd 45 20/11/2021 10:49:44

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Monte, na sala de aula, um painel com os


minerais extraídos na Região Norte que mostre,
também, os locais onde são extraídos tais mine-
rais. Após a visualização dos aspectos físicos e
MIGUEL GARCIA SAAVED / stock.adobe.com

dos materiais extraídos, solicite uma pesquisa aos


alunos sobre o modo de vida das pessoas que vi-
vem nesses locais, ressaltando o aspecto humano.

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FUNDAMENTAÇÃO
UMA ESCOLA PARA A PAZ
A ESCOLA DEVE SER UM CANAL PARA DISCUTIR A CIDADANIA E ENCONTRAR ALTERNATIVAS
PARA UM MUNDO SEM VIOLÊNCIA

Uma reflexão sobre o legado que o século XX nos deixa deve partir do reconhecimento de que a
violência presente em todas as dimensões da vida humana aprofundou-se, sobretudo, a partir dos anos
50. As transformações técnico-científicas aceleraram-se e a escola não acompanhou esse desenvol-
vimento, ficando relegada a segundo plano. Nos últimos quatro anos, a educação tornou-se pauta de
discursos chegando à grande mídia como uma das possibilidades de resgatar valores e criar o novo.
O século XXI, diante de nós, será um tempo de reflexão sobre saber conviver e construir a paz. O
relatório para a Unesco, da Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI — um dos quatro
pilares da educação —, chama-nos atenção pela pertinência do tema em um mundo em que as relações
sociais, políticas e econômicas se deterioram cotidianamente: “O mundo atual é, muitas vezes, um mun-
do de violência que se opõe à esperança.”
Nem sempre as piores formas de violência estão aparentes. Por vezes, estão camufladas no centro
das relações sociais e humanas. Para construirmos a paz, faz-se necessário desmascararmos as vá-
rias formas de violência. Incluirmos os excluídos, sobretudo milhares de crianças que vivem nas ruas à
própria sorte, marginalizados, trabalhadores desempregados, sem-teto e sem-terra. Um dos caminhos é
um debate sobre um projeto de vida que seja capaz de abrir possibilidades.

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A escola deve ser um canal que possa discutir A escola pode contribuir para a construção
a cidadania, espaço em que a criatividade seja de uma cultura da esperança que torna necessa-
aguçada para encontrarmos alternativas viáveis riamente uma via de construção da paz. E a paz
de construção da paz e da esperança. Somos é possível. Cultivarmos a esperança de viven-
resultado de uma sociedade mal resolvida que ciarmos a paz na sua plenitude é uma forma de
não conseguiu transpor igualdade de oportuni- sonhar. Não podemos perder o desejo de sonhar.
dades para todos e que sofreu uma dupla forma Sonhar pela paz afasta-nos das formas de vio-
de violência: a exclusão do ter oportunidade e a lência. A paz é o anseio mais profundo da vida,
exclusão do ser plenamente sujeito. pois cria laços de solidariedade, ternura e har-
Violência e paz é um binômio da vida psíquica monia social.
que tem a possibilidade de destruir e construir.
Incorporar esse debate na escola, por meio de MENEZES, Luís Carlos de. Revista Educação na Rede.
um projeto interdisciplinar, é fundamental para Ano 26, n. 226, fevereiro, 2000.
podermos, em comunidade, analisar todas as
possibilidades de socialização de vida. Estar
junto dos outros é fundamental, pois “ninguém
liberta ninguém, ninguém se liberta sozinho: os
homens se libertam em comunhão”, como disse
Paulo Freire.
A Fundação Abraham Kasinski desenvolve um
projeto que objetiva a integração da família e
comunidade à realidade escolar. Esse projeto,
intitulado Convivendo e Aprendendo em Família,

Di Studio / stock.adobe.com
aborda situações-problema comuns à interação
pai-filho, professor-aluno, escola-pais, nas quais
as orientações, os temas ou os fatos são relata-
dos e estudados a fim de proporcionar maior e
melhor integração, conscientização a respeito da
educação, levando esse público-alvo a aprimorar
e a assumir seu papel de cidadão e coparticipante
da nossa sociedade.
Hoje, mais do que nunca, é necessário orientar-
mo-nos para criar uma cultura da esperança pela
paz. A esperança é um imperativo existencial e
histórico. Construímos uma sociedade sem har-
monia na sua essência relacional. Uma estrutura
voltada para a esperança impulsionará para uma
ação conjunta na sua forma de atuação, mas
também pessoal, por existir uma razão interna e
motivadora de busca da paz.

131

FC_ME_GEO 5F_UNIDADE2 131 08/06/2022 19:34


17ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

2º DIA
Geografia: Economia da Região Norte – página 46

Orientação didática:
• Leve informações sobre a Zona Franca de Manaus, explicando suas características, tipos de investi-
mento que lá existem e sua função na economia geral do país.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e História.

3º DIA
Geografia: Economia da Região Norte – página 47

Orientação didática:
• Debata a função da Zona Franca, de integração da Amazônia ao resto do Brasil, a proposta de prorro-
gação de seu formato até o ano de 2073 e, sobretudo, a proposta de atividade industrial e preservação
da área florestal. Esse será um interessante ponto de partida para uma reflexão sobre o desenvolvi-
mento humano e a preservação da natureza.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

4º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

132

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DINÂMICA
SOLTANDO A IMAGINAÇÃO
MATERIAL:
Lenços.

FAIXA ETÁRIA:
Todas as idades, mas atenção, se for realizar a atividade com crianças pequenas, redobre a atenção
para que elas não se machuquem.

OBJETIVO:
Aperfeiçoar a audição e melhorar a percepção.

DESENVOLVIMENTO:
Forme duplas com os participantes. Eles deverão ficar distribuídos pelo local do encontro com os
olhos vendados. As duplas deverão se encontrar e, para isso, um dos integrantes deverá fazer um som,
imitando, por exemplo, um pássaro ou um animal.
Se quiser, pode cantar uma música, assoviar ou fazer o som que sua imaginação mandar.
O outro integrante da dupla, ao reconhecer a voz do parceiro, deverá reproduzir o mesmo som e
encaminhar-se pelo local até formar a dupla.
Refaça as duplas e comece tudo de novo.

APLICAÇÃO:
Às vezes, convivemos muito tempo com uma pessoa, sem ao menos conhecer sua voz, suas prefe-
rências ou ao menos uma particularidade dessa pessoa. Procure conhecer melhor as pessoas de sua
convivência, você irá descobrir que elas são bem mais do que você imagina!

LARANJEIRA, Priscila R. Aguiar. Atividades recreativas para todas as idades. Curitiba: A. D. Santos Editora, 2009.

133

FC_ME_GEO 5F_UNIDADE2 133 08/06/2022 19:34


Atividades 5. Que tipo de indústria encontramos na Zona
46
Franca de Manaus?

1. De acordo com o que você leu, responda.


Indústrias de bens de consumo, de ele-
a. Qual é a base econômica da Região Norte?
troeletrônicos e de informática.
São os extrativismos animal, vegetal e mineral.

2. Numere de acordo com o tipo de atividade.

1. Extrativismo animal
2. Extrativismo vegetal
3. Extrativismo mineral
6. Das atividades econômicas, qual é a mais pre-
3 Envolve exploração de ouro, ferro, alumínio judicial à floresta? Por quê?
e manganês.

2 Explora espécies vegetais. A pecuária, porque devasta grandes tre-


BNCC
1 A principal atividade é a pesca. chos da mata. (EF05GE03)
Identificar as formas e
3. Quais são os principais produtos agrícolas da
Região Norte? funções das cidades e
analisar as mudanças
Mandioca, pimenta-do-reino, cacau, guaraná e
sociais, econômicas e
malva. ambientais provocadas
7. Onde se localizam as atividades ligadas ao pelo seu crescimento.
setor de serviços da Região Norte?

4. Quais são os principais produtos minerais? Concentram-se, principalmente, nas capitais, que EF05GE05)
Diamantes, alumínio, estanho, ferro, manganês, apresentam o comércio mais desenvolvido. Identificar e comparar
as mudanças dos tipos
bauxita, níquel, petróleo e gás natural.
de trabalho e desenvol-
vimento tecnológico na
agropecuária, na indús-
Formando Cidadãos 46 Geografia • 5o Ano
tria, no comércio e nos
serviços.
FC_GEO_5F_U2.indd 46 20/11/2021 10:49:44

SUGESTÃO DE ATIVIDADE

1. Ordene as letras a seguir e descubra algumas danças típicas da Região Norte.

a. R C A I B M Ó Carimbó

b. D A C R I N A Ciranda

c. J A R A M U A D Marujada

d. U M Á B B - i B O Boi-bumbá

134
134

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8. Leia o texto e responda às perguntas. 9. Sabemos que a cultura da Região Norte é mui- 47
to conhecida em todo o Brasil. Após pesquisas,
A devastação da Floresta Amazônica cite algumas manifestações culturais:

A devastação da Floresta Amazônica tem


aumentado devido à expansão de atividades Lendas
agropecuárias na Região. Os fazendeiros derru-
Lendas como a da Iara, da Cobra Norato, do
bam a vegetação e provocam queimadas com
o objetivo de aumentar ou renovar áreas de
Barba Ruiva, da Vitória-régia, do Curupira e
cultivo e de pastagens. Porém, algumas vezes,
as queimadas ficam incontroláveis e destroem
do Uirapuru.
grandes áreas de floresta, deixando a flora e a
fauna em risco de extinção.
A devastação também é causada pelo garimpo
ilegal, pela exploração ilegal de madeira, pelo
avanço das cidades e pela industrialização nas Artesanato
áreas urbanas.
Peças com palha e cerâmica.

a. Por que a devastação da Floresta Amazônica


tem aumentado?
BNCC
Devido à expansão de atividades agropecuárias,
(EF05GE03)
Gastronomia
ao garimpo ilegal, à exploração ilegal de madeira Identificar as formas e
Pato ao tucupi, caldeirada de tucunaré, ma- funções das cidades e
e à industrialização na Região.
niçoba, tacacá e tartaruga ensopada. analisar as mudanças
sociais, econômicas e
b. Qual é o objetivo dos fazendeiros ao derrubar ambientais provocadas
a vegetação e provocar queimadas? Folguedos e festas pelo seu crescimento.
O objetivo é aumentar ou renovar áreas de culti- Círio de Nazaré e Festival Folclórico de
EF05GE05)
vo e de pastagens. Parintins.
Identificar e comparar
c. O que a destruição da Floresta Amazônica as mudanças dos tipos
pode ocasionar?
10. Cite um ponto turístico da Região Norte que
de trabalho e desenvol-
Pode colocar a flora e a fauna em risco de mais chamou sua atenção. vimento tecnológico na
extinção. Resposta pessoal agropecuária, na indús-
Formando Cidadãos 47 Geografia • 5o Ano
tria, no comércio e nos
serviços.
FC_GEO_5F_U2.indd 47 20/11/2021 10:49:44

SUGESTÃO DE ATIVIDADE

1. Escreva a resposta a cada uma das perguntas a seguir.

a. Em que época a Região Norte atraiu muita gente?

Na época de grande extração da borracha.

b. O que esse ciclo de sua economia ocasionou?

O desenvolvimento de vários centros urbanos.

c. O que foi erguido nessa época?


Alguns dos mais bonitos teatros do Brasil foram erguidos na região.

135

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FUNDAMENTAÇÃO
O PROFESSOR EMPREENDEDOR PRECISA APRENDER A SONHAR

“Se você não tem uma visão do futuro, está condenado a viver eternamente a
repetição do passado”.
A. R. Bernard

Uma educação empreendedora só se faz com pessoas sonhadoras, com pessoas que tenham como
sonho a transformação dos meios para alcançar o idealizado, que acreditem em seus talentos, que de-
senvolvam suas competências, que aprimorem habilidades e que, sobretudo, tenham a educação como
instrumento de desenvolvimento do ser espiritual.
A escola do século XXI precisa de educadores visionários, verdadeiros empreendedores. São estes,
sim, os grandes transformadores do presente, que trazem o futuro para hoje, que aliam sonho e compe-
tência, que não enxergam apenas os seus limites, mas imaginam como superá-los.

“Algumas pessoas veem as coisas como são e perguntam: Por quê?


Eu sonho com as coisas que nunca existiram e pergunto: Por que não?”.
Bernard Shaw

Uma escola empreendedora precisa acreditar e investir no professor.


Não há tecnologia educacional que dê certo sem o professor. Não há proposta pedagógica, nem
Plano Curricular, nem Metas do Plano de Desenvolvimento da Educação que funcionem sem a efetiva
participação do professor.
Não há educação que se sustente sem que se invista no aprimoramento e na valorização do
professor.
Mas também não merece a reverência deste título aquele que, tendo consciência da sua importância
na transformação da sociedade, não a inicia por si próprio.
É preciso que a escola invista mais no professor.
É preciso que o professor invista mais em si próprio.
Investir no professor é disponibilizar meios para a sua capacitação e atualização profissional, por
meio de cursos, encontros para estudos e debates, incentivo à leitura. Quanto maior forem o conhe-
cimento dos recursos próprios e a democratização da informação, maior será a sua flexibilidade e a
possibilidade de sucesso.
Ninguém deixa de fazer o melhor simplesmente porque quer.
Só deixa de fazer porque não sabe.

136

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Ninguém deixa de alcançar suas metas na vida
porque quer, ainda que boa parte lance mão de
justificativas, ninguém quer ser o autor de ações
fracassadas. Isto só acontece quando se desco-
nhecem alternativas. Encontrar alternativas re-
quer criatividade.
Criatividade exige inovação, inovação exige
conhecimento.
Os dias de hoje são de grandes e maravilhosos
desafios.
Que não se pense em resolver problemas
novos com antigas soluções. É hora de deixar
o “antigamente” no passado, de entender que o
conhecimento se conquista todos os dias e que
o ideal de ontem pode não ser a melhor solução
para hoje.
O aluno de hoje quer um professor motivado,
sonhador, que acredite na força de seu traba-
lho, com atitudes inovadoras, desafiadoras e
não de um professor com atitudes e soluções
ultrapassadas.
Para alcançar metas empreendedoras na edu-
cação, tão esperadas pelos governos e desejadas
por todos nós, é preciso que cada escola, em
qualquer canto deste País, faça a sua parte.
É preciso que cada professor renove seus so-
nhos e refaça suas atitudes em sala de aula, que
invista em seus talentos e que isso lhe seja permi-
tido, sem culpas e sem medos. Não é provável que
se crie um castelo sem se sonhar com fadas...

Alliance / stock.adobe.com
Mas empreender sem competência é sonhar em
vão. Precisamos mudar coisas simples, investir em
novos conhecimentos, mudar atitudes e acreditar
que é possível realizar SONHOS.
Agora sim, começamos a ser empreendedores.

FREIRE, José Serrano. Seja o professor que você gostaria de


ter. 4ª ed. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2012.

137

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18ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

2º DIA
Geografia: Mudanças provocadas pelo crescimento das cidades – páginas 48 e 49

Orientação didática:
• Apresente aos alunos o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e explique sobre a sua
função e importância.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e História.

3º DIA
Geografia: Mudanças provocadas pelo crescimento das cidades – página 50 (primeira coluna)

Orientação didática:
• Separe a turma em grupos, peça que escolham uma cidade e falem sobre o crescimento dela.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

4º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

138

FC_ME_GEO 5F_UNIDADE2 138 08/06/2022 19:34


DINÂMICA

É PROIBIDO FALAR!
MATERIAL:
Cartões de papel. APLICAÇÃO:
É difícil participar de uma atividade onde é
FAIXA ETÁRIA: proibido falar? As expressões foram difíceis de
Todas as idades. serem passadas através de gestos? O que é mais
difícil: gesticular ou ficar sem falar? Como pode-
OBJETIVO: mos controlar a nossa língua? Como é que você
Aprimorar a percepção e a atenção. mais usa as suas palavras para abençoar ou para
desejar coisas más? Como podemos alegrar a
DESENVOLVIMENTO: Deus usando a nossa língua? Como podemos pra-
Separe os participantes em duas equipes. Esco- ticar o controle da nossa língua?
lha uma série de palavras ou expressões a se-
rem sorteadas (língua, controle, fale pouco, fale LARANJEIRA, Priscila R. Aguiar. Atividades recreativas para
todas as idades. Curitiba: A. D. Santos Editora, 2009.
somente o necessário, ele fala demais, amo você,
segure sua língua, a língua é um fogo, etc.)
Desenvolvimento: a atividade se inicia com o
sorteio do grupo que será o primeiro a designar
um de seus participantes para tentar acertar a
palavra ou expressão que o seu grupo irá tentar
passar para ele através de gestos (mímica).
O facilitador sorteia uma palavra ou expressão.
O participante destacado será chamado e seus
companheiros de equipe, ordenadamente, irão
interpretando por gestos a palavra combinada.
Ele a dirá tão logo a descobrir, tendo direito a
três tentativas, dentro do tempo estipulado pelo
facilitador.
A atividade prossegue com a atuação da outra
equipe. Prossiga pelo tempo desejado, cabendo
a vez de tentar acertar a mímica ora a um, ora a
outro grupo. Lembre que “é proibido falar”. BNP Design Studio / stock.adobe.com

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A hierarquia urbana 48
Mudanças provocadas Quanto mais uma cidade oferta bens e servi-
pelo crescimento das ços, maior sua influência na região em que está
cidades inserida e mais importante ela se torna na rede
urbana. Exemplos de elementos que aumentam
a importância de uma cidade nessa rede são
As metrópoles grandes universidades, centros de tecnologia e
pesquisa avançados, aeroportos com conexões
Metrópole é uma palavra que tem origem de voos para o exterior, etc.
grega na junção de metra (mãe, ventre) e polis

©kinwun / stock.adobe.com
(cidade), que pode se interpretar como cidade-
-mãe (de outras cidades). Ela é usada para
designar grandes cidades que exercem enorme
influência na região em que estão localizadas.
©Igor / stock.adobe.com

BNCC
São Paulo / SP - maior metrópole brasileira
(EF05GE03)
Região Metropolitana é o conjunto de cida- Identificar as formas e
des que são ligadas entre si, seja fisicamente, funções das cidades e
seja pelo fluxo de pessoas, de serviços e de pro-
dutos. Elas têm grande importância econômica, analisar as mudanças

©Gorodenkoff / stock.adobe.com
política ou cultural dentro das redes urbanas em sociais, econômicas e
que estão inseridas.
Normalmente, encontramos, nas metrópoles, ambientais provocadas
serviços mais especializados, centros comerciais pelo seu crescimento.
avançados com produtos mais sofisticados e com
infraestrutura mais desenvolvida. Graças a essa
facilidade de serviços, a população da metrópole (EF05GE05)
é bastante numerosa. Apesar da grande massa de
habitantes, as metrópoles também são frequenta-
Identificar e comparar
das por pessoas que moram em cidades vizinhas, as mudanças dos tipos
na área de sua influência. Mesmo sem morar nas
metrópoles, essas pessoas trabalham e resolvem
de trabalho e desenvol-
negócios nelas. O Instituto Brasileiro de Geografia e vimento tecnológico na
Estatística (IBGE) considera que, atualmente, nosso
país tem 76 regiões metropolitanas.
agropecuária, na indús-
Formando Cidadãos 48 Geografia • 5o Ano
tria, no comércio e nos
serviços.
FC_GEO_5F_U2.indd 48 20/11/2021 10:49:48

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Confeccione, com as crianças, um painel cro-
nológico, se possível com fotos antigas de locais
conhecidos no estado. É interessante que as
crianças compreendam as mudanças que ocorre-
ram no espaço cronologicamente.

140
140

FC_ME_GEO 5F_UNIDADE2 140 08/06/2022 19:34


Nesse conjunto de cidades que formam a rede urbana, estão as que se tornaram os centros mais
49
importantes do país, graças à sua dominação na circulação de pessoas, dinheiro, negócios e produtos
diversos. O órgão que determina a hierarquia urbana é o IBGE.
O crescimento populacional traz consigo vários problemas, de origem social, ambiental e econô-
mica, como, por exemplo, a poluição, os engarrafamentos, a violência, o desemprego, a desigual-
dade social, os locais inadequados para habitação, a saúde, a educação pública e a infraestrutura
deficientes.
Todos esses problemas estão interligados, e, por isso, existe uma necessidade de implementação
de políticas para a solução deles e para melhorar a qualidade de vida da população das cidades.

Observe o mapa da hierarquia urbana do Brasil.

Mapa da hierarquia urbana do Brasil

740 km

BNCC
(EF05GE03)
Identificar as formas e
funções das cidades e
analisar as mudanças
sociais, econômicas e
ambientais provocadas
pelo seu crescimento.

(EF05GE05)
Identificar e comparar
as mudanças dos tipos
de trabalho e desenvol-
vimento tecnológico na
Fonte: IBGE agropecuária, na indús-
Formando Cidadãos 49 Geografia • 5o Ano
tria, no comércio e nos
serviços.
FC_GEO_5F_U2.indd 49 04/02/2022 10:33

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Construa um gráfico com os alunos sobre o
crescimento da população brasileira, baseado no
último censo do IBGE. Depois, exponha-o na sala
e trabalhe fazendo comparativos entre os anos
e o número de habitantes. Se for possível, faça a
estimativa, também, por região.

141

FC_ME_GEO 5F_UNIDADE2 141 08/06/2022 19:34


Atividades
50
Transformações dos
1. O que é uma região metropolitana? espaços
É o conjunto composto pela metrópole e pelas Com o decorrer do tempo, os espaços humanos
sofrem transformações.
cidades que ela influencia.
Nos espaços mais urbanizados, onde há um fluxo
diverso de ideias e pessoas, essas mudanças
acontecem com ritmo mais acelerado do que em
2. O que torna uma cidade capaz de alcançar espaços que são ligados à tranquilidade da vida
importância dentro da hierarquia urbana? no campo. Por exemplo: na cidade, um prédio
de apartamentos que foi construído há dez anos
Quanto mais a cidade ofertar bens e serviços, pode ser derrubado amanhã e dar lugar a um
shopping novo em folha. Já no campo, um velho
como: universidades, centros de tecnologias e casarão do século XIX pode estar com as mes-
mas telhas de quando foi construído.
pesquisas avançados, aeroportos, etc. ©Dmitrijs Dmitrijevs / stock.adobe.com

BNCC
3. Liste alguns problemas que são consequência (EF05GE03)
do crescimento populacional.
Identificar as formas e
Sugestão de resposta: poluição, violência, en- funções das cidades e
Observando os espaços e sabendo quem
garrafamentos, desemprego, desigualdade promoveu mudanças neles (e quando estas analisar as mudanças
aconteceram), podemos entender a história do
local: saber como as pessoas viviam em outros
sociais, econômicas e
social, moradias inadequadas, saúde e educação
tempos e perceber melhor como é a dinâmica ambientais provocadas
precárias. da região nos dias de hoje. Para fazer essas
observações, podemos usar mapas antigos,
pelo seu crescimento.
fotos aéreas ou de satélite da paisagem e fo-
tografias tiradas pelas pessoas nos locais.
Analisando esses elementos, podemos per-
(EF05GE05)
ceber que a paisagem à qual estamos acostu- Identificar e comparar
4. Qual órgão determina a hierarquia urbana? mados nem sempre era (nem será) igual desde
as mudanças dos tipos
o início: podemos ver que, em alguns locais, a
O IBGE. avenida principal começou como uma estrada de trabalho e desenvol-
de barro, em que existia uma praça onde hoje
vimento tecnológico na
em dia existe um estacionamento, e que mesmo
onde está nossa casa era só um terreno vazio. agropecuária, na indús-
Formando Cidadãos 50 Geografia • 5o Ano
tria, no comércio e nos
serviços.
FC_GEO_5F_U2.indd 50 20/11/2021 10:49:50

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Procure, junto com as crianças, montar um
painel fotográfico de diferentes espaços do esta-
do onde moram.
Construa um infográfico explicando as diferen-
ças existentes nos espaços do estado. Ressalte os
motivos pelos quais essas diferenças acontecem.

142
142

FC_ME_GEO 5F_UNIDADE2 142 08/06/2022 19:34


FUNDAMENTAÇÃO

ORGANIZAÇÃO E ORIENTAÇÃO DOS CADERNOS E TRABALHO


Os cadernos bem organizados ajudam a criança a pensar. É preciso que os professores tenham
sempre isto em mente. Porém, a criança não consegue organizá-los sozinha e, para tanto, precisa da
orientação do professor.

PROCURE SEMPRE ENSINAR OS SEUS ALUNOS A:


• Escrever a data no início de cada tarefa, pois isto ajuda a criança a observar como ela progrediu,
olhando o que fez em cada data.
• Separar com um traço ou pulando uma linha o fim de uma tarefa e o início de outra.
• Ocupar a página inteira, sem avançar nas imagens.
• Colocar um cartão ou papelão embaixo da página na qual está escrevendo. Isto ajuda a evitar que o
resto do caderno fique marcado.

O PROFESSOR DEVE ORIENTAR IGUALMENTE OS ALUNOS LEMBRANDO QUE:


• Para que a escrita não se torne uma atividade cansativa, é muito importante o professor cuidar da
posição para a escrita, a qual deve proporcionar conforto para o aluno, ou seja, o aluno deve sentar-
-se de frente para a mesa, os pés apoiados no chão, caderno ligeiramente inclinado para a esquerda,
mão esquerda sobre o papel. Se o aluno for canhoto, a posição deve, evidentemente, ser invertida; neste
caso, a carteira, se for do tipo universitária, deve ter o apoio do lado esquerdo (carteira para canhoto).
• Programar atividades que deem oportunidades para as crianças trabalharem em pequenos grupos,
em grandes grupos ou com a classe toda. Trabalho em grupo não é apenas juntar as crianças; existem
regras que devem ser apresentadas e discutidas com as crianças.
• Dar instruções sempre usando palavras que sejam do vocabulário usual das crianças.
• Procurar observar e esclarecer as dificuldades, quando der instruções para as atividades de classe.
• Repetir a instrução, explicando-a de outra maneira, quando observar que as crianças ou os alunos
estão encontrando dificuldades em entendê-la.
• O tempo de atenção das crianças é relativamente curto. Por isso, é conveniente dividir as instruções
em várias etapas, especialmente quando forem longas e mais complicadas.

WavebreakMediaMicro / stock.adobe.com

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19ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

2º DIA
Geografia: Transformações dos espaços – páginas 50 (segunda coluna) e 51

Orientação didática:
• Solicite aos alunos uma pesquisa para se descobrir o que havia na comunidade antigamente e quais
construções foram inseridas ao longo do tempo. Ao final, oriente-os a montarem um painel com fotos
antigas e recentes do mesmo espaço de vivência.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e História.

3º DIA
Geografia: Transformações dos espaços

Orientação didática:
• Com os estudantes divididos em duplas, peça que eles identifiquem as metrópoles no mapa e as
classifiquem.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

4º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

144

FC_ME_GEO 5F_UNIDADE2 144 08/06/2022 19:34


DINÂMICA

PAPÉIS QUE ABENÇOAM

MATERIAIS:
Pedaços de papel colorido, um saco de papel pardo
(daqueles de padaria).

FAIXA ETÁRIA:
Todas as idades.

OBJETIVO:
Desenvolver a criatividade.

DESENVOLVIMENTO:
Providencie, com a devida antecedência, pedaços de papéis coloridos (procure diversificar o máximo
possível). Coloque os pedaços de papéis coloridos dentro de um saco de papel pardo.
Forme um círculo com todos os participantes presentes ao encontro. Encha o saco com ar, feche-
-o e, em seguida, estoure. Os papéis cairão no chão. Cada participante poderá pegar um dos pedaços e,
usando apenas a ideia que a cor lhe trouxer à mente, dizer:

1. Frases de amizade.
2. A importância dos encontros semanais.
3. Declaração de amor a uns dos participantes.

EXEMPLO 1:
Quem pegar a cor azul poderá dizer “este azul me transmite calma e serenidade, a mesma calma e
serenidade que sinto em nossos encontros quando ouço a Palavra de Deus, canto louvores ou sinto-me
bem-vindo aqui”.

EXEMPLO 2:
Quem pegar a cor amarela poderá dizer “este amarelo me transmite calor, o calor da amizade que
recebo todas as semanas aqui”.

APLICAÇÃO:
As cores revelam coisas diferentes para pessoas também diferentes. Se para um o azul significa cal-
ma, para outros, pode significar tédio. Respeite a opinião e a fala de cada um e aproveite a beleza das
cores para falar do amor (vermelho) e da bondade de Deus (branco).

LARANJEIRA, P. Atividades recreativas para todas as idades. Curitiba: A. D. Santos Editora, 2006.

145

FC_ME_GEO 5F_UNIDADE2 145 08/06/2022 19:34


Atividades
50
Transformações dos
1. O que é uma região metropolitana? espaços
É o conjunto composto pela metrópole e pelas Com o decorrer do tempo, os espaços humanos
sofrem transformações.
cidades que ela influencia.
Nos espaços mais urbanizados, onde há um fluxo
diverso de ideias e pessoas, essas mudanças
acontecem com ritmo mais acelerado do que em
2. O que torna uma cidade capaz de alcançar espaços que são ligados à tranquilidade da vida
importância dentro da hierarquia urbana? no campo. Por exemplo: na cidade, um prédio
de apartamentos que foi construído há dez anos
Quanto mais a cidade ofertar bens e serviços, pode ser derrubado amanhã e dar lugar a um
shopping novo em folha. Já no campo, um velho
como: universidades, centros de tecnologias e casarão do século XIX pode estar com as mes-
mas telhas de quando foi construído.
pesquisas avançados, aeroportos, etc. ©Dmitrijs Dmitrijevs / stock.adobe.com

3. Liste alguns problemas que são consequência


do crescimento populacional.

Sugestão de resposta: poluição, violência, en-


Observando os espaços e sabendo quem
garrafamentos, desemprego, desigualdade promoveu mudanças neles (e quando estas
aconteceram), podemos entender a história do
social, moradias inadequadas, saúde e educação local: saber como as pessoas viviam em outros
tempos e perceber melhor como é a dinâmica
precárias. da região nos dias de hoje. Para fazer essas
observações, podemos usar mapas antigos,
fotos aéreas ou de satélite da paisagem e fo- BNCC
tografias tiradas pelas pessoas nos locais. (EF05GE08)
Analisando esses elementos, podemos per-
ceber que a paisagem à qual estamos acostu- Analisar transformações
4. Qual órgão determina a hierarquia urbana? mados nem sempre era (nem será) igual desde de paisagens nas cidades,
o início: podemos ver que, em alguns locais, a
O IBGE. avenida principal começou como uma estrada comparando sequência
de barro, em que existia uma praça onde hoje de fotografias, fotogra-
em dia existe um estacionamento, e que mesmo
onde está nossa casa era só um terreno vazio. fias aéreas e imagens
de satélite de épocas
Formando Cidadãos 50 Geografia • 5o Ano
diferentes.
FC_GEO_5F_U2.indd 50 20/11/2021 10:49:50

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Faça um link entre o assunto e uma realidade
próxima de seus alunos. Cite as reformas que já
aconteceram nos lares dos alunos: exponha que
a troca dos azulejos da cozinha, a expansão da
varanda do primeiro andar ou uma nova pintura
na fachada da casa também são transformações
que atendem aos interesses de quem as promove
(nesse caso, os pais das crianças).

146
146

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O espaço conta histórias Atividades
51
Os espaços carregam consigo sua história,
com suas paisagens naturais, suas pontes, suas 1. O que define e motiva as transformações que
praças, seus lagos, seus rios, seus casarões acontecem nos espaços?
antigos, suas estações de trem e seus prédios
de apartamentos. Portanto, antes de nos em- O que define e motiva essas transformações são
polgarmos com a construção de uma nova
loja de departamentos ou de um novo cinema, as necessidades das pessoas que ocupam esses
devemos nos perguntar: o que vai sair para dar
espaço a essas novas obras? A cidade precisa espaços.
mesmo de mais uma loja? O espaço antigo não
pode realmente ser reaproveitado e usado em 2. Responda às seguintes questões:
favor da sociedade?
Não devemos ficar presos ao passado, a. Como podemos observar as transformações
negando o presente em detrimento do futuro dos espaços?
e proibindo qualquer mudança nos espaços,
porém devemos sempre levar em consideração Podemos usar mapas antigos, fotos aéreas ou de
que, quando a paisagem local é modificada,
destruída ou simplesmente desprezada, a his- satélite da paisagem e fotografias tiradas pelas
tória ligada a ela corre o risco de desaparecer.
pessoas nos locais.

b. Essas transformações são sempre positivas?


Justifique sua resposta.

Não, pois, quando a paisagem local é modificada,

destruída ou simplesmente desprezada, a histó-

ria ligada a ela corre o risco de desaparecer.

3. Pesquise e cite alguns problemas enfrentados


BNCC
hoje devido ao crescimento e transformações
desordenadas nas cidades. (EF05GE08)
Sugestão de resposta: transporte coletivo de-
Analisar transformações
de paisagens nas cidades,
ficiente, poluição, violência, falta de moradia,
comparando sequência
desemprego. de fotografias, fotogra-
fias aéreas e imagens
de satélite de épocas
Formando Cidadãos 51 Geografia • 5o Ano
diferentes.
FC_GEO_5F_U2.indd 51 20/11/2021 10:49:51

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Proponha às crianças que tragam fotografias
antigas e atuais de seu município. Forme uma
roda de conversa para que os alunos possam tro-
car ideias sobre as transformações dos espaços.
Finalize montando um mural com as fotografias
apresentadas.

147

FC_ME_GEO 5F_UNIDADE2 147 08/06/2022 19:34


FUNDAMENTAÇÃO
FORMAR PARA A AUTONOMIA
O QUE SIGNIFICA FORMAR AS CRIANÇAS “PARA A AUTONOMIA”?

Rawpixel.com / stock.adobe.com
Quando falamos de autonomia e de aprendizagens para o desenvolvimento da autonomia, referimo-
-nos, no âmbito educativo, a facilitar ao educando as estratégias que o vão tornando dono do seu
projeto de vida.
Atualmente, formar as crianças para a autonomia é um dos desafios da Educação que começam
logo no Jardim de Infância, preparando os menores para assumirem certas responsabilidades que per-
tencem à sua vida e fazendo-os participarem da sua própria formação.

Heteronomia e autonomia na Educação


No desenvolvimento pessoal das nossas crianças, a meta que pretendemos é que consigam tornar-
-se autônomas (segundo as perspectivas construtivistas), ativas e participativas nas diversas aprendi-
zagens de todas as áreas.
A autonomia intelectual que vão desenvolvendo abre possibilidades para alcançar a autonomia moral.
Partimos da heteronomia, ou autoridade centrada no educador, para chegar à autonomia, na qual a
criança é artífice da sua autoformação e responsável no seu processo de aprendizagem; trata-se da
passagem da moral estabelecida, dos moldes fixos, da passividade e receptividade, da norma, guia e
imposição de um novo paradigma para uma perspectiva de partilha de responsabilidades, na qual a
criança vai assumindo protagonismo e surge a possibilidade de crescer com maior liberdade e espírito
crítico, implicado e ativo.

Como se trabalha com autonomia?


Utilizando autoinstruções: a criança sabe o que tem que fazer e sequencia, ela mesma, os passos que
deve dar para atingir a meta. Vai-se autocontrolando progressivamente, planifica as suas estratégias de
resolução de problemas, corrige os seus erros, reformula os seus acertos e valoriza os seus sucessos.
Fixando objetivos alcançáveis: a criança ordena as suas prioridades e baseia-se, realmente, no que fa-

148

FC_ME_GEO 5F_UNIDADE2 148 08/06/2022 19:35


zer, conhecendo as suas limitações e apoiando-se nos recursos que o seu meio cotidiano lhe proporcio-
na. Sabendo agir regulando a conduta: a criança, em cada momento do seu processo de aprendizagem,
vai agindo segundo o seu critério e, com a maior objetividade possível, vai-se adaptando à situação em
que se encontra.

Um método de atuação: o trabalho por projetos


O trabalho por projetos, principalmente na Educação Infantil, desenvolve o currículo por meio de
projetos de trabalho, proporcionando um novo modelo de escola, um novo papel docente e tornando
a criança capaz de participar e criar todo o seu processo de ensino-aprendizagem. A motivação é o
elemento fundamental do método de projetos; a liberdade de ação posta em tarefas concretas leva a
criança à construção do conhecimento.
Nós, os educadores, devemos saber como abordar a planificação dos processos e refletir sobre o
valor e a importância dos diferentes registros, contando com os interesses, as críticas e as alternativas
propostas pelas nossas crianças. As atividades na sala devem ser intensas e convidar, em cada dia, a
criança a participar com emoção e responsabilidade partilhada; essas atividades, nas quais a criança se
implica e colabora, são as que dão realmente sentido ao projeto.

Sugestões para que se desenvolva um projeto


Diferenciar a planificação da programação e os efeitos que ela implica.
Analisar e refletir sobre o papel de cada uma das partes — os docentes, as crianças e as suas famílias
— nessa metodologia. Desenvolver modelos de intervenção que favoreçam a atenção pela diversidade,
a aprendizagem significativa, o desenvolvimento das capacidades e a autonomia. Relacionar a pers-
pectiva construtivista e a aprendizagem por projetos. Avaliar como se desenvolvem as capacidades da
criança em função do seu potencial.

Como começamos?
Valorizando os diferentes meios de aprendizagem que surgem como consequência da utilização dos
projetos como alternativa didática. Estabelecendo o papel de facilitadores e mediadores no processo
de aprendizagem tanto aos educadores como às famílias. Tendo presente a necessidade de escutar para
poder perguntar e reformular as palavras do outro, desenvolvendo, assim, a escuta ativa e as compe-
tências de tipo comunicativo em geral (linguísticas, matemáticas, de conhecimento e interação com o
mundo físico, digitais e de tratamento da informação, culturais e artísticas, sociais e de cidadania, emo-
cionais, de aprender a aprender, de autonomia e iniciativa pessoal). Valorizando as técnicas de nego-
ciação e de tomada de decisões como bases pedagógicas. Tomando como base a programação didática
para chegar à planificação do projeto. Otimizando a organização dos espaços e os tempos adequados
ao projeto. Sendo capazes de conseguir uma perspectiva diferente para o desenvolvimento do processo
educativo. Conhecendo a perspectiva construtivista e os seus princípios metodológicos.

Finalmente, para desenvolver um projeto:


Devemos assegurar-nos de que a sala é um espaço adequado e condicionado.
A proposta tem que ser apelativa e divertida e adequar-se ao nível das crianças com as quais trabalha-
mos, com novas formas de “fazer” e de “conhecer”.
A criança deve ser a protagonista, e o docente deve ser o mediador e motivador.

Revista Educadores de Infância. n. 64, dez. 2010.

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20ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Semana de avaliação.

2º DIA
Semana de avaliação.

3º DIA
Semana de avaliação.

4º DIA
Semana de avaliação.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

150

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TRABALHANDO AS EMOÇÕES

Trabalhando as das ao longo da vida, tais como: culpa, amor, despre-


52
zo, inveja, ciúme, orgulho e vaidade — explicou o pai.
emoções — Pai, como sabemos qual emoção estamos sen-
tindo? — perguntou Carolina.
— Depende, filha. A alegria pode ser percebida por
Acompanhe a leitura da história de Carolina, a meio do sorriso, do suor frio e do brilho no olhar, já
a tristeza está relacionada ao choro e à solidão. As
criança que descobriu as emoções.
emoções podem se apresentar de formas diferentes
e dependem da maneira como cada pessoa lida com
A criança que descobriu as emoções
Kelly Cartaxo Costa elas. Para isso, é preciso conhecer bem as emoções,
entender o que se passa dentro de nós e aprender a
Carolina era uma criança que adorava ter amigos usá-las ao nosso favor.
e brincar com os animais, em especial com o seu Aos poucos, você aprenderá a lidar melhor com
cãozinho, Luke. as emoções, em especial com as negativas, e com-
No caminho de volta para casa, Carolina começa a preenderá que sempre poderemos tirar algo positivo
conversar com o seu pai. de cada situação, além de entender a importância
— Por que há horas em que sorrimos e nos sen- de sabermos regular as emoções e os impulsos para Professor, inicie a última
timos muito bem e outras em que temos vontade de vivermos melhor conosco e com o outro.
chorar e ficar sozinhos? E, assim, Carolina começou a descobrir as semana de conteúdos
emoções.
— Filha, isso que sentimos faz parte de todos nós, trabalhando as emoções
seres humanos. São as emoções.
— Emoções? O que são emoções?
COSTA, Kelly Cartaxo. A criança que descobriu as emoções. com atividades socioe­
Recife: Prazer de Ler, 2021.
— Emoção é algo que sentimos e que temos que mocionais, que se encon­
colocar para fora do nosso interior. Sentir uma emo-
tram na última página de
ção é uma experiência que depende de cada pessoa.
Você pode sentir algo de uma forma, e outra pessoa
Atividades
pode senti-lo de maneira diferente.
cada unidade do livro do
— Então, quando eu sorrio, tenho um brilho no • Que tipo de emoção você sentiu ao ler a histó- aluno.
olhar e sinto uma boa sensação dentro de mim, isso é
ria? Represente desenhando no rosto abaixo.
uma emoção?
Resposta pessoal
— Com certeza, filha! Quando você sente isso, pro-
vavelmente está sentindo alegria, uma emoção que
NOTA:
todo ser humano sente e já nasce com ela.
— E existem outras emoções? A Base Nacional Co­
— Sim, claro que sim. A tristeza, o medo, a raiva,
a aversão, o nojo e a surpresa são outras emoções.
mum Curricular (BNCC)
E você sabia que essas emoções são fundamentais define um conjunto de
para a nossa sobrevivência e podem ser sentidas por
nós e pelos animais? competências gerais
— Nossa, pai! Então, é por isso que Luke abana o que serve como um guia
rabinho, ladra e parece sorrir quando o chamamos • Carolina tinha um animal de estimação pelo
para passear. Quando ele faz isso, está demonstran- qual sentia muito amor e amizade. Você tem al- para o apren­dizado das
do alegria.
— Isso mesmo, Carolina! — afirmou o pai — Mas,
gum animal de estimação? O que sente por ele? crianças e que deve ser
além dessas, existem outras emoções que são adquiri- Resposta pessoal desenvol­vido de forma
Formando Cidadãos 52 Geografia • 5o Ano dinâmica para trabalhar o
socioemocional.
FC_GEO_5F_U2.indd 52 08/02/2022 09:56

AUTOCONHECIMENTO E AUTOCUIDADO

Este é um dos exercícios mais valiosos e desafiadores da vida. Quem se conhece consegue perceber
do quê e de quem precisa para ser feliz. É o autoconhecimento que permite perceber sonhos e transfor­
má-los em projetos. Sabendo de nossos pontos fortes e dos aspectos a desenvolver, reconhecemos que
somos falíveis e que precisamos uns dos outros. Podemos nos cuidar, manter nossa autonomia, senso
de eficácia e autoestima.

Valorize hábitos saudáveis no que diz respeito à alimentação, ao sono, aos cuidados com a limpeza
do quarto e da casa. Oriente os alunos sobre cuidados com o corpo, a pele, os cabelos e as unhas para
manter o asseio e a higiene.

FRAIMAN, Leo. A síndrome do imperador: pais empoderados educam melhor. Belo Horizonte: Autêntica. São Paulo: FTD, 2019.

151

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SEMANA DE AVALIAÇÃO 3. Marque a frase que justifica a afirmação abaixo:

Unidade 2 O Brasil tem uma grande diversidade cultural.

• A população brasileira O Brasil não tem cultura própria.


• Diferenças étnico-culturais e desigualdades
sociais x Nossa cultura é resultado da influência de
• A Região Norte vários povos.
• Aspectos físicos da Região Norte
• Economia da Região Norte 4. Leia o poema com atenção.
• Mudanças provocadas pelo crescimento das
cidades Lá na minha escola, ninguém é diferente.
• Transformações dos espaços Cada um tem o seu jeito, o que importa é ir pra
frente [...]
Tem nordestino, sulista, carioca e mineiro.
Amazonense, goiano, tem paulista e estrangeiro.
1. Sobre o conceito de população, marque, com um RAMOS, Rossana. Na minha escola todo mundo é igual. São Paulo: Cortez,
2005.
x, a única alternativa verdadeira.
a. A que se refere o poema?
População é o total de crianças de um lugar. Refere-se à diversidade do povo brasileiro.

O total de pessoas que atingiram a maiorida-


de constitui a população de um local.

5. Escreva o nome dos estados da Região Norte e


x População é o total de pessoas de um lugar.
suas respectivas capitais.

O total de pessoas do sexo masculino de


determinado lugar forma sua população. Estados Capitais

Amazonas Manaus
2. Assinale a alternativa correta.
Pará Belém
a. O Brasil possui quantas regiões?

4 x 5 Acre Rio Branco

Rondônia Porto Velho


b. A Região menos povoada é a

Região Sul. x Região Norte. Roraima Boa Vista

Amapá Macapá
c. Qual a Região que tem mais estados?

Norte x Nordeste Tocantins Palmas

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6. Cite a variedade de povos que vivem na Região 9. Qual o nome da metrópole mais próxima de
Norte de acordo com o seu desenvolvimento ao onde você vive?
longo dos anos.
Resposta pessoal
Apresenta comunidades indígenas, imigrantes

nordestinos, paranaenses e gaúchos. 10. Complete:

Região Metropolitana - Metrópoles

Região Metropolitana é o conjunto de cidades que


7. Marque as atividades econômicas de maior são ligadas entre si, seja fisicamente, seja pelo
destaque na Região Norte. fluxo de pessoas, de serviços e de produtos.

x Extrativismo 11. Quais objetos podemos usar para observar as


mudanças que ocorrem nos espaços?
Agricultura
Podemos usar objetos, como: mapas antigos,
x Indústria
fotos aéreas ou de satélite da paisagem e foto-
Pecuária
grafias tiradas pelas pessoas nos locais.
x Ecoturismo

8. Descreva, abaixo, a vegetação da Região Norte. 12. Ilustre, abaixo, uma ação humana que pode
representar uma transformação do espaço.
A maior parte da Região Norte é coberta por

uma floresta ombrófila densa, correspondente à

Floresta Amazônica, que é uma floresta tropical

fluvial. Na parte norte da Região, é possível en-

contrar a savana estépica, correspondente aos Resposta pessoal

campos de Roraima. No sul da Região, ocorre o

contato entre diferentes tipos de vegetação.

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FUNDAMENTAÇÃO
ATITUDES DIÁRIAS PARA O DIA A DIA FELIZ NA ESCOLA

WavebreakMediaMicro / stock.adobe.com
Ensine seus alunos a se autoavaliarem hones­tamente. Eles precisarão dessa habilidade na vida.
Ensine-os, também, a perceberem seus desenvol­vimentos, sejam estes cognitivos, sociais ou afe­tivos. É
importante que percebam de onde parti­ram, aonde já chegaram e o largo horizonte sem fronteiras que
os convida a caminhar.
Não cometa a insanidade de "parafusar" seus alunos nas carteiras. Sempre haverá uma forma organi-
zada de garantir que se movam. Sabe por que o equilibrista do arame não cai? Porque o movimento não
deixa! Sabe por que os barcos de madeira não apodrecem na água? Porque o movi­mento não deixa!
Encontre alguns momentos para trabalhar o aguçamento sensorial dos alunos.
Aprendemos até pelos poros, por isso é de grande valia estimular todos os sentidos, e não somente
aqueles que classicamente a escola pri­vilegia: a visão e a audição. Leve, também, sabo­res, texturas e
aromas para a sala de aula! Além de muito divertido, são experiências inesquecíveis!
Pense em algo que somente você, e mais nin­guém, poderia oferecer às suas turmas. Cada um de nós
tem aquele diferencial formidável. Descu­bra-o e ofereça-o! A partir daí, será impossível que o grupo
não veja você com melhores olhos.
Lembre-se sempre de que o processo de ensi­no-aprendizagem é, por origem, um jogo demo­crático,
complexo e cheio de reveses. É um jogo curioso: não há final e, mesmo assim, todos são ganhadores.
De vez em quando, experimente uma interes­sante inversão: descubra o que seus alunos têm para lhe
ensinar e se disponha a aprender. Garan­to-lhe que não serão poucas coisas!
Conheça a história da sua escola! Afinal, agora ela se incorpora à sua história e você à dela.

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Não mude constantemente os objetivos

• Leve em conta a visão da criança sobre o que ela pode fazer e coloque-a no
controle, à medida que seja preciso reduzir a pressão.

• Pedir respostas perfeitas antes de fazer alguém andar para frente incentiva
atitudes perfeccionis­tas ou tédio.

Aceite o sucesso suficiente

• Deixe todo sucesso ser suficiente, pelo menos uma vez, inclusive o seu.

• Pergunte aos alunos quando estão prontos para fazer um esforço extra, a fim
de melhorar seus resul­tados, entrar em uma competição ou pular um nível.

• O trabalho desorganizado pode ser considerado bom o bastante se o conteúdo


estiver correto. As crianças realmente usam frases menos completas e apres-
sam a conclusão do trabalho, preocupan­do-se menos com a apresentação.

As crianças gostam de se conter um pouco

• Seja tolerante. Essa abordagem “incompleta” de muitas tarefas também pode


refletir a maior di­ficuldade das crianças em se concentrar durante longos
períodos.

• As crianças podem precisar especialmente de criar um fosso protetor entre si


mesmas e seus bem-sucedidos pais, que têm altas expectativas em relação a
elas. Reaja com empatia, em vez de insistir em que é preciso seguir os padrões.

• Seja positivo! Disso precisamos, e precisam tam­bém nossos alunos cotidiana-


mente, na escola e, mais ainda, na vida!

• Experimente, vez ou outra, um exercício de rela­xamento ou de alongamento fí-


sico antes (durante ou depois) de uma atividade que exija concentra­ção. Essas
atividades dão a sensação de que tam­bém se alongam as ideias.

• Em situações vexatórias, abuse da criativida­de e use a sábia lei cantada em


certo samba do passado composto por Paulo Vanzolini: “levanta, sacode a
poeira e dá a volta por cima!”. Ou seja, desembarace-se com a mesma rapidez
com que se embaraçou. Isso é uma lição para a vida!

MIRANDA, Simão de. Como se tornar um educador de sucesso: dicas, conselhos, propostas e ideias para potencializar a apren-
dizagem. Petróppolis, RJ: Vozes, 2011.

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O PROPÓSITO DA
EDUCAÇÃO
NÃO É VALIDAR
A IGNORÂNCIA,
MAS SUPERÁ-LA.
Lawrence Krausst

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3
U NI
DADE

ATURALIZAR
O que vamos estudar:
• Problemas da cidade e do cam-
po: serviços públicos e cidadania
• Região Nordeste
• Aspectos físicos da Região
Nordeste
• Economia da Região Nordeste
• Manifestações culturais da Re-
gião Nordeste
• O ser humano e a água
• Espaços e modos de vida urba-
nos e rurais
• Trabalhando as emoções
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Educar não é uma função apenas pedagógica, mas também política, pois, o que se quer, no
final do processo, é abrir as portas do mundo público às crianças. Nessa linha, os educadores
precisam descobrir até onde seus alunos podem ir, quais são os ritmos de aprendizagem, o
quanto pode ser ensinado. É preciso olhar para esse mundo e pensar qual projeto desenvolver
para que as crianças não sejam fatalidades do destino social. A escola precisa ter uma utopia.
Caso contrário, não há sentido em sua existência.

SAYÃO, Rosely. Revista Educação. N. 153. São Paulo: Segmento, set. 2008.

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CONTEÚDOS DA UNIDADE E A BNCC
UNIDADE 3
UNIDADES OBJETOS DE
CONTEÚDOS HABILIDADES
TEMÁTICAS CONHECIMENTO
Problemas da • Conexões e • Território, redes e (EF05GE03) Identificar as formas e funções
cidade e do campo: escalas urbanização das cidades e analisar as mudanças sociais,
serviços públicos e • Natureza, ambien- • Gestão pública da qualidade econômicas e ambientais provocadas pelo seu
cidadania tes e qualidade de de vida crescimento.
vida (EF05GE12) Identificar órgãos do poder pú-
blico e canais de participação social respon-
sáveis por buscar soluções para a melhoria
da qualidade de vida (em áreas como meio
ambiente, mobilidade, moradia e direito à
cidade) e discutir as propostas implementadas
por esses órgãos que afetam a comunidade
em que vive.

Região Nordeste • O sujeito e seu • Dinâmica populacional (EF05GE01) Descrever e analisar dinâmicas
lugar no mundo • Diferenças étnico-raciais e populacionais na Unidade da Federação em
étnico-culturais e desigual- que vive, estabelecendo relações entre migra-
dades sociais ções e condições de infraestrutura.
(EF05GE02) Identificar diferenças étnico-
-raciais e étnico-culturais e desigualdades
sociais entre grupos em diferentes territórios.

Aspectos físicos da • Conexões e • Território, redes e (EF05GE03) Identificar as formas e funções


Região Nordeste escalas urbanização das cidades e analisar as mudanças sociais,
• Formas de repre- • Mapas e imagens de satélite econômicas e ambientais provocadas pelo seu
sentação e pensa- crescimento.
• Representação das cidades e
mento espacial do espaço urbano (EF05GE08) Analisar transformações de pai-
sagens nas cidades, comparando sequência de
fotografias, fotografias aéreas e imagens de
satélite de épocas diferentes.
(EF05GE09) Estabelecer conexões e hierar-
quias entre diferentes cidades, utilizando
mapas temáticos e representações gráficas.
Economia da Re- • Conexões e • Território, redes e (EF05GE03) Identificar as formas e funções
gião Nordeste escalas urbanização das cidades e analisar as mudanças sociais,
• Mundo do trabalho • Trabalho e inovação econômicas e ambientais provocadas pelo seu
tecnológica crescimento.
(EF05GE05) Identificar e comparar as mudan-
ças dos tipos de trabalho e desenvolvimento
tecnológico na agropecuária, na indústria, no
comércio e nos serviços.

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UNIDADES OBJETOS DE
CONTEÚDOS HABILIDADES
TEMÁTICAS CONHECIMENTO
Manifestações • O sujeito e seu • Diferenças étnico-raciais e (EF05GE02) Identificar diferenças étnico-
culturais da Região lugar no mundo étnico-culturais e desigual- -raciais e étnico-culturais e desigualdades
Nordeste dades sociais sociais entre grupos em diferentes territórios.

O ser humano e a • Natureza, ambien- • Qualidade ambiental (EF05GE10) Reconhecer e comparar atributos
água tes e qualidade de da qualidade ambiental e algumas formas de
vida poluição dos cursos de água e dos oceanos
(esgotos, efluentes industriais, marés negras
etc.).

Espaços e modos • Conexões e • Território, redes e (EF05GE04) Reconhecer as características da


de vida urbanos e escalas urbanização cidade e analisar as interações entre a cidade
rurais e o campo e entre cidades na rede urbana.

Trabalhando as — — Nota: A Base Nacional Comum Curricular


emoções (BNCC) define um conjunto de competências
gerais que serve como um guia para o apren­
dizado das crianças e que deve ser desenvol­
vido de forma dinâmica para trabalhar o
socioemocional.

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21ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

2º DIA
Geografia: Problemas da cidade e do campo: serviços públicos e cidadania – página 54

Orientação didática:
• Peça aos alunos que identifiquem e listem as melhorias para os problemas da cidade e do campo.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e História.

3º DIA
Geografia: Problemas da cidade e do campo: serviços públicos e cidadania – página 55

Orientação didática:
• Solicite que os alunos pesquisem os serviços públicos da sua região.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

4º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

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DINÂMICA

OLHAR AS EMOÇÕES

iconicbestiary / stock.adobe.com
1. Peça que cada aluno transmita emoções, como medo, amor, ódio,
alegria e raiva, e observe de que forma se expressam fisicamente.
Depois, cada um expressa uma emoção que seja comum em sua
vida e levanta as próprias reflexões.

2. Reúna os alunos em subgrupos e peça que cada um expresse ao


outro suas emoções por meio de gestos e expressões faciais.

3. Oriente um aluno para que fique no centro do grupo representan-


do uma feição de amor, de paz, de ódio ou de medo. As crianças,
então, realizam um debate com reflexões do tipo: quais as expres-
sões mais bonitas, como cada um vivencia emoções de amor e de
ódio, que influência cada emoção tem em nossa saúde, etc.

Revista Guia Prático para Professores de Ensino Fundamental I. São Paulo: Oceano.

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Problemas da cidade Serviços públicos 54
e do campo: serviços O serviço prestado pelos funcionários públi-
públicos e cidadania cos deve obedecer a alguns princípios: legalida-
de, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência.
A cidadania está relacionada ao conjunto de
direitos e deveres que uma pessoa tem, ou seja,
Legalidade significa que tudo o que os funcio-
à ligação entre a pessoa e o governo (Estado).
nários públicos fizerem deve estar previsto em
Podemos dizer que uma pessoa é cidadã quando
lei, ou seja, eles não podem fazer algo que não
participa da vida política, econômica e social de
esteja de acordo com a lei.
um país.
Assim, o governo deve disponibilizar serviços BNCC
para toda a população. Essa participação é muito
Impessoalidade se refere ao fato de que o (EF05GE03)
importante porque é através dela que os cida-
dãos escolhem quem fará parte da administra- funcionário público deve prestar um serviço Identificar as formas e
ção pública, do governo. da mesma forma para todas as pessoas, sem
existir distinção. funções das cidades e
analisar as mudanças
sociais, econômicas e
Moralidade quer dizer que o serviço que um
ambientais provocadas
funcionário público prestar deve ser ético.
pelo seu crescimento.

Transparência é a obrigatoriedade de divul- (EF05GE12)


gar os atos administrativos do governo. Isso é
Administração pública é o conjunto de órgãos, importante para que toda a população tenha
Identificar órgãos do
serviços e agentes do governo que devem satisfa- conhecimento do que o governo, que o próprio poder público e canais
zer às necessidades da sociedade. Alguns exemplos povo elegeu, está fazendo.
dessas necessidades são: segurança, saúde, edu- de participação social
cação e cultura. A administração pública emprega responsáveis por buscar
pessoas — os funcionários, ou servidores públicos Eficiência: o Estado deve prestar serviços
— para que eles atendam as pessoas da sociedade com a maior eficiência possível, com sistemas soluções para a melhoria
da melhor forma possível. atualizados e novos processos tecnológicos, da qualidade de vida (em
Os servidores, ou funcionários públicos, pres- dando eficiência à execução do trabalho.
tam serviços e atendem a população pelo governo. áreas como meio am-
Então, serviço público é o conjunto de atividades
Muitas vezes, há problemas porque a socieda-
biente, mobilidade, mo-
e serviços disponíveis para a população executado
pelos servidores públicos e mantido pelo governo.
de nem sempre fiscaliza os atos da administra- radia e direito à cidade)
ção pública. Então, em muitos casos, aconteceu
Outro ponto importante é você saber que os
desvio de dinheiro público, mau atendimento às
e discutir as propostas
serviços públicos visam ao bem-estar comum de
todas as pessoas da sociedade.
pessoas, entre outros. implementadas por esses
Formando Cidadãos 54 Geografia • 5o Ano
órgãos que afetam a
comunidade em que vive.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Produza, junto com as crianças, uma lista dos
serviços públicos prestados pela administração
de seu município. Em seguida, peça-lhes que
relatem os benefícios trazidos por esses ser­viços
à população. Solicite, também, que indi­quem as
melhorias que esses serviços deveriam ter para
melhor atender à sociedade.

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Atividades 2. Cidadania é a participação do cidadão na vida
política, econômica e social. Pesquise, escreva
55
e ilustre exemplos de como os cidadãos partici-
1. Escreva a resposta a cada uma das perguntas pam da vida: Sugestão de resposta:
a seguir.
Política
a. Podemos dizer que a cidadania é o conjunto
de quê? O direito de eleger e ser eleito.

É o conjunto de direitos e deveres que uma pes-

soa tem. Econômica

Participação no mercado de trabalho, pagamento BNCC


de impostos, etc.
(EF05GE03)
Identificar as formas e
b. Quais são os benefícios que a cidadania dá às Social funções das cidades e
pessoas de uma sociedade?
Acesso à educação, à segurança, à previdência analisar as mudanças
Por meio da cidadania, a população tem direito
sociais, econômicas e
social, etc.
aos serviços públicos e à participação na vida ambientais provocadas
pelo seu crescimento.
política, econômica e social.

(EF05GE12)
Identificar órgãos do
poder público e canais
c. Quando podemos dizer que uma pessoa é
cidadã? de participação social
Resposta pessoal responsáveis por buscar
Quando participa da vida coletiva, exerce seus
soluções para a melhoria
direitos e cumpre seus deveres. da qualidade de vida (em
áreas como meio am-
biente, mobilidade, mo-
radia e direito à cidade)
e discutir as propostas
implementadas por esses
Formando Cidadãos 55 Geografia • 5o Ano
órgãos que afetam a
comunidade em que vive.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Aproveite para trabalhar com seus alunos as
dife­rentes realidades dos locais de moradia. Você
pode pedir que eles descrevam como imaginam
que seja a vida em uma comunidade rural, caso
a cidade deles seja em área urbana. Solicite que
comparem alguns itens, como: transporte, sanea-
mento básico, segurança, asfalto, áreas verdes,
etc., salientando sempre que a qualidade de vida
também está rela­cionada ao ambiente onde se
vive.

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FUNDAMENTAÇÃO
OS DOIS OLHOS

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“Temos dois olhos. Com um nós vemos as coisas do tempo, efêmeras, que desaparecem. Com o ou-
tro nós vemos as coisas da alma, eternas, que permanecem.” Assim escreveu o místico Ângelus Silésius.
No consultório do oftalmologista estava uma gravura com o corte anatômico do olho. Científica.
Verdadeira. Naquela noite o mesmo oftalmologista foi se encontrar com sua bem-amada. Olhando
apaixonado os seus olhos e esquecido da gravura pendurada na parede do seu consultório, ele falou:
“Teus olhos, mar profundo...”. No consultório ele jamais falaria assim. Falaria como cientista. Mas os
olhos da sua amada o transformaram em poeta. Cientista, ele fala o que vê com o primeiro olho. Apai-
xonado, ele fala o que vê com o segundo olho. Cada olho vê certo no mundo a que pertence.
O filósofo Ludwig Wittgenstein criou a expressão “jogos de linguagem” para descrever o que faze-
mos ao falar. Jogamos com palavras... Veja esse jogo de palavras chamado “piada”. O que se espera de
uma piada é que ela provoque o riso. Imagine, entretanto, que um homem, em meio aos risos dos outros,
lhe pergunte: “Mas isso que você contou aconteceu mesmo?”. Aí você o olha perplexo e pensa: “Coitado!
Ele não sabe que nesse jogo não há verdades. Só há coisas engraçadas”.
Vamos agora para um outro jogo de palavras, a poesia: “...e, no fundo dessa fria luz marinha, nadam
meus olhos, dois baços peixes, à procura de mim mesma”. Aí o mesmo homem contesta o que o poema
diz: “Mas isso não pode ser verdade. Se a Cecília Meireles estivesse no fundo do mar, ela teria se afoga-
do. E olhos não são peixes...”.

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Pobre homem. Não sabe que a poesia não é Leio os poemas da criação. Nada me ensinam
a linguagem para dizer as coisas que existem. É sobre o início do Universo e o nascimento do ho-
jogo para fazer beleza. A ciência também é um mem. Sobre isso falam os cientistas. Mas eles me
jogo de palavras. fazem sentir amoravelmente ligado a esse mundo
É o jogo da verdade, falar o mundo como ele maravilhoso em que vivo, do qual minha vocação
é. Acontece que nós, seres humanos, sofremos de é ser jardineiro... Leio a parábola do Filho Pródigo,
uma “anomalia”: não conseguimos viver no mun- uma história que nunca aconteceu. Mas, ao lê-la,
do da verdade, no mundo como ele é. O mundo minhas culpas se esfumaçam e compreendo que
como ele é muito pequeno para o nosso amor. Deus não soma débitos nem soma créditos...
Temos nostalgia de beleza, de alegria e — quem Dois olhos, dois mundos, cada um vendo bem
sabe? — de eternidade. Desejamos que as alegrias no seu próprio mundo... Aí vieram os burocratas
não tenham fim! Mas beleza e alegria, onde se da religião e expulsaram os poetas como hereges.
encontram essas “coisas”? Elas não estão soltas Sendo cegos do segundo olho, os burocratas não
no mundo, ao lado das coisas do mundo tal como conseguem ver o que os poetas veem. E os poe-
ele é. Elas não são, existem não existindo, como mas passaram a ser interpretados literalmente.
sonhos, e só podem ser vistas com o “segundo E, com isso, o que era belo ficou ridículo. Todo
olho”. Quem as vê são os artistas. E se alguém, no poema interpretado literalmente é ridículo. Toda
uso do primeiro olho, objeta que elas não existem, religião que pretenda ter conhecimento científico
os artistas retrucam: “Não importa. As coisas que do mundo é ridícula.
não existem são mais bonitas” (Manoel de Barros). Não haveria conflitos se o primeiro olho visse
Pois os sonhos, no final das contas, são a subs- bem as coisas do seu lugar e o segundo olho vis-
tância de que somos feitos. se bem as coisas do seu lugar. Conhecimento e
Como disse Miguel de Unamuno: “Recuerda, poesia, assim, de mãos dadas, poderiam ajudar a
pues, o sueña tú, alma mía la fantasía es tu sustan- transformar o mundo.
cia eterna lo que no fué; con tus figuraciones hazte
fuerte, que eso es vivir, y lo demás es muerte”. ALVES, Rubem. Os dois olhos. In: Revista Educação. ano 14, n.
É no mundo encantado de sonhos que nascem 166, fev. 2011.
as fantasias religiosas. As religiões são sonhos da
alma humana que só podem ser vistos com o se-
gundo olho. São poemas. E não se pode perguntar
a um poema se ele aconteceu mesmo.
Jesus se movia em meio às coisas que não
existiam e as transformava em parábolas, que são
histórias que nunca aconteceram. E, não obstante
a sua não existência, as parábolas têm o poder de
nos fazer ver o que nunca havíamos visto antes.
O que não é, o que nunca existiu, o que é sonho
e poesia tem poder para mudar o mundo. “O que
seria de nós sem o socorro das coisas que não
existem?”, perguntava Paul Valèry.

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22ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

2º DIA
Geografia: Região Nordeste – páginas 56 e 57

Orientação didática:
• Solicite às crianças que escolham um local da Região Nordeste que gostariam de conhecer. Utilize
alguns sites para realizarem uma viagem virtual.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e História.

3º DIA
Geografia: Região Nordeste – páginas 58, 59 e 60 (primeira coluna)

Orientação didática:
• Escreva, em pedaços de papel, as seguintes perguntas:
1. Quais são os aspectos econômicos que sustentam a economia dessa região? 2. Existe algum setor
econômico que se destaca? 3. Qual a realidade social da região? 4. Existem áreas precárias? Se sim,
quais? Divida a turma em grupos e peça que um integrante de cada grupo retire um papel com uma
pergunta. Depois, os grupos deverão responder à pergunta e socializá-la com os demais.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

4º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

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DINÂMICA
SOCIALIZAÇÃO E SOLIDARIEDADE
MATERIAIS:
Balas, doces ou bombons.

COMO REALIZAR:
Você deve diferenciar todos os alunos da sala
de aula em três grupos. O primeiro grupo é de
alunos que não podem ver, o segundo grupo é de
alunos que não podem falar e o terceiro grupo é
de alunos que não podem andar. Determine que
todos os alunos podem pegar um bombom que
está sobre a mesa. No entanto, eles precisam criar
estratégias para tal, de modo que todos possam
ter um bombom ao final do tempo dado. Eles irão
perceber que um ouviu a ordem, mas não pôde
andar, o outro pôde andar, mas é cego. Deixe eles
se virarem livremente. É uma atividade muito
gostosa e muito rica, pois cada trio de alunos cria
suas próprias estratégias.

IDADE ADEQUADA:
Entre 6 e 14 anos.

OBJETIVOS INCLUSIVOS DA ATIVIDADE:


Percepção de limitações, sensibilização e so-
cialização de grupos.

ALMEIDA, Geraldo Peçanha. Minha escola recebeu alunos para


a inclusão. Que faço agora? Rio de Janeiro: Wak Editora, 2011.

Jiri Hera / stock.adobe.com

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Estados e capitais 56
Região Nordeste
A Região Nordeste é a terceira mais extensa
das cinco regiões brasileiras. Com uma área de,
aproximadamente, 1.558.196 km2, seu território
A Região Nordeste é considerada uma região corresponde a cerca de 18% de todo o território
com muitos contrastes, possui um belo litoral, nacional. É a região com a maior quantidade de
mas sofre com a seca no interior e com a desi- estados: nove ao total. São eles:
gualdade social.
Foi a primeira região ocupada pelos portu- Estados Siglas Capitais Bandeiras
gueses e teve uma importância econômica mui-
to grande até o final do século XVIII, quando o
cultivo da cana-de-açúcar, maior produto da sua Maranhão MA São Luís
agricultura, começou a decair.
Essa região faz fronteira com as regiões: Nor-
te, Sudeste e Centro-Oeste.
Piauí PI Teresina

Ceará CE Fortaleza

Rio Grande
RN Natal
BNCC
do Norte
(EF05GE01)
Descrever e analisar
João
Paraíba PB
Pessoa dinâmicas populacionais
na Unidade da Federação
Pernambuco PE Recife em que vive, estabele-
cendo relações entre
migrações e condições de
Alagoas AL Maceió
infraestrutura.

Sergipe SE Aracaju (EF05GE02)


N

O L
Identificar diferenças
S
Bahia BA Salvador
étnico-raciais e étnico-
-culturais e desigualda-
Formando Cidadãos 56 Geografia • 5o Ano
des sociais entre grupos
em diferentes territórios.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
No estudo da Região Nordeste, sobre o Sertão,
apresente à classe a música Asa Branca, de Luiz
Gonzaga; no estudo do litoral, uma outra mú-
sica que tenha como tema o mar; no estudo da
descoberta do Brasil, use ao fundo uma música
renascentista.

168
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Demografia da Região Nordeste Grupos étnicos ou sociais 57
Conforme a pesquisa realizada pelo IBGE no A miscigenação étnica e cultural do indígena,
Censo Demográfico de 2010, a população nor- do branco e do negro foi o pilar para a formação
destina totaliza 57.071.654 habitantes, compondo da população do Nordeste, porém essa mistura
cerca de 30% da população residente no Brasil. de etnias não aconteceu de maneira uniforme.
Sua densidade demográfica é de 39 habitantes Em algumas regiões, como no Ceará, na Paraíba,
por quilômetro quadrado. A população urbana é no Piauí e no Rio Grande do Norte, predomina-
maior que a população rural, correspondendo a ram os caboclos; já em outras, como na Bahia,
73%. O Estado da Bahia é o mais populoso, com, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e no Maranhão, os
aproximadamente, 14.985.284 habitantes, e Ser- mulatos predominaram; os cafuzos também são
gipe possui a menor concentração populacional, muito comuns no Maranhão.
com cerca de 2.338.474 habitantes.

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BNCC
(EF05GE01)
Aproximadamente 60,10% dos nordestinos Descrever e analisar
têm origem europeia, sobretudo portuguesa.
Essa mistura de povos contribui para a grande dinâmicas populacionais
diversidade cultural. na Unidade da Federação
em que vive, estabele-

©kleberpicui / stock.adobe.com
Devido às secas típicas do Sertão, há cidades no
interior da Região Nordeste com baixa densidade cendo relações entre
populacional. Todavia, é importante ressaltar que,
se compararmos a população que vive no Sertão migrações e condições de
nordestino com a de biomas semiáridos semelhan- infraestrutura.
tes que existem no mundo, essa região pode ser
considerada bastante povoada.
Nos últimos anos, o Nordeste tem se tornado (EF05GE02)
uma região com grande potencial econômico, e
algumas capitais já recebem mais migrantes do Identificar diferenças
que os que saem. Em outras palavras, a Região étnico-raciais e étnico-
Nordeste tem se tornado um polo atrativo.
-culturais e desigualda-
Formando Cidadãos 57 Geografia • 5o Ano
des sociais entre grupos
em diferentes territórios.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Organize a turma em grupos, de acordo com os
estados da Região Nordeste, e, para cada grupo,
solicite que construa um gráfico da população do
estado no qual ficou. Instrua os alunos a colocar
informações fazendo comparativo do número de
habitantes por décadas.
Se preferir, estipule um período, por exemplo:
da dé­cada de 1990 aos dias de hoje. Oriente-os
adequa­damente e, depois, convide cada grupo a
apresentar o gráfico aos demais colegas.

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Com essa diversidade de culturas, surgiram Vaqueiro: É a figura tradicional do Sertão e 58
diferentes grupos que são característicos da Agreste da região nordestina. Seu trabalho é
Região Nordeste. São eles: árduo e contínuo. Passa grande parte do tempo
montado a cavalo, fiscalizando as pastagens e
Jangadeiro: É a pessoa que se dedica à pesca o gado, levando-o, muitas vezes, por dezenas
marítima, uma atividade que vem diminuindo ao de quilômetros até os bebedouros. Sua vesti-
longo dos anos, embora persista em se conservar. menta é de couro para se proteger da vegeta-
ção cheia de espinhos.
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Rendeira: É a pessoa que realiza atividade arte-
sanal, feita, na maioria das vezes, por mulheres.
Com mãos ágeis, as rendeiras vão trançando
vários tipos de renda de bilros, ou renda de
almofadas. Essa é uma das mais bonitas mani-
festações de arte desse povo.
Barranqueiro: Vive às margens do Rio São BNCC
Francisco e transporta pessoas e mercadorias.
É chamado, também, de barqueiro; na proa (EF05GE01)
do barco, leva a carranca (cabeça de madeira Descrever e analisar
©André / stock.adobe.com

esculpida na proa das embarcações, repre-


sentando um animal feroz, supostamente para dinâmicas populacionais
espantar os maus espíritos e os perigos exis- na Unidade da Federação
tentes no rio).
em que vive, estabele-
Coletor de coco: Desfruta e limpa os coqueiros cendo relações entre
usando o sistema de rodilha de fibras naturais
(manufatura). O nordestino comumente o cha- migrações e condições de
ma de tirador de coco. infraestrutura.

(EF05GE02)
©THANAGON / stock.adobe.com

Identificar diferenças
©sol / stock.adobe.com

étnico-raciais e étnico-
-culturais e desigualda-
Formando Cidadãos 58 Geografia • 5o Ano
des sociais entre grupos
em diferentes territórios.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Separe grupos para pesquisar assuntos es-
pecíficos, como o clima, as praias, o relevo, etc.
Cada grupo confecciona uma maquete sobre um
tema e a apre­senta para os colegas. Depois, todos
juntos elabo­ram um texto com base nos temas
pesquisados.

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Atividades 3. Marque V, para as alternativas verdadeiras, e F,
59
para as falsas.

1. Complete o quadro de acordo com o que você


F A Região Nordeste é a mais extensa das
estudou sobre a Região Nordeste.
cinco regiões.

Estados Siglas Capitais


V O Nordeste é formado por nove estados.
Maranhão MA São Luís
Piauí PI Teresina
V O Nordeste tem a maior costa litorânea,
Ceará CE Fortaleza que é toda banhada pelo Oceano Atlântico.
Rio Grande
do Norte RN Natal
F Sergipe possui a maior concentração popu-
Paraíba PB João Pessoa lacional da Região Nordeste.
Pernambuco PE Recife
Agora, reescreva as alternativas falsas tornan-
Alagoas AL Maceió
do-as verdadeiras
Sergipe SE Aracaju
A Região Nordeste é a terceira mais extensa das
Bahia BA Salvador
cinco regiões.
2. Pinte o quadro que corresponde à resposta BNCC
correta. Sergipe possui a menor concentração populacio-
(EF05GE01)
a. A Região Nordeste é composta de: nal da Região Nordeste.
Descrever e analisar
dinâmicas populacionais
Seis estados Nove estados Cinco estados na Unidade da Federação
em que vive, estabele-
b. A Região Nordeste possui uma área de: 4. Como se originou a população nordestina? cendo relações entre
Originou-se da miscigenação das três etnias que migrações e condições de
3.869.637 km² 15.521.123 km² 1.558.196 km²
infraestrutura.
formaram o Brasil: indígenas, negros e brancos.
c. A parte mais povoada do Nordeste é a parte
costeira, banhada pelo: (EF05GE02)
Identificar diferenças
Oceano Oceano Oceano
Pacífico Atlântico Índico étnico-raciais e étnico-
-culturais e desigualda-
Formando Cidadãos 59 Geografia • 5o Ano
des sociais entre grupos
em diferentes territórios.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Para entrar ainda mais em contato com a
cultura da Região Nordeste, os alunos podem
levar CDs de músicas típicas, fotos de paisagens
(praias, agreste, caatinga) e outros objetos.

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5. Leia as características da população e rela-
Aspectos físicos da
60
cione-as aos estados da Região Nordeste que as
apresentam. Região Nordeste
a. Há grande presença de caboclos (originários
da mistura de brancos e indígenas) e cafuzos Relevo
(originários da mistura de negros e indígenas).
O relevo nordestino é caracterizado por pla-
naltos, planícies e depressões. A maior parte
b. É mais acentuada a presença de caboclos.
da Região se localiza em um extenso planalto
antigo e marcado por erosão. Destacam-se
c. A presença de mulatos é mais significativa. dois antigos e extensos planaltos: o Planalto da
Borborema e a Bacia do Rio Parnaíba. Há, ainda,
áreas altas e planas que formam as chapadas,
A/C Maranhão B Piauí
como a Diamantina, um importante polo turístico
da região; e a Chapada do Araripe.
Ceará Paraíba As chapadas da Bacia do Rio Parnaíba e os
B B
planaltos são encontrados na porção oeste do
território nordestino. Já a parte central abriga
C Alagoas C Sergipe depressões que ocupam grande maioria da Re-
gião, causadas pelo Rio São Francisco. O Planalto
da Borborema está ao leste: ele impede as chuvas
C Pernambuco C Bahia de chegarem ao Sertão, sendo um dos principais
responsáveis pela seca que assola o Nordeste. BNCC
B Rio Grande do Norte (EF05GE01)

©Marden / stock.adobe.com
Descrever e analisar
dinâmicas populacionais
na Unidade da Federação
em que vive, estabele-
cendo relações entre
migrações e condições de
infraestrutura.
A área litorânea apresenta a planície costei-
ra em toda a sua extensão, com a presença de (EF05GE02)
acidentes geográficos, como cabos, ilhas, baías,
Identificar diferenças
arrecifes, dunas, escarpas, atóis, abrolhos e
ainda várias baixadas montanhosas e barreiras. étnico-raciais e étnico-
Todas as praias são belíssimas e bastante explo-
-culturais e desigualda-
radas pelo turismo.
Formando Cidadãos 60 Geografia • 5o Ano
des sociais entre grupos
em diferentes territórios.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Construa, com os alunos, um portfólio conten-
do aspectos interessantes sobre os grupos étnicos
e sociais da Região Nordeste.

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FUNDAMENTAÇÃO
QUANDO SE FAZ NECESSÁRIA UMA EDUCAÇÃO REPENSADA
UM TAPETE PARA A CRIATIVIDADE

michaeljung / stock.adobe.com
De nada adiantará pensar em criatividade pós­-realização. O que importa é o estímulo às diferen­
tes respostas de cada criança, desde que ofereça­mos a elas estímulos que possam desaguar no seu
falar expressivo e criativo, em suas diferentes lin­guagens. É, por assim dizer, uma habilidade com­plexa
em que mudança, progresso e competição preparam o trabalho de uma sociedade que clama por ta-
lentos e originalidade. Hoje, o que importa são os recursos de talentos que tomam os lugares dos tão
desencantados.
Não é algo simples. Aliás, megafacetado e exigente. Depende dos mais variados estilos de pensa-
mentos, ambientes de trabalho, persona­lidades, motivação, força nas resoluções de pro­blemas, e até
cultura e clima. Assim, os aspectos biopsicossociais afetam e são afetados pelas mãos da criatividade.
Se pensarmos, então, nos moldes educacionais do passado, fica mais clara a ideia, quanto às reprodu-
ções dos conhecimentos vivi­dos e construídos, e não repetidos. A vez do alu­no e o olhar do professor
aos “não destaques” das incapacidades, das limitações, das subestimações, das visões negativas dão
lugar ao eterno pensa­mento da escola em propiciar os devidos tapetes para os desafios serem resolvi-
dos e poderem dar margem às imaginações com criatividade.

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Deve-se deixar de lado a noção de que o pro­
jeto ou ação desenvolvido pela criança possa
de­sencadear mudanças no cerne criativo, e tenha
que ter utilidades, características de perfeição,
impedindo a criança de poder sonhar, ser ambí­
gua e discordar de normas impostas pelo próprio
processo cultural.
A escola ainda reproduz o passado com suas
memorizações e reproduções, exigindo da crian­
ça, na maioria das vezes, conhecimentos já ul­
trapassados, como a dicotomia do certo-errado
fortalecida a todo instante, em que o erro gera
sentimentos negativos, de não sucessos e parece
não ser o real papel da escola do século XXI.
Deveríamos pensar “mais”, bem “mais”, em dar
oportunidade de “mais” de uma resposta nas ava­
liações e acreditar em nossos talentos de respos­
tas, ou melhor, de sujeito de respostas criativas e
diferentes, podendo dar as mãos às propostas de
novas ideias, novas possibilidades e opções, e que
cada problema ou desafio caracteriza o perfil da
“nova criança”: mais lúcida, com autoconfiança e
iniciativa, independente de pensamentos e ação,
persistente, corajosa aos riscos, com habilidades
michaeljung / stock.adobe.com

e competências múltiplas, dando o verdadeiro


lugar às passividades, às dependências e aos
ar­caicos objetivos do planejamento que “ainda”
es­tão inundados de “o aluno deverá ser capaz de”.
O mais importante é poder proporcionar às nossas
crianças uma contribuição efetiva de autoconhe­
cimento, de poder perceber uma reflexão sobre
ela mesma, sobre o seu potencial, sobre o valor,
a validade e a força de sua imaginação, em vez de
uma leitura isolada do mundo exterior.
Pensar que criatividade é dom ou privilégio é
atitude reducionista. O importante é a ação que
possa frutificar em experiências de desenvolvi­
mentos múltiplos às potencialidades das crian­ças,
que despertem o interesse e, aí sim, poder “ter
vontade de seguir adiante”, renovando as dimen-
sões do comportamento, como o afeto e o lúdico.

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É necessário o exercício de “se saber pensar”,
podendo imaginar e acreditar nas diferentes pos­
sibilidades de transformação de aluno ideal, com
os inúmeros estereótipos. Está na hora da capaci­
dade individualizada de aprender, do ser curioso,
da partilha, da iniciativa, do entusiasmo, da de­
dicação, do amor e do respeito no lugar de todo
e qualquer conformismo: velhos problemas que
necessitam de novas respostas com comprometi­
mento criativo.
Devemos lembrar que cada indivíduo sempre
cria com prazer e gosta de críticas construtivas,
de perceber suas capacidades, habilidades e
compe­tências, de ambientes com amor e respeito,
de diálogo, de desafios, de perceber seus pontos
mais fortes e de ser encorajado para se expor.
Pre­cisa incorporar atitudes de refinamento e arte-
-fi­nal em seus trabalhos. Ser valorizado deveria
ser a prática de todo professor, ao encontrar as
ideias do entorno, ter tempo para pensar e reali-
zar, ter metodologias diversificadas, solucionar
proble­mas de forma mais criativa, estar protegido
quan­do expõe suas obras e, por fim, poder errar

michaeljung / stock.adobe.com
para acertar e, assim, poder transformar.
No nosso entender, fica consagrado que a es­
cola criativa deverá ser aquela que possui atitu-
des e realizações que promulguem:
• Respeito;
• Desenvolvimento integral do ser humano;
• Colaboração;
• Avaliação contínua;
• Perceber e respeitar as diferenças individuais;
• Valorização de novas ideias;
• Interesse de estar capacitando seu corpo
docente;
• Estar alerta a novos empreendimentos e no-
vas experiências.

CAVALCANTI, Fernando Uchôa; FILHO, Audir Bastos. Caixa de


colagem. Rio de Janeiro: DP&A, 2003.

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23ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

2º DIA
Geografia: Aspectos físicos da Região Nordeste – páginas 60 (segunda coluna) e 61

Orientação didática:
• Distribua cópias da poesia Exaltação ao Nordeste, de Luiz Gonzaga de Moura.
• Peça aos alunos que leiam a poesia silenciosamente. Em roda de leitura, realize a leitura integral da
poesia para eles. Em seguida, solicite que cada aluno leia um verso da poesia.
• Solicite que pesquisem outras poesias que exaltem a Região Nordeste para apresentarem na próxima
aula.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e História.

3º DIA
Geografia: Aspectos físicos da Região Nordeste – página 62

Orientação didática:
• Promova um momento para a apresentação e dramatização das poesias pesquisadas. Incentive, porém
com cautela e respeito, os alunos mais tímidos.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

4º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

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DINÂMICA

RESPEITO E SOLIDARIEDADE
MATERIAIS:
Questionário.

COMO REALIZAR:
Faça um questionário com perguntas sobre os hábitos do
amigo de sala de aula. Escolha ou sorteie um amigo e faça
toda a entrevista com ele, a fim de caracterizar os gostos e
as opiniões dele. Depois, em dia previamente agendado, cada
um, de acordo com aquilo que levantou sobre o amigo, traz o
lanche para o outro. Isso acontecerá depois de uma discussão
sobre como foi perceber coisas do amigo que não sabia até
então.

IDADE ADEQUADA:
Entre sete e nove anos.

OBJETIVOS INCLUSIVOS DA ATIVIDADE:


Esta atividade tem a finalidade de fazer com que a criança
desenvolva a solidariedade, a percepção do outro, por suas
diferenças e, principalmente, o senso de partilha, de humaniza-
ção das relações.

ALMEIDA, Geraldo Peçanha. Minha escola recebeu alunos para a inclusão. Que
faço agora? Rio de Janeiro: Wak Editora, 2011.
Sergii Moscaliuk / stock.adobe.com

177

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5. Leia as características da população e rela-
Aspectos físicos da
60
cione-as aos estados da Região Nordeste que as
apresentam. Região Nordeste
a. Há grande presença de caboclos (originários
da mistura de brancos e indígenas) e cafuzos Relevo
(originários da mistura de negros e indígenas).
O relevo nordestino é caracterizado por pla-
naltos, planícies e depressões. A maior parte
b. É mais acentuada a presença de caboclos.
da Região se localiza em um extenso planalto
antigo e marcado por erosão. Destacam-se
c. A presença de mulatos é mais significativa. dois antigos e extensos planaltos: o Planalto da
Borborema e a Bacia do Rio Parnaíba. Há, ainda,
áreas altas e planas que formam as chapadas,
A/C Maranhão B Piauí
como a Diamantina, um importante polo turístico
da região; e a Chapada do Araripe.
Ceará Paraíba As chapadas da Bacia do Rio Parnaíba e os
B B
planaltos são encontrados na porção oeste do
território nordestino. Já a parte central abriga
C Alagoas C Sergipe depressões que ocupam grande maioria da Re-
gião, causadas pelo Rio São Francisco. O Planalto
da Borborema está ao leste: ele impede as chuvas
C Pernambuco C Bahia de chegarem ao Sertão, sendo um dos principais
responsáveis pela seca que assola o Nordeste. BNCC
B Rio Grande do Norte (EF05GE03)

©Marden / stock.adobe.com
Identificar as formas e
funções das cidades e
analisar as mudanças
sociais, econômicas e
ambientais provocadas
pelo seu crescimento.

A área litorânea apresenta a planície costei-


(EF05GE09)
ra em toda a sua extensão, com a presença de Estabelecer conexões e
acidentes geográficos, como cabos, ilhas, baías,
hierarquias entre dife-
arrecifes, dunas, escarpas, atóis, abrolhos e
ainda várias baixadas montanhosas e barreiras. rentes cidades, utilizando
Todas as praias são belíssimas e bastante explo-
mapas temáticos e repre-
radas pelo turismo.
Formando Cidadãos 60 Geografia • 5o Ano
sentações gráficas.

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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Escolha, juntamente com os alunos, uma
paisagem de algum relevo da região estudada.
Depois, disponibilize argila para a turma, a fim de
que reproduzam a paisagem. Utilizem da criati-
vidade para reproduzir os demais elementos da
paisagem, como a vegetação, animais, etc.

178
178

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Hidrografia Bacia do Atlântico 61
O Nordeste possui grandes bacias hidrográfi-
cas; dentre elas, a Bacia do São Francisco. Suas Nordeste Oriental
águas são importantes para a irrigação, para a Ocupa uma área que
vegetação e a geração de energia elétrica. Ob- abrange os estados
serve os mapas. do Ceará, da Paraí-
ba, do Rio Grande do Norte,
de Pernambuco e de Alagoas.
Os rios que compõem a bacia
estão em áreas com escassez
de chuvas.
Bacia Maranhense
Essa bacia é alimentada
pelos rios Itapecuru, Mearim, Além dessas bacias, podemos destacar as
Grajaú, Pindaré e Turiaçu. dezenas de açudes que foram construídos devido
ao problema de escassez de água que assola o
Nordeste.

©Paula Montenegro Dias / stock.adobe.com


Bacia do Parnaíba
Banha quase todo o Estado
do Piauí, 17% do Maranhão
e 9,8% do Ceará, com cerca
de 338 km2. O Governo Federal vem realizando um projeto
que consiste na transposição do Rio São Francis-
co, isto é, transfere uma parte das águas desse
rio para abastecer pequenos rios temporários e
Bacia do São Francisco açudes do sertão nordestino.
É um importante ca-
nal de comunicação
entre o Sudeste e o Canal Integração / Wikimedia Commons
BNCC
Nordeste, pois corta
estados de ambas as regiões. (EF05GE09)
Apesar de passar pelo sertão Estabelecer conexões e
nordestino, suas águas nunca
secam, pois ele possui vários hierarquias entre dife-
afluentes. rentes cidades, utilizando
mapas temáticos e repre-
Formando Cidadãos 61 Geografia • 5o Ano
sentações gráficas.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Solicite às crianças que realizem uma pesquisa
sobre três importantes rios da Região Nordeste e
que, a partir dessa pesquisa, debatam, em sala de
aula, a respeito da relevância deles para a Região.
Comente que é a partir dos rios que muitos pes-
cadores podem viver da pesca, e que a vegetação
necessita da irrigação trazida pelos rios, pois a
mantém viva.

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Clima Vegetação 62
O Nordeste é caracterizado pela escassez de No Nordeste, a cobertura vegetal apresenta va-
chuva, que provoca a seca, pois a Região está riadas espécies. Ao longo das áreas litorâneas, são
localizada na zona intertropical da Terra. Devido encontrados mangues, vegetação de dunas, etc.
à grande quantidade de raios solares, a tempe- Nas regiões onde prevalece o clima semiári-
ratura é sempre muito elevada, e as chuvas não do, encontra-se a caatinga, formada por árvores
são bem distribuídas no decorrer do ano. Há, no baixas, de galhos retorcidos com poucas folhas,
território nordestino, três tipos de clima: o tropi- e por vários tipos de cacto.
cal litorâneo, o semiárido e o equatorial úmido. Em locais em que ocorre o clima tropical,
como no centro-oeste da Região, em trechos

©marabelo / stock.adobe.com
Clima equatorial dos estados da Bahia, do Piauí e do Maranhão,
úmido: É identificado é encontrado o cerrado formado por pequenas
em uma restrita parte árvores e arbustos.
da Região, localizada No extremo oeste, onde o clima é tropical
a oeste do Maranhão, úmido, a vegetação encontrada é a Mata Atlân-
que sofre influência do tica, floresta tropical em pequenos trechos do
clima equatorial, com litoral, hoje muito devastada; e, na porção cen-
temperaturas elevadas tro-oeste, temos a ocorrência da Mata dos Co-
e chuvas abundantes. cais, abrangendo, principalmente, os estados do
Maranhão e do Piauí, com predomínio do babaçu,
da carnaúba e do buriti.
©kleberpicui / stock.adobe.com

Clima semiárido: Conheça mais características de cada vegeta-


Abrange especialmen- ção da Região Nordeste.
te a região central do

©Tupungato / stock.adobe.com
Nordeste, onde as tem-
peraturas são elevadas
durante o ano todo. As
chuvas são irregulares,
e existe ocorrência de
estiagem prolongada.
©quicolopez / stock.adobe.com

Clima tropical litorâ- BNCC


neo: Ocorre no litoral
de todos os estados (EF05GE03)
Mata Atlântica: Também é conhecida como
da Região. Esse clima
Floresta Tropical Úmida. Podia ser encontrada Identificar as formas e
apresenta duas esta-
ções bem definidas,
em toda a faixa litorânea desde o Rio Grande funções das cidades e
do Norte até o Rio Grande do Sul, mas hoje,
sendo uma seca e a
devido ao desmatamento, só existem 5% da
analisar as mudanças
outra chuvosa.
mata nativa. sociais, econômicas e
ambientais provocadas
Formando Cidadãos 62 Geografia • 5o Ano
pelo seu crescimento.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
O cacto é, sem dúvidas, a vegetação mais mar-
cante do Nordeste. Leve para a sala de aula curio-
sidades sobre essas plantas, ou promova uma
pesquisa em grupo para que os alunos descubram
por si só. Há muitas curiosidades interessantes,
como as lindas flores que são colocadas por eles,
e o fato de alguns serem comestíveis.

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FUNDAMENTAÇÃO
SER PROFESSOR
Ser professor é saber que o desafio de olhar a educação do nosso tempo exige-nos uma perspectiva
humanística e interdisciplinar. É saber da necessidade de resgatarmos a solidariedade, o dinamismo e o
compromisso com a autenticidade e a unicidade de cada ser. É saber que somos todos aprendentes na
magia da vida.
Ser professor é “sentipensar” que não existe uma única abordagem que consiga dar conta da com-
plexidade de nosso tempo e que nossa tarefa maior é a de nos responsabilizarmos por nossas ações,
com humildade, compreensão, amizade, amorosidade, parceria e criatividade. Ser professor é desejar
uma Educação para a Paz, em que sejamos parcelas da Luz que emana para a construção do Bem, do
Belo e do Divino na Vida, no Mundo, em nós.
Ser professor é saber-se Ser de incompletudes e, por isso, desejar seguir aprendendo a cada dia, no
sentido de ser um Ser melhor para si mesmo, para os outros e para o humano mundo. Ser professor é,
também, não saber, um necessário primeiro passo de nossas consciências para a busca por mudanças e
novas aprendências.
Ser professor é saber que precisamos ensinar, deixar uma marca e exercer nossa autoria de pensa-
mento, colaborando na superação de limitadas práticas pedagógicas, mesmo que muitos acreditem que
não há mais nada a fazer. Ser professor é saber que a razão de nosso exercício na docência encontra-se
no propósito de ensinar aos nossos aprendizes, mostrando possibilidades, despertando potencialidades,
enxergando os outros e dispondo-se ao diálogo e à interação, superando desnecessários confrontos
e revelando plenitudes de si mesmo, compartilhando dilemas, histórias, vitórias, movimentos, lutas e
lidas imanentes em cada um de nós.
Ser professor é sempre buscar o tempo de semear, conclamando histórias e oportunidades para res-
significar os sentidos do existir, importando-se com a semente, mas sem se esquecer de preparar com o
arado da Amorosidade o solo onde cada uma delas será depositada. Ser professor é seguir acreditando
na Vida, Poesia, apostando em uma Pedagogia da Amorosidade que, com nossas intervenções e inven-
ções, realmente nos faz acreditar que um outro mundo é, de fato, possível.

FREIRE, S. Seja o professor que você gostaria de ter. 4º Ed. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2012.

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24ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

2º DIA
Geografia: Aspectos físicos da Região Nordeste – página 63

Orientação didática:
• Divida sua classe em duplas e proponha que desenhem as bandeiras dos estados da Região Nordeste e
pesquisem sobre a cultura regional.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e História.

3º DIA
Geografia: Aspectos físicos da Região Nordeste – páginas 64 e 65

Orientação didática:
• Divida a turma em dois grandes grupos para debate: um ficará responsável por debater os tipos e be-
nefício do turismo para a economia da região; outro, debaterá os tipos de manifestação cultural e sua
contribuição para o turismo da região.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

4º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

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DINÂMICA

COLHERES QUE VOAM


MATERIAL:
Baldes, potes de sorvete, colheres.

fotofabrika / stock.adobe.com
FAIXA ETÁRIA:
6 a 12 anos.

OBJETIVO:
Desenvolver a habilidade de movimentos, o equilíbrio e a coordenação.

DESENVOLVIMENTO:
Forme equipes com os participantes. Cada equipe deverá formar uma fila. Ao lado do primeiro par-
ticipante deverá ser colocado um balde com areia ou água. Ao lado do último participante, deverá ser
colocado o pote de sorvete vazio.
Dado o sinal, o primeiro da fila enche a colher com a areia ou a água e passa para o segundo da fila
que, sucessivamente, vai passando para trás até chegar às mãos do último da fila, que deverá colocar o
conteúdo da colher no pote de sorvete.
O primeiro participante vai para o último lugar da fila e a atividade recomeça. Ganha a equipe que
mais areia ou água conseguir colocar no pote de sorvete.

APLICAÇÃO:
Em nossa vida, é muito importante contar com os amigos, pois eles são fundamentais!

LARANJEIRAS, Priscila R. Aguiar. Atividades recreativas para todas as idades. Curitiba: A. D. Santos Editora, 2009

Uros Petrovic / stock.adobe.com

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©albert gallery / stock.adobe.com

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©Pulsar Imagens / stock.adobe.com


Mata dos Cocais: Formação vegetal de tran- Caatinga: Vegetação típica do Sertão, é com-
sição entre os climas semiárido, equatorial e posta por cactos, como o mandacaru, o xique-
tropical. As espécies principais são o babaçu e a xique e a barriguda, que conseguem acumular
carnaúba. Os estados abrangidos por esse tipo água e sobreviver em ambientes secos.
de vegetação são parte do Ceará, o Maranhão,
o Piauí, o Rio Grande do Norte e o Tocantins, na
Região Norte.

©Mardoz Lule / stock.adobe.com


©marabelo / stock.adobe.com

BNCC
(EF05GE08)
Analisar transformações
de paisagens nas cidades,
comparando sequência
de fotografias, fotogra-
fias aéreas e imagens
de satélite de épocas
Vegetação litorânea: Podemos incluir os man- diferentes.
Cerrado: Ocupa 25% do território brasileiro, gues, um riquíssimo ecossistema, local de mo-
mas, no Nordeste, só abrange o sul do Estado radia e reprodução dos caranguejos e de várias
do Maranhão e o oeste da Bahia. Apresenta espécies de crustáceos e peixes, sendo um (EF05GE09)
árvores de baixo porte, com galhos retorcidos; local importante para a preservação de rios e Estabelecer conexões e
no chão, é coberto por gramíneas e apresenta lagoas; também podemos incluir as restingas e
um solo de alta acidez. as dunas, que são cenários bem conhecidos do hierarquias entre dife-
Nordeste. rentes cidades, utilizando
Formando Cidadãos 63 Geografia • 5o Ano
mapas temáticos e repre-
sentações gráficas.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Ao trabalhar esse assunto, aproveite para
desconstruir o estereótipo que existe sobre o
Nordeste. Geralmente as crianças devem acreditar
que tudo é seco e a vegetação predominante é a
caatinga. Mostre imagens de outros tipos de ve-
getação da região, como os mangues, o cerrado,
as matas e as restingas. Leve para a sala imagens
dos rios, das praias, cachoeiras e desmistifique a
velha crença de uma região exclusivamente seca
e pobre.

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As sub-regiões do Nordeste 64
Devido às diferenças de relevo, vegetação, ocupação humana e clima, a Região Nordeste é dividida
em quatro sub-regiões: Meio-Norte, Sertão, Agreste e Zona da Mata.

Meio-Norte
O Meio-Norte é uma faixa de transição
entre a Floresta Amazônica e o Sertão. Zona da Mata
Apresenta dois tipos de clima: próximo ao A Zona da Mata corresponde à faixa litorânea
Sertão, o clima é quente e seco; próximo nordestina, desde o Rio Grande do Norte até a
à floresta, o clima é quente e úmido. Bahia. A zona recebeu esse nome porque era
totalmente ocupada pela Mata Atlântica. Essa
área, atualmente, é a mais povoada.

Maranhão Ceará
Rio Grande do Norte

Sertão
O Sertão é a maior das Paraíba
sub-regiões. A maioria dos
estados nordestinos tem
Piauí Pernambuco BNCC
área nessa porção regional. (EF05GE03)
As chuvas são irregulares e Alagoas
escassas, existem constan-
Identificar as formas e
tes períodos de estiagem. A Sergipe funções das cidades e
vegetação típica é do bioma
da caatinga.
Bahia analisar as mudanças
sociais, econômicas e
ambientais provocadas
Agreste pelo seu crescimento.
A sub-região do Agreste é uma área
intermediária entre o litoral úmido
(Zona da Mata) e o interior de clima (EF05GE09)
semiárido (Sertão). A agropecuária
Estabelecer conexões e
praticada nessa área é bastante
desenvolvida e fornece produtos hierarquias entre dife-
para todo o Nordeste.
rentes cidades, utilizando
mapas temáticos e repre-
Formando Cidadãos 64 Geografia • 5o Ano
sentações gráficas.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Oriente os alunos a realizar uma leitura do


mapa localizando os estados da Região Nordeste.
Leia o texto e abra espaço para um debate. Expli­
que à turma que, na área total da Região Nordes-
te, está incluída uma área de 2.977,4 km2, que está
em litígio entre os estados do Piauí e do Ceará.
Peça às crianças que identifiquem essa área no
mapa do Nordeste.

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Atividades 4. Coloque V, para as frases verdadeiras, e F, 65
para as falsas.

1. Complete os espaços abaixo. V O clima tropical litorâneo é ameno e quen-


te, dependendo da estação do ano.
A Região Nordeste apresenta, em toda a sua ex-
F No Maranhão, encontramos o clima subtro-
tensão, a planície costeira , com a pical, que abrange grande parte da Floresta
Amazônica.
presença de acidentes geográficos . F Alguns estados do Nordeste apresentam,
também, um clima muito frio, com presen-
Suas praias são visitadas o ano inteiro por causa ça de neve.

das suas águas quentes e suas V O clima semiárido é encontrado na região


central do Nordeste, onde as temperaturas
belezas tropicais . são elevadas o ano todo.

2. Encontre, no diagrama abaixo, dez acidentes 5. Quais tipos de vegetação podemos encontrar
geográficos que podemos encontrar na planície no Nordeste?
costeira.
Podemos encontrar Mata Atlântica, Mata dos

Q A R R E C I F E S P Y K Y T V E B Y K Cocais, cerrado, caatinga e vegetação litorânea.


H B S E S V T Ç Y WS L I T G B B A Z A
C G E T C E B I R B U N L T V A V R Z B BNCC
A O N Q A T Ó I S T D A H E S Í F R J R (EF05GE03)
B L D R R N H A D S U T A R N A N E P O 6. Por que a vegetação do Nordeste é muito
Identificar as formas e
O H S A P I S F C A N L S M T S Q I Z L variada?
S Q V D A R A F B Y A P K Ã O U R R H H funções das cidades e
Porque tem um clima diversificado.
T S A O S G R WWS S Ç O A N O T A D O analisar as mudanças
B A I X A D A S * M O N T A N H O S A S
sociais, econômicas e
S F C A N L S M T E B I R B U O A P Q U
ambientais provocadas
7. Ligue corretamente as colunas.
pelo seu crescimento.
3. Pesquise e escreva o nome de dois rios do Equatorial Sertão
Nordeste cuja água corre em abundância.
(EF05GE09)
O São Francisco e o Parnaíba.
Tropical litorâneo Oeste do Maranhão Estabelecer conexões e
hierarquias entre dife-
Semiárido Litoral nordestino rentes cidades, utilizando
mapas temáticos e repre-
Formando Cidadãos 65 Geografia • 5o Ano
sentações gráficas.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Monte um mural com os aspectos naturais da


Região Nordeste.
REGIÃO ALTITUDE/RELEVO HIDROGRAFIA CLIMA VEGETAÇÃO ORIGINAL
Nordeste • Predominam altitudes • Destaca-se a bacia do • Predomina o clima • Predominam a caatin-
médias. São Francisco. tropical – quente e chu- ga e o cerrado.
• Apresenta planaltos • Apresenta rios tem- voso no verão e seco no
(predominantes), de- porários, que secam inverno.
pressões e planícies. completa­mente nos • Clima tropical semiári-
períodos sem chuvas. do (no sertão) – quente
e com chuvas escassas
e irregulares.

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FUNDAMENTAÇÃO

Costumamos chamar de PROFESSAUROS


O PROFESSAURO
aqueles que ainda chamados de professores,
mas que já abandonaram seus ideais, seus sonhos e
que estão em sala de aula apenas para cumprir sua programa-
ção, ou, como diríamos no futebol, apenas para cumprir a tabela.
Não querem chegar a lugar algum, não querem mudar nada. Só servem para
atrapalhar nossos ideais e fazer com que a nossa educação, não alcançando
suas metas, seja desrespeitada e desvalorizada por tantos.
Mas eles existem.
Observem os sintomas a seguir e, se encontrar na sua escola alguém assim...
cuidado:

O PROFESSAURO
1 – Reclama de tudo – Está sempre insatisfeito, parece mal-amado. Reclama do calor, do
salário, dos alunos, das férias que não chegam. Nunca está na turma do “vamos fazer”. Gosta
mais do grupo “não vale a pena”.
2 – Adora dar aula sentado – É só chegar à sala e se esparrama na cadeira. Já chega can-
sado. Desse jeito, não valoriza o seu trabalho, ignora seus alunos e demonstra desconhecer o
mínimo sobre comunicação. Quando cansa da cadeira, senta na mesa. Pobres alunos...

Victor / stock.adobe.com

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3 – Culpa os alunos pelos fracassos que são
seus – O professor é o líder e o gerenciador de
tudo que acontece em seu espaço e local de tra-
balho. Cabe a ele criar o ambiente da motivação,
despertar entusiasmo e interesse dos seus alunos.
Professores assim só querem ser responsáveis
pelos resultados obtidos por alunos de sucesso.
Quando encontram um ex-aluno, agora professor,
médico ou advogado, dizem com natural orgulho:
“Foi meu aluno”.
Mas, quando o aluno não obteve o mesmo
êxito, apressam-se a dizer: “Não queria nada com
os estudos”.
Você é responsável, sim, pelo sucesso dos seus
alunos, tanto quanto pelos seus fracassos. Pense
nisso.
Quando o seu aluno é reprovado, todo o pro-
cesso precisa ser reavaliado. Aliás, a ideia de
avaliação escolar deve passar pela análise do
processo e não do resultado isoladamente.
4 – Detesta novidade – Ele fica louco quan-
do alguém tem alguma ideia e o convida para
colocá-la em prática. Quando você chega de um
Samuel B. / stock.adobe.com

congresso cheio de ideias e novidades, ele é o


primeiro a dizer: “Isso não vai dar certo. Estou na
educação há muitos anos e nunca deu certo”. Ele
não consegue mais sonhar e, também, não quer
ninguém sonhando perto dele. O sonho dele é
puxar você para baixo, para sua imobilidade.
Resista!
5 – Suas aulas são sempre iguais – Passa ano,
entra ano e não muda nada na aula dele. É tudo
igual. Sempre a mesma coisa, a mesma falta de
criatividade, a mesma falta de interesse, repetindo
até as mesmas palavras. Não aprendeu nada nos
últimos anos, não leu nada, aliás, normalmente
nem gosta de ler. É fácil encontrá-lo. Fala pouco
e, aparentemente, concorda com tudo, para não
chamar a atenção.
Quando leciona em turmas do 1° ao 5° costu-
ma ficar sempre na mesma série. Mudar de série
implica reaprender, e isso, para ele, é horrível.

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6 – Vive pensando na aposentadoria – É mais
do que legítimo o direito de, depois de tantos anos
de trabalho, encontrar o descanso merecido. Mas
você deve sair de cena com dignidade, cumprindo
até o último momento suas obrigações com entu-
siasmo e profissionalismo, deixando um gostinho
de saudade.
Aposente-se com orgulho pela história que
você construiu e não como uma fuga.
Alguns profissionais quando estão perto da tão
sonhada aposentadoria, na realidade, primeiro,
aposentam seus espíritos, passam a andar na es-
cola como zumbis, depois aposentam seus ideais,
deixam de manifestar interesse pela profissão que
elegeram para suas vidas. No mínimo, ingratidão.
7 – Sofre da síndrome da Gabriela – Quando
convidado a mudar, a fazer coisas diferentes, a
buscar novas estratégias, costuma dizer, atola-
do na sua zona de conforto: “Eu nasci assim, eu
sou mesmo assim e vou ser sempre assim”. É a
própria.
8 – Adora atestado médico – Em algumas

Dipshri Photography / stock.adobe.com


cidades, chega perto de 30% o percentual men-
sal de afastamento de professores com atestado
médico.
Apresentam atestados pelos mais variados
motivos. Muitas vezes, problemas sérios e verda-
deiros e outros nem tanto: dor de barriga, unha
encravada, paixão recolhida, etc.
Provavelmente essa profusão de atestados
médicos deve-se, também, à existência de alguns
medicossauros do sistema.
Precisamos ter cuidado com o PROFESSAURO.
Ele é perigoso, chega de mansinho, vai toman-
do espaço e, quando você se dá conta, não conse-
gue andar sem tropeçar em algum.
Previna a sua escola, coloque avisos na sala
dos professores e fique alerta. Em caso de suspei-
ta, consulte a sua consciência.

FREIRE, José Carlos Serrano. Seja o professor que você


gostaria de ter. 4ª ed. Rio de Janeiro: Wak Editora,
2012.

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25ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Semana de revisão.

2º DIA
Semana de revisão.

3º DIA
Semana de revisão.

4º DIA
Semana de revisão.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

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DINÂMICA

FORMAS E MOVIMENTOS

1. Solicitar ao grupo que ande em silêncio pela sala, tomando posse de


todos os espaços e olhando as pessoas. Pôr música suave.

2. Quando sentir que todos percorreram o espaço, pedir a cada aluno que
escolha um lugar para estar de pé.

3. Solicitar a cada participante que forme, com seu corpo, uma estátua,
sem falar, representando o modo como se sente no grupo.

4. Quando todos tiverem construído sua forma, solicitar-lhes que a desar-


mem e formem um círculo.

5. Chamar um aluno pelo nome, explicando-lhe que, ao ouvir o próprio


nome, ele deverá repetir a forma criada para que todos possam vê-la,
desmanchando sua estátua antes de o próximo nome ser chamado.

6. Quando todos tiverem demonstrado sua criação, pedir que todo o grupo
construa uma forma que o represente.

7. Pedir que os alunos compartilhem com o grupo suas observações e seus


sentimentos:
• O que lhe chamou a atenção nas formas individuais?
• O que pôde perceber sobre o processo grupal ao vivenciar a criação
coletiva?
• Como se sentiu durante a atividade?

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SEMANA DE REVISÃO 4. Escreva o nome das sub-regiões da Região
Nordeste.
Unidade 3 Zona da Mata
• Problemas da cidade e do campo: serviços
públicos e cidadania Sertão
• Região Nordeste
• Aspectos físicos da Região Nordeste Agreste

1. O que é a administração pública? Meio-Norte

Administração pública é o conjunto de órgãos, 5. Complete:

serviços e agentes do governo que devem satisfa- A Região Nordeste é composta de nove estados.

Ela possui uma área de 1.554.257 km² e a parte


zer às necessidades da sociedade.
mais povoada do Nordeste é a área cos­teira, ba-

nhada pelo Oceano Atlântico.

2. Explique, com as suas palavras, o que é


metrópole. 6. Desenhe uma paisagem representando elemen-
tos de aspectos físicos da Região Nordeste.
Resposta pessoal

3. Escreva a resposta a cada uma das perguntas a


seguir.
a. Quais são as paisagens ou os espaços de que
você mais gosta na sua cidade? Resposta pessoal

Resposta pessoal

b. Escreva alguma mudança que você acompanha


em sua cidade.

Resposta pessoal

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FUNDAMENTAÇÃO

DEIXAR NOTA PRA ELES?


André é meu sobrinho. Com ele e com sua irmã Sabine, é que fiz meus primeiros treinos para ser um
bom vovô, do jeito que sou hoje. Eles são apenas meus sobrinhos, mas nasceram quando meus filhos já
eram crescidos e eu começava a esperar os netos.
Não conseguíamos saber qual dos dois era mais esperto. Faziam tudo precocemente ou, talvez, como
todas as crianças façam hoje. Minha comparação era feita com minha própria infância, em uma cidade-
zinha cercada de mato, há alguns anos. Se eu, aos sete anos, soubesse tanto como eles aos três, hoje eu
seria alguma coisa!
Além de muitos outros estímulos, sua mãe os fez manusear o lápis bem antes de abandonarem a
chupeta. Com isto, quando entraram na escola, tudo lhes sorriu e eles iam faceiros e rapidamente, como
um barco à vela com vento a favor e mar calmo em uma manhã vibrante de sol da primavera.
Mas um dia – sempre há um dia – lá pela sexta série, o André ficou em recuperação. Recuperação,
na escola, não significa exatamente recuperação como diz o médico no caso de uma doença que ponha
alguém no hospital. Significa que o aluno ou a aluna tem de prestar um exame. Se neste exame “tirar” a
nota de que “precisa”, ele ou ela estará aprovado(a).
André precisava de 4. Eu já havia conversado com ele sobre a importância da nota: sem nota, você
não passa, e, se passar sempre, tudo estará bem. Ele sabia: aquilo que lhe interessava de verdade, ele
aprenderia de muitos outros modos. Gostava, por exemplo, de acompanhar o trabalho dos pedreiros e
ajudá-los nisto; gostava de ler e lia muito; estava sempre perguntando como era isto ou aquilo. Uma
que outra vez até na escola, havia algumas coisas interessantes.
Mas a nota? Sua mãe (lá dele) se assustou. Ela tinha clareza sobre a importância de um boletim
limpo, como todos os anos levando o mesmo carimbo: aprovado. Ela queria, além disto, que seus filhos
tivessem sempre notas boas.
André lhe dizia: “Mas até o padrinho (era eu) disse que o que importava era passar e eu vou passar”.
Sua mãe, naturalmente, não aceitava isto. Queria que seus filhos causassem inveja a toda vizinhança
e, por isto, insistia que tirar uma nota boa na recuperação era decisivo: aumentaria a média na matéria
e melhoraria todo o conjunto das notas daquele ano.
– Mãe, eu só preciso de 4!
Mas os conselhos continuavam: que tirasse, então, um nove ou um oito. Isto já estaria bom. De mais
a mais, diminuiria a vergonha de ter ficado em recuperação. Poderia dizer a todos que, em matéria de
estudo, não havia dificuldade alguma.
Em um destes momentos de discussão, André fechou a questão. Até sua mãe parou de insistir depois
que ouviu a declaração peremptória do filho:
– Pra que vou tirar mais do que quatro? Por que vou deixar nota para eles?

GANDIN, Danilo. Crônicas para uma nova escola. Rio de Janeiro: Wak editora, 2008.

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26ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

2º DIA
Geografia: Economia da Região Nordeste – páginas 66 e 67

Orientação didática:
• Faça uma lista dos lugares turísticos mais atraentes da Região Nordeste e pesquise sobre eles junta-
mente com a sua turma.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e História.

3º DIA
Geografia: Economia da Região Nordeste – páginas 68 e 69

Orientação didática:
• Incentive a pesquisa individual, auxiliando cada criança a pesquisar sobre um elemento da economia
da Região Nordeste e, posteriormente, compartilhando com a turma.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

4º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

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DINÂMICA

BALÕES CHEIOS DE SONHOS


MATERIAL:
Balões coloridos, um para cada participante.

FAIXA ETÁRIA:
Todas as idades.

OBJETIVO:
Aprender a depositar nas mãos de Deus os nossos sonhos.

DESENVOLVIMENTO:
1. Forme um círculo com todos os participantes.
2. Entregue um balão para cada um.
3. Peça aos participantes que imaginem que, ao encher os balões, estarão colocando dentro deles
todos os seus sonhos, planos, anseios e desejos mais queridos. Diga-lhes para serem bem criativos e
não terem vergonha de colocar tudo o que desejam: um brinquedo, um carro, passar no vestibular, a
viagem dos sonhos, a casa própria, etc.
4. Quando os balões estiverem cheios, oriente-os a amarrá-los bem.
5. Jogando os balões para o ar, como em uma partida de vôlei, os participantes deverão “comparti-
lhar” os seus sonhos. Atenção: não deixem os sonhos cair no chão!
6. Interrompa o “compartilhamento dos sonhos” e peça que cada um fique com um balão na mão.
Pergunte: você está com os seus sonhos nas mãos ou são os sonhos de outras pessoas? Seja como for,
os sonhos são muito importantes.
7. Peça aos participantes que coloquem os “sonhos” no chão e estourem.
8. Pergunte: Onde estão os sonhos agora? Foram embora? Morreram? Perderam-se? Estão no ar?
(Ouça as respostas).
9. Peça aos participantes que se coloquem na ponta dos pés, ergam as mãos para o alto e simulem
um movimento de entrega.

APLICAÇÃO:
Nossos sonhos, planos, anseios e desejos mais queridos não devem estar guardados, não devem
ficar apenas em nossas mãos e coração, eles devem ser entregues nas mãos de Deus, o melhor lugar
para eles.

LARANJEIRA, Priscila R. Aguiar. Atividades recreativas para todas as idades. Curitiba: A.D. Santos Editora, 2009.

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Economia da Região Extrativismo animal: no litoral, desenvolve-se
66
a pesca, explorando-se camarão, lagosta, aratu,
Nordeste siri e caranguejo. Há grande variedade de peixes,
como peixe-agulha, cioba e cavala. Da água doce,
se extraem surubim, traíra e tilápia.
As atividades econômicas importantes são a
agricultura, a pecuária e o extrativismo, além da

©Ilya Sviridenko / stock.adobe.com


indústria e do turismo.

Extrativismo

Extrativismo mineral: o produto mineral mais


importante dessa região é o petróleo, cuja
sondagem teve início em Camaçari (BA). Nesse
estado, está um polo industrial petrolífero com
várias refinarias.
©TTstudio / stock.adobe.com

BNCC
Extrativismo vegetal: merece destaque a ex-
tração do babaçu, no Maranhão; extração da (EF05GE03)
carnaúba, no Piauí, no Ceará e no Rio Grande do Identificar as formas e
Norte. Temos, ainda, o extrativismo da castanha-
-de-caju, do coco, do buriti e da piaçava.
funções das cidades e
analisar as mudanças
sociais, econômicas e

©Nitr / stock.adobe.com
O sal é outro importante mineral extraído. ambientais provocadas
O mármore, o cobre, o calcário e o chum- pelo seu crescimento.
bo também já são beneficiados através das
fábricas.
Outro produto mineral bastante extraído, com (EF05GE05)
que os artesãos fazem esculturas, cinzeiros, pa-
nelas e jarros e comercializam em larga escala, Identificar e comparar
é a argila (barro). as mudanças dos tipos
de trabalho e desenvol-
vimento tecnológico na
agropecuária, na indús-
Formando Cidadãos 66 Geografia • 5o Ano tria, no comércio e nos
serviços.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Apresente o quadro econômico da Região Nor­
deste, enfatizando a sua diversidade. Destaque
as principais zonas de comércio da Região Nor­
deste, bem como os seus meios de transporte e
comunicação.

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Pecuária Indústria 67

©Cacio Murilo / stock.adobe.com


Na pecuária, desenvolve-se a criação de suí-
nos (MA), de caprinos (BA, PE, PI, CE), equinos e
ovinos (BA).
No Agreste, onde as terras são mais secas,
cria-se o gado bovino. No Sertão, a pecuária
ocupa um lugar de destaque. Como essa região
ainda não é desenvolvida no processo de meca-
nização e modernização, a pecuária é desenvol-
vida de forma tradicional ou extensiva, isso quer
Porto de Suape, Ipojuca, Pernambuco
dizer que os animais são criados em extensas
áreas, sem maiores cuidados e se alimentam
quase sempre de pastagens nativas e não culti- A Região Nordeste, ao longo dos anos, vem
vadas. Diante disso, a produtividade é baixa. atraindo elevados investimentos para o seu setor
econômico.
©Athos / stock.adobe.com

A migração de empresas se deve, principal-


Depois da criação de mente, ao fato de o Nordeste possuir abundante
gado bovino, a principal mão de obra de baixo custo, sem contar que
é a criação de capri- muitos estados oferecem incentivos fiscais para
nos, que são resistentes as empresas interessadas, que também apro-
às condições adversas veitam o fator da proximidade com as fontes de BNCC
impostas pelo clima. O matéria-prima, como cana-de-açúcar, algodão,
Nordeste é a região que (EF05GE03)
frutas, cacau e tabaco, para a fabricação dos
possui o maior rebanho respectivos produtos: açúcar e álcool, tecidos, Identificar as formas e
dessa espécie no Brasil. sucos, chocolates e charutos.
funções das cidades e
Destaca-se a produção de aços especiais,
produtos eletrônicos, equipamentos para irriga- analisar as mudanças
Agricultura ção, barcos, chips, softwares, baterias e produ- sociais, econômicas e
tos petroquímicos, além de marcas de etiquetas
Na agricultura, o nordestino cultiva a cana-de- famosas, calçados de couro e de lona, tecidos de ambientais provocadas
-açúcar em Pernambuco, apoiado pelo solo mas- todos os tipos e sal marinho. O polo gesseiro de pelo seu crescimento.
sapê da Zona da Mata. Araripina, em Pernambuco, é o mais importante
Nos estados de Alagoas e Sergipe, é cultivado o do país, responsável por 95% do gesso consumi-
fumo; e, na Bahia, o cacau. Todos esses produtos do no Brasil. (EF05GE05)
são de exportação.
A área de maior concentração agrícola é o Prestação de serviços Identificar e comparar
Agreste, onde os principais produtos cultivados são as mudanças dos tipos
feijão, café, arroz, milho, batata-doce, mandioca, No que diz respeito à prestação de serviços, é
algodão e grande variedade de frutas tropicais. possível apontar áreas que têm se desenvolvido
de trabalho e desenvol-
O Sertão comercializa o algodão, que tem bastante: ciência, tecnologia, softwares, engenha- vimento tecnológico na
inúmeras utilidades, e o sisal, para fios, barbantes ria elétrica, computação, biotecnologia, saúde,
e artesanato. dentre outras.
agropecuária, na indús-
Formando Cidadãos 67 Geografia • 5o Ano tria, no comércio e nos
serviços.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Providencie, previamente, um texto relatando
os principais produtos cultivados na Região Nor-
deste, dentre eles, a cana-de-açúcar. Aproveite
para relatar alguns fatos históricos que marcaram
a agricultura da Região, como o ciclo da cana-de-
-açúcar. Em seguida, co­mente sobre a pecuária e
o desenvolvimen­to crescente do setor industrial
nos últimos anos. Discuta, debata e escute, com
atenção, as argumentações dos alunos.

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Turismo 68

@reubergd / stock.adobe.com
O Nordeste é procurado pela sua importância
no turismo. O litoral é o principal atrativo: oferece
milhares de quilômetros de praias tropicais. São
300 dias de Sol por ano, em média. O patrimônio
histórico e cultural também é muito rico, evi-
denciando-se as cidades coloniais de São Luís
e Olinda, consideradas Patrimônio Histórico da
Humanidade; sobressai, ainda, Salvador, primeira Fernando de Noronha, em Pernambuco, um
capital do Brasil, com sítios históricos recupera- dos maiores polos turísticos do país
dos, assim como o Recife, em Pernambuco, área
que foi dominada por holandeses no século XVII. Outro grande destaque nacional e mundial é
A cultura nordestina é um atrativo à parte para Fernando de Noronha, com suas maravilhosas
o turista. Em cada estado, há danças e hábitos paisagens e seu mar cristalino, local que abriga
seculares preservados. As rendas de bilro e a ce- os golfinhos saltadores, conhecidos em todo o
râmica são as formas mais tradicionais de artesa- mundo. Destaca-se, também, o Parque Nacio-
nato. As festas juninas em Caruaru (PE) e Campi- nal dos Lençóis Maranhenses, um complexo de
na Grande (PB) são as mais populares do país. dunas, rios, lagoas e manguezais.
O Carnaval continua sendo o evento que mais

@Andre / stock.adobe.com
atrai turistas, especialmente para Salvador, Olinda
e Recife.
©Sérgio Rocha / stock.adobe.com

Arquipélago dos Abrolhos, Bahia

Na Bahia, encontram-se a Costa do Sauípe,


Genipabu, no Rio Grande do Norte maior complexo turístico do Brasil, e o Arqui-
pélago dos Abrolhos, que possui excelente área
para mergulho livre, além de atrações como a
©creative / stock.adobe.com

temporada das baleias jubarte, que se inicia no BNCC


mês de julho.
(EF05GE03)
No Piauí, encontram-se os parques nacionais
Sete Cidades, Serra das Confusões e Serra da Ca- Identificar as formas e
pivara, com formação rochosa e pinturas rupes- funções das cidades e
tres; além de seu litoral, há o Delta do Parnaíba.
Cabedelo, na Região Metropolitana de João
Outros destaques são o maior cajueiro do analisar as mudanças
Pessoa, Paraíba, é uma das principais atrações mundo e o Forte dos Reis Magos, ambos no Rio sociais, econômicas e
do Nordeste Grande do Norte.
ambientais provocadas
Formando Cidadãos 68 Geografia • 5o Ano
pelo seu crescimento.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Aproveite para explorar os produtos que são
expor­tados da Região Nordeste e importados para
ela. Comente, também, sobre alguns dos produtos
mais comercializados nos últimos anos, como o
artesanato. Depois, comente sobre o crescimento
do transporte aéreo na Região e apresente al-
gumas belezas naturais visitadas pelos turistas,
principalmente no verão.

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Atividades 5. Por que muitas empresas migram para a Re- 69
gião Nordeste?

1. Faça a correspondência entre os quadros a Porque o Nordeste possui abundante mão de obra
seguir.
Desenvolve-se a de baixo custo, sem contar que muitos estados
1. No Litoral 2
criação de suínos.
oferecem incentivos fiscais para as empresas
2. Com a Pecuária Exploram-se os
1
crustáceos.
interessadas, que também aproveitam o fator de
3. No Agreste Cria-se o gado
3
bovino. proximidade com as fontes de matéria-prima.
2. Escreva dois produtos agrícolas que são
exportados.

Sugestão de resposta: Fumo, cacau.

6. Ainda sobre a economia da Região Nordeste,


responda:
3. Faça uma relação de produtos cultivados no
Agreste. Onde está localizada a maioria das indústrias?
BNCC
Milho, feijão, sisal, arroz, batata-doce, mandioca. Nas capitais ou em Regiões Metropolitanas, geral-
(EF05GE03)
mente, próximas ao litoral. Identificar as formas e
funções das cidades e
4. Observe o quadro e cite alguns produtos da
economia do Nordeste. Sugestão de resposta: analisar as mudanças
sociais, econômicas e
ambientais provocadas
cana-de-açúcar, fumo, feijão, 7. No que diz respeito à prestação de serviços,
Agricultura
café, algodão cite áreas que têm se desenvolvido bastante. pelo seu crescimento.
Ciência, tecnologia, softwares, engenharia elé-
(EF05GE05)
suínos, caprinos, equinos, trica, computação, biotecnologia, saúde, dentre
Pecuária
ovinos Identificar e comparar
outras. as mudanças dos tipos
petróleo, camarão, pei-
de trabalho e desenvol-
Extrativismo xes, carnaúba, sal, siri, vimento tecnológico na
castanha-de-caju
agropecuária, na indús-
Formando Cidadãos 69 Geografia • 5o Ano
tria, no comércio e nos
serviços.
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SUGESTÃO DE ATIVIDADE

1. Pesquise, em livros, revistas ou na Internet, ima­ 2. Das imagens que você colou, qual despertou
gens de algumas praias e paisagens nordestinas. mais a sua atenção? Descreva-a e informe o nome
Recorte-as e cole-as abaixo. Depois, responda à do estado onde está localizada.
pergunta seguinte.

Resposta pessoal

Resposta pessoal

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FUNDAMENTAÇÃO

DIREITOS DOS PROFESSORES

• Direito a ser respeitado na sua pessoa e nas suas funções.


• Direito a ter um ambiente de trabalho agradável.
• Direito a ser atendido e esclarecido em relação às suas dúvidas e
aos direitos que o assistem.
• Direito a ser consultado antes de ser indicado para qualquer tarefa
específica e ouvido nas suas razões.
• Direito a conhecer previamente toda a docu­mentação sujeita à
discussão.
• Direito a ter acesso às informações e à legislação de interesse atra-
vés de ordens de serviço ou de informações afixadas nos locais próprios
(como o mural da sala de convívio dos professores).
• Direito a ser apoiado no exercício da sua ati­vidade pelos órgãos
de direção, administração e gestão, diretamente ou por intermédio das
estru­turas da orientação educativa.
• Direito a apresentar propostas ou meras suges­tões aos órgãos de
direção, administração e ges­tão, diretamente ou por intermédio de
estruturas de orientação educativa.
• Direito a ter à sua disposição o material didático em condições de
ser utilizado.
• Direito a beneficiar e a participar em ações de for­mação que con-
corram para o seu enriquecimento profissional.
• Direito a dispor de um expositor para a afixação de documentação.
• Direito a conhecer antecipadamente as alterações no seu horário
habitual (reuniões, interrupções de aulas, etc.).
• Direito a ter as salas destinadas às aulas, apoio pedagó­gico e ativi-
dades de complemento curricular em completo estado de arrumação e
limpeza.

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• Direito a conhecer as deliberações dos órgãos de dire­ção, adminis-
tração e gestão e dos órgãos de estrutura e orientação educativa.
• Direito a utilizar equipamentos e serviços nas condições
regulamentadas.
• Direito à tolerância máxima de 10 minutos no primeiro tempo letivo
de cada turno.
• Direito à tolerância máxima de 5 minutos no restante do tempo
letivo.
• Direito a receber informação atualizada sobre atividades sindicais
em mural próprio na sala de convívio dos profes­sores e exercer livre-
mente a atividade sindical.
• Direito a ter privacidade e individualidade própria, onde se assegura
nomeadamente:
Área de convívio restrita aos professores e vedada ao res­tante dos
membros da comunidade educativa nos inter­valos.
• Serviço de lanche adequado.
• Mobiliário de uso comum em boas condições de conser­vação e
limpeza.
• Sanitários em boas condições de higiene e de conserva­ção.
• Direito a exigir dos alunos o cumprimento de todas as normas acor-
dadas e indispensáveis ao bom funcionamen­to da aula, nomeadamente
a apresentação do material ne­cessário à realização dos trabalhos.
• Direito a ter prioridade no atendimento dos diversos serviços da
escola.

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27ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

2º DIA
Geografia: Manifestações culturais – página 70

Orientação didática:
• Leve para a sala de aula algumas manifestações culturais dos diferentes estados da Região Nordes-
te, debata com os alunos sobre as semelhanças e diferenças e, depois, peça que façam anotações no
caderno.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e História.

3º DIA
Geografia: Manifestações culturais

Orientação didática:
• Aproveite essa oportunidade para trabalhar com as lendas que rondam a Região estudada. Todos os
lugares do Brasil possuem suas próprias lendas, e elas levam muitas lições e experiências importantes
que valem a pena serem compartilhadas.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

4º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

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DINÂMICA
OLHANDO PARA O LADO
MATERIAL:
Óculos escuros, abajur.

FAIXA ETÁRIA:
Até 15 anos.

OBJETIVO:
Ensinar os participantes a ver o outro como igual e prestar atenção às necessidades do próximo.

DESENVOLVIMENTO:
Se possível, providencie óculos escuros para cada um dos participantes.
Peça-lhes que coloquem os óculos e apague a luz do ambiente deixando apenas a luz do abajur
(fraca) acesa. Forme duplas. Oportunize para que, durante um tempo pré-determinado (5 minutos, por
exemplo), cada integrante da dupla tente observar o que o outro está vestindo, qual a cor dos olhos,
enfim, detalhes que compõem o visual do companheiro.
Em seguida, acenda a luz, peça-lhes que retirem os óculos e dê-lhes tempo para ver se acertam.
Proporcione um momento para que todos possam comentar o porquê dos acentos e dos erros.

APLICAÇÃO:
Muitas vezes, convivemos, mas não atentamos realmente para o que o outro é ou sente. Precisamos
desenvolver um interesse genuíno por nosso próximo. Ouvir seus anseios, suas necessidades, suas vitó-
rias e conquistas, suas tristezas e frustrações.

LARANJEIRA, Priscila R. Aguiar. Atividades recreativas para todas as idades. Curitiba: A. D. Santos Editora, 2009.
master1305 / stock.adobe.com

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Manifestações Atividades
70
culturais
1. Com a ajuda de um adulto, escolha um ele-
mento do folclore da Região Nordeste e escreva
Folclore sobre ele.

A cultura popular da Região Nordeste é resulta- Resposta pessoal


do da miscigenação das culturas europeia, africana
e indígena.
O folclore nordestino é riquíssimo e se ma-
nifesta por meio de muitos elementos, como o
artesanato, a culinária as danças as festas típi-
cas, os ditados populares, as crendices, as len- 2. Fale um pouco sobre a cultura popular
das, etc. nordestina.

Danças e festas populares A cultura popular da Região Nordeste é resultado

Maracatu, frevo, caboclinho, baião, forró pé de da miscigenação das culturas europeia, africana
serra, coco, xaxado, Missa do Vaqueiro, vaquejada
e a Paixão de Cristo em Pernambuco são elemen- e indígena.
tos ricos da cultura popular.
3. Pesquise e escreva as informações que você
Pratos típicos achou mais interessantes sobre as cidades histó-
ricas a seguir.
Na culinária nordestina, há uma grande diver-
sidade de pratos típicos, como feijoada, galinha Olinda: Resposta pessoal
de cabidela, carne de sol com feijão-verde e uma
imensa variedade de pratos feitos com milho,
coco e mandioca.
O Nordeste é a região que mais consome crus-
táceos, como caranguejo, aratu, marisco, siri,
sururu e unha-de-velho. Essa variedade resulta, Salvador: Resposta pessoal
em grande parte, dos manguezais próximos ao
mar.

Lendas
(EF05GE02)
Tradição popular em que os fatos são alte- São Luís: Resposta pessoal
rados pela imaginação do povo. Algumas lendas
Identificar diferenças
populares: Saci-pererê, Caipora, Iara, Boitatá, étnico-raciais e étnico-
Curupira, Lobisomem, etc.
-culturais e desigualda-
Formando Cidadãos 70 Geografia • 5o Ano
des sociais entre grupos
em diferentes territórios.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Monte, junto com os alunos, um roteiro de visi-
tação à Região Nordeste. É essencial indicar locais
que devem ser visitados. Ressalte a importância
de se conhecer esses locais.

204
204

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FUNDAMENTAÇÃO
CONVERSANDO SOBRE ÉTICA E ENSINANDO A COMPREENDER ATITUDES

WavebreakMediaMicro / stock.adobe.com
Denominamos “ética” a ciência dos princípios da moral e o uso desses princípios nos atos e nas ati-
tudes que tomamos da vida. Mais que apenas um conceito enciclopédico, a ética é o conjunto de regras
e de valores ao qual se submetem com­portamentos, fatos e ações humanas, para que se reflita sobre o
bem e o mal, o certo e o errado. Por isso, a educação no lar não pode omitir, vez por outra, uma aborda-
gem sobre a ética e, mais ainda, o significativo exemplo de procedimentos éticos.
Toda criança e todo adolescente sonha com o que não pode conseguir, almeja com inveja coi­sas ou
atributos que percebem em seus ídolos e, por isso, necessitam aprender ética para descobrir meios de
subordinar os desejos e os sonhos aos anseios do que pode efetivamente usufruir.
Nenhuma criança traz em sua bagagem here­ditária os fundamentos morais da ética e, por isso, ne-
cessita aprendê-los, e, mesmo que ouça esses temas na escola, será sempre a ajuda dos pais o fun-
damento principal dessa aprendizagem. Ensi­nar a ética aos filhos é essencial e não é difícil, mas é um
ensino que requer paciência e persistência, conselhos frequentes e exemplos, muitos exemplos.
Nos filmes, a que juntos se assiste, nos jogos que se comenta, no procedimento de outras pessoas
que analisa, devem sempre fluir conversas sobre a ética e observações sobre o certo e o errado, o
correto e o malfeito. Mas a aprendizagem da éti­ca sempre se manifesta pela ação, e uma criança e um
adolescente a aprendem quando pautam suas ações e seus pensamentos pela coerência do que é ver-
dadeiro, do que é justo e de como devem sempre agir. Se, como se afirma, compe­tência é “saber fazer”,
a aprendizagem ética des­perta sempre a competência da ação. Um casal essencialmente ético no que
pensa e na forma como age representa modelo admirável de éti­ca, mas nem por isso está dispensado
de conver­sar com os filhos sobre esse tema palpitante. Em todo momento que se vive e em todo pro-
grama que se ouve ou a que se assiste proliferam exemplos de ações éticas e atos antiéticos, e é essen-
cial que os pais mostrem essa realidade para os filhos, exaltando os valores e criticando sua negação.

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Um passo seguro é a produção, no lar, de diálo­gos, estruturando-os por meio de perguntas intri­
gantes que propiciem o debate, analisando-as em “estudos de caso” interessantes, extraídos das nove­
las que se vê, das notícias que os jornais comentam, dos debates que se insurgem da polêmica que
este ou aquele lance de futebol suscitou. Para o ensino de regras éticas, o pai e a mãe assumem novo
papel, fa­lando menos, interrogando mais, abdicando de sua condição de “senhor da verdade” para
posicionar-se como interlocutor que, desafiando ideias, exercita o pensar. Essa discussão não necessita
de unanimida­de das respostas, jamais busca a padronização dos pensamentos, antes provoca a inquie-
tação da dúvi­da e sugere caminhos pessoais na procura.
Com a certeza de que o ensino da ética torna­-se imprescindível na missão familiar, o segundo passo
é refletir sobre com qual idade começar. Antes dos 9 ou 10 anos [...] a criança ainda não aprimorou seus
pensamentos abstratos e, por isso, é capaz de “entender” regras éticas, mas é imatura para efetivamen-
te “compreender” sua função em uma comunidade humana. Em ou­tras palavras, pode até ser capaz de
enunciá-las, mas dificilmente terá maturidade para transpor para outras situações o conteúdo refletido.
Definida a estratégia de ensino e a faixa etária para a qual essa se dirige, é essencial que se encon­
tre a oportunidade, isto é, o momento propício para que esse trabalho se desenvolva. Parece sempre
importante que essa oportunidade não surja solta, desvinculada de outros conteúdos com que se bus­ca
ensinar. Mais interessante é contextualizar o en­sino de regras éticas a um tema que se discute, um livro
que se leu, ou uma ocorrência que, envolven­do as “circunstâncias” dos alunos, faça-os perceber que as
regras éticas constituem “informação” que se pode assumir ou não, mas conhecimentos que nos habili-
tam a viver e, sobretudo, conviver.
Percorridos esses passos, chega-se ao último: quais seriam essas regras que se devem ensinar? Onde
buscá-las?
Não existe, felizmente, uma única resposta a essa questão. Regras éticas, princípios mo­rais, valores
sociais se apresentam em inúmeros documentos, extraordinários textos. Um deles, por exemplo, é o de
Carl Sagan em um de seus últimos livros: Bilhões e bilhões (cf. SAGAN, 2008).

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Para esse cientista, os padrões mais admirados de comportamento ético, pelo menos no mundo
ocidental, poderiam ser definidos por meio de al­gumas regras que precisam ser vistas não como temas
que se apresentam, mas como análises do cotidiano. Seriam, portanto:

1. Regra de ouro
Faça aos outros o que deseja que lhe façam.

2. Regra de prata
Não faça aos outros o que não deseja que lhe façam.

3. Regra de bronze
Faça aos outros o que os outros fazem a você.

4. Regra de ferro
Faça aos outros o que desejam, antes que lhe façam o mesmo.

Trabalhar essas regras e fazê-las percebidas no cotidiano, relembrá-las não como ocorrência que
pode cair em uma prova, mas como fundamentos que a cada instante se apresentam na vida, nas re­
lações humanas, não parece ser tarefa impossível. Afinal, essas regras éticas não foram inventadas por
este ou por aquele legislador humano ilumi­nado. Elas provêm de nós mesmos, trazemo-las das profun-
dezas de nosso passado evolutivo, em tempos em que nem ainda verdadeiramente “hu­manos” podería-
mos nos considerar.

ANTUNES, Celso. Educar em um mundo interconectado: um livro para pais e professores. Petrópolis: Vozes, 2016.

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28ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

2º DIA
Geografia: O ser humano e a água – página 71

Orientação didática:
• Explique aos alunos a diferença entre sustentabilidade e desenvolvimento sustentável. Solicite que os
alunos pesquisem, em jornais e revistas, degradações ambientais. Em seguida, realize um debate sobre
quais são as formas de se prevenir essa destruição.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e História.

3º DIA
Geografia: O ser humano e a água – página 72

Orientação didática:
• Explique aos alunos como são divididos os poderes do Estado brasileiro. Solicite que eles pesquisem
os serviços públicos da região deles.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

4º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

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DINÂMICA

CORREIO
OBJETIVOS:
Desenvolver noções de localização espacial, noção de tempo, atenção, agilidade, criatividade e ra-
ciocínio lógico. Reflexão sobre a leitura e a escrita.

MATERIAL:
Envelopes.

DESENVOLVIMENTO:
• Dividir a turma por tema: por exemplo, cidades.
• O educador dirá: - Mandei uma correspondência da cidade X para a cidade XX.
• Durante este trajeto, a criança da cidade X deverá chegar à cidade XX, sendo confundida pelas
demais cidades.

DESAFIO:
Aumentar a trajetória, aumentado o número de cidades.

OUTRAS POSSIBILIDADES:
• Cada cidade receberá uma quantidade de horas (numa cartela).
• Ao realizar o trajeto, deverá ir anotando ou coletando as cartelas para saber quanto tempo sua
viagem demorou. Quem demorou mais ou demorou menos. A diferença de tempo entre as cidades.
• Também poderá haver cartelas com o nome dessas cidades, para saberem por quantas cidades
passaram.
• Dando um nome lúdico para cada cidade, pedir que a criança, no final, conte uma história sobre as
cidades por onde passou. Pedir que imagine o que encontrou, relatando oralmente.
• Pedir (no caso das mais avançadas) que reescreva a história mais interessante, por meio do traba-
lho coletivo.
FERLIN, A. V.; GOMES, D. 90 ideias de jogos e atividades para sala de aula. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.

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Degradação dos ecossistemas 71
O ser humano e a água
Quando há o rompimento do equilíbrio natural
(o desmatamento das florestas, por exemplo),
rompe-se a relação vegetação-solo, que pos-
O grande desafio da nossa sociedade é de- sibilita o desenvolvimento das vidas vegetal e
senvolver a tecnologia e, ao mesmo tempo, animal.
manter a harmonia da natureza. O equilíbrio
ecológico tem sofrido muitos impactos com o

©Tyler Olson / stock.adobe.com


aumento da ocupação humana nos mais diversos
ecossistemas.
Desde a década de 1980, as consequências da
interferência dos seres humanos na paisagem se
tornam muito mais profundas: o efeito estufa,
as chuvas ácidas, as ilhas de calor nas cidades,
o buraco na camada de ozônio, a poluição das
águas, o desmatamento, a extinção de espécies
animais e vegetais, o esgotamento de recursos
naturais não renováveis, etc.
©sawitreelyaon / stock.adobe.com

Sabemos que a água é o líquido mais precioso


da Terra, pois é essencial para a vida dos seres
vivos.
A água salgada existe em maior quantidade
O desenvolvimento sustentável (cerca de 97%), e podemos encontrá-la nos ma- BNCC
res e nos oceanos. Já a água doce é encontrada
Existem pessoas que estão tentando propor nas nascentes, nos rios, nos lagos e nas geleiras,
(EF05GE10)
formas de viver sem prejudicar a natureza. Esse e só encontramos 3% dela no planeta. Reconhecer e comparar
é um dos princípios do desenvolvimento susten- Poluir a água significa torná-la imprópria
tável. Para isso, investem em pesquisas tecno- para o consumo. A água pode ser contaminada
atributos da qualidade
lógicas para a exploração da matéria-prima de pelo acúmulo de lixo e detritos junto de fontes ambiental e algumas
tal forma que se leve em consideração não só a e cursos de água; pelos esgotos domésticos
atual, mas também as futuras gerações. Muitas que, muitas vezes, são lançados nos rios ou nos
formas de poluição
nações estão procurando encontrar meios de mares; pelos resíduos tóxicos jogados pelas fá- dos cursos de água e
explorar sem destruir o meio ambiente ou, pelo bricas; e pelos produtos tóxicos utilizados pelos
agricultores.
dos oceanos (esgotos,
menos, diminuindo os impactos ambientais.
Formando Cidadãos 71 Geografia • 5o Ano
efluentes industriais,
marés negras etc.).
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Trabalhe o conceito de desenvolvimento sus-
tentável como forma para a preser­vação do meio
ambiente, principalmente da natureza, pois preci-
samos dela para a sobrevivência na Terra.
Confeccione, com seus alunos, cartazes com
sugestões para o desenvolvimen­to sustentável.
Para isso, solicite-lhes que pesquisem, previa-
mente, algumas ações que podem ser praticadas
por todas as pessoas em prol da sustentabili­dade
no planeta.

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A água poluída tem um cheiro desagradável
Atividades
72
e não deve ser usada nem bebida, pois, por ela,
podemos contrair algumas doenças, como diar-
reia, hepatite, cólera, febre tifoide, amebíase e 1. Qual a importância da água para a sobrevi-
esquistossomose. vência do homem?

Resposta pessoal

2. Escreva a resposta a cada uma das perguntas.

a. O que tem acontecido com o equilíbrio


ecológico?
© Matt / stock.adobe.com

O equilíbrio ecológico tem sofrido muitos

impactos.

Outro tipo de poluição que vem prejudicando


o meio ambiente são as marés negras, causa- b. Por que isso tem acontecido com o equilíbrio
das pelo derramamento de petróleo por um ecológico?
petroleiro, geralmente em consequência de um
acidente. Essa poluição causa severos danos à Porque houve aumento da ocupação humana nos
fauna e à flora marinhas, muitas vezes de forma
irreversível. mais diversos ecossistemas.
A sociedade deve se engajar em campanhas
educativas juntamente com o poder público, que BNCC
deve orientar a população para a importância de
manter a água sempre limpa. c. Qual é a relação que os seres humanos têm
(EF05GE10)
com esse problema? Reconhecer e comparar
Os seres humanos não conseguem se instalar atributos da qualidade
ambiental e algumas
num local sem prejudicar o meio ambiente e os
formas de poluição
outros seres vivos que vivem nele. dos cursos de água e
dos oceanos (esgotos,
Formando Cidadãos 72 Geografia • 5o Ano
efluentes industriais,
marés negras etc.).
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Em grupos, as crianças deverão pesquisar
sobre a poluição dos rios, mares, lagos e ria­
chos, analisando as causas e as consequências da
poluição da água. Proponha aos estudantes que
elaborem cartas às autoridades cobrando provi-
dências sobre a poluição das águas e as encami-
nhem aos setores responsáveis.

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FUNDAMENTAÇÃO
NA SALA DE AULA, CONSTRUA PONTES
Gorodenkoff / stock.adobe.com

Dois irmãos que moravam em fazendas vizinhas, separadas apenas por um riacho, entraram em con-
flito. Foi a primeira grande desavença em toda uma vida de trabalho lado a lado. Mas agora tudo havia
mudado. O que começou com um pequeno mal-entendido, finalmente, explodiu em uma troca de pala-
vras ríspidas, seguidas por semanas de total silêncio. Em uma manhã, o irmão mais velho ouviu baterem
à sua porta.
Estou procurando trabalho, disse o viajante. Talvez você tenha algum serviço para mim.
- Sim, disse o fazendeiro. É claro! Vê aquela fazenda ali, além do riacho? É do meu vizinho. Na reali-
dade, do meu irmão mais novo. Nós brigamos e não posso mais suportá-lo. Vê aquela pilha de madeira
ali no celeiro? Pois use-a para construir uma cerca bem alta.
-Acho que entendo a situação, disse o carpinteiro. Mostre-me onde estão a pá e os pregos.
O irmão mais velho entregou o material e foi para a cidade. O homem ficou ali cortando, medindo,
trabalhando o dia inteiro. Quando o fazendeiro chegou, não acreditou no que viu: em vez de cerca, uma
ponte foi construída ali, ligando as duas margens do riacho.

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Era um belo trabalho, mas o fazendeiro ficou que perceber uma indisciplina ou desinteresse do
enfurecido e falou: aluno, lembre: isto é uma cerca. Sempre que se
- Você foi atrevido construindo essa ponte sentir desestimulado a buscar o novo, a recome-
depois de tudo que lhe contei. çar, fique atento: isto é uma cerca.
Mas as surpresas não pararam aí. Ao olhar Cabe sempre ao professor, e não ao aluno, der-
novamente para a ponte, viu o seu irmão se apro- rubar cercas e construir sólidas pontes, afinal este
ximando de braços abertos. Por um instante, é o nosso propósito, por meio do conhecimento,
permaneceu imóvel do seu lado do rio. construir caminhos.
O irmão mais novo então falou: Boa Sorte!
- Você realmente foi muito amigo construindo
esta ponte mesmo depois do que eu lhe disse. Eu FREIRE, S. Seja o professor que você gostaria de ter. 4º Ed. Rio
estava querendo muito me aproximar de você, de Janeiro: Wak Editora, 2012.

mas não sabia como.

Ljupco Smokovski / stock.adobe.com


De repente, em um só impulso, o irmão mais
velho correu na direção do outro e abraçaram-se,
chorando no meio da ponte. O carpinteiro, que fez
o trabalho, preparava-se para partir com a sua
caixa de ferramentas.
- Espere, fique conosco! Tenho outros traba-
lhos para você. E o carpinteiro respondeu:
Eu adoraria, mas não posso, tenho outras pon-
tes a construir...
Constantemente temos oportunidades de cons-
truir cercas ou pontes nas relações que mantemos
com familiares, amigos, colegas de trabalho e,
naturalmente, em sala de aula.
Na maioria das vezes, acreditamos, piamente,
que a iniciativa da cerca foi do outro e, assim,
também atribuímos a ele a responsabilidade da
aproximação. Enquanto isso não acontece, laços
amorosos se desgastam, amizades se desfazem,
colegas se afastam e alunos...não aprendem como
precisam.
A cerca, na sala de aula, pode ser a indisciplina,
o desrespeito na forma de falar, de agir, os cons-
tantes atrasos, a falta de emoção de qualquer das
partes: do professor ou do aluno.
Todas as vezes que estivermos diante de um
conflito, pense: isto é uma cerca. Todas as vezes

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29ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

2º DIA
Geografia: Espaços e modos de vida urbanos e rurais – página 73

Orientação didática:
• Após a apresentação do conteúdo, questione aos alunos: “Nossa escola está localizada em uma região
metropolitana ou rural? E a sua casa?”.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e História.

3º DIA
Geografia: Espaços e modos de vida urbanos e rurais – páginas 74 e 75

Orientação didática:
• Realize um debate em sala a respeito das necessidades básicas de uma cidade, e se essas necessida-
des são supridas no município em que se situa a escola.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

4º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

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DINÂMICA
BRINCANDO COM OS CALÇADOS
OBJETIVOS: • Organizar uma lista das marcas dos tênis.
Desenvolver atenção, observação, imaginação • Verificar a quantidade de pares.
e habilidades motoras. Estimular a criatividade, • Separar semelhantes e diferentes.
possibilitar a interação no grupo e a noção de • Trabalhar operações - adição e subtração.
sequência. • Agrupar por número dos calçados.
• Organizar uma fileira de calçados por ordem
MATERIAL: crescente/decrescente.
Os calçados de cada criança. • Duas colunas, um círculo grande a uma dis-
tância razoável em que ficarão todos os calçados.
DESENVOLVIMENTO: Ao sinal do facilitador, os participantes, um de
• O facilitador propõe aos participantes que cada vez, deverão transferir um calçado de cada
façam uma roda e tirem os calçados, colocando- vez para o círculo correspondente à sua coluna,
-os na sua frente. realizando, posteriormente, a contagem dos dois
• O facilitador pega os calçados de alguns par- grupos.
ticipantes e forma um conjunto-padrão, no centro • Abordar a questão da importância da higiene
da roda, repetindo no mínimo duas vezes. Exem- dos pés e calçados e as consequências de não
plo: 3 calçados de lado e 2 com a sola para cima. fazer a higienização correta.
Pede, em seguida, que continuem as sequências • Escolher alguns calçados que funcionarão
de calçados obedecendo à mesma regra. A fila como personagens e desenvolver uma pequena
irá crescer até que todos os participantes tenham dramatização sobre o tema ou outro como, por
colocado seus calçados. exemplo, a diferença entre um e outro.
• O facilitador poderá propor mudança no pa-
drão, fazendo uma nova fila, mudando o segredo
(regra) da arrumação.

OUTRAS POSSIBILIDADES:
• Realizar a atividade usando o corpo dos
participantes.
• Para expressar o mesmo padrão da atividade
proposta no início, o facilitador poderá propor
matka_Wariatka / stock.adobe.com

fazer com o corpo uma nova fila que tenha o mes-


mo segredo dos calçados. Exemplo: participantes
deitados no chão na vertical, na horizontal ou de
frente, de lado e de bruços.
• Realizar a atividade usando “coleções” - ob-
jetos a que eles tenham acesso na própria sala ou
fora dela, por exemplo: coleção de livros, coleção
de materiais escolares, coleção de objetos para
sentar, etc.

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Espaços e modos de Assim como na cidade, as pessoas que vivem
73
no campo aproveitam os domingos e feriados
vida urbanos e rurais para seu divertimento. O futebol, os passeios, as
conversas na praça principal, as festas culturais
ou a visita aos municípios vizinhos são comuns.
Os municípios são bem diferentes entre si, Nas cidades, há um movimento mais intenso,
apresentando variadas condições de vida. Podem concentrando a maior parte da população. Em
estar em uma área urbana ou em uma área rural. cada cidade, há uma área que centraliza lojas
A vida na área interiorana, ou área rural, é comerciais, bancos, hotéis, escritórios, igrejas,
bem diferente daquela na área metropolitana, ou etc. Essa área é chamada de centro da cidade.
área urbana. Geralmente, em pequenas cidades

©Joa Souza / stock.adobe.com


do interior, instalados próximos às prefeituras,
ficam o posto de saúde, a escola, a igreja, a pra-
ça e o centro comercial. Tudo é muito próximo.
©Андрей Яланский / stock.adobe.com

Toda cidade conta, além do seu centro, com


partes importantes, como os bairros e o subúr-
bio, devido ao fato de muitas pessoas da área
rural se deslocarem para as metrópoles, procu-
rando melhoria de vida.
Subúrbios são formados em locais afastados
do centro das cidades. Nos subúrbios, não só mo-
ram as pessoas das comunidades urbanas mais
simples ou aquelas que buscam tranquilidade,
mas também pequenos produtores em sítios,
granjas e chácaras, que colaboram com o abas-
tecimento da cidade com seus produtos hortifru-
No interior — campo ou área rural —, as pes- tigranjeiros (verduras, carne, ovos, frutas e leite),
soas não encontram largas avenidas nem uma cultivados no que chamamos de cinturão verde.
urbanização desenvolvida. Muitas vezes, moram ©Reynaldo G. Lopes / stock.adobe.com

em pequenos povoados chamados de distritos BNCC


municipais.
A vida no campo é, geralmente, calma, e as (EF05GE04)
pessoas têm hábitos mais simples, sem muita Reconhecer as caracte-
correria ou estresse. Um dos maiores benefícios
é um estilo de vida mais saudável, com o ar puro, rísticas da cidade e anali-
principalmente onde há vegetação alta — árvo- sar as interações entre a
res preservadas do desmatamento.
cidade e o campo e entre
Formando Cidadãos 73 Geografia • 5o Ano
cidades na rede urbana.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Organize a confecção de um painel foto­gráfico
com as mais diversas paisagens do Brasil. É in-
teressante fazer junto com a hidrografia, clima e
vegetação, de maneira que a criança compreenda
que a consti­tuição das paisagens urbanas e rurais
é o conjunto de todos esses elementos.

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Muitos municípios, embora tenham sua pre- As necessidades básicas de uma cidade são
74
feitura, já se incorporaram às metrópoles. Por de responsabilidade do seu governo.
causa dessa junção, criou-se a Região Metro-
politana — área que comporta a metrópole e as
cidades que a rodeiam. Os grandes centros se
unem não só devido à urbanização, mas também O número de escolas deve ser coe-
Educação rente com a população estudantil.
em relação ao desenvolvimento social.
São alguns exemplos de grandes centros: São
Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Curitiba.

©det-anan sunonethong / stock.adobe.com


A população deve ser bem servida
Transporte para poder se locomover de uma área
a outra em um tempo adequado.

Devem existir postos de saúde, hos-


Saúde pitais, ambulatórios e maternidades
que atendam bem o público.

Catedral em Curitiba, Brasil Rede de água A cidade deve possuir saneamento


e de esgoto básico com tratamento dos dejetos.
Na metrópole — cidade ou município que
apresenta os equipamentos urbanos mais mo-
dernos, como portos, aeroportos, comércio,
sistema viário — encontram-se, geralmente, as A área urbana deve contar com par-
sedes governamentais, estaduais e municipais. Lazer ques, quadras e pistas para o despor-
to, jardins zoológicos e botânicos.
©Matyas Rehak / stock.adobe.com

As diversas redes — como Correios,


Comunicação telefonia, radiodifusão, teledifusão —
devem facilitar a vida dos moradores.
BNCC
(EF05GE04)
O policiamento deve ser preparado
Reconhecer as caracte-
Segurança para assegurar a ordem. rísticas da cidade e anali-
Aeroporto Santos Dumont no Rio de Janeiro, Brasil sar as interações entre a
cidade e o campo e entre
Formando Cidadãos 74 Geografia • 5o Ano
cidades na rede urbana.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Pesquise, leia e escreva notícias e reportagens sobre o processo de globalização no mundo. Se


possível, é in­teressante que você explore esses reflexos na comunidade local e, em outras esferas, a
estadual e a nacional.
Trabalhe, também, com as projeções para o futuro. Incentive as crianças a pensar como será o
espaço geo­gráfico no futuro, a partir da análise do presente. É uma interessante atividade para que as
crianças compreen­dam os reflexos no espaço do que se faz atualmente.

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Atividades 2. Marque, com um X, a área do município onde 75
você mora. Resposta pessoal

1. Complete as afirmações a seguir escrevendo Centro da cidade Área urbana


informações que as tornem corretas.
Área rural Cinturão verde
a. Os municípios apresentam as mais variadas
Subúrbio
condições de vida . Eles se
3. Represente, no espaço abaixo, o modo de vida
localizam em áreas urbanas e na área rural.

em áreas rurais .

b. Cinturão verde é a área

suburbana onde se encontram

pequenos produtores em granjas, sítios, chácaras,

entre outros.
Resposta pessoal
c. As comunidades do cinturão verde

colaboram para o abastecimento da ci-

dade com seus produtos hortifrutigranjeiros

(verduras, carne, ovos, frutas e leite).

d. Região metropolitana é a área

que comporta a metrópole e as


4. Como se caracteriza o centro da cidade
cidades que a rodeiam . urbana?

subúrbios BNCC
e. Nos , não só moram Como a área que centraliza lojas comerciais,
(EF05GE04)
as pessoas das comunidades urbanas mais sim- bancos, hotéis, escritórios, igrejas, etc.
Reconhecer as caracte-
ples ou aquelas que buscam tranquilidade, mas rísticas da cidade e anali-
produtores
sar as interações entre a
também pequenos .
cidade e o campo e entre
Formando Cidadãos 75 Geografia • 5o Ano
cidades na rede urbana.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Trabalhe, com as crianças, a pesquisa de ima­
gens de diferentes espaços geográficos de vivên-
cia antigos e atuais. As crianças deverão compa-
rar as diferenças entre os espaços para perceber
como ocorreram as evoluções das interferências
nesses espaços.

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FUNDAMENTAÇÃO
INDISCIPLINA
A INDISCIPLINA É RESULTADO NATURAL DO ALUNO IGNORADO PELO PROFESSOR E DESINTE-
RESSADO PELA MATÉRIA

nimito / stock.adobe.com
O que se prega hoje é a responsabilidade, atribuída ao próprio aluno, por sua falta de aprendizado.
O que muitos professores ainda aplicam, num sistema antigo, é: “Eu, professor, ensino; vocês, alunos,
escutam e aprendem.” Isso, comodamente, significava que o professor cumpria sua parte. Era responsa-
bilidade de o aluno aprender ou não aprender.
Atualmente, o professor não é a única fonte de aprendizagem. Sua nova tarefa é orientar o estudante
na busca e no processamento das informações desejadas, para, assim, atingir objetivos, deixando ele
de ser a “única verdade” que o aluno deve ouvir. Este, por sua vez, não é mais um mero repetidor do
que o professor diz. Ou seja, o professor deixou de ser o responsável único e exclusivo de informações,
porque os alunos estão conectados a televisão, canais a cabo, Internet, multimídia. Aos poucos, jovens
que ainda não estão globalizados, falta mais oportunidade do que desejo.
A globalização dos alunos e a liberdade da Internet batem de frente com a postura de professores
detentores do poder, autoritários em classe, que se recusam a admitir que o mundo mudou. Estes ten-
dem a ignorar seus alunos, o que gera a indisciplina, na maioria das vezes.
Há, por exemplo, professores que, receando perder a autoridade perante os alunos, não demonstram
quanto desconhecem o computador; temem, até, mexer nele com o receio de “deletar” tudo ao apertar
uma simples tecla.

TIBA, Içami. Ensinar aprendendo: novos paradigmas na educação. 18 Ed. rev. E atual. São Paulo: Integrare Editora, 2006.

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30ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Semana de avaliação.

2º DIA
Semana de avaliação.

3º DIA
Semana de avaliação.

4º DIA
Semana de avaliação.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

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TRABALHANDO AS EMOÇÕES

Trabalhando as Atividades
76
emoções
Na história que lemos, A criança que descobriu as
emoções, descobrimos junto com Carolina que
Observe as emoções básicas. a vida é cheia de situações que motivam nossas
As emoções básicas são aquelas que todas as emoções.
pessoas sentem.
• Alguma situação já motivou você a agir de uma
forma que você se arrependeu depois?
Resposta pessoal
Sim Não

• Como Carolina, você está aprendendo a contro-


lar suas emoções e a não agir pelo impulso?
Resposta pessoal
Professor, inicie a última
Sim, sempre penso antes de agir.
semana de conteúdos
Amor Alegria Medo
Fotos: © fizkes , © malija , ©Krakenimages / stock.adobe.com
Não, não consigo pensar antes de agir. trabalhando as emoções
Só às vezes consigo controlar meus com atividades socioe-
impulsos. mocionais, que se encon-
• Leias as sensações físicas despertadas quando tram na última página de
surgem as emoções. Depois, classifique-as de cada unidade do livro do
acordo com a legenda.
Resposta pessoal
aluno.
1. Alegria Frio na barriga.
2. Medo
Raiva Tristeza Nojo
3. Tristeza Dor no coração.
Fotos: ©atm2003, © V&P Photo Studio,© Krakenimages / stock.adobe.com
4. Raiva NOTA:
Agora, realize a dinâmica da mímica com a Dor na cabeça. A Base Nacional Co-
sua turma!
Nó na garganta. mum Curricular (BNCC)
Dinâmica: Mímica define um conjunto de
Cara de raiva.
competências gerais
Os alunos (um de cada vez) representam
algumas emoções através de expressões cor- Coração batendo que serve como um guia
porais e faciais; e seus amigos irão observar acelerado.
para o apren­dizado das
para reconhecer e nomeá-las.
Sorrisos constantes. crianças e que deve ser
desenvol­vido de forma
Formando Cidadãos 76 Geografia • 5o Ano dinâmica para trabalhar o
socioemocional.
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EMPATIA E COOPERAÇÃO

Perceber as necessidades, o momento e os sentimentos do outro é uma capacidade nobre e inte-


ligente. As amizades, os estudos, o trabalho e os relacionamentos são enriquecidos com uma atitude
recíproca de validação. Dessa forma, com todos cooperando, abre-se espaço para o respeito ao bem
comum, um dos valores humanos mais elevados.
Leve seus filhos para prestigiar as atividades uns dos outros. Estar presente nas situações importan-
tes constrói o caráter. Da mesma forma, eles devem visitar pessoas próximas em seus aniversários, em
hospitais, em ocasiões de perda ou dor, que fazem parte da vida. Inscrevê-los em um trabalho voluntá-
rio também faz a diferença.

FRAIMAN, Leo. A síndrome do imperador: pais empoderados edu­cam melhor. Belo Horizonte: Autêntica; São Paulo: FTD, 2019.

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SEMANA DE AVALIAÇÃO 4. Quais são as formas de relevo predominantes
da Região Nordeste?
Unidade 3 São os planaltos, as planícies e as depressões.
• Problemas da cidade e do campo: serviços
públicos e cidadania
• Região Nordeste
• Aspectos físicos da Região Nordeste 5. Qual é a principal consequência da presença do
• Economia da Região Nordeste clima semiárido na Região Nordeste?
• Manifestações culturais
• O ser humano e a água A ocorrência de secas, com a escassez de recur-
• Espaços e modos de vida urbanos e rurais
sos hídricos.
1. Escreva o nome dos princípios que os serviços
públicos devem seguir.

Legalidade, impessoalidade, moralidade, publici- 6. Acerca da cultura nordestina, numere


corretamente.
dade e eficiência.
1 Dança 2 Culinária
2. Complete as frases usando os princípios da Mo-
ralidade ou Impessoalidade. 3 Artesanato 4 Festa

a. Moralidade quer dizer que o serviço que um


funcionário público prestar deve ser ético. 2 Tapioca

b. Impessoalidade refere-se ao fato de que o 3 Bordado


funcionário público deve prestar um serviço da
mesma forma para todas as pessoas, sem existir
4 São João
distinção.

1 Forró
3. Escreva quais são as características mais
marcantes da Região Nordeste quanto ao seu Maracatu
1
povoamento.

Quanto à formação da população nordestina, é 2 Canjica

possível dizer que houve grande miscigenação das 3 Couro


Bernardo Emanuelle / shutterstock.com

três prin­cipais etnias que formaram o Brasil: indí- 1 Frevo

gena, branca e negra, embora a presença de cada 4 Carnaval

uma delas não seja igualitária em cada estado. 1 Capoeira

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7. Sobre a economia da Região Nordeste, des- 10. O que significa poluir a água?
creva as características da atividade econômica
agricultura. Poluir a água significa torná-la imprópria para o

Agricultura: consumo.

Atividade econômica sempre presente e impor-

tante para o Nordeste, que produz e exporta


11. Responda com (C) certo ou (E) errado.
diversos gêneros alimentícios e, também, abaste-
C A vida no campo é, geralmente, calma e
ce o mercado interno com cana-de-açúcar, cacau, as pessoas têm hábitos mais simples, sem
muita correria ou estresse.
fumo, algodão e soja.
C Nas cidades, há um movimento mais in-
tenso, concentrando a maior parte da
população.

8. Faça uma lista de coisas que você já viu sendo


jogadas nos rios, canais ou mares, por pessoas 12. Liste abaixo as necessidades básicas de uma
que não respeitam a natureza. cidade que são de responsabilidade do governo.

Resposta pessoal Educação

Transporte

Saúde

Rede de água e de esgoto

9. Dê um exemplo de um prejuízo causado pela Lazer


poluição das águas.
Comunicação
Sugestão de resposta: A água poluída tem cheiro
Segurança
desagradável e não deve ser usada nem bebida,

pois, por ela, podemos contrair doenças. 13. Onde estão localizados os subúrbios?

Em locais afastados do centro das cidades.

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FUNDAMENTAÇÃO
BULLYING: AGRESSIVIDADE ENTRE ESTUDANTES

jovannig / stock.adobe.com
Enquanto a sociedade tenta se recuperar do choque de seguidas notícias de envolvimento de jovens
de classe média e alta em brigas e agres­sões graves nas portas de boates e em festas nas madrugadas,
variadas especulações são feitas so­bre o que estaria causando tal conduta.
Seriam os jovens da atual geração “piores” do que os das gerações passadas?
Estariam eles sendo mal orientados por suas famílias? A causa poderia ser, talvez, o grande nú­
mero de famílias desestruturadas? Ou a ausência de ambos os pais, com cargas de trabalho cada vez
maiores?
Seria, por outro lado, influência da sociedade de consumo, da mídia, dos filmes e jogos violen­tos? Ou
isso tudo em conjunto?
Seria uma forma de resposta à violência da so­ciedade?
Em que pese que todo fenômeno social rara­mente tem apenas uma causa, parece-me que, antes de
se achar o(s) culpado(s), mais oportuno seria discutir a ligação entre tais atitudes antisso­ciais e o fenô­
meno do comportamento agressivo entre estudantes, conhecido internacionalmente como bullying.

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O bullying compreende todo o tipo de agres­sões, intencionais, repetidas e sem motivo apa­rente, que
um grupo de alunos adota contra um ou vários colegas, em situação desigual de poder, causando inti­
midação, medo e danos à vítima. Pode apresentar-se sob várias formas, desde uma simples “gozação”
ou apelidos (sempre depreciati­vos), passando por exclusão do grupo, isolamento, assédio e humilha­
ções, até agressões físicas como chutes, empurrões e pancadas. Pode incluir, tam­bém, roubo ou des­
truição de objetos pessoais.
Em geral, os agressores costumam ser pessoas com pequeno grau de empatia, oriundos de famí­
lias desestruturadas, que não trabalham adequa­damente a questão dos limites, nas quais não há bom
relacionamento afetivo, ou em que a agres­são física é comumente utilizada como forma de solucionar
conflitos.
Já as vítimas são, em geral, pessoas tímidas, sem muitos amigos, introvertidas e pouco sociá­veis,
com baixa capacidade, portanto, de reação a esse tipo de situação. São geralmente inseguras, têm bai­
xa autoestima e pouca esperança de con­seguir ajuda por parte dos responsáveis.
Costumam ainda ter dificuldades de se inte­grar aos grupos de colegas.
O fato de muitas vezes o bullying passar des­percebido na escola, só reforça a baixa autoesti­ma e a
convicção de menos valia das vítimas. Al­gumas tendem a aceitar as agressões como se as merecessem. O
fenômeno tende a levar à queda no desempenho escolar, à simulação de doenças, a um ainda maior iso­
lamento e até ao abandono dos estudos. Pode, também, gerar ansiedade gra­ve, depressão e até suicídio.
A vítima pode passar a agressor em algumas situações, em que encontre, por exemplo, colegas que
considere mais fracos ou com menor possibilidade de defesa.
Existem ainda alunos que nem agridem nem são agredidos — são os expectadores, as testemunhas
das agressões. Em geral, não tomam partido por medo de serem agredidas no futuro ou porque não
sabem como agir nessas situações. Também os expectadores do bullying podem ficar intimidados e
inseguros, a ponto de apresentarem queda no rendimento escolar ou ficarem com medo de ir à escola.
O bullying é mais frequente entre meninos; entre as meninas assume forma diferente: em geral, a
exclusão ou a maledicência são as armas mais comuns.
A longo prazo, o bullying — se não combatido de forma eficaz — pode levar à sensação de impuni­
dade e, consequentemente, no futuro, a atitudes antissociais, dificuldades no relacionamento afetivo,
delinquência ou atos criminosos. Pode, também, levar a atitudes agressivas no trabalho ou à violência
familiar — como as que têm acontecido atualmente nos espaços de boates e festas. Ou ainda em outros
contextos, como na cidade de Colombine, nos EUA, e outras noticiadas recentemente, em várias partes
do mundo e no Brasil, nas quais estudantes armados, aparentemente sem causa específica, entram na
escola atirando a esmo, matando ou ferindo colegas, professores e outras pessoas, sem um alvo defini­
do. É o ato final de revolta, a tentativa de se inverter uma situação de alto sofrimento, a qual não mais
conseguem tolerar.
É importante esclarecer que casos de agressões, chacotas e perseguições contra um ou mais alunos
não é um fenômeno novo, embora atualmente venha assumindo características mais violentas, dada a
facilidade de aquisição de armas e o exemplo que adolescentes e jovens recebem com frequência da
mídia em geral.
Para os educadores, tanto na família quanto nas escolas, o que realmente importa não é criar um
clima de apocalipse, muito menos de desesperança. Ao contrário, quanto mais se estuda o assunto,
mais claro fica que devemos agir de forma segura e assertiva. A intervenção dos adultos e a atenção ao
problema devem ser estimuladas em todos os níveis.

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DE QUE FORMA ATUAR?

Nas escolas são necessárias, entre outras me­didas:

1. treinamento para instrumentalizar todos os que lidam com alunos, no sentido de estarem atentos
e aptos a perceberem quaisquer tentati­vas de intimidação ou agressão entre estudantes. Para tanto, é
preciso conhecer os sinais, perceber os sintomas e as atitudes que caracterizam víti­mas e agressores;
2. saber de que forma intervir;
3. assegurar a todos — por meio de atitudes, conversas nas turmas e outras iniciativas do gê­nero —
que os alunos-vítimas ou expectadores têm, e terão sempre, a proteção dos adultos que os cercam;
4. criar um esquema institucional de respon­sabilização para os agressores, esquema esse de prefe­
rência não excludente, ou seja, o aluno terá que arcar com as consequências de seus atos, mas essas
consequências devem ter cunho edu­cativo, devem reverter em prol da escola e da so­ciedade — expul­
sar ou suspender o aluno não forma a consciência, nem transforma agressores em bons cidadãos. Para
fortalecer os que sofrem ou presenciam o bullying é mister oferecer canais de comunicação que garan­
tam a privacidade dos que se dispõem a falar;
5. ter uma forma única e homogênea de agir nesses casos, para que todos se sintam protegi­dos:
corpo técnico, alunos-vítimas e expectadores (só assim o silêncio se romperá);
6. a incorporação das educacionais formado­ras, que devem ser incorporadas ao currículo e tra­
balhadas por todos os professores, independen­temente da matéria, série ou grupo com os quais traba­
lhem, dando-se especial ênfase ao desenvol­vimento de habilidades sociais, como: saber ouvir; respeitar
diferenças; ter limites; saber argumentar sem discutir ou agredir; ser solidário; ter dignida­de; respeitar o
limite e o direito do outro, etc.

Quanto à família, é necessário que não só apoiem a escola em todas essas iniciativas, mas também,
e principalmente, que, em casa, ela pró­pria trabalhe:

1. a questão dos limites com segurança;


2. a formação ética dos filhos;
3. a não aceitação firme ao desrespeito aos mais velhos e mais fracos.

Enfim, a família deve reassumir o quanto antes o seu papel de formadora de cidadãos, abando­nando
a postura superprotetora cega, e a crença de que amar é aceitar toda e qualquer atitude dos filhos,
satisfazer todos os seus desejos, não criticar o que deva ser criticado e nunca responsabilizá­-los por
atitudes antissociais.
Enquanto é tempo...

ZAGURY, Tania. Bullying: agressividade entre estudantes. In. Abc Educatio – a revista da educação. Ano 5, n.41. Dezembro 04/
janeiro 05. São Paulo: CriArp. (Adaptado.)

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4
U NI
O que vamos estudar:
• Região Sul
• Aspectos físicos da Região Sul

DADE • Economia da Região Sul


• Manifestações culturais da
Região Sul
• Região Centro-Oeste
• Aspectos físicos da Região
ATURALIZAR Centro-Oeste
• Economia da Região
Centro-Oeste
• Manifestações culturais da Re-
gião Centro-Oeste
• Região Sudeste
• Aspectos físicos da Região
Sudeste
• Economia da Região Sudeste
• Tecnologia, trabalho e sociedade
• Energia utilizada nas produções
industrial, agrícola e extrativa
• Transformações dos meios de
transporte e de comunicação
• Trabalhando as emoções
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Estabeleça objetivos estimulantes e positivos

Esses objetivos não devem ser apenas profissionais, aqueles que você e sua equipe estipulam
para o final do ano. Devem também ser pessoais. Onde cada professor quer estar daqui a cinco
anos? Faça com que eles planejem e sonhem.

Gabriel Chalita

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CONTEÚDOS DA UNIDADE E A BNCC
UNIDADE 4
UNIDADES OBJETOS DE
CONTEÚDOS HABILIDADES
TEMÁTICAS CONHECIMENTO
Região Sul • O sujeito e seu • Dinâmica populacional (EF05GE01) Descrever e analisar dinâmicas popula-
lugar no mundo cionais na Unidade da Federação em que vive, esta-
• Diferenças étnico-raciais e belecendo relações entre migrações e condições de
étnico-culturais e desigualda- infraestrutura.
des sociais (EF05GE02) Identificar diferenças étnico-raciais
e étnico-culturais e desigualdades sociais entre
grupos em diferentes territórios.
Aspectos físicos da • O sujeito e seu • Dinâmica populacional (EF05GE01) Descrever e analisar dinâmicas popula-
Região Sul lugar no mundo cionais na Unidade da Federação em que vive, esta-
• Território, redes e belecendo relações entre migrações e condições de
• Conexões e escalas urbanização infraestrutura.
(EF05GE03) Identificar as formas e funções das
cidades e analisar as mudanças sociais, econômicas
e ambientais provocadas pelo seu crescimento.
Economia da • Mundo do trabalho • Trabalho e inovação (EF05GE05) Identificar e comparar as mudanças dos
Região Sul tipos de trabalho e desenvolvimento tecnológico na
• Conexões e escalas tecnológica agropecuária, na indústria, no comércio e nos serviços.
• Território, redes e
(EF05GE03) Identificar as formas e funções das
urbanização cidades e analisar as mudanças sociais, econômicas
e ambientais provocadas pelo seu crescimento.

Manifestações • O sujeito e seu • Diferenças étnico-raciais e (EF05GE02) Identificar diferenças étnico-raciais


culturais da Região lugar no mundo étnico-culturais e desigualda- e étnico-culturais e desigualdades sociais entre
grupos em diferentes territórios.
Sul des sociais

Região • O sujeito e seu • Dinâmica populacional (EF05GE01) Descrever e analisar dinâmicas popula-
Centro-Oeste lugar no mundo cionais na Unidade da Federação em que vive, esta-
• Diferenças étnico-raciais e belecendo relações entre migrações e condições de
étnico-culturais e desigualda- infraestrutura.
des sociais (EF05GE02) Identificar diferenças étnico-raciais
e étnico-culturais e desigualdades sociais entre
grupos em diferentes territórios.
Aspectos físicos • O sujeito e seu • Dinâmica populacional (EF05GE03) Identificar as formas e funções das
da Região lugar no mundo cidades e analisar as mudanças sociais, econômicas
• Território, redes e e ambientais provocadas pelo seu crescimento.
Centro-Oeste • Conexões e escalas urbanização

Economia • Mundo do trabalho • Trabalho e inovação (EF05GE03) Identificar as formas e funções das
da Região cidades e analisar as mudanças sociais, econômicas
• Conexões e escalas tecnológica e ambientais provocadas pelo seu crescimento.
Centro-Oeste • Território, redes e
(EF05GE05) Identificar e comparar as mudanças
urbanização dos tipos de trabalho e desenvolvimento tecnológi-
co na agropecuária, na indústria, no comércio e nos
serviços.

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UNIDADES OBJETOS DE
CONTEÚDOS HABILIDADES
TEMÁTICAS CONHECIMENTO
Manifestações • O sujeito e seu • Diferenças étnico-raciais e (EF05GE02) Identificar diferenças étnico-raciais
culturais da Região lugar no mundo étnico-culturais e desigualda- e étnico-culturais e desigualdades sociais entre
grupos em diferentes territórios.
Centro-Oeste des sociais

Região Sudeste • O sujeito e seu • Dinâmica populacional (EF05GE01) Descrever e analisar dinâmicas popula-
lugar no mundo cionais na Unidade da Federação em que vive, esta-
• Diferenças étnico-raciais e belecendo relações entre migrações e condições de
étnico-culturais e desigualda- infraestrutura.
des sociais (EF05GE02) Identificar diferenças étnico-raciais
e étnico-culturais e desigualdades sociais entre
grupos em diferentes territórios.

Aspectos físicos da • O sujeito e seu • Dinâmica populacional (EF05GE01) Descrever e analisar dinâmicas popu-
Região Sudeste lugar no mundo lacionais na Unidade da Federação em que vive,
• Território, redes e estabelecendo relações entre migrações e condi-
• Conexões e urbanização ções de infraestrutura.
escalas (EF05GE03) Identificar as formas e funções das ci-
dades e analisar as mudanças sociais, econômicas
e ambientais provocadas pelo seu crescimento.

Economia da • Mundo do trabalho • Trabalho e inovação (EF05GE05) Identificar e comparar as mudanças


Região Sudeste tecnológica dos tipos de trabalho e desenvolvimento tecnológi-
co na agropecuária, na indústria, no comércio e nos
serviços.

Tecnologia, • Mundo do trabalho • Trabalho e inovação (EF05GE05) Identificar e comparar as mudanças


trabalho e tecnológica dos tipos de trabalho e desenvolvimento tecnológi-
co na agropecuária, na indústria, no comércio e nos
sociedade
serviços.

Energia utilizada • Mundo do trabalho • Trabalho e inovação (EF05GE07) Identificar os diferentes tipos de
nas produções tecnológica energia utilizados na produção industrial, agrícola e
extrativa e no cotidiano das populações.
industrial, agrícola
e extrativa
Transformações • Mundo do trabalho • Trabalho e inovação (EF05GE06) Identificar e comparar transformações
dos meios de tecnológica dos meios de transporte e de comunicação.
transporte e
comunicação
Trabalhando as - - Nota: A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) de-
emoções fine um conjunto de competências gerais que serve
como um guia para o apren­dizado das crianças e
que deve ser desenvol­vido de forma dinâmica para
trabalhar o socioemocional.

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31ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

2º DIA
Geografia: Região Sul – páginas 78, 79 e 80

Orientação didática:
• Solicite aos alunos que nomeiem os estados e as capitais que compõem a Região Sul. Peça aos alunos
que pesquisem curiosidades sobre a Região.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e História.

3º DIA
Geografia: Aspectos físicos da Região Sul – páginas 81, 82 e 83

Orientação didática:
Mostre que a Região Sul possui colônias de estrangeiros e forte influência europeia. Monte um mural de
fotos com as principais cidades da Região Sul.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

4º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

230

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DINÂMICA

MURAL DO MUITO OBRIGADO(A)

O educador disponibiliza materiais de desenho aos educandos e


explica que eles irão fazer um mural do “Muito obrigado(a)”. A ideia é
criar um mural com espaço para todo mundo escrever frases, come-

Prostock-studio / stock.adobe.com
çando pelo “Muito obrigado(a)...”. A frase deve ser completada com
o que desejam ou a quem querem agradecer. Mas, primeiro, fazem o
mural. O educador explica para os educandos que devem desenhar na
borda do papel algo que tenha relação com o agradecimento. Depois
de pronto, eles prendem o mural na parede do corredor e colocam as
suas frases. O educador pede que convidem os colegas no intervalo
para escreverem as suas frases, mantendo sempre a ideia de escrever
“Muito obrigado(a)” e completar. No final do dia, o educador leva os
educandos para lerem as frases e, depois, dialogam na sala sobre o que
aprenderam.

WENDELL, Ney. Praticando a Generosidade em sala de aula. Recife: Prazer de Ler, 2013.

231

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• Ao norte: os estados do Mato Grosso do Sul e
78
Região Sul de São Paulo.
• Ao leste: o Oceano Atlântico.
• Ao oeste: a Argentina e o Paraguai.
• Ao sul: o Uruguai.
A imagem abaixo mostra a região que ocupa
a menor área do território brasileiro: a Região
Sul. Seu território corresponde a cerca de 6,75%
e é dividido em apenas três estados. Observe a
tabela com a distribuição populacional, confor-
me dados estatísticos do IBGE em 2018.

Demografia
A Região Sul é a menor das regiões do Bra-
sil. Sua área é de 576.409,6 km², maior que a da
França, mas menor que a do Estado do Ama-
zonas (Norte) e a do Estado de Mato Grosso
(Centro-Oeste). Sua densidade demográfica é de,
aproximadamente, 47,5 hab./km², e o crescimen-
to demográfico é de 1% ao ano.
Podemos dizer que o tipo característico
gaúcho é uma mistura de espanhol, português,
N
indígena e negro.
O L
Outros imigrantes povoaram a Região. Os
S alemães se instalaram no norte e nordeste do
Estado de Santa Catarina; em Curitiba, no norte e
oeste do Paraná; e em locais específicos do Rio
Região Sul Grande do Sul. Já os italianos se instalaram, prin-
BNCC
Estados Capitais População cipalmente, na Serra Gaúcha e no sul de Santa
Catarina e introduziram as lavouras de uva e a (EF05GE01)
Paraná Curitiba 11.597.484 consequente produção de vinho. Descrever e analisar
Rio Grande do Sul Porto Alegre 11.466.630 Entretanto, é comum a presença de árabes,
poloneses, ucranianos, russos, entre outros. dinâmicas populacionais
Santa Catarina Florianópolis 7.338.473
Os brancos são maioria, aproximadamente na Unidade da Federação
73,9% da população. Um dos fatores que co-
A Região Sul é a única região brasileira locali- laboraram para a concentração da imigração em que vive, estabele-
zada na Zona Temperada Sul da Terra. Como po- europeia foi a necessidade de mão de obra nas cendo relações entre
demos observar no mapa, ela tem como limites: lavouras, principalmente nos cafezais.
migrações e condições de
Formando Cidadãos 78 Geografia • 5o Ano
infraestrutura.
FC_GEO_5F_U4 78 30/12/2021 15:47:25

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Antes de realizar a leitura da página, comen-


te sobre os costumes adquiridos dos imigrantes
que compõem, em grande parte, a população da
Região Sul. Explique que existem várias colônias
de estrangeiros na Região. Fale sobre as caracte­
rísticas físicas e culturais de seus habitantes.
Alina.Alina / stock.adobe.com

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232

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Grupos étnicos ou sociais 79
A história do seu povo, em sua formação ini-
cial, conta com o elemento étnico branco, oriun-

©Xalanx / stock.adobe.com
do de quando Dom Pedro II concedeu terras aos
imigrantes europeus com o objetivo de colonizar
o Brasil. Há várias colônias de estrangeiros na
Região. Os negros, indígenas e mestiços ali são
encontrados em proporções menores. Por conta
disso, a arquitetura apresenta formas europeias Os madeireiros vivem da extração da madeira,
e muitas construções feitas de madeira, pareci- atividade de grande importância para a econo-
das com as dos Alpes. mia da Região.

©Rafael Henrique / stock.adobe.com


©diegograndi / stock.adobe.com

De influência europeia, os agricultores trou-


xeram para o Brasil várias espécies de vege-
tais. Os agricultores vivem, principalmente, do
Essa miscigenação fez surgir diferentes povos
cultivo de cevada e uva.
característicos. Veja, a seguir, o que cada grupo
realiza.

©Javier Cuadrado / stock.adobe.com


©Raquel / stock.adobe.com

BNCC
(EF05GE02)
Além desses povos típicos, podemos destacar, Identificar diferenças
também, os pescadores que vivem no litoral e
Os colonos são proprietários de um pequeno
dependem da pesca, e os nativos (indígenas),
étnico-raciais e étnico-
lote de terra onde produzem a erva-mate, a
uva e outros produtos.
que são remanescentes das missões indígenas. -culturais e desigualda-
des sociais entre grupos
Formando Cidadãos 79 Geografia • 5o Ano
em diferentes territórios.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Organize a turma em grupos e proponha­-lhes


que realizem a ampliação da imagem das ban-
deiras dos estados da Região Sul. Depois, cole-as
junto ao painel de informa­ções dessa Região.
Alina.Alina / stock.adobe.com

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Atividades b. Ela é composta por três estados: 80
Paraná , Santa Catarina e
1. Marque, com um X, as informações corretas.
Rio Grande do Sul .
a. Em sua maior parte, a população da Região
Sul é branca porque: c. A Região Sul é a única do Brasil que se localiza

X foi povoada por imigrantes europeus. na Zona Temperada Sul .

foi povoada por imigrantes japoneses. 4. Marque X no que se refere à Região Sul.

b. A Região Sul é a região que apresenta: X Alguns tipos característicos são: os colonos,
os madeireiros, os agricultores.
o maior número de cidades quentes
do Brasil. Estados: Rio de Janeiro, Minas Gerais e
Pernambuco.
X as cidades mais frias do Brasil.
X Menor região do Brasil.
2. Sublinhe as frases corretas.
Maior região do Brasil.
a. A Região Sul é a menor em extensão
territorial. 5. Pesquise e responda às questões abaixo.

b. A Região Sul é formada por quatro estados. a. Em sua opinião, qual foi a contribuição mais
importante que os imigrantes deram à Região Sul
c. Indígenas, negros e mestiços constituem uma do Brasil?
pequena parte da população da Região.
Resposta pessoal
Agora, reescreva a frase incorreta, tornando-a
correta.
A Região Sul é formada por três estados.
b. Podemos dizer que a maior parte da popula-
BNCC
ção da Região Sul é descendente de que povo?
Circule. (EF05GE01)
3. Complete as informações abaixo.
Descrever e analisar
Asiático Indígena
a. A Região Sul faz fronteira com o dinâmicas populacionais
Uruguai na Unidade da Federação
, ao sul, e, com a
Africano Europeu
em que vive, estabele-
Argentina eo Paraguai , ao oeste. cendo relações entre
migrações e condições de
Formando Cidadãos 80 Geografia • 5o Ano
infraestrutura.
FC_GEO_5F_U4 80 30/12/2021 15:47:26

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Construa, com os alunos, duas frases ou
mensa­gens sobre a Região Sul, tratando de ques-
tões humanas e econômicas e que também digam
res­peito a seus problemas ambientais, como a
chuva ácida, desertificação e poluição atmosfé-
rica. Depois, peça aos alunos que representem
essas frases por meio de uma colagem em car-
tolina, usando, em vez de palavras, ilustrações
extraídas de revistas ou da Internet.

234
234

FC_ME_GEO 5F_UNIDADE4.indd 234 08/06/2022 20:42


Aspectos físicos da Hidrografia 81
Região Sul A hidrografia do Sul pode ser classificada em
três grandes bacias. São elas:
Bacia Hidrográfica do Paraná: Ocupa uma área
Relevo de 196.564 km2, com um pequeno trecho volu-
O relevo da Região Sul é composto, na maior moso do Rio Paraná, que se estende da foz do
parte de seu território, por duas divisões do Planal- Rio Paranapanema até a foz do Rio Iguaçu. O Rio
to Brasileiro: o Planalto Atlântico (serras e planal- Paraná é importante, pois suas águas são apro-
tos do Leste e Sudeste) e o Planalto Meridional. veitadas como via de transporte fluvial e para a
O ponto mais elevado da Região Sul é o Pico produção de energia elétrica. Nele, foi construída
Paraná, com 1.877 metros de altitude, localizado a maior usina hidrelétrica do mundo: a de Itaipu,
no Estado do Paraná. que só foi superada em 2012, com a construção
O Planalto Atlântico fica próximo ao oceano da Usina de Três Gargantas, na China.
e é formado por terrenos cristalinos muito an-
tigos, que se estendem da Região Nordeste ao
nordeste do Rio Grande do Sul.
O Planalto Meridional abrange grande parte
das terras da Região. É formado basicamente
por terrenos sedimentares. A elevação de maior
destaque é a Serra Geral.
No Rio Grande do Sul, aparecem colinas de BNCC
baixas altitudes chamadas coxilhas, que originam (EF05GE01)
os Pampas Gaúchos, que ocupam pouco mais
de 176 mil quilômetros quadrados no Brasil e se Descrever e analisar

©Sascha F. / stock.adobe.com
estendem, também, pela Argentina e pelo Uruguai. dinâmicas populacionais
A Região apresenta, ainda, algumas planícies.
na Unidade da Federação
Observe, no mapa, o relevo da Região Sul.
Barragem de Itaipu – PR
em que vive, estabele-
cendo relações entre
Bacia Hidrográfica do Rio Uruguai: Sua área migrações e condições de
é de 178.235 km2, localizada no Estado do Rio
Grande do Sul. Destacam-se, também, nessa
infraestrutura.
bacia, os rios do Peixe, Chapecó, Pelotas, Can-
vas e Ijuí.
(EF05GE03)
Bacia Hidrográfica do Sudeste: Prolonga-se
Identificar as formas e
por todo o litoral, com 202.928 km2. Destacam- funções das cidades e
-se, nessa bacia, os rios Guaraqueçaba, Cuba-
analisar as mudanças
tão, Tubarão, Jacuí, Paratini, Jaguarão, entre
outros. sociais, econômicas e
Formando Cidadãos 81 Geografia • 5o Ano
ambientais provocadas
pelo seu crescimento.
FC_GEO_5F_U4.indd 81 20/11/2021 10:57:40

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Construa, com os alunos, uma tabela com as características da Região Sul para ser exposta em sala.

REGIÃO ALTITUDE/RELEVO HIDROGRAFIA CLIMA VEGETAÇÃO ORIGINAL


Sul • Predominam alti­tudes • Destacam-se a bacia • Predomina o clima • Predominam os cam-
médias. do Rio Paraná, que tem subtropical – baixas pos e a Mata de Arau-
• Apresenta planal­tos entre seus afluentes o temperaturas no in- cárias, ou Mata dos
(predominan­tes), de- Iguaçu e a bacia do Rio verno, podendo nevar Pinhais.
pressões e planícies. Uruguai. nas serras, e chuvas
• Outros rios impor- regulares.
tantes: Itajaí e Jacuí,
onde deságua o Rio dos
Sinos.

235

FC_ME_GEO 5F_UNIDADE4.indd 235 08/06/2022 20:42


Clima Vegetação 82
O clima predominante da Região Sul é o sub- Devido ao clima subtropical, a Região Sul
tropical, com estações bem definidas; no inverno, possui uma vegetação típica classificada como
as temperaturas são baixas, chegando a 0 ºC, Mata de Araucárias, ou Mata dos Pinhais. Com
com geadas fortes e algumas formações de neve. o desenvolvimento da Região, a floresta foi,
em grande parte, destruída, devido à prática da
agricultura, da pecuária e da extração do pinho,
madeira utilizada para a construção de casas e a
fabricação de móveis.
©Fom Conradi / stock.adobe.com

©Celli07 / stock.adobe.com
As chuvas, em quase toda a região, distri-
buem-se com relativa regularidade pelo ano
inteiro, mas podem-se encontrar, também,
características de tropicalidade nas baixadas
litorâneas do Paraná e de Santa Catarina, onde
as médias térmicas são superiores a 20 ºC e as
chuvas caem, principalmente, no verão. Atualmente, as estatísticas indicam que resta
de 2% a 3% da mata original. E o que restou foi
transformado em áreas de preservação am-
biental, sob os cuidados dos governos Federal e
Estadual.
Dessa mata, são extraídos, principalmente,
©David Bodescu / stock.adobe.com

o pinheiro-do-paraná e a imbuia, utilizados em


marcenaria, e a erva-mate, cujas folhas são em-
pregadas no preparo do chimarrão. Além dessa
mata, existe a Serra do Mar, muito úmida devi-
do à proximidade com o Oceano Atlântico, que
favorece o desenvolvi- BNCC
mento da mata tropical
Os ventos também afetam as temperaturas. No úmida da encosta, ou
(EF05GE03)
©Felipe Bortoluzi / stock.adobe.com

verão, sopram os ventos alísios vindos do Sudes- Mata Atlântica — muito Identificar as formas e
te, que, por serem quentes e úmidos, provocam densa e com grande
funções das cidades e
altas temperaturas, seguidas de fortes chuvas; no variedade de espécies —,
inverno, as frentes frias são geralmente seguidas que vai do Nordeste, analisar as mudanças
de massas de ar vindas do Polo Sul e trazem um passando pelo Sudeste,
sociais, econômicas e
vento frio chamado de minuano, ou pampeiro. até chegar ao Sul.
Formando Cidadãos 82 Geografia • 5o Ano
ambientais provocadas
pelo seu crescimento.
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SUGESTÃO DE ATIVIDADE

1. Responda às charadas. 2. Pesquise e complete com os limites da Região


a. Faço o percurso do oeste para o leste seguindo Sul.
para o mar. Que bacia sou? Ao Norte – Mato Grosso do Sul e São Paulo
Costeira do Sul
Ao Leste – Oceano Atlântico

b. Sou a maior lagoa dessa região. Ao Oeste – Argentina e Paraguai


Lagoa dos Patos
Ao Sul – Uruguai

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Atividades 4. Pesquise e escreva sobre a vegetação das
83
Araucárias ou Mata dos Pinhais.

1. A partir dos conhecimentos sobre os proces- Resposta pessoal


sos de formação do relevo da Região Sul, assi-
nale a alternativa que indica uma característica
dessa região.

O relevo da Região Sul é dominado, na


maior parte, por três divisões do Planalto
brasileiro.

X O relevo da Região Sul tem o seu predomí-


nio de médias e baixas altitudes.

2. Responda às perguntas abaixo. 5. A vegetação da Região Sul é preservada? Jus-


tifique sua resposta.
a. Qual é a forma de relevo predominante na
Região Sul? Não. Devido à prática da agricultura, da pecuá-

São os planaltos. ria e da extração do pinho para a construção de


BNCC
casas e a fabricação de móveis.
(EF05GE01)
b. Quais são os principais planaltos da Região? Descrever e analisar
São o Planalto Meridional e o Planalto Atlântico.
dinâmicas populacionais
na Unidade da Federação
em que vive, estabele-
c. O que são coxilhas? 6. Que tipo de relevo favorece o desenvolvi- cendo relações entre
mento de uma mata tropical úmida na região? migrações e condições de
São colinas de baixas altitudes. Explique.
infraestrutura.
Serra do mar. Devido à sua proximidade com o

3. Como se chama e em que local é encontrada a Oceano Atlântico, com grande densidade e varie- (EF05GE03)
maior usina do país? Identificar as formas e
dade de espécies.
Chama-se Usina de Itaipu e é encontrada no Rio funções das cidades e
analisar as mudanças
Paraná.
sociais, econômicas e
Formando Cidadãos 83 Geografia • 5o Ano
ambientais provocadas
pelo seu crescimento.
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SUGESTÃO DE ATIVIDADE

1. Pesquise e complete as frases.


O relevo da Região Sul apresenta as seguintes formações:
Ao Leste, as planícies litorâneas.
No extremo norte e extremo sul da região, as depressões gaúchas.
Ao norte, na parte central e no interior ao sul da região, os patamares da Bacia do Paraná.
Ao Norte, mais próximo ao litoral, o Planalto Paulistano/Paranaense, a Serra Geral e a Serra do Mar.
Ao Sul, mais próximo ao litoral, o Planalto Sul Rio-Grandense.
Seguindo para o interior central da região, o Planalto das Araucárias.

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FUNDAMENTAÇÃO
COMPARTILHE AS BOAS IDEIAS

arthurhidden / stock.adobe.com
Muitas vezes, ao contrário de sermos narcisistas, aquelas pessoas que exageram sua importância,
beleza, inteligência e feitos, somos modestos demais. Talvez julguemos que o trabalho que realizamos
é muito simples ou básico. Talvez pensemos que, em outras escolas ou em outros países, os professores
realizam um trabalho incrível e muito melhor que nós. Então, as nossas boas práticas acabam ficando
fechadas dentro da nossa sala de aula e ninguém mais sabe a respeito do que estamos fazendo, dos
projetos criativos ou dos trabalhos incríveis que os alunos apresentam.
Pode ser que só percebamos que temos muito o que compartilhar quando os próprios colegas pas-
saram a elogiar algumas iniciativas ou os alunos dizerem que nunca haviam tido uma aula tão legal ou
feito um trabalho tão criativo ou divertido. É preciso divulgarmos e compartilharmos nossas boas práti-
cas e também aprendermos com outros colegas que compartilham suas boas ideias. Aprendemos com a
troca, com a interação com o outro.
Creio que todos nós deveríamos ter uma disciplina de marketing em nossos currículos, a fim de
aprendermos estratégias para divulgação dos projetos e resultados obtidos em nosso trabalho.
Registre tudo, faça um quadro geral do que vale a pena ser divulgado entre seus pares. Esse com-
partilhamento pode se dar desde um bate-papo informal, no qual você relata o que anda fazendo que
está dando certo, a compartilhamento na rede, seja no blog da escola, grupo de WhatsApp, do Face-
book dos professores, canais de vídeo ou outra ferramenta de compartilhamento de ideias.
Ao compartilhar, trocarmos experiências, vemos se alguém já fez algo similar e tem outras ideias
para partilhar, a fim de aprimorarmos nossas iniciativas. Além disso, promovemos um efeito em cadeia,
com novas ideias circulando e gerando outras novas ideias.
Veja a seguir algumas sugestões de como compartilhar as ideias e os projetos que você vem desen-
volvendo em sua escola.

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Compartilhando boas ideias

. Crie um blog pessoal (www.blogger.com é uma boa opção) para


compartilhar fotos, vídeos e postagens relacionadas a seu trabalho.
. Abra uma página no Facebook e divulgue para outros professores e
amigos.
. Participe de grupos de outros professores no Facebook para com-
partilhamento de ideias.
. Crie um canal no YouTube e poste vídeos sobre a sua área.
. Escreva um livro digital e disponibilize gratuitamente no seu blog.
. Publique seu livro na forma impressa.
. Dê palestras na sua escola ou para os professores da rede onde
você leciona.
. Procure congressos, fóruns, simpósios de universidades e inscreva-
-se para apresentar uma experiência.
. Tire mais fotos.
. Grave mais vídeos.
. Disponibilize na Internet o que for possível.
. Crie um portfólio digital com as boas práticas do ano.
. Escreva um artigo para uma revista da área.
. Conceda entrevistas para jornais ou revistas.
. Compareça às reuniões de pais e mostre a eles o que você tem
feito.
. Use o Pinterest para postar fotos dos momentos mais marcantes
em sala de aula com seus alunos.
. Use o Twitter para comunicar pequenas ideias e projetos.
. Grave um CD ou DVD com os projetos realizados e distribua para
outros colegas ou para a Secretaria de educação da sua rede.

SILVA, Solimar. 50 atitudes do professor de sucesso. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014.

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32ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

2º DIA
Geografia: Economia da Região Sul – páginas 84, 85, 86 e 87

Orientação didática:
Solicite aos alunos que tragam pequenas informações (curiosidades, informações sobre o clima, o ves-
tuário, o estilo das casas, as festas, etc.) sobre a Região Sul.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e História.

3º DIA
Geografia: Manifestações culturais da Região Sul – páginas 88 e 89

Orientação didática:
Faça a chamada da turma solicitando que cada aluno fale uma das curiosidades que encontrou na
pesquisa anterior.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

4º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

240

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DINÂMICA
MOSTRE E CONTE
RECURSOS:
Objetos escolhidos pelos próprios alunos.

PASSO A PASSO:
O professor propõe uma data determinada na qual todos os alunos leva-
rão um objeto favorito (ou foto) para a sala de aula e se apresentarão para
a turma, contando o motivo da escolha do objeto, o que é, suas caracterís-
ticas e importância.
Essa atividade é especialmente interessante para os alunos dos níveis
elementares cujo vocabulário costuma ser ainda restrito. No entanto, pode
ser adaptado para todos os níveis, contanto que os alunos não se limitem à
apresentação básica, mas sim que utilizem mais expressões, contem deta-
lhadamente sobre o objeto escolhido e preparem apresentações mais bem
estruturadas.

IDEIAS:
Outra sugestão é que os alunos mostrem e contem seus sonhos de con-
sumo. Eles podem escolher um determinado bem que ainda não possuem
e mostrar gravuras, impressas ou na Internet, descrevendo o produto, sua
funcionalidade e relevância para suas vidas.

SILVA, Solimar. Dinâmicas e jogos para aulas de idiomas. Petrópolis: Vozes, 2012.
InsideCreativeHouse / stock.adobe.com

241

FC_ME_GEO 5F_UNIDADE4.indd 241 08/06/2022 20:42


Extrativismo mineral 84
Economia da Região Tem como destaque a extração de cobre e
Sul chumbo, porém, o mais explorado na Região Sul
é o carvão, que é usado na obtenção de energia
Várias atividades econômicas se desenvolvem para a fabricação de aço. É em Santa Catarina
na Região Sul. Temos o extrativismo, a agricultu- que encontramos as maiores reservas de car-
ra e a pecuária. vão do país. No Paraná, encontra-se um mineral
chamado xisto betuminoso, que é usado como
combustível e, no futuro, poderá substituir o
petróleo. Além de todos os já citados, também
encontramos ferro, mármore, cristal de rocha e
água mineral.
©Daniel Bastos / stock.adobe.com

©Kadmy / stock.adobe.com
Extrativismo animal BNCC
(EF05GE03)
Tem como atividade a pesca no litoral, e, nos Extrativismo vegetal
rios, é grande a produção de pescado. Os esta- Identificar as formas e
dos de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul Como destaque, podemos citar a explora- funções das cidades e
se destacam na produção de crustáceos, como ção de madeira do cedro, da imbuia e, prin-
camarão e lagosta, e moluscos, como ostra. cipalmente, do pinheiro, extraída na Mata de analisar as mudanças
Araucárias. Explora-se, também, a erva-mate, sociais, econômicas e
usada no chimarrão, que é uma bebida típica da
Região. A exploração tem que ser realizada com ambientais provocadas
responsabilidade. pelo seu crescimento.

(EF05GE05)
©pawan tandon/EyeEm / stock.adobe.com

Identificar e comparar
as mudanças dos tipos
©Hernan / stock.adobe.com

de trabalho e desenvol-
vimento tecnológico na
agropecuária, na indús-
Formando Cidadãos 84 Geografia • 5o Ano tria, no comércio e nos
serviços.
FC_GEO_5F_U4.indd 84 09/11/2021 14:43:53

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Leia o texto didático e organize uma lista
com produtos do extrativismo animal, vegetal e
mineral.
Explique a seus alunos que a pesca, na Re-
gião Sul, é realizada na grande variedade de rios
e no mar, sendo os estados de Santa Catarina e
do Rio Grande do Sul produtores de crustáceos
(camarão, lagosta) e moluscos, como a ostra. Na
pecuária, há bastante criação de gado bovino (RS)
e suíno (SC).

242
242

FC_ME_GEO 5F_UNIDADE4.indd 242 08/06/2022 20:42


Agricultura Indústria, comércio e transporte 85
A atividade mais importante da Região Sul é A Região Sul é a segunda região industrial
a agricultura. Os equipamentos utilizados pelos mais importante do Brasil. Nela, as indústrias
agricultores, o solo, o clima e as técnicas permi- são bem desenvolvidas, sendo as de bebidas, de
tem boas colheitas. Cultivam-se trigo, soja, café, madeira, de vestuário, de calçados, alimentícias,
fumo, uva, algodão e milho. A Região Sul rece- têxteis, químicas e petroquímicas as principais
beu o nome de Celeiro do Brasil porque fornece indústrias de transformação.
grande quantidade de produtos alimentícios, A Refinaria Alberto Pasqualini está instalada
resultante da sua policultura — cultivo de vários no Estado do Rio Grande do Sul, em Canoas.
produtos. No Paraná, a Refinaria Presidente Getúlio Var-
gas contribui para o desenvolvimento nacional e
regional.
©JCLobo / stock.adobe.com

©photollurg / stock.adobe.com
BNCC
(EF05GE03)
Pecuária Identificar as formas e
funções das cidades e
O Estado do Rio Grande do Sul possui ex- A Região Sul possui comércio bastante desen-
celente pastagem natural para a criação de volvido. O Sul exporta madeira, carne, lã, celulo- analisar as mudanças
bovinos. Há, também, expressivo rebanho de se, carvão, cereais, produtos têxteis e alimentí- sociais, econômicas e
ovinos e suínos. Porém, causa grandes prejuízos cios e importa máquinas, acessórios industriais,
ambientais. produtos químicos e hospitalares e veículos. ambientais provocadas
pelo seu crescimento.

(EF05GE05)
Identificar e comparar
©Cesar Machado / stock.adobe.com
©Daniel Bastos / stock.adobe.com

as mudanças dos tipos


de trabalho e desenvol-
vimento tecnológico na
agropecuária, na indús-
Formando Cidadãos 85 Geografia • 5o Ano tria, no comércio e nos
serviços.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Para reconhecer as indústrias de transfor-
mação da Região Sul, propo­nha aos alunos que
pesquisem nome de indústrias de:
• bebidas;
• alimentos;
• madeira;
• vestuário;
• calçados;
• têxteis.

243

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Rodovias Turismo 86
As mais importantes são: A Região Sul apresenta várias atrações tu-
• BR–101, que passa próximo ao litoral. rísticas, como as serras Gaúcha e Catarinense,
• BR–116, que atravessa todos os estados da que atraem turistas no inverno rigoroso, com as
Região. temperaturas baixas e até neve, para cidades
• BR–376 (Rodovia do Café), que liga a capital como Gramado (RS) — a cidade turística mais
do Paraná, Curitiba, ao oeste do Estado. representativa do gênero no país —, Canela (RS)
e Urubici (SC).
Ferrovias As praias catarinenses também são procu-
radas e apreciadas por turistas do Brasil e de
As ferrovias são utilizadas, principalmente, outros países durante os dias quentes de verão.
para o transporte de produtos até os portos. O
turista fica deslumbrado com a paisagem par-
tindo de Curitiba até o Porto de Paranaguá pela
Estrada de Ferro Graciosa.
©Rodrigo / stock.adobe.com

©superbbs / stock.adobe.com
Vias náuticas
Outras atrações são as cidades fundadas por
A navegação fluvial é feita, principalmente, imigrantes, como Blumenau e Joinville (Santa
nos rios Paraná, Itajaí, Jacuí e Ibicuí. Catarina), Bento Gonçalves e Garibaldi (Rio Gran-
A navegação lacustre é praticada nas lagoas de do Sul), a Estrada de Ferro Graciosa e a mais
do Rio Grande do Sul, principalmente na Lagoa importante das atrações: as Cataratas do Iguaçu.
dos Patos.
A navegação marítima é muito importante
para o comércio de exportação. Os principais
portos são: Paranaguá, São Francisco, Imbituba e
Rio Grande. BNCC
Aerovia
(EF05GE03)
Identificar as formas e
©jantima / stock.adobe.com

Os aeroportos da Região são bem aparelha-


funções das cidades e
dos. Os três aeroportos mais importantes são:
Afonso Pena, em Curitiba; Hercílio Luz, em Floria- analisar as mudanças
nópolis; e Aeroporto Internacional Salgado Filho,
sociais, econômicas e
em Porto Alegre.
Formando Cidadãos 86 Geografia • 5o Ano
ambientais provocadas
pelo seu crescimento.
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SUGESTÃO DE ATIVIDADE

1. Marque as alternativas corretas relacionadas à Região Sul.

a. Maior região do Brasil.

b. Estados: Rio de Janeiro, Minas Gerais e Pernambuco.

c. Menor região do Brasil.

d. Considerada o celeiro do país.

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Atividades 3. Coloque V, para as frases verdadeiras, e F,
87
para as falsas.

1. Sobre a Região Sul, complete com os V A atividade primária mais importante da


produtos: Região Sul é a agricultura.

De exportação: F Na Região Sul, cultiva-se a extração de


petróleo.
carne, lã, madeira, celulose, carvão, cereais,
V O Estado do Rio Grande do Sul possui pas-
tagem natural muito boa para a criação de
tecidos e alimentos
gado bovino.

F No Paraná, destaca-se a extração de


petróleo.
De importação:
4. O Sul do Brasil, apesar de ocupar a menor
máquinas, acessórios industriais, produtos quí- extensão territorial entre as regiões brasileiras,
é a segunda região economicamente mais rica
micos e hospitalares e veículos do país. Realize uma pesquisa e discorra, abai-
xo, como o turismo é parte essencial para esse
grande enriquecimento econômico da região.
BNCC
2. Descubra e escreva o nome. Resposta pessoal
(EF05GE05)
a. Transporte mais desenvolvido da Região. Identificar e comparar
as mudanças dos tipos
R O D O V I Á R I O de trabalho e desenvol-
vimento tecnológico na
b. Rio por onde a navegação fluvial é feita. agropecuária, na indús-
tria, no comércio e nos
5. Pesquise e escreva alguns pontos turísticos da
P A R A N Á Região Sul.
serviços.
Sugestão de resposta: Cataratas do Iguaçu, PR;
c. Navegação importante para o comércio de
(EF05GE03)
exportação. Balneário Camboriú, SC; Vale Europeu, SC; Serra Identificar as formas e
Catarinense, SC. funções das cidades e
M A R Í T I M A analisar as mudanças
sociais, econômicas e
Formando Cidadãos 87 Geografia • 5o Ano
ambientais provocadas
pelo seu crescimento.
FC_GEO_5F_U4.indd 87 09/11/2021 14:43:54

SUGESTÃO DE ATIVIDADE

1. Que tipo de agricultura é predominante na Região Sul?

Policultura e monocultura comercial.

Colorfuel Studio / stock.adobe.com

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88
Manifestações

©Rawf8 / stock.adobe.com
culturais da Região Sul

Folclore
Festas populares e cultos: A Festa da Uva, em
O folclore sulista conserva vários costumes
Caxias do Sul; a Festa de Nossa Senhora dos
culturais dos imigrantes europeus, passados para
Navegantes, em Porto Alegre; a Oktoberfest
nós, brasileiros, uma riqueza expressa através
(festa da cerveja), em Santa Catarina; o rodeio;
de danças, lendas, bebidas e comidas típicas.
e as festas juninas.
Também teve influência do negro e do indígena,
todos contribuindo para o seu rico folclore. Algu-
mas de suas principais manifestações são:
Luís Guilherme Fernandes Pereira/Wikimedia Commons

Reprodução
Lendas: Quase todas as lendas são relaciona-
das às matas — Boitatá, Negrinho do Pastoreio,
Curupira, Boiguaçu e outras.

Danças típicas: O cateretê, a chimarrita, a jardi-

©Rawf8 / stock.adobe.com
neira, a chula, o baião, a congada, a marujada.

Pratos típicos: O churrasco, que é conhecido


em todo o Brasil; o arroz de carreteiro; o fervi-
do; o barreado e outros.
©RHJ / stock.adobe.com

©viktor santos/EyeEm / stock.adobe.com

(EF05GE02)
Bebida típica: O chimarrão, conhecido por todo
o Brasil, feito com erva-mate e tomado em Identificar diferenças
cuia e bomba apropriadas. Ele é servido bas- étnico-raciais e étnico-
tante quente. O chimarrão é uma bebida diges-
tiva e, também, ameniza o frio. Artesanato: Rendas, trançado de vime, cerâmica. -culturais e desigualda-
des sociais entre grupos
Formando Cidadãos 88 Geografia • 5o Ano
em diferentes territórios.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Divida a turma em grupos e promova um se-
minário. Cada grupo ficará responsável por um
aspecto da Região Sul. Peça-lhes que levem
imagens, curio­sidades, comidas, se possível, para
enriquecer os trabalhos.

246
246

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Atividades 4. Numere a segunda coluna de acordo com a
89
primeira.

1. Descreva as características do folclore da 1. Bebida típica 3 Arroz de carreteiro


Região Sul. 2. Festa popular
3. Prato típico 1 Chimarrão
O folclore sulista conserva vários tipos de cul-
2 Festa da Uva
tura dos imigrantes europeus, passando para
3 Churrasco
nós, brasileiros, uma riqueza folclórica expres-
2 Rodeio
sa através de danças, lendas, bebidas típicas
5. Preencha o quadro de acordo com o que
e pratos, que são mostrados sempre em datas estudamos.

comemorativas.
Lendas – Curupira, Negrinho do Pastoreio,

Boitatá, Boiguaçu
2. Marque, com um X, as respostas corretas.

O folclore sulista recebeu influência de:

nordestinos. X negros. Artesanato – renda, trançado de vime,

X indígenas. X imigrantes europeus. cerâmica

caboclos. uruguaios.

3. Encontre, no caça-palavras, sete nomes de


danças folclóricas. 6. Faça uma pesquisa sobre as principais festas
culturais do Paraná. Depois, descreva-as.

M J A R D I N E I R A T K H R Resposta pessoal
A L B A I Ã O Ç W S C I B Z D
R O E T C F B I B U V L E R X
U A C H I M A R R I T A Q C Z (EF05GE02)
J E H P E I X E S H L A V D G
Identificar diferenças
A G U A C A T E R E T Ê P J T
D I L D A Ã P E T R Ó L H L P étnico-raciais e étnico-
A O A O S C O N G A D A X D X -culturais e desigualda-
des sociais entre grupos
Formando Cidadãos 89 Geografia • 5o Ano
em diferentes territórios.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Em uma roda de conversa, explique aos alunos
algumas semelhanças culturais existentes entre
os sulistas e povos de outras nações, como a
portuguesa, a espanhola, a alemã e a italiana. Em
seguida, apresente vídeos que retratem as tra-
dições culturais da Região Sul e peça aos alu­nos
que observem os detalhes. Depois, pergun­te-lhes,
oralmente, o que conseguiram captar de infor-
mação e solicite-lhes que preparem um pequeno
texto relatando o que encontraram.

247

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FUNDAMENTAÇÃO
INTERDISCIPLINAR
A bela cidade de Flor Vermelha é a capital de Estado de Boa Ventura. O povo da cidade é louvado por
todo o Brasil como um povo cortês, amável e com civilização superior.
Lá os colégios são grandes, têm autoestima extremamente elevada.
Minha passagem pela cidade, naquele momento, servia para uma conversa com os professores e
com as professoras de um dos colégios. Eram mais de 200 docentes; além deles, estavam representa-
dos os alunos, os pais e os funcionários, tínhamos de aprofundar as questões ligadas ao planejamento,
tanto no nível global, de escola, como no nível setorial, com atenção, neste caso, aos planos dos docen-
tes, na sala de aula.
No primeiro dia, tudo correu bem. Mas aí fui descobrindo: eles estavam utilizando o projeto como
técnica de aprendizagem. Não sempre porque eles estavam muito comprometidos com o vestibular, e
os projetos poderiam desviá-los da concentração necessária neste campo. Mas havia um esforço e um
comprometimento de todos, já que queriam estar atualizados com as tendências educacionais.
Tinham ocorrido algumas experiências com professores e professoras de duas ou três disciplinas
se juntando para organizar o trabalho de cada um (uma) levando em conta o trabalho da outra(outro).
Como sempre ocorre, nas escolas, em trabalhos deste tipo, isto se referia a algo específico, a uma
pequena parte das aulas, a um ponto do “conteúdo”; assim o professor de Literatura combina com a
professora de História: enquanto ele fala sore o Romantismo, ela aborda o que aconteceu, no mundo, na
primeira metade do século XIX. A esta integração de disciplinas, chamavam de interdisciplinaridade.
O outro “projeto” interdisciplinar” era a escolha de um tema para servir de pano de fundo para todas
as disciplinas. Tinham escolhido a família, aulas de Português tinham textos sobre a família, aulas de
Matemática (contas familiares?) interrupção para falar sobre a família?), aulas de História (é fácil?),
aulas de Geografia? E de Química (complicou?), de Biologia é fácil – afinal as sementes de ervilhas de
Mendelsohn (é assim que escreve?) vão servir...
Tive de dizer, embora cometendo dois pecados, o da mentira e o da chantagem: “Falei, no intervalo
de descanso, com os alunos do Colégio, e uns doze me disseram que queriam dizer que os pais haviam
falecido e dezenove que queriam ir morar sozinhos, para que não se pudesse mais falar em família”.
Sei que o remédio funcionou. Para desgaste de quem coordenava e para gáudio dos professores e
professoras. Os primeiros, embora não entendendo bem o que estava acontecendo, ficaram com receio
de insistir em coisas assim, e mestres e mestras sentiram-se autorizados(as) a não atender a tudo que
lhe pediam. Mas o ensino ficou igual.

GANDIN, Danilo. Crônicas para uma nova escola. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2008.

248

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A PROVA DE SUCESSO
DA NOSSA AÇÃO
EDUCATIVA É A FELICIDADE
DA CRIANÇA.
Maria Montessori

249

FC_ME_GEO 5F_UNIDADE4.indd 249 08/06/2022 20:42


33ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

2º DIA
Geografia: Região Centro-Oeste – páginas 90 e 91

Orientação didática:
Monte, com os alunos, um guia turístico sobre a Região Centro-Oeste, incluindo espaços de lazer, cul-
tura, gastronomia e espaços ecológicos existentes nessa Região. Proponha a eles uma pesquisa sobre o
extrativismo (mineral, vegetal e/ou animal), predominante nos estados da Região Centro-Oeste.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e História.

3º DIA
Geografia: Região Centro-Oeste – páginas 92 e 93 (primeira coluna)

Orientação didática:
Divida seus alunos em três grupos e solicite uma apresentação cultural referente a cada estado da Re-
gião Centro-Oeste para apresentar para o grande grupo.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

4º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

250

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DINÂMICA

VERDADE OU CONSEQUÊNCIA

Os alunos devem fazer um círculo no chão e


uma garrafa deve estar no centro. Sorteie alguém
para girar a garrafa e a pessoa que for apontada
pelo bico dela deve escolher “verdade” ou “con-
sequência”. Na “verdade”, a pessoa para quem o
fundo da garrafa está apontando deve fazer uma
pergunta relacionada ao conteúdo da disciplina.
Mas se a pessoa escolher “consequência” ou errar
a resposta, ela será desafiada a pagar uma pren-
da escolhida pelo aluno responsável por fazer a
pergunta inicial.

Disponível em: <https://www.dombosco.com.br/noticias/7-di-


namicas-para-os-professores-realizarem-em-sala-de-aula.
html>. Acesso em: 24 jan. de 2022.

251

FC_ME_GEO 5F_UNIDADE4.indd 251 08/06/2022 20:42


90
Região Centro-Oeste

Região localizada no interior do Brasil e única

©willymona / stock.adobe.com
região brasileira que não é banhada pelo Oceano
Atlântico. A região Centro-Oeste é formada por
quatro unidades federativas: Mato Grosso, Mato
Grosso do Sul, Goiás e o Distrito Federal. Mesmo
se localizando dentro do Estado de Goiás, o Dis-
trito Federal é uma unidade administrativa au-
tônoma, ou seja, possui governo e leis próprios.
A Região Centro-Oeste possui uma área de,
Nele, está Brasília, a capital do Brasil.
aproximadamente, 1.606.371 km2.
Seu povoamento é resultado das expedições
bandeirantes, no século XVII, e das migrações em
busca de ouro, ocorridas durante o século XVIII,
além da chegada dos migrantes sulistas.
Assim como aconteceu nas outras regiões
brasileiras, a população do Centro-Oeste re-
cebeu a influência dos indígenas e dos negros
africanos, que trabalharam como escravos na BNCC
época da colônia. (EF05GE01)
O Centro-Oeste possui fauna e flora variadas.
Merecem destaque o Pantanal, uma das mais Descrever e analisar
N
exuberantes e diversificadas reservas naturais dinâmicas populacionais
do planeta, e as atividades econômicas para o
O L
desenvolvimento da Região: a criação de gado
na Unidade da Federação
S bovino, a agricultura e, nos últimos anos, o cres- em que
cimento de indústrias, principalmente alimentí-
cias, farmacêuticas, de minerais não metálicos e
vive, estabelecendo
ESTADO SIGLA CAPITAL BANDEIRA madeireiras. relações entre migra-
Goiás GO Goiânia ções e condições de
infraestrutura.
Mato Grosso MT Cuiabá
©Gudkov.Andrey. / stock.adobe.com

(EF05GE02)
Mato Grosso Campo
do Sul
MS
Grande Identificar diferenças
Distrito
étnico-raciais e étnico-
DF Brasília
Federal -culturais e desigualda-
Formando Cidadãos 90 Geografia • 5o Ano
des sociais entre grupos
em diferentes territórios.
FC_GEO_5F_U4.indd 90 20/11/2021 10:57:43

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Cidades planejadas Pegue um mapa de um estado da Região


Materiais: Centro-Oes­te e compare-o com o mapa das cida-
• Folhas de papel-sulfite. des de Brasília e de Goiânia. Incentive-as a perce-
• Lápis preto. ber as particulari­dades encontradas em cada uma
• Mapas de Brasília e Goiânia. das imagens.
Convide os alunos a pensar na cidade dos so­
Colocando em prática: nhos deles. Separe-os em pequenos grupos para
Pesquise e selecione imagens da Região que, juntos, desenhem a cidade que imaginaram.
Centro-Oes­te para que as crianças vejam a orga-
nização espacial.

252
252

FC_ME_GEO 5F_UNIDADE4.indd 252 30/06/2022 14:58:23


Demografia Observe a tabela:
91
A Região abrange uma área de 1.606.371 km2,
Região Centro-Oeste
onde vivem 16.504.303 habitantes, segundo o Ins- Cidade População Estado
tituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A população absoluta é a menor entre as Brasília 3.055.783 Distrito Federal
regiões do Brasil.
Na Região, a distribuição populacional ao lon-
go do território é irregular, onde existem áreas Goiânia 1.536.047 Goiás
com densidade demográfica que supera os 100
hab./km2, como o sul de Goiás e de Mato Grosso Campo Mato Grosso
906.092
e o oeste do Mato Grosso do Sul. Por outro lado, Grande do Sul
existem áreas onde a população não passa de
1 hab./km2, como o norte e o noroeste do Mato Cuiabá 618.124 Mato Grosso
Grosso, o norte de Goiás e a região do Pantanal.

Grupos étnicos ou sociais

BNCC
(EF05GE01)
Descrever e analisar

©DisobeyArt / stock.adobe.com
dinâmicas populacionais
na Unidade da Federação
em que
Alguns dos tipos humanos característicos da
vive, estabelecendo
região Centro-Oeste estão o vaqueiro do Panta- relações entre migra-
N nal, o boiadeiro de Goiás, o garimpeiro, os peões
O L das fazendas de gado e os indígenas, com suas
ções e condições de
S
múltiplas formas de cultura, presentes em Mato infraestrutura.
Grosso e no Mato Grosso do Sul. Há, ainda, por
conta da construção de Brasília, a influência
Há maior crescimento no número de habitan- nordestina, no Distrito Federal. (EF05GE02)
tes urbanos em relação aos habitantes rurais, Há, também, certa presença e influência dos
gerando uma taxa de urbanização elevada, com,
Identificar diferenças
sulistas — gaúchos, catarinenses e paranaenses
aproximadamente, 88,8% da população vivendo —, que se instalaram, principalmente, no norte de étnico-raciais e étnico-
nos centros urbanos, sendo a segunda do país Mato Grosso, por conta dos projetos de ocupação
-culturais e desigualda-
nesse quesito, superada somente pelo Sudeste. promovidos pelo governo no início do século XX.
Formando Cidadãos 91 Geografia • 5o Ano
des sociais entre grupos
em diferentes territórios.
FC_GEO_5F_U4.indd 91 09/11/2021 14:44:01

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Conduza o trabalho em equipe sobre a região


Good Studio / stock.adobe.com
estu­dada por meio de pesquisa. A temática pode
ser subdividida de modo que cada membro pegue
uma parte. Acompanhe a realização dos trabalhos
para assegurar a participação de todos e o nível
de qualidade das pesquisas.

253

FC_ME_GEO 5F_UNIDADE4.indd 253 08/06/2022 20:42


Com o crescimento da Região, migrantes
92
vieram de todas as demais regiões do país. En-
tretanto, há equilíbrio entre a porcentagem de
brancos (50,1%), concentrados no sul, e a de

©Kakteen / stock.adobe.com
mestiços (46,3%), principalmente mamelucos,
encontrados nas partes norte e central. As outras
etnias compõem os restantes 3,6% da população.
Não podemos deixar de falar de outro grupo
muito importante e numeroso na Região, são os
indígenas que habitam em algumas reservas e Garimpeiros: Atuam na extração de pedras
parques, como o Parque Nacional do Xingu e a preciosas ou de ouro, nos terrenos de aluvião,
Reserva Indígena Xavante. ou quebrando cascalho em busca de metais
De acordo com as variações dos grupos étni- preciosos.
cos, podemos classificá-los em:

©gustavofrazao / stock.adobe.com
©Cesar Machado / stock.adobe.com

BNCC
(EF05GE01)
Indígenas: Primeiros habitantes da região, com
Vaqueiros do Pantanal e boiadeiros de Goiás: forte influência no artesanato, na culinária e
Descrever e analisar
Presentes no deslocamento do gado pelas nos costumes regionais. dinâmicas populacionais
regiões alagadas, têm papel fundamental no
desenvolvimento regional da pecuária. na Unidade da Federação
em que
vive, estabelecendo
relações entre migra-
©Cesar Machado / stock.adobe.com

Brazilian National Archives/Wikimedia Commons


ções e condições de
infraestrutura.

(EF05GE02)
Peões das fazendas de gado: Trabalhadores
importantes que possuem tradição pecuária. A
Identificar diferenças
cavalo, eles percorrem as fazendas, cuidando étnico-raciais e étnico-
do gado. Imigrantes: Presença marcante na construção
e no desenvolvimento de Brasília. -culturais e desigualda-
Formando Cidadãos 92 Geografia • 5o Ano
des sociais entre grupos
em diferentes territórios.
FC_GEO_5F_U4.indd 92 22/11/2021 17:03

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Exponha as informações em um mural e leia para seus alunos:

REGIÃO ALTITUDE/RELEVO HIDROGRAFIA CLIMA VEGETAÇÃO ORIGINAL


• Predominam altitudes • Destaca-se a bacia do • Predomina o clima • Predomina o cerrado.
médias e baixas. Rio Paraguai, que banha tropical — elevadas
• Apresenta planaltos e o Panta­nal. temperaturas e chuvas
Centro-Oeste

depressões (predomi- • Outras bacias: do no verão.


nantes) e a Planície do Paraná, Amazônica, do
Pantanal. Tocantins-Araguaia.

254
254

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Atividades Aspectos físicos da
93
Região Centro-Oeste
1. Marque um X nas afirmativas corretas.

A Região Centro-Oeste está localizada no Relevo


litoral.
O relevo da Região Centro-Oeste é composto
X O povoamento do Centro-Oeste é resul- por três unidades predominantes.
tado do fluxo migratório de nordestinos e
sulistas. Planalto Central

X Brasília, a capital do Brasil, situa-se no O Planalto Central é um grande bloco ro-


Distrito Federal. choso, formado por rochas cristalinas, so-
bre as quais se apoiam camadas de rochas
A caatinga é a vegetação que se destaca sedimentares.
para o desenvolvimento da Região. Nas áreas em que as rochas cristalinas estão
cobertas pelas camadas sedimentares, são co-
X Nos últimos anos, a industrialização vem muns as chapadas com topos planos e encostas
crescendo na Região Centro-Oeste. que caem repentinamente e recebem o nome de
serras. Nessas regiões, as chapadas possuem a
2. Preencha a tabela com alguns dados da Re- denominação de chapadões. BNCC
gião Centro-Oeste. As chapadas estão presentes na maior par- (EF05GE01)
te da Região: em Mato Grosso, destacam-se a
Chapada dos Parecis (a oeste) e a Chapada dos Descrever e analisar
Região Centro-Oeste
Veadeiros (ao norte, na divisa com Goiás); em dinâmicas populacionais
Goiás, além da Chapada dos Veadeiros, sobres-
Extensão sai, na divisa com o Nordeste, o Espigão Mestre, na Unidade da Federação
1.606,371 km2
territorial que funciona como divisor de águas da Bacia do em que
Tocantins e da Bacia do São Francisco.
vive, estabelecendo
relações entre migra-
Habitantes 16.504.303 de habitantes
ções e condições de
infraestrutura.
Unidades Mato Grosso, Mato Grosso do Sul,
Federati-
©maxmunix / stock.adobe.com

vas Goiás e o Distrito Federal (EF05GE02)


Identificar diferenças
Cuiabá, Campo Grande, Goiânia e
Capitais étnico-raciais e étnico-
Bacia do São Francisco
Brasília -culturais e desigualda-
Formando Cidadãos 93 Geografia • 5o Ano
des sociais entre grupos
em diferentes territórios.
FC_GEO_5F_U4.indd 93 09/11/2021 14:44:03

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Planeje uma aula que aborde algumas pro-
blemáticas que existem na Região Centro-oeste
entre os grupos étnicos e sociais, como, por
exemplo, o impasse existente entre os garimpei-
ros e as comunidades indígenas na disputa por
terras. Mostre reportagens e o posicionamento de
cada um, bem como as ações governamentais que
visam resolver essas questões.

255

FC_ME_GEO 5F_UNIDADE4.indd 255 08/06/2022 20:42


FUNDAMENTAÇÃO
TEM ATÉ GRAÇA!

No ano 2000, resolvi ser empresária abrindo uma livraria infantil chamada Prazer de Ler, no Shopping
Recife. Era uma loja linda. As vendedoras eram professoras que sentiam prazer em ler, e tínhamos uma
proposta diferenciada de formar leitores. Os pais deixavam seus filhos por uma hora para participarem
das atividades na loja e das excursões culturais pela cidade. Foi um projeto muito interessante, mas
infelizmente — ou felizmente — não deu certo. Não sei ser empresária; em vez de vender livros, eu os
doava. Se o cartão de um cliente não autorizava a compra, eu dizia: “Leve, depois você paga”. Enfim, fali.

Durante o período em que a loja funcionava, tive momentos bem gratificantes e engraçados, dentre
os quais vou relatar um para vocês.

Um dia antes da inauguração da loja, tivemos que virar a noite trabalhando na organização dos
livros, do caixa, da sala de contos… Quando amanheceu, precisei ir ao banheiro, porém não sabia onde
ficava o banheiro externo, já que os sociais permaneciam fechados. Foi quando vi um grupo de moças
passando pela loja e perguntei onde ficava o banheiro. Uma delas logo respondeu: “Mas tem até graça!
Você faz faxina aqui toda semana e ainda não sabe onde fica o banheiro?…”. Sorri e disse: “Menina, é
minha primeira vez, me ajuda”. Ela seguiu, e eu fui acompanhando, sorrindo, mas ao mesmo tempo pen-
sando: como queremos um mundo melhor se uma simples informação não é possível dar?

Penso nessas pessoas que colocam dificuldade em tudo, não valorizam as coisas e vivem sempre
reclamando. Nunca estão prontas para servir. Como educadora, conheci muitas professoras com esse
comportamento, que simplesmente passaram na vida de seus alunos sem deixar marcas.

Ao escrever este texto, lembrei-me de uma história de autoria desconhecida que acho muito impor-
tante trazer para esta reflexão:

O capitão de um navio que estava de saída se dirigia apressado para o porto. Diante da vitrine do
restaurante, ele viu um menino quase maltrapilho, de braços cruzados e meio trêmulo.

— O que está fazendo aí, meu pequeno? — perguntou-lhe o capitão.


— Estou só olhando quanta coisa gostosa tem aí para comer…
— Tenho bem pouco tempo antes da partida do navio. Se você estivesse arrumadinho, eu o levaria
para que comesse algumas dessas coisas saborosas.

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Irina Gubanova / stock.adobe.com
O garoto, faminto e animado pelo fio de esperança de que aquele homem o ajudaria, passou a mão-
zinha sobre os cabelos em desalinho e falou:
— Estou pronto agora!
Comovido, o capitão o levou como estava ao restaurante, fazendo com que lhe servissem uma boa
refeição. E, enquanto o garoto comia, perguntou-lhe onde estava sua mãe. Ele respondeu:

— Ela foi para o céu quando eu ainda era muito pequeno.


— E você ficou só com seu pai? Onde está ele agora? Onde ele trabalha?
— Nunca mais vi meu pai desde que minha mãe partiu…
— Mas, então, quem toma conta de você?

Com um jeitinho resignado, o menino respondeu:


— Quando minha mãe estava doente, ela disse que Deus tomaria conta de mim. Ela ainda me ensinou
a pedir isso todos os dias a Ele.

O capitão, cheio de compaixão, acrescentou:


— Se você estivesse limpo e arrumadinho, eu o levaria para o navio e cuidaria de você com muita
alegria.

Novamente, o menino, alisando os cabelos sujos e malcuidados, voltou a repetir a mesma expressão:
— Capitão, estou pronto agora!

Então, o capitão levou o menino para o navio, onde o apresentou aos marinheiros, dizendo:
— Ele será o meu ajudante e será sempre chamado de Estou Pronto.

Como seria diferente se nós estivéssemos sempre prontos para ajudar, servir, cuidar, orientar, amar,
valorizar, entusiasmar, elogiar, amparar…

Na vida, temos duas opções: a de dizer “Tem até graça”, que não se preocupa em servir ao próximo;
ou “Estou pronto”, que tem como missão servir.

Eu escolhi ser como o menino Estou Pronto, e você?

SILVA, Zeneide. Tem até graça!. Revista Construir Notícias. Recife. Ano 15. 86 ed. Jan./Fev., 2016.

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34ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

2º DIA
Geografia: Aspectos físicos da Região Centro-Oeste – páginas 93 (segunda coluna) e 94

Orientação didática:
Enfatize que a Região Centro-Oeste apresenta aspectos geográficos e sociais muito interessantes e, por
vezes, até desconhecidos por grande parte da população brasileira.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e História.

3º DIA
Geografia: Aspectos físicos da Região Centro-Oeste – páginas 95 e 96

Orientação didática:
Elabore, previamente, um mapa do Brasil em uma folha de papel 40 kg e algumas tarjetas com o nome
dos estados da Região Centro-Oeste, suas siglas e capitais. Realize um jogo de perguntas e respostas.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

4º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

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DINÂMICA
PAINEL COLETIVO
Esta atividade propõe a construção de um grande painel coletivo. O educador estende,
no chão, um papel grande e explica à turma que cada um vai construir um painel, com
tintas e pincéis, seguindo a imaginação livre.

Haverá quatro regras: escolher um lugar e começar a fazer o seu desenho; ajudar no
desenho do outro, se a pessoa quiser, e também pedir ajuda; respeitar sempre o colega;
e, quem atrapalhar a atividade será convidado a sentar-se e, apenas, observar.

O educador explica quais são os materiais e a quantidade máxima que cada um poderá
pegar, deixando os alunos livres para a confecção. Esta atividade pode ser realizada com
outros tipos de material, como cola, papel, tesoura com ponta arredondada, elementos
de reciclagem, etc., para serem usados pelos educandos da forma como quiserem no
painel.

É importante não interromper a atividade, pois tudo que vai acontecer, mesmo pare-
cendo caótico, será um aprendizado, e o educador deve ficar atento à atividade e anotar
tudo.

Ao final, todos vão apreciar o que fizeram e deixar o trabalho exposto no espaço
escolar.

Os educandos podem fazer uma reflexão sobre o que aconteceu de bom, de ruim, o
que os deixou felizes ou tristes e podem argumentar sobre o que aprenderam com essa
experiência.

Pode-se repetir a atividade dias depois, explicando aos educandos que, dessa vez, será
diferente, pois eles já aprenderam o que devem e o que não devem fazer em um trabalho
coletivo e como seguir as regras.

godfer / stock.adobe.com
WENDELL, Ney. Praticando a gentileza em sala de aula. Recife: Prazer de Ler, 2012.

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Atividades Aspectos físicos da
93
Região Centro-Oeste
1. Marque um X nas afirmativas corretas.

A Região Centro-Oeste está localizada no Relevo


litoral.
O relevo da Região Centro-Oeste é composto
X O povoamento do Centro-Oeste é resul- por três unidades predominantes.
tado do fluxo migratório de nordestinos e
sulistas. Planalto Central

X Brasília, a capital do Brasil, situa-se no O Planalto Central é um grande bloco ro-


Distrito Federal. choso, formado por rochas cristalinas, so-
bre as quais se apoiam camadas de rochas
A caatinga é a vegetação que se destaca sedimentares.
para o desenvolvimento da Região. Nas áreas em que as rochas cristalinas estão
cobertas pelas camadas sedimentares, são co-
X Nos últimos anos, a industrialização vem muns as chapadas com topos planos e encostas
crescendo na Região Centro-Oeste. que caem repentinamente e recebem o nome de
serras. Nessas regiões, as chapadas possuem a
BNCC
2. Preencha a tabela com alguns dados da Re- denominação de chapadões. (EF05GE01)
gião Centro-Oeste. As chapadas estão presentes na maior par-
te da Região: em Mato Grosso, destacam-se a
Descrever e analisar
Região Centro-Oeste
Chapada dos Parecis (a oeste) e a Chapada dos dinâmicas populacionais
Veadeiros (ao norte, na divisa com Goiás); em
Goiás, além da Chapada dos Veadeiros, sobres-
na Unidade da Federação
Extensão
1.606,371 km2
sai, na divisa com o Nordeste, o Espigão Mestre, em que
territorial que funciona como divisor de águas da Bacia do
Tocantins e da Bacia do São Francisco.
vive, estabelecendo
relações entre migra-
Habitantes 16.504.303 de habitantes ções e condições de
infraestrutura.

Unidades Mato Grosso, Mato Grosso do Sul,


Federati- (EF05GE03)
©maxmunix / stock.adobe.com

vas Goiás e o Distrito Federal


Identificar as formas e
Cuiabá, Campo Grande, Goiânia e funções das cidades e
Capitais
Bacia do São Francisco
analisar as mudanças
Brasília
sociais, econômicas e
Formando Cidadãos 93 Geografia • 5o Ano ambientais provocadas
pelo seu crescimento.
FC_GEO_5F_U4.indd 93 09/11/2021 14:44:03

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Divida a turma em grupos e selecione caracte-
rísticas existentes no relevo da região estudada
para que reproduzam por meio de uma maquete.
Auxilie no processo de construção e indique os
materiais que serão usados, como, por exemplo,
isopor, cola, tinta e pincéis.

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Planície do Pantanal Hidrografia 94
O Pantanal é, portanto, uma depressão relati- Na Região Centro-Oeste, existem muitos rios,
va situada entre os planaltos Central e Meridional agrupados em três grandes bacias hidrográficas:
e o relevo pré-andino. Periodicamente, a Planície
do Pantanal é inundada pelo Rio Paraguai e seus Bacia do Tocantins-Araguaia: Ocupa o norte e
afluentes. O relevo da planície tem duas feições pouco mais a oeste de Goiás e o extremo leste
principais: de Mato Grosso.

Cordilheiras: Pequenas elevações que não Bacia Platina: É subdividida em Bacia do Rio
sofrem inundações. Paraná e Bacia do Rio Paraguai no restante da
Baías ou lagos: Partes mais baixas, de for- Região.
matos circulares, inundadas durante a estação
chuvosa, formando lagoas. Bacia Amazônica: Localizada no Mato Grosso.
Por lá, deslocam-se grandes rios, como o Xin-
gu, ou rios que formam os principais afluentes
do Rio Amazonas, como o Rio Tapajós, que
tem como afluentes o Juruena e o Teles Pires.
©HERREPIXX / stock.adobe.com

BNCC
(EF05GE01)
©nathsegato / stock.adobe.com

Descrever e analisar
dinâmicas populacionais
Planalto Meridional
na Unidade da Federação
O Planalto Meridional se estende da Região Sul em que vive, estabele-
até os estados do Mato Grosso do Sul e de Goiás. Considerando que o Pantanal é uma das maio-
Nele, são encontrados os solos mais férteis de res extensões úmidas contínuas do planeta, ele cendo relações entre
todo o Centro-Oeste — a terra roxa que aparece funciona como um grande reservatório, que retém migrações e condições de
em forma de manchas, no sul de Goiás e no Mato a maior parte da água proveniente do planalto e
Grosso do Sul. regulariza a vazão do Rio Paraguai. infraestrutura.
A Bacia do Rio Paraná é a que possui a maior
capacidade de produção de energia do país. Exis-
tem várias usinas hidrelétricas na Região Centro- (EF05GE03)
©Tomasz Zajda / stock.adobe.com

-Oeste, como o complexo de Urubupungá e São Identificar as formas e


Simão.
A baixa capacidade de drenagem dos rios e la-
funções das cidades e
goas que se formam no Pantanal, juntamente com analisar as mudanças
a influência do clima da Região, faz com que cer-
ca de 60% da água seja perdida por evaporação.
sociais, econômicas e
Formando Cidadãos 94 Geografia • 5o Ano
ambientais provocadas
pelo seu crescimento.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Apresente o mapa da Região Centro-Oeste,


trabalhando a leitura de mapas com os alu­nos.
Peça-lhes que comparem a extensão territorial de
seus estados.
Converse sobre o clima da região, enfatizan-
do o surgi­mento de focos naturais de fogo no
cerrado, devido à baixa umidade do ar e às tem­
peraturas elevadas.

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Clima 95

©Leonardo Merçon / Instituto Últimos Refúgios / stock.adobe.com


Na Região Centro-Oeste, é predominante o
clima tropical, com duas estações bem definidas:
verão chuvoso e inverno seco. As temperaturas
são elevadas o ano todo.

• Ao norte e nordeste do Estado de Mato Grosso,


aparece o clima equatorial úmido, com tempe-
raturas elevadas e chuvas intensas o ano todo.

• Ao sul do Mato Grosso do Sul, onde a área é


cortada pelo Trópico de Capricórnio, há ocor-
rência de clima tropical com temperaturas O Pantanal abri-
mais baixas no inverno e chuvas concentradas ga muitas espécies
no verão. de peixes, aves,
mamíferos e répteis;
• No período de estiagem, a água fica limitada podemos citar a

©HPE / stock.adobe.com
aos rios. Mas, no verão, que é o período das jaguatirica, a onça-
cheias, o solo fica inundado com a água das -pintada, o jacaré
chuvas, passando a formar grandes regiões e a ave símbolo do
alagadas e cobrindo boa parte da vegetação. Pantanal: o tuiuiú. BNCC
(EF05GE01)
Outro tipo de vegetação encontrado na parte
central do Brasil é o cerrado. Essa vegetação se Descrever e analisar
caracteriza por árvores baixas, com troncos retor- dinâmicas populacionais
cidos, e vegetação rasteira com muitas gramíneas.
No cerrado, ocorrem queimadas naturais, na Unidade da Federação
porém a maior parte das queimadas é provocada em que vive, estabele-
©kamillok / stock.adobe.com

pelo ser humano, o que acaba empobrecendo o


solo do cerrado. O pequizeiro e o buritizeiro são cendo relações entre
árvores nativas da região. migrações e condições de
infraestrutura.

Vegetação (EF05GE03)
A Região Centro-Oeste é formada por uma Identificar as formas e
©barkstudio / stock.adobe.com

vegetação variada. O Pantanal, por exemplo,


uma grande planície inundável que ocupa parte
funções das cidades e
dos estados de Mato Grosso e do Mato Grosso do analisar as mudanças
Sul, e, também, de países vizinhos, como o Para-
sociais, econômicas e
guai e a Bolívia.
Formando Cidadãos 95 Geografia • 5o Ano
ambientais provocadas
pelo seu crescimento.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Explique aos alunos que o clima que predomi-
na na Re­gião Centro-Oeste é o tropical com verão
e inverno bem defi­nidos, nos quais se evidenciam
os períodos de estiagem e de chuvas. No geral,
a tempe­ratura é elevada. Na porção norte, há a
presença do clima equatorial (quente e úmido), as
chuvas são abundantes durante todo o ano, por
causa de parte da Floresta Amazô­nica. Ao Sul, já
na divisa com o estado do Paraná, há uma peque-
na faixa de clima sub­tropical, em que a tempera-
tura é mais amena.

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Atividades 4. Observe a imagem e responda ao que se pede.
96
1. Desembaralhe as letras e escreva as palavras.

©Raul Moura / stock.adobe.com


RAOTPICL tropical

Que vegetação típica da Região Centro-Oeste


a imagem acima representa?
quente Escreva suas características.
UTQENE
Representa o cerrado. É formado por árvores

baixas, com troncos retorcidos e vegetação ras-


UVOCOHS chuvoso
teira com muitas gramíneas.

2. Encontre, no diagrama, as formas de relevo da


Região Centro-Oeste. 5. Observe a imagem e responda ao que se pede. BNCC
(EF05GE01)
Cerrado
P A N Õ C O S K I U D O Floresta Amazônica Descrever e analisar
Mata Atlântica
C E R V B N M K I U E O Vegetação do Pantanal dinâmicas populacionais
C X C Ã B Ó M K I U P O Campos
R U H G F Q W T E H R E na Unidade da Federação
E J A H Y T F R D E E Z Que tipo de vegetação pre- em que vive, estabele-
T H P L A N Í C I E S C domina no Centro-Oeste?
X O A K U N G T R D S A Determine todos os estados
cendo relações entre
B W D E X Õ E S G B Õ T brasileiros que apresentam migrações e condições de
P L A N A L T O S S E U esse tipo de vegetação.
C X S V B N M K I U S O
infraestrutura.
Sugestão de resposta: Predomina, na Região, o

cerrado. Os estados de Mato Grosso, do Mato (EF05GE03)


3. A Região Centro-Oeste possui muitos rios que
estão agrupados em algumas bacias hidrográfi- Identificar as formas e
cas. Quantas e quais são elas? Grosso do Sul, de Goiás, de Minas Gerais, do
funções das cidades e
São três bacias: a Bacia Amazônica, a Bacia Plati- Tocantins, do Piauí, do Maranhão e de Rondônia analisar as mudanças
na e a Bacia Tocantins-Araguaia. apresentam esse tipo de vegetação. sociais, econômicas e
Formando Cidadãos 96 Geografia • 5o Ano
ambientais provocadas
pelo seu crescimento.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Promova uma conversa dirigida sobre o ex-
trativismo da Região Centro-Oeste. Proponha um
aprofundamento com pesquisa sobre o extrativis-
mo vegetal. Divida a turma, em duplas ou trios, e
realize um estudo sobre a madeira de lei, a borra-
cha, o baba­çu, a castanha-do-pará, a pupunha, a
erva-mate. Construa, com seu grupo-classe, um
grande painel. Comente a respeito da vegetação
exuberante do Pantanal mato-grossense.

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FUNDAMENTAÇÃO

APRENDENDO COM SUCESSO

ViDi Studio / stock.adobe.com


Por que será que os alunos andam tão desmotivados, tão desinteressados pelas aulas?
A resposta mais simples, mais imediata e mais fácil é dizer que eles não querem nada, que são indis-
ciplinados, que não têm responsabilidade, que lhes falta compromisso. Será mesmo assim ou melhor,
será sempre assim, eles realmente não querem nada com os estudos?
Ou a sala de aula precisa ser mais convidativa, mais prazerosa, mais envolvente?
Eu não posso ser regente de uma orquestra se só souber tocar um instrumento. O professor precisa
adequar suas técnicas de sala de aula a um mundo dinâmico, vivo, rápido e, sobretudo, divertido.
Precisa dominar novas estratégias de envolvimento, aprimorar a sua percepção, aumentar seus co-
nhecimentos e usá-los.
Fico preocupado quando ouço professores dizendo que não têm dinheiro para comprar livros para a
sua atualização. O livro é a ferramenta básica do professor e, portanto, é essencial para ampliar seus
horizontes.

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Imagine que você vá ao médico e, após suas queixas, ele diz não ter aparelho para
avaliar sua pressão arterial, porque não tem dinheiro para comprar um ou que não
pode auscultá-lo por também não possuir um estetoscópio.
Você confiaria em um médico com condições tão precárias?
Portanto, para ser um grande profissional, não é o bastante que tenha um
diploma.
Soichiro Honda (aluno fraco e desinteressado) dizia:
– Pra que me serve um diploma, se ele não me garante nada? Mais
vale um ingresso no cinema, porque basta apresentá-lo que terei direi-
to a ver um filme.
É claro que o diploma é importante, mas ele não garante nem o seu
emprego nem a qualidade do seu trabalho.
É preciso investir em você, em conhecimentos, em novos rela-
cionamentos. Só com conhecimento, é que nos transformamos.
Se não mudamos, é porque não adquirimos conhecimento,
apenas informação.
Faça um exercício agora. Quantos livros leu no último
ano? Participou de quantos congressos? Seminários?
Palestras?
De tudo que leu, sentiu, viu e ouviu, o que colocou
em prática?
Em que suas aulas de hoje são diferentes das
suas aulas do ano passado?
Quando suas aulas forem diferentes, seus
alunos também reagirão de forma diferente.
Experimente!

ViDi Studio / stock.adobe.com

VOCÊ NÃO SERÁ CAPAZ DE MUDAR O QUE


ESTÁ À SUA VOLTA SE NÃO MUDAR O QUE
ESTÁ DENTRO DE VOCÊ.
Serrano Freire

FREIRE, José Carlos Serrano. Seja o professor que você gostaria de ter. 4ª ed. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2012.

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35ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Semana de revisão.

2º DIA
Semana de revisão.

3º DIA
Semana de revisão.

4º DIA
Semana de revisão.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

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DINÂMICA

SORTEIO DE PAPÉIS
OBJETIVO:
Desenvolver a integração e o heteroconhecimento no grupo.

MATERIAIS:
Tiras de papel com tarefas, saquinhos de pano ou plástico, aparelho de som e CD de música.

DESENVOLVIMENTO:
O educador solicita que todos formem um círculo em pé para uma atividade de integração. Pre-
viamente, o professor prepara uma série de tiras de papel em número maior que o dos participantes,
escritas com tarefas alegres e desafiadoras, como, por exemplo: dê um recado aos colegas de grupo,
recite um verso, abrace seu colega da direita. Cuide para propor tarefas positivas, sem expor nenhum
dos participantes. Ao som de uma música motivadora, os participantes devem circular o saquinho.
Quando a música parar, quem ficar com o saco na mão deverá tirar o papel e cumprir a tarefa escrita
nele. O professor controla o som e deve dar oportunidade para que todos participem da atividade. Ao
final, comente sobre a importância da integração e da alegria no grupo.

FINAMOR, Ana Lígia Nunes. Dinâmicas de grupo, histórias, mensagens, músicas, filmes e muitas atividades: para dinamizar cur-
sos, treinamentos, grupos de encontro e reuniões. 2. ed. Canoas: Salles, 2008.

ValentinValkov; kankhem / stock.adobe.com

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SEMANA DE REVISÃO 5. Responda às perguntas sobre a Região
Centro-Oeste.
Unidade 4 a. Possui quantos habitantes?

• Região Sul 14.058.094 de habitantes.


• Aspectos físicos da Região Sul
• Economia da Região Sul b. Qual a extensão territorial?
• Manifestações culturais da Região Sul
• Região Centro-Oeste 1.606,371 km2.
• Aspectos físicos da Região Centro-Oeste
c. Onde se localiza?

1. Complete a tabela abaixo. Localiza-se no inte­rior do Brasil.

d. De que está formado o seu relevo?


Estado Sigla Capital
Planalto central, Planície do Pantanal e Planalto
Paraná PR Curitiba
Meridional.
Santa Catarina SC Florianópolis
e. Quais são as três grandes bacias hidrográficas?
Rio Grande do Sul RS Porto Alegre
Bacia do Tocantins-Araguaia, Bacia Platina e

Bacia Amazônica.
2. A Região Sul faz fronteira com quais países da
América do Sul?
f. Quais são os estados que compõem essa
Uruguai, Argentina e o Paraguai.
Região?

3. Quais os principais produtos e atividades econô- Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e o Distri-
micas da Região Sul?
to Federal.
Os principais produtos são os agropecuários –
6. Faça um desenho que represente uma manifes-
carne e laticínios – e vinículas, além das indústrias tação cultural da Região Sul.

de confecção de roupas e calçados.

4. Escreva dois nomes de comidas típicas da


Região Sul.
Resposta pessoal
Sugestão de resposta: O pão alemão de milho e o

churrasco.

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FUNDAMENTAÇÃO

AS DEZ REGRAS DO TRABALHO

1 Acorde e pense no seu objetivo.

2 Relembre todos os dias o seu principal objetivo e seus objetivos


secundários.

3 Lembre-se de tudo que já conquistou para seguir no caminho planejado.

4 Pense nas ações que já realizou e que já renderam resultados para alcançar
seu objetivo principal.

5 Respire fundo e oxigene sua mente para ter mais um dia a favor do que pro-
jetou para sua vida.

6 Durante o dia, coloque em prática tudo aquilo que já definiu como


estratégia.

7 Sempre que possível, compartilhe com amigos suas conquistas.

8 Peça ajuda sempre que precisar.

9 Quando for dormir, tenha a sensação de que o que já fez contribuiu para
seus objetivos.

10 Respire e agradeça ao Criador por tudo o que você realizou durante o dia e
durma com a consciência tranquila de que você está realizando sua missão
neste planeta.

Revista Profissão Mestre. Ano 12, n. 135. Curitiba: Humana editorial. Dezembro, 2010.

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36ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

2º DIA
Geografia: Economia da Região Centro-Oeste – páginas 97, 98, 99 e 100

Orientação didática:
• Solicite aos alunos que montem infográficos registrando aspectos que consideraram interessantes
sobre a Região Centro-Oeste, incluindo a economia. Depois, peça que eles escolham uma das bases da
economia da Região e façam um pequeno texto sobre ela.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e História.

3º DIA
Geografia: Manifestações Culturais da Região Centro-Oeste – página 101

Orientação didática:
• Leve para os seus alunos uma festa folclórica bastante conhecida na Região Centro-Oeste. Depois,
pergunte-lhes se eles conhecem alguma manifestação cultural dessa Região. Deixe que eles discorram
livremente sobre o tema proposto.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

4º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

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DINÂMICA

MEU SONHO – NOSSOS SONHOS


OBJETIVOS:
Incentivar a importância da amizade;
despertar para a realização dos sonhos; automotivação e autoestima.

Kindlena / stock.adobe.com
MATERIAIS
• Balão;
• Barbante;
• Tesoura com ponta arredondada;
• Canetinha hidrocor.

PROCEDIMENTOS:
Espalhe pela sala diversos balões de várias cores. Peça a cada participante que escolha o seu na cor
desejada. Em seguida, solicite que cada um encha o balão e o amarre. Todos deverão sentar em círculo
assim que estiverem com seus balões cheios e amarrados. Em seguida, coloque, no centro do círculo,
canetinhas hidrocor e peça a todos que escrevam, nos balões, seus sonhos. Antes de começar a dinâ-
mica, deixe claro a todos a importância de não deixar os balões caírem. Escolha um aluno para ir ao
centro do círculo. Ele deverá jogar o balão para cima, tomando o cuidado para que não caia, pois nele
estão seus sonhos.
Observe que o balão, em determinado momento, irá cair para os lados e, certamente, outro parti-
cipante tentará jogá-lo para cima. Nesse momento, interfira. Pegue o balão e solicite que esse partici-
pante, que tentou impedir o balão de ir ao chão, vá ao centro e comece a jogar seu balão para cima até
que este caia, também, para um dos lados e um terceiro aluno venha impedir seu balão de cair, e assim
sucessivamente. Essa dinâmica é concluída quando todos tiverem ido até o centro do círculo.
Mostre a importância de fazermos nossas escolhas vindas do coração, a fim de nos automotivarmos
para a realização desses sonhos, e a importância de estarmos em grupo para que, quando não con-
seguirmos manter nosso sonho de pé, sempre tenhamos uma mão amiga por perto que ajudará a nos
realizarmos.

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Economia da Região Extrativismo animal 97
Centro-Oeste Representado pela caça, não possui expressão
comercial regular e oficializada. Entretanto,
praticam-se intensamente as atividades extra-
A Região Centro-Oeste é uma região histori- tivas ilegais.
camente marcada por atividades agropecuárias. Entre os animais mais afetados por essa práti-
O grande marco para a transformação da Região ca estão as garças, caçadas por causa de suas
foi a construção de Brasília, na década de 1950. A penas; as lontras e ariranhas, devido à grande
transferência da capital para o interior do Brasil procura da pele no exterior; e os jacarés, cuja
foi de fundamental importância para o cresci- pele é utilizada na fabricação de cintos, bolsas,
mento da Região. calçados, etc.
Muitos agricultores e pecuaristas da Região Também é preocupante a pesca predatória de
Sul migraram para o Centro-Oeste em busca de grandes peixes de água doce em importantes
terras baratas para desenvolverem as atividades rios, o que é ilegal no país, praticada com o
agropecuárias. uso de bombas que afetam os peixes e os rios.

Extrativismo vegetal
Essa atividade está vinculada à extração de
plantas, como seivas, folhas, ervas, madeira,

©Jens Otte / stock.adobe.com


frutos, cascas de tronco, entre outros. BNCC
Em áreas mais distantes dos centros urbanos,
(EF05GE03)
o extrativismo vegetal aparece como uma im-
portante atividade econômica na Região Cen- Identificar as formas e
tro-Oeste. As mais procuradas são a borracha funções das cidades e
e as madeiras de lei, facilmente encontradas
na Floresta Amazônica; o quebracho, prove- Extrativismo mineral analisar as mudanças
niente do Pantanal, e a erva-mate, encontrada sociais, econômicas e
A Região Centro-Oeste possui diversas reser-
no sul do Mato Grosso do Sul.
vas de minérios, como ferro, ouro, diaman- ambientais provocadas
te, cristal de rocha, níquel, manganês, entre
outros. pelo seu crescimento.
O ouro é encontrado com mais facilidade no
Mato Grosso e é extraído por meio do garimpo,
assim como o diamante. (EF05GE05)
Identificar e comparar
©Roberto / stock.adobe.com

as mudanças dos tipos


©Wirestock / stock.adobe.com

de trabalho e desenvol-
vimento tecnológico na
agropecuária, na indús-
Formando Cidadãos 97 Geografia • 5o Ano
tria, no comércio e nos
serviços.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Organize a turma em dois grupos e solicite


um trabalho de pesquisa sobre a seringueira e a
peroba. Converse sobre o clima que predomina na
Re­gião Centro-Oeste e realize a leitura da página
para fixar o conhecimento.
sepy / stock.adobe.com

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Agricultura As técnicas de plantação, colheita e armaze-
98
namento dos produtos estão se desenvolvendo
Atualmente, a Região Centro-Oeste tem sua devido à existência de projetos de irrigação e do
economia baseada no setor da agricultura, uso de equipamentos modernos, como ceifadei-
mas isso só ocorreu nos últimos 30 anos. ras, semeadeiras e colheitadeiras.
Entre os vegetais, destaca-se a produção
de algodão, girassol, cevada e trigo. Hoje, a Pecuária
Região é responsável por 46% da produção de
soja, milho, arroz e feijão do país. A criação de animais mais praticada é a ex-
Há, também, a agricultura de subsistência, tensiva, — ou seja, os animais são criados soltos
focada no mercado local. no pasto — e de bovinos para o corte, porque,
nesse tipo de criação, há dificuldade no aprovei-
tamento do leite. O rebanho para o fornecimento
de leite se localiza apenas no sul da Região.
As localidades onde mais se pratica a pe-
cuária são: o Cerrado de Goiás e Mato Grosso e
©dusanpetkovic1 / stock.adobe.com

a Planície do Pantanal. Porém, a vegetação do


Cerrado não tem boa qualidade para a alimen-
tação dos animais, e, por esse motivo, o rebanho
tem baixo rendimento, ou seja, tem pouca carne.
E, no Pantanal, a criação dos rebanhos bovinos
e bufalinos apresenta baixa qualidade devido às BNCC
Na Região Centro-Oeste, destacam-se as inundações, que obrigam o rebanho a ir para as (EF05GE03)
seguintes áreas agrícolas: áreas mais altas.
Identificar as formas e
• Mato Grosso de Goiás: Região localizada no funções das cidades e
sudeste de Goiás, é um grande centro produtor
de arroz, algodão, café, soja e milho. analisar as mudanças
• Vale do Paranaíba: O sul de Goiás é respon- sociais, econômicas e
sável, junto com Mato Grosso, por boa parte da
produção de algodão da Região. Além disso, ambientais provocadas
produz arroz e amendoim nos municípios de pelo seu crescimento.
Itumbiara, importante centro agrícola.
• Campo Grande e Dourados: Destacam-se
pela produção de soja, milho e trigo. (EF05GE05)
• Mato Grosso do Sul: No Estado, cultiva-se a
Identificar e comparar
©Cesar Machado / stock.adobe.com

soja, mas também possuem destaque as zonas


cafeeiras, o algodão e o milharal. as mudanças dos tipos
• Pantanal: Aqui, a agricultura se estabelece,
principalmente, para abastecer os rebanhos da
de trabalho e desenvol-
pecuária praticada nessa área. vimento tecnológico na
agropecuária, na indús-
Formando Cidadãos 98 Geografia • 5o Ano
tria, no comércio e nos
serviços.
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SUGESTÃO DE ATIVIDADE
Garimpeiro
1. Pesquise informações sobre os tipos caracterís-
ticos da Região Centro-Oeste citados abaixo. Resposta pessoal

Boiadeiro Vaqueiro

Resposta pessoal Resposta pessoal

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Indústria, comércio e transporte As principais rodovias são: Belém-Brasília;
99
Rodovia Transpantaneira, que passa pelos esta-
A atividade industrial na Região Centro-Oeste dos de Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul, atra-
é pouco significativa, pois se desenvolveu prati- vessando o Pantanal; e Cuiabá-Santarém, que liga
camente após a fundação de Brasília. Encontra- Mato Grosso ao interior do Estado do Pará.
mos indústrias de beneficiamento de produtos Passam, por essa região, poucas ferrovias. A
agrícolas e alimentícios e madeireiras que estão mais importante é a Estrada de Ferro Noroeste
instaladas nos principais centros industriais: do Brasil, que liga Corumbá, no Mato Grosso do
Brasília e as Regiões Administrativas, Goiânia, Sul, a Bauru, em São Paulo.
Anápolis, Campo Grande e Corumbá. O transporte fluvial é mais intenso no Rio
Paraguai e seus afluentes. É utilizado, sobretudo,
A Região vende – produtos de frigorífico, ferro, para o transporte de mercadorias. O principal
manganês, cristal de rocha, borracha, arroz e porto fluvial está localizado na cidade de Co-
erva-mate. rumbá (Mato Grosso do Sul).

A Região compra – veículos, combustível, Turismo


trigo, açúcar, sal e máquinas.
O contato com a natureza é o forte do turismo
nessa Região. O ecoturismo e tudo o que envolve
O comércio se caracteriza como sendo interno as belezas naturais estão presentes no Estado do
e é mais intenso nas capitais dos estados e nas Mato Grosso do Sul, no complexo do Pantanal e
principais cidades. na famosa beleza de Bonito. Essas duas partes BNCC
O transporte nessa região, durante muito tem- da Região atraem visitantes de todos os cantos (EF05GE03)
po, acontecia basicamente pelos rios. Hoje, conta- do mundo. Além desses lugares, o Centro-Oeste
-se com várias rodovias e aerovias. A Região, possui pontos bastante visitados, como a região Identificar as formas e
hoje, dispõe de aeroportos de grande movimento, de Caldas Novas, em Goiás, e a Chapada dos Gui- funções das cidades e
sendo o mais importante o Aeroporto Internacio- marães, no Mato Grosso.
nal de Brasília – Presidente Juscelino Kubitschek. analisar as mudanças
sociais, econômicas e

©judsoncastro / stock.adobe.com
ambientais provocadas
pelo seu crescimento.

Caldas Novas, Goiás (EF05GE05)


Identificar e comparar
©boscorelli, joyt / stock.adobe.com

© fabianolucas / stock.adobe.com

as mudanças dos tipos


de trabalho e desenvol-
vimento tecnológico na
Bonito – Mato Grosso do Sul/MS agropecuária, na indús-
Formando Cidadãos 99 Geografia • 5o Ano
tria, no comércio e nos
serviços.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Construa, junto com os alu­nos, uma maquete
que repre­sente a economia da Região Centro-
-Oeste. Solicite uma pesquisa sobre outras formas
de economia.

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274

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Atividades 4. Marque, com um X, os produtos que se desta- 100
cam na agricultura da Região Centro-Oeste.

1. Em relação à atividade industrial na Região


Centro-Oeste, é possível afirmar a frase abaixo?
Justifique sua resposta.
X Milho Arroz
A atividade industrial na Região Centro-Oeste sempre foi
X
bastante significativa. Há grandes polos industriais nos
diferentes segmentos de beneficiamento para o país.

Sugestão de resposta: Não. A região Centro-Oes-


Algodão
X X
te, no segmento industrial, é pouco significativa Soja

e suas indústrias de beneficiamento alimen-


Café
tar estão concentradas apenas em seus polos X Feijão

regionais.

2. Complete as frases para que fiquem corretas. BNCC


a. O comércio dessa Região é mais intenso nas
Fotos: ©bergamont, ruzz, sommai, lena_zajchikova, Unclesam / stock.adobe.com
(EF05GE03)
capitais estados 5. Pesquise, recorte e cole, abaixo, imagens de Identificar as formas e
dos
pontos turísticos da Região Centro-Oeste. funções das cidades e
e nas principais cidades.
analisar as mudanças
b. O transporte dessa região, durante muito
sociais, econômicas e
tempo, acontecia, basicamente, pelos rios. Hoje,
rodovias
ambientais provocadas
conta-se com várias e
aerovias
pelo seu crescimento.
.

3. Circule a imagem que representa a forma de criação Resposta pessoal


(EF05GE05)
de animais característica da Região Centro-Oeste.
Identificar e comparar
©Cesar Machado / stock.adobe.com

as mudanças dos tipos


©mirkomedia / stock.adobe.com

de trabalho e desenvol-
vimento tecnológico na
pecuária intensiva pecuária extensiva agropecuária, na indús-
Formando Cidadãos 100 Geografia • 5o Ano
tria, no comércio e nos
serviços.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Organize a turma em quatro grupos. Cada
grupo vai apresentar um estado da Região
Centro-Oeste no modelo de seminário. O grupo
deve informar todas as características de cada
estado, principalmente os aspectos econômicos e
culturais.

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Atividades
101
Manifestações
culturais da Região
1. Escreva, nos quadros indicados, algu-
Centro-Oeste mas representações do folclore da Região
Folclore Centro-Oeste. Depois, escolha uma delas, faça
uma pesquisa e comente com seus colegas.
Entre as principais manifestações folclóricas
da Região Centro-Oeste, destacam-se: LENDAS FESTAS

Festas: Cavalhada, tourada, festas juninas.

Resposta pessoal Resposta pessoal


©ericatarina / stock.adobe.com

DANÇAS

Danças: Folia de reis, ou reisado, cururu, con-


gada das tapiocas, tambor.
Resposta pessoal
©Adriano / stock.adobe.com

2. Você é bom em adivinhação? Pesquise e tente


descobrir a personagem do nosso folclore atra-
vés das suas características.
Lendas: Romãozinho, lobisomem, Mula sem
Cabeça, Pé de Garrafa, Saci-pererê, Curupira.
Confundo os caçadores com minhas pegadas ao con-
trário para defender a mata.
Pratos típicos: Feitos com mandioca, pequi,
peixes de água doce e arroz de carreteiro.
Caipora/Curupira
©Flavia Novais Photgraphy / stock.adobe.com

(EF05GE02)
Sou condenado a galopar sem destino pela mata. No Identificar diferenças
lugar da cabeça, possuo chamas.
étnico-raciais e étnico-
Mula sem Cabeça -culturais e desigualda-
des sociais entre grupos
Formando Cidadãos 101 Geografia • 5o Ano
em diferentes territórios.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Monte, com os alunos, um guia turístico so-
bre a Região Centro-Oeste, incluindo espaços
de lazer, fol­clore, gastronomia e espaços ecoló-
gicos existentes nessa Região. Estimule os alu-
nos a criar panfletos com os pontos turísticos e
distribuí-los aos alunos de outras turmas, como
se fossem agentes de viagem realizando uma
divulgação.

276
276

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FUNDAMENTAÇÃO
UMA PEDAGOGIA QUÂNTICA

.com
icro / stock.adobe
WavebreakmediaM
Há muito tempo, em um diálogo de uma das peças mais famosas de William Shakespeare, o perso-
nagem principal da trama, Hamlet, afirmava ao estudante Horácio (personagem que representava a ra-
cionalidade) que existiam coisas que a razão não ia conseguir explicar nunca: “Há mais coisas no céu e
na terra, Horácio, do que foram sonhadas na sua filosofia”. Essa proposição de integração e ampliação
da percepção humana que aparece no pensamento de Shakespeare e passou um longo período abafada
pela supremacia da razão, que ainda rege as sociedades ocidentais, vem sendo retomada nas últimas
décadas.
A ciência, de uma maneira geral, tem feito um movimento de retorno às práticas integrativas, con-
siderando razão e emoção como partes igualmente importantes do ser humano e abandonando a era
do domínio absoluto do materialismo científico. Os atendimentos com as chamadas terapias holísticas,
por exemplo, já foram incorporados aos serviços de medicina convencionais e oferecidos, inclusive, no
Sistema Único de Saúde (SUS).

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FC_ME_GEO 5F_UNIDADE4.indd 277 08/06/2022 20:43


LIGHTFIELD STUDIOS / stock.adobe.com
Na educação, essa direção nos levou a uma abordagem chamada Pedagogia Quântica, criada há
cerca de oito anos pela psicopedagoga brasiliense Andrea Wolney. Mas calma, antes de explicar melhor
os caminhos de mudança propostos por ela, vou fazer uma breve apresentação da matriz dessa onda de
transformações: a Física Quântica. Porque, apesar de a sociedade já aceitar e até buscar a integração,
tudo o que é baseado em algo não palpável ainda provoca muito estranhamento, não é verdade?
As descobertas dessa área são bem antigas. Já se falava nisso no comecinho do século XX. E, dentre
vários estudos avançados realizados para a comprovação dessa outra forma de mecânica, um deles
mostrou que as mesmas áreas do cérebro eram ativadas quando os voluntários observavam os obje-
tos e quando, de olhos fechados, só imaginavam os mesmos itens. Outro experimento importante, que
aconteceu no verão de 1993, em Washington, nos Estados Unidos, reuniu 4 mil voluntários, vindos de
100 países diferentes, para meditar ao mesmo tempo. Com isso, o índice de criminalidade na cidade foi
reduzido em 25%, como era a intenção do evento. A partir dos estudos, os cientistas se perguntaram:
“Há mesmo um ‘mundo real’? Existe uma realidade material universal?”.
Aos poucos, foram chegando ao entendimento de que a unidade central da Física não era a matéria,
como pensavam até ali, e sim a consciência. E isso podia ser comprovado, sim. Professor aposentado de
Física Clássica da Universidade de Calcutá, o indiano Amit Goswami afirma que a única coisa que pode-
mos dizer sobre a Quântica é que ela é a física das possiblidades, ou seja, por ser regida pelo princípio
da incerteza, ela elimina qualquer tipo de determinismo. Imagine quantas reações esse e outros teóri-
cos enfrentaram e continuam enfrentando para fundamentar uma ciência que lida com o imensurável!
Pois é, mesmo que a gente já tenha ouvido tanto sobre a força do pensamento, acreditar de verdade na
transformação gerada a partir da mudança da mente ainda é um desafio enorme. Isso porque a cultura
do materialismo ainda é muito arraigada na maioria das sociedades. Apontar caminhos para que a gen-
te avance nessa quebra de paradigma é o legado dos estudos da Física Quântica.

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Mas não é só a Física que pode adotar práticas
quânticas. Foi isso que Andrea Wolney descobriu
quando conheceu essa área e, depois de uma
formação com o próprio Amit Goswami, recebeu a
certificação de ativista quântica, ou seja, alguém
que aplica os princípios quânticos na sua prática
profissional, seja qual ela for. E quais são eles?
Dizendo de uma forma simples, é tudo que ajuda a
desenvolver o poder do pensamento. Nesse sen-
tido, Andrea começou a experimentar em sala de
aula vivências de meditação, respiração, Conste-
lação Familiar sistêmica, entre outras. Os resulta-
dos na aprendizagem superaram as expectativas,
e, assim, ela decidiu formatar uma abordagem
sobre Pedagogia Quântica e, ainda, um curso de
alfabetização sistêmica.
Mas o que é que muda? Quais são os diferen-
ciais? A condução do processo a partir das refe-
rências afetivas dos estudantes é uma das viradas
de chave apresentadas como eixo da Pedagogia
Quântica, considerando não só o indivíduo, mas
todo o seu sistema familiar. “O que muda mesmo
é o nosso jeito de pensar a educação, a nossa
forma integral de olhar os alunos”, enfatiza An-
drea Wolney, que oferece, nos seus canais digitais
e nas redes sociais, palestras e cursos para quem

verkoka / stock.adobe.com
quer se aprofundar e aprender a aplicar a meto-
dologia criada por ela. Aos que desejam seguir as
infinitas possibilidades do universo quântico, boas
doses de coragem e ousadia são bem-vindas, mas
fundamental mesmo é a vontade de inovar, de
buscar outros conhecimentos e recursos, de enca-
rar o processo educacional como uma experiência
em que o aluno é o protagonista.

GALDINO, Christianne. Uma pedagogia quântica.


Revista Construir notícias. Recife. n.123, p. 5-6, março/
abril, 2022.

279

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37ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

2º DIA
Geografia: Região Sudeste – páginas 102, 103 e 104 (primeira coluna)

Orientação didática:
Solicite aos alunos uma pesquisa sobre a formação da Região Sudeste. Solicite aos alunos que façam
uma pesquisa, em jornais e revistas, sobre os estados da Região Sudeste em seus vários aspectos, como
relevo, hidrografia, folclore, etc.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e História.

3º DIA
Geografia: Aspectos físicos da Região Sudeste – páginas 104 (segunda coluna), 105 e 106

Orientação didática:
Analise, junto aos alunos, as características físicas e culturais predominantes na Região Sudeste. Incen-
tive os alunos a pesquisar e reconhecer os aspectos socioeconômicos da Região Sudeste.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

4º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

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DINÂMICA

HISTÓRIA EM QUADRINHOS CORPORAL


DESENVOLVIMENTO:
O professor divide a turma em grupos, de acordo com o número de alunos. O ideal é
que se formem de 3 a 5 grupos. Depois, explica que cada grupo terá um tempo determi-
nado para contar uma pequena história em 3 ou 4 tirinhas (partes ou capítulos), como se
fosse uma história em quadrinhos. Só que eles devem contar a história sem som, apenas
fazendo gestos com o corpo. Como nas revistas em quadrinhos, a história deve estar na
sequência (começo, meio e fim), para que os outros grupos possam entender e relatar,
em voz alta, o que viram.

REGRA:
O grupo que se apresentar escolhe qual é o outro grupo que vai contar a história
apresentada.

PONTUAÇÃO:
• 10 pontos para o grupo escolhido que adivinhar a história contada.
• 10 pontos para o grupo que representou a história.
• 5 pontos para ambos os grupos (quando não conseguirem contar direito a história ou
quando os outros explicarem errado).

EXEMPLOS DE TEMA PARA ESTA ATIVIDADE:


– Uma festa de aniversário.
– Um passeio ao zoológico.
– Um livro lido na escola.
– Um assunto trabalhado em sala de aula.

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102
Região Sudeste

O Sudeste é a região mais populosa do Brasil,


composta por quatro estados: Minas Gerais, São
Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Com uma
extensão territorial de 924.511,2 km2, responde
por mais da metade do Produto Interno Bruto
(PIB) brasileiro e, também, é a região de maior
densidade demográfica: 86,92 hab./km2, corres-
pondendo a cerca de 43% da população do país.
Sua população, de acordo com o IBGE, corres- N

ponde a 87.711.946 habitantes.


O L

Demografia
A população da Região Sudeste é formada por brancos, negros, pardos, amarelos e indígenas.
São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais são os estados mais populosos do Brasil. A maior parte da
população vive na área urbana, devido ao crescimento urbano e ao êxodo rural.
A Região é uma área de atração pelo seu grande potencial econômico. Muitos brasileiros da Região BNCC
Nordeste migram para o Sudeste, principalmente para São Paulo e para o Rio de Janeiro.
A maior concentração populacional se encontra no eixo Rio-São Paulo, onde estão localizadas as (EF05GE01)
Regiões Metropolitanas da Grande São Paulo, Grande Rio e as regiões do Sul Fluminense e do Vale do Descrever e analisar
Paraíba, que englobam 23% da população brasileira.
dinâmicas populacionais
na Unidade da Federação
em que vive, estabele-
N

O L
cendo relações entre
S migrações e condições de
infraestrutura.

A Região Sudeste é a mais (EF05GE02)


populosa do país e sua densi-
dade demográfica é de, aproxi-
Identificar diferenças
madamente, 87 hab./km², e 93% étnico-raciais e étnico-
da sua população reside em
áreas urbanas.
-culturais e desigualda-
Formando Cidadãos 102 Geografia • 5o Ano
des sociais entre grupos
em diferentes territórios.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

A Região Sudeste cresceu recebendo imigran- pessoas podem servir de fonte de informações
tes de diversos países, como Portugal, Itália, para a pesquisa escolar. Use um mapa-múndi para
Espa­nha, Japão e China. Levante, com a turma, que as crianças marquem de onde as famílias
suas ascendências. Explique-lhe que as origens delas vieram.
fa­miliares trazem consigo culturas diferenciadas.
Oriente os alunos a fazer uma entrevista com os
familiares, o que permitirá encontrar possíveis
imigrantes, já que a pergunta inicial pode ser
sobre a nacionalidade dos pais e parentes. Essas

282
282

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Grupos étnicos ou sociais Garimpeiro 103
Faz a extração de pedras
A população do Sudeste é formada pela união preciosas no leito dos
dos três grupos étnicos: brancos, negros e indí- rios.
genas. Com o fim da escravatura, a expansão da
cafeicultura e a urbanização de São Paulo, a Re-
gião atraiu imigrantes italianos, árabes e japoneses
e, posteriormente, populações de outras regiões do
mundo, entre elas, os chineses. Operário
Há, ainda, o êxodo rural, que leva as pessoas a Trabalha nas indústrias.
viver nas grandes metrópoles. Esse acontecimen-
to traz aos grandes centros um problema social
imenso, com excesso de poluição, trânsito difícil,
crescimento de muitas comunidades carentes e
dificuldade nos transportes.
Conforme a diversidade de trabalho que a Re- Boiadeiro, ou peão
gião oferece, podemos destacar: Cuida do gado.

Colono
Dedica-se à agricultura. Caiçara
Em geral, é o caipira, ou Caipira praiano, tecedor BNCC
caboclo. de gaiolas para pesca da
lagosta (com ramos) e (EF05GE01)
de redes para a pesca. Descrever e analisar
dinâmicas populacionais
Boia-fria na Unidade da Federação
Trabalha no campo, ge- Minerador
ralmente em plantações. É típico das grandes em que vive, estabele-
minas. Explora as cendo relações entre
riquezas do subsolo.
migrações e condições de
infraestrutura.
Sambista Barqueiro
Típico do Rio de Janeiro; Habitante das margens (EF05GE02)
compositor e trabalhador dos rios, transporta mer-
da indústria do Carnaval. cadorias e pessoas.
Identificar diferenças
étnico-raciais e étnico-
-culturais e desigualda-
Formando Cidadãos 103 Geografia • 5o Ano
des sociais entre grupos
em diferentes territórios.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Em grupos de três a cinco, os alunos devem Aproveite esse mo­mento para explicar aos alunos
realizar pes­quisas e montar cartazes com figuras a melhor forma de confeccionar um cartaz — fi-
que explicitem as ca­racterísticas populacionais guras, poucos escritos e letras grandes são os
da Região Sudeste. Os grupos de­vem apresentar ingredientes principais.
seus trabalhos para os colegas, e você irá de­
sempenhar, paralelamente, o papel de mediador,
destacando os pontos mais importantes das
apresentações e compilando textos para que toda
a classe tenha acesso às mesmas infor­mações.

283

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Atividades
104
Aspectos físicos da
1. Complete os espaços abaixo. Região Sudeste
Os primeiros habitantes da Região Sudeste foram
Relevo
os indígenas .
O relevo do Sudeste é marcado pela variedade
de planaltos, planícies e algumas depressões. Mas
Os jesuítas espanhóis fundaram as pri- o que se destaca são as serras e os planaltos ele-
vados que contribuem para a geração de energia
meiras vilas, mas a população aumentou com os
elétrica. Aproveitando esse potencial, existem usi-
BNCC
imigrantes . nas como a Urubupungá (SP), a maior da Região (EF05GE01)
Sudeste, a Usina Hidrelétrica de Três Marias (Rio
2. Observe o mapa e responda. São Francisco) e a de Furnas (Rio Grande).
Descrever e analisar
Basicamente, há quatro tipos de relevo que dinâmicas populacionais
podem ser encontrados nessa região. São eles:
na Unidade da Federação
3
Planície e terra baixa costeira: Vai do litoral em que vive, estabele-
do Nordeste até o Rio Grande do Sul. É carac-
terizado por formar larguras variáveis, indo de cendo relações entre
grandes baixadas até estreitos. migrações e condições de
4 Planalto Meridional: É conhecido pela varia- infraestrutura.
1 ção de pedras menos resistentes e outras mais
2
duras, possibilitando várias falhas no relevo.
(EF05GE02)
Identificar diferenças
a. Registre, no mapa, os estados da Região Su-
deste seguindo a legenda.
étnico-raciais e étnico-

©Woodworker / stock.adobe.com
-culturais e desigualda-
1. São Paulo 3. Minas Gerais
2. Rio de Janeiro 4. Espírito Santo des sociais entre grupos
em diferentes territórios.
b. Pinte, de azul, o maior estado e, de vermelho,
o menor. Serras e planaltos do Leste e Sudeste: É o tipo
de relevo mais marcante no Sudeste: tem as (EF05GE03)
c. Que estados estão localizados no litoral? características das grandes serras e dos pare- Identificar as formas e
dões de pedras. Muito comum em Minas Gerais.
Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo. funções das cidades e
Depressão periférica: É um tipo de solo baixo
e plano e está, geralmente, no meio das serras,
analisar as mudanças
tomando uma forma parecida com uma canoa. sociais, econômicas e
Formando Cidadãos 104 Geografia • 5o Ano ambientais provocadas
pelo seu crescimento.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Solicite aos alunos que elaborem um relatório
sobre o que mais gostaram de saber a respeito da
Região Sudeste. Se possível, peça-lhes que levem
fotos para enriquecer a pesquisa. Depois, incenti-
ve-os a socializar as pesquisas com os colegas.

284
284

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Hidrografia A característica mais marcante dos climas da 105
Região Sudeste é a forte influência do relevo na
As bacias hidrográficas que alimentam as águas temperatura e nas chuvas. As áreas mais baixas,
da Região Sudeste são formadas, principalmente, próximo ao litoral, possuem temperaturas mais
por rios de planalto, ou seja, rios que oferecem altas, enquanto as áreas com relevo mais eleva-
possibilidade de aproveitamento energético, mas do apresentam temperaturas mais baixas. O re-
que dificultam a navegação. Entre as várias bacias levo é responsável, ainda, pelas chamadas chu-
hidrográficas, algumas merecem destaque. vas orográficas, que ocorrem quando os ventos
marítimos tentam ultrapassar relevos elevados,
Bacia do São Francisco: O São Francisco nasce que formam barreiras. Esses ventos se resfriam,
na Serra da Canastra (MG) e corta alguns es- condensam e se precipitam em forma de chuva.
tados do Nordeste. Ao sul, observamos os rios
formadores da Bacia Hidrográfica do Paraná.
©GAMAPictures / stock.adobe.com

© izaias Souza / stock.adobe.com


Serra da Canastra

BNCC
Bacias secundárias: Descem das serras lito- Praia da Cocanha, Caraguatatuba/SP
râneas para desaguar no Oceano Atlântico, (EF05GE01)
merecendo destaque os rios Jequitinhonha, Vegetação Descrever e analisar
Doce, Paraíba do Sul e Ribeira.
dinâmicas populacionais
A vegetação é variada, predominando a Mata
©Vanderlei Timóteo / stock.adobe.com

Atlântica, bastante desmatada, restando apenas na Unidade da Federação


alguns trechos que têm sido preservados. em que vive, estabele-
O cerrado, a caatinga, os campos e a vegetação
litorânea também são encontrados nessa região. cendo relações entre
O norte de Minas Gerais possui características migrações e condições de
Rios Jequitinhonha do Nordeste, faz parte da Bacia do Rio São Francis-
co e era território do Estado de Pernambuco até o infraestrutura.
Clima início do século XIX. O interior de São Paulo, nota-
damente a área entre os rios Tietê e Paranapane-
O clima tropical e o tropical de altitude predo- ma (região de Bauru, Marília, Itapeva e Presidente (EF05GE03)
minam, variando a temperatura e a umidade (en- Prudente), é o local de transição entre o Sudeste e Identificar as formas e
tre semiúmido e superúmido). Já a parte mais ao o Sul, possuindo características dessas duas re-
Sul da Região apresenta o clima subtropical, pois giões. No litoral, nas partes mais alagadas, encon- funções das cidades e
está abaixo do Trópico de Capricórnio, e o Norte tramos os manguezais. Restam pequenos trechos analisar as mudanças
de Minas Gerais apresenta o clima semiárido. de Mata Atlântica; a maioria da mata foi substituí-
da por áreas urbanas, pastagens e plantações.
sociais, econômicas e
Formando Cidadãos 105 Geografia • 5o Ano
ambientais provocadas
pelo seu crescimento.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Peça aos alunos que pes­quisem e elaborem
uma tabela contemplando as característi­cas da
hidrografia da Região Sudeste.
Em seguida, solicite-lhes que leiam, em voz
alta, as informa­ções coletadas e escreva-as na
lousa. Os alunos deverão anotar as informações
que outros cole­gas encontraram e completar suas
próprias tabelas.

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Atividades 4. Qual a característica mais marcante dos climas? 106
A forte influência do relevo na temperatura e nas
1. Complete as frases.
chuvas.
a. O relevo da Região Sudeste possui gran-

de quantidade de planaltos elevados e


5. Como é a hidrografia da Região?
serras .
Os recursos hidrográficos da Região Sudeste são,
b. Antes da colonização, a vegetação que predo-
basicamente, os rios de planalto – normalmen-
minava no litoral era a Mata Atlântica .
te com cachoeiras. Os rios compõem diversas
c. A vegetação litorânea foi quase extinta devi-
bacias hidrográficas e fazem com que a Região
do ao cultivo do café eà
tenha grande potencial para aproveitamento
urbanização .
hidrelétrico.
2. Relacione de acordo com os códigos. BNCC
(EF05GE01)
BS – Bacias BSF – Bacia do
secundárias São Francisco
Descrever e analisar
dinâmicas populacionais
Sua nascente se localiza em Minas na Unidade da Federação
BSF Gerais e o rio corta alguns estados 6. Complete os espaços de acordo com alguns em que vive, estabele-
do Nordeste. aspectos da Região Sudeste.
cendo relações entre
São formadas pelos rios: Doce, Pa- Clima Tropical e tropical de altitude migrações e condições de
BS raíba do Sul, Ribeira, entre outros.
infraestrutura.

3. Quais são os climas predominantes na Região? Características dos rios Rios de planaltos
(EF05GE03)
São o tropical e o tropical de altitude, embora Identificar as formas e
variem quanto à temperatura e à umidade. Relevo Planaltos, serras e chapadas
funções das cidades e
analisar as mudanças
sociais, econômicas e
Formando Cidadãos 106 Geografia • 5o Ano
ambientais provocadas
pelo seu crescimento.
FC_GEO_5F_U4.indd 106 09/11/2021 14:44:23

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Leve para a aula textos informativos da vege-
tação da região em estudo. Informe aos alunos o
principal tipo de ve­getação e pontue as partes re­
levantes. Em seguida, faça um teste de perguntas
e respostas sobre os textos trabalhados.

286
286

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FUNDAMENTAÇÃO
QUESTIONE (-SE)
Muitos dos meus alunos de licenciatura em Letras vivem fazendo muitas perguntas, o que é ótimo,
pois os questionamentos nos ajudam a desconfiar do status quo de algumas verdades estabelecidas.
Eles perguntam, por exemplo, como podem ensinar de forma mais dinâmica e criativa se todos os
modelos que tiveram, em toda a sua vida acadêmica, preconizavam principalmente o ensino tradicional,
com aulas expositivas e pouco dinâmicas e criativas.
Questionam por que tais conteúdos aparecem no Ensino Fundamental, se o aluno não se interessa
e se eles próprios, futuros professores, não veem utilidade em alguns conteúdos obrigatórios de suas
disciplinas.
Não sei o que acontece quando muitos desses professores se formam e vão para a sala de aula,
mas muitos, eu sei, parecem perder seus poderes de questionar. Aceitam passivamente que o conteúdo
a ser dado deve ser aquele que consta no livro didático; repetem o ciclo das aulas tradicionais com a
justificativa de que nunca tiveram acesso a outras opções – e sequer tentam descobrir outras formas
de lecionar; enchem o quadro de conteúdo para manter os alunos quietos, enquanto copiam sem pres-
tar atenção ao que está lá no quadro ou enquanto conversam e não ligam para aquilo que o professor
escreve, pois depois podem tirar foto do quadro com seus celulares.
Alguém já disse que são as perguntas e não as respostas que continuam nos levando a avançar
cada vez mais. Precisamos continuamente questionarmos as coisas que nos rodeiam. Seja uma notícia
aparentemente neutra, uma decisão equivocada de órgãos superiores – infelizmente nem sempre com
dirigentes que entendam mesmo de Educação –, sejam os próprios motivos que nos levam a agir de
uma ou outra forma em sala de aula.
É necessário questionarmos como podemos fazer algo ainda melhor, com mais eficiência, com mais
amor, com mais alegria em ensinar. Nem sempre teremos todas as respostas para as perguntas que
fizermos a nós próprios, mas o fato de termos as perguntas nos ajudará a caminhar em direção a uma
melhor compreensão acerca de nossa prática dentro e fora de sala de aula.
São as inquietações que movem as pesquisas. Queremos compreender melhor algo e nos vemos sem
instrumentos para encontrar a resposta, então, muitas vezes, procuramos cursos de mestrado, doutora-
do e pós-doutorado para ampliarmos a discussão. Quando terminamos, temos ainda mais perguntas e
elas continuam nos movendo para frente.
Aos questionarmos a nós mesmos, deixamos de sofrer a chamada síndrome de Gabriela, conforman-
do-nos em afirmar que nascemos assim e vamos morrer assim. Conseguimos ter uma ideia mais clara
de que é possível operar mudanças em nós mesmos, as mais necessárias e difíceis. Geralmente quere-
mos mudar o mundo, porém sem querer fazer as mudanças necessárias em nós mesmos.
Assim, questione-se mais vezes. Faça perguntas que provoquem, sacudam, incomodem. Por que agiu
de um jeito? Por que se sentiu ameaçado ou incomodado? Por que seus alunos não aprendem? Por que
está se sentindo sobrecarregado? Por que precisa controlar tanto? Por que tem que estar sempre com a
razão? Por que reclama demais? Por que não reivindica seus direitos?
Questione mais. Questione-se mais.

SILVA, Solimar. 50 atitudes do professor de sucesso. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014.

287

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38ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

2º DIA
Geografia: Economia da Região Sudeste – páginas 107 e 108

Orientação didática:
Peça aos alunos que pesquisem sobre como é a industrialização na Região Sudeste.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e História.

3º DIA
Geografia: Tecnologia, trabalho e sociedade – página 109

Orientação didática:
Informe a seus alunos que, apesar de dinamizar o processo de produção de bens, o formato de trabalho
da linha de produção industrial não é tão especializado quanto o trabalho artesanal, pois, na linha de
trabalho, o operário só conhece uma pequena parte da produção do bem (um apertar de parafusos, um
ponto de solda numa placa, etc.), enquanto que o artesão conhece e domina todo o processo.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

4º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

288

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DINÂMICA

TEATRO DE VARAS
MATERIAIS:
• folhas de papel-sulfite;
• lápis de cor;
• palitos de churrasco ou de sorvete;
• papel-cartão;
• tesoura com ponta arredondada.

COLOCANDO EM PRÁTICA:
A Região Sudeste é repleta de lendas locais.
Selecione uma que possa ser apresentada ao gru-
po em forma de teatro de varas. Para isso, oriente
as crianças a desenhar os principais personagens
da lenda. Depois, peça-lhes que os recortem e os
colem no papel-cartão. Auxilie-as a fixar as varas
no verso de cada personagem. Em seguida, basta
que as crianças leiam várias vezes a lenda até
que tenham segurança de recontá-la aos demais
integrantes da sala ou até mesmo convidar outros
grupos para participar da contação.

Lukas Kozlik / stock.adobe.com

289

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A produção de laranja é realizada, principal- 107
Economia da Região mente, em São Paulo e equivale a, aproximada-

Sudeste mente, 80% da produção nacional.


Outros produtos cultivados no Sudeste: algo-
dão, milho, arroz, mamona e amendoim e outras
A Região Sudeste pertence à maior região variedades de frutas.
geoeconômica do país em termos de economia,
que é muito forte e diversificada. Pecuária
Extrativismo A pecuária se destaca por possuir o segundo
maior rebanho bovino do país, onde predomina a
Extrativismo animal: destaque para a pesca, criação da raça Zebu. Em São Paulo, existe uma
que é feita nos estados de São Paulo, do Rio de maior concentração de gado de corte. Já o Espí-
Janeiro e do Espírito Santo. rito Santo possui uma criação mais concentrada
no norte do Estado.
Extrativismo mineral: O maior extrator de mi- Minas Gerais é o maior produtor de gado bovi-
nérios é Minas Gerais, que extrai ferro, manga- no e o responsável por mais da metade do gado
nês, bauxita (alumínio), cassiterita (estanho), suíno da Região.
urânio, minerais atômicos, calcário, ouro, már-
more, pedras preciosas e água mineral. O Rio Indústria
de Janeiro extrai petróleo. No Espírito Santo,
além do petróleo, também é explorada a areia O Sudeste possui o maior parque industrial BNCC
monazítica (fosfato natural de cério, latânio, brasileiro. São indústrias nos segmentos: alimen- (EF05GE03)
mesotório, tório e de outros metais raros). Em tício, petroquímico, automobilístico, metalúrgico,
São Paulo, no município de Iporanga, o chumbo siderúrgico, entre outros. Identificar as formas e
é extraído em grande escala. As principais atividades industriais são: funções das cidades e
Extrativismo vegetal: Durante muitos anos, o • Automobilística: Em São Paulo, em Minas Gerais analisar as mudanças
e no Rio de Janeiro.
extrativismo vegetal destruiu grandes áreas. sociais, econômicas e
Hoje, há, apenas, extração de madeira junto à • Siderúrgica: No Rio de Janeiro, em São Paulo e
floresta tropical, ao norte do Espírito Santo, e em Minas Gerais. ambientais provocadas
• Aeronáutica: Em São Paulo.
a exploração no cerrado de Minas Gerais para pelo seu crescimento.
obtenção de lenha. • Naval: No Rio de Janeiro.
• Petroquímica: Em Minas Gerais, no Rio de Janei-
Agricultura ro e em São Paulo. (EF05GE05)
• Materiais elétricos e eletrônicos: Em São Paulo.
A Região Sudeste apresenta agricultura com
Identificar e comparar
©industrieblick / stock.adobe.com

elevado padrão técnico e grande produtividade. as mudanças dos tipos


Os solos são férteis, e o café tem destaque no
interior de Minas Gerais. O Sudeste também é res-
de trabalho e desenvol-
ponsável pela maior parte da produção de cana- vimento tecnológico na
-de-açúcar do Brasil.
agropecuária, na indús-
Formando Cidadãos 107 Geografia • 5o Ano
tria, no comércio e nos
serviços.
FC_GEO_5F_U4.indd 107 09/11/2021 14:44:24

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
A partir da frase abaixo, solicite aos alunos
que escrevam um texto falando da economia da
Região Sudeste.

“Das cinco regiões brasileiras, a Região Sudes-


te é a que possui a economia mais desenvolvida.”

290
290

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Turismo Atividades
108
O turismo do Sudeste é interligado com as
áreas econômicas e culturais, sendo responsável 1. Releia o texto sobre a economia da Região
por grande parte da economia da Região. São Sudeste e relate que tipo de atividade econômica
Paulo, pelo grande potencial urbano de hotéis e é desenvolvida:
entretenimento que possui; o Rio de Janeiro, com o
Carnaval, conhecido mundialmente, e suas praias; a. Na agricultura:
Minas Gerais, com suas cidades históricas; e o
Espírito Santo, com suas praias e belezas naturais. O cultivo da cana-de-açúcar, da soja e da

O Carnaval mundialmente famoso do Rio de laranja.


Janeiro que atrai milhões de turistas.
b. Na pecuária:

A criação de gado bovino, suíno e aves.


©alexandre macieira/EyeEm / stock.adobe.com

c. No extrativismo:

A extração de ferro, manganês, bauxita, madeira BNCC


(EF05GE03)
e a pesca.
Identificar as formas e
2. Quais as principais atividades industriais da funções das cidades e
As cidades ricas em história de Minas Gerais e Região Sudeste?
as belas praias e belezas naturais do Espírito
analisar as mudanças
Santo. Automobilística, siderúrgica, aeronáutica, na- sociais, econômicas e
val, petroquímica e de materiais elétricos e ambientais provocadas
pelo seu crescimento.
eletrônicos.

3. Em dupla com um colega, realize uma pesqui- (EF05GE05)


sa sobre os pontos turísticos da Região Sudeste
e apresente ao restante da turma.
Identificar e comparar
as mudanças dos tipos
©tiago / stock.adobe.com

Resposta pessoal
de trabalho e desenvol-
vimento tecnológico na
agropecuária, na indús-
Formando Cidadãos 108 Geografia • 5o Ano
tria, no comércio e nos
serviços.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Informe aos alunos que a maior fonte de cada aluno que escolha um produto da economia
economia da Região Sudeste é o extrativismo da Região Sudeste e faça uma propa­ganda para
mineral, mas também pratica-se a pesca, que é apresentá-lo à sociedade (turma).
feita nos estados de São Paulo, do Rio de Janeiro
e do Espírito Santo; e, na pecuária, destaca-se
a criação de rebanhos bovino, suíno e ovino e a
avicultura, sendo Minas Gerais o maior produ-
tor de gado bovino e o respon­sável por mais da
metade do gado suíno da Região. Depois, peça a

291

FC_ME_GEO 5F_UNIDADE4.indd 291 08/06/2022 20:43


Tecnologia, trabalho e Atividades
109
sociedade
1. Com base no que foi estudado, marque V, para
verdadeiro, e F, para falso.
No século XIX, as cidades e populações cres-
A Revolução Industrial dinamizou a produ-
ceram enormemente, impulsionadas pelos avan-
V ção de bens e mudou o ritmo da vida das
ços trazidos pela Revolução Industrial.
pessoas.
Surge, também, a energia elétrica, que, com
suas lâmpadas de filamentos, iria pôr fim às O desenvolvimento das tecnologias não
F
lamparinas a gás. prejudica o meio ambiente.
Na década de 1950, no século XX, o desenvol-
vimento da tecnologia, ampliado após as duas Atualmente, a única forma de vender mer-
Guerras Mundiais, fez com que a indústria e a F cadorias é expondo-as em uma loja ou
poluição alcançassem níveis nunca antes possí- feira livre.
veis. Hoje em dia, os elementos naturais (água, Antes da Revolução Industrial, as atividades
ar, terra) sofrem grandes impactos e provocam V como trabalho em lavouras eram pratica-
grandes mudanças ambientais no mundo. mente as mesmas desde a Idade Média.

As mudanças nas formas de 2. O que acelerou o desenvolvimento da tecnolo-


trabalho gia na primeira metade do século XX?

Podemos dizer que a Revolução Industrial A Guerra de Independência.


foi uma verdadeira divisora de águas no que diz
respeito às técnicas de trabalho. A Guerra do Paraguai.
Com o desenvolvimento de máquinas e téc-
nicas agrícolas, esse tempo passou para poucas X As duas Guerras Mundiais.
horas. O desenvolvimento de novas tecnologias
nos séculos seguintes mudaria até a forma de A invenção do motor a explosão.
fornecer produtos.
Com o desenvolvimento de tecnologias, ter 3. Descreva como foi o desenvolvimento e as
um espaço físico para vender produtos se tornou mudanças ocorridas nas formas de trabalho
opcional. Com a Internet, podemos comprar e depois da Revolução Industrial.
BNCC
vender mercadorias do conforto de nosso lar.
Sugestão de resposta: Com o desenvolvimen- (EF05GE05)
©Jacob Ammentorp Lundv / stock.adobe.com

to de novas tecnologias e formas de trabalho, Identificar e comparar


as mudanças dos tipos
a vida mudou e o progresso começou a se
de trabalho e desenvol-
estabelecer. vimento tecnológico na
agropecuária, na indús-
tria, no comércio e nos
Formando Cidadãos 109 Geografia • 5o Ano
serviços.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Leve para a sala de aula diversas imagens de
ferramentas de trabalho do passado e, se possí-
vel, explique aos alunos como e para quê eram
utiliza­das. Em seguida, mostre imagens de ferra-
mentas tecnológicas utilizadas com o mesmo fim,
demons­trando os avanços em nossa sociedade.

292
292

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FUNDAMENTAÇÃO
QUEM É QUE MANDA AQUI?
DIZ A LENDA...
Um colunista acompanhava um amigo a uma
banca de jornais. O amigo cumprimentou o jorna-
leiro amavelmente, mas como resposta recebeu
um tratamento rude e grosseiro. Pegando o jornal
que foi atirado em sua direção, o amigo do colu-
nista sorriu polidamente e desejou um bom fim de
semana ao jornaleiro.
Quando os dois desciam pela rua, o colunista
perguntou:
– Ele sempre trata você com tanta grosseria?
– Sim, infelizmente foi sempre assim...
– E você é sempre tão polido e amigável com
ele?
– Sim, procuro ser.
– Por que você é tão educado, já que ele é tão
grosso?
– Porque não quero que ele decida como devo
agir.

FALA, FERNANDINHO...
Quem está no controle? Quem decide a forma
como você reage às coisas: você ou os outros?
Claro que essa historinha ilustra o quanto pode-
mos ser influenciados (ou não) pelo ambiente que
nos cerca, sobretudo o ambiente humano. Para
os estudantes, fica uma mensagem bem especí-
fica: decida você suas metas, seus objetivos, seu
método, suas estratégias de estudo... decida tudo!

master1305 / stock.adobe.com
Assuma uma postura clara de quem está sim,
estudando para passar, de quem quer e vai vencer.
E se não der certo?
E se eu não for aprovado e alguém ficar me
olhando atravessado... como vou reagir? Aja na-
turalmente, do seu modo, ou seja, continue firme
em seus propósitos, pois uma batalha pode até ser
perdida, mas a guerra só termina com a sua vitória!

Beltrão, Fernando. Eu, um vencedor. 1.ed. São Paulo: HARBRA,


2018.

293

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39ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

2º DIA
Geografia: Energia utilizada nas produções industrial, agrícola e extrativa – página 110

Orientação didática:
Apresente vídeos que abordem a produção industrial. Em seguida, fale da importância dos recursos
naturais para a indústria e enfatize os efeitos negativos dessa exploração, como a escassez de recursos
e a poluição.
Trabalhe com os alunos a importância da extração dos recursos do meio ambiente de forma sustentá-
vel e sem degradação.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e História.

3º DIA
Geografia: Transformações dos meios de transporte e comunicação – página 111

Orientação didática:
Leve para a sala de aula fotos dos antigos meios de comunicação e transporte, bem como os encon-
trados na atualidade. Caso tenha em casa algum aparelho telefônico antigo, leve para que haja maior
interesse e engajamento por parte das crianças.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

4º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

294

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DINÂMICA

A BOLA E O CONHECIMENTO
Disponha os alunos sentados em círculo e
ponha-se no centro desse círculo com uma bola
nas mãos. A atividade poderá ser realizada, tam-
bém, substituindo a bola por um bicho de pelúcia.
Desloque-se pelo interior do círculo enquanto
discorre sobre o conteúdo da matéria. De modo
súbito e aleatório, arremesse a bola ou o bicho
em direção a um aluno do círculo e faça-lhe uma
pergunta relacionada ao assunto em questão.
Para demonstrar que está atento à aula, esse
aluno deverá responder à pergunta de imediato
e jogar a bola de volta a você, que prosseguirá
a aula e, mais adiante, irá arremessá-la a outro
aluno. Em caso de resposta correta, você aceitará
de volta a bola; caso a resposta esteja errada,
arremesse-a de volta, repetindo a pergunta. Esse
processo pode ser repetido até que o aluno dê a
resposta correta ou que você a revele, prosse-
guindo, então, a aula.

MIRANDA, Simão de. Professor, não deixe a peteca

Africa Studio / stock.adobe.com


cair! 63 ideias para aulas criativas. São Paulo: Papirus
Editora, 2005.

295

FC_ME_GEO 5F_UNIDADE4.indd 295 30/06/2022 14:58:26


Energia utilizada nas Atividades
110
produções industrial,
agrícola e extrativa 1. Qual a importância do crescimento das ati-
vidades Industrial, agrícola e extrativa para o
É verdade que as pessoas sempre utilizaram mundo do trabalho?
fontes de energia em suas necessidades básicas
de sobrevivência. E é nas indústrias que se faz Resposta pessoal
boa parte dos bens que consumimos e utilizamos
em nosso dia a dia.
É claro que dentre essas fontes de energia há
as poluentes e não renováveis, como:
A mais usada no mundo para mover
Petróleo máquinas pesadas e automóveis.
Combustível fóssil que se encontra na
Gás natureza, normalmente em reservatórios
natural profundos no subsolo, associado ou não 2. Pesquise e explique o que são fontes de ener-
ao petróleo.
gia poluidora e não renovável.
Carvão É a segunda fonte de energia mais usada
mineral pela indústria.
Fontes de energia poluidora e não renovável são
Esta é a energia produzida nas usinas
Energia termonucleares, que utilizam o urânio
e outros elementos como combustível aquelas que se utilizam de recursos naturais que
nuclear
para a geração de energia.
não se disponibilizam continuamente na natureza
Porém, tendo como objetivo a reversão desse
quadro, vários estudos desenvolveram tipos de
e poluem o meio ambiente.
energia limpa e renovável. São elas:

Hidrelétri- Energia liberada por uma queda-d’água.


Essa é a mais utilizada no Brasil, graças
ca à quantidade de rios em nosso país.
Gerada a partir do vento, ainda pouco
Eólica usada.
Captada pelo aquecimento de placas;
Solar ainda pouco utilizada devido ao investi-
mento inicial elevado.
Gerada a partir da decomposição de ma-
3. Complete corretamente as frases abaixo, de
Biomassa teriais orgânicos, como esterco, restos acordo com o conteúdo estudado.
de alimentos e resíduos agrícolas. BNCC
Fornecida a partir do movimento das A obtenção de energia é de vital importância
Maremotriz águas dos oceanos para uma estação. (EF05GE07)
para suprir as diferentes necessidades básicas
A energia renovável consiste em extrair ou para a sobrevivência na Terra; seja ela da extra-
Identificar os diferentes
coletar recursos diretamente da natureza. É uma tipos de energia utiliza-
das mais antigas atividades realizadas pelos se- ção mineral , vegetal
res humanos. O extrativismo pode ser classifica- dos na produção indus-
do em vegetal, animal ou mineral, dependendo animal
daquilo que é extraído da natureza.
ou . trial, agrícola e extra-
Formando Cidadãos 110 Geografia • 5o Ano
tiva e no cotidiano das
populações.
FC_GEO_5F_U4 110 13/05/2022 15:53

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Prepare uma faixa com a palavra profissão, coloque-a no quadro e pergunte se alguém sabe o seu
significado. Ouça os alunos e, em seguida, conclua as falas dando uma definição da palavra. Feito isso,
divida a turma em três grupos e distribua, aleatoriamente, figuras de algumas profissões.
Tenha, em um saco, palavras correspondentes às profissões representadas nas imagens. Defina uma
ordem para que cada estudante sorteie uma palavra. Assim que sorteada, escreva-a no quadro; os alu-
nos devem procurar a imagem e fixá-la no quadro ao lado da palavra.
Ao final, o grupo que tiver fixado o maior número de profissões será o vencedor. Por fim, introduza o
conteúdo proposto.

296
296

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Transformações dos Atividades
111
meios de transporte e
de comunicação 1. Entre as contribuições que os meios de trans-
porte e de comunicação trouxeram, podemos
É possível pensar em como os avanços dos destacar:
meios de transporte e de comunicação são
importantes para que as pessoas e os produtos X a geração de empregos.
cheguem aos locais e se comuniquem entre si.
As transformações dos meios de transpor- X o estímulo ao comércio.
te e de comunicação envolvem uma dinâmica
cada vez mais acelerada e produtora de uma a criação de animais.
interdependência.
A evolução dos meios de comunicação e de X o desenvolvimento de novas tecnologias.
transporte vem facilitando, cada vez mais, o con-
tato entre as pessoas por mais distantes que elas 2. Leia o nome dos meios de transporte e classi-
estejam. A cada dia, surgem novos aparelhos fique-os em:
e modalidades de locomoção que organizam e
permitem essa comunicação e o ir e vir entre as T – Terrestre AR – Aéreo A – Aquático
pessoas, além da Internet e todos mecanismos
que ela acrescenta na comunicação e distancia- A Transatlântico A Jangada
mento entre as pessoas.
Diante de todos os recursos tecnológicos,
torna-se quase impossível não encontrar o que AR Jato AR Avião
se procura.
T Motocicleta A Barco

T Carro de boi T Ônibus


©ALF Ribeiro / stock.adobe.com

3. Atualmente, você acha que as pessoas conse-


guem viver bem sem os meios de comunicação,
como celular e Internet? Sim ou Não, e por quê?

Sugestão de resposta: Com o desenvolvimen-

A movimentação de pessoas e veículos por to de novas tecnologias e formas de trabalho, BNCC


diferentes lugares sempre foi um grande desafio
a vida mudou e o progresso começou a se (EF05GE06)
nos centros urbanos e nas áreas rurais.
Temos, assim, as vias terrestres, hidroviárias Identificar e comparar
e aeroviárias para diminuir a distância entre as estabelecer.
transformações dos
pessoas.
Formando Cidadãos 111 Geografia • 5o Ano
meios de transporte e de
comunicação.
FC_GEO_5F_U4.indd 111 22/11/2021 17:03

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Solicite aos alunos que realizem uma pesquisa
com alguém mais velho e procurem saber quais
as profissões que eram comuns antigamente.
Depois, peça-lhes que montem um quadro com­
parativo com as profissões existentes atualmen­te
e deem as opiniões deles.

297

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FUNDAMENTAÇÃO
ZERO NA ESCOLA, DEZ NA VIDA
Quando meus filhos começaram a sua “carreira escolar”, já estávamos morando nas beiradas da
Chácara das pedras, quase no Passo d’Areia, naquele tempo um espaço rural ou quase rural, na cidade
de Porto Alegre.
Muito perto de nossa casa havia uma vila, como dizemos até hoje no Rio Grande do Sul. Era, real-
mente, o que no Rio de Janeiro se chamava favela.
A igreja do nosso bairro, também muito pobre naquela época, começa a abrir-se aos que quase nada
tinham. Isto aumentava nossos contatos com as pessoas da vila, especialmente com as crianças que
eram as que mais sofriam.
Foi um tempo em que meus questionamentos sobre a educação escolar amis se firmaram. Também
foi tempo em que cresceram minhas convicções sobre o que a educação deveria ser.
Apesar da ditadura, havia no ar uma euforia no que diz respeito ao desenvolvimento econômico. O
Brasil crescia com taxas anuais que chegaram a passar de dez por cento, havia dinheiro até para a edu-
cação escolar que caminhava celeremente para a democratização de ingresso, no sentido de que, aos
poucos, todos podiam escolarizar-se, pelo menos até os 14 anos.
É claro que matricular todas as crianças na escola não resolveu e não resolve nada. É doloroso dizer
uma coisa destas, mas, com a escola que temos, metade dos que a começam não terminam o Ensino
Fundamental e, pior, muitos dos que o concluem, não têm conhecimentos suficientes para que se carac-
terizem como leitores. A escola continua preparada para distribuir aulas para aqueles 15% ou 20% que
nem precisam de escola para ir bem, mas não é capaz de ser escola para aqueles que dela precisam.
Nosso contato contínuo com meninos e meninas que pertenciam a este grupo que não concluiu o
Ensino Fundamental, serviu-nos para realizar várias comparações entre essas crianças e as da classe
média.
Começamos a ver que as crianças de classe média que nos cercavam não conseguiam sair-se bem
em algumas tarefas que exigiam criatividade, experiência, decisão e um pouco de “savoir faire”. Se pre-
cisavam ir a um lugar que ultrapassasse a quadra onde moravam, já não podiam ir sozinhos. Mesmo que
seus pais lhes dessem dinheiro para a condução e mesmo que tivessem nove anos, não se atreviam a ir,
por exemplo, ao centro da cidade.
As crianças pobres da vila, quando chegavam a esta idade (até antes), conseguiam sair de casa sem
dinheiro, ir ao centro e ainda voltar com algumas moedas ou notas.
Mas as que iam bem na escola eram as crianças da classe média. As pobres eram reprovadas várias
vezes e terminavam saindo da escola sem concluírem o Ensino Fundamental. Estas não entendiam bem
o que era toda esta história de letras e de números e, embora pudessem dar o troco certo se se metes-
sem em uma transação econômica, não eram capazes de “resolver” o problema das caixas d’água e do
tempo que levavam para encher-se.

GANDIN, Danilo. Crônicas para uma nova escola. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2008.

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A PRINCIPAL TAREFA
DA EDUCAÇÃO MODERNA
NÃO É SOMENTE ALFABETIZAR,
MAS HUMANIZAR
CRIATURAS.
Cecília Meireles

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40ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Semana de avaliação.

2º DIA
Semana de avaliação.

3º DIA
Semana de avaliação.

4º DIA
Semana de avaliação.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

300

FC_ME_GEO 5F_UNIDADE4.indd 300 08/06/2022 20:43


TRABALHANDO AS EMOÇÕES

Trabalhando as Atividades
112
emoções
Complete a metade de cada emoção básica.
Depois, pinte aquela que você sente com mais
Vamos deixar nossas emoções fluírem com frequência. Resposta pessoal
muita brincadeira!

Jogo: Trilha das emoções

Preparando o jogo
• Cada aluno fica responsável por escrever, com
letras grandes em uma folha de ofício, uma casa Medo Tristeza
da trilha.
• Após terem terminado de escrever, os alunos
devem colar uma folha a outra, formando uma
trilha. Agora, é só jogar os dados e começar a Professor, inicie a última
brincadeira! Cada um responde à pergunta da
semana de conteúdos
casa onde caiu.

Raiva Nojo
trabalhando as emoções
QUAN-
INÍCIO
O QUE
ME DEIXA
NÃO
GOSTO
DO FICO
LUGAR
QUE ME
com atividades socioe-
TRISTE
ALEGRE QUANDO...
PREFIRO...
ACALMA mocionais, que se encon-
tram na última página de
CHORO SE
ALGUÉM... cada unidade do livro do
UMA CO- Alegria Amor aluno.
O QUE ME FICO ES-
SORRIO MIDA QUE AMO
DEIXA COM TRESSADO
QUANDO... ME DEIXA QUANDO...
RAIVA QUANDO...
FELIZ

O QUE ME NOTA:
DEIXA COM
ANSIEDADE A Base Nacional Co-
FICO MÚSICA
PALAVRA Surpreso Respondão mum Curricular (BNCC)
DETESTO AMO QUE ME
CHATEADO QUE ME
FICAR... FICAR...
QUANDO... ACALMA
DEIXA define um conjunto de
FELIZ
PALAVRA
competências gerais
QUE ME
DEIXA
que serve como um guia
TRISTE
para o apren­dizado das
FINAL EU AMO...
AÇÃO QUE AÇÃO QUE SE ESTOU
ME DEIXA ME DEIXA FELIZ
crianças e que deve ser
Nervoso
FELIZ TRISTE PREFIRO...
desenvol­vido de forma
Formando Cidadãos 112 Geografia • 5o Ano dinâmica para trabalhar o
socioemocional.
FC_GEO_5F_U4.indd 112 08/02/2022 10:01

RESPONSABILIDADE E CIDADANIA

Famílias, grupos, times e empresas nas quais se praticam o respeito mútuo e a cidadania se transfor­
mam em lugares mais agradáveis de se viver. Supe­rar o egoísmo, o individualismo e o imediatismo são
algumas das atitudes que nos permitem valorizar o “nós” acima do “eu”. Ser cidadão não é se anular; ao
contrário, é adotar uma visão e atitudes generosas e solidárias diante dos demais, valorizando, assim, o
todo e a todos. É, sobretudo, ter uma postura ética que aumenta a felicidade.
Oriente seus filhos para que cumpram os combina­dos, honrem sua palavra, façam o que foi prome-
tido, envolvam-se nos trabalhos escolares dando o seu melhor e ajudando os colegas em dificuldade.
Pra­tique a discrição e a polidez com atitudes cidadãs e expressões como “por favor”, “obrigado(a)”,
“com licen­ça”, “desculpe-me”, “bom dia”, “boa tarde”, “boa noite”.

FRAIMAN, Leo. A síndrome do imperador: pais empodera­dos educam melhor. Belo Horizonte: Autêntica; São Paulo: FTD, 2019.

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SEMANA DE AVALIAÇÃO 3. Marque um x nas festas que representam a
Região Sul.
Unidade 4 x Festa da Uva
• Região Sul
Festa da Pitomba
• Aspectos físicos da Região Sul
• Economia da Região Sul x Festa da Oktoberfest (Fes­ta da Cerveja)
• Manifestações culturais da Região Sul
• Região Centro-Oeste
• Aspectos físicos da Região Centro-Oeste 4. Pinte, no mapa, as bacias hidrográficas
• Economia da Região Centro-Oeste da região Centro-Oeste, de acordo com a cor
• Manifestações culturais da Região correspondente.
Centro-Oeste
• Região Sudeste
• Aspectos físicos da Região Sudeste
• Economia da Região Sudeste
• Tecnologia, trabalho e sociedade
• Energia utilizada nas produções industrial,
agrícola e extrativa
• Transformações dos meios de transporte e de
comunicação

1. Cite, pelo menos, três pontos turísticos da


Região Sul.

Sugestão de resposta: Cataratas de Foz do Iguaçu,

Gramado, serras catarinense e gaúcha.

Azul – Bacia hidrográfica Amazônica.


Verde – Bacia hidrográfica do Rio Paraná.
Amarela – Bacia hidrográ­fica Tocantins-Araguaia.

2. Por que a Região Sul rece­beu o nome de Celeiro 5. Sabendo que a indústria e o turismo fazem
do Brasil? parte da atividade econômica da Região Centro-
-Oeste, responda:
Porque fornece grande quantidade de produ-
a. Onde se concentram os polos industriais da
tos alimentícios, resultante da sua policultura Região?

— cultivo de vários produtos. Concentram-se na área de Goiânia e Brasília.

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b. Escreva o nome de três pontos turísticos bas- 10. Qual foi a importância da Revolução Industrial
tante visitados da Região Centro-Oeste. para o mundo do trabalho?

Sugestão de resposta: A cidade de Caldas Novas; A Revolução Industrial foi uma verdadeira divisora

as grutas subterrâneas de Bonito; os monumentos de águas no que diz respeito ao desenvolvimento

históricos ao herói da Retirada da Laguna. de técnicas de trabalho. Antes dela, por exemplo,

6. Complete a tabela de acordo com alguns aspec- atividades como o trabalho em lavouras eram
tos da Região Sudeste.
praticamente as mesmas desde a Idade Média.

Relevo Planaltos e serras

Clima Tropical e tropical de altitude


11. Pinte, de laranja, o quadro da frase que define
Vegetação Mata Atlântica, cerrado e
o que é a energia eólica e, de verde, o da energia
nativa caatinga
solar.
7. Quais são as principais lavouras que movimen-
tam a economia da Região Sudeste?
É gerada a partir do vento, ainda pouco usada.
As lavouras dos principais produtos do Brasil: Laranja

cana-de-açúcar, soja, café, algodão, milho, la-


É captada pelo aque­cimento de placas; ainda
ranja e outras frutas, arroz, mandioca e feijão. pouco utilizada devido ao investimen­to inicial
elevado. Verde
8. Sublinhe a alternativa em que todos os estados
fazem parte da região Sudeste.
12. Leia as frases e marque, com um traço (/), as
a. Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro e corretas.
São Paulo
b. Pernambuco, Espírito Santo, Rio de Janeiro e a. / Os meios de comunicação unem pessoas
São Paulo que estão distantes.

b. Os meios de comunicação não são res-


9. Complete os espaços abaixo de acordo com
ponsáveis pela transmissão direta de
alguns aspectos da Região Sudeste.
programas de televisão.
Clima Tropical e tropical de altitude c. / É através dos satélites que os meios de
comunicação unem o Brasil ao mundo.
Características dos rios Rios de planaltos
d. / Existem vários meios de comunicação.
Relevo Planaltos, serras e chapadas

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FUNDAMENTAÇÃO

O QUE QUER ALCANÇAR


É de suma importância, em qualquer aspecto da nossa vida, saber aonde queremos chegar. Sem defi-
nir uma direção, convenhamos, fica mais tortuoso o caminho.
Na sala de aula, é a mesma coisa. Quando estabelece o seu planejamento, o professor precisa definir
o que quer alcançar naquela aula, quais são os objetivos fundamentais que precisam ser contemplados
plenamente pelos alunos. Anote-os, mas estabeleça-os moderadamente, sem exageros, conquiste cada
passo de uma vez. Com o tempo, você vai se habituar a estabelecer metas bem objetivas e possíveis de
serem alcançadas. A sensação de realização é fantástica!

QUANDO?
Em cada intervenção, em cada aula que tenha para apresentar ou trabalhar seus objetivos. A apren-
dizagem precisa ser feita em cada momento, em todos os momentos.

COMO?
Ah, já demos uma boa caminhada. Já sabemos o que queremos alcançar e quando queremos alcan-
çar. E isto já é um grande avanço, já que muitos vão para as salas apenas para dar continuidade a um
processo sem sentido, de repetição.
Fica mais fácil estabelecer os meios, as ferramentas e os recursos, se já definimos os fins a serem
alcançados. Precisamos agora estabelecer uma sintonia com os nossos alunos. Não vamos nos deter
nas suas dificuldades, mas nas suas possibilidades e nos seus próprios recursos. Para isso, você precisa
conhecer, mas conhecer mesmo, cada um dos seus alunos.
Lembre sempre que, para que você alcance suas metas diárias, é necessário que os seus alunos tam-
bém superem seus objetivos. Você não terá sucesso se eles apresentarem um resultado adverso.

“ Você pode não mudar a sua vida da noite para o dia, mas pode mudar a sua direção.”
Jin Rohn

FREIRE, José Carlos Serrano. Seja o professor que você gostaria de ter. 4ª ed. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2012.

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