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Armando Moraes e
Maria Soledade da Costa EDUCADOR
FORMAÇÃO CONTINUADA
CIDADANIA MORAL
E ÉTICA
5 o
ANO
ENSINO FUNDAMENTAL
Manual do Educador
Cidadania Moral e Ética
5o ano - Ensino Fundamental
ISBN: 978-85-8207-763-4
3a edição
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei no 9.610, de 19 de fevereiro de 1998.
Fizeram-se todos os esforços para localizar os detentores dos direitos das fotos,
das ilustrações e dos textos contidos neste livro.
Um abraço,
Os autores
11 Unidade 1
12 Fundamentação: Ética na escola
13 Objetivos da aprendizagem
14 Grades semanais
16 Páginas do livro do aluno
28 Fundamentação: Comunicação
e ética no espaço sala de aula
33 Unidade 2
34 Fundamentação: Educar para paz
35 Objetivos da aprendizagem
36 Grades semanais
38 Páginas do livro do aluno
56 Fundamentação: Corrigir positivamente
59 Unidade 3
60 Fundamentação: O lado educador do professor
61 Objetivos da aprendizagem
62 Grades semanais
64 Páginas do livro do aluno
76 Fundamentação: O mundo com que sonhamos
79 Unidade 4
80 Fundamentação: Surpresa!
81 Objetivos da aprendizagem
82 Grades semanais
84 Páginas do livro do aluno
93 Fundamentação: A ética do educador:
o resgate das relações
Africa Studio / Shutterstock.com
Fundamentação
Os textos apresentados, em geral, têm
caráter de formação, ou seja, foram
selecionados para dar embasamento e
segurança ao professor em relação ao
seu trabalho diário com as crianças.
Objetivos da aprendizagem
Indicam os conteúdos, as habilidades e os
objetivos de aprendizagem que serão traba-
lhados ao longo da unidade.
Grades Semanais
Apresentam sugestões para o professor
trabalhar durante as semanas.
Orientações didáticas
São propostas de atividades simples
e práticas, mas que são reconhecidas
como facilitadoras da aprendizagem,
que poderão ser realizadas em sala
de aula com as crianças. Procuramos,
inclusive, propor atividades que utilizam
material de fácil acesso ou, simplesmen-
te, pouco material.
Eu perdi
Eu perdi o sono, perdi a hora, perdi o ônibus, perdi
meu bilhete, perdi o emprego, perdi meu tempo, per-
di o dia, perdi a oportunidade, perdi o jogo, perdi o
dinheiro, perdi a chance, perdi a paciência, perdi a
explicação, perdi a inocência, perdi a vergonha, perdi
a namorada, perdi o amigo, perdi o programa, perdi
o processo, perdi a eleição, perdi a luta, perdi a
calma, perdi a graça…
Perdi muita coisa, mas não perdi a fé nem
a esperança. E mesmo seguindo com um olhar
perdido, batalhando por uma causa perdida e
me perdendo nas ruas da cidade, eu não perco o
que tenho de mais importante: a certeza de que
posso recuperar tudo. A certeza de que as per-
das estão me fortalecendo e que, apesar de perder
tanta coisa, não posso perder a coragem nem a
vontade. E, se tiver de continuar perdendo alguma
coisa, que seja o medo. O medo de perder, o medo
de arriscar, o medo de ser feliz, o medo de viver.
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A escola é um ambiente propício para o exercício • Não fazer comentários em sala de aula sobre o
e aprendizado da ética. Por meio dela, professores, comportamento ou métodos de ensino de outros
alunos e funcionários podem obter resultados positi- professores.
vos no processo educacional, melhorando o ambien-
te de trabalho e aprendizado. Em suma, se todos agi- • Seguir a proposta educacional da escola, assim
rem de forma ética na escola, todos sairão ganhando, como seus métodos de avaliação.
pois os resultados serão positivos.
• Agir de forma proativa no que se refere à integra-
Os professores ção de alunos com deficiência física ou transtorno
psicológico.
Os professores desempenham papéis fun-
damentais no que se refere à ética na escola. As
crianças e os jovens aprendem mais com exemplos Os alunos
do que com palavras. O professor que age de forma
ética com alunos, professores e funcionários esco- As crianças e os jovens estão no processo
lares passam aos alunos um importante modelo de de aprendizagem e, portanto, a ética deve-lhes ser
comportamento ético. ensinada e cobrada. Sabemos que muito do compor-
tamento ético do aluno tem como origem a família,
Exemplos de atitudes éticas dos principalmente os pais. Porém, cabe à escola tra-
balhar a ética no ambiente escolar para que resulte
professores:
em melhor qualidade de ensino.
• Ensinar aos alunos o que é ética e sua importância Exemplos de atitudes éticas dos alunos:
nos diversos níveis como, por exemplo, ambiente de
trabalho, família, escola, grupo de amigos, etc.
• Respeitar o trabalho dos professores e
• Esclarecer aos alunos e cumprir com clareza os funcionários da escola. Respeitar também
métodos de ensino e avaliações. o direito de aprender dos outros alunos. Na
prática, isso significa não conversar, brincar
• Ouvir e respeitar as opiniões dos alunos. ou atrapalhar de qualquer forma os momen-
tos em que o professor está explicando ou
• Buscar a qualidade no processo educacional. tirando dúvidas de outros colegas.
• Não expor erros ou deficiências de alunos na frente • Não usar trabalhos prontos, disponíveis
de toda a classe. Conversar com o aluno em particular. na Internet, para entregar aos professores.
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Conteúdos
• O cidadão planetário
• A responsabilidade cidadã
• O consumismo e o desperdício
• A solidariedade e o diálogo
• Os valores éticos
Habilidades
• Reconhecer a importância de praticar a ética com cada sujeito ao nosso redor.
• Analisar a sua responsabilidade para com a sociedade.
• Reconhecer a importância de um consumo consciente, sem desperdício ou
superficialidade.
• Identificar atitudes de consumo sustentável que elevam e mudam para melhor uma sociedade.
• Estabelecer relações importantes entre a teoria vista no livro didático (nas aulas) e a realidade concreta.
• Identificar atitudes de cidadania.
• Compreender o que são valores éticos.
• Reconhecer atitudes de responsabilidade no exercício da cidadania.
• Ponderar a respeito do compromisso que cada cidadão deve ter para manter uma boa
convivência na sociedade planetária.
• Apreciar o cumprimento dos direitos e deveres do cidadão planetário.
• Cumprir com suas responsabilidades cidadãs.
• Agir com responsabilidade a respeito do consumo consciente.
• Cultivar o fortalecimento do comportamento solidário entre as pessoas.
• Valorizar atitudes de respeito e solidariedade.
Metodologia
• Confeccionar um cartaz (tipo banner) com algumas atitudes éticas para deixar
exposto na escola.
• Destacar imagens que representem atitudes de respeito para com o próximo.
• Construir uma “cartilha do cidadão responsável”, com itens a respeito das
responsabilidades de cada um para a melhoria da cidadania e do planeta.
• Simular uma compra responsável, fazendo distinção entre o supérfluo e o necessário.
• Realizar um contrato de convivência (ou ampliar o escopo de um já existente em sala
de aula) com os alunos, tendo o comportamento solidário como eixo principal.
• Observar atitudes de respeito e ética para com os mais necessitados.
• Aplicar atitudes e valores éticos com as pessoas.
• Listar ações de cidadania e ética.
• Responder a exercícios relacionados ao consumo e ao desperdício.
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1a Semana 2a Semana
Semana de adaptação – Dinâmica – páginas 6 e 7 Cidadania Moral e Ética – O cidadão planetário –
página 8
Visita de uma estrela de paz Orientação didática:
• É preciso viver em comunhão. Solicite aos alunos
O educador inicia a atividade solicitando que os que realizem um debate sobre a importância do bom
educandos inspirem e expirem lentamente. Pode co- convívio em sociedade.
locar uma música calma para ajudar a concentração.
Pede a eles que fechem os olhos e imaginem uma 3a Semana
estrela cheia de paz e bastante brilhante chegando Cidadania Moral e Ética: O cidadão planetário –
lá do alto, cada vez mais perto e ficando em cima da páginas 9 e 10
cabeça. Depois, com calma, explica que a estrela vai Orientação didática:
passear dentro do corpo e que, durante a atividade, • O respeito e a solidariedade devem estar em cada
devem somente inspirar e expirar calmamente. cidadão para com o outro. Discuta com a turma
Solicita que visualizem a estrela dentro do corpo a respeito dessa colocação.
indo de parte em parte, lentamente: cabeça, pesco-
ço, braços, mãos, tórax, coluna, estômago, cintura,
pernas, joelhos, pés. 4a Semana
Depois, a estrela volta, passando pelos mesmos Cidadania Moral e Ética: A responsabilidade cidadã –
lugares no sentido inverso. Passa por cada parte e páginas 11 e 12
deixa o local brilhando. O educador estimula a imagi- Orientação didática:
nação dos educandos trazendo a imagem da estrela, • Todos nós temos responsabilidades enquanto
que pulsa, brilha e traz sentimentos de paz para o cidadãos. Solicite aos alunos que enumerem algu-
corpo. Ela retorna e, quando sair pela cabeça, o edu- mas dessas responsabilidades.
cador informa aos educandos que ela está subindo
para muito alto até desaparecer. Pede que cada um 5a Semana
diga baixinho: “Obrigado(a), amiga estrela”. Semana de revisão
Orientação didática:
WENDELL, Ney. Praticando a generosidade em sala de aula. • Elabore perguntas relacionadas aos conteúdos das
Recife: Prazer de Ler, 2013.
semanas anteriores, para revisar os assuntos dados
até o momento.
6a Semana
Cidadania Moral e Ética: O consumismo e o desperdí-
cio – páginas 13 e 14
m
Orientação didática:
.co
ersto
ck • Promova um fórum de debate em que os alu-
utt
so
v/
Sh nos discutam a respeito do consumo consciente
a
erk
Ch e sem desperdício.
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7a Semana
Cidadania Moral e Ética: O consumismo e o desperdí-
cio – página 15
Orientação didática:
• Solicite aos alunos que realizem uma campanha de
conscientização do consumo sustentável na escola.
8a Semana
Cidadania Moral e Ética: A solidariedade e o diálogo
– página 16
Orientação didática:
• Em roda, inicie um diálogo com seus alunos sobre
a solidariedade. Pergunte-lhes se eles lembram de
algum ato solidário que já tenham praticado. Depois,
peça a cada um que escreva uma frase aconselhando
um amigo a praticar uma ação solidária. Misture os
papéis e sorteie entre eles.
9a Semana
Cidadania Moral e Ética: Os valores éticos – páginas
17, 18 e 19
Orientação didática:
• Discuta com a turma sobre a importância de respei-
tar os valores e as diferenças de cada um.
10a Semana
Semana de avaliação
Orientação didática:
• Proponha atividades lúdicas para revisar os con-
teúdos da unidade e também para avaliar como foi
a fixação da aprendizagem.
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Orientação didática
Exponha um grande mapa-múndi em preto e
branco, para que os alunos possam preenchê-lo.
Depois, faça um sorteio com os alunos. À medida ck.co
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que são sorteados, instrua-os a sortearem uma hu
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pressmaster / Depositphotos.com
Orientação didática
Vídeos sobre cidadania e curtas sobre a vida no
Planeta podem ser uma boa pedida antes da leitura.
Há muitos filmes de animação sobre a natureza e a
ameaça de extinção às espécies. Pode-se exibir um
deles antes e depois de se trabalhar o tema central
na sala de aula, sobre preservação da vida.
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Orientação didática
Converse com os alunos sobre a importância de ter
atitudes de responsabilidade com a sociedade e com
o planeta. Cuidar do meio ambiente, dos seres vivos,
dos espaços é exercer a cidadania. Para representar
esse momento de diálogo, proponha-lhes a confec-
ção de cartazes de incentivo à prática da cidadania.
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Orientação didática
Realize um circuito de livros com o tema: Consu-
mo – Desperdício. Visite com os alunos a biblioteca
da escola para separar os livros ou peça-lhes que
tragam de casa. Em seguida, crie um círculo com
a turma e separe um momento de leitura dos livros.
Divida a turma em duplas e peça a cada uma que
relate como é feita a abordagem do tema no livro.
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Orientação didática
Após a leitura do texto e debate sobre o assunto,
leve os alunos para uma sala de informática, ou
biblioteca, para que pesquisem na Internet, ou em
livros, o que pode ser feito com as sobras de comi-
da, bem como cascas, talos e sementes de frutas,
legumes e verduras, como reaproveitamento dos
alimentos e sua total utilização. Peça que anotem as
informações e produzam um cartaz ilustrativo a fim
de socializar com as outras turmas da escola.
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Orientação didática
Leve para a sala o texto Pedro compra tudo, de Maria consumidor são a mesma coisa?”. Depois desse levan-
de Lourdes Coelho. Distribua cópias para os alunos, tamento, leve-os a refletir sobre atitudes que devemos
leia com eles os parágrafos introdutórios e, em segui- ter ao comprarmos produtos e marcas, aproveitar liqui-
da, promova o levantamento de hipóteses em rela- dações, pechinchar para se obter descontos, adquirir
ção ao texto, como: “Por que o título do texto é Pedro apenas o que realmente usaremos, etc. Conclua o tra-
compra tudo?”, “O que pode influenciá-lo?”, “Será que balho sugerindo a produção de um texto coletivo sobre
é necessário comprar tudo?”, “Será que consumismo e os questionamentos que surgirem durante o debate.
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Orientação didática
Depois de formarem os conceitos sobre as práticas (ou ampliar o escopo de um já existente em sala de
que levam ao fortalecimento do comportamento soli- aula) com os alunos, tendo o comportamento solidá-
dário entre as pessoas, será a hora perfeita para exer- rio como eixo principal. Exponha o contrato na sala e,
citar a teoria. Por isso, realize atividades e projetos após um período, analise, com os alunos, se o com-
que promovam o exercício desse valor tão importante. portamento e a relação entre os alunos melhoraram
Uma boa ideia é realizar um contrato de convivência dentro dos preceitos estabelecidos no documento.
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Orientação didática
Peça às crianças que façam, junto com os familia- Em outro momento, peça aos alunos que leiam suas
res, uma lista de valores e contravalores que estão respostas para o grande grupo. Conclua o trabalho
presentes no mundo de hoje. pedindo aos alunos que criem uma tirinha sobre si-
tuações do dia a dia abordando os valores ou contra-
VALORES CONTRAVALORES valores. Exponha os trabalhos.
Honestidade Desonestidade
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Orientação didática
Oriente a sua turma para a realização de uma entre- ticar um ato de solidariedade? Já tiveram alguma
vista entre os próprios alunos sobre um tema atual experiência em que alguém foi solidário com vocês?
em que eles terão a oportunidade de, em duplas, O que vocês têm para contar sobre suas experiên-
exercitar a fala e a escuta. Estabeleça uma sequên- cias com as atitudes solidárias?
cia de entrevistas, de modo que cada dupla terá a
sua vez de representar a entrevista. No final, pergun- ARAÚJO, Liliane dos Guimarães Alvim. Solidariedade: da reflexão
à ação. Portal do Professor – MEC. Online. (Adaptado)
te à turma como foi a experiência de ouvir e ser ouvi-
do. Vocês se recordam de como se sentiram ao pra-
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Orientação didática
As fábulas são ótimos textos para ilustrar os valo-
res éticos. Promova sempre, após a leitura de uma
fábula, um momento de contar experiências. Socia-
lize suas experiências com os alunos para que eles
se sintam à vontade para fazer o mesmo. O que será
que já deve ter acontecido com seus alunos que
possa enriquecer sua aula? Pense nisso!
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A sala de aula é laboratório de relações huma- mação. Tratava-se de humanismo, no sentido de uma
nas. Sempre que penso nesse espaço, visita-me verdadeira forma humana, do que lhes seria o autên-
a memória Carl Gustav Jung, em sua célebre afir- tico ser. Os educadores gregos da Antiguidade mar-
mação: “Conheça todas as teorias, domine todas caram o lugar desse homem na sociedade e situaram,
as técnicas, mas, ao tocar uma alma humana, seja enquanto força geradora do ideal, esse conhecimento
apenas outra alma humana”. Para mim, síntese de explicitado por meio de pensamentos, da fala e de um
como devem ser as interações entre todas as pes- estilo próprio que regia o pensamento e a vida.
soas. Mesmo com todo o domínio de algum conhe- Temos a comunicação a serviço da expressão
cimento ou da forma de fazer algo, o outro é a parte e da interpretação das manifestações desse ho-
mais importante de tudo. mem por meio do discurso. Quanto à ética, natural-
mente invocada desde os filósofos da Antiguidade,
Comunicação e ética, por sua vez, fazem-se pre- encontra-se interligada à comunicação e funcionan-
sentes na contínua construção dos convívios. Nesse do como balizadora da crítica sobre as atitudes e a
caso em questão, professor-aluno e aluno-aluno, bem consequente coerência ou não em relação ao que
como entre todos os atores desse espaço de auto- é falado. O que me leva a pensar na impossível dis-
descobertas, autoconhecimento e conhecimento do sociação destes, quando a perspectiva em questão
mundo em favor da edificação de pessoas melhores. é respeito e entendimento, diálogo e soluções para
Sócrates, Platão e Aristóteles entendiam que o todos os interlocutores e a sociedade.
homem estava no centro, e o Estado era compreendi- Penso que é mais que razoável um processo de
do por meio de seu agir, de sua educação, de sua for- comunicação baseado na ética que leva emissores
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Rido / Shutterstock.com
A comunicação eficaz e o entendimento no rela-
cionamento humano são fundamentais ao aprendi-
zado; essencialmente o primeiro, pois seu processo,
competentemente realizado, possibilita o segundo
por parte do receptor à mensagem transmitida pelo
emissor. Ideias, aspirações, expectativas, crenças e
desejos são comunicados. Modos de vida, compor-
tamentos, hábitos e costumes são influenciados.
A comunicação entre professores e alunos deve
ser clara, seja por meio da fala, da escrita, do ouvir,
do silenciar, nas mais amplas possibilidades — no
estudo, no trabalho, no ócio, na vigília. A transparên-
cia de propósitos percebidos como positivos cola-
bora para que se estabeleça a proximidade. Assim,
alunos e professores diminuem suas resistências
mútuas, trabalham naturalmente seus “pré-concei-
tos”, aprendem com as diferenças e com os diferen-
tes — estes que somos todos, quando comparados,
dada a individualidade inerente a cada ser. O interagir
dos participantes possibilita que todos aprendam
mais e, possivelmente, melhor, uma vez que várias
percepções são manifestadas e apreciadas, oportuni-
zando até mesmo o repensar sobre coisas já sabidas.
A adesão dos atores à interação depende do inte-
resse presente e latente em cada um. A forma como
o professor expõe pode incentivar o aluno, provo-
cando seu motivo à ação. Cabe ao educador, a partir
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Rawpixel.com / Shutterstock.com
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especialmente para conseguir atenção e aceitação.
“A tarefa dos educadores não é a de ensinar às
crianças alguns conceitos fundamentais, mas, sim, a
de colocá-las em circunstâncias favoráveis que lhes
permitam descobrir aquilo que elas devem saber”
(ASSIS, 1987, p. 22). Desse modo, realizar tarefas
preocupado em aumentar a própria competência e
interessado no descobrimento, na compreensão e
no domínio dos conhecimentos e das habilidades é
fundamental; a aprendizagem em jogo define o tipo
de motivação intrínseca à tarefa.
O aluno que se preocupa apenas com sua pró-
pria imagem obtém, em geral, resultados negativos.
Porém, há uma situação em que estar preocupado
com a própria imagem tem efeitos positivos: quando
o aluno tem a segunda chance de fazer uma prova
após não obter um bom resultado na primeira tentati-
va. Na segunda chance, geralmente consegue melho-
rar. O que significa dizer que, quando a preocupação
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3. Cultivar sempre o diálogo. Dialogar é, antes de 9. Solicitar a opinião e a ajuda dos outros. Todos têm
tudo, ouvir o que a outra pessoa tem a dizer. Mesmo sua verdade, seus pontos de vista. A opinião dos ou-
quando você tem obrigação de discordar, faça isso tros costuma melhorar a proposta original. Não tenha
com simpatia e respeito. Mantenha sempre abertas receio de dar a sua opinião e aceite que ela possa
as portas para uma nova conversa. não ser levada em conta.
4. Ser amigo sincero e prestativo. Muitos querem ter 10. Cultivar a gratuidade. Na realidade, as melhores
bons amigos e amigas, mas há quem se esqueça de coisas da vida não são pagas: a própria vida, o ar, o
ser, por sua vez, amigo. Isso significa praticar a cor- Sol, a graça, a amizade são pura gratuidade. Faça o
dialidade, o respeito, a atenção. que puder para fazer felizes os demais. E você será
feliz. A gratuidade de uma visita, de um sorriso, de um
5. Mostrar interesse pelos outros. Ninguém gosta elogio, de um perdão, comprova o grau de maturidade
daquele que se coloca como centro do mundo, que- das pessoas, alegra o coração e traz felicidade.
rendo ser constantemente elogiado e iniciando todas
as frases pelo antipático “eu”. O interesse pelos ou- HEERDT, Mauri Luiz. Educando para vida: reflexões e propostas
para as datas mais importantes do ano. São Paulo: Mundo e Mis-
tros é o endereço da felicidade.
são, 2005. Adaptado para fins didáticos.
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Conteúdos
• O aquecimento global
• A extinção dos animais e vegetais
• A água
• A Amazônia e os seus encantos
• Os predadores da Amazônia
• Buscando a paz
Habilidades
• Reconhecer a importância de exercer a ética também para com o meio ambiente e a natureza.
• Distinguir os recursos renováveis e não renováveis.
• Reconhecer a água como elemento essencial para a sobrevivência de animais
e vegetais na Terra.
• Compreender a responsabilidade de ter uma vida sustentável no planeta.
• Entender a necessidade das atitudes dos predadores existentes na Amazônia.
• Conhecer as causas e características do aquecimento global.
• Compreender como acontece o processo de extinção dos animais e vegetais.
• Refletir acerca das atitudes que geram a paz.
• Protestar contra toda atitude desrespeitosa em relação ao meio ambiente e à natureza.
• Valorizar a preservação da água, pois sem ela seria impossível a vida no nosso planeta.
• Ponderar a respeito da exploração da Amazônia e suas consequências para a humanidade.
• Valorizar o estudo da Amazônia.
• Apreciar campanhas de incentivo à paz mundial.
• Demonstrar autonomia em relação aos conteúdos estudados.
Metodologia
• Coletar dados a respeito da ética com a natureza.
• Identificar algumas das consequências trágicas do aquecimento global.
• Listar os cuidados que se deve ter com animais e vegetais.
• Confeccionar uma cartilha com dicas de cuidados com os recursos naturais.
• Listar atitudes que podem contribuir com o não desperdício da água.
• Pesquisar sobre a Amazônia e seus encantos.
• Elaborar cartazes estimulando o respeito pela fauna amazônica.
• Identificar animais e plantas em extinção por meio de imagens.
• Relacionar atitudes que provocam a violência e as que constroem a paz.
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17a Semana
Cidadania Moral e Ética: A Amazônia e os seus en-
cantos – páginas 31 e 32
Orientação didática:
• Solicite à turma que realize uma pesquisa a respei-
to das responsabilidades do homem em relação à
extinção de animais e vegetais na Amazônia. Depois,
socialize as pesquisas.
18a Semana
Cidadania Moral e Ética: Os predadores da Amazônia
– páginas 33 e 34
Orientação didática:
• Explique a importância da conscientização da po-
pulação em relação à preservação da fauna e da flora
da Amazônia. Essa atitude ajuda a amenizar a des-
truição causada pela caça predatória, cujos pratican-
tes, sem nenhum respeito, destroem a vida e causam
a extinção de várias espécies de animais e plantas.
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Orientação didática
Leia o texto ao lado e reflita com os alunos. “O aquecimento global poderá
Questione a respeito da responsabilidade que
o homem tem nesse problema ambiental e ser sanado quando, entre outras
estimule-os a pensar nas soluções possíveis
para ele. coisas, houver um crescimento
global de mentalidade.”
Veríssimo Andrade
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Orientação didática
antoniodiaz / Shutterstock.com
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Orientação didática
wavebreakmedia / Shutterstock.com
Greenpeace
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Orientação didática
Charles Brutlag / Shutterstock.com
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Orientação didática
BrandonSeidel / Depositphotos.com
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Orientação didática
Organize com os alunos uma produção de texto
coletivo com base nas pesquisas realizadas. Expo-
nham suas conclusões e apontem soluções para o
problema. Isso contribuirá para o desenvolvimento
da consciência cidadã de seus alunos, que deverão
copiar esse texto no caderno.
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Gelpi / Shutterstock.com
Orientação pedagógica
As atividades seguem no mesmo pensamento de fo-
car a ética por meio de atitudes. A criação de regras
por parte de cada aluno impulsiona-os em direção
ao cumprimento de seus deveres, bem como pode
gerar a mobilização da turma em desenvolver uma
campanha na escola, despertando a comunidade
estudantil para a preservação da fauna e da flora.
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Orientação didática
Nikolay Zaborskikh / Shutterstock.com
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Orientação didática
Confeccione um álbum seriado com seus alunos
fazendo uma explanação sobre a preservação
do meio ambiente. Peça às crianças que tragam
gravuras da fauna e da flora. Fale sobre a biodi-
versidade do mundo.
com
itphotos.
yk / Depos
AnkevanW
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Orientação didática
Realize uma roda de conversa sobre a importân-
cia da Floresta Amazônica para o mundo; solicite
que cada aluno fale uma frase sobre o assunto e
vá registrando tudo no quadro. Depois, peça que
eles copiem os registros no caderno.
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Orientação didática
ESB Professional / Shutterstock.com
50
Gelpi / Shutterstock.com
Orientação didática
Nesse capítulo, a discussão deve seguir abordando
a Cultura da Paz. De início, questione seus alunos
sobre o que eles entendem por paz. Pergunte o que
eles, cidadãos conscientes, estão fazendo para
promover a paz em sua casa, em sua escola, em
sua comunidade. Mostre que se cada um fizer a sua
parte, o mundo se transforma.
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Orientação pedagógica
“Nossas vidas precisam ser guiadas por novos valo- lidade na vida diária, na família, no trabalho, na escola,
res: simplicidade, quietude, paz, saber escutar, saber na rua. Formar para a ética do gênero humano, não
conviver, compartir, descobrir, fazer juntos. Precisa- para a ética instrumental e utilitária do mercado. Edu-
mos escolher entre um mundo mais responsável fren- car para comunicar-se, não para explorar, para tirar
te à cultura de guerra, de competitividade sem solida- proveito do outro, mas para compreendê-lo melhor.’’
riedade e passar de uma responsabilidade diluída a
uma ação concreta, pessoal, praticando a sustentabi- Moacir Gadotti
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Orientação didática
Confeccione, com os alunos, um avião de dobradura. psamtik / Shutt
erstock.com
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Orientação didática
Com a participação dos alunos, crie uma lista de
atitudes que devemos ter para que possamos evitar
a violência e fixe-a na parede da sala. Previamente,
selecione uma música que fale/transmita paz, para
ser ouvida/cantada após a fixação da lista. É im-
portante estar atento para as atitudes de cada um
durante a atividade.
Lyudm om
ila Suvorova / Shutterstock.c
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Orientação didática
Paz na escola
Material: desenho da sua escola, piloto para qua- Faça a seguinte pergunta: “O que um aluno deve fazer
dro, cartolina. para construir uma escola de paz?”. Peça aos alunos
que registrem as suas respostas, um a um, na carto-
Cole o desenho da escola na cartolina e exponha-o lina exposta na lousa. Ao final da atividade, coloque
na lousa. Fale da importância de um ambiente de paz. a música “Paz pela paz”, de Nando Cordel.
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“Confessar,
sem medo de mentir,
que, em você,
encontrei inspiração
para escrever...”
Roupa Nova
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Kinga / Shutterstock.com
se não lê nem desenvolve o seu raciocínio lógico, o
professor irá corrigi-lo positivamente, pronunciando
ou escrevendo frases de incentivo para esse alu-
no, palavras construtivas, detentoras de um poder
afetuoso que soa como música para os ouvidos e
alcança a alma, servindo de alimento para que novas
forças apareçam a cada dia e a luta pelo crescimento
intelectual não seja abandonada.
Há muitos estudantes que possuem aversão pelo
ato de produzir redações. Parece que foram bloquea-
dos por um estímulo negativo. Também há estudan-
tes que sentem medo de tirar dúvidas com o profes-
sor diante dos colegas ou não querem ir ao quadro
porque acham que se errarem serão recriminados.
Todos esses bloqueios podem ter sido provocados
por algum professor que corrigiu negativamente, em
algum momento, esses alunos. Quem leciona tem
esse poder de deixar marcas e deve ter a cautela para
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Conteúdos
• A ética e a pobreza mundial
• O desemprego
• A saúde da população
• As regiões atingidas pela fome
• Os cidadãos invisíveis
Habilidades
• Elencar atitudes de ética e respeito para com a pobreza mundial e avaliar até que ponto nós somos
corresponsáveis por essa pobreza.
• Identificar atitudes que podem ser realizadas para amenizar o desemprego.
• Descrever atividades físicas que contribuem de forma significativa para a manutenção da saúde e
para o vigor físico das pessoas que estão em busca de melhor qualidade de vida e de longevidade.
• Pesquisar para compreender que a desnutrição é uma das principais causas de morte no mundo
e que devemos refletir sobre as populações que sofrem pela fome.
• Citar situações em que cidadãos comuns são tidos como “pessoas invisíveis”.
• Respeitar e refletir sobre a pobreza no mundo.
• Analisar as várias estratégias de sobrevivência encontradas por homens e mulheres desempregados.
• Ponderar a respeito da fome existente no mundo, levando em conta que a ganância de muitos líderes
políticos prejudica e marginaliza a população.
• Pesquisar sobre a saúde mundial, a importância da boa alimentação e da prática de exercícios físicos.
• Estar sensibilizado com as condições de vida degradantes existentes em muitas regiões onde a fome
e as taxas de mortalidade são elevadas.
• Apreciar a inclusão social e respeitar as pessoas em suas especificidades, entendendo que cada
sujeito é único.
Metodologia
• Debater com os colegas sobre a pobreza no mundo e a falta de ética, respeito
e solidariedade por parte de muitas pessoas frente a essa problemática.
• Participar de uma campanha de arrecadação de alimentos para doação,
buscando sensibilizar a comunidade.
• Escrever sobre elementos referentes à problemática do desemprego e suas
consequências para a economia do País.
• Visitar uma comunidade carente na qual não haja esgotamento
e saneamento sanitário. Depois, descrever o que sentiu.
• Construir um texto sobre as regiões mais atingidas pela fome. Depois,
escrever três sugestões para diminuir a fome no mundo.
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28a Semana
Cidadania Moral e Ética: As regiões atingidas pela
fome – página 51 (segunda coluna).
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Orientação didática
Converse com os alunos como entendem e perce-
bem o problema da pobreza no Brasil e no mundo.
Explique-lhes que esse é um assunto muito polêmico,
porém necessário de ser discutido para a formação
cidadã que se almeja.
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Orientação didática
Incentive a reflexão, motivando rodas de conversa
e debates sobre os temas trabalhados.
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Orientação didática
Apresente em cartazes as imagens que aparecem Interpele-os a fazer ligação dos temas com o cotidia-
nessa página e pergunte-lhes o que elas provocam. no. Explique-lhes que esse posicionamento é muito
importante para dar visibilidade aos problemas, caso
Peça-lhes que, a partir delas, usando sua capacida- não estejam tão claros.
de interpretativa, escrevam comentários sobre o que
veem e deem suas opiniões acerca do assunto.
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Orientação didática
A atividade reforça as ideias da seção sobre a ques-
tão da negação da dignidade às pessoas. O quadro
“Fique por dentro!” traz a figura de Betinho. Proponha
aos alunos que façam uma pesquisa sobre quem foi
ele e qual foi seu legado para a cidadania.
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Orientação didática
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Orientação didática
Converse com os alunos a respeito de pessoas que comunicando a sua dispensa do trabalho à família”;
eles conhecem e que passaram pela situação de de- “um trabalhador conversando com seus colegas de
semprego, apontando as causas e principais proble- trabalho sobre sua demissão”. Acompanhe a projeção
mas vividos. das dramatizações e interfira, quando necessário.
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Orientação didática
Coloque caixa de som e celular para os alunos ouvi-
rem a música Trabalhador, de Seu Jorge, distribua a
letra para os alunos. Peça-lhes que atentem para o
tema descrito na música e, em seguida, trabalhe em
pequenos grupos, de forma dinâmica.
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Orientação didática
Realize leitura coletiva do texto proposto na página 49.
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Orientação didática
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Orientação didática
O texto apresenta o problema da fome no mundo Incentive os alunos a produzirem um texto, apontan-
e dá pistas de suas causas principais. Após sua do as possíveis soluções para erradicação da fome
leitura, faça um debate com os alunos sobre o as- em todo o mundo, mas com um olhar especial para
sunto, observe e anote suas colocações e opiniões o continente africano.
de modo geral, a fim de perceber seu nível de cons-
cientização acerca do problema e sua consciência
ética enquanto cidadão em formação.
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Orientação didática
Disponha cartazes no chão da sala ou frases rela- Questione-os sobre o que entendem a respeito des-
cionados ao tema a ser estudado. Depois, colha dos sa colocação.
alunos sua percepção sobre o modo como a nossa
sociedade trata as pessoas carentes. Potencialize o assunto com um bom debate. Na dis-
cussão, atente para a troca de opiniões e experiências,
Antecipe a reflexão comentando que muitas pessoas que é uma riqueza a ser explorada no sentido da cons-
são tratadas com descaso e colocadas à margem trução da ética nas atitudes cotidianas e coletivas.
de tudo, gerando desigualdades de todos os tipos.
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Orientação didática
A partir do texto sobre os cidadãos invisíveis, es-
timule a fazer links (relações) com a realidade em
que vivem.
catshila
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stock.c
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Conteúdos
• A violência no mundo
• O mundo que queremos
• O trabalho infantil
• O trabalho infantojuvenil no Brasil
• As ONGs
Habilidades
• Inferir a respeito da violência no mundo e sobre as ações que devem ser tomadas para a diminuição
da violência nas cidades e comunidades.
• Identificar diferentes formas de agressão dentro e fora da escola.
• Reconhecer a importância de agir pacificamente; de aprender a lidar com o outro e a respeitar
as diferenças para que não haja conflitos e, consequentemente, intolerância ou violência.
• Compreender a importância de atos individuais que, quando somados, levam à construção
de um mundo melhor.
• Entender a diferença entre a realização de atividades produtivas e o trabalho infantil.
• Analisar a importância da ONU para a mediação das relações entre as nações e para o bem comum
da humanidade.
• Prestar atenção a noticiários, jornais e demais formas de imprensa escrita que tratem da
violência mundial.
• Comprometer-se com a prática da paz em todos os momentos, em todas as coisas e em todos
os lugares.
• Refletir sobre atitudes que podemos ter para construirmos um mundo mais justo para todos.
• Preocupar-se com a prática, ainda existente, de trabalho infantil em muitos lugares.
• Demonstrar interesse pelo conteúdo estudado.
• Construir aprendizagens a respeito da melhoria de vida para todos.
Metodologia
• Participar de uma palestra sobre a violência mundial, ministrando as informações
e assumindo um compromisso social voltado para a não violência.
• Participar de um coral estudantil entoando a música “Paz pela paz”, de Nando Cordel.
• Debater com os colegas sobre a melhoria de atitudes visando à paz entre os povos.
• Elaborar cartazes e panfletos informativos contra a exploração do trabalho infantil.
• Registrar, no caderno, as principais formas de exploração do trabalho infantil.
• Pesquisar a respeito da importância e do papel da Organização das Nações Unidas
(ONU) para a humanidade.
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38a Semana
Cidadania Moral e Ética: As ONGs – página 64 (pri-
meira coluna).
Orientação didática:
• Solicite à turma que confeccione cartazes com dicas
de boa convivência para a propagação da paz. Depois,
espalhe-os pelos corredores de toda a escola.
39a Semana
Cidadania Moral e Ética: As ONGs – página 64 (se-
gunda coluna).
Orientação didática:
• Seja um mediador para a paz. Quando identificar
conflitos existentes em sala de aula, comunique ime-
diatamente à direção da escola, antes que desaven-
ças maiores ocorram.
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Orientação didática
Materiais: folhas de papel sulfite; lápis e papel. então, para cada um escrever por quais das situa-
ções citadas já passou algum dia e como enfrentou.
Colocando em prática: peça aos alunos que listem os Nas folhas de papel sulfite, escreva as seguintes fra-
conflitos comportamentais existentes dentro da es- ses: “O conflito é próprio da convivência e inevitável”
cola. É provável que eles falem de um colega que não e “A violência é construída e evitável”. Solicite aos
ajuda na realização de um trabalho, de outro que não alunos que expressem suas opiniões a respeito das
se esforça nos jogos de futebol, de alguém que gosta duas frases e incentive o trabalho de argumentação.
de arranjar encrenca ou de um aluno que desrespeita
os companheiros de sala de aula e o professor. Diga,
Continua
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Orientação didática
A música trabalhada pode dar boas pistas para a
reflexão dos alunos, sob a orientação do educador.
Peça aos alunos que façam em dupla, trio, como
o professor desejar, uma ilustração para cada verso
da música em que apareça a expressão “PAZ PELA
PAZ”. Exponha nos corredores a sequência dos
versos da música.
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Orientação pedagógica
As atividades propostas visam reforçar o trabalho
feito com a música em sala de aula. O educador
deve orientar a atividade sobre a cultura de paz,
contribuindo com o entendimento de um conjunto
de atitudes cidadãs, para a fixação dos alunos.
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Orientação pedagógica
O texto é bem esclarecedor dos problemas do trabalho
infantil a partir dos personagens Mariana e João. Tal
fenômeno é uma realidade, não apenas no campo, mas
em todos os âmbitos da sociedade. Muitas vezes os
alunos já devem ter visto situações semelhantes, porém,
agora, refletirão sobre elas sob outra ótica. A mediação
do educador dará esse diferencial, alimentando a visão
crítica e o senso de cidadania na observação das situa-
ções em destaque.
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Orientação didática
Leve para sala de aula a música Criança não trabalha, Que fase da vida é tempo de brincar e de aprender?
de Arnaldo Antunes e Paulo Tatit. Distribua a letra da
música para que todos cantem. Discuta sobre a música: Peça para os alunos elaborem um texto de opinião
do tema trabalhado.
A música critica ou apoia o trabalho infantil? Por quê?
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Orientação pedagógica
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Orientação didática
A informação desta página é específica sobre a ONU.
O educador poderá mostrar imagens e vídeos de
curta duração sobre a organização e sua missão ao
redor do mundo, para enriquecer o aprendizado dos
alunos acerca da importância desse organismo inter-
nacional para a sociedade planetária e a dos direitos
humanos e o desenvolvimento dos povos.
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O educador consciente proporciona reflexões rendeira, enfim, todos, na escola, cumprem a função de
éticas, porque é ele mesmo um sujeito ético e suas educadores e são fundamentais para o seu sucesso.
ações se respaldam em condutas morais que fazem Para Aristóteles, a virtude como um hábito pode
refletir sobre as ações que, como pessoa, fazendo e precisa ser ensinada, revelando uma das funções
parte de um grupo, realiza. Seu principal objetivo é mais importantes da educação, passar adiante o
proporcionar a boa convivência entre os membros da que de bom o homem constrói em seu percurso para
comunidade escolar. É preciso ser amigo daquele a as nossas novas gerações. Os homens tornam-se
quem se ensina, pois, afinal, hábitos, atitudes, valores leitores, praticando o hábito da leitura, e estudiosos
são mais significativos, se transmitidos com exem- por meio do hábito do estudo. Pois, se assim não for,
plos do que com palavras. não há necessidade de professores, pois todos os
Segundo Aristóteles, o homem vive para alcan- homens, tendo nascido bons ou maus e não podendo
çar a felicidade, mas, para tal, necessita preservar a mudar, já seriam aptos para uma determinada função.
virtude (areté), sem a qual não poderá conquistá-la e, Para promover atitudes éticas, é preciso valorizar
como ser social, necessita da amizade, que só pode a comunidade na qual o sujeito está inserido e fazê-
firmar-se com probidade e justiça. Atentemos para -lo valorizar também. Quando uma comunidade não
as palavras do estagirita, que, apesar de pregar uma prestigia uma escola, localizada em seu seio, está,
teoria educacional, consoante com a visão de mun- na verdade, inferiorizando sua própria gente. Certa
do de seu tempo, é atual, porque concebe a justiça e feita, um grupo de pais de alunos de uma escola,
a amizade como indissociáveis, e estes são valores localizada no bairro periférico de Itabuna, na Bahia,
importantes em qualquer época. recusava-se a permitir a matrícula dos filhos em uma
Nesse sentido, o entrosamento entre os vários escola no mesmo bairro, a fim de garantir a inserção
profissionais da escola é necessário para fazer com dos filhos em uma escola recém-construída, alegan-
que os alunos percebam, por meio do exemplo, a har- do que o comportamento dos alunos da primeira es-
monia do ambiente. Não existe professor, onde não há cola, existente há três décadas na comunidade, não
aluno, assim como não há pessoas saudáveis em uma era bom, bem como não eram bons os seus serviços.
escola suja ou sem garantia de segurança, logo não Faltavam àquelas pessoas o bom senso para per-
apenas o professor, mas o faxineiro, o porteiro, a me- ceber que as paredes frias de uma escola, por mais
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