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MANUAL DO EDUCADOR

FORMANDO CIDADÃOS • MANUAL DO EDUCADOR • GEOGRAFIA • 4o ANO

FORMAÇÃO CONTINUADA
EDIÇÃO
2023-2024-2025

PREÇO GARANTIDO POR 8 ANOS:


2018 • 2019 • 2020 • 2021 • 2022 • 2023 • 2024 • 2025
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Maria Clara Medeiros

MANUAL DO
EDUCADOR
Formação Continuada

Geograf ia

EN
4
SIN
ANO
0
TAL
O FUNDA ME N

FC_ME_GEO_4F_U1.indd 1 30/05/2022 16:40


4o ano
Geografia
Maria Clara Medeiros
Ensino Fundamental

EDITORAS

MANUAL DO
Isabela Nóbrega
Márcia Regina Silva

EDUCADOR REVISÃO DE TEXTO


Elenita Maciel
Formação Continuada
PROJETO GRÁFICO, CAPA
E EDITORAÇÃO ELETRÔNICA
Danielle Vilela

COORDENAÇÃO EDITORIAL

CNPJ: 07.209.351/0001-56

Direitos reservados à
Multi Marcas Editoriais Ltda.
Rua Neto Campelo Júnior, 37
Mustardinha - Recife / PE
CEP: 50760-330
Fone: (81) 3447.1178
CNPJ: 00.726.498/0001-74
IE: 0214538-37

ISBN: 978-65-5638-733-8
5a edição

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei no 9.610,


de 19 de fevereiro de 1998.

Fizeram-se todos os esforços para localizar os detentores dos direitos das fotos,
das ilustrações e dos textos contidos neste livro.

A Formando Cidadãos Editora pede desculpas se houve alguma omissão e,


em edições futuras, terá prazer em incluir quaisquer créditos faltantes.

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APRESENTAÇÃO

Caro Educador,

O novo Manual de Geografia Formando Cidadãos vai auxiliá-lo a di-


namizar suas aulas. Com ele, você terá acesso a orientações didáticas e
sugestões de atividades para trabalhar conteúdos, como: o estudo dos ma-
pas, a orientação espacial, as alterações climáticas como consequência da
ação humana na natureza, a formação do povo brasileiro, a importância
dos conselhos municipais, entre outros.
As fundamentações e as dinâmicas também são mais um suporte para
sua prática pedagógica.
Desejamos que esse novo ano letivo seja muito agradável e proveitoso.

Um abraço,
Maria Clara Medeiros

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SUMÁRIO

7 Conhecendo o Manual 74 9a Semana – Grade semanal


9 Estrutura do livro do aluno 75 Dinâmica: Vestes do bem-viver
11 Sumário do livro do aluno 76 Páginas do livro do aluno
12 Planejamento de aulas 79 Fundamentação: Por que as pessoas ficam
13 Fundamentação BNCC mais felizes quando estão aprendendo?
80 10a Semana – Grade semanal
21 UNIDADE 1 81 Trabalhando as emoções
22 Conteúdos da unidade e a BNCC 82 Semana de avaliação
24 1a Semana – Grade semanal 84 Fundamentação: O que são metodologias
25 Dinâmica: Conhecendo os colegas ativas?
26 Semana de adaptação
28 2a Semana – Grade semanal 87 UNIDADE 2
29 Dinâmica: Pegar luz do Sol 88 Conteúdos da unidade e a BNCC
30 Páginas do livro do aluno 90 11a Semana – Grade semanal
33 Fundamentação: Faça uma lista... 91 Dinâmica: Corda imaginária
34 3a Semana – Grade semanal 92 Páginas do livro do aluno
35 Dinâmica: Círculos especiais 95 Fundamentação: Dois mundos se
36 Páginas do livro do aluno descobrem
39 Fundamentação: Dez dicas para estimular os 96 12a Semana – Grade semanal
alunos 97 Dinâmica: Resposta sorteada
40 4a Semana – Grade semanal 98 Páginas do livro do aluno
41 Dinâmica: Como eu sou? 101 Fundamentação: Queremos aprender, e não
42 Páginas do livro do aluno copiar!
46 Fundamentação: Fazendo a diferença 102 13a Semana – Grade semanal
48 5a Semana – Grade semanal 103 Dinâmica: Jogo comunitário
49 Dinâmica: Jogo da mímica 104 Páginas do livro do aluno
50 Semana de revisão 107 Fundamentação: Horário de estudo
51 Fundamentação: Antes que seja tarde 108 14a Semana – Grade semanal
52 6a Semana – Grade semanal 109 Dinâmica: Apoio do outro
53 Dinâmica: Todo enrolado! 110 Páginas do livro do aluno
54 Páginas do livro do aluno 113 Fundamentação: Alunos se comportam
57 Fundamentação: Dez maneiras de manter a quando professores se envolvem
excelência 114 15a Semana – Grade semanal
58 7a Semana – Grade semanal 115 Dinâmica: Dinâmicas de cores
59 Dinâmica: Rede da qualidade 116 Semana de revisão
60 Páginas do livro do aluno 117 Fundamentação: Frases educacionais
64 Fundamentação: A família e a escola 118 16a Semana – Grade semanal
66 8a Semana – Grade semanal 119 Dinâmica: Sentimentos bons para o corpo
67 Dinâmica: Todos juntos 120 Páginas do livro do aluno
68 Páginas do livro do aluno 122 Fundamentação: Ame seu trabalho e seja
71 Fundamentação: Ensinamentos para a vida feliz

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124 17a Semana – Grade semanal 178 25a Semana – Grade semanal
125 Dinâmica: Concordo/Discordo 179 Dinâmica: Encontrando o outro
126 Páginas do livro do aluno 180 Semana de revisão
129 Fundamentação: O que é aprendizagem? 181 Fundamentação: O perfil do docente ideal
132 18a Semana – Grade semanal 182 26a Semana – Grade semanal
133 Dinâmica: Quero ouvir você 183 Dinâmica: Portal do ser bom
134 Páginas do livro do aluno 184 Páginas do livro do aluno
136 Fundamentação: Qual é o trampolim para a 186 Fundamentação: Como trabalhar e estudar
aprendizagem? em grupo
138 19a Semana – Grade semanal 190 27a Semana – Grade semanal
139 Dinâmica: Dado de perguntas 191 Dinâmica: Varal da diversidade
140 Página do livro do aluno 192 Páginas do livro do aluno
141 Fundamentação: Os primórdios do poder da 195 Fundamentação: Afeto e limite em sala de
aprendizagem aula
144 20a Semana – Grade semanal 196 28a Semana – Grade semanal
145 Trabalhando as emoções 197 Dinâmica: Roda de informação
146 Semana de avaliação 198 Páginas do livro do aluno
148 Fundamentação: Como manter a 203 Fundamentação: David Ausubel e Paulo Freire
concentração 206 29a Semana – Grade semanal
207 Dinâmica: Cartazes agradecendo as boas
atitudes
151 UNIDADE 3 208 Páginas do livro do aluno
152 Conteúdos da unidade e a BNCC 210 Fundamentação: 8 maneiras de estimular a
154 21a Semana – Grade semanal criatividade
155 Dinâmica: Participar ajuda a viver melhor 212 30a Semana – Grade semanal
156 Páginas do livro do aluno 213 Trabalhando as emoções
159 Fundamentação: Ingratidão 214 Semana de avaliação
160 22a Semana – Grade semanal 216 Fundamentação: Diferença e diversidade
161 Dinâmica: Festival de perguntas
162 Páginas do livro do aluno
165 Fundamentação: 10 dicas capazes de bene- 217 UNIDADE 4
ficiar suas capacidades mentais 218 Conteúdos da unidade e a BNCC
166 23a Semana – Grade semanal 220 31a Semana – Grade semanal
167 Dinâmica: Ações de cuidado 221 Dinâmica: Trocando de quadrado
168 Páginas do livro do aluno 222 Páginas do livro do aluno
170 Fundamentação: Professor: mediador e 225 Fundamentação: Projeto: Volta pra casa, Luiz
facilitador 228 32a Semana – Grade semanal
172 24a Semana – Grade semanal 229 Dinâmica: Mãos que guiam
173 Dinâmica: Aprender a escutar 230 Páginas do livro do aluno
174 Páginas do livro do aluno 233 Fundamentação: Princípios educacionais
177 Fundamentação: A utilidade que sempre se deve levar em conta

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236 33ª Semana – Grade semanal
237 Dinâmica: Tecer a vida coletivamente
238 Páginas do livro do aluno
241 Fundamentação: Aprendizagem ativa
244 34ª Semana – Grade semanal
245 Dinâmica: O desafio
246 Páginas do livro do aluno
248 Fundamentação: A habilidade emocional
252 35ª Semana – Grade semanal
253 Dinâmica: Homenagem ao funcionário
254 Semana de revisão
255 Fundamentação: Faço na prática o que
prometo?
256 36ª Semana – Grade semanal
257 Dinâmica: Varal de laços dos amigos
258 Páginas do livro do aluno
261 Fundamentação: Encontros e encontrões
264 37ª Semana – Grade semanal
265 Dinâmica: Corrida dos valores humanos
266 Páginas do livro do aluno
269 Fundamentação: Como identificar o aluno
com TDAH?
270 38ª Semana – Grade semanal
271 Dinâmica: Banyoka
272 Página do livro do aluno
274 Fundamentação: Como ajudar o aluno com
TDAH
278 39ª Semana – Grade semanal
279 Dinâmica: Olhar as emoções
280 Página do livro do aluno
281 Fundamentação: Valor da causa
282 40ª Semana – Grade semanal
283 Trabalhando as emoções
284 Semana de avaliação
286 Fundamentação: Antigamente era melhor?
kimberrywood / Shutterstock.com

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CONHECENDO O MANUAL
Este Manual foi concebido para ser um material pedagógico que auxilie o trabalho de professores
em sala de aula, por isso apresenta, além de fundamentações, planejamento de aulas em grades se-
manais, dinâmicas, estrutura e sumário do livro do aluno.

ESTRUTURA DO LIVRO DO ALUNO DINÂMICA


Informações sobre a estrutura do livro do
aluno, apontando tudo o que é necessário para o Apresenta sugestões de atividades para ex-
professor explorá-lo da melhor maneira. plorar a integração e a socialização das pessoas
por meio de propostas que focam na ludicidade
SUMÁRIO DO LIVRO DO ALUNO e no conhecimento de seus próprios limites e
É apresentada a página de sumário do livro do possibilidades.
aluno para que o professor possa ter acesso ao con-
teúdo anual que será proposto para as crianças.
PÁGINAS DO LIVRO DO ALUNO
PLANEJAMENTO DE AULAS
O planejamento de aulas foi pensado para 40 se- São apresentadas as páginas do livro do aluno
manas com cinco dias letivos, totalizando 200 dias. propostas para serem trabalhadas ao longo da
Cada semana tem uma estrutura própria: conteúdos da semana. Esta seção acompanha as orientações
unidade e a BNCC, grade semanal, dinâmicas, páginas didáticas, orientações pedagógicas, além de
do livro do aluno e suporte por meio de orientações sugestões de atividades em algumas semanas.
didáticas, pedagógicas e sugestões de atividades. São
apresentadas fundamentações ao longo do Manual
e, nas semanas de revisão e avaliação, sugestões de
atividades para serem trabalhadas com os alunos.

CONTEÚDOS DA UNIDADE E A BNCC


Antes da abertura de cada unidade, serão apre-
sentados os conteúdos didáticos, os objetos de
conhecimento e as habilidades de cada unidade.
Assim, o educador poderá identificar os objetos e
as habilidades que as crianças deverão demonstrar
ao final do trabalho em cada unidade.

GRADE SEMANAL
Traz o planejamento semanal dos momentos em
que cada área de conhecimento deverá ser traba-
lhada. Inclusive, apresenta breves orientações de
atividades que poderão ser realizadas em sala de
aula e a indicação das páginas do livro do aluno que
deverão ser trabalhadas. Além disso, há espaço para
registrar as datas correspondentes às semanas.

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Todo o Manual contém páginas do livro do alu- Fundamentação: Os textos apresentados,
em geral, têm caráter de formação, ou seja,
no reduzidas. Abaixo de cada página reduzida, serão
foram selecionados para dar embasamento
apresentadas orientações didáticas, pedagógicas ou
e segurança ao professor em relação ao seu
sugestões de atividades relacionadas ao conteúdo da trabalho diário com as crianças.
página.
Assim, materiais complementares com informações
preciosas serão disponibilizados para o educador.

FUNDAMEN
TAÇÃO
11 DEZ DICAS
Orientação pelo Sol PARA ESTIM
ULAR OS AL
Orientação espacial Há milhares de anos, observando
o céu e
que o Sol faz
UNOS
acompanhando o trajeto aparente
durante o dia, o ser humano
chegou às primeiras Orientar os
como se orientar por pais a não
situações nas noções importantes sobre acompanh fazerem as
Em nosso dia a dia, há diversas meio do Sol. ar, orienta tarefas esc
quais precisamos saber o
local onde estamos ou
Como já sabemos, a Terra
e os demais pla-
e se realme r, trocar idei olares no lug
em que direção devemos seguir
para chegar a Só podemos nos nte estão sen as e estar ar de seus
Para isso, precisamos
netas giram ao redor do Sol.
do interess informados filhos, no ent
um determinado endereço. localizar por meio do Sol durante
o dia, pois
antes. sobre os dev anto devem
de meios de orientação, como: temos a impressão de que
ele nasce de manhã e eres, a sua
devido ao movimen- A lição não regularidad
se põe à tarde. Isso ocorre
faz com que Solo deve ser vist e
to de rotação da Terra, que vimento com a como obr
apareça sempre na mesma
direção e desapareça
os temas trab igaç ão pelo estu
do outro lado. Assim, dizemos
que ele aparece
e a realida alhados, esta dante. Par
a Leste, ou nascente, e desaparece
a Oeste, ou de dos estu belecendo a isso , é preciso
Leste, é possível dantes. elos entre criar um env
O Sol poente. Reconhecendo a direção os conceit ol-
A Lua
reconhecer os outros pontos
cardeais. os e as idei
©Ruslan Ivantsov/stock.adobe.com
©akumak/stock.adobe.com

Os próprio as exposto
s alunos sab s
dizado, mas em que as
, mesmo ass tarefas esc
os desafie im, não gos olares aju
m, que os tam de cum dam a fixa
coloquem pri- r e a concre
em situaçã Ias. Então, tizar o apr
o de busca é preciso cria en-
Utilizar a tecn e pesquisa r atividades
de resposta que
ologia é váli s.
piar e cola do, desde
O Cruzeiro do Sul r”, executado que não se
úteis para por alunos restrinja sim
©Eder Carlos/stock.adobe.com
pesquisas. de todas as plesmente
idades. Sof ao tradicio
©Piotr Krzeslak/stock.adobe.com
twares, site nal “co-
s e portais
são muito
Associar os
conteúdos
BNCC artesanato à cultura em
A bússola , literatura, geral, com
(EF04GE09) histórias em o música,
©Tryfonov/stock.adobe.co
m

quadrinhos cinema, arte


Utilizar as direções , teatro, sem s plásticas,
pre dá bon dança,
cardeais na localização Pedir a leitu s resultados.
ra semana
de componentes físicos e para as sala l de jornais
s de aula e e revistas,
humanos nas paisagens também é comparado com a sele
uma ótima s ou equipar ção de arti
O GPS
forma de dar ados aos tem gos que pos
rurais e urbanas.
©Piotr Krzeslak/stock.adobe.com

Geografia • 4 Ano
o
a composição sam ser traz
aos estudan as trabalha idos
©Andrey Popov/stock.adobe.com
11
Formando Cidadãos
de resposta tes mais arg dos nas disc
s aos deveres umento, forç iplinas,
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e até mesmo
22/12/2021 13:20:48

Compartilh às atividad ade para


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11
ar projeto es de sala
para todos. s, trabalho de aula.
s e tarefas
com outras
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
kurhan / Shutterstock.com

olares faz
Projetos e muito bem
uma pesquisa na tarefas a sere
Solicite aos alunos que façam que não rest m executado
na opção Maps, e em dúvidas s em casa
Internet, visitando o site Google, quanto à sua devem ser
sempre bem
escola. No site, o aluno execução
que busquem o endereço da pelos alun
os.
explicados
, para
sionais de um lugar
poderá ter várias visões tridimen Trabalhos
em pequen
espaço que procura. os grupos
e, com isso, terá a noção do os alunos
aprendam devem oco
a residência de cada a cooperar rrer com cer
Sugira outros lugares, como uns com os ta frequên
cia,
feita em dupla. Solicite outros, troc até mesmo
um, ou que a atividade seja ar ideias e
debater.
para que
do que foi visto na busca
que entreguem um resumo Corrigir tare
fas em sala
do site. duções e cor de aula não
rigi-Ias dep é aconselháv
ois. el. O melhor
a ser feito
é recolher
as pro-
MACHADO,
42
42 João Luís Alm
39 eida. In: Revi
FC_ME_GEO_ sta Profissã
4F_U1.indd
39 o Mestre.
21/05/2022 07:01:29

42
FC_ME_GEO_4F_U1.indd

21/05/2022
07:02:54

Inserimos, também, um boxe com as habilidades de aprendi-


zagem e desenvolvimento da Base Nacional Comum Cur-
ricular (BNCC) nas páginas que são contempladas com tais
conteúdos.

Atividades de avaliação: Nas semanas de


3. Observe cada imagem
e indique a forma utiliza-

avaliação, preparamos sugestões de avaliação SEMANA DE REVISÃO da para determinar a direção


dos pontos cardeais.

Unidade 1
para que cada aluno reflita sobre o que estu- • Mapas
dos ventos
• Direções cardeais e rosa

dou e como fez isso. A reflexão sobre o próprio • Orientação espacial

1. Leia as afirmativas e escreva,


nos espaços, Orientação pela bússola
“concordo” ou “discordo”.
desempenho é um meio eficiente para o aluno a. Os mapas são importan
tes fontes de informa-
.
ção sobre os diferentes espaços

aprender a identificar e corrigir seus erros, e, Concordo

mos símbolos.
b. No mapa, sempre encontra

para isso, o papel do professor é fundamental. Concordo

organização, preparação
c. A ciência que estuda a
é a Astrografia.
e interpretação dos mapas
Discordo Orientação pelo Sol Orientação pelo mapa

d. Os mapas e as plantas
baixas são representa-
e da Terra. 4. Represente a rosa dos
ventos, no espaço abai-
ções no plano da superfíci
Atividades de revisão: Nas semanas de revi- Concordo xo, desenhando os pontos cardeais
e colaterais.

são, preparamos algumas atividades referentes 2. Leia o texto abaixo e siga


se pede. Convide um familiar
corretamente o que
para realizar a ati-
comente como foi a
vidade com você. Depois,
aos conteúdos trabalhados em cada unidade. experiência. Resposta pessoal

os braços,
“Em noite de Lua cheia, abra
Temos também as sugestões de atividades estendendo o braço direito
para onde “nasce”
a Lua, ou seja, o Leste. Enquanto
a
isso, o braço
sua frente
esquerdo aponta para o Oeste;

para o professor trabalhar em sala de aula, voltada fica para o Norte;


o Sul.”
e as suas costas, para

blogspot.com.
ilhasdoplaneta turma1010.

caso queira aprimorar os conteúdos com seus


Disponível em: http://marav 2015.
l Acesso em: 16 de nov. de
br/2012/03/orientacao -pela-lua.htm

alunos. 50

21/05/2022 07:04:38

50
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ESTRUTURA DO LIVRO DO ALUNO
O livro do aluno está organizado com elementos gráficos específicos:
títulos, textos didáticos, atividades, comandos, boxes e imagens.

Título
Localiza-se, em geral, antes da apresen- Relevo do Brasil
Altitude é a distância vertical medida entre
um ponto da superfície da Terra e o nível do mar,
considerado o nível zero.
tação de algum conteúdo específico que Observe a imagem.

Relevo é o conjunto de saliências da superfície


será trabalhado. do solo de um determinado espaço geográfico, ou
seja, as diferentes formas da superfície terrestre.
O relevo brasileiro é formado, principalmen-
te, pelos seguintes tipos e variantes: planaltos,
planícies, depressões, chapadas e serras.
Compartimentos do
relevo brasileiro

Textos didáticos
São textos explicativos que abordam Planícies
Então, quando dizemos que o ponto mais
Depressões
alto do Brasil é o Pico da Neblina cuja altitude é
os assuntos de maneira simples, clara e Chapadas
Planaltos
de 2.995 metros, quer dizer que ele está a 2.995
metros do nível do mar.
objetiva. Serras
N

Planaltos
O L

©Marcos/stock.adobe.com
Fonte: IBGE. S

Quando observamos um mapa, temos a im-


pressão de que todas as terras são planas e de
mesma altitude. Porém, você já sabe que as ter-
ras não são assim. Essa impressão existe porque
o mapa é um desenho que representa a realidade
numa superfície plana.
É por meio do mapa do relevo, ou físico, que
estudamos os acidentes geográficos de um lugar.
Pelo mapa, conseguimos definir a situação e a
localização deles.
O Brasil tem um relevo pouco acidentado e
altitudes reduzidas. 93% da sua área total estão Os planaltos são formas de relevo mais anti-
abaixo de 900 metros. gas e relativamente planas, entretanto situadas

Atividades
em altitudes mais elevadas.
Formando Cidadãos 33 Geografia • 4o Ano

Seção com propostas de atividades FC_GEO_4F_2UND.indd 33 22/12/2021 13:25:20

relacionadas aos conteúdos e assuntos


que estão sendo trabalhados, de manei- Atividades 3. Cada frase abaixo se refere a um tipo de vege-
tação. Leia as frases e pinte os quadradinhos de
ra que a construção de conhecimento 1. Coloque V, para as frases verdadeiras, e F,
acordo com a orientação.

possa acontecer por meio de sugestões para as falsas.


Florestas Cerrado Caatinga

V No Brasil, há vários tipos de vegetação.


literais, inferenciais e de opinião própria. Ocorre nas áreas mais secas do Brasil.
Apresenta capins e árvores de porte
F O clima e o solo são fatores que não alte- baixo e médio, além de cactos.
ram a vegetação.
Está situada em áreas onde chove
V Vegetação é o conjunto de plantas que
muito. Quando observada do alto, não
nascem e crescem naturalmente numa é possível ver o chão, pois as copas
região. das árvores são bem próximas umas
V O mapa da vegetação mostra os locais das outras.
onde existem os tipos de vegetação. Ocupa grande área da parte central do
Brasil. Apresenta vegetação de porte

Comando 2. Escreva quem sou. baixo, arbustos e árvores de galhos


retorcidos.
a. Ocupo grande parte do Planalto Central.
4. Numere as imagens de acordo com o tipo de
No início de cada atividade, são apre- C E R R A D O
vegetação.
b. Localizo-me no Mato Grosso e no Mato Grosso
sentados comandos cujo texto se inicia do Sul, na divisa com a Bolívia e o Paraguai. A – Caatinga B – Cerrado C – Floresta Amazônica

com a ação que deverá ser feita para a P A N T A N A L

c. Estou no litoral, próximo à foz dos rios, onde


realização da atividade proposta. Isso se dá a mistura da água doce com a salgada.

M A N G U E B
porque, ao ouvir ou ler o comando, a ©Rosamarela/stock.adobe.com

d. Exploram muito a minha madeira. Ocupo parte


criança deverá identificar o que deve da Região Sul.

M A T A D O S
fazer para realizá-la corretamente. P I N H A I S
C
©Atelopus/stock.adobe.com

Ou

M A T A D E

A R A U C Á R I A S A
©hecke71/stock.adobe.com

Formando Cidadãos 46 Geografia • 4o Ano

FC_GEO_4F_2UND.indd 46 22/12/2021 13:25:41

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Boxe
Existe conselho: A escolha dos nossos governantes
Não tem localização predeterminada • de alimentação escolar. No Brasil, escolhemos nossos representantes
pelo voto livre e secreto. Isso significa que te-
na página, mas é destacado por cores, • municipal de saúde.
• de controle social do Bolsa Família. mos a liberdade de votar em quem quisermos e
• de assistência social, entre outros. não somos obrigados a dizer em quem estamos
e, em geral, seu conteúdo corresponde votando.
O voto em nosso país é obrigatório para os
eleitores dos 18 aos 70 anos. É facultativo, ou
aos temas e assuntos complementares seja, não é obrigatório, para aqueles que têm
entre 16 e 17 anos, para quem tem mais de 70
e vinculados ao conteúdo principal, po- anos e para os adultos que não sabem ler nem
escrever.

dendo apresentar curiosidades e dicas. O voto é proibido para os militares que pres-
tam o serviço militar inicial e obrigatório.
A cada 4 anos, os cidadãos brasileiros vão às
urnas para votarem nos candidatos aos cargos
de: prefeito, vereador, governador, deputado,
senador e presidente.
Páginas do aluno Os conselhos têm como responsabilidades:
Você sabia?

As páginas do livro do aluno aparecem • Fiscalizar o uso do dinheiro arrecadado em

©Rafael Henrique - stock.adobe.com


impostos.
• Verificar se o que a prefeitura comprou está
ao longo do Manual, com as respostas. chegando ao seu destino (escola,
postos de saúde, etc.).
• Analisar a quantidade de produtos compra-
dos, por exemplo: a merenda escolar.
• Fiscalizar os repasses de programas federais.
• Participar da elaboração das metas.

Hoje em dia, a legislação eleitoral do


Brasil garante aos homens e às mulheres
direitos equivalentes. A lei determina que
os partidos políticos apresentem no mínimo
terais e As co
is, cola
30% de candidatas mulheres em sua chapa.
orde
o n to s cardea terais nada
s geo
Pelo que percebemos no dia a dia, cada vez

subcola
As co
P tação,
os
ou pont s
or
imag denada
in
para árias ho geográ
s
gráfi
mais, a participação política das mulheres
de orien quatro ponto
pontos em
nificam diz. Exist
merid lelos são rizontais ficas dize
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conteúdos trabalhados nas disciplinas de
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SUMÁRIO DO LIVRO DO ALUNO

Sumário
5 Unidade 1 75 Unidade 4
6 Mapas 76 Recursos naturais e suas mudanças
8 Direções cardeais e rosa dos ventos 79 Trabalhos do campo e da cidade/
11 Orientação espacial Agricultura
15 Lateralidade 82 Pecuária
18 Coordenadas geográficas 85 Extrativismo
22 Continentes e oceanos 87 Indústria
25 Abalos sísmicos 90 Comércio
28 Trabalhando as emoções 93 Prestação de serviços
95 Setores da economia
96 Trabalhando as emoções
29 Unidade 2
30 Áreas urbana, rural e litorânea
33 Relevo do Brasil
36 Hidrografia do Brasil
39 Climas do Brasil
42 Alterações climáticas
44 Vegetação do Brasil
47 Ação humana altera a vegetação
50 Trabalhando as emoções

51 Unidade 3
52 Território brasileiro
55 Fronteiras
56 Organização política
58 Câmara de Vereadores
59 Conselhos municipais
62 Migração
65 Povo brasileiro
67 Diversidade cultural
72 Territórios étnico-culturais
74 Trabalhando as emoções

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PLANEJAMENTO DE AULAS
ESTE MANUAL FOI PENSADO PARA SER UM FACILITADOR DO SEU TRABALHO, EDUCADOR(A).

Dividimos o planejamento de todos os livros em 40 semanas: 32 semanas com aulas, 4 semanas


para revisões e 4 semanas para avaliações.
Assim, sugerimos que as atividades sigam a seguinte sequência:

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1 UN
2 3
UN UN
4
IDA D E IDA D E IDA D E IDA D E

Aula 4 semanas 4 semanas 4 semanas 4 semanas

Revisão 1 semana 1 semana 1 semana 1 semana

Aula 4 semanas 4 semanas 4 semanas 4 semanas

Avaliação 1 semana 1 semana 1 semana 1 semana

klyaksun / stock.adobe.com

12

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FUNDAMENTAÇÃO
BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR – BNCC
GEOGRAFIA

Estudar Geografia é uma oportunidade para


compreender o mundo em que se vive, na medida
em que esse componente curricular aborda as
ações humanas construídas nas distintas socie-
dades existentes nas diversas regiões do planeta.
Ao mesmo tempo, a educação geográfica contri-
bui para a formação do conceito de identidade,
expresso de diferentes formas: na compreensão
perceptiva da paisagem; que ganha significado
à medida que, ao observá-la, nota-se a vivência
dos indivíduos e da coletividade; nas relações com
os lugares vividos; nos costumes que resgatam a
nossa memória social; na identidade cultural; e
na consciência de que somos sujeitos da história,
distintos uns dos outros e, por isso, convictos das
nossas diferenças.
Para fazer a leitura do mundo em que vivem,
com base nas aprendizagens em Geografia, os
alunos precisam ser estimulados a pensar espa-
cialmente, desenvolvendo o raciocínio geográfico.
O pensamento espacial está associado ao desen-
volvimento intelectual que integra conhecimentos
não somente da Geografia, mas também de outras
áreas (como Matemática, Ciências, Artes e Literatu-
ra). Essa interação visa à resolução de problemas
que envolvem mudanças de escala, orientação e
direção de objetos localizados na superfície ter-
restre, efeitos de distância, relações hierárquicas,
tendências à centralização e à dispersão, efeitos
da proximidade e vizinhança, etc.
kimberrywood / Shutterstock.com

13

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O raciocínio geográfico, uma maneira de exercitar o pensamento espacial, aplica determinados prin-
cípios (Quadro 1) para compreender aspectos fundamentais da realidade: a localização e a distribuição
dos fatos e fenômenos na superfície terrestre, o ordenamento territorial, as conexões existentes entre
componentes físico-naturais e as ações antrópicas.

QUADRO 1 – DESCRIÇÃO DOS PRINCÍPIOS DO RACIOCÍNIO GEOGRÁFICO


PRINCÍPIO DESCRIÇÃO
Um fenômeno geográfico sempre é comparável a outros. A identificação das semelhanças entre fenômenos geográficos é
ANALOGIA
o início da compreensão da unidade terrestre.

Um fenômeno geográfico nunca acontece isoladamente, mas sempre em interação com outros fenômenos próximos ou
CONEXÃO
distantes.

É a variação dos fenômenos de interesse da Geografia pela superfície terrestre (por exemplo, o clima), resultando na
DIFERENCIAÇÃO*
diferença entre áreas.

DISTRIBUIÇÃO Exprime como os objetos se repartem pelo espaço.

EXTENSÃO Espaço finito e contínuo delimitado pela ocorrência do fenômeno geográfico.

Posição particular de um objeto na superfície terrestre. A localização pode ser absoluta (definida por um sistema de coor-
LOCALIZAÇÃO
denadas geográficas) ou relativa (expressa por meio de relações espaciais topológicas ou por interações espaciais).

Ordem ou arranjo espacial é o princípio geográfico de maior complexidade. Refere-se ao modo de estruturação do espaço
ORDEM**
de acordo com as regras da própria sociedade que o produziu.

Fontes: FERNANDES, José Alberto Rio; TRIGAL, Lourenzo López; SPÓSITO, Eliseu Savério. Dicionário de Geografia aplicada. Porto: Porto Editora, 2016.
* MOREIRA, Ruy. A diferença e a geografia: o ardil da identidade e a representação da diferença na geografia. GEOgraphia, Rio de Janeiro, ano 1, n. 1, p. 41-58,
1999.
** MOREIRA, Ruy. Repensando a Geografia. In: SANTOS, Milton (Org.). Novos rumos da Geografia brasileira. São Paulo: Hucitec, 1982, p. 35-49.

Essa é a grande contribuição da Geografia aos alunos da Educa-


ção Básica: desenvolver o pensamento espacial, estimulando o ra-
ciocínio geográfico para representar e interpretar o mundo em per-
manente transformação e relacionando componentes da sociedade
e da natureza. Para tanto, é necessário assegurar a apropriação de
conceitos para o domínio do conhecimento fatual (com destaque
para os acontecimentos que podem ser observados e localizados no
tempo e no espaço) e para o exercício da cidadania.
Ao utilizar corretamente os conceitos geográficos, mobilizando o
pensamento espacial e aplicando procedimentos de pesquisa e análise
das informações geográficas, os alunos podem reconhecer: a desigual-
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o reconhecimento da diversidade e das diferenças dos grupos sociais,


com base em princípios éticos (respeito à diversidade sem preconceitos
étnicos, de gênero ou de qualquer outro tipo). Ela também estimula a
capacidade de empregar o raciocínio geográfico para pensar e resolver
problemas gerados na vida cotidiana, condição fundamental para o
desenvolvimento das competências gerais previstas na BNCC.

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Nessa direção, a BNCC está organizada com e de sua comunidade, valorizando-se os contextos
base nos principais conceitos da Geografia con- mais próximos da vida cotidiana. Espera-se que as
temporânea, diferenciados por níveis de comple- crianças percebam e compreendam a dinâmica de
xidade. Embora o espaço seja o conceito mais suas relações sociais, identificando-se com a sua
amplo e complexo da Geografia, é necessário que comunidade e respeitando os diferentes contextos
os alunos dominem outros conceitos mais opera- socioculturais. Ao tratar do conceito de espaço,
cionais e que expressam aspectos diferentes do estimula-se o desenvolvimento das relações espa-
espaço geográfico: território, lugar, região, natu- ciais topológicas, projetivas e euclidianas, além do
reza e paisagem. raciocínio geográfico, importantes para o processo
O conceito de espaço é inseparável do con- de alfabetização cartográfica e a aprendizagem
ceito de tempo, e ambos precisam ser pensados com as várias linguagens (formas de representação
articuladamente como um processo. Assim como e pensamento espacial).
para a História, o tempo é para a Geografia uma Além disso, pretende-se possibilitar que os
construção social, que se associa à memória e às estudantes construam sua identidade relacio-
identidades sociais dos sujeitos. Do mesmo modo, nando-se com o outro (sentido de alteridade);
os tempos da natureza não podem ser ignorados, valorizem as suas memórias e marcas do passado
pois marcam a memória da Terra e as transfor- vivenciadas em diferentes lugares; e, à medida
mações naturais que explicam as atuais condi- que se alfabetizam, ampliem a sua compreensão
ções do meio físico natural. Assim, pensar a tem- do mundo. Em continuidade, no Ensino Funda-
poralidade das ações humanas e das sociedades mental – Anos Finais, procura-se expandir o olhar
por meio da relação tempo-espaço representa um para a relação do sujeito com contextos mais
importante e desafiador processo na aprendiza- amplos, considerando temas políticos, econômi-
gem de Geografia. cos e culturais do Brasil e do mundo. Dessa forma,
Para isso, é preciso superar a aprendizagem o estudo da Geografia constitui-se em uma busca
com base apenas na descrição de informações e do lugar de cada indivíduo no mundo, valorizan-
fatos do dia a dia, cujo significado restringe-se do a sua individualidade e, ao mesmo tempo,
apenas ao contexto imediato da vida dos sujeitos. situando-o em uma categoria mais ampla de
A ultrapassagem dessa condição meramente des- sujeito social: a de cidadão ativo, democrático e
critiva exige o domínio de conceitos e generaliza- solidário. Enfim, cidadãos produtos de sociedades
ções. Estes permitem novas formas de ver o mundo localizadas em determinado tempo e espaço, mas
e de compreender, de maneira ampla e crítica, as também produtores dessas mesmas sociedades,
múltiplas relações que conformam a realidade, de com sua cultura e suas normas.
acordo com o aprendizado do conhecimento da Em Conexões e escalas, a atenção está na
ciência geográfica. articulação de diferentes espaços e escalas de
Para dar conta desse desafio, o componente análise, possibilitando que os alunos compreendam
Geografia da BNCC foi dividido em cinco unidades as relações existentes entre fatos nos níveis local e
temáticas comuns ao longo do Ensino Fundamen- global. Portanto, no decorrer do Ensino Fundamen-
tal, em uma progressão das habilidades. tal, os alunos precisam compreender as interações
Na unidade temática O sujeito e seu lugar no multiescalares existentes entre sua vida familiar,
mundo, focalizam-se as noções de pertencimento e seus grupos e espaços de convivência e interações
identidade. No Ensino Fundamental – Anos Iniciais, espaciais mais complexas. A conexão é um princípio
busca-se ampliar as experiências com o espaço e o da Geografia que estimula a compreensão do que
tempo vivenciadas pelas crianças em jogos e brin- ocorre entre os componentes da sociedade e do
cadeiras na Educação Infantil, por meio do apro- meio físico natural. Ela também analisa o que ocorre
fundamento de seu conhecimento sobre si mesmo entre quaisquer elementos que constituem um

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conjunto na superfície terrestre e que explicam Fotografias, mapas, esquemas, desenhos, imagens
um lugar na sua totalidade. Conexões e escalas de satélites, audiovisuais, gráficos, entre outras
explicam os arranjos das paisagens, a localização alternativas, são frequentemente utilizados no
e a distribuição de diferentes fenômenos e objetos componente curricular. Quanto mais diversificado
técnicos, por exemplo. for o trabalho com linguagens, maior o repertório
Dessa maneira, desde o Ensino Fundamental – construído pelos alunos, ampliando a produção
Anos Iniciais, as crianças compreendem e estabe- de sentidos na leitura de mundo. Compreender
lecem as interações entre sociedade e meio físico as particularidades de cada linguagem, em suas
natural. No decorrer desse processo, os alunos potencialidades e em suas limitações, conduz ao
devem aprender a considerar as escalas de tempo reconhecimento dos produtos dessas linguagens
e as periodizações históricas, importantes para a não como verdades, mas como possibilidades.
compreensão da produção do espaço geográfico No Ensino Fundamental – Anos Iniciais, os alu-
em diferentes sociedades e épocas. nos começam, por meio do exercício da localiza-
Em Mundo do trabalho, abordam-se, no Ensino ção geográfica, a desenvolver o pensamento espa-
Fundamental – Anos Iniciais, os processos e as téc- cial, que gradativamente passa a envolver outros
nicas construtivas e o uso de diferentes materiais princípios metodológicos do raciocínio geográfico,
produzidos pelas sociedades em diversos tempos. como os de localização, extensão, correlação,
São igualmente abordadas as características das diferenciação e analogia espacial. No Ensino Fun-
inúmeras atividades e suas funções socioeconômicas damental – Anos Finais, espera-se que os alunos
nos setores da economia e os processos produtivos consigam ler, comparar e elaborar diversos tipos
agroindustriais, expressos em distintas cadeias pro- de mapa temático, assim como as mais diferentes
dutivas. No Ensino Fundamental – Anos Finais, essa representações utilizadas como ferramentas da
unidade temática ganha relevância: incorpora-se o análise espacial. Essa, aliás, deve ser uma preo-
processo de produção do espaço agrário e industrial cupação norteadora do trabalho com mapas em
em sua relação entre campo e cidade, destacando-se Geografia. Eles devem, sempre que possível, ser-
as alterações provocadas pelas novas tecnologias no vir de suporte para o repertório que faz parte do
setor produtivo, fator desencadeador de mudanças raciocínio geográfico, fugindo do ensino do mapa
substanciais nas relações de trabalho, na geração pelo mapa, como fim em si mesmo.
de emprego e na distribuição de renda em diferentes Na unidade temática Natureza, ambientes e
escalas. A Revolução Industrial, a revolução técnico- qualidade de vida, busca-se a unidade da Geogra-
-científico-informacional e a urbanização devem ser fia, articulando geografia física e geografia huma-
associadas às alterações no mundo do trabalho. Nes- na, com destaque para a discussão dos processos
se sentido, os alunos terão condição de compreender físico-naturais do planeta Terra. No Ensino Fun-
as mudanças que ocorreram no mundo do trabalho damental – Anos Iniciais, destacam-se as noções
em variados tempos, escalas e processos históricos, relativas à percepção do meio físico natural e de
sociais e étnico-raciais. seus recursos. Com isso, os alunos podem reco-
Por sua vez, na unidade temática Formas de nhecer de que forma as diferentes comunidades
representação e pensamento espacial, além da transformam a natureza, tanto em relação às
ampliação gradativa da concepção do que é um inúmeras possibilidades de uso ao transformá-la
mapa e de outras formas de representação grá- em recursos quanto aos impactos socioambientais
fica, são reunidas aprendizagens que envolvem o delas provenientes. No Ensino Fundamental – Anos
raciocínio geográfico. Espera-se que, no decorrer Finais, essas noções ganham dimensões concei-
do Ensino Fundamental, os alunos tenham domí- tuais mais complexas, de modo a levar os estudan-
nio da leitura e da elaboração de mapas e gráfi- tes a estabelecer relações mais elaboradas, conju-
cos, iniciando-se na alfabetização cartográfica. gando natureza, ambiente e atividades antrópicas

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em distintas escalas e dimensões socioeconômicas calização, extensão, conectividade, entre outras),
e políticas. Dessa maneira, torna-se possível a eles resultantes das relações com outros lugares. Por
conhecer os fundamentos naturais do planeta e as causa disso, o entendimento da situação geográfica,
transformações impostas pelas atividades huma- pela sua natureza, é o procedimento para o estudo
nas na dinâmica físico-natural, inclusive no con- dos objetos de aprendizagem pelos alunos. Em uma
texto urbano e rural. [...] mesma atividade a ser desenvolvida pelo professor
Assim, com o aprendizado de Geografia, os em sala de aula, os alunos podem mobilizar, ao
estudantes têm a oportunidade de trabalhar com mesmo tempo, diversas habilidades de diferentes
conceitos que sustentam ideias plurais de nature- unidades temáticas.
za, território e territorialidade. Dessa forma, eles Cumpre destacar que os critérios de organização
podem construir uma base de conhecimentos que das habilidades na BNCC (com a explicitação dos
incorpora os segmentos sociais culturalmente objetos de conhecimento aos quais se relacionam e
diferenciados e, também, os diversos tempos e do agrupamento desses objetos em unidades temáti-
ritmos naturais. cas) expressam um arranjo possível (dentre outros).
Essa dimensão conceitual permite que os alunos Portanto, os agrupamentos propostos não devem ser
desenvolvam aproximações e compreensões sobre tomados como modelo obrigatório para o desenho
os saberes científicos — a respeito da natureza, do dos currículos.
território e da territorialidade, por exemplo — pre-
sentes nas situações cotidianas. Quanto mais um
cidadão conhece os elementos físico-naturais e
sua apropriação e produção, mais pode ser prota-
gonista autônomo de melhores condições de vida.
Trata-se, nessa unidade temática, de desenvolver o
conceito de ambiente na perspectiva geográfica, o
que se fundamenta na transformação da natureza
pelo trabalho humano. Não se trata de transferir
o conhecimento científico para o escolar, mas de,
por meio dele, permitir a compreensão dos proces-
sos naturais e da produção da natureza na socie-
dade capitalista. Nesse sentido, ao compreender
o contexto da natureza vivida e apropriada pelos
processos socioeconômicos e culturais, os alunos
constroem criticidade, fator fundamental de auto-
nomia para a vida fora da escola.
Para tanto, a abordagem dessas unidades temá-
ticas deve ser realizada integradamente, uma vez
que a situação geográfica não é apenas um pedaço
do território, uma área contínua, mas um conjunto
de relações. Portanto, a análise de situação resulta
Mangostar Lobanov / stock.adobe.com

da busca de características fundamentais de um


lugar na sua relação com outros lugares. Assim, ao
se estudarem os objetos de aprendizagem de Geo-
grafia, a ênfase do aprendizado é na posição relativa
dos objetos no espaço e no tempo, o que exige a
compreensão das características de um lugar (lo-

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Considerando esses pressupostos, e em articulação com as competências gerais da BNCC e com as
competências específicas da área de Ciências Humanas, o componente curricular de Geografia também
deve garantir aos alunos o desenvolvimento de competências específicas.

COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE GEOGRAFIA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL

1 Utilizar os conhecimentos geográficos para entender a interação sociedade/natureza e


exercitar o interesse e o espírito de investigação e de resolução de problemas.

Estabelecer conexões entre diferentes temas do conhecimento geográfico, reconhe-


2 cendo a importância dos objetos técnicos para a compreensão das formas como os
seres humanos fazem uso dos recursos da natureza ao longo da história.

Desenvolver autonomia e senso crítico para compreensão e aplicação do raciocínio geo-


3 gráfico na análise da ocupação humana e produção do espaço, envolvendo os princípios
de analogia, conexão, diferenciação, distribuição, extensão, localização e ordem.

Desenvolver o pensamento espacial, fazendo uso das linguagens cartográficas e ico-


4 nográficas, de diferentes gêneros textuais e das geotecnologias para a resolução de
problemas que envolvam informações geográficas.

Desenvolver e utilizar processos, práticas e procedimentos de investigação para com-


preender o mundo natural, social, econômico, político e o meio técnico-científico e
5 informacional, avaliar ações e propor perguntas e soluções (inclusive tecnológicas)
para questões que requerem conhecimentos científicos da Geografia.

Construir argumentos com base em informações geográficas, debater e defender


6 ideias e pontos de vista que respeitem e promovam a consciência socioambiental e o
respeito à biodiversidade e ao outro, sem preconceitos de qualquer natureza.

Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, responsabilidade, flexibilidade,


7 resiliência e determinação, propondo ações sobre as questões socioambientais, com
base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários.

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GEOGRAFIA NO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS INICIAIS: UNIDADES TEMÁTICAS, OBJETOS DE
CONHECIMENTO E HABILIDADES
No contexto da aprendizagem do Ensino Fundamen- “Como se distribui?” é uma pergunta que remete ao
tal – Anos Iniciais, será necessário considerar o que as princípio geográfico de diferenciação espacial, que es-
crianças aprenderam na Educação Infantil. Em seu coti- timula os alunos a entender o ordenamento territorial e
diano, por exemplo, elas desenham familiares, enume- a paisagem, estabelecendo relações entre os conceitos
ram relações de parentesco, reconhecem-se em fotos principais da Geografia.
(classificando-as como antigas ou recentes), guardam “Quais são as características socioespaciais?” per-
datas e fatos, sabem a hora de dormir, de ir à esco- mite que reconheçam a dinâmica da natureza e a in-
la, negociam horários, fazem relatos orais, revisitam terferência humana na superfície terrestre, conhecendo
o passado por meio de jogos, cantigas e brincadeiras os lugares e estabelecendo conexões entre eles, sejam
ensinadas pelos mais velhos, posicionam-se critica- locais, regionais ou mundiais, além de contribuir para
mente sobre determinadas situações, e tantos outros. a percepção das temáticas ambientais.
Tendo por referência esses conhecimentos das A ênfase nos lugares de vivência, dada no Ensino
próprias crianças, o estudo da Geografia no Ensino Fundamental – Anos Iniciais, oportuniza o desenvolvi-
Fundamental – Anos Iniciais, em articulação com os mento de noções de pertencimento, localização, orien-
saberes de outros componentes curriculares e áreas tação e organização das experiências e vivências em
de conhecimento, concorre para o processo de alfa- diferentes locais.
betização e letramento e para o desenvolvimento de Essas noções são fundamentais para o trato com
diferentes raciocínios. os conhecimentos geográficos. Mas o aprendizado não
O estudo da Geografia permite atribuir sentidos às deve ficar restrito apenas aos lugares de vivência. Ou-
dinâmicas das relações entre pessoas e grupos sociais, tros conceitos articuladores, como paisagem, região
e desses com a natureza, nas atividades de trabalho e e território, vão se integrando e ampliando as escalas
lazer. É importante, na faixa etária associada a essa fase de análise.
do Ensino Fundamental, o desenvolvimento da capa- De maneira geral, na abordagem dos objetos de co-
cidade de leitura por meio de fotos, desenhos, plantas, nhecimento, é necessário garantir o estabelecimento
maquetes e as mais diversas representações. Assim, de relações entre conceitos e fatos que possibilitem o
os alunos desenvolvem a percepção e o domínio do conhecimento da dinâmica do meio físico, social, eco-
espaço. nômico e político. Dessa forma, deve-se garantir aos
Nessa fase, é fundamental que os alunos consigam alunos a compreensão das características naturais e
saber e responder a algumas questões a respeito de si, culturais nas diferentes sociedades e lugares do seu
das pessoas e dos objetos: Onde se localiza? Por que entorno, incluindo a noção espaço-tempo.
se localiza? Como se distribui? Quais são as caracte- Assim, é imprescindível que os alunos identifiquem a
rísticas socioespaciais? Essas perguntas mobilizam as presença e a diversidade de culturas indígenas, afrodes-
crianças a pensar sobre a localização de objetos e das cendentes, de povos e comunidades tradicionais para
pessoas no mundo, permitindo que compreendam seu compreender suas características socioculturais e suas
lugar no mundo. territorialidades. Do mesmo modo, é necessário que
“Onde se localiza?” é uma indagação que as leva a eles diferenciem os lugares de vivência e compreendam
mobilizar o pensamento espacial e as informações geo- a produção das paisagens e a inter-relação entre elas,
gráficas para interpretar as paisagens e compreender como o campo/cidade e o urbano/rural, no que tange
os fenômenos socioespaciais, tendo na alfabetização aos aspectos políticos, sociais, culturais e econômicos.
cartográfica um importante encaminhamento. Essas aprendizagens servem de base para o desenvol-
“Por que se localiza?” permite a orientação e a apli- vimento de atitudes, procedimentos e elaborações
cação do pensamento espacial em diferentes lugares conceituais que potencializam a construção das iden-
e escalas de análise. tidades e a participação em diferentes grupos sociais.

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Esse processo de aprendizado abre caminhos para práticas de estudo provocadoras e desafiadoras, em situa-
ções que estimulem a curiosidade, a reflexão e o protagonismo. Pautadas na observação, nas experiências diretas,
no desenvolvimento de variadas formas de expressão, registro e problematização, essas práticas envolvem,
especialmente, o trabalho de campo.

GEOGRAFIA - 4O ANO

Unidades Objetos
Habilidades
temáticas de conhecimento
(EF04GE01) Selecionar, em seus lugares de vivência e em suas
histórias familiares e/ou da comunidade, elementos de distin-
Território e diversidade tas culturas (indígenas, afro-brasileiras, de outras regiões do
cultural país, latino-americanas, europeias, asiáticas, etc.), valorizando
o que é próprio em cada uma delas e sua contribuição para a
formação da cultura local, regional e brasileira.
O SUJEITO E SEU LUGAR
NO MUNDO Processos migratórios (EF04GE02) Descrever processos migratórios e suas contribui-
no Brasil ções para a formação da sociedade brasileira.

(EF04GE03) Distinguir funções e papéis dos órgãos do poder pú-


Instâncias do poder pú-
blico municipal e canais de participação social na gestão do Mu-
blico e canais de partici-
nicípio, incluindo a Câmara de Vereadores e Conselhos Municipais.
pação social

(EF04GE04) Reconhecer especificidades e analisar a interde-


Relação campo e cidade pendência do campo e da cidade, considerando fluxos econô-
micos, de informações, de ideias e de pessoas.

(EF04GE05) Distinguir unidades político-administrativas


Unidades político-admi- oficiais nacionais (Distrito, Município, Unidade da Federação e
CONEXÕES E ESCALAS nistrativas do Brasil grande região), suas fronteiras e sua hierarquia, localizando
seus lugares de vivência.

(EF04GE06) Identificar e descrever territórios étnico-culturais


Territórios existentes no Brasil, tais como terras indígenas e de comunida-
étnico-culturais des remanescentes de quilombos, reconhecendo a legitimida-
de da demarcação desses territórios.

Trabalho no campo e na (EF04GE07) Comparar as características do trabalho no cam-


cidade po e na cidade.
MUNDO DO TRABALHO (EF04GE08) Descrever e discutir o processo de produção
Produção, circulação e
(transformação de matérias-primas), circulação e consumo de
consumo
diferentes produtos.

(EF04GE09) Utilizar as direções cardeais na localização de com-


Sistema de orientação ponentes físicos e humanos nas paisagens rurais e urbanas.
FORMAS DE REPRESENTAÇÃO E
PENSAMENTO ESPACIAL (EF04GE10) Comparar tipos variados de mapas, identificando
Elementos constitutivos suas características, elaboradores, finalidades, diferenças e
dos mapas semelhanças.

(EF04GE11) Identificar as características das paisagens natu-


NATUREZA, AMBIENTES E QUA- Conservação e degrada- rais e antrópicas (relevo, cobertura vegetal, rios, etc.) no am-
LIDADE DE VIDA ção da natureza biente em que vive, bem como a ação humana na conservação
ou degradação dessas áreas.

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1
U NI
DADE

ATURALIZAR

O que vamos estudar:


• Mapas
• Direções cardeais e rosa dos
ventos
• Orientação espacial
• Lateralidade
• Coordenadas geográficas
• Continentes e oceanos
• Abalos sísmicos
• Trabalhando as emoções
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As primeiras palavras ditas pelo professor à sua nova turma deixam impressões que podem
ser responsáveis pela configuração da imagem daquele docente. Se o primeiro diálogo é duro,
tenso e sem alegria, nascerá uma barreira entre professor e aluno, impedindo momentos de
crescimento pessoal para ambos, mas se, nesse primeiro instante, há um encontro amigável e
cheio de sorrisos, será o início de uma convivência de significativos aprendizados, em que as
atribulações e os obstáculos não deixarão de existir, porém com possibilidades de um desfecho
surpreendente.

ANDRADE, Fabiana. A pedagogia do afeto na sala de aula. 2ª ed – Recife: Prazer de Ler, 2014.

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CONTEÚDOS DA UNIDADE E A BNCC
UNIDADE 1
UNIDADES OBJETOS DE
CONTEÚDOS HABILIDADES
TEMÁTICAS CONHECIMENTO
Mapas • Formas de repre- • Elementos constitutivos dos (EF04GE10) Comparar tipos variados de
sentação e pensa- mapas mapas, identificando suas características,
mento espacial elaboradores, finalidades, diferenças e
semelhanças.

Direções cardeais e • Formas de repre- • Sistema de orientação (EF04GE09) Utilizar as direções cardeais na
rosa dos ventos sentação e pensa- localização de componentes físicos e huma-
mento espacial nos nas paisagens rurais e urbanas.

Orientação • Formas de repre- • Sistema de orientação (EF04GE09) Utilizar as direções cardeais na


espacial sentação e pensa- localização de componentes físicos e huma-
mento espacial nos nas paisagens rurais e urbanas.

Lateralidade • Formas de repre- • Sistema de orientação (EF04GE09) Utilizar as direções cardeais na


sentação e pensa- localização de componentes físicos e huma-
mento espacial nos nas paisagens rurais e urbanas.

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UNIDADES OBJETOS DE
CONTEÚDOS HABILIDADES
TEMÁTICAS CONHECIMENTO
Coordenadas • Formas de repre- • Sistema de orientação (EF04GE09) Utilizar as direções cardeais na
geográficas sentação e pensa- localização de componentes físicos e huma-
mento espacial nos nas paisagens rurais e urbanas.

Continentes e • Natureza, ambien- • Conservação e degradação (EF04GE11) Identificar as características das


oceanos tes e qualidade de da natureza paisagens naturais e antrópicas (relevo, co-
vida bertura vegetal, rios, etc.) no ambiente em que
vive, bem como a ação humana na conserva-
ção ou degradação dessas áreas.

Abalos sísmicos Nota: A BNCC não define o estudo do conteú-


do Abalos Sísmicos como competência a ser
desenvolvida na disciplina de Geografia do
40 ano – Ensino Fundamental, porém consi-
deramos ser este conteúdo de grande impor-
tância para a formação estudantil, por isso
as páginas a seguir abordam este objeto de
conhecimento.

Trabalhando as Nota: A Base Nacional Comum Curricular


emoções (BNCC) define um conjunto de competências
gerais que serve como um guia para o apren-
dizado das crianças e que deve ser desen-
volvido de forma dinâmica para trabalhar o
Socioemocional.

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1ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Semana de adaptação.

2º DIA
Semana de adaptação.

3º DIA
Semana de adaptação.

4º DIA
Semana de adaptação.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

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DINÂMICA

CONHECENDO OS COLEGAS

TEMPO DE APLICAÇÃO:
15 minutos
• Quando todos tiverem falado, explicar que, na
segunda rodada, eles terão que passar a bola a al-
OBJETIVO:
guém e dizer o nome da pessoa e o que ela disse na
O objetivo dessa dinâmica de primeiro dia de
rodada anterior.
aula é promover a integração entre os alunos e
professor, fortalecer a comunicação e o relacio- DICAS:
namento interpessoal dos estudantes. • Observar quais alunos estão prestando atenção
e conseguem se lembrar das informações que seu
MATERIAIS: colega falou. Caso algum tenha dificuldade, pedir
Um objeto pequeno, podendo ser uma bola, que os outros alunos o ajudem.
por exemplo. • Apontar a importância de saber ouvir, que, mui-
tas vezes, estamos muito preocupados com o que
PROCEDIMENTO: vamos dizer, que esquecemos de prestar atenção
• Formar um círculo. no que nos é dito.
• Explicar aos alunos que será dada uma opor-
tunidade para que aprendam mais uns dos outros. Disponível em: https://armazemdetexto.blogspot.com/2015/03/dinamicas-
-para-sala-de-aula.html Acesso em: 17/02/2022.
• Quem estiver com a bola deve passá-la a
outra pessoa que deverá dizer seu nome e revelar
algo diferente sobre si (uso lente de contato, por
Revista Nova Escola. São Paulo: Abril.
exemplo, ou tenho um cachorro).

Monkey Business Images / stock.adobe.com

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SEMANA DE ADAPTAÇÃO
BRINCADEIRAS DIVERTIDAS AJUDAM NA ADAPTAÇÃO DOS ALUNOS

Mais um ano chegou e, depois de merecidas férias, é hora de recomeçar. Para a maioria das
crianças, esse momento é de muita ansiedade, afinal irão mudar de série, terão um novo pro-
fessor e novos amigos. Para Priscila Garcia, coordenadora do Ensino Fundamental do Colégio
Universitário Taboão da Serra, em Taboão da Serra (SP), programar a primeira semana com
atividades recreativas voltadas à integração é melhor do que já iniciar os conteúdos, porque as-
sim se estabelece um vínculo afetivo com a turma. “A criança precisa se sentir bem no ambiente
para se sentir segura e focar no objetivo de aprender”, explica. Muna Kassem Handam, coorde-
nadora do Ensino Fundamental I do Colégio Anglo Americano, em Foz do Iguaçu (PR), concorda
e completa: “A professora também precisa desse tempo para adaptar-se à nova turma”.
A seguir, sugerimos atividades que podem ser realizadas no primeiro dia de aula ou ao longo
da semana.

RECEPÇÃO ANIMADA
Organizar uma festinha no primeiro
dia de aula é uma forma de mostrar às
crianças que a escola está feliz por tê-
-las de volta. O Colégio Anglo America-
no de Foz do Iguaçu recebeu as turmas
de 2007 com uma apresentação circen-
se e distribuição de picolés. Mas você
pode ter outras ideias. O sorvete, por
exemplo, pode ser substituído por ge-
latina, pipoca, bolo, refrigerante, etc.; e
o circo, por uma apresentação de dança
ou teatro feita por alunos mais velhos
do colégio.
kurhan / Shutterstock.com

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PRIMEIRO DIA NA
SALA DE AULA
Você poderá realizar esta dinâmica com
o objetivo de integrar a turma, aprender e
fixar o nome dos alunos.
APRESENTAÇÃO Solicite que o grupo, em pé, forme um
grande círculo; a seguir, inicia-se o exer-
DOS cício: dê um passo à frente, diga seu nome
PROFESSORES de forma diferente; acompanhado de um
gesto com as mãos, ou com todo o corpo,
Antes da festa, reúna todos os quando, então, as pessoas do grupo repe-
alunos no anfiteatro ou no pátio, tem em coro o nome do professor e fazem
para que os professores se apre- o mesmo gesto; prosseguindo, a pessoa
sentem rapidamente, mostrando- à direita do professor diz seu nome e cria
-se solícitos e prontos para ajudar um novo gesto. O grupo repete o nome e o
as crianças em qualquer situação. gesto do colega, e assim sucessivamente,
até todos se apresentarem.

M
on
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Bu
si
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2ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

2º DIA
Geografia: Mapas – páginas 6 e 7

Orientação didática:
• Construa um quebra-cabeças com alguns mapas que já foram trabalhados com os alunos. Divida a
turma em grupos e cada um monta um mapa.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e História.

3º DIA
Geografia: Mapas – página 8 (primeira coluna)

Orientação didática:
• Leve para a sala de aula um Atlas Escolar do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), dis-
ponível no site. Escolha um mapa e peça que os alunos registrem:
- Título do mapa;
- fonte;
- legenda;
- orientação;
- escala.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

4º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

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DINÂMICA

PEGAR LUZ DO SOL


A turma é dirigida a uma área exterior onde se possa estar ao sol. É importante ser um sol não
muito quente, no início da manhã ou no final da tarde. O educador conduz um exercício de concen-
tração criando uma roda e pedindo, primeiro, que se espreguicem e, depois, inspirem e expirem cal-
mamente. Pede que relaxem os ombros, tentem não se preocupar com nada e fiquem em silêncio.
Explica que eles pegarão um pouco da luz do sol para colocar dentro de si. Solicita que coloquem
as mãos em forma de concha, juntando-as e levantando-as devagar para o céu.
Neste momento, eles falam que o Sol está enchendo a concha de luz. Não precisam olhar para o Sol.
Logo a seguir, descem lentamente a mão inspirando e expirando até tocar a mão e na testa, imaginando
que a luz derrama por todo o corpo. Continuam descendo a mão e passando pelo rosto, pescoço, tórax
e cintura. Fazem isso umas cinco vezes calmamente e de olhos abertos e outras cinco vezes de olhos
fechados. O educador diz que vai contar até três, e todos deverão falar juntos: “Obrigado(a), amigo Sol”.
Conta, e todos falam. Retornam para a sala e conversam sobre o que sentiram ao viver esse encontro
com o Sol. O educador dá foco para a capacidade de a pessoa conseguir se acalmar quando precisar.

WENDELL, Ney. Praticando a generosidade em sala de aula. Recife: Prazer de Ler, 2013.

wavebreakmedia / Shutterstock.com

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Os mapas podem ser classificados e identifi-
6
Mapas cados por tipos:

Mapas políticos: representam as fronteiras


entre países ou limites entre bairros, municípios
Mapas são representações planas do espaço ou estados.
real de forma reduzida, geralmente produzidas
em papel. Essa visão é sempre obtida a partir da Mapas demográficos: representam os dados
visão vertical. sobre a população.
Os povos antigos já produziam mapas, mas
eles não eram tão detalhados como os mapas Mapas econômicos: representam as riquezas e
atuais. as atividades relacionadas ao extrativismo e à
Hoje, com a ajuda de computadores e fotos produção de bens.
enviadas pelos satélites, os mapas são bem mais
elaborados, com muitas informações e mais Mapas temáticos: representam informações
precisão, capazes de mostrar as mais variadas de um determinado tema. Exemplo: crimina-
paisagens. lidade nas capitais, COVID-19 nos principais
municípios, etc.

Mapas físicos: representam os elementos da


natureza de um determinado local: relevo, rios,
vegetação, clima, etc.
©Andrey Armyagov/stock.adobe.com

A Cartografia é a ciência responsável pelo


estudo, pela preparação, pela interpretação e
pela organização de mapas. Essa ciência utiliza
os mapas como forma de representar e registrar
informações geográficas relativas aos fenô-
menos físicos ou sociais de todo o planeta ou
Pela Internet, podemos acessar programas de
de parte dele. Cartógrafo é o profissional que
mapeamento on-line como o Google Maps, Goo-
trabalha na elaboração de mapas.
gle Earth e o Google Street View, por exemplo.

BNCC
(EF04GE10)
Comparar tipos variados
©Fotolia RAW/stock.adobe.com

de mapas, identifican-
do suas caracterís-
ticas, elaboradores,
©yaophotograph/stock.adobe.com finalidades, diferenças e
Formando Cidadãos 6 Geografia • 4o Ano
semelhanças.

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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Leve a turma à biblioteca da escola e apresen- Memed ÖZASLAN / stock.adobe.com

te os mapas disponíveis. Mostre o mapa-múndi, o


globo terrestre e, também, o mapa do município.
Deixe que os alunos explorem os mapas sobre
as mesas da biblioteca e não apenas os visualizem
pendurados na parede.
Medie esse momento de pesquisa, procure junta-
mente com os alunos o país onde vivemos e outros
países de acordo com a curiosidade deles.

CONTINUA...
30
30

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Elementos de um mapa
7
Todos os mapas devem conter os seguintes elementos: título, símbolos, orientação espacial, legen-
da, escala, data e fonte.

O título indica a
informação que
está registrada no
mapa. A data indica quando
foi elaborado o mapa.

Unidades de Conservação

A orientação
espacial indica a
direção dos pon-
tos cardeais.

A legenda indica
o significado dos
símbolos utilizados
no mapa.

BNCC
(EF04GE10)
Comparar tipos variados
A fonte mostra de onde
A escala indica a relação entre
de mapas, identifican-
foram retirados os dados Os símbolos são ícones, em
que estamos lendo. desenhos, imagens ou cores,
o tamanho do espaço real e o
tamanho da representação do
do suas caracterís-
que aparecem no mapa para
representar informações e
espaço no mapa. ticas, elaboradores,
dados específicos.
finalidades, diferenças e
Formando Cidadãos 7 Geografia • 4o Ano
semelhanças.

FC_GEO_4F_1UND.indd 7 22/12/2021 13:20:40

Aproveite o momento para trabalhar com todas


as partes do mapa: legendas, símbolos, orientação
espacial (rosa dos ventos), escala, título e data.
Nessa atividade, os alunos estarão desenvolven-
do a competência de ler mapas, fundamental no
estudo da Geografia.
Faça perguntas a seus alunos sobre os elementos
ChaiwutNNN / Stock.adobe.com

constituintes dos mapas. Se preferir, utilize crité-


rios de eliminação. Aproveite para sanar quaisquer
dúvidas.

31

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Atividades
8
Direções cardeais e
rosa dos ventos
1. Relacione corretamente.

1. Símbolos 5. Legenda Vimos, na leitura dos mapas, um elemento


2. Data 6. Escala muito importante para a localização de um lugar
3. Título 7. Cartografia na superfície da Terra: a orientação espacial –
4. Orientação espacial 8. Mapas representada pela indicação do Norte ou pela
rosa dos ventos.
7 Ciência que utiliza mapas para seus estudos.

8 Representações planas obtidas por meio das proje-


ções de todo o espaço terreste ou de parte dele.

3 Informa o que está registrado no mapa.

5 Indica o significado dos símbolos utilizados no mapa.

Para isso, usamos a direção cardeal. São qua-


1 São ícones, em desenhos, imagens ou cores, que
aparecem no mapa. tro direções cardeais: Norte, Sul, Leste e Oeste.
Indica quando o mapa foi elaborado.
Pela direção do surgimento do Sol, podemos
2
localizar os pontos cardeais. Se você apontar sua
4 Indica a direção dos pontos cardeais. mão direita para a direção onde o Sol nasce, a
Leste, a sua mão esquerda ficará para o Oeste; à
6 Indica a relação entre o tamanho do espaço real e o frente do seu corpo será o Norte; e, nas costas, o
tamanho da representação do espaço no mapa. Sul, que é o lado oposto ao Norte.

2. Observe o mapa abaixo e siga os comandos.


À frente, ficará o Norte.
Regiões Brasileiras - Nordeste

Seu braço
esquerdo ficará
voltado para o
Oeste.
BNCC
(EF04GE10)
Seu braço direito
ficará voltado Comparar tipos variados
Fonte: IBGE – Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística
para o Leste de mapas, identifican-
(nascente do Sol).
do suas caracterís-
a. Destaque o título do mapa.
b. Circule onde foram obtidas as informações ticas, elaboradores,
para produzir o mapa. Nas costas, ficará o Sul.
finalidades, diferenças e
Formando Cidadãos 8 Geografia • 4o Ano
semelhanças.

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SUGESTÃO DE ATIVIDADE

1. Complete as lacunas a seguir de maneira que as b. É necessário produzir e entender os


afirmativas fiquem corretas. mapas.
c. Existe uma ciência que estuda a organização ,
CARTOGRAFIA – PRODUZIR – ORGANIZAÇÃO – preparação de mapas. Essa
a interpretação e a
SÍMBOLOS – ESPAÇOS – ESCALA – TÍTULO –
ciência é chamada cartografia .
PREPARAÇÃO – DATA–
ORIENTAÇÃO ESPACIAL – LEGENDA d. As partes dos mapas são: título ,
legenda , escala ,
a. Para estudarmos os espaços , é preciso símbolos orientação espacial e
,
utilizar mapas. data .

32

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FUNDAMENTAÇÃO

FAÇA UMA LISTA...


…de seus sonhos, afinal você merece curtir ao máximo sua existência. Inclua nela todas as coisas
que você já quis realizar e deixou para trás, por falta de oportunidade ou de coragem. Quantas pessoas
sonham em saltar de asa-delta, praticar mergulho em alto-mar ou fazer uma viagem idílica, mas nunca
tiveram a coragem e a determinação de realizar seu sonho? E o mais incrível é que muitas delas têm plenas
condições de realizar seu desejo, mas não realizam. Por quê?
Você precisa ter coragem de realizar seus pequenos sonhos, do contrário terá dificuldade de se lançar
em um projeto maior, que transcenda suas próprias necessidades e desejos. Para que você possa cumprir
sua missão, você tem de concretizar coisas que lhe parecem difíceis ou mesmo impossíveis. Comece por
você. Pergunte a si mesmo quais são seus desejos e sonhos e questione a razão de não o ter realizado. E
lembre-se de que sempre é tempo de fazer o que se deseja ou de fazer o que precisa ser feito.

CAVALCANTI, Anderson. In: Revista Construir Notícias. Recife. Ano 18. 101 ed. Jul/Ago., 2018.

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3ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

2º DIA
Geografia: Direções cardeais e rosa dos ventos – páginas 8 (segunda coluna) e 9

Orientação didática:
• Professor, explique que o movimento do Sol determina a localização dos pontos cardeais. Leve os alu-
nos ao pátio e peça que observem a posição do Sol em relação à escola. Sugere-se que a atividade seja
realizada logo no início da manhã ou no fim da tarde, dependendo do turno da aula.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e História.

3º DIA
Geografia: Direções cardeais e rosa dos ventos – página 10

Orientação didática:
• Peça previamente aos alunos que levem à sala materiais para a construção de uma rosa dos ventos,
tais como: cartolinas, lápis coloridos, réguas, etc. Divida a turma em grupos e instrua-os. Comente
sobre os pontos cardeais e colaterais, que devem estar presentes na atividade. Ao término, solicite-lhes
que exponham os trabalhos na sala de aula para que todos os apreciem.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

4º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

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DINÂMICA
CÍRCULOS ESPECIAIS
Para esta atividade, o educador deverá preparar do educador. No momento em que o ouvinte entrar, o
dez tecidos em forma de círculo com diâmetro de 1 falante deve agradecer àquele colega, seguindo o que a
metro e com cores diferentes. No meio de cada um palavra no círculo pede e dizendo o porquê. O educador
desses círculos, será escrita uma destas expressões: começa a atividade e vai dando o sinal para andarem
“sua beleza”, “sua alegria”, “sua coragem”, “sua sim- e, depois, entrarem em algum círculo, além de solicitar
plicidade”, “sua amizade”, “seus sentimentos bons”, sempre que eles falem bastante para o colega.
“sua inteligência”, “seu respeito”, “sua presença” e “seu Depois de passarem por alguns círculos, as du-
carinho”. Espalham-se os círculos pela sala e pede-se plas são invertidas.
que os educandos observem as palavras. Faz-se uma Segue-se novamente o exercício. Ao final, todos
pergunta em relação a cada uma delas, refletindo so- conversam sobre como foi a experiência, quais foram
bre como é possível agradecer pela beleza de alguém, as palavras difíceis ou fáceis e o que aprenderam.
pela sua alegria, pela sua coragem, etc.
Depois, divide-se a turma em duplas. Um edu- WENDELL, Ney. Praticando a gratidão em sala de aula. Recife:
cando será o falante, e outro, o ouvinte. Prazer de ler, 2015.

Explica-se que os dois andarão juntos pela sala e


somente o ouvinte entrará em algum círculo ao sinal
Dipsh
r
i P ho
tog
rap
hy
sto /
c k.a
obd
e.c
o
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35

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Atividades Direções cardeais e
8
rosa dos ventos
1. Relacione corretamente.

1. Símbolos 5. Legenda Vimos, na leitura dos mapas, um elemento


2. Data 6. Escala muito importante para a localização de um lugar
3. Título 7. Cartografia na superfície da Terra: a orientação espacial –
4. Orientação espacial 8. Mapas representada pela indicação do Norte ou pela
rosa dos ventos.
7 Ciência que utiliza mapas para seus estudos.

8 Representações planas obtidas por meio das proje-


ções de todo o espaço terreste ou de parte dele.

3 Informa o que está registrado no mapa.

5 Indica o significado dos símbolos utilizados no mapa.

Para isso, usamos a direção cardeal. São qua-


1 São ícones, em desenhos, imagens ou cores, que
aparecem no mapa. tro direções cardeais: Norte, Sul, Leste e Oeste.
Indica quando o mapa foi elaborado.
Pela direção do surgimento do Sol, podemos
2
localizar os pontos cardeais. Se você apontar sua
4 Indica a direção dos pontos cardeais. mão direita para a direção onde o Sol nasce, a
Leste, a sua mão esquerda ficará para o Oeste; à
6 Indica a relação entre o tamanho do espaço real e o frente do seu corpo será o Norte; e, nas costas, o
tamanho da representação do espaço no mapa. Sul, que é o lado oposto ao Norte.

2. Observe o mapa abaixo e siga os comandos.


À frente, ficará o Norte.
Regiões Brasileiras - Nordeste

Seu braço
esquerdo ficará
voltado para o
Oeste.

BNCC
Seu braço direito
ficará voltado (EF04GE09)
Fonte: IBGE – Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística
para o Leste Utilizar as direções
(nascente do Sol).
a. Destaque o título do mapa.
cardeais na localização
b. Circule onde foram obtidas as informações de componentes físicos e
para produzir o mapa. Nas costas, ficará o Sul.
humanos nas paisagens
Formando Cidadãos 8 Geografia • 4o Ano
rurais e urbanas

FC_GEO_4F_1UND.indd 8 06/04/2022 17:26

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

É interessante localizar, com as crianças, a dire- Distribua cópias de um diagrama (rosa dos ven-
ção dos pontos cardeais na sala de aula e em ou- tos), no qual eles irão colocar os pontos cardeais e
tros locais da escola. Assim, as crianças poderão ter colaterais para serem trabalhados no mapa.
maior noção de como se localizar espacialmente.
Realize uma montagem coletiva, em sala, de um
modelo, em larga escala, de uma rosa dos ventos
em painel coletivo. Incentive os alunos a usar ma-
teriais inusitados na confecção da arte, mas peça-
-lhes que se atenham ao modelo real de uma rosa
dos ventos.

36
36

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A rosa dos ventos Todos os locais para onde você se deslocar
9
possuirão um ponto de referência. Nas estradas,
Na rosa dos ventos, o N indica o Norte, o S existem sempre sinais indicativos, como: siga em
indica o Sul, o L indica o Leste e O indica o Oeste. frente, vire à direita. Ao pedir uma informação,
Os pontos colaterais encontram-se entre os você verá que existe um ponto de referência:
cardeais. São eles: Nordeste (NE), Sudeste (SE), perto daquela escola, em frente àquela igreja,
Sudoeste (SO) e Noroeste (NO). etc. Isso tudo acontece para que possamos nos
localizar em um determinado espaço.
N
Essas direções servem na localização de
NO NE
NNO NNE componentes físicos e humanos nas paisagens
rurais e urbanas.
ONO ENE

©ABCDstock/stock.adobe.com
O L

OSO ESE

SSO SSE SE
SO

Entre os pontos cardeais e os colaterais, exis-


tem outros pontos, chamados subcolaterais.

• O nor-nordeste (NNE), que fica entre o Norte (N)


e o Nordeste (NE). Na imagem acima, podemos observar o nas-
cer do Sol e, sabendo que ele nasce na direção
• O lés-nordeste (ENE), que fica entre o Leste (L) Leste, temos como informar a localização do rio,
e o Nordeste (NE). que se encontra na direção Norte.
• O lés-sudeste (ESE), que fica entre o Leste (L) e

©Leonardo/stock.adobe.com
o Sudeste (SE).

• O su-sudeste (SSE), que fica entre o Sul (S) e


o Sudeste (SE).

• O su-sudoeste (SSO), que fica entre o Sul (S) e


o Sudoeste (SO).

• O oés-sudoeste (OSO), que fica entre o Oeste


BNCC
(O) e o Sudoeste (SO). (EF04GE09)
• O oés-noroeste (ONO), que fica entre o Oeste Utilizar as direções
(O) e o Noroeste (NO). Nas paisagens rurais e urbanas, é comum
encontrar placas indicando a direção de locais
cardeais na localização
• O nor-noroeste (NNO), que fica entre o Norte e espaços públicos. Essas indicações se utilizam de componentes físicos e
(N) e o Noroeste (NO). das direções cardeais.
humanos nas paisagens
Formando Cidadãos 9 Geografia • 4o Ano
rurais e urbanas.

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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Confeccionar uma bússola

Materiais: água, agulha de costura, faca, ímã, Então, espete-a na cortiça e coloque-a sobre
recipiente, rolha de cortiça e tesoura com ponta uma vasilha com água.
arredondada. Oriente as crianças a mexer na cortiça e a observar
que ela sempre vai apontar para o mesmo sentido: a
Corte a rolha de forma a originar uma pequena direção norte-sul.
circunferência com 0,5 cm de espessura. Depois,
magnetize a agulha. Para isso, escolha uma das ex-
tremidades dela e passe-a cerca de 20 vezes no ímã.

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Atividades 2. Escreva V, para verdadeiro, e F, para falso.
10
F Os pontos cardeais não servem como
1. Observe a rosa dos ventos e preencha a referência.
tabela com os pontos cardeais e colaterais V Através dos pontos cardeais, é possível
correspondentes. localizar qualquer local sobre a superfície
da Terra.
1.
F Existem seis pontos cardeais.
d. a.
V Pontos cardeais significam pontos de
orientação, ou pontos de referência.
F Para saber a direção dos pontos cardeais,
4. 3. basta se deitar de costas.

3. Esta é a praça de uma cidade. Observando a


rosa dos ventos, localize o que se pede, confor-
me os pontos cardeais e colaterais.
c. b.

2.

PONTOS CARDEAIS N

O L
1. Norte
S

2. Sul

3. Leste

4. Oeste
a. O hospital está no Leste .
b. A igreja está no Norte .
PONTOS COLATERAIS Sul
c. O parque está no . BNCC
a. Nordeste d. A rodoviária está no Sudeste . (EF04GE09)
e. O circo está no Sudoeste
b. Sudeste . Utilizar as direções
f. A escola está no Noroeste
c. Sudoeste . cardeais na localização
g. O campo de futebol está no Nordeste .
d. Noroeste
de componentes físicos e
h. O shopping está no Oeste . humanos nas paisagens
Formando Cidadãos 10 Geografia • 4o Ano
rurais e urbanas.

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d.
SUGESTÃO DE ATIVIDADE a. N
S O
1. Preencha a cruzadinha com o nome dos pontos
colaterais. U R
D O
a. Ponto colateral situado entre o sul e o oeste.
b. N O R D E S T E
b. Ponto colateral situado entre o norte e o leste.
E S
c. Ponto colateral situado entre o sul e o leste.
d. Ponto colateral situado entre o norte e o oeste. S T
T E
c. S U D E S T E

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FUNDAMENTAÇÃO
DEZ DICAS PARA ESTIMULAR OS ALUNOS

Orientar os pais a não fazerem as tarefas escolares no lugar de seus filhos, no entanto devem
acompanhar, orientar, trocar ideias e estar informados sobre os deveres, a sua regularidade
e se realmente estão sendo interessantes.

A lição não deve ser vista como obrigação pelo estudante. Para isso, é preciso criar um envol-
vimento com os temas trabalhados, estabelecendo elos entre os conceitos e as ideias expostos
e a realidade dos estudantes.

Os próprios alunos sabem que as tarefas escolares ajudam a fixar e a concretizar o apren-
dizado, mas, mesmo assim, não gostam de cumpri-Ias. Então, é preciso criar atividades que
os desafiem, que os coloquem em situação de busca e pesquisa de respostas.

Utilizar a tecnologia é válido, desde que não se restrinja simplesmente ao tradicional “co-
piar e colar”, executado por alunos de todas as idades. Softwares, sites e portais são muito
úteis para pesquisas.

Associar os conteúdos à cultura em geral, como música, cinema, artes plásticas, dança,
artesanato, literatura, histórias em quadrinhos, teatro, sempre dá bons resultados.

Pedir a leitura semanal de jornais e revistas, com a seleção de artigos que possam ser trazidos
para as salas de aula e comparados ou equiparados aos temas trabalhados nas disciplinas,
também é uma ótima forma de dar aos estudantes mais argumento, força e criatividade para
a composição de respostas aos deveres escolares e até mesmo às atividades de sala de aula.

Compartilhar projetos, trabalhos e tarefas com outras matérias escolares faz muito bem
para todos.

Projetos e tarefas a serem executados em casa devem ser sempre bem explicados, para
que não restem dúvidas quanto à sua execução pelos alunos.

Trabalhos em pequenos grupos devem ocorrer com certa frequência, até mesmo para que
os alunos aprendam a cooperar uns com os outros, trocar ideias e debater.

Corrigir tarefas em sala de aula não é aconselhável. O melhor a ser feito é recolher as pro-
duções e corrigi-Ias depois.

MACHADO, João Luís Almeida. In: Revista Profissão Mestre.


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4ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

2º DIA
Geografia: Orientação espacial – páginas 11 e 12

Orientação didática:
• Antes de iniciar o conteúdo desta página, converse com os alunos sobre as diversas situações em que
necessitamos localizar seres ou objetos, ou de nos orientar para sabermos que direção tomar. É inte-
ressante que os alunos compreendam a importância do conteúdo que será abordado.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e História.

3º DIA
Geografia: Orientação espacial – páginas 13 e 14

Orientação didática:
• Defina orientação espacial por meio de exemplos do cotidiano. Dessa forma, é mais fácil a assimila-
ção do conteúdo. Solicite aos alunos que deem dicas para que os colegas consigam chegar a determi-
nados locais da sala de aula, ou encontrem certos objetos.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

4º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

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DINÂMICA
COMO EU SOU?
MATERIAIS:
Canetas coloridas; folhas de papel Kraft.

COLOCANDO EM PRÁTICA:
Fixe o papel Kraft na parede, cobrindo uma área suficiente para contornar os corpos de todos os alu-
nos. Em seguida, peça que o grupo organize-se em duplas e explique que cada um deverá utilizar uma
caneta para fazer o contorno do corpo do colega no papel. É importante aproveitar esse momento para
questionar as crianças sobre as dificuldades encontradas nesta tarefa e as formas encontradas para
solucioná-las. Assim, você trabalha com a resolução de problemas, conteúdo tão importante na área de
Matemática. Preste atenção às dificuldades que surgem e peça que as crianças expliquem o problema
enfrentado. Podem surgir questões como:

Meu colega é mais Meu colega não


alto que eu e, por- fica em uma mesma
tanto, não consigo posição por muito
alcançar sua cabeça. tempo para que eu
Como resolver esse possa contornar seu
problema? corpo. O que devo
fazer?
Cometi um erro en-
quanto contornava
o corpo do meu co-
lega. Como posso
corrigi-lo?

Depois de concluírem os contornos de seus corpos, peça às crianças que os identifiquem com seus
respectivos nomes. Para finalizar a atividade, solicite-lhes que, de um lado do boneco, façam um de-
senho retratando seus aspectos externos e, do outro, representem como acreditam que eles sejam por
dentro. A partir daí, forme uma roda para que cada um mostre seu trabalho e explique-o aos colegas.
O principal objetivo é saber quais os conhecimentos que as crianças já têm sobre o corpo humano e
propiciar discussões acerca das características psicológicas e físicas de cada um, destacando também
os aspectos hereditários e as diferenças existentes entre as pessoas.

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Orientação pelo Sol 11
Orientação espacial
Há milhares de anos, observando o céu e
acompanhando o trajeto aparente que o Sol faz
durante o dia, o ser humano chegou às primeiras
Em nosso dia a dia, há diversas situações nas noções importantes sobre como se orientar por
quais precisamos saber o local onde estamos ou meio do Sol.
em que direção devemos seguir para chegar a Como já sabemos, a Terra e os demais pla-
um determinado endereço. Para isso, precisamos netas giram ao redor do Sol. Só podemos nos
de meios de orientação, como: localizar por meio do Sol durante o dia, pois
temos a impressão de que ele nasce de manhã e
se põe à tarde. Isso ocorre devido ao movimen-
to de rotação da Terra, que faz com que o Sol
apareça sempre na mesma direção e desapareça
do outro lado. Assim, dizemos que ele aparece
a Leste, ou nascente, e desaparece a Oeste, ou
A Lua O Sol
poente. Reconhecendo a direção Leste, é possível
©Ruslan Ivantsov/stock.adobe.com ©akumak/stock.adobe.com
reconhecer os outros pontos cardeais.

O Cruzeiro do Sul
©Eder Carlos/stock.adobe.com

©Piotr Krzeslak/stock.adobe.com

A bússola
©Tryfonov/stock.adobe.com
BNCC
(EF04GE09)
Utilizar as direções
cardeais na localização
de componentes físicos e
O GPS
©Andrey Popov/stock.adobe.com ©Piotr Krzeslak/stock.adobe.com humanos nas paisagens
Formando Cidadãos 11 Geografia • 4o Ano
rurais e urbanas.

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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Rido / stock.adobe.com
Solicite aos alunos que façam uma pesquisa na
Internet, visitando o site Google, na opção Maps, e
que busquem o endereço da escola. No site, o aluno
poderá ter várias visões tridimensionais de um lugar
e, com isso, terá a noção do espaço que procura.
Sugira outros lugares, como a residência de cada
um, ou que a atividade seja feita em dupla. Solicite
que entreguem um resumo do que foi visto na busca
do site.

42
42

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Orientação pelo Cruzeiro do Sul Orientação pela bússola 12
Cruzeiro do Sul é uma constelação em for- A bússola é um instrumento que sempre apon-
ma de cruz que tem uma estrela mais brilhante, ta para o Norte magnético da Terra. Por ter essa
conhecida como Estrela de Magalhães. característica, é possível utilizá-la como instru-
Se imaginarmos uma linha dessa mento de orientação até mesmo dentro de caver-
estrela até a Terra, ela deverá ter nas e matas muito fechadas: basta posicionar o
quatro vezes e meio o tamanho norte da rosa dos ventos na direção da ponta da
da parte inferior da cruz. Assim, agulha para localizar as outras direções. A bússo-
olhando para a direção da li- la é um instrumento muito usado nas navegações
nha do horizonte, teremos: marítimas e nos transportes aéreos.

©Philip Steury/stock.adobe.com
Orientação pela Lua

Assim como o Sol, a Lua nasce a Leste, mas a


hora em que nasce e a sua visualização depen- Características de uma bússola
dem da fase em que ela se encontra.
Em noites de Lua cheia, abra os braços esten- A bússola é composta por uma caixinha circu-
dendo o braço direito para onde nasce a Lua, ou lar de material transparente chamada cápsula;
seja, a Leste. Enquanto isso, o braço esquerdo dentro dela, existe uma peça metálica chamada
aponta para o Oeste; a frente fica para o Norte; e agulha. Essa agulha é equilibrada sobre um eixo
as costas, para o Sul. que tem livre movimento. Como a agulha é iman-
tada, ou seja, magnetizada, ela sempre aponta
Orientação pela carta topográfica para o Norte magnético da Terra. BNCC
O Norte magnético é resultado do campo
A carta topográfica (ou carta militar) é se- magnético gerado no núcleo da Terra, enquanto (EF04GE09)
melhante ao mapa, mas é produzida em esca- o Norte geográfico resulta do movimento de Utilizar as direções
las maiores, o que possibilita mostrar detalhes rotação. A localização desses nortes não coinci-
de relevos, trilhas, construções, rios menores, de, variando, em geral, em um ângulo entre 20 e cardeais na localização
sendo considerada um excelente instrumento de 30 graus. Assim, a bússola nos dá uma indicação de componentes físicos e
orientação. aproximada do Norte geográfico.
humanos nas paisagens
Formando Cidadãos 12 Geografia • 4o Ano
rurais e urbanas.

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SUGESTÃO DE ATIVIDADE
ANOTAÇÕES
1. Pesquise, na escola em que você estuda, as
salas que estão: Resposta pessoal

a. na frente da sua sala:


b. no lado esquerdo da sua sala:
c. no lado direito da sua sala:
d. atrás da sua sala:

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Orientação pelo GPS Atividades
13
Com o passar dos anos, a tecnologia vem
contribuindo para melhorar o desempenho dos 1. Relacione corretamente.
instrumentos de orientação, e, hoje, computa-
dores, rádios, radares e satélites auxiliam na 1. Sol 4. Bússola
orientação, indicando a localização e a direção 2. Lua 5. GPS
a seguir. Um dos mais modernos instrumentos 3. Cruzeiro do Sul 6. Carta topográfica
atuais é o Global Positioning System (GPS) — Sis-
tema Global de Posicionamento —, um aparelho
6 Apresenta escalas maiores do que um
que consegue identificar, aproximadamente,
mapa e, por isso, maiores detalhes.
qualquer ponto na superfície terrestre por meio
da captação de sinais que são transmitidos por
satélites espalhados ao redor do planeta. 3 É uma constelação em forma de cruz.
Uma das funções mais interessantes do GPS é
a possibilidade de compartilhar informações so-
1 Só podemos utilizá-lo como forma de
bre caminhos. Os equipamentos de GPS registram
orientação durante o dia.
o caminho percorrido, e este pode ser salvo em
um computador e utilizado posteriormente por
5 É um aparelho que capta sinais transmiti-
você mesmo ou por outra pessoa. Esse registro
dos por satélites.
possibilita, também, fazer o caminho de volta,
sem risco de se perder.
4 É um instrumento que sempre aponta para
Além de servir para uso pessoal, o GPS é
o Norte magnético da Terra.
usado como ferramenta de trabalho em diversas
áreas comerciais e produtivas.
2 Só podemos utilizá-la para orientação
Hoje, podemos ter um GPS em nossos celula-
durante a noite.
res, empregando o uso de alguns dos aplicativos
existentes disponíveis.
2. Sublinhe a alternativa correta.
Você sabia?
a. Por causa do movimento de translação, o Sol
A cobertura do GPS não é total e alcança surge sempre na mesma direção e desaparece do
cerca de 93% da área do globo terrestre. Nos outro lado.
polos, ela é mais eficiente.
b. O Sol sempre gira em torno da Terra.
BNCC
c. O poente é a direção em que o Sol nasce.
(EF04GE09)
d. O Sol aparece no Leste, ou nascente, e desa- Utilizar as direções
parece no Oeste, ou poente.
cardeais na localização
e. O movimento de rotação faz a Terra girar em de componentes físicos e
torno do Sol.
humanos nas paisagens
©Mladen/stock.adobe.com

Formando Cidadãos 13 Geografia • 4o Ano


rurais e urbanas.

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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Oportunize o assunto e traga para a sala de aula Production Perig / stock.adobe.com

um smartphone com algum app de navegação. Exis-


tem vários aplicativos gratuitos para os sistemas
operacionais móveis. Quanto mais preciso o apli-
cativo escolhido, melhor. Com seus alunos, explore
a escola utilizando o aplicativo de navegação, para
demonstrar “ao vivo” como funciona um sistema de
orientação desses.

44
44

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3. Encontre os seis meios de orientação espacial 5. Observe as gravuras e escreva os meios de 14
no caça-palavras. orientação.

O Á J L U * A U S I N P O T Ó S O L
Z P O S R * É X M D * E L P A C R A
C R U Z E I R O * D O * S U L E Ç M
G A * C R Z U HD A G P S S * L U V
B Ú S S O L A É X M D J O P J L S E
T C A R T A * T O P O G R Á F I C A
A U S Í L O U A G R F I C E S S O Q
Orientação pelo Sol
R Ó E R N * N L U A * E L P T Ó S I

Orientação pela Lua

4. Leia as afirmativas e marque sim ou não.


a. Podemos utilizar, entre outras coisas, o Sol, a
bússola ou o GPS para nos orientarmos.

X Sim Não

b. O Cruzeiro do Sul é um meio de orientação.


Orientação pela bússola
X Sim Não

c. A Terra não realiza o movimento de rotação


todos os dias.
BNCC
Sim X Não (EF04GE09)
d. Só podemos nos orientar por meio do Sol
Utilizar as direções
durante o dia. cardeais na localização
Orientação pelo GPS de componentes físicos e
X Sim Não
humanos nas paisagens
Formando Cidadãos 14 Geografia • 4o Ano
rurais e urbanas.

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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Selecione algumas imagens e, a partir de pontos
definidos em cada uma, solicite aos alunos que loca-
lizem o que está a oeste, o que se encontra ao sul, etc.

Sugestão: você poderá formar grupos e solicitar


a cada um que anote as coordenadas que você esta-
beleceu. Em seguida, confira as respostas dos grupos.

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FUNDAMENTAÇÃO
FAZENDO
ASSUNTO A DIFERENÇA

“O professor medíocre descreve, o professor bom explica, o professor ótimo demonstra, e o professor
fora de série inspira.” Em qualquer atividade, um bom profissional pode se destacar por sua formação, seus
conhecimentos, sua capacidade de solucionar problemas, sua criatividade ou sua competitividade. Mas um
bom educador não é simplesmente forjado em uma grande universidade nem se destaca apenas pela capa-
cidade de liderança, facilidade de transmitir conhecimento ou orientar os alunos no mundo do saber.
Um bom educador é tudo isso, é verdade, mas, antes de tudo, é alguém capaz de fazer a diferença na
vida de uma criança. Quem de nós não se recorda desse ou daquele mestre que, de alguma forma, trans-
formou seu destino, influenciando na escolha de uma profissão, resgatando sentimentos de autoestima,
ajudando a superar as crises da idade e as inseguranças do crescimento? Quem não quis um dia ser pro-
fessor ou professora a partir de um modelo específico de um mestre, a quem se vinculou afetivamente?
Educadores estimulam o aparecimento da identidade pessoal e o relacionamento social, transformando
e preparando culturalmente novas gerações para atuar no mundo do conhecimento, sendo, por isso, agentes
decisivos de mudança em um processo infinito: o aprender. Para tal tarefa ser levada a termo, não bastam
boa vontade ou idealismo: é preciso vocação, preparo profissional e constante atualização.
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HUgo Felix / Shutterstock.com

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A formação de qualidade, aliás, é um fator básico para o desempenho de todos
os educadores, independentemente do grau em que atuam. Mas não falamos aqui
apenas de graduação universitária ou pós-graduação, mas de formação conti-
nuada, ampla, com atualizações constantes, aperfeiçoamentos e supervisões.
Desde os primórdios da cultura grega, cabe ao educador uma posição de impor-
tância vital para o amadurecimento da sociedade e a difusão da cultura.
Grandes pensadores, como Sócrates, Platão e Aristóteles, demonstravam
habilidade para discutir o que era essencial, provocar reflexões e senso crí-
tico, incentivando a ideia de que o conhecer é um processo sem fim. Hoje, o
papel do(a) educador(a) está longe de ser apenas o de transmissor de conhe-
cimentos. O que a sociedade espera do profissional vai muito além e exige a
determinação pessoal de, permanentemente, procurar aprofundar os próprios
conhecimentos em diferentes áreas e combinar a complexidade do saber com
o desenvolvimento cognitivo e emocional, a realidade social e as singularida-
des dos seus educandos. Só assim é possível que o mestre seja o referencial, o
líder, o interventor seguro, capaz de auxiliar o aluno a desenvolver condições
para que este construa o próprio conhecimento, a partir de sua forma peculiar
de ser, pensar e agir, oportunizando situações de aprendizagem em que te-
nham lugar o pensamento, a reflexão, a ação, a interação e o questionamento.
Aliás, nenhum educador pode se esquecer da importância da diversidade,
pois esse fator é inerente à humanidade: existem diferentes estilos de apren-
dizagem, interesses, motivações, ritmos e capacidades, entre outras caracte-
rísticas, e a escola é um cenário repleto de contrastes.

Por Maria Irene Maluf, pedagoga, especialista em Psicopedagogia e em Educação Especial.


Conselheira Vitalícia da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp) e editora da revista
Psicopedagogia.
Halfpoint / stock.adobe.com

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5ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Semana de revisão.

2º DIA
Semana de revisão.

3º DIA
Semana de revisão.

4º DIA
Semana de revisão.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

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DINÂMICA

JOGO DA MÍMICA
HABILIDADES TRABALHADAS NA DINÂMICA:
Conhecimentos específicos das aulas, trabalho em equipe e comunicação.

MATERIAIS NECESSÁRIOS:
Papel e caneta.

Primeiramente, divida a turma em dois grupos. Explique que, em conjunto, cada


grupo deverá escrever palavras relacionadas ao tema trabalhado na disciplina. Em
cada rodada, um aluno de um grupo receberá uma das palavras escolhidas pelo outro.
Então, ele deverá fazer uma mímica para que o seu grupo adivinhe qual é a palavra.
A depender do tempo disponível e a quantidade de alunos, pode ser interessante
determinar um tempo máximo para cada grupo desvendar a mímica.
A cada rodada, alterne os grupos, para que todos os alunos tenham a oportunidade
de participar. No final, o grupo que tiver mais acertos (e menor tempo) será o vencedor.

Disponível em: https://www.tuacarreira.com/dinamicas-para-sala-de-aula/ Acesso em: 24 jan.2022.

New Africa / stock.adobe.com

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SEMANA DE REVISÃO 3. Observe cada imagem e indique a forma utiliza-
da para determinar a direção dos pontos cardeais.

Unidade 1
• Mapas
• Direções cardeais e rosa dos ventos
• Orientação espacial

1. Leia as afirmativas e escreva, nos espaços,


Orientação pela bússola
“concordo” ou “discordo”.

a. Os mapas são importantes fontes de informa-


ção sobre os diferentes espaços.
Concordo

b. No mapa, sempre encontramos símbolos.


Concordo

c. A ciência que estuda a organização, preparação


e interpretação dos mapas é a Astrografia.
Discordo
Orientação pelo Sol Orientação pelo mapa
d. Os mapas e as plantas baixas são representa-
ções no plano da superfície da Terra.
4. Represente a rosa dos ventos, no espaço abai-
Concordo
xo, desenhando os pontos cardeais e colaterais.

2. Leia o texto abaixo e siga corretamente o que


se pede. Convide um familiar para realizar a ati-
vidade com você. Depois, comente como foi a
experiência. Resposta pessoal

“Em noite de Lua cheia, abra os braços,


estendendo o braço direito para onde “nasce”
a Lua, ou seja, o Leste. Enquanto isso, o braço
esquerdo aponta para o Oeste; a sua frente
voltada fica para o Norte; e as suas costas, para
o Sul.”

Disponível em: http://maravilhasdoplaneta turma1010. blogspot.com.


br/2012/03/orientacao -pela-lua.html Acesso em: 16 de nov. de 2015.

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FUNDAMENTAÇÃO
ANTES QUE SEJA TARDE
Há momentos em nossa trajetória docente em que vários princípios precisam ser relembrados, de modo a
fortalecer a certeza da impossibilidade de desistir e, ao mesmo tempo, reforçar a convicção do lugar impres-
cindível da prática pedagógica honesta, leal e morosa. Por isso, no livro A escola e o conhecimento (Cortez),
registrei reflexões que, agora, com a intenção de reanimar nossa razão de ser, retomo em forma de pentálogo.

Como o interior de uma relação afetiva, o saber impõe dedicação, confiança mútua e prazer
compartilhado. No lugar dessa relação, o tamanho, o arranjo e a localização espacial não
importam muito, desde que a partilha seja agradável e justa. Cada um dos envolvidos nessa
situação traz o que já tinha para trocar, só que a troca não deve levar a perdas. Por ser uma
repartição de bens, todos precisam esforçar-se para que cada um fique com tudo.

A educação é um espaço para conflitos, rejeições, antipatias, paixões, adesões, medos e


sabores. Por isso, essa relação exala humanidade e precariedade. A tensão contínua do com-
partir conduz, às vezes, a rupturas emocionadas ou a dependências movidas pelo temor da
solidão; afinal, ser humano é ser junto, o que implica um custo sensível.

A criação e a recriação do conhecimento não estão apenas em falar sobre coisas praze-
rosas, mas, principalmente, em falar prazerosamente sobre as coisas. Quando o educador
exala gosto pelo que está partilhado, ele desperta o interesse no outro. Não necessariamente
o outro vai apaixonar-se por aquilo, mas aprender o gosto é parte fundamental para passar a
gostar. É difícil imaginar que Newton, Mozart, Fernando Pessoa, Michelangelo ou Tom Jobim,
por exemplo, não tivessem no prazer uma de suas fontes de animação, sem por isso deixar
de envolver-se com atividades que exigem concentração e esforço.

Seriedade não é, e nem pode ser, sinônimo de tristeza. O ambiente alegre é propício à
aprendizagem e à criatividade, desde que não se ultrapasse a sutil fronteira entre a alegria
e a desconcentração improdutiva. A alegria vem, em grande parte, da leveza com a qual se
ensina e se aprende; vem da atenção àquelas perguntas que aparecem fora do assunto, mas
que vão capturar a pessoa para um outro passeio pelos conteúdos; vem da percepção de que
aquilo que se está estudando tem um sentido e uma aplicabilidade (mesmo que não imediatos).

A alegria, em suma, é resultante de um processo de encantamento recíproco, no qual a tran-


sação de conhecimentos e preocupações não é unilateral. A educação é, simbolicamente, um
lugar de amorosidade; mas a amorosidade não é um símbolo, é um sentir. Não pode ser anulada;
só pode ausentar-se. A sustentação da amorosidade na educação não deve ser descuidada.

Como em quase tudo que envolve a proteção da vida, é preciso recomeçar cedo, antes que seja tarde.
CORTELLA, Mario Sérgio. Pensatas pedagógicas: nós e a escola: agonias e alegrias. 2.ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014.

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6ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

2º DIA
Geografia: Lateralidade – páginas 15 e 16

Orientação didática:
• Professor, desenhe quadros no chão com giz e coloque um objeto em vários quadros. Um aluno ficará
dentro de um dos quadros e você pedirá ao restante dos alunos que estão observando que indiquem
como ele deve se mover para chegar ao objeto indicado. Exemplo: Você pede que chegue até o qua-
dro onde está a bola, e a turma dará as “dicas”: “Dê 2 passos para a direita, 1 para a frente e 4 para a
esquerda”.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e História.

3º DIA
Geografia: Lateralidade – página 17

Orientação didática:
• Trabalhe as questões do livro do aluno de forma oral, para depois solicitar que façam de maneira
escrita. Faça as correções alternando entre os alunos para responderem.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

4º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

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DINÂMICA

T O D O E N R O L A D O !

MATERIAL:
Rolos de papel higiênico.

FAIXA ETÁRIA:
Até 15 anos.

OBJETIVO:
Enrolar o máximo possível no menor tempo possível,
entretenimento.

DESENVOLVIMENTO:
Separe alguns dos participantes para ficarem imóveis no local do en-
contro afim de serem enrolados com o papel.
Coloque os participantes selecionados em círculo e a uma pequena
distância um do outro.
Os demais receberão rolos de papel higiênico e tentarão enrolar os
colegas.
A um sinal a “enrolação” começará e ao mesmo sinal, depois do tem-
po determinado ela terminará. Ganha quem conseguir enrolar mais o
companheiro de atividade.

APLICAÇÃO:
Ficar parecendo múmia não é o sonho de consumo de ninguém, mas ter
espírito esportivo e participar de brincadeiras que parecem absurdas
nos fazem rir e nos levam a fazer parte do grupo.

LARANJEIRA, Priscila R. Aguiar. ATIVIDADES RECREATIVAS PARA TODAS AS IDADES.


Curitiba: A.D. SANTOS EDITORA, 2009.

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15
Lateralidade
Helena está na frente
Quem ou o que está ao da professora. A
redor da professora? lousa está atrás da
professora.
A lateralidade está relacionada ao que existe
ao redor de algo.
Observe.

Pedro Helena Ana


Por que Helena pode Porque a posição da
Kika Paulo Marina estar na frente de Paulo professora é diferente da
e da professora ao posição de Paulo: a pro-
mesmo tempo? fessora está de costas para
o quadro, enquanto Paulo
Juan Pablo está de frente para o qua-
Bruno dro. Por isso, Helena está
na frente de ambos.

Isso acontece porque Paulo e a professora


são referenciais, ou pontos de referência, que
estão em diferentes posições.

Helena está na frente de


Referenciais, ou pontos de referência,
Paulo. Marina está do lado
direito de Paulo. Bruno está são pessoas ou objetos de um local que es-
Paulo está com o braço atrás de Paulo. Kika está do colhemos para facilitar encontrar o que está
lado esquerdo de Paulo.
levantado. Quem está ao nosso redor.
ao redor de Paulo?

Depois de escolher o referencial, ou ponto de


referência, podemos saber o que existe à esquer- BNCC
da, à direita, à frente e atrás.
Os pontos de referência podem variar de
(EF04GE09)
acordo com a área em que estamos; por exem- Utilizar as direções
plo, na área urbana, os pontos de referência mais
comuns são: shoppings, supermercados, igrejas,
cardeais na localização
clubes, praças, etc.; já na área rural, temos: rios, de componentes físicos e
sítios, chácaras, escolas, plantações, etc.
humanos nas paisagens
Formando Cidadãos 15 Geografia • 4o Ano
rurais e urbanas.

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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Explique a seus alunos que a orientação pode
ser conseguida sem nenhuma dessas técnicas estu-
dadas, utilizando apenas um referencial: uma casa,
um poste diferente, um ponto comercial, etc. Uma
boa memória e um senso de localização treinado
podem nos ajudar a encontrar nosso caminho sem
dificuldade.

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54

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Atividades 2. Quando você sai da escola, escreva o que está 16
em cada uma das posições a seguir.

1. Manuela está na Rua Monteiro Lobato. Ajude-a a. No seu lado esquerdo:


a chegar mais facilmente à biblioteca pública Resposta pessoal
completando as frases abaixo.
b. No seu lado direito:
Resposta pessoal
Rua Ziraldo
c. À sua frente:
Resposta pessoal
Rua X
d. Atrás de você:
Resposta pessoal
Rua Barbosa

3. De acordo com a sua posição na sala de aula,


responda:
Rua Z
a. Quem senta à sua direita?
Rua Machado de Assis

Resposta pessoal
Rua Monteiro Lobato

b. Quem senta atrás de você?


Rua Ruth Rocha

Rua
Olavo Bilac
Resposta pessoal

c. Quem senta à sua frente?


Resposta pessoal

d. Quem senta à sua esquerda?


Rua Monteiro Resposta pessoal
Ela terá de seguir pela
Lobato . Depois, deverá virar à
direita na Rua Barbosa .

Em seguida, ela deverá virar à direita,


BNCC
contornando a praça em direção à Rua
(EF04GE09)
Machado de Assis , e, depois,
Utilizar as direções
à esquerda , na Rua Olavo Bilac .
cardeais na localização
de componentes físicos e
humanos nas paisagens
Formando Cidadãos 16 Geografia • 4o Ano
rurais e urbanas.

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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

O espelho

Colocando em prática: Dê instruções que exijam trabalho conjunto e


Em duplas, os estudantes brincarão de espelho. maior reflexão, como esticar a mão direita ou, com
Inicialmente, eles deverão posicionar-se um ao lado a mão esquerda, pegar o pé direito do colega.
do outro e seguir os seus comandos, como levantar
a perna direita, inclinar o corpo para frente e le-
vantar o braço esquerdo. Depois, solicite-lhes que
fiquem frente a frente e atendam, novamente, aos
movimentos solicitados.

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4. Percorra o caminho indicado a partir do local de partida e descubra aonde os comandos lhe levarão. 17
1. Siga em frente e vire à direita na pri-
meira rua.
2. Vire à esquerda na próxima rua.
3. Siga por mais uma quadra e vire à
direita na próxima rua.

PARTIDA
4. No final da rua, vire à esquerda.
5. Siga até o final da rua e vire à esquerda
novamente.
6. Siga e vire à esquerda na segunda rua.
7. Siga até a próxima rua, virando à
direita.
8. Seu ponto de chegada está à direita.

Você terá chegado à: livraria .

5. Seis alunas estavam lado a lado esperando a 6. De acordo com a disposição da sua sala de
professora entregar as provas. Descubra o nome aula, preencha os espaços com as palavras do
de cada aluna, da esquerda para a direita, se- quadro.
guindo as dicas. Lembre-se: a sua esquerda não é
a esquerda das meninas.
embaixo - em cima - à esquerda
à frente - à direita - atrás

a. b. c. d. e. f. a. O birô da professora fica Resposta pessoal


do quadro.
a. Ana Rita d. Glauce

b. O armário fica Resposta pessoal das


b. Graça e. Raquel
carteiras.

c. Sandra f. Cristiane
c. O lixeiro fica Resposta pessoal da sala de
1. Graça usa saia de cor laranja. aula. BNCC
2. Sandra está entre Graça e Glauce.
3. Ana Rita está à direita de Graça. d. O quadro fica Resposta pessoal do birô da (EF04GE09)
4. Raquel não está perto de Ana Rita. professora. Utilizar as direções
5. Glauce está à esquerda de Sandra.
6. Raquel está à esquerda de Glauce. e. A porta fica Resposta pessoal das carteiras. cardeais na localização
7. Cristiane está à esquerda de Raquel e usa uma de componentes físicos e
tiara.
humanos nas paisagens
Formando Cidadãos 17 Geografia • 4o Ano
rurais e urbanas.

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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
Como brincar
Organize a turma em duplas e explique a Assim, a cada comando, quando há uma carteira
brincadeira: no caminho (ponto de referência), a trajetória ne-
Um aluno dirá os comandos para o colega que cessita ser alterada.
está sendo conduzido para chegar de um lugar pre- Peça aos alunos que usem termos, como: avance 3
definido a outro. passos para a frente, vire à esquerda e avance 8 pas-
O importante é perceber que um ponto de refe- sos, volte 2 passos para trás, vire à direita e avance
rência é sempre necessário quando um obstáculo 2 passos para a frente, dentre outros, de modo que
se coloca no caminho. se familiarizem com a linguagem e usem os termos
Por exemplo, se as crianças estão brincando de corretamente.
robô na sala de aula, indo do quadro até o fundo da Quando terminar o trajeto, o aluno que coman-
sala, as carteiras oferecem obstáculos. dou será comandado.

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FUNDAMENTAÇÃO
DEZ MANEIRAS DE MANTER A EXCELÊNCIA
Uma escola é uma empresa e, como tal, deve ter como meta a sua manutenção no mercado. Para isso,
precisa contar com uma estrutura capaz de permitir à equipe as mais diversas formas de desenvolvimento.
Todas dependem da competência de um gestor com “G”. São elas:

APOIAR DESAFIAR
Oferecer abertura para as pessoas da equipe Estabelecer metas que estimulem a
que desejem trabalhar de modo inovador e criatividade, a capacidade de liderança
diferente do usual, visando a alguma melhoria e a autoconfiança dos membros
educacional, financeira ou administrativa. da equipe.

COBRAR RESULTADOS COMPROMETER-SE


Buscar meios de adequar as ideias e o trabalho
Transformar uma meta em realidade
do dia a dia aos objetivos da escola, com res-
no prazo devido.
peito pela função exercida.

TER SENSIBILIDADE
TER LIBERDADE DE AÇÃO
Conhecer e valorizar os seres humanos que
Trabalhar de forma autogerenciada, tomar
estão por trás dos profissionais e buscar
decisões e implementar projetos.
formas assertivas de lidar com eles no
cotidiano da escola.

TER MOTIVAÇÃO
Desejar fazer o melhor pela escola, interessar- RECONHECER UM BOM TRABALHO
-se em crescer e melhorar como profissional. Essa iniciativa deve partir do gestor e ser pro-
porcional às realizações da equipe.

INVESTIR EM CAPACITAÇÃO
Um gestor comprometido com a qualidade da es-
cola deve liberar o professor de compromissos que CONFIAR
não sejam prioridade para a escola quando este Estabelecer a possibilidade do
tiver a oportunidade de participar de alguma pa- diálogo para todos
lestra ou curso de capacitação. É importante, tam- os colaboradores,
bém, ajudar os colaboradores a pagar workshops, auxiliá-los em momentos
mesas-redondas e materiais novos no mercado, decisivos e
tudo com o objetivo de melhorar o atendimento ao respeitar suas opiniões e
aluno e a eficácia da escola. formas de trabalho.

Revista Gestão Educacional. Curitiba: Humana Editorial, setembro, 2005.

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7ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

2º DIA
Geografia: Coordenadas geográficas – páginas 18 e 19

Orientação didática:
• Comente com os alunos sobre os movimentos da Terra, por meio de perguntas. Esclareça o que com-
põe o planeta Terra e a superfície terrestre.
• Elabore um cartaz sobre as coordenadas geográficas e explique o que são os movimentos da Terra.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e História.

3º DIA
Geografia: Coordenadas geográficas – páginas 20 e 21

Orientação didática:
• Leve à sala de aula duas bolas de isopor: uma representando o globo terrestre, pintada de azul e
marrom, retratando os continentes e os oceanos; e a outra, pintada de amarelo, retratando o Sol. Dessa
forma, esclareça os movimentos de translação e rotação para os alunos, mostrando as peculiaridades
de cada um.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

4º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

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DINÂMICA
REDE DA QUALIDADE
OBJETIVO:
Encerrar um encontro com sentimentos de vínculo e pertencimento.

MATERIAIS:
• Um novelo de lã ou rolo de cordão.
• Aparelho de som.
• CD de música calma (sem letra).

DESENVOLVIMENTO:
Solicite ao grupo que forme um círculo, em pé. Inicie comentando a importância das tro-
cas e do aprendizado em um encontro.
Comente que agora cada um deve passar o novelo para somente uma pessoa, verbali-
zando uma qualidade que a faz especial no grupo (ou um aspecto positivo que marcou o
encontro). Inicie segurando a ponta do novelo. Assim, sucessivamente, o grupo vai escolhen-
do e passando o novelo até formar uma rede. Cada pessoa só pode ser escolhida uma vez.
Quando terminar, a rede pode ser colocada no chão para o grupo vê-la. Ao final, parabenize
o grupo e comente sobre a importância da rede de contatos, a interdependência entre as
pessoas e a qualidade que cada um leva para si, enrolando o novelo a partir da sua ponta.

FINAMOR, Ana Lígia Nunes. Dinâmicas de grupo, histórias, mensagens, músicas, filme e muitas atividades: para
dinamizar cursos, treinamentos, grupos de encontro e reuniões. 2ª edição. Canoas: Salles, 2008.

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N 18
Coordenadas Meridiano de
Greenwich
geográficas

As coordenadas geográficas dizem respeito


ao conjunto de linhas imaginárias horizontais
O L
(paralelos) e verticais (meridianos) e foram
criadas para que qualquer ponto da superfície
terrestre possa ser localizado em um mapa.
Os paralelos são linhas imaginárias no sen-
tido Leste-Oeste. Já os meridianos são as linhas
que se estendem de um polo a outro do planeta,
no sentido Norte-Sul. Hemisfério Hemisfério
O paralelo central é chamado de Linha do Oeste S Leste
Equador, e o meridiano principal é conhecido
por Meridiano de Greenwich. Essas duas linhas Latitude e longitude
imaginárias são as responsáveis pela divisão
do planeta em hemisférios: enquanto a Linha do A latitude é a distância, medida de 0o a 90o,
Equador divide a Terra nos hemisférios Norte e entre um paralelo qualquer e a Linha do Equador,
Sul, o Meridiano de Greenwich divide a Terra nos devendo ser indicada a sua posição no Hemisfério
hemisférios Leste e Oeste. Norte ou no Hemisfério Sul. A Linha do Equador, por
convenção, foi adotada como o paralelo que mede
Polo Norte 0°, por ter o maior comprimento, e é a partir dela
que a latitude deve começar a ser medida. As lati-
N Hemisfério tudes são acompanhadas por N ou S, para indicar
Linha do Norte Norte e Sul respectivamente. Exemplo: 10ºN; 10ºS.
Equador Com exceção de 0º, pois não possui latitude.
N N
N
N
N
N
N

O L N

N
Linha do Equador
BNCC
S (EF04GE09)
S Utilizar as direções
Hemisfério S
Sul S cardeais na localização
S
Polo Sul S
S
de componentes físicos e
S
S
S humanos nas paisagens
Formando Cidadãos 18 Geografia • 4o Ano
rurais e urbanas.

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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Desenhe, com giz, quadrados no chão e coloque


um objeto em vários deles. Um aluno ficará dentro
de um dos quadrados. Peça às demais crianças, que
estão observando, que indiquem como ele deve se
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mover para chegar ao objeto que elas indicarem.

Exemplo: Peça que chegue até o quadrado onde


está a boneca e seus colegas lhe darão as “dicas”:
“Dê 2 passos para a direita, 1 para a frente e 4 para
a esquerda”.

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A longitude é a distância, medida de 0o a 180o, planeta, foram estabelecidas as chamadas zonas
19
entre um meridiano qualquer e o Meridiano de climáticas, que são delimitadas por cinco para-
Greenwich, devendo ser indicada a sua posição lelos principais: Círculo Polar Ártico, Trópico de
no Hemisfério Oriental (Leste) ou no Hemisfério Câncer, Linha do Equador, Trópico de Capricór-
Ocidental (Oeste). O Meridiano de Greenwich, nio e Círculo Polar Antártico. As zonas climá-
por convenção, foi adotado como o meridiano ticas correspondem às áreas que estão entre
que mede 0°, ou seja, é o meridiano a partir do esses paralelos por apresentarem características
qual a longitude deve começar a ser medida. As climáticas semelhantes.
longitudes são acompanhadas por L ou O, para
indicar Leste e Oeste respectivamente. Exemplo:
100ºL; 100ºO. Com exceção de 0º e 180º, pois não
possuem longitude.

O L
O L
O L
O L
O
Meridiano de Greenwich

L
O L
O L
L
As zonas climáticas são:
O
O L • Zona Polar Norte: entre o Polo Norte e o
O L Círculo Polar Ártico.
O L • Zona Temperada Norte: entre o Círculo Polar
O L Ártico e o Trópico de Câncer.
O L • Zona Tropical: entre o Trópico de Câncer e o
O L Trópico de Capricórnio.
O L
O L • Zona Temperada Sul: entre o Trópico de
O L
Capricórnio e o Círculo Polar Antártico.
As coordenadas geográficas são utilizadas • Zona Polar Sul: entre o Círculo Polar Antárti-
no transporte (aéreo, marítimo e terrestre); em co e o Polo Sul.
levantamentos geodésicos e topográficos; no
monitoramento de veículos de carga, de passeio, As zonas glaciais, ou polares, possuem altas
etc.; e nos mapeamentos em geral; além de de- latitudes e são bastante frias, apresentando tem-
terminar as zonas climáticas e os fusos horários. peraturas muito baixas ao longo de todo o ano,
porque recebem pouca incidência de raios solares.
As zonas climáticas As zonas temperadas possuem latitudes médias BNCC
e apresentam as estações do ano bem definidas,
(EF04GE09)
O Sol não aquece igualmente a superfície porque têm uma incidência mais regular de raios
terrestre, e, por essa razão, há, por exemplo, solares ao longo de todo o ano. A zona tropical Utilizar as direções
formação de gelo nos polos e bastante calor em tórrida, ou intertropical, possui baixas latitudes
cardeais na localização
seu centro, por onde passa a Linha do Equador. e é a que recebe maior incidência de raios solares,
Para compreender mais facilmente a incidência o que a leva a ter o clima com temperaturas mais de componentes físicos e
dos raios solares em diferentes locais do nosso quentes ao longo de todo o ano.
humanos nas paisagens
Formando Cidadãos 19 Geografia • 4o Ano
rurais e urbanas.

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SUGESTÃO DE ATIVIDADE
ANOTAÇÕES
1. Marque x na afirmativa verdadeira.

X As coordenadas geográficas são linhas ima-


ginárias que circulam o globo terrestre no sentido
vertical e horizontal.

Existem três paralelos e dois meridianos.

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Você sabia? 20
No Brasil, a Linha do Equador atravessa os estados do Pará, de Roraima, do Amazonas e do Ama-
pá. Macapá, por sua vez, é a única capital brasileira “cortada” por essa linha. A estrela acima da faixa
Ordem e Progresso de nossa bandeira representa o estado do Pará, que, no ano de 1889, correspon-
dia ao maior território brasileiro acima da Linha do Equador.
O Brasil também é atravessado pelo Trópico de Capricórnio, nos estados de São Paulo, do Mato
Grosso do Sul e do Paraná.

Os fusos horários
O Meridiano de Greenwich é referência para os fusos horários, ou as zonas horárias. Os fusos horá-
rios indicam a hora de cada lugar. São 24 faixas traçadas a cada 15° ao longo de todo o globo terrestre,
dentro das quais a hora é a mesma para os locais nelas inseridos. Assim, tomando como base a hora do
Meridiano de Greenwich, adicionamos uma hora a cada fuso que fica à direita dele. E, a cada fuso que
fica à esquerda, diminuímos uma hora.

Brasil: fusos horários

O L

BNCC
(EF04GE09)
Utilizar as direções
Fonte: IBGE
cardeais na localização
de componentes físicos e
Formando Cidadãos 20 Geografia • 4o Ano
humanos nas paisagens
rurais e urbanas.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Divida a turma em pequenos grupos e solicite-
-lhes que construam um globo terrestre, traçando
as coordenadas geográficas, as zonas climáticas e
a distinção de cada hemisfério. Observe a dedicação
de cada grupo e a participação dos integrantes.

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Atividades 3. Dado o desenho, escreva o nome dos paralelos
21
da Terra e pinte as regiões indicadas de acordo
com a legenda.
1. Marque a resposta correta para cada pergunta.
Zona polar
a. Qual é a importância das linhas imaginárias
Zona temperada
que dividem a Terra?
Zona tropical, ou tórrida
Servem para identificar onde existe
petróleo. 1. Círculo Polar Ártico
X Servem para saber onde se localiza qual-
quer ponto na superfície terrestre.
2. Trópico de Câncer

Servem para saber onde fica o Sol. 3. Linha do Equador

b. Em quais hemisférios o Meridiano de Green- 4. Trópico de Capricórnio


wich divide a Terra?
5. Círculo Polar Antártico
Norte e Sul.

Leste e Sul. 1

X Ocidental (Oeste) e Oriental (Leste). 2

2. Relacione corretamente. 3

1. Linha do Equador 4
2. Círculos polares
3. Trópicos 5
4. Hemisférios
4. Um grupo de turistas estão apreciando o lito-
4 São formados a partir da divisão feita ral de Fortaleza. Tendo como referência a Linha
pela Linha do Equador e pelo Meridiano de do Equador, em qual hemisfério eles estão?
Greenwich.
BNCC
3 Os dois principais são o de Câncer e o de
Capricórnio. (EF04GE09)
1 Linha imaginária que divide a Terra horizon- Utilizar as direções
talmente em dois hemisférios: Norte e Sul. cardeais na localização
2 Linhas que determinam as regiões dos po- de componentes físicos e
los Norte e Sul. Eles estão no Hemisfério Sul.
humanos nas paisagens
Formando Cidadãos 21 Geografia • 4o Ano
rurais e urbanas.

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SUGESTÃO DE ATIVIDADE O Templo Asakusa Sensoji, no Japão, é o tem-


plo mais antigo de Tóquio.
1. Observe a imagem abaixo e responda à
questão. a. Tendo como referência o Meridiano de Greenwich,
em que hemisfério esse templo se encontra?
martinhosmat083 / stock.adobe.com

No Hemisfério Leste.

63

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FUNDAMENTAÇÃO

A FAMÍLIA E A ESCOLA

Durante muito tempo, aprendemos que a escola era a nossa segunda casa, segunda família, não porque
nela pudéssemos fazer qualquer coisa, ter total liberdade e tivéssemos todas as nossas vontades satis-
feitas, não, não era por isso.
Era a nossa segunda casa exatamente porque tinha autoridade para nos impor limites, estabelecer
normas e nos ensinar a segui-las, aprendendo, assim, a simples lição de convivência responsável. Apren-
díamos a ter e honrar compromissos.
Éramos obrigados – obrigados, sim, e ninguém ficava traumatizado por isso – a estudar e a prestar
contas dos nossos estudos.
Nossas famílias apoiavam totalmente a escola e desejavam que aprendêssemos e não só passássemos
de ano.
E ainda assim e talvez por isso mesmo, amávamos a escola. As suas cobranças e as das nossas famílias
faziam com que nos sentíssemos importantes, valorizados, queridos.
O mundo mudou e é ótimo que tenha mudado, desde que, mudando, saibamos aonde pretendemos chegar.
As relações da família com a escola já não são as mesmas. Poucas são de apoio, a maioria é de cobrança.
Talvez por não conseguirem cumprir o seu papel como gostariam, muitas famílias passaram a ter
uma relação com a escola mais baseada no Código de Defesa do Consumidor, nos Conselhos Tutelares e
Juizados do que propriamente na confiança, no apoio, na credibilidade e na parceria.
Muitas famílias já não escolhem a escola do seu filho por uma identificação de princípios ou de filo-
sofia, mas sim pelo tamanho do seu bolso, pela comodidade geográfica, etc.
Escola e família precisam deixar de colocar uma na outra a responsabilidade do fracasso, que
é de todos, e caminhar juntas, lado a lado, refletindo sobre as mudanças de comportamento
social e o que precisa e pode ser feito.
Os conflitos familiares são cada vez maiores, sabemos.
Talvez pela falta de um sonho ou de como realizá-lo, talvez pela sedução das drogas ou
pela ausência de espiritualidade nas relações, ainda que proliferem as religiões.
O momento certo para a mudança é este, exatamente este, quando começamos a ter
consciência das nossas dificuldades.
Cabe à escola criar novas estratégias – afinal, a mudança começa pelo conhecimento –
para o fortalecimento dessas relações e persistência para o cumprimento da sua missão.
Cabe à família não se fazer de surda, e ambas, com a humildade de quem recomeça a
andar ou aprender um novo caminho, saibam ser o eco uma da outra.

64

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Que falem mais de amor e se respeitem mais, que se ouçam e caminhem para o que mais desejam: a
formação de um cidadão ético, responsável, que valorize o saber, o respeito e o amor a Deus.
Precisamos de mais atitudes espiritualizadas em nossas casas, em nosso trabalho, na rua, com o amigo,
com o estranho. Precisamos pensar menos em tantos direitos criados pelos homens e fortalecer o direito
que nos é dado por Deus:
O direito de ser feliz.

FREIRE, José Carlos Serrano. Seja o professor que você gostaria de ter. 4ª ed. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2012.

Monkey Business / stock.adobe.com

65

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8ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL 25

1º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

2º DIA
Geografia: Continentes e oceanos – páginas 22 e 23

Orientação didática:
• Oportunize o quadro “Você sabia?” e fale sobre algumas das expedições científicas que acontecem nos
polos de nosso planeta. Ilustre sobre as condições de vida nesse contexto climático e as ferramentas
necessárias para manter-se sadio neste meio ambiente hostil.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e História.

3º DIA
Geografia: Continentes e oceanos – página 24

Orientação didática:
• Apresente várias imagens sobre a Terra e explique aos alunos que a configuração da forma da Terra é
denominada de geoide e que, no planisfério, podemos encontrar evidenciados, por exemplo, os aspec-
tos físicos da Terra.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

4º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

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DINÂMICA
TODOS JUNTOS

MATERIAL: dobrar as pernas, ficar de pé, ficar em posição de


Um grande cobertor. lótus, agachados ou em outra posição adequada
a fornecer espaço para todos. Termine a atividade
FAIXA ETÁRIA: pedindo a todos que cantem um cântico que fale
9 até 12 anos. da importância da união.
OBJETIVO:
Incentivar a proximidade entre os APLICAÇÃO:
participantes. Quem são seus amigos? O que você tem
compartilhado com eles? Qual a importância
DESENVOLVIMENTO: de cada um deles para você? O quanto você é
Coloque o cobertor sobre o chão, o mais esticado importante para eles?
possível. Peça aos participantes que se assentem so-
LARANJEIRA, Priscila R. Aguiar. Atividades recreativas
bre o cobertor, mas é importante que todos consigam
para todas as idades. Curitiba: A. D. Editora, 2009.
assentar-se juntos, mesmo que para isso seja preciso

67

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Continentes e Há 200 milhões de anos 22
oceanos
Laurásia
Analisando qualquer representação gráfica do
planeta Terra, é possível observar que sua es- Gondwana
trutura é formada por terras emersas e imersas.
Essa divisão estrutural constitui os chamados
blocos, ou massas continentais, e os oceanos,
respectivamente.
Ao analisar a disposição dos blocos continen- Formaram-se dois grandes blocos continen-
tais da Terra, o cientista alemão Alfred Wegener tais: Laurásia e Gondwana.
observou que os contornos da América do Sul e
da África pareciam se encaixar. Após isso, e com
mais pesquisas, ele chegou à conclusão de que Há 135 milhões de anos
os continentes se deslocaram ao longo do tem-
po, adquirindo a configuração atual.
Sua teoria, criada em 1912, é uma das mais
aceitas atualmente para explicar a movimenta-
ção dos blocos continentais e ficou conhecida
como Teoria da Deriva Continental.

Teoria da Deriva Continental


Observe, nos mapas abaixo, como ocorreu a
movimentação das terras continentais segundo a A fragmentação se ampliou nos dois blocos, e
Teoria da Deriva Continental. alguns oceanos foram formados.

Há 225 milhões de anos Há 65 milhões de anos BNCC


(EF04GE11)
Identificar as caracterís-
Pangeia ticas das paisagens natu-
rais e antrópicas (relevo,
cobertura vegetal, rios,
etc.) no ambiente em que
Nesse período, as terras continentais formavam
um único bloco, ao qual foi dado o nome de vive, bem como a ação
Nesse período, os blocos da Terra já estavam
Pangeia. mais parecidos com os que temos atualmente. humana na conservação
ou degradação dessas
Formando Cidadãos 22 Geografia • 4o Ano
áreas.

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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

• Lembre seus alunos que essas mudanças estão • Apresente para as crianças uma visão ampla
acontecendo neste exato momento. Esse processo ain- que envolve inúmeros problemas que o mundo atual
da é o mesmo que ocorreu há mais de 135 milhões de vem enfrentando com relação à falta de água, para
anos, ou seja, a Terra não “mudou uma vez” e, depois, que possam ampliar a consciência sobre as ques-
“mudou de novo”. Ela está mudando continuamente. tões relativas à água no meio ambiente, e assumir,
de forma independente e autônoma, atitudes e va-
lores voltados à sua proteção e conservação.

68
68

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Hoje Você sabia? 23

©willtu/stock.adobe.com
Embora constitua
um continente, a An-
tártida não é dividida
em países e não tem
população fixa. Ela é
habitada, em geral, por
Esta é a configuração atual dos continentes. cientistas que se insta-
A Terra é constituída por seis continentes: lam temporariamente
África, Ásia, América, Europa, Antártida e nas bases de pesquisa.
Oceania.
Imagens: Ilustrações baseadas no Atlas Geográfico Escolar IBGE.
Fonte: Atlas Geográfico Escolar. 5 ed. Rio de janeiro: IBGE, 2009, p. 12.

Distribuição dos oceanos na superfície terrestre

Aproximadamente dois terços da superfície terrestre são cobertos por água, por isso a Terra é
chamada de planeta azul. Embora haja apenas um oceano global, a grande massa de água é dividida
geograficamente em regiões distintas. Historicamente, há cinco oceanos reconhecidos:

Pacífico Atlântico Índico Glacial Ártico Glacial Antártico

BNCC
(EF04GE11)
Identificar as caracterís-
ticas das paisagens natu-
N
rais e antrópicas (relevo,
O L
cobertura vegetal, rios,
S
etc.) no ambiente em que
O Oceano Pacífico é o maior e mais profundo do planeta. De toda a água existente na Terra, a maior vive, bem como a ação
parte é salgada e está localizada nos mares e oceanos. A menor parte, que corresponde à água doce, humana na conservação
está concentrada nos polos (geleiras e icebergs), nos depósitos subterrâneos, nos lagos e nos rios.
ou degradação dessas
Formando Cidadãos 23 Geografia • 4o Ano
áreas.

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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Oportunize o quadro “Você sabia?” e apresente
algumas curiosidades sobre os continentes do nosso
planeta. Explique-lhes que a divisão dos continentes
foi instituída pelo homem e indique os motivos pelos
quais isso ocorreu.

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Atividades 2. Troque os símbolos pelas letras e descubra o
24
nome do criador da Teoria da Deriva Continental.

1. Procure, no caça-palavras, o nome dos seis


continentes que constituem a Terra. L W R D E A F C G N

Á C F H V E O R Á S I A G J O
F C E L M A D W L A U R I S C
R E L A M É R I C A U N A R H Alfred Wegener
I E U R O P A T C L E P A S N
C W Q F G H J K R X P A C E L
A N R T L F O N L X Z A T L F 3. O que levou o cientista à conclusão de que as
C O S E D N F A V U Y R I S C terras continentais formavam antes um único
E F Y A N T Á R T I D A E X I bloco?
A W Q T L F O N L X Z A Q L F
C V C R A N I Q V S Y R I A C Porque os contornos da América do Sul e da
I O C E A N I A K X D Ç E A P
África pareciam se encaixar.

4. Relacione corretamente.
Continentes Oceanos
1. Ásia 4. Oceania 7. Oceano Glacial Ártico 10. Oceano Índico
2. Europa 5. América 8. Oceano Atlântico 11. Oceano Glacial Antártico
3. África 6. Antártida 9. Oceano Pacífico

BNCC
2
5
(EF04GE11)
1
8 3
9 Identificar as caracterís-
ticas das paisagens natu-
9
5 rais e antrópicas (relevo,
10
4 cobertura vegetal, rios,
etc.) no ambiente em que
11 vive, bem como a ação
6 humana na conservação
ou degradação dessas
Formando Cidadãos 24 Geografia • 4o Ano
áreas.

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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Estimule o interesse dos alunos sobre o conteúdo
que será exposto por meio de notícias atuais sobre
os continentes e oceanos. Você pode utilizar maque-
te ou outro recurso que atraia a atenção dos alunos,
para só então partir para o conteúdo sistemático.

70
70

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FUNDAMENTAÇÃO

ENSINAMENTOS PARA A VIDA

“Há um menino, há um moleque morando sempre no meu coração. [...] ele


fala de coisas bonitas que eu acredito que não deixarão de existir; amizade,
palavra, respeito, caráter, bondade, alegria e amor.”
Milton Nascimento

Começa o ano letivo, e o professor trava uma ciando os problemas do mundo, que se começa a
verdadeira guerra com imensos conteúdos e uma escolher caminhos, tomar decisões e pensar em solu-
carga enorme de exercícios a serem seguidos. ções para melhorar a vida. Tudo isso é conteúdo que
Instalam-se uma corrida contra o tempo e a an- preenche existências de sensibilidade, compaixão e
siedade de não ser vencido por ele. Em meio a discernimento. Tudo isso ensina a viver de forma mais
todo esse programa, que será exigido em con- harmoniosa e solidária, compreendendo que divisões
cursos, é necessário que haja um espaço para precisam ser feitas e que a união é força que edifica
transmitir valores e ensinar aquilo que realmente uma sociedade evolutiva, igualitária e fraterna.
forma um cidadão de bem.
Os ensinamentos para a vida não estão des-
vinculados dos conteúdos programáticos, mas,
por meio deles, pode ser construída uma ponte

Kateryna / stock.adobe.com
que abrirá caminhos para reflexões, como tam-
bém para a prática dessas discussões realizadas
em sala de aula. Um texto, uma música e até
mesmo uma produção textual podem servir de
instrumento para que o professor trabalhe o va-
lor da família, das amizades verdadeiras, do res-
peito ao próximo e de muitas outras coisas que
contribuem para que novas consciências sejam
formadas, ou melhor, uma visão mais humana
do que realmente importa nesta vida.
É importante que as situações reais do cotidiano
sejam apresentadas em sala de aula. Dramatizá-las
ou até mesmo debatê-las trarão aprendizados sig-
nificativos e responsáveis pela formação do cida-
dão de bem, consciente de que suas atitudes podem
influenciar outras pessoas e de que seus princípios
nortearão as suas escolhas. É na sala de aula, viven-

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Ensinar para a vida é formar bons hábitos, mostrando a im-
portância de valorizar o que se usa e de quem se precisa. A es-
cola deve ser apresentada aos alunos como o segundo lar deles
e, portanto, um local que, por eles, necessita ser preservado e
cuidado. Inserir os jovens em projetos educativos é uma iniciativa
favorável ao crescimento pessoal e à formação de uma cons-
ciência crítica. É por meio desses projetos que os alunos perce-
berão melhor o mundo ao seu redor e como podem atuar para
transformá-lo em um lugar mais feliz de se viver, com justiça,
saúde, educação e mais igualdade social. Tudo isso não deve ser
considerado um sonho ou uma utopia, mas um trabalho rotineiro
de todos os responsáveis pela educação das novas gerações,
pois são elas que levarão adiante essa realidade que necessita
urgentemente ser construída. Deus também precisa fazer parte
desses ensinamentos valorativos.

Ermolaeva Olga 84 / Shutterstock.com

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Falar sobre Deus não representa assumir princí- Quando o professor ensina para a vida, tem a
pios de uma determinada religião, e nem se deve ter oportunidade de tocar no coração dos alunos e
essa postura, pois todas as religiões necessitam ser fazê-los pensar nas suas atitudes e comportamen-
respeitadas. Falar sobre Deus significa pregar atitu- tos. Nem todos os jovens estarão atentos a essas
des de amor, humildade, generosidade e tolerância reflexões, mas alguns deles, no mais íntimo do ser,
no dia a dia escolar e familiar. Há tanta agressividade sentirão vontade de olhar com mais carinho para a
no cotidiano da escola; há tanta incompreensão en- vida, de cumprimentar o professor e respeitá-lo no
tre os estudantes; enfim, há escassez de tolerância. momento de sua aula, de ser mais amigo de seus
Ninguém mais suporta ouvir nada que lhe desagrade, colegas de turma. Enfim, quando um professor con-
poucos são os que aceitam o seu próximo como ele segue tocar no coração de um aluno, opera uma
é, sem descartá-lo, quando algo presente na manei- verdadeira mudança que será sentida dia após dia,
ra de ser dessa pessoa incomoda. Esse não é apenas seja no rendimento escolar, na convivência com a
o retrato da convivência na escola, mas o modelo família, no afeto que passa a nutrir por aquele pro-
de sociedade em que se espelham os jovens, pois é fessor que sabe chegar perto e conversar sem usar
nela que vivem. Eles precisam de Deus no coração de grosserias ou nos próprios valores, que começam
para que as suas ações sejam mais carregadas de a abrir novos horizontes e novas perspectivas de um
sensibilidade e altruísmo. Muitas vezes, a violência futuro mais promissor.
é resultado da falta de esperança e de paz interior,
do afeto nunca sentido e da fé inexistente. Quando ANDRADE, Fabiana. A pedagogia do afeto na sala de aula.
sentirem essa presença divina em sua vida, os jo- Recife: Prazer de Ler, 2014.
vens saberão olhar com mais humanidade para as
situações diárias porque haverá em que acreditar,
e essa força maior será como o chão que segura,
a mão que conduz e a luz que faz nascer sempre
um novo dia cheio de oportunidades e razões para
continuar seguindo em frente, mesmo com tantas
dificuldades.

“Quando o professor en-


sina para a vida, tem a opor-
tunidade de tocar no cora-
ção dos alunos e fazê-los
Fotos 593/ stock.adobe.com

pensar nas suas atitudes e


comportamentos.”

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9ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL 28

1º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

2º DIA
Geografia: Abalos sísmicos – páginas 25 e 26

Orientação didática:
• Confeccione, junto com as crianças, a maquete de um tsunami. Para isto, use a criatividade na escolha
de materiais, como isopor, caixa acrílica, papelão, gelatina azul, papel-cartão, cola branca, etc. Não se
esqueça de inserir elementos da paisagem construída, mostrando, de forma clara, o poder de alcance
dos cataclismos.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e História.

3º DIA
Geografia: Abalos sísmicos – página 27

Orientação didática:
• Solicite aos alunos que pesquisem, com ajuda, abalos sísmicos acontecidos na última década. Eles
devem listar e apresentar aos colegas em sala de aula.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

4º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

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DINÂMICA

VESTES DO BEM-VIVER
OBJETIVO:
Promover a convivência interpessoal amorosa.

MATERIAIS:
Uma folha de jornal para cada participante, canetinhas coloridas.

DESCRIÇÃO DA DINÂMICA:
Comente com o grupo que, no nosso dia a dia, nós nos “vestimos” com sentimentos, atitudes e virtu-
des que influenciam o diálogo e o relacionamento com outras pessoas. Essas “vestimentas” nos acom-
panham no relacionamento entre amigos e amigas, mas também quando dialogamos com pessoas de
outras comunidades, outras igrejas e outras religiões.
Pergunte-lhes: “Se fôssemos escolher hoje uma vestimenta para nos auxiliar em um diálogo aberto e
fraterno, que sentimentos, atitudes ou virtudes gostaríamos de vestir?”.
Após isso, cada pessoa pega uma folha de jornal, rasga no centro um círculo por onde possa passar
a cabeça, escreve uma ou duas palavras (sentimentos, atitudes ou virtudes) e veste-se com a “roupa”
confeccionada. Depois de vestidas, pode-se fazer uma partilha em duplas e, depois, em plenária.

Canção:
Vestes do bem-viver
O amor de Deus é uma chama que sempre traz coisas
boas.
Não queima o fogo, só chama a amar também as
pessoas.
É um vestir-se bonito com roupa limpa e cheirosa.
Esquentar o frio com um sorriso. Fazer a vida gostosa.
Vestir-se com um sentimento que encha a luz da cidade,
mostrando a cada momento a cor feliz da bondade.

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25
Abalos sísmicos

Placas tectônicas: onde os continentes colidem

O L

Mapa das placas tectônicas

Os abalos sísmicos são uma consequência do deslocamento das placas tectônicas e falhas das
camadas da Terra que criam uma vibração ao se chocarem umas contra as outras, movimentando a
Crosta Terrestre, causando rachaduras na superfície do nosso planeta. Podem ser terremotos ou mare- Nota:
motos, dependendo da área de ocorrência.
Esse abalo não é um episódio incomum, pois ocorre quase todos os dias, mas só ganha destaque, na
A BNCC não define o
mídia, quando produz alguma catástrofe ou quando atinge áreas habitadas por seres humanos. estudo do conteúdo
A maioria dos abalos sísmicos ocorre no fundo dos oceanos ou em frequências muito baixas.
A ocorrência de um terremoto é sempre antecipada por um forte ruído crescente, mas é praticamen-
Abalos Sísmicos como
te impossível a sua previsão, e, com isso, não é possível avisar as pessoas sobre o que irá acontecer. Ele competência a ser de-
pode acontecer com movimentos da terra para cima e para baixo ou para frente e para trás. Geralmen-
te, dura de poucos segundos a não mais do que três minutos, mas é suficiente para deixar uma ou mais
senvolvida na disciplina
cidades em ruínas. de Geografia do 40 ano
– Ensino Fundamental,
porém consideramos ser
David Rydevik/wikimedia.org

Quando o abalo sísmico acontece no mar, nós chamamos


de maremoto.
este conteúdo de gran-
O maremoto forma grandes ondas, que compõem um fenô- de importância para a
meno conhecido como tsunami. Onda formada na Tailândia pelo tsunami
do Oceano Índico, em 2004.
formação estudantil, por
isso, as páginas a seguir
Formando Cidadãos 25 Geografia • 4o Ano
abordam este objeto de
conhecimento.
FC_GEO_4F_1UND.indd 25 22/12/2021 13:21:03

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Solicite aos alunos que pesquisem sobre os prin-


cipais terremotos que ocorrem no mundo e peça-
-lhes que levem para a sala de aula os resultados
om

encontrados, de modo que possam comparar com


.c
tock
tters

os resultados dos colegas. Depois, monte um cartaz


Shu

com os cinco mais citados pelas crianças e deixe-o


o/
nerir

exposto em sala de aula.


moli
Lius

76
76

FC_ME_GEO_4F_U1.indd 76 31/05/22 07:36


26

©Thomas Dutour/stock.adobe.com

©nakimori/stock.adobe.com
Observe, no mapa, as áreas de vulcões e ter-
remotos do planeta Terra.

Terremoto Avalanche

©Fotos 593/stock.adobe.com
N

O L

No estudo dos fenômenos geográficos, é im-


portante sabermos que eles recebem a influência
Vulcão em erupção
de outros elementos naturais, como: Sol (luz e
calor), clima, vento, chuva e vegetação. Esses

©Wojciech Wrzesien/stock.adobe.com
elementos são fatores importantes tanto na
formação dos fenômenos quanto nas transfor-
mações que aconteceram ao longo da história.
As inundações e as transformações geológi-
cas bruscas são chamadas de cataclismos.
Podemos citar como cataclismo natural a
Maremoto
erupção de um vulcão, maremotos, terremotos,
furacões, tornados e avalanches, que podem
causar desastres em grandes proporções. Do mar para a costa, o poder devastador de
Atualmente, muitos já podem ser previstos, e um tsunami.
a população, avisada, como furacões, tempesta-
des e tornados.
Observe alguns deles.
©Mike Mareen/stock.adobe.com

O abalo do fundo do mar desloca ondas de 0,5 metro de


altura.

As ondas se enfileiram antes de atingir a praia.

As depressões ao fundo diminuem a velocidade, mas


Furacão aumentam a altura das ondas.

Formando Cidadãos 26 Geografia • 4o Ano

FC_GEO_4F_1UND.indd 26 22/12/2021 13:21:05

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Monte, com as crianças, um painel com os prin-


cipais cataclismos ocorridos no planeta nos últi-
mos dez anos, estabelecendo uma relação espaço-
-temporal entre eventos. Assim, o aluno perceberá
a escala de tempo geológico e as transformações
dela decorrentes.
Pixel shot / Shutterstock.com

77

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Atividades 5. Pesquise e descubra: O que é, o que é?
27
Sou lançada na erupção vulcânica.
1. Escreva o nome dos elementos naturais que Lava
influenciam os acidentes geográficos.
Massa de origem mineral ou orgânica que se
Sol, clima, vegetação, vento, chuva. encontra em grande profundidade na superfície
do planeta.
2. Desenhe e pinte um vulcão em erupção e suas Magma
características.
Região quente e pastosa do interior da Terra.
Manto

6. O que é maremoto?
Resposta pessoal
É quando acontece o deslocamento das placas

tectônicas da Terra no mar.

3. Realize uma busca, na Internet, em revistas


e jornais antigos, e, depois, cite um exemplo de
tsunami que tenha ocorrido no continente asiáti-
co causando grande devastação. 7. Desembaralhe as letras e encontre a resposta
para cada proposição abaixo.
Resposta pessoal
a. Evento geológico associado ao choque de
duas placas tectônicas.

4. Complete o esquema abaixo escrevendo o RRMOEETTO


nome dos cataclismos naturais.

Terremoto
Vulcão em erupção

b. Placa tectônica onde está localizado o territó-


rio brasileiro.
Furacão Maremoto
Cataclismo
LUS-MERAICAAN

Terremoto Avalanche
Sul-americana

Formando Cidadãos 27 Geografia • 4o Ano

FC_GEO_4F_1UND.indd 27 22/12/2021 13:21:05

SUGESTÃO DE ATIVIDADE
3. Pesquise e responda como é possível prever a
1. Pesquise e responda: em quais regiões da Terra é ocorrência de um tsunami.
mais provável a ocorrência de terremotos e por quê? Resposta pessoal
Resposta pessoal

2. Na sua opinião, quais são as principais conse-


quências de um terremoto?
Resposta pessoal

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FUNDAMENTAÇÃO
POR QUE AS PESSOAS FICAM MAIS FELIZES QUANDO ESTÃO APRENDENDO?
A aprendizagem é uma das formas de felicidade constante com os movimentos de cada um, para
mais prontamente disponíveis que existem. Numa que os movimentos de um se encaixem ininter-
experiência simples, o psicólogo Mihaly Csikszent- ruptamente nos movimentos do parceiro. Para
mihalyi deu a milhares de pessoas um bloco e um tanto, para estar em total sintonia, todo o resto
bipe. O bipe disparava em momentos aleatórios precisa sumir em segundo plano. Não há poder
durante o dia, e, então, as pessoas simplesmente cerebral suficiente para satisfazer tudo.
tinham de observar o que estavam fazendo naquele Portanto, existe uma relação direta entre
instante e o quão felizes estavam. Ele constatou nos alongarmos para conquistar um objetivo
que o tipo mais cotidiano de felicidade ocorria desafiante e estarmos cheios de felicidade ou
quando as pessoas estavam envolvidas fazendo bem-estar. E essa conexão está disponível para
algo desafiante, mas que consideravam provei- todos – contanto que tenhamos a confiança e a
toso, quando achavam que estavam progredindo capacidade de imergir plenamente no processo
(ainda que lentamente) e quando o desafio era tão de aprendizagem. Se não tivermos o otimismo
cativante que todas as outras preocupações e in- e a concentração necessários, a fonte mais
cômodos se dissipavam, e elas ficavam totalmente comum de felicidade humana nos será nega-
absortas na atividade atual. da. Então, se quisermos que os jovens fiquem
É como se houvesse tanto poder cerebral dis- propensos à felicidade, precisamos garantir que
ponível, e, quando as pessoas realmente ficam ab- desenvolvam as atitudes e capacidades que ali-
sortas (Csikszentmihalyi chama isso de estar “no cerçam a aprendizagem poderosa.
fluxo”), todos esses recursos mentais são congre-
gados e dedicados ao trabalho em questão, sim- CLAXTON, Guy. Ensinando os alunos a se ensinarem:
plesmente não restando nada que sirva aos senti- o Método do Poder da Aprendizagem. Petrópolis, RJ:
Vozes, 2019.
mentos que geralmente estão em segundo plano,
como falibilidade, arrependimento, sobrecarga ou

Vidi Studio / Shutterstock.com


ansiedade.
Acontece quando estou trabalhando com a mi-
nha filha, quando ela está descobrindo algo novo.
Uma receita nova de biscoito que ela mesma pre-
parou; um trabalho artístico que ela fez e do qual
se orgulha. Ela adora ler e lemos juntas. Ela lê para
mim, e eu leio para ela, e é nessa hora que eu perco
um pouco o contato com o resto do mundo. Fico
totalmente absorta no que estou fazendo.
A mãe é completamente cativada pelo desa-
fio misterioso de estar com a filha, tentando ver o
mundo pelos olhos dela, e acompanhando e res-
pondendo rapidamente aos seus processos men-
tais. É uma tarefa exigente, parecida com aquela de
bailarinos quando treinam para manterem contato

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10ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Semana de avaliação.

2º DIA
Semana de avaliação.

3º DIA
Semana de avaliação.

4º DIA
Semana de avaliação.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

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TRABALHANDO AS EMOÇÕES

Atividades
28
Trabalhando as
emoções
Vamos conversar um pouco sobre o sentimento
tristeza? Aproveite e ilustre suas respostas.
Tristeza
• O que você sentiu ao receber a informação de
Acompanhe a leitura da história com seu que uma criança não sabe sorrir?
professor!
Resposta pessoal
O menino que não sabia sorrir
Elisa Santos

Eu era muito feliz “Sua mãe só deseja


até os 6 anos de idade, seu futuro garantir.
quando minha mãe Tenha paciência, pois
foi morar em outra cidade. logo, logo ela estará aqui.”

Não pôde me levar “Agora, você, menino,


para o seu novo trabalho, volte a sorrir,
bem distante lá de casa, conversar, estudar,
pra ganhar melhor salário. brincar e se divertir.”
Resposta pessoal
Nota: A Base Nacional
Deixou-me com minha avó, Foi assim que eu,
que tentou me acalentar, um menino que não sabia Comum Curricular (BNCC)
mas eu só queria sorrir,
com a minha mãe morar. enxerguei como podia define um conjunto de
voltar a ser feliz.
Um dia, a professora insistiu: competências gerais
“Se você me disser o que há, Minha mãe já voltou,
eu prometo que farei de tudo tudo em alegria se tornou, que serve como um guia
para o auxiliar”. mas lembro-me daquele
momento
para o aprendizado das
Foi aí que descobriu, em que Dona Amélia me • Qual era o motivo pelo qual o menino não con-
então, ficou fácil de ajudar. abraçou! seguia sorrir?
crianças e que deve ser
Olhou nos meus olhos e disse: SANTOS, Elisa. O menino que
desenvolvido de forma
Sugestão de resposta: Ele sentia saudade da
“Preste atenção!,
não há motivo pra tristeza
não sabia sorrir. Recife: Prazer
de Ler, 2020.
dinâmica para trabalhar o
no seu pequeno coração”. mãe. socioemocional.
“Às vezes, os pais querem
fazer • Complete a frase abaixo.
tudo para o filho avançar,
dar boa e confortável vida
para ele desfrutar.”
Professor, inicie a última
Sinto-me triste quando...
semana de conteúdos
Resposta pessoal deste módulo trabalhan-
do o socioemocional,
com a dinâmica que se
Formando Cidadãos 28 Geografia • 4o Ano
encontra na última pági-
na do livro do aluno.
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TRABALHO E PROJETO DE VIDA

Encarar o trabalho como uma forma de con- Estimule que seus filhos conversem com profis-
tribuir com a sociedade, e não apenas uma forma sionais de áreas diversas, informando-se sobre o
de ganhar dinheiro ou obter status, pode ajudar na mundo das profissões e do trabalho. Mostre respeito
construção de um projeto de vida. Ao se conhecer e consideração por todas as pesquisas e atividades
a si mesmo, ao investir nas próprias habilidades e profissionais. Incentive a curiosidade sobre quem
competências e ao se abrir para descobrir diferentes está envolvido nos produtos e serviços que utiliza-
ocupações profissionais, uma pessoa pode se sentir mos no dia a dia.
apta a encontrar seu lugar no mundo, respeitando
FRAIMAN, Leo. A síndrome do imperador: pais empoderados edu-
sua própria natureza e suas motivações.
cam melhor. Belo Horizonte: Autêntica; São Paulo: FTD, 2019.

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SEMANA DE AVALIAÇÃO 3. De acordo com o que você estudou, quais são
os principais meios de orientação?

Unidade 1 Sugestão de resposta: Orientação pelo Sol, pela

Lua, pelo Cruzeiro do Sul, pela bússola, pelo


• Mapas
• Direções cardeais e rosa dos ventos mapa, pela planta baixa e pelo GPS.
• Orientação espacial
• Lateralidade 4. Leia o diálogo abaixo.
• Coordenadas geográficas
• Continentes e oceanos Rosa perguntou a Ana:
• Abalos sísmicos — Ana, onde você mora?
— Eu moro na Rua Antônio Fonseca, no 367,
1. Observe os mapas a seguir perto do Supermercado Bom e Barato, no Bairro
do Bom Sucesso.
Mapa A Mapa B
Agora, responda.
a. A conversa das meninas é sobre o endereço de
Ana. Qual é o endereço de Ana?
Rua Antônio Fonseca, no 367, Bairro do Bom Sucesso.

b. Qual é o ponto de referência que ela diz para


ajudar na localização do endereço?
É o Supermercado Bom e Barato.
a. Os mapas fazem parte da mesma extensão
territorial? Justifique. c. Você acha que o ponto de referência que Ana
falou é útil? Justifique sua resposta.
Sugestão de resposta: Sim. Porque os mapas per-
Sim, pois ele facilita a localização de um lugar.
tencem ao território brasileiro.
5. Sublinhe as alternativas corretas.
b. Que característica diferencia o Mapa A do Mapa B?
Sugestão de resposta: O Mapa A está representan- a. Podemos nos localizar pelo Cruzeiro do Sul em
qualquer período do dia.
do uma parte do território brasileiro; e o Mapa B, o
b. As estrelas e o Sol são elementos naturais que
território brasileiro por completo.
servem como pontos de orientação.
2. Em relação à sua casa, escreva o que está em
c. Na rosa dos ventos, aparecem os pontos cardeais
cada uma das posições a seguir. Resposta pessoal
e colaterais.
a. Ao Norte:
d. No início, os primeiros pontos de referência deter-
b. A Leste: minados foram o Norte e o Sul.

c. A Oeste: e. Os pontos colaterais estão situados entre os pon-


tos cardeais.
d. Ao Sul:

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6. Preencha corretamente os quadrinhos com al- c. O que é longitude?
gumas das letras a seguir e descubra os pontos Longitude é a distância, medida de 0 a 180 graus,
cardeais.
entre um meridiano qualquer e o meridiano de

T R N S L T E U S L E O O E E T S E Greenwich, devendo ser indicada sua posição

a. no Hemisfério Oriental (Leste) ou no Hemisfério


L E S T E
Ocidental (Oeste).
b. O E S T E

c. N O R T E 9. Complete as frases, utilizando os grupos de


palavra do quadro.
d. S U L
rios – correntes – riachos

7. Informe. lagos – depressões – lagoas

a. Quem está do seu lado esquerdo? oceanos – salgada– mares


Resposta pessoal

a. Os rios e riachos

são correntes de água que vão em


b. Quem está atrás de você?
Resposta pessoal direção ao mar ou a outro rio.

lagos lagoas
b. Os e

8. Responda às questões abaixo. são acumulações de água de grande ou pequena


Sugestão de resposta: depressões
profundidade em .
a. O que são coordenadas geográficas?
As coordenadas geográficas dizem respeito à oceanos mares
c. Os e
união de linhas imaginárias horizontais (paralelos) salgada
são grandes extensões de água
e verticais (meridianos) e foram criadas para que
que contornam os continentes; no caso do Brasil,
qualquer ponto da superfície terrestre possa ser
temos o Oceano Atlântico.
localizado em um mapa.

10. Cite dois abalos sísmicos.


b. O que é latitude?
Maremoto e terremoto.
Latitude é a distância, medida de 0 a 90 graus,

entre um paralelo qualquer e a Linha do Equador,

devendo ser indicada a sua posição no Hemisfério

Norte ou no Hemisfério Sul.

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FUNDAMENTAÇÃO

O QUE SÃO METODOLOGIAS ATIVAS?


Me contaram e eu esqueci.
Vi e entendi.
Fiz e aprendi
(Confúcio, pensador chinês, que viveu há 2.500 anos).

As metodologias ativas procuram criar situações


As metodologias ativas constituem-se como al-
de aprendizagem nas quais os aprendizes possam fa-
ternativas pedagógicas que colocam o foco do pro-
zer coisas, pensar e conceituar o que fazem, construir
cesso de ensino e de aprendizagem nos aprendizes,
conhecimentos sobre os conteúdos envolvidos nas
envolvendo-os na aquisição de conhecimento por des-
atividades que realizam, bem como desenvolver a ca-
coberta por investigação ou resolução de problemas
pacidade crítica, refletir sobre as práticas que reali-
numa visão de escola como comunidade de aprendiza-
zam, fornecer e receber feedback, aprender a interagir
gem (onde há participação de todos os agentes educa-
com colegas, professores, pais e explorar atitudes e
tivos, professores, gestores, familiares e comunidade
valores pessoais na escola e no mundo.
de entorno e digital).
Podemos aprender hoje em múltiplos espaços físi-
Vendo as salas de aula, vemos as metodologias.
cos e digitais, dentro e fora da escola, sozinhos e em
Enquanto o método tradicional prioriza a transmissão
grupo, em espaços formais e informais, com inúmeras
de informações e tem sua centralidade na figura do
combinações, caminhos, propostas, roteiros, técnicas,
docente, no método ativo, os estudantes ocupam o
aplicativos, que recriam a escola como comunidade
centro das ações educativas e o conhecimento é cons-
viva de aprendizagem.
truído predominantemente de forma colaborativa.

Tseytlin / stock.adobe.com

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Drobot Dean / stock.adobe.com
Metodologias se expressam em três conceitos- contextos cada vez mais amplos, variados, flexíveis,
-chave, tanto para docentes como para os aprendi- interessantes e desafiadores.
zes: maker (exploração do mundo de forma criativo- As metodologias ativas dão ênfase ao papel de
-reflexiva, utilizando todos os recursos possíveis: protagonista dos aprendizes na sua relação dinâ-
espaços-maker, linguagem computacional, robótica), mica com todos os participantes e componentes do
designer (projetar soluções, caminhos, itinerários, ati- processo de ensino e aprendizagem, especialmente
vidades significativas de aprendizagem) e empreender com os docentes. Esse processo é, ao mesmo tempo,
(testar ideias rapidamente, corrigir erros, realizar algo ativo e reflexivo, de experimentação e análise, sob
com significado). a gestão dos professores. A aprendizagem híbrida
Metodologias ativas em contextos híbridos – que destaca a flexibilidade, a mistura e compartilha-
integram as tecnologias e mídias digitais, realidade mento de espaços, tempos, atividades, materiais
virtual e aumentada, plataformas adaptativas – tra- técnicos e tecnologias. Os quais dão significado ao
zem mais mobilidade, possibilidade de personaliza- processo ativo de ensinar e aprender.
ção, de compartilhamento, de design de experiên- Ao contrário do método tradicional, que primei-
cias diferentes de aprendizagem, dentro e fora da ro apresenta a teoria e dela parte, o método ativo
sala de aula, dentro e fora da escola. busca a prática e dela parte para a teoria.
Metodologias são grandes diretrizes que orien- Nesse percurso, há uma mudança de ênfase, do
tam os processos de ensino e de aprendizagem e ensinar para o aprender, e de foco, do docente para
que se concretizam em estratégias, abordagens, e o aluno, que assume a correspondência pelo seu
técnicas concretas, específicas diferenciadas, em aprendizado.

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O entendimento do que são metodologias ativas
é bastante diversificado atualmente. Uns, de manei-
ra reduzida, as definem como dominar um repertório
de técnicas para envolver mais o aluno. Outros as
veem como estratégias mais complexas centradas
na participação efetiva dos estudantes e na media-
ção/mentoria dos docentes. Para outros educadores
e gestores, as metodologias são um componente
central do movimento da transformação da escola,
focada em projetos e na participação ativa e efetiva
de toda a comunidade.
A aprendizagem é um processo muito mais am-
plo do que a escola: acontece em todos os espaços
e dimensões do cotidiano, se estende e se amplia
ao longo do tempo da nossa vida.
As metodologias ativas com modelos híbridos
são caminhos para avançar mais no conhecimento
profundo e no desenvolvimento de todas as compe-
tências necessárias para uma vida plena. As meto-
dologias adquirem um sentido amplo, quando fazem
parte de um contexto de transformações profundas
na forma de ensinar e de aprender em espaços for-
mais e informais, e quando impulsionam cada um a
continuar aprendendo ativamente ao longo da vida.

MORAN, José. Metodologias ativas de bolso: como os alunos


podem aprender de forma ativa, simplificada e profunda.
São Paulo: Editora do Brasil, 2019. (Arco 43)

pikselstock / stock.adobe.com

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2
U NI
DADE

ATURALIZAR

O que vamos estudar:


• Áreas urbana, rural e litorânea
• Relevo do Brasil
• Hidrografia do Brasil
• Climas do Brasil
• Alterações climáticas
• Vegetação do Brasil
• Ação humana altera a vegetação
• Trabalhando as emoções
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Os ensinamentos para a vida não estão desvinculados dos conteúdos programáticos, mas, atra-
vés deles, pode ser construída uma ponte que abrirá caminhos para reflexões, como também
para a prática dessas discussões realizadas em sala de aula. Um texto, uma música e até mesmo
uma produção textual podem servir de instrumento para que o professor trabalhe o valor da
família, das amizades verdadeiras, do respeito ao próximo e de muitas outras coisas que contri-
buem para que novas consciências sejam formadas, ou melhor, uma visão mais humana do que
realmente importa nesta vida.

ANDRADE, Fabiana. A pedagogia do afeto na sala de aula. 2ª ed – Recife: Prazer de Ler, 2014.

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CONTEÚDOS DA UNIDADE E A BNCC
UNIDADE 2
UNIDADES OBJETOS DE
CONTEÚDOS HABILIDADES
TEMÁTICAS CONHECIMENTO
Áreas urbana, rural • Natureza, ambien- • Conservação e degradação (EF04GE11) Identificar as características das
e litorânea tes e qualidade de da natureza paisagens naturais e antrópicas (relevo, co-
vida bertura vegetal, rios etc.) no ambiente em que
vive, bem como a ação humana na conserva-
ção ou degradação dessas áreas.

Relevo do Brasil • Natureza, ambien- • Conservação e degradação (EF04GE11) Identificar as características das
tes e qualidade de da natureza paisagens naturais e antrópicas (relevo, co-
vida bertura vegetal, rios etc.) no ambiente em que
vive, bem como a ação humana na conserva-
ção ou degradação dessas áreas.

Hidrografia do • Natureza, ambien- • Conservação e degradação (EF04GE11) Identificar as características das


Brasil tes e qualidade de da natureza paisagens naturais e antrópicas (relevo, co-
vida bertura vegetal, rios etc.) no ambiente em que
vive, bem como a ação humana na conserva-
ção ou degradação dessas áreas.

Climas do Brasil • Natureza, ambien- • Conservação e degradação (EF04GE11) Identificar as características das
tes e qualidade de da natureza paisagens naturais e antrópicas (relevo, co-
vida bertura vegetal, rios etc.) no ambiente em que
vive, bem como a ação humana na conserva-
ção ou degradação dessas áreas.

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UNIDADES OBJETOS DE
CONTEÚDOS HABILIDADES
TEMÁTICAS CONHECIMENTO
Alterações • Natureza, ambien- • Conservação e degradação (EF04GE11) Identificar as características das
climáticas tes e qualidade de da natureza paisagens naturais e antrópicas (relevo, co-
vida bertura vegetal, rios etc.) no ambiente em que
vive, bem como a ação humana na conserva-
ção ou degradação dessas áreas.

Vegetação do • Natureza, ambien- • Conservação e degradação (EF04GE11) Identificar as características das


Brasil tes e qualidade de da natureza paisagens naturais e antrópicas (relevo, co-
vida bertura vegetal, rios etc.) no ambiente em que
vive, bem como a ação humana na conserva-
ção ou degradação dessas áreas.

Ação humana • Natureza, ambien- • Conservação e degradação (EF04GE11) Identificar as características das
altera a vegetação tes e qualidade de da natureza paisagens naturais e antrópicas (relevo, co-
vida bertura vegetal, rios etc.) no ambiente em que
vive, bem como a ação humana na conserva-
ção ou degradação dessas áreas.

Trabalhando as Nota: A Base Nacional Comum Curricular


emoções (BNCC) define um conjunto de competências
gerais que serve como um guia para o apren-
dizado das crianças e que deve ser desen-
volvido de forma dinâmica para trabalhar o
socioemocional.

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11ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

2º DIA
Geografia: Áreas urbana, rural e litorânea – páginas 30 e 31

Orientação didática:
• Professor, reúna os alunos e apresente várias imagens, orientando o olhar dos alunos para os elemen-
tos que aparecem: pessoas, prédios, natureza, entre outros. Essas imagens deverão apresentar recortes
das áreas urbanas, rural e litorânea.
• Elabore perguntas como, por exemplo: De que são constituídas as paisagens? Como as paisagens po-
dem ser classificadas?

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e História.

3º DIA
Geografia: Áreas urbana, rural e litorânea - página 32

Orientação didática:
• Proponha um jogo de perguntas e respostas sobre o assunto em estudo. Divida a turma em grupos
distintos. À medida que um for saindo, o outro entra. Ganha o grupo que obtiver maior pontuação.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

4º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

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DINÂMICA
CORDA IMAGINÁRIA
Peça às crianças que formem pares.

Separe as duplas em duas fileiras, uma de cada lado da sala.

Os alunos de cada dupla devem ficar de frente um


para o outro e imaginar que há uma corda entre eles.

Cada dupla “segura” uma ponta da corda imaginária, fazendo o


movimento de sobe e desce, para frente e para trás, etc., man-
tendo a corda sempre esticada. Explore os movimentos.

Peça às crianças que enrolem e desenrolem a “corda”. Quem puxa


fica no seu lugar, enquanto o outro se aproxima até ficar na sua
frente. Alterne as crianças.

Os alunos dão as mãos, formando um círculo.

As crianças se afastam novamente, esticando a “corda”.


Peça que a coloquem no chão.
.com

Fechamento: os alunos compartilham os sentimentos despertados


dobe
tock.a

durante a atividade.
ni / s
mnin

Revista Guia Prático para Professores – Ensino Fundamental. São Paulo: Escala.

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Áreas urbana, rural e As paisagens naturais são aquelas que não 30
tiveram alguma intervenção humana e, por isso,
litorânea são formadas apenas por elementos naturais
(como os seres vivos e elementos que compõem
a natureza), por exemplo, florestas ainda não
Tudo que é possível percebermos com os sen- exploradas pelos seres humanos.
tidos faz parte e compõe a paisagem, que pode

©Pavlo Vakhrushev/stock.adobe.com
ser natural ou modificada.
©Matt/stock.adobe.com

©julio ricco/EyeEm/stock.adobe.com
©Cifotart/stock.adobe.com

BNCC
(EF04GE11)
Identificar as caracterís-
ticas das paisagens natu-
rais e antrópicas (relevo,
cobertura vegetal, rios,
As paisagens modificadas, ou culturais, são etc.) no ambiente em que
aquelas que tiveram qualquer intervenção hu- vive, bem como a ação
mana e, por isso, podem ser formadas por ele-
mentos construídos pelos seres humanos. Esses humana na conservação
elementos são conhecidos por elementos cultu- ou degradação dessas
rais, ou humanizados.
áreas.
Formando Cidadãos 30 Geografia • 4o Ano

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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Professor, desperte a curiosidade dos alunos
para o tema a ser abordado. Comece a conversa
para as seguintes questões:
• pergunte aos alunos se já foram a um sítio ou
fazenda. Se for uma escola rural, pergunte a que
cidades os alunos já foram;
• pergunte aos alunos quais as diferenças que
eles perceberam entre a cidade e a fazenda ou sítio
que visitaram.

92
92

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Cada paisagem é composta, portanto, por um Área rural é a região em que há predominân- 31
espaço geográfico que pode ser classificado de cia de elementos naturais compondo a paisa-
acordo com a forma de organização dos elemen- gem; por exemplo, as regiões onde há, sobretu-
tos naturais ou construídos que nele existem. do, atividades econômicas como a agricultura e
Isso significa que uma localidade apresenta a pecuária.
formas, cores, sons e odores próprios. Assim,

©anabanana1988/stock.adobe.com
podemos dizer que cada espaço geográfico pode
ser classificado como área urbana, rural ou
litorânea.
©Sérgio Rocha/stock.adobe.com

Área litorânea é a região próxima ao litoral;


Área urbana é a região em que há maior em geral, com elementos naturais bem caracte-
quantidade de elementos culturais e não vivos rísticos, incluindo aspectos da geografia física,
compondo a paisagem; por exemplo, o centro da como baías, estuários, dunas, ilhas, falésias,
cidade. entre outros.

©Luiza/stock.adobe.com
©Fernando Martinho/stock.adobe.com

BNCC
(EF04GE11)
Identificar as caracterís-
ticas das paisagens natu-
rais e antrópicas (relevo,
cobertura vegetal, rios,
etc.) no ambiente em que
vive, bem como a ação
humana na conservação
ou degradação dessas
Formando Cidadãos 31 Geografia • 4o Ano
áreas.
FC_GEO_4F_2UND.indd 31 22/12/2021 13:25:17

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Nido Huebl / stock.adobe.com


Faça um painel fotográfico com as mais diver-
sas paisagens do Brasil. É interessante fazer, junto
com a turma, uma relação entre relevo, hidrogra-
fia, clima e vegetação, de maneira que a criança
compreenda que a constituição das paisagens é o
conjunto de todos esses elementos.

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Atividades
32
1. Escreva a resposta de cada uma das perguntas a seguir.

a. O que faz parte de uma paisagem?

Todos os elementos naturais e culturais que podem ser captados com os nossos sentidos em um

espaço.

b. Quais são os exemplos de elementos naturais que existem numa paisagem?

Solo, água, plantas, animais, luz, calor do Sol e ar.

c. Como podem ser classificadas as paisagens?

As paisagens podem ser classificadas em paisagens naturais ou paisagens modificadas.

2. As paisagens culturais (modificadas), por 3. Classifique as paisagens abaixo em litorânea,


sua vez, constroem-se a partir da utilização e urbana e rural.
transformação dos elementos da natureza pelas
atividades realizadas pelo homem. Cite elemen-
tos culturais vistos na imagem abaixo.

Litorânea BNCC
©marabelo/stock.adobe.com
(EF04GE11)
Identificar as caracterís-
ticas das paisagens natu-
Urbana rais e antrópicas (relevo,
©Kdu Oliveira/stock.adobe.com
cobertura vegetal, rios,
Estrada, casa, cerca, ponte, moinho, trator.
etc.) no ambiente em que
vive, bem como a ação
Rural humana na conservação
©JCLobo/stock.adobe.com
ou degradação dessas
Formando Cidadãos 32 Geografia • 4o Ano
áreas.
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SUGESTÃO DE ATIVIDADE

1. Quais exemplos de elementos culturais podem 2. O crescimento populacional traz consigo mu-
existir numa paisagem? danças nos espaços. De que forma é possível
Casas, prédios, pontes, ferrovias, etc. crescer e avançar, mas, sem que haja desmata-
mentos desordenados? Responda a essa questão
e apresente uma possível solução frente a essas
mudanças.
Resposta pessoal

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FUNDAMENTAÇÃO
DOIS MUNDOS SE DESCOBREM

AJUDE SEUS ALUNOS A PERCEBER COMO A REALIDADE SOCIAL DO MUNDO PRESENTE E A


DO PASSADO SÃO REPLETAS DE DIFERENÇAS.

• Faça com que eles observem cuidadosamente a realidade que os cerca e identifiquem as
diversidades e diferenças sociais, culturais, étnicas, raciais, políticas, de gênero, de idade, etc.

• Peça que eles busquem, nos materiais disponíveis da escola, informações sobre o passado e as dife-
renças históricas. Por exemplo: eles podem pesquisar como era o transporte marítimo em 1500, quando
o Brasil foi descoberto, como os colonizadores vestiam-se, qual era o seu papel da religião, como era a
ocupação da terra pelos índios, etc.

• Um lembrete: quando você tratar com os alunos alguma questão relacionada aos índios,
lembre-se de não apresentá-los como infantis, menos inteligentes ou limitados (essa era a visão
dos colonizadores). Deixe claro para os alunos que as sociedades indígenas têm hábitos e costumes
diferentes dos nossos. Isto não significa, entretanto, que sejam inferiores.

• Proponha aos alunos exercícios que façam com que eles percebam como a posição social
ocupada pelas pessoas determina visões e interpretações diferentes de um mesmo fato ou acon-
tecimento histórico e social. É exatamente o mesmo exercício que você fez ao comparar os dois
textos presentes nesta unidade.

LEVE OS ALUNOS A COMPREENDER QUE A MEMORIZAÇÃO NÃO É O OBJETIVO NEM O


MÉTODO DE TRABALHO DA HISTÓRIA.

• Nunca centre a atenção do aluno exclusivamente nas datas e nomes. Mostre a eles que tal atitude
simplesmente serve para demarcar e localizar no tempo e espaço (datas e locais) os sujeitos históricos
(as pessoas, instituições, nações, etc.).

• Faça com que seus alunos aprendam a relacionar datas, locais e pessoas a um determinado
contexto ao qual eles pertencem. Exemplifique isso com a vida deles mesmos: quais são as datas,
locais e pessoas que dizem respeito à história do local onde vivem. É uma forma de mostrar que
nossa vida também está inserida em um determinado contexto histórico.

Ofício do professor. Desenvolvimento e aprendizagem. Fundação Victor Civita.

95

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12ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

2º DIA
Geografia: Relevo do Brasil – páginas 33 e 34

Orientação didática:
• Realize uma pesquisa, com os alunos, relacionada às diversas formas de relevo existentes no Brasil.
• Promova uma visita técnica a um lugar em que alguma das formas de relevo seja bem expressiva.
Depois da visita, solicite que os alunos relatem a experiência.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e História.

3º DIA
Geografia: Relevo do Brasil – página 35

Orientação didática:
• Peça aos alunos que se organizem em trios; distribua a cada um dos trios cartolina e a cópia do mapa
do relevo do estado. Cada grupo deverá colar o mapa no cartaz, marcando nele a localização apro-
ximada do município – você poderá auxiliá-los a realizar essa marcação. O cartaz deverá conter um
desenho da paisagem do município ou de um trecho dela, feito pelos alunos, e o breve texto sobre as
características do relevo do município. Com os cartazes prontos, afixe-os na parede da sala de aula.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

4º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

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DINÂMICA

RESPOSTA SORTEADA

RESPOSTA SORTEADA
Os educandos devem estar sentados em círculo, e o educador lembra-lhes
que cada educando pode não responder à questão sorteada ou, apenas uma vez,
tentar trocá-la por outra. Iniciada a atividade, sorteia o nome de um educando, e
este deve tirar uma folha e responder à questão diagnóstica, assim como argui-
ções do educador e de seus colegas e assim por diante, até que todas as questões
tenham sido respondidas. Um círculo de debates fecha a atividade com o objetivo
de perceber o alcance da comunicação e da empatia.
Exemplos de questões diagnósticas: Quem sou eu/ O que não gosto em mim/
Meu lado melhor/ O que mais e menos admiro em outras pessoas/ O que eu mu-
daria em mim, se pudesse/ O que se espera de um amor/ Só o amor dá direito a
ele/ Coisas que me deixam inseguro/ Pessoas que admiro.

O que eu mudaria em mim, se pudesse

O que se espera de um amor

O que não gosto em mim

FOTO

Pessoas que admiro

97

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Altitude é a distância vertical medida entre 33
Relevo do Brasil um ponto da superfície da Terra e o nível do mar,
considerado o nível zero.
Observe a imagem.

Relevo é o conjunto de saliências da superfície


do solo de um determinado espaço geográfico, ou
seja, as diferentes formas da superfície terrestre.
O relevo brasileiro é formado, principalmen-
te, pelos seguintes tipos e variantes: planaltos,
planícies, depressões, chapadas e serras.
Compartimentos do
relevo brasileiro

Planícies
Então, quando dizemos que o ponto mais
Depressões
alto do Brasil é o Pico da Neblina cuja altitude é
Chapadas
de 2.995 metros, quer dizer que ele está a 2.995
Planaltos
metros do nível do mar.
Serras
N

O L
Planaltos

©Marcos/stock.adobe.com
Fonte: IBGE. S

Quando observamos um mapa, temos a im-


pressão de que todas as terras são planas e de BNCC
mesma altitude. Porém, você já sabe que as ter- (EF04GE11)
ras não são assim. Essa impressão existe porque
o mapa é um desenho que representa a realidade Identificar as caracterís-
numa superfície plana. ticas das paisagens natu-
É por meio do mapa do relevo, ou físico, que
estudamos os acidentes geográficos de um lugar. rais e antrópicas (relevo,
Pelo mapa, conseguimos definir a situação e a cobertura vegetal, rios,
localização deles.
O Brasil tem um relevo pouco acidentado e
etc.) no ambiente em que
altitudes reduzidas. 93% da sua área total estão Os planaltos são formas de relevo mais anti- vive, bem como a ação
abaixo de 900 metros. gas e relativamente planas, entretanto situadas humana na conservação
em altitudes mais elevadas.
ou degradação dessas
Formando Cidadãos 33 Geografia • 4o Ano
áreas.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Para iniciar a aula sobre o Relevo do Brasil, dife- Explique a eles que nomeamos as diferentes for-
rencie altura e altitude. Convide alunos com alturas mas do relevo levando em consideração três fato-
diferentes para a frente da sala. Com um giz, trace, res: a altura dos terrenos em relação aos terrenos
na lousa, uma linha seguindo a altura de cada um. que os cercam, os processos de formação ou de
Peça aos alunos que observem como ficou repre- erosão que atuam sobre o terreno e as formas que
sentada a altura dos alunos da turma. Em seguida, predominam no terreno.
questione: “Com o que essas formas se parecem?”.
A ideia é que eles associem o desenho ao relevo,
as imagens vistas no livro; estimule-os a fazer essa
relação.

98
98

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©DanielViero/stock.adobe.com

Planícies Chapadas 34

©Lucas/stock.adobe.com
As chapadas são formas de relevo com gran-
des dimensões que apresentam considerável
altitude, topo relativamente plano e lados que
podem ter diferentes inclinações.
As planícies são formas de relevo essencial-
mente planas formadas a partir do depósito de Serras
materiais vindos de áreas mais elevadas e são

©Renato Albertini/stock.adobe.com
mais recentes no tempo geológico.

Depressões
©Miriana/stock.adobe.com

BNCC
(EF04GE11)
Identificar as caracterís-
As serras são áreas elevadas e acidentadas
formadas por rochas de naturezas diversas. As ticas das paisagens natu-
serras do Mar, da Mantiqueira e do Espinhaço são
rais e antrópicas (relevo,
algumas das principais presentes no nosso país.
cobertura vegetal, rios,
Os seres humanos, para suprir suas necessi- etc.) no ambiente em que
dades, alteram as formas de relevo, por exem-
As depressões são áreas mais baixas em plo, para construir túneis e estradas em áreas
vive, bem como a ação
relação ao nível do mar ou às áreas vizinhas. de serra, casas em morros, etc. humana na conservação
ou degradação dessas
Formando Cidadãos 34 Geografia • 4o Ano
áreas.

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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Para esta aula, providencie um mapa das formas de relevo do Brasil, mostrando a localização das
planícies, dos planaltos e das depressões.
Utilize imagens para apresentar as diferentes formas do relevo: planaltos, planícies e depressões.
Busque por imagens que demonstrem o limite entre planaltos e depressões, como a Chapada do Arari-
pe, no Ceará, as cuestas (escarpas) no interior paulista, ou a Chapada dos Guimarães, no Mato Grosso
− há diversos exemplos pelo Brasil. Para mostrar planícies, busque, por exemplo, fotografias dos rios
amazônicos, da ilha do Bananal, no Tocantins, e de áreas litorâneas.

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Atividades 2. Observe o gráfico abaixo. 35
1. Troque os códigos por palavras e responda às
questões.

Planaltos Serras Planícies

a. Qual a altitude do pico mais alto da serra?


Chapadas Depressões
1000 m

b. Qual a diferença de altitude da área ou relevo


mais alto para o mais baixo?
a. Serras são áreas elevadas
e acidentadas formadas por rochas de naturezas 1.000 – 200 = 800 m
diversas.
c. Qual é a soma das altitudes do morro e do
planalto?
b. Chapadas são formas de relevo
com grandes dimensões que apresentam con- 400 + 300 = 700 m
siderável altitude, topo relativamente plano e
lados que podem ter diferentes inclinações. 3. Os seres humanos, para suprir suas necessi-
dades, alteram as formas de relevo. Observe a
imagem abaixo e responda: que modificação foi
c. Planaltos são formas de relevo feita nessa paisagem?
mais antigas e relativamente planas, entretanto
BNCC

©Ben/stock.adobe.com
situadas em altitudes mais elevadas. (EF04GE11)
Identificar as caracterís-
d. Depressões são áreas mais ticas das paisagens natu-
baixas em relação ao nível do mar ou às áreas
rais e antrópicas (relevo,
vizinhas.
cobertura vegetal, rios,
Planícies etc.) no ambiente em que
e. são formas de re-
levo essencialmente planas e formadas a partir A construção de um túnel e uma estrada no vive, bem como a ação
do depósito de materiais vindos de áreas mais
relevo.
humana na conservação
elevadas.
ou degradação dessas
Formando Cidadãos 35 Geografia • 4o Ano
áreas.

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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Inicie a aula mostrando à turma imagens de dife-


Semelhanças Diferenças
rentes paisagens do Brasil onde o relevo se destaca.
Proponha aos alunos que discutam, em pequenos
grupos, as semelhanças e as diferenças identifica-
das por eles ao observar as imagens. Cada grupo
deverá montar uma tabela com duas colunas para
registrar a discussão em tópicos, de acordo com o
modelo: Cada grupo apresenta à turma os registros reali-
zados. Professor, responda a possíveis dúvidas que
surgirem no decorrer das apresentações.

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FUNDAMENTAÇÃO

QUEREMOS APRENDER, E NÃO COPIAR!


Era uma sexta-feira daquelas. Final de bimestre, direção cobrando os avanços; coordenação peda-
gógica, os relatórios; pais desejando os resultados… Nervos à flor da pele, esgotamento físico, emocio-
nal e psicológico no limite. Os alunos? Daquele jeito, sem ocupações, na maior euforia.
A professora Zefinha não sabia mais o que fazer para dominar a turma de quinto ano que transfor-
mou a sala num salão de festa.
Revisou o planejamento. Havia esgotado todas as atividades.
Mesmo não tendo desordem, o barulho de vozes embaralhadas e risadas se intensificou.
Já havia gritado, ameaçado, enviado três para a direção e nada.
Sem saber o que fazer para conter a hiperatividade dos educandos, sentiu-se perdida.
Foi, então, que deliberou fazer o que a maioria dos colegas fazem. Asfixiá-los de conteúdos para
mantê-los entretidos e ter “aquele abençoado minuto de paz” até o toque do sinal.
Abriu o livro didático de Língua Portuguesa num gesto mecânico, escolheu o primeiro texto, voltou-
-se para o quadro-negro e mandou ver. Escreveu um longo texto — após ordenar que todos o copias-
sem no obsoleto caderno de cópias.
Um pesado silêncio caiu sobre o ambiente, e, naquela camuflada percepção de paz, a professora
relaxou.
Ao terminar, com a face embranquecida, cuspindo giz, foi surpreendida ao voltar-se para a classe e
certificar-se de que todos, simplesmente todos, estavam distraídos, despojados, e nem perceberam as
suas ações, pois permaneciam em outro planeta, com as atenções voltadas para a tela dos celulares,
enviando mensagens, ouvindo música, batendo papo nas redes sociais ou jogando.
Sentiu-se insultada e antes que o sinal soasse para o final da aula, difundiu a sentença:
— Quero, na próxima segunda-feira, que todos tragam cem cópias deste texto! — e abandonou o
recinto.
Ato contínuo. Todos ficaram de pé, fotografaram o texto com celular, smartphone, tablet e abando-
naram a sala.
No dia determinado, entregaram o número exato de cópias impressas e mais: encadernadas e auto-
grafadas: “Para tia Zefinha, com admiração e carinho”.
Petrificada ante a audácia e a criatividade dos alunos, questionou apontando a pilha que se formou
sobre a sua mesa:
— O que significa isso?
— Ué, tia, esqueceu que somos da geração Ctrl? — Joãozinho saiu na defesa dos colegas — A senhora
não exigiu cem cópias? Copiamos! Só que optamos em modernizar e navegamos na onda do momento:
Ctrl T, Ctrl C e Ctrl V… “IMPRIMIR”… Não foi assim que a senhora fez na faculdade quando lançaram a
internet? — e, encarando-a diretamente nos olhos, finalizou — QUEREMOS APRENDER — MAS DO NOSSO
JEITO —, E NÃO COPIAR!

LAGE, Nildo. Queremos aprender, e não copiar!. In: Revista Construir Notícias. Reife. Ano 14. 81 ed. Mar./Abr., 2015.

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13ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

2º DIA
Geografia: Hidrografia do Brasil – páginas 36 e 37

Orientação didática:
• Professor, faça uma sondagem sobre o conhecimento prévio dos alunos, como: - Vocês sabem o que é
hidrografia? O que essa ciência estuda?
- O quanto a questão das águas influencia na vida de vocês? Ela é importante para a sociedade? E seu
uso?
- De onde vem a água que consomem diariamente? Qual a importância da água na natureza?

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e História.

3º DIA
Geografia: Hidrografia do Brasil – página 38

Orientação didática:
• Socialize com a turma informações sobre a contaminação dos lençóis freáticos. Solicite que os alunos
pesquisem sobre as causas e consequências desse evento. Sugestão: você poderá levar à sala livros,
textos jornalísticos ou revistas que abordem o assunto.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

4º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

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DINÂMICA
JOGO COMUNITÁRIO
OBJETIVO:
Descontrair e ao mesmo tempo ajudar a memorizar o nome dos outros participantes.

MATERIAL:
Uma flor.

DESENVOLVIMENTO:
Os participantes sentam-se em círculo e o animador tem uma flor na mão. Diz para a pessoa que está à
sua esquerda: senhor... (diz o nome da pessoa), receba esta flor que o senhor... (diz o nome da pessoa da
direita) lhe enviou...
E entrega a flor. A pessoa seguinte deve fazer a mesma coisa. Quem trocar ou esquecer algum nome,
passará a ser chamado pelo nome de um bicho. Por exemplo, gato. Quando tiverem que se referir a ele,
os seus vizinhos, em vez de dizerem seu nome, devem chamá-lo pelo nome do bicho.
O animador deve ficar atento e não deixar os participantes entediados. Quanto mais rápido se faz a
entrega da flor, mais engraçado fica o jogo.

103

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As partes de um rio são: 36
Hidrografia do Brasil Afluente
Nascente
Leito

Hidrografia é o estudo das águas de um de-


terminado espaço, como as águas dos oceanos,
dos mares, dos rios, dos lagos, das lagoas.
Fazem parte da hidrografia de uma região: Foz

• Os oceanos e os mares: são grandes exten-


sões de água salgada que contornam os con-
tinentes; no caso do Brasil, temos o Oceano
Atlântico.
Margem
• Os rios e os riachos: são correntes de água
que vão em direção ao mar ou a outro rio. A hidrografia do Brasil é uma das maiores,
mais diversificadas e extensas de todo o mundo.
• Os afluentes: rios que despejam suas águas A bacia hidrográfica é a área na qual ocorre
em outro rio ou em lagos. a captação de água para um rio principal e seus
afluentes. Observe, no mapa, as principais bacias
• As quedas-d’água: são as cachoeiras, as cas- hidrográficas do Brasil:
catas ou os saltos formados pelos rios quando
atravessam terrenos muito acidentados. Principais bacias hidrográficas brasileiras

• Os lagos e as lagoas: são acumulações de


água de grande ou pequena profundidade em
depressões.

O litoral é a área do continente em contato


com as águas oceânicas.
BNCC
(EF04GE11)
Os rios brasileiros
Identificar as caracterís-
No Brasil, a maioria dos rios é de planalto, ticas das paisagens natu-
permitindo aproveitamento para a geração de
rais e antrópicas (relevo,
energia, por meio de hidrelétricas, e corre em
direção ao mar. cobertura vegetal, rios,
Os rios brasileiros são alimentados pelas N
etc.) no ambiente em que
águas das chuvas, sendo classificados em pe-
renes (que nunca secam) ou temporários (que
O L
vive, bem como a ação
secam em determinados períodos). S
humana na conservação
Fonte: IBGE.

ou degradação dessas
Formando Cidadãos 36 Geografia • 4o Ano
áreas.
FC_GEO_4F_2UND.indd 36 22/12/2021 13:25:24

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Apresente aos alunos o mapa da hidrografia Em seguida, exponha para todos, por meio de
brasileira. Auxilie-os na leitura dele, com perguntas uma gravura, as partes do rio. Proponha aos alunos
como: o que vocês visualizam no mapa? Quais são assistirem a algum vídeo interativo sobre o tema,
os maiores rios? Há locais no Brasil com mais rios? que apresente as partes do rio e suas peculiarida-
Vocês conseguem localizar, no mapa, o nosso estado des. No decorrer do vídeo, faça pequenas pausas
e os rios que correm nele? Quais os seus nomes? explicando os detalhes.
Pergunte aos alunos se eles já ouviram falar em
alguns rios importantes do Brasil. Chame a atenção
deles para alguns desses rios:
RIO SÃO FRANCISCO RIO AMAZONAS
RIO PARANÁ

104
104

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A importância dos rios A ação humana na degradação 37
das águas
Além de contribuir para nossas paisagens,
os rios são essenciais para nossa sobrevivên- O descarte irresponsável do lixo tem provo-
cia. Eles abastecem as cidades com suas águas, cado a poluição dos rios brasileiros. Isso quer
fornecem energia através das hidrelétricas, são dizer que não se pode pescar, irrigar plantações
usados como via fluvial (navegação nos rios), e, nem mesmo, nadar.
para irrigação de plantações, lazer, etc.

©Helissa/stock.adobe.com
A água ideal para o consumo humano é a
água doce. Ela vem de rios, lagos e lagoas e,
depois de tratada, pode ser usada para:

Beber
©yanadjan/stock.adobe.com
Outro fator que também afeta a qualidade das
águas é a retirada da vegetação para a expansão
da urbanização, pois deixa o solo desprotegido
ocorrendo o assoreamento, e a utilização de pro-
dutos químicos na agricultura. Com as chuvas e o
solo desprotegido, esses produtos acabam indo
para os cursos de água.
Fazer a higiene pessoal

©Caio/stock.adobe.com
©Africa Studio/stock.adobe.com

BNCC
(EF04GE11)
Identificar as caracterís-
Lavar roupas e outros utensílios
©Africa Studio/stock.adobe.com
ticas das paisagens natu-
rais e antrópicas (relevo,
cobertura vegetal, rios,
As águas dos rios representam uma parte mui-
to pequena da água doce disponível no plane- etc.) no ambiente em que
ta; portanto, precisamos preservar os rios para vive, bem como a ação
garantir o nosso abastecimento e o das gera-
Irrigar a plantação ções futuras. Não devemos poluir os rios. humana na conservação
ou degradação dessas
©Ulrich Müller/stock.adobe.com

Formando Cidadãos 37 Geografia • 4o Ano


áreas.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Pesquise, antecipadamente, dez nomes de rios do
Brasil. Leve à sala a sua pesquisa, forme grupos de
acordo com o número de rios e solicite aos alunos
que busquem informações sobre o rio determinado.
Instrua-os a construir uma maquete, desde a
nascente até a sua foz, onde é desembocado. Não
se esqueça de enfatizar os lugares que são banha-
dos pelo rio.

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Atividades 4. Analisando a utilização dos rios, escreva o tipo 38
de rio representado abaixo.

1. Preencha a cruzadinha de acordo com as fra-


ses abaixo.
a. Terra banhada pelo rio.
b. Percurso por onde as águas do rio correm.
c. Onde o rio nasce.
d. Onde o rio deságua.

a.
Rios de planalto
M

c. N A S C E N T E 5. De acordo com a questão anterior, podemos


definir rios de planalto como:
R d.
G F rios que percorrem terrenos planos.

b. L E I T O
x rios que permitem aproveitamento para a
M Z geração de energia, por meio de hidrelétri-
cas, e corre em direção ao mar.

2. Complete as lacunas das afirmativas a seguir rios usados como via fluvial e para irriga-
de maneira a torná-las corretas. ção de plantações.

a. Os rios brasileiros são alimentados pelas 6. Observe a imagem abaixo e escreva o proble-
águas das chuvas . ma ambiental representado.

b. Os rios podem ser classificados em


BNCC
perenes ou temporários .
(EF04GE11)

©Melinda Nagy/stock.adobe.com
c. Rios perenes são os que nunca Identificar as caracterís-
secam . ticas das paisagens natu-
d. Rios temporários são os que secam na estação rais e antrópicas (relevo,
seca . cobertura vegetal, rios,
Poluição dos rios.
etc.) no ambiente em que
3. Leia o mapa da página 36 e responda: Em qual
região predomina uma grande quantidade de rios? Agora, discuta com sua turma: Como devemos vive, bem como a ação
agir para que não ocorra esse tipo de problema humana na conservação
Na Região Norte. ambiental?Resposta pessoal
ou degradação dessas
Formando Cidadãos 38 Geografia • 4o Ano
áreas.
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SUGESTÃO DE ATIVIDADE
ANOTAÇÕES
1. Cite um benefício e um prejuízo que o homem
recebe com a construção de uma usina hidrelétrica.

a. Benefício:
A energia elétrica gerada abastece vários estados.

b. Prejuízo:
Hidrelétricas fazem desaparecer espécies vege-
tais, animais e até cidades, que ficam submersas
nos rios.

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FUNDAMENTAÇÃO
HORÁRIO DE ESTUDO
A maior parte dos nossos alunos acredita que deve estudar mais do que faz atualmente. Muitos chegam
a ficar com sentimento de culpa quando interrompem o estudo para bater um papo ou assistir televisão.
Mas o que desconhecem é que aqueles que tiram notas altas não estudam necessariamente mais tempo
do que aqueles que não tiram; simplesmente sabem estudar de maneira mais eficiente. O segredo está em
descobrir qual é essa forma eficiente de estudar, e não em estudar mais tempo.
Em geral, o aluno acha que o tempo passa muito depressa e, no fim do dia, tem a sensação de que não
realizou quase nada. Isto acontece devido a uma falta de planejamento do que fazer. Se não há um plano,
tudo parece importante.
Saber utilizar o tempo eficientemente deve-se mais a uma repetição contínua de uma sequência de
atividades (hábito) do que ter uma grande força de vontade, como acredita a maioria das pessoas. Em
outras palavras, basta acostumar-se a realizar as mesmas tarefas no mesmo local, à mesma hora e, ao
se criar uma rotina, tudo transcorre de forma natural e facilmente, como o comer, o dormir etc.
É preciso estabelecer um horário certo para o estudo. Eis algumas dicas para uma melhor elaboração
desse horário:

a. Colocar, no mapa de estudo, todas as atividades que já são habituais e que


obedecem a um horário. Ex.: almoço, jantar, inglês, computação, ginástica, etc.
b. Especificar o horário de aulas do colégio.
c. Reservar pelo menos quatro horas de estudo diário.
d. Procurar estudar as matérias dadas pelo professor o mais cedo possível
após a aula.
e. Fazer um intervalo de 10 minutos a cada 50 minutos de estudo.
f. Estudar primeiramente as matérias mais difíceis.
g. Ao estudar uma matéria, centre sua atenção nela e esqueça por completo
as demais.
h. Não esperar sentir vontade para começar a estudar na hora marcada.
i. Só terminar de estudar quando esgotar o tempo estabelecido, mesmo que
aparentemente tenha aprendido tudo.
j. Seguir o plano de estudo até formar hábito.
k. Não estudar em sequência as matérias com raciocínio semelhante.
l. Procurar estudar alternadamente matérias nas quais você tenha maior e
menor dificuldade.
m. Utilizar o domingo como dia de descanso; no máximo, usá-lo para leitura ou
para produzir uma redação.

RIBEIRO, Marco Aurélio de Patrício. Técnicas de aprender: conteúdo e habilidades. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012.

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14ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

2º DIA
Geografia: Climas do Brasil – páginas 39 e 40

Orientação didática:
• Realize uma atividade de fixação sobre as estações do ano. Você poderá solicitar aos alunos que for-
mem duplas.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e História.

3º DIA
Geografia: Climas do Brasil – página 41

Orientação didática:
• Peça aos alunos que pesquisem, em seu guarda-roupa, peças que caracterizem cada estação.
• Solicite aos alunos que levem fotos de si mesmos em que estejam utilizando vestimentas que repre-
sentem o verão e, também, o inverno (fotos em praia, em lugares frios, etc.). Exponha os trabalhos na
sala ou organize uma exposição na escola.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

4º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

108

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DINÂMICA

APOIO DO OUTRO

O educador divide a turma em trios, sendo nominados A, B e C. A ideia é que um


educando faça algumas posições de desequilíbrio corporal ditas pelo educador, e os
outros dois deverão apoiá-lo. O primeiro é a letra A. O educador pede que ele fique de
um pé só, e os outros devem segurá-lo. Depois, solicita as seguintes posições, sempre
com os outros buscando uma forma de mantê-lo em equilíbrio: pender o corpo o má-
ximo que puder para frente, ficar de pé em cima dos calcanhares, sentar numa cadeira
imaginária, esticar o corpo o mais alto possível, afastar os pés um do outro e esticar os
braços. Depois, troca para a letra B e, por fim, a C. Ao final, pergunta o que eles apren-
deram na atividade. Guia-os para refletirem sobre o viver juntos e o apoio do outro nos
momentos difíceis da vida.

WENDELL, Ney. Praticando a generosidade em sala de aula. Recife: Prazer de Ler, 2013.

Iryna / stock.adobe.com

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39
Climas do Brasil

©Daguimagery / stock.adobe.com
As condições do tempo interferem na paisa-
gem. Há dias de sol, de chuva, dias nublados, de
poucas nuvens, etc. Você já olhou como está o Equatorial
tempo hoje?
©Sondem/stock.adobe.com

©frenta / stock.adobe.com
Tropical

Tempo e clima são a mesma coisa?


É comum as pessoas se referirem ao tempo

©sidneydealmeida / stock.adobe.com
e ao clima como se fossem a mesma coisa, mas
existe diferença:
O tempo é uma condição em que se encontra a
atmosfera em um determinado local e em curto
período: como está a temperatura (se fria ou Tropical litorâneo
quente), a umidade (se seca ou úmida), e como
está a velocidade e a intensidade dos ventos.

Já o clima é definido depois de observar as

©Claudia / stock.adobe.com
variações do tempo em áreas maiores e em
longo período. Ou seja, o clima continua o
BNCC
mesmo, enquanto o tempo pode mudar de uma (EF04GE11
hora para outra.
Semiárido Identificar as caracterís-
A maior parte do território brasileiro está ticas das paisagens natu-
localizado no Hemisfério Sul, onde predominam
os climas equatorial e tropical. rais e antrópicas (relevo,
Além dos climas equatorial e tropical, o Brasil cobertura vegetal, rios,
©JULIOCESAR / stock.adobe.com

apresenta outros tipos, como: Tropical litorâneo,


semiárido e subtropical. etc.) no ambiente em que
As variadas paisagens nos permitem entender vive, bem como a ação
que o clima também influencia nas vegetações humana na conservação
Subtropical
de uma determinada região.
ou degradação dessas
Formando Cidadãos 39 Geografia • 4o Ano
áreas.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Inicie a aula com uma conversa sobre o tempo no
dia da aula, ou seja, sobre o estado meteorológico
da atmosfera naquele dia: se ela está fria, úmida,
seca, quente, etc. Explique aos alunos que o clima
se refere às condições médias do tempo em de-
terminado lugar. Questione-os sobre as principais
características do clima do lugar que habitam: é frio,
quente ou variado? É seco ou úmido?

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110

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As variações climáticas influenciam na organização e na rotina das sociedades. A produção agríco- 40
la pode ser prejudicada quando há seca ou chuvas intensas. As zonas urbanas podem sofrer enchen-
tes, que, muitas vezes, destroem construções, espalhando lixo e trazendo sérios problemas para a
população.
Para compreender mais essas variações de temperatura, vamos estudar as características de cada
clima.

Mapa climático do Brasil

Equatorial
Chuvas abundantes durante todo o
ano.

Tropical
Apresenta duas estações: uma
chuvosa e outra seca.

Tropical litorâneo
Característico das regiões locali-
zadas próximo ao mar, sendo, por
isso, bastante úmido.

BNCC
Semiárido N

Clima quente com poucas chuvas e (EF04GE11)


O L
com longos períodos de estiagem. Identificar as caracterís-
S

ticas das paisagens natu-


rais e antrópicas (relevo,
Subtropical Climas cobertura vegetal, rios,
Apresenta temperaturas agradáveis. Equatorial
Durante o verão, faz muito calor e, Tropical
etc.) no ambiente em que
durante o inverno, podem ocorrer Tropical litorâneo vive, bem como a ação
geadas ou neve. Semiárido
Subtropical humana na conservação
ou degradação dessas
Formando Cidadãos 40 Geografia • 4o Ano
áreas.

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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Converse com as crianças para identificar luga-


res cujos climas são atrações turísticas, como, por
Pixel-Shot / stock.adobe.com

exemplo, as praias do Nordeste, que atraem turistas


por causa dos dias ensolarados, etc. É interessante
fazer com que elas identifiquem tais lugares.

111

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Atividades 3. Substitua os números pelas sílabas e complete 41
o texto.

1. Observe a cena e responda. 1 2 3 4 5 6 7

NEO RÂ LI DO TO MI Ú

8 9 10 11 12 13 14

TE QUEN VAS CHU CO TÍ PI

O clima litorâneo , ou
(3-5-2-1)

úmido , é quente e possui


(7-6-4)
a. O que está sendo apresentado na TV?
um regime de chuvas mais
A previsão do tempo. (11-10)

b. De acordo com os estudos vivenciados, pode- bem distribuído durante o ano que o do tropical
mos definir clima como:
típico .
Medição da temperatura do ar (frio ou calor). (13-14-12)

Condição da atmosfera por um certo período. 4. Leia as informações e relacione-as


corretamente.
X O resultado das variações do tempo em de-
terminado lugar, durante um longo período. 1. Clima semiárido
2. Clima tropical
2. Assinale, com um x, os dois climas que abran- 3. Clima equatorial BNCC
gem a maior parte do território brasileiro. 4. Clima subtropical (EF04GE11)
2 Chuvas no verão e estiagem no inverno.
Identificar as caracterís-
Semiárido
ticas das paisagens natu-
X Equatorial rais e antrópicas (relevo,
4 Pode ocorrer a presença de neve com um
frio rigoroso. cobertura vegetal, rios,
Tropical litorâneo
1 Apresenta calor durante o ano todo e chu- etc.) no ambiente em que
Subtropical vas escassas. vive, bem como a ação
X Tropical 3 É quente, úmido e chove bastante. humana na conservação
ou degradação dessas
Formando Cidadãos 41 Geografia • 4o Ano
áreas.

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SUGESTÃO DE ATIVIDADE
1. Escreva o que é clima. 3. Em que zona climática a maior parte do territó-
Clima é o conjunto de estados do tempo de rio brasileiro está localizada?
uma determinada região ao longo de um grande Na Zona Climática Intertropical.

período.

2. Pesquise e escreva as divisões do clima tropical


no Brasil.
a. Clima Tropical Litorâneo
b. Clima Tropical Continental
c. Clima Tropical de Altitude

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FUNDAMENTAÇÃO
ALUNOS SE COMPORTAM QUANDO PROFESSORES SE ENVOLVEM
O gerenciamento da classe é a melhor forma de lidar com os rebeldes e conquistar bons resultados. Acredite:
você também pode. Confira algumas dicas de profissionais experientes sobre as bem-sucedidas maneiras de
enfrentar situações de crise.

• Escreva e publique, para os alunos, uma pequena lista de regras de comportamento claras, não am-
bíguas, e faça com que sejam cumpridas. Isso não é tão difícil quanto parece.

• Você não imagina o quão importante é entrar em contato com os pais no início do ano, reportando
notícias tão boas quanto possível. Logicamente, o primeiro contato não deve ser sobre queixas a respeito
do comportamento do aluno. Pais contatados no início do período letivo ficam felizes e se sentem seguros.
Mais tarde, quando for preciso abordar problemas mais sérios, é natural que os pais apoiem o professor.

• No contato com os pais, aprenda a mesclar um encontro negativo com um positivo. Os alunos podem se
irritar e criar mais dificuldades no futuro se você for crítico. Mostre que você está trabalhando em benefício
deles próprios e que eles também são elogiados quando o comportamento melhora. Não é raro também
descobrir que a própria autoestima do professor sobe depois dessas ações pontuadas.

• Aprenda a manter um arquivo comportamental de seus alunos junto às anotações que você enca-
minha para a diretoria. Assim, tudo fica muito bem documentado. Aliás, mantenha controle dos contatos
realizados com os pais.

• É fácil se envolver em infrutíferas discussões em sala de aula, principalmente quando se faz cumprir
as regras. Leva-se tempo, mas, no final, aprende-se que o melhor procedimento é fazer uma rápida ad-
vertência, mencionar as consequências e deixar a discussão somente para depois da aula.

• Aprenda a importância de os alunos entenderem que os professores sempre estão do lado deles e que
se preocupam com seu bem-estar. Isso só se consegue por meio de palavras e ações que demonstrem
carinho e atenção a seus interesses e suas habilidades.

• Desenvolva tarefas que lhes ofereçam diversas maneiras de demonstrar seus conhecimentos.
Alguns alunos brilham quando falam para o grupo, outros sobressaem em trabalhos criativos que
ilustram o que aprenderam

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15ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Semana de revisão.

2º DIA
Semana de revisão.

3º DIA
Semana de revisão.

4º DIA
Semana de revisão.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

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DINÂMICA
DINÂMICAS DE CORES
MATERIAIS NECESSÁRIOS:
• papéis coloridos (várias cores, tamanhos e formatos), cartolina, cola, caneta hidrocor, CD e/ou texto
da música Tocando em frente (Almir Sater).

DESCRIÇÃO DA DINÂMICA:
• Espalhar vários papéis no chão, no centro da sala. Cada um com uma cor e um formato. Podem-se
repetir cores e formatos. É importante, no entanto, ter grande quantidade de cores e formatos. As pessoas
ficam ao redor dos papéis, em círculo.
• Em total silêncio, ouvir a letra da música Tocando em frente. Entregar para cada integrante a letra da
música e ouvi-la novamente.
• Em seguida, perguntar: “Que parte da música chamou mais sua atenção? O que isso diz para sua vida?”.
• Deixar um tempo para reflexão individual, em silêncio. Depois, cada integrante, ainda em silêncio, es-
colherá um papel colorido relacionado à sua reflexão. Partilhar a reflexão individual no grupo, explicando,
também, por que escolheu determinada cor e formato. É importante que cada pessoa tenha seu espaço
de fala e que seja, de fato, ouvida pelas demais.
• Em seguida, refletir, com o grupo, o que há em comum nesses relatos e combinar com ele uma figura
que represente esse elemento comum (ex.: uma estrada). Cada integrante escreve o nome no seu papel
colorido. Como último passo, colocar uma cartolina no centro da sala e, em conjunto, construir a figura
escolhida usando seus papéis coloridos.
WITT, Maria Dirlene; PONICK, Edson (Coord.). Dinâmicas para o ensino religioso. São Leopoldo: Sinodal, 2008.

Photographee.eu / astock.adobe.com

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SEMANA DE REVISÃO a. A porção de terra cercada de água por todos os
ilha
lados chama-se .
Unidade 2 Serra
b. é um conjunto de elevações
• Áreas urbana, rural e litorânea que, em geral, representa planaltos elevados.
• Relevo do Brasil
• Hidrografia do Brasil
• Climas do Brasil c. Chama-se planalto um terreno plano
ou levemente ondulado e elevado.

1. Coloque V, para as afirmativas verdadeiras, e F, Montanha


d. é uma extensa elevação
para as falsas.
do terreno.
F Nas zonas urbanas, as pessoas possuem
e. Planície é um terreno, geralmente,
casas ou apartamentos muito distantes uns dos
plano e com baixas altitudes.
outros.

V Cidades urbanizadas são aquelas que preen- 4. Qual o clima predominante na sua região?
chem as necessidades básicas para o bem viver Sugestão de resposta
dos cidadãos.

2. Se você morasse na zona rural, quais atividades


realizaria?
Resposta pessoal

5. Observe a imagem abaixo e complete o quadro


de acordo com as partes de um rio.

3. Encontre, no caça-palavras, cinco tipos de relevo


e, depois, complete as frases seguintes.

Ç U R I L H A Q E H U M
E S E R R A F R D E S A
P L A N A L T O K F R N
X O L K U N G T R D E A
M O N T A N H A G B I U
1. Foz 3. Nascente
F A O Y I A O S E S A S
P L A N Í C I E N N K O
2. Afluentes 4. Rio principal

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FUNDAMENTAÇÃO
FRASES EDUCACIONAIS

Seguem frases educacionais, que têm por objetivo promover a educação com a mesma qualidade
para todos, independentemente da classe social do aluno.

• Quando observamos a tragédia dos baixos resultados no Ensino Médio do Brasil, esquecemos que
de sua avaliação participam apenas os que chegaram até lá; não são levados em conta os que aban-
donaram a escola antes.

• Se alguém tivesse dormido por 30 anos e acordasse hoje, não reconheceria um banco, um super-
mercado, uma casa lotérica, um aeroporto, mas reconheceria a escola dos pobres: ela não mudou.

• A escola deve fazer aflorar a capacidade de se deslumbrar com a beleza, a indignação com a in-
justiça, o conhecimento das coisas, o respeito pela natureza, a habilidade de um ofício, a vontade de
mudar o mundo, a capacidade de se comunicar.

• A importância do piso nacional do salário do professor não está no seu valor monetário, mas no
seu conceito de nacional.

• No tempo do desenvolvimento econômico, o motor do progresso são os engenheiros e economistas;


no tempo do educacionismo, serão os professores.

• Houve o tempo dos construtores de pirâmides e dos construtores de fábricas; agora é tempo dos
construtores de mentes.

• Não basta ser educador, é preciso ser educacionista também.

• O Brasil começará a ser um país bom quando, ao nascer uma criança, seu pai disser: “Quando
crescer vai ser professor”.

• No mundo atual, o papel do professor é ensinar o aluno a surfar nas ondas do conhecimento dos
dados espalhados pelos diversos sistemas de teleinformática, que mudam a cada instante.

• O motor da escola é o professor, sempre será.

• Cabeça, coração e bolso formam a trindade do magistério: cabeça bem formada, coração bem
motivado e bolso bem remunerado.

• Educador é quem educa pessoas em uma sala de aula; educacionista é quem luta para que todos
os educadores tenham condições de educar todas as pessoas.

• No início do século XX, o futebol era um esporte apenas dos brancos e ricos, os pobres eram proi-
bidos de jogar. Poucos jogavam, os craques eram raros. Quando todos conquistaram o direito de entrar
em campo, o Brasil virou um celeiro de craques, selecionados entre a maioria. Que o século XXI faça
com a educação o que o século XX fez com o futebol: ponha todos em campo com as mesmas chances.

BUARQUE, Cristovam. Revista Profissão Mestre. Curitiba: Humana Editorial, abril, 2009. Pág. 7

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16ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

2º DIA
Geografia: Alterações climáticas – página 42

Orientação didática:
• Promova, com o apoio da coordenação da escola, uma visita a um herbário onde os alunos possam
conhecer uma estufa e sua importância para a manutenção da vida das plantas.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e História.

3º DIA
Geografia: Alterações climáticas – página 43

Orientação didática:
• Estabeleça as relações entre a estufa visitada na aula anterior e o efeito estufa que ocorre no planeta
Terra.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

4º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

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DINÂMICA

SENTIMENTOS BONS PARA O CORPO

S
B
O educador solicita que os educandos fiquem em pé
e escolham um ponto na sala, todos tentando se manter

E
espalhados pelo espaço. Ele explica que cada aluno vai
fazer de conta que a mão direita é um pincel e que tem
uma cor imaginária que trará um sentimento bom (a
escolha da cor é livre). Explica que, quando der o sinal,

N
todos deverão pintar o próprio corpo com a mão direi-
ta lentamente, imaginando que esse sentimento passa
por todas as células. O educador demonstra que a mão

T
O
deverá percorrer o corpo inteiro e eles devem usar a
imaginação para ver o corpo sendo pintado. Durante a
pintura de faz de conta, todos devem inspirar e expi-
rar, assoprando o ar, mantendo-se concentrados. No

I
momento em que forem pintar, o educador coloca uma
música calma. Depois, pede que escolham uma cor para
a mão esquerda e um sentimento bom. Fazem a mesma

M
coisa, pintando calmamente, mas agora com a mão

N
esquerda. Ao final, pergunta como eles se sentiram e a
importância de dar sentimentos bons para o corpo.

E
WENDELL, Ney. Praticando a generosidade em sala de aula. Recife: Pra-
zer de Ler, 2013.

N
wavebreak3 / stock.adobe.com

T
O
S
S
119

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A degradação da camada de ozônio 42
Alterações climáticas
A partir da segunda metade dos anos 1970,
cientistas britânicos detectaram a existência de
uma redução do O3 (ozônio) na região da Antár-
A poluição nas grandes cidades, a queima de tida. Daí, então, têm se acumulado registros de
carvão nas indústrias, as queimadas nas matas redução da camada de ozônio, especialmente
e o desmatamento, entre outras atividades, têm no Polo Sul e, mais recentemente, no Polo Norte.
contribuído para a alteração da temperatura do Essa baixa concentração é conhecida generica-
planeta. mente como o “buraco” da camada de ozônio.
©Андрей Трубицын - stock.adobe.com

NASA/Reprodução
Imagem de satélite mostrando o “buraco” na camada de
ozônio.

A camada de ozônio Devido à degradação, a camada de ozônio


deixa de cumprir com eficácia o seu papel:
A Terra possui uma camada que tem a função que é o de proteger o planeta contra os raios
de protegê-la dos raios solares. É a camada de ultravioletas.
ozônio. Essa camada protege os seres vivos dos
raios ultravioletas emitidos pelo Sol. É como se CFC
fosse um filtro a favor da vida. Sem ele, esses
raios poderiam acabar com todas as formas de CFC é a abreviatura de um gás chamado
vida no planeta. clorofluorcarbono, composto de cloro, flúor e
carbono. Esse gás foi muito utilizado na fabri-
cação de embalagens aerossóis, para substituir
BNCC
gases venenosos e com cheiro desagradável nos (EF04GE11)
sistemas de refrigeração, aparelhos de ar-condi-
Identificar as caracterís-
cionado e geladeiras.
Por volta de 1960, era liberado cerca de 1 mi- ticas das paisagens natu-
lhão de toneladas de CFC na atmosfera por ano.
rais e antrópicas (relevo,
Quando os CFCs são liberados, sobem até a alta
atmosfera e são espalhados por todo o planeta, cobertura vegetal, rios,
e, associados a causas naturais, torna a camada etc.) no ambiente em que
de ozônio mais fina, isto é, com menor concen-
tração de ozônio. É essa região que denomina- vive, bem como a ação
mos buraco da camada de ozônio e que permite humana na conservação
a passagem dos raios ultravioletas.
ou degradação dessas
Formando Cidadãos 42 Geografia • 4o Ano
áreas.

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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Inicie a aula debatendo os efeitos da ação huma-
na no clima. Analise juntamente com os alunos as
razões e as consequências do aquecimento global.
Explique aos alunos como funciona o efeito estufa.
Converse sobre o que influencia esse fenômeno.

Peça às crianças que pesquisem tipos de indús-


tria que emitem CFC para a atmosfera, mostrando-
-lhes que certas atividades econômicas desenvolvi-
das pelo ser humano podem trazer consequências
danosas ao meio ambiente.

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Atividades 4. Marque as alternativas corretas. 43
X A Terra possui uma camada que tem a fun-
1. Na sua opinião, em que momento as altera- ção de protegê-la.
ções climáticas podem prejudicar a organização
e a rotina das pessoas? O clorofluorcarbono (CFC) é o gás res-
ponsável pela regeneração da camada de
Sugestão de resposta: Pode prejudicar as plan- ozônio.

tações e os animais no período de seca ou de X Os cientistas perceberam, pela primeira


vez, a existência de uma redução do O3
chuvas intensas; as enchentes podem causar (ozônio), próximo ao Polo Norte, na década
de 1970.
problemas de saúde.
5. Leia a legenda e relacione-a corretamente na
imagem apresentada.

2. De acordo com o que foi estudado, explique 1. A Terra possui uma camada chamada ca-
qual a importância da camada de ozônio para o mada de ozônio. A camada de ozônio funciona
nosso planeta. como um filtro. Ela absorve parte da radiação
ultravioleta do Sol.
Sugestão de resposta: Ela protege os seres vivos
2. A camada de ozônio deixa passar apenas a
parte boa dos raios ultravioleta do Sol, que é
dos raios ultravioletas emitidos pelo Sol.
uma quantidade pequena.
3. O ozônio é extremamente importante para a
vida na Terra, pois ele é o gás que nos protege
da radiação ultravioleta excessiva.
3. Encontre, no diagrama, o nome dos três com-
ponentes que formam o gás clorofluorcarbono.
3 BNCC
(EF04GE11)
R F Q D G H N H G T U P U F P
X C L O R O Y T K L H A T G E
Identificar as caracterís-
R A U T P M S E M J W S O W G 1 ticas das paisagens natu-
T R T G J L F B R O R X R G Q
C B O W G Z L N T C E B T D B 2 rais e antrópicas (relevo,
M O R G Q L Ú T R Z Y Ç N Z O cobertura vegetal, rios,
X N T D B K O H X V N A N H G
etc.) no ambiente em que
D O N Z J L R R Z L G M Y T K
Z F A T G F N H B Q O H F B R vive, bem como a ação
humana na conservação
ou degradação dessas
Formando Cidadãos 43 Geografia • 4o Ano
áreas.

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SUGESTÃO DE ATIVIDADE

1. A partir de que momento a humanidade passou a 3. O que é o buraco na camada de ozônio?


se preocupar com as implicações do desenvolvimen- São áreas com menor concentração de gás ozônio
to tecnológico e seus reflexos no meio ambiente? que permitem a passagem de mais raios ultravioleta.
Desde a Primeira Conferência Mundial sobre o Ho-
mem e o Meio Ambiente.
4. Pesquise e responda: Qual a importância de fito-
plâncton para a natureza?
2. Pesquise sobre as conferências mundiais volta- Acredita-se que o fitoplâncton produza cerca de
das para o meio ambiente e escreva, abaixo, sua 98% do oxigênio da atmosfera terrestre.
importância.
Resposta pessoal

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FUNDAMENTAÇÃO

AME SEU
TRABALHO
E SEJA FELIZ
Um trabalhador certa vez me fez uma declaração: “Nunca mais vou me apaixonar por uma empresa,
elas são desumanas, cruéis e adúlteras; de hoje em diante serei apaixonado pela minha profissão, pelo
meu trabalho, e a esta dedicarei meus mais sublimes esforços, minha competência, meu entusiasmo,
minha paixão, meu aprendizado”. Fiquei impressionado! Partindo das definições, amor e trabalho podem
parecer uma imensa contradição. Amor é um sentimento sublime; já a própria palavra trabalho vem
de tripalium, antigo instrumento de tortura. O tripalium era uma espécie de tripé formado por estacas
cavadas no chão, no qual eram suplicados os escravos.
Reúne os elementos tri (três) e palus (pau) — literalmente, três paus. Daí derivou-se o verbo
tripaliare, que significava, inicialmente, torturar alguém no tripalium, o que fazia do trabalhador um
carrasco, e não a vítima de hoje em dia.
Não nos dando mais ao trabalho de definir e explicar a dolorosa origem do trabalho, pense-
mos, ou melhor, sintamos o amor em algumas definições.
Para Platão, “a nossa espécie só poderia ser feliz com uma condição: realizar as nossas aspirações
amorosas”. Na perspectiva filosófica, a noção de amor é central. Em seus diálogos, Sócrates dizia que o
amor era a única coisa que ele podia entender e falar com conhecimento de causa. Platão compara-o
a uma caçada (comparação aplicada também ao ato de conhecer) e distingue três tipos de amor: o
Differ / Shutterstock.com

amor terreno, do corpo; o amor da alma, celestial (que leva ao conhecimento e o produz); e outro que
é a mistura dos dois.
O mais amargo dos poetas-filósofos, Nietzsche, escreveu: “Amamos a vida não porque estamos
acostumados a viver, mas porque estamos acostumados a amar”. E eis aí porque é fundamental

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Pessoas contestam a ideia de traba-
lhar e ser feliz porque, fundamen-
talmente, confundem emprego com
trabalho.

amarmos nosso trabalho. Este artigo está focado nas pessoas que trabalham para viver, que se realizam
através do trabalho. Sim, porque há pessoas que trabalham apenas para sobreviver. Dedicamos a maior
e a melhor parte de nossas vidas ao trabalho. Por isso, as pessoas que trabalham naquilo que amam são
felizes, realizadas e resolvem seus problemas. As pessoas que, por qualquer razão, não puderam trabalhar
naquilo que amam têm uma oportunidade de aprender a amar aquilo que têm de fazer.
Amar o trabalho que fazemos é sinônimo de inteligência. Inteligência é aplicar toda a vontade, todo o
interesse, toda a competência e ação no momento presente. O trabalho tem que ser fonte de prazer e rea-
lização na vida; se não for assim, estaremos nos martirizando no tripalium durante toda a nossa existência.
Há pessoas que vivem, enquanto outras simplesmente existem — assim como há pessoas que trabalham,
enquanto outras apenas têm um emprego.
Todos nós possuímos capacidade de realização. Cada momento da atividade deve ser vivido e realizado
com fé, com a inabalável convicção de que estamos fazendo o certo e o melhor, assim crescemos em hu-
manidade e realização. Amar o seu trabalho é uma condição para a felicidade. Nada vale em si nem por si:
qualquer coisa só vale pela felicidade, pela alegria que encontramos ou depositamos nela. E é assim com
o nosso ofício, nosso trabalho, nosso fazer. Esses dois amores andam juntos. Não apenas porque é preciso
estar vivo para amar, mas também porque é preciso amar para tomar gosto pela vida. É o amor que faz viver,
já que ele torna a vida mais amável.

MORENO, Luiz Carlos. In: Revista Profissão Mestre. Curitiba: Humana Editorial, ano 10, n. 118. Julho. 2009.

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17ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

2º DIA
Geografia: Vegetação do Brasil – páginas 44 e 45

Orientação didática:
• Apresente aos alunos gravuras ou vídeos sobre os principais tipos de planta encontrados no Brasil e
inicie o estudo explicando que o conjunto de plantas de uma região chama-se vegetação.
• Promova uma leitura coletiva sobre o estudo da vegetação. Depois, peça a seus alunos que elaborem
perguntas, para que os colegas possam responder.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e História.

3º DIA
Geografia: Vegetação do Brasil – página 46

Orientação didática:
• Professor, divida a sala em grupos, distribua revistas, jornais, papel cartolina e giz de cera para que
seus alunos montem um painel relativo à paisagem, descrevendo a vegetação de seu município por
meio de desenhos, relacionando a importância de se preservar a natureza.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

4º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

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DINÂMICA

CONCORDO/DISCORDO
O Concordo/Discordo é uma ótima maneira de conhecer um novo grupo, os valores e as
crenças que as pessoas mantêm.

OBJETIVOS:
• Desenvolver habilidades de raciocínio.
• Incentivar a tomada de decisões individuais.
• Debater valores e crenças sustentados pelo grupo.

RECURSOS:
• Cartões com os dizeres “Concordo”, “Discordo” e “Não sei”.
Espaço:
• Adequado à prática em sala de aula.

O QUE FAZER?
1. Coloque os cartões de “Concordo” e “Discordo” no chão, em cada extremidade da sala, com
o cartão “Não sei” no meio.
2. Diga aos alunos que você vai ler uma série de afirmações. Se eles concordarem com elas, devem
caminhar até o lado do “Concordo”. Se discordarem, devem ir para o lado do cartão “Discordo”. Em
caso de dúvida sobre o que opinar, eles permanecem no meio, ao lado do cartão “Não sei”.
3. Peça a eles que respon-
dam honestamente, e não
simplesmente deem as mes-

Krakenimages.com / stock.adobe.com
mas respostas que o grupo
de amigos. Você pode pedir
a eles que justifiquem suas
respostas ou tentem conven-
cer os outros a mudarem de
opinião.

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Conheça um pouco das principais formações 44
Vegetação do Brasil vegetais do Brasil:

Mata dos Pinhais, ou Mata de Araucárias


É a mais explorada para uso das madeiras e encon-
trada ao Sul do Brasil. Essa região está no clima sub-
Vegetação é o conjunto de plantas que nas- tropical e é uma mata aberta onde se encontram os
cem e crescem naturalmente numa região. É um pinheiros-do-paraná.

©Markito/stock.adobe.com
dos elementos que compõem a paisagem. No
Brasil, há diversos tipos de vegetação, por causa
da variedade de tipos de solo e de clima.
O mapa a seguir indica os locais onde existem
determinados tipos de vegetação.
Observe.

Vegetação do Brasil
Floresta Amazônica
É uma floresta tropical que ocupa o Norte do Brasil. Ela
tem matas densas e exuberantes, pois suas árvores são
de grande porte e próximas umas das outras.

©gustavofrazao/stock.adobe.com
Mata Atlântica
Também conhecida como Floresta Atlântica, é uma
floresta tropical, formada, principalmente, por árvores
que crescem próximas umas das outras. Estendia-se por
N uma extensa e larga faixa da costa brasileira, desde o BNCC
Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul, como tam-
O L
bém por vários trechos do interior do Brasil. Foi muito (EF04GE11)
sacrificada desde a ocupação dos portugueses no Brasil.
S
Contudo, ainda restam algumas áreas com reservas de Identificar as caracterís-
Mata Atlântica onde se podem observar plantas orna-
Floresta Amazônica mentais de várias espécies. É o hábitat de vários animais ticas das paisagens natu-
Mata dos cocais silvestres.
rais e antrópicas (relevo,
©Tupungato/stock.adobe.com

Caatinga
Cerrado
Pantanal
cobertura vegetal, rios,
Mata Atlântica etc.) no ambiente em que
Vegetação litorânea (manguezais e vegetação
de praia) vive, bem como a ação
Campos (pampa gaúcho) humana na conservação
Mata de Araucárias
ou degradação dessas
Formando Cidadãos 44 Geografia • 4o Ano
áreas.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Distribua aos alunos textos previamente elabo-


rados, abordando a vegetação e os seus tipos no
Brasil e promova uma leitura silenciosa. Em seguida,
elabore um jogo com perguntas e respostas sobre
o texto trabalhado, dividindo a turma em duplas
para responderem juntas. Depois, solicite que guar-
Gelpi / Shutterstock.com

dem os textos e, ao seu comando, respondam às


perguntas. Sugestão: você poderá determinar que
a primeira dupla que responder às dez primeiras
perguntas ganha o jogo.

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45

©gabriel/stock.adobe.com
Caatinga
No sertão do Nordeste e do Norte de Minas Gerais, região de clima
tropical semiárido, encontramos a Caatinga, formada por plantas
de folhas grossas, espinhosas e outras rasteiras com galhos secos e
poucas folhas. Alguns vegetais típicos da Caatinga: palma, mandaca-
ru, xiquexique, agave e uma variedade imensa de cactos.

©barkstudio/stock.adobe.com
Cerrado
O Cerrado possui uma vegetação que ocorre em áreas de clima tropi-
cal (quente e com pouca umidade), principalmente nos planaltos do
Brasil Central. Ele é formado por árvores de porte pequeno ou médio
que crescem com troncos retorcidos e cascas grossas. As árvores
crescem distanciadas umas das outras.

©foto4440/stock.adobe.com
Pantanal
O Pantanal é um território onde se encontra uma grande reserva na-
cional da flora e da fauna, considerado um paraíso natural. Localiza-
-se no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, na divisa com a Bolívia e
o Paraguai. Existe uma preocupação das autoridades em fiscalizar
e preservar várias espécies em extinção junto ao Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que,
além da vegetação, também fiscaliza o solo e a água.

©Alex R. Brondani/tock.adobe.com
Campos
São compostos por uma vegetação rasteira e verdinha (grama ou
capim) onde quase não existem árvores. Apresentam-se no estado
do Rio Grande do Sul.

BNCC
©paylessimages - stock.adobe.com

Vegetação litorânea
(EF04GE11)
Mangue
Os mangues são encontrados próximo à foz dos rios, onde se dá
Identificar as caracterís-
a mistura da água doce com a salgada. As plantas dos mangues
apresentam dois tipos de raiz: as que se fixam ao solo pantanoso, e
ticas das paisagens natu-
as respiratórias, que ficam fora da água. É o hábitat dos caranguejos,
camarões, siris e vários outros tipos de crustáceo. As aves marinhas
rais e antrópicas (relevo,
©JSantoSSA - stock.adobe.com

também utilizam o mangue para repouso, alimentação e reprodução.


Assim é o manguezal, considerado o berçário da vida marinha.
cobertura vegetal, rios,
Vegetação de praia
etc.) no ambiente em que
É composta por plantas rasteiras encontradas nas areias da praia.
Em vários locais do litoral brasileiro, é comum encontrarmos
vive, bem como a ação
coqueiros. humana na conservação
ou degradação dessas
Formando Cidadãos 45 Geografia • 4o Ano
áreas.

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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Convide os alunos a elaborarem um mural expres-
sando de qual vegetação gostam mais. Divida a turma
em vários grupos para facilitar a execução da ativi-
dade. Organize-se, previamente, e disponibilize alguns
materiais, como: lápis coloridos, papel crepom, cola,
tesoura com ponta arredondada, areia, folhas secas,
colas coloridas, tinta guache, pincéis, etc.

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Atividades 3. Cada frase abaixo se refere a um tipo de vege- 46
tação. Leia as frases e pinte os quadradinhos de
acordo com a orientação.
1. Coloque V, para as frases verdadeiras, e F,
para as falsas.
Florestas Cerrado Caatinga

V No Brasil, há vários tipos de vegetação.


Ocorre nas áreas mais secas do Brasil.
Apresenta capins e árvores de porte
F O clima e o solo são fatores que não alte- baixo e médio, além de cactos.
ram a vegetação.
Está situada em áreas onde chove
V Vegetação é o conjunto de plantas que
muito. Quando observada do alto, não
nascem e crescem naturalmente numa é possível ver o chão, pois as copas
região. das árvores são bem próximas umas
V O mapa da vegetação mostra os locais das outras.
onde existem os tipos de vegetação. Ocupa grande área da parte central do
Brasil. Apresenta vegetação de porte
2. Escreva quem sou. baixo, arbustos e árvores de galhos
retorcidos.
a. Ocupo grande parte do Planalto Central.
C E R R A D O 4. Numere as imagens de acordo com o tipo de
vegetação.
b. Localizo-me no Mato Grosso e no Mato Grosso
do Sul, na divisa com a Bolívia e o Paraguai. A – Caatinga B – Cerrado C – Floresta Amazônica

P A N T A N A L

c. Estou no litoral, próximo à foz dos rios, onde


se dá a mistura da água doce com a salgada.

M A N G U E B BNCC
©Rosamarela/stock.adobe.com
(EF04GE11)
d. Exploram muito a minha madeira. Ocupo parte
da Região Sul. Identificar as caracterís-
M A T A D O S ticas das paisagens natu-
C rais e antrópicas (relevo,
P I N H A I S ©Atelopus/stock.adobe.com
cobertura vegetal, rios,
Ou
etc.) no ambiente em que
M A T A D E vive, bem como a ação
A R A U C Á R I A S A humana na conservação
©hecke71/stock.adobe.com
ou degradação dessas
Formando Cidadãos 46 Geografia • 4o Ano
áreas.

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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Distribua imagens de diversas paisagens e
solicite aos alunos que escrevam e caracterizem
os elementos que influenciam na sua constituição.
Depois, peça-lhes que façam um fichário com a
descrição da localização, do relevo, do clima, da
vegetação e da flora que as constituem. Essa é
uma forma de sistematizar a relação entre todos
esses elementos.

128
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FUNDAMENTAÇÃO
O QUE É APRENDIZAGEM?
Um camelo é mais forte do que um ser humano;
um elefante é maior; um leão tem mais coragem;
o boi come mais do que uma pessoa;
os pássaros são mais viris. As pessoas foram feitas
para aprender.
Al-Ghazali. The Book of Knowledge.

O poder da aprendizagem é a capacidade (e a inclinação) de aprender. À medida que crescemos, vi-


vemos muitas experiências que podem aumentar ou diminuir essa capacidade de aprender. O objetivo do
Método do Poder da Aprendizagem (MPA) é garantir que não solapemos o poder de aprendizagem dos
nossos alunos, não importa o que façamos nas escolas. E depois identifiquemos os ingredientes mentais
diferentes que são acrescentados na formação do poder da aprendizagem e imaginemos modos, nas escolas
e especialmente nas salas de aula, pelos quais os professores possam fortalecer ativamente o poder de
aprendizagem dos seus alunos. Se a nossa meta for preparar os jovens para uma vida de aprendizagem
confiante e gratificante, a primeira coisa que precisamos é entender o que as pessoas fazem no mundo
real para aumentar a própria competência e compreensão.
Você pode pensar assim: se estudou cálculo na escola, pode ter memórias vagas (ou não tão vagas)
da relação entre distância, velocidade e aceleração. A distância representa o quão longe você está de
algo. A velocidade é o índice pelo qual a sua distância de algo está mudando. E a aceleração é o índice
pelo qual a sua velocidade está mudando. Velocidade e aceleração foram chamadas de primeiro e se-
gundo diferenciais de distância. Existe uma relação similar entre conhecimento, aprendizagem e poder de
aprendizagem. Conhecimento é o que você sabe ou sabe como fazer. Aprendizagem é uma mudança no
que você sabe ou pode fazer. E poder de aprendizagem é uma mudança no modo pelo qual você aprende.
Para entender a aceleração, é preciso saber o que é velocidade. Da mesma forma, para entender o que é
poder de aprendizagem, você precisa primeiro entender o que é aprendizagem (Figura 2.1).
Então o que é, exatamente, aquilo que queremos ajudar os jovens a melhorar quando falamos sobre “apren-
der a aprender” ou “construir o poder da aprendizagem”? O MPA adota uma visão bem ampla da aprendizagem.
Não estamos simplesmente tentando transformar os alunos em consumidores mais eficazes do currículo e
aprovados em testes. Queremos isso e mais. Estamos tentando prepará-los para os desafios e incertezas da vida
em toda a sua glória turbulenta. Por isso precisamos ser claros desde o início sobre qual tipo de aprendizagem
está envolvido: por que fazemos, quando fazemos e como fazemos. É disso que trata este capítulo.

Conhecimento é o que você sabe ou sabe como


fazer. Aprendizagem é uma mudança no que você
sabe ou pode fazer. E poder de aprendizagem é
uma mudança no modo pelo qual você aprende.
childrendrawings / stock.adobe.com

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POR QUE
APRENDEMOS?
Aprendemos porque somos constituídos para isso.
Como disse Al-Ghazali, filósofo persa do século XI, a
aprendizagem é a nossa característica mais óbvia enquanto
espécie. Nascemos imaturos e incompletos para que possa-
mos nos adaptar a qualquer nicho cultural e biológico em que
nos encontrarmos. O nosso cérebro é projetado para captar os
padrões e as nuanças do mundo para que possamos nos entro-
sar, quando necessário, com várias condições. Os bebês de pais
chineses criados na Inglaterra ou na América aprendem natu-
ralmente a falar o idioma local, com todos os seus dialetos
e expressões, de modo impecável - e os bebês de pais in-
gleses ou americanos criados na China fazem o mes-
mo. Através da aprendizagem, somos capazes de
prever como o mundo mudará e o provável
efeito das nossas ações nele.

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Celig / Shutterstock.com

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FIGURA 2.1 O PODER DA APRENDIZAGEM É COMO A ACELERAÇÃO

Fonte: Gentilmente autorizada por Juan e Becky Carlzon.

DISTÂNCIA
(V) Velocidade é o índice pelo qual a distância está mudando.
(A) Aceleração é o índice pelo qual a velocidade está mudando.

CONHECIMENTO
(Ap) Aprendizagem é o modo pelo qual o nosso conhecimento (ou competência) está mudando.
(PA) Poder de aprendizagem é o modo pelo qual a própria aprendizagem pode ser acelerada
ou desacelerada.

E, num mundo de mudanças rápidas, estaremos condenados


se não conseguirmos acompanhar o ritmo. A aprendizagem é a
única habilidade que jamais ficará obsoleta, pode ter certeza. E,
sem aprender, nós não somente lutamos para viver, mas também
deixamos de desenvolver os nossos interesses, paixões e talentos.
Portanto, de forma geral, a capacidade de ser um bom aprendiz é o
patrimônio mais importante que poderíamos imaginar.

CLAXTON, Guy. Ensinando os alunos a se ensinarem: o Método do poder da


Aprendizagem. Petrópolis, RJ: Vozes, 2019.

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18ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

2º DIA
Geografia: Ação humana altera a vegetação – página 47

Orientação didática:
• Peça que, através de pesquisa, os alunos coletem informações sobre a degradação do ambiente.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e História.

3º DIA
Geografia: Ação humana altera a vegetação – página 48

Orientação didática:
• Divida a turma em grupos e peça que os alunos elaborem, com os colegas, uma maquete, demons-
trando como a ação do homem altera a vegetação.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

4º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

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DINÂMICA

QUERO OUVIR VOCÊ

1. Distribua aos alunos uma folha de papel na qual deverão escre-


ver para um colega o que mais gostam de fazer. Por exemplo, peça
que eles descrevam um filme ao qual assistiram, contem uma viagem
inesquecível, falem de que brinquedo mais gostam.

2. Reúna todos os bilhetes em uma caixa e estabeleça alguns com-


binados com a criança que irá começar, quanto tempo cada uma terá
para falar, etc.

3. O primeiro aluno sorteia um pedido e executa a tarefa. Ao termi-


nar, as outras crianças podem fazer perguntas sobre o que ouviram. A
atividade segue até que todos participem.

4. No fim da brincadeira, peça que cada um comente o que mais


gostou e como se sentiu ao contar sua experiência para o grupo.

Guia prático para professores de Ensino Fundamental I. Ano 5, n. 54. São Paulo: Lua,
agosto, 2008.

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Ação humana altera a
47
vegetação

A vegetação do Brasil vem sendo alterada desde o início da colonização.


As vegetações que mais sofreram com a devastação foram a Mata Atlântica e o Cerrado.
Observe, nos mapas, a Mata Atlântica.

Mata Atlântica Mata Atlântica


N N

O L O L

S S

Em 1500 Em 2018
Mapas: ID/BR

Ao analisar os mapas, você pôde perceber que a Mata Atlântica se estendia originalmente por uma
grande região, ao longo do litoral brasileiro, e avançava nas regiões Sudeste e Sul, chegando até a Ar-
BNCC
gentina e o Paraguai. Atualmente, resta, apenas, uma pequena área coberta por essa mata. (EF04GE11)
Identificar as caracterís-
A Mata Atlântica é localizada próximo à costa brasileira. Quando os primeiros colonizadores en-
ticas das paisagens natu-
contraram árvores enormes e, também, cipós, orquídeas e samambaias, ficaram encantados com
tanta diversidade de plantas e de animais. rais e antrópicas (relevo,
cobertura vegetal, rios,
À medida que o Brasil foi sendo explorado por esses colonizadores, as florestas foram derrubadas. etc.) no ambiente em que
O primeiro tipo de árvore a ser retirado e levado para fora do Brasil foi o pau-brasil, por ter sua
madeira de cor avermelhada como brasa. Porém, dava muito trabalho para levá-la, e sua venda gerava vive, bem como a ação
pouco lucro. humana na conservação
ou degradação dessas
Formando Cidadãos 47 Geografia • 4o Ano
áreas.

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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Solicite aos alunos que pesquisem fotos de pai-
sagens, antes de suas modificações e depois das
suas alterações, e levem à sala. Peça-lhes que cons-
truam um cartaz contando a história daquele lugar
antes e como atualmente se encontra. Exponha
todos os trabalhos na sala de aula.
Mostre gravuras ou desenhos dos diversos as-
pectos que caracterizam a ação humana alterando
a vegetação. Peça aos alunos que observem suas
peculiaridades e anotem suas características.

134
134

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Era necessário, então, procurar novas for- Veja, abaixo, o infográfico que mostra os 48
mas de obter lucros com menos gastos. Como o ciclos de degradação da Mata Atlântica.
açúcar era um produto muito valioso na Europa
na época em que os colonizadores portugue-

Mata
ses aqui chegaram, decidiram, então, plantar 1500 - Descobrimento
do Brasil
cana-de-açúcar.

Atlântica
Observe o mapa histórico abaixo sobre a
exploração do litoral.
Extração do pau-brasil,
Reprodução utilizado para tintura de
tecidos e construção
Degradação

Séc. 17 - monocultura Séc. 16 - ciclo da


cana-de-açúcar
do café

O café destruiu as florestas que Grandes áreas da Mata


cobriam o Vale do Paraíba Atlântica foram destruídas

Séc. 20 - industrialização Séc. 21 - urbanização

As matas passaram a ser


derrubadas para alimentar as Mais recentemente, a expansão
indústrias de papel e celulose urbana tem pressionado a mata

Fonte: Fundação SOS Mata Atlântica. - Adaptado.

Hoje, a maior parte do que foi a Mata Atlânti-


ca encontra-se substituída por campos e cidades.
Porém, ainda restam áreas isoladas de mata, das
Terra Brasilis, mapa histórico do Brasil, quais os mais expressivos remanescentes estão
1519 (Atlas Português, 1519) concentrados no Sudeste brasileiro. Essas áreas
BNCC
de matas que restaram foram transformadas em (EF04GE11)
parques e são protegidas por leis.
A Mata Atlântica, com a introdução dos Identificar as caracterís-
canaviais, foi derrubada principalmente no
Nordeste. A devastação do Cerrado também foi intensa. ticas das paisagens natu-
Grande parte da área coberta por Cerrado foi rais e antrópicas (relevo,
substituída pela agricultura, com o cultivo de
Não só os canaviais foram os principais vilões grãos, pelos campos de pastagens e por cidades.
cobertura vegetal, rios,
dessa devastação. Houve, também, o cultivo do Hoje, o ritmo da devastação do Cerrado etc.) no ambiente em que
café, a expansão das áreas agrícolas, a criação continua acelerado por causa da expansão de
de gado, a ocupação urbana e a construção de projetos agropecuários, do extrativismo mine-
vive, bem como a ação
estradas. Todos esses fatores contribuíram para ral e das queimadas. humana na conservação
a devastação da mata original.
ou degradação dessas
Formando Cidadãos 48 Geografia • 4o Ano
áreas.

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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

likilia / stock.adobe.com
Comente com os alunos alguns acontecimentos
históricos que ajudam a esclarecer o motivo pelo
qual se fizeram necessárias a extração de recursos
naturais e a sua exploração. Em seguida, convide os
alunos a pesquisar sobre a cidade de Brasília, como
era antes e como, em cinco anos, ficou pronta.

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FUNDAMENTAÇÃO

QUAL É O TRAMPOLIM PARA A APRENDIZAGEM?


O estímulo para a aprendizagem intencional é o desejo de melhorar: saber mais, en-
tender mais profundamente, desenvolver competência e perícia. Os trampolins gêmeos
da aprendizagem são a curiosidade e a necessidade. Queremos melhorar para avançar
os nossos interesses; ou precisamos melhorar para enfrentar as demandas inevitáveis
e, às vezes, inoportunas que cruzam nosso caminho.
De qualquer maneira, a aprendizagem apenas acontece quando percebemos e ad-
mitimos a necessidade de melhorar. Se estivermos satisfeitos com a nossa situação,
não envidaremos os esforços necessários. Precisamos admitir - certamente para nós
mesmos e, às vezes, para os outros - que aquilo que sabemos ou fazemos hoje é
imperfeito ou inadequado. Precisamos aceitar a nossa incompetência ou ignorância
atual de alguma forma, não dar desculpas nem culpar outras pessoas. Precisamos ser
capazes de reconhecer e tolerar sentimentos de incerteza ou confusão. Precisamos
encarar os erros não como um insulto doloroso ao nosso valor próprio, mas como
um estímulo para acionar o que o MPA chama de “músculos da aprendizagem”. Pre-
cisamos ser geralmente otimistas quanto à probabilidade de que os nossos esforços
para aprender valerão a pena; a esperança de sucesso precisa superar o medo de
falhar ou parecer estúpido.
Aprender é como dirigir. Para sair, é preciso primeiro engatar a marcha. É isso que a
curiosidade e a necessidade fazem. Se nada atrair você para aprender, nada acontecerá.
Se você estiver numa situação em que a sua curiosidade for inoportuna, ela poderá defi-
nhar, deixando você apático. Depois é preciso verificar se o freio está liberado. Se formos
defensivos ou não perceptivos, sem vontade de confrontar a necessidade de melhorar, os
freios continuarão travados, e nenhuma aprendizagem ocorrerá. Se você tiver aprendido
a encarar erros ou confusão como sinais de fraqueza, por exemplo, é possível que esteja
ocupado demais tentando apoiar a própria autoestima para notar as oportunidades de
aprendizagem que estão bem na sua frente.
É óbvio que aprender não é um simples reflexo ou até um conjunto de habilidades;
é uma atividade altamente complexa que envolve a nossa personalidade, desejos
e crenças tanto quanto a nossa inteligência. À medida que nos desenvolvemos, a
aprendizagem torna-se muito mais do que formar associações simples entre A e B
ou memorizar números. Repetições e memorizações têm o seu valor. É útil ser capaz
de memorizar informações e acessá-las quando necessário. Mas elas são apenas
duas das ferramentas da poderosa caixa de ferramentas do aprendiz. Não adianta ser
um papagaio; é necessário saber pensar, conversar, ser atento e também usar a sua
imaginação para ser um aprendiz bom e versátil.

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O QUE OS APRENDIZES REALMENTE FAZEM?

Então vejamos rapidamente algumas das outras ferramentas da caixa dos aprendizes. Veremos que, assim
como todas as ferramentas, cada uma tem benefícios e desvantagens, e todas têm áreas onde funcionam
e outras onde não funcionam. Tipos e estágios diferentes de aprendizagem usam ferramentas diferentes
da caixa. No início de um projeto, pode ser necessário ler e analisar muito. Mas, depois, pode ser necessário
mudar e usar a sua imaginação e fantasia. E, depois, pode ser preciso usar de tentativas e erros para descobrir
quais ideias realmente funcionam. E, então, talvez você precise ser analítico e crítico ao rever o seu progresso.
Alguns assuntos, como tecnologia, envolvem uma atenção plena ao mundo físico; outros, como mate-
mática, não. Aprender sobre outras pessoas pode envolver muita conversa, mas o tipo de aprendizagem que
acontece na meditação precisa de um mínimo de interação. Alguns assuntos (como ciências) precisam de
um bom acúmulo de conhecimento que sirva como suporte, mas muitas formas de aprendizagem valiosa,
como a prática sofisticada de um jogador de futebol ou um violinista, são mais incorporadas e intuitivas.
Certas aprendizagens são deliberadas, conscientes e demandam esforço, mas boa parte delas acontece
incidentalmente e na pressa. Para a escola ser uma preparação para a aprendizagem na vida real, ela deve
afiar todas as ferramentas da caixa, não simplesmente uma ou duas.
Apresento um breve panorama das habilidades comuns que o aprendiz poderoso precisa dominar.

CLAXTON, Guy. Ensinando os alunos a se ensinarem: o Método do poder da Aprendizagem. Petrópolis, RJ: Vozes, 2019.

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19ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

2º DIA
Geografia: Ação humana altera a vegetação – página 49

Orientação didática:
• Realize um debate sobre a importância de preservar a vegetação nativa dos locais e de como a ação
humana tem alterado a vegetação.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e História.

3º DIA
Geografia: Ação humana altera a vegetação

Orientação didática:
• Peça aos seus alunos que façam uma pesquisa do significado da palavra ”reflorestamento” e debata,
em sala de aula, a importância desse tema.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

4º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

138

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DINÂMICA

DADO DE PERGUNTAS

Confeccion o dado com a turma e promova uma disputa entre grupos.

MATERIAIS:
Seis folhas de color set, cada uma de uma cor, tesoura com ponta arredondada, fita adesiva larga,
papel sulfite colorido, cola bastão e tiras de isopor.

COLOCANDO EM PRÁTICA:
1. Retire 18 cm de largura de cada folha de color set.
2. Cole as folhas com fita adesiva, formando um dado gigante.
3. Antes de fechar a última face, cole tiras de isopor no fundo do dado para dar mais firmeza.
4. Cole perguntas, como “O que é espaço rural?”, em cada face do dado.

COMO BRINCAR:
• Divida as crianças em grupos e entregue um dado para cada uma.
• Uma equipe por vez irá jogar seu dado e responder à pergunta que sair. Os pontos podem ser anota-
dos na lousa ou em uma folha de papel.
• Vence o grupo que responder a mais perguntas corretamente.

139

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Atividades 2. Quando os primeiros colonizadores chega- 49
ram aqui, encontraram árvores enormes, cipós,
orquídeas, samambaias, e ficaram encantados
1. Veja esta imagem. com tanta diversidade de plantas e de animais.
Qual a consequência disso para nossa vegetação
nativa?

As florestas foram derrubadas.

3. Quais vegetações mais sofreram com essa


devastação?

A Mata Atlântica e o Cerrado.

4. Qual foi o primeiro tipo de árvore do Brasil a


ser extraído da Mata Atlântica? Se você trocar as
figuras pelas letras correspondentes, vai desco-
©Richard Carey/stock.adobe.com
brir o nome.

a. Qual problema ambiental está sendo mostra-


do na imagem?
I U S B L P A R
Está sendo mostrado o desmatamento.

P A U - BNCC
b. Quais consequências esse problema pode cau-
sar ao meio ambiente? Marque as opções corretas. (EF04GE11)
X Erosão do solo.
Identificar as caracterís-
B R A S I L
ticas das paisagens natu-
Diminuição da variedade de madeira. rais e antrópicas (relevo,
5. Vamos conversar! O ser humano modifica o
X Destruição do hábitat natural dos animais. ambiente para viver. Em alguns momentos, ele cobertura vegetal, rios,
termina causando problemas ao meio ambiente.
etc.) no ambiente em que
Para você, é possível viver no meio ambiente
Diminuição da economia do país.
sem causar prejuízos? Quais ações você e sua vive, bem como a ação
família realizam para ajudar a preservar o meio humana na conservação
X Mudanças climáticas.
ambiente? Resposta pessoal
ou degradação dessas
Formando Cidadãos 49 Geografia • 4o Ano
áreas.
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SUGESTÃO DE ATIVIDADE
1. Complete a afirmativa a seguir usando, correta- O ser humano
mente, as palavras que estão no retângulo. é o único capaz

de construir seu desenvolvimento ,


seu progresso
acabar – progresso – capaz – humano e de preservar nossas cidades
preservados – reparadora – preservar com uma ação reparadora dos bens que a
natureza lhe oferece hoje e que po-
desenvolvimento – natureza
derão, um dia, se acabar se não forem
preservados .

140

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FUNDAMENTAÇÃO
OS PRIMÓRDIOS DO PODER DA APRENDIZAGEM
Esse breve levantamento já nos mostra a imagem de um aprendiz poderoso em todos os sentidos
começando a emergir. Isso envolve várias forças. Quanto mais você as tiver e quanto mais fortes forem,
maior será a adequação mental de modo geral para a aprendizagem. Aprendizes poderosos sabem como
fazer inferências e deduções válidas, criticar os próprios argumentos, assim como os argumentos de
outras pessoas, verificar afirmativas de conhecimento e construir teorias e explicações proveitosas para
situações confusas. São bons no uso da imaginação e gostam de usá-la: podem recorrer a visualizações,
ensaios mentais, fantasias e devaneios para gerar possibilidades de outros pensamentos e ações. Tem
atitudes do que podemos chamar de “sensibilidade interessada ” e “ceticismo respeitoso” diante das pró-
prias intuições, palpites e pressentimentos. São observadores meticulosos e focados capazes de buscar
padrões holísticos e perceber detalhes, assim como estar atentos a exemplos produtivos. Gostam de ler
coisas que alimentem os seus interesses. Apreciam o processo de experiência e experimentam, testando
as coisas na prática e revisando-as durante o processo.

SENSIBILIDADE
INTERESSADA

CETICISMO
RESPEITOSO
Prostock Studio / stock.adobe.com

141

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Sabem praticar e desenvolver novas habilidades eficazmente e de um modo que preserve o elemento lúdico
e espontâneo. Ficam satisfeitos ao se esforçarem e refletirem quando se deparam com desafios que valham a
pena, dedicando-se ao máximo, e obtêm prazer e orgulho consideráveis nas próprias conquistas. São bons em
diferentes tipos de conversas e discussões: não temem arriscar opiniões e ideias, sem deixarem de estar sempre
abertos a reflexão e revisão; são capazes de ouvir objetiva e precisamente, oferecendo respostas ponderadas e
gentis. E também podemos acrescentar que são seletivos ao aceitarem desafios de aprendizagem, sendo cons-
cientes dos próprios valores e potenciais benefícios à sua comunidade. Também sabem escolher quem deve
aconselhá-los e instruí-los.
O ponto principal é que todas essas ferramentas de aprendizagem podem ser desenvolvidas ainda mais.
O próprio poder da aprendizagem é algo que está sempre sujeito à aprendizagem. As ferramentas podem
ser desenvolvidas individualmente, mas também precisam funcionar bem juntas como um grupo, porque
todas essas forças devem ser usadas com flexibilidade, propriedade e equilíbrio. Mudando a metáfora,
elas precisam aprender como tocar juntas, como instrumentos numa banda de jazz de talentosos impro-
visadores que se conhecem bem. A mente da aprendizagem poderosa precisa entrelaçar os seus hábitos
e forças diferentes de acordo com as necessidades e ritmos do momento.

O próprio poder da aprendizagem é algo que está sempre su-


jeito à aprendizagem.

om
ck.c
sto
hutter
sk i/S
zew
ras
hab
kC
Jace

142

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Depois de desvendar tudo o que os aprendizes fazem, os sentimentos que precisam tolerar e as
atitudes que respaldam a sua confiança, o que pode atrapalhar a aprendizagem começa a transpa-
recer: aquilo que pode tornar alguém menos poderoso enquanto aprendiz.

Veja a lista a seguir:

• Ter vergonha de errar.

• Ser orgulhoso demais para pedir ajuda.

• Não querer observar honestamente o próprio desempenho nem ser responsável por ele.

• Não desejar lutar ou combater o que é difícil.

• Ser impaciente ao aguardar o sucesso ou irrealista sobre o tempo e o esforço que a apren-
dizagem requer.

• Ser dispersivo ou agitado demais para se concentrar na aprendizagem.

• Ser fatalista ou pessimista diante da própria capacidade de lutar eficazmente com as


dificuldades.

• Ser iludido com a própria competência. (Lembre-se de que 90% dos motoristas se consideram
melhores do que a média!)

• Ou simplesmente não perceber que o poder da aprendizagem é composto de todos os tipos


de estratégias e hábitos incluídos em nossa capacidade de aprender.

De fato, a título de analogia, simplesmente deixar de usar os músculos da aprendizagem dos


jovens pode levar os músculos à atrofia. “Use ou perca” pode se aplicar a mentes e corpos. Tudo
isso e muitos outros fatores podem enfraquecer o poder de aprendizagem das pessoas.

CLAXTON, Guy. Ensinando os alunos a se ensinarem: o Método do poder da Aprendizagem. Petrópolis, RJ: Vozes, 2019.

143

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20ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Semana de avaliação.

2º DIA
Semana de avaliação.

3º DIA
Semana de avaliação.

4º DIA
Semana de avaliação.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

144

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TRABALHANDO AS EMOÇÕES

Trabalhando as Atividades
50
emoções
Uma ajuda para a tristeza é conversar!

Tristeza É preciso compartilhar sua tristeza com alguém,


assim como fez o menino que não sabia sor-
Realize a dinâmica com a sua turma! rir. Ele conversou com sua professora e isso o
ajudou.
Dinâmica: Desabafo!

1 • Desenhe algo que já lhe aconteceu e que fez


você se sentir triste.
O professor coloca um espelho na parede da
sala e uma cadeira de frente para ele.

2
Toda a turma vai para a frente da sala,
no corredor.
Nota:
3 A Base Nacional Co-
Um aluno por vez entra na sala, senta na mum Curricular (BNCC)
cadeira e, de frente para o espelho, fala o que
o deixa triste. Em seguida, sai da sala para define um conjunto de
Resposta pessoal
que o próximo entre. competências gerais
4 que serve como um guia
Depois de todos terem participado, a turma para o aprendizado das
entra na sala e conversa sobre a experiência crianças e que deve ser
de ter falado o motivo que os deixam tristes.
desenvolvido de forma
dinâmica para trabalhar o
socioemocional.

• Agora, faça um comentário sobre seu desenho.


Professor, inicie a última
Resposta pessoal semana de conteúdos
deste módulo trabalhan-
do o socioemocional,
com a dinâmica que se
encontra na última pági-
Formando Cidadãos 50 Geografia • 4o Ano
na do livro do aluno.
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AUTOCONHECIMENTO E AUTOCUIDADO

Este é um dos exercícios mais valiosos e de- Valorize hábitos saudáveis no que diz respeito à
safiadores da vida. Quem se conhece consegue alimentação, ao sono, aos cuidados com a limpeza
perceber do quê e de quem precisa para ser feliz. É do quarto e da casa. Oriente os alunos sobre cui-
o autoconhecimento que permite perceber sonhos dados com o corpo, a pele, os cabelos e as unhas
e transformá-los em projetos. Sabendo de nossos para manter o asseio e a higiene.
pontos fortes e dos aspectos a desenvolver, re-
conhecemos que somos falíveis e que precisamos FRAIMAN, Leo. A síndrome do imperador: pais empoderados
uns dos outros. Podemos nos cuidar, manter nossa educam melhor. Belo Horizonte: Autêntica. São Paulo: FTD,
2019.
autonomia, senso de eficácia e autoestima.

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SEMANA DE AVALIAÇÃO 4. Sobre o município onde você mora, marque,
com um x, a resposta correta. Resposta pessoal

Unidade 2 a. Seu município está localizado:

• Áreas urbana, rural e litorânea Em um lugar plano.


• Relevo do Brasil À beira-mar.
• Hidrografia do Brasil Em um lugar com elevação.
• Climas do Brasil À beira de um rio.
• Alterações climáticas
• Vegetação do Brasil b. Quais formas de paisagem natural seu municí-
• Ação humana altera a vegetação pio apresenta?

Montanha Ilha Morro Lagoa


1. Sublinhe, abaixo, as atividades desenvolvidas na
área rural.
Monte Lago Serra Rio

Ir ao cinema Plantar 5. Pesquise e complete as lacunas abaixo, tornan-


do as frases verdadeiras.
Criar gado Colher

a. Um rio perene nunca seca .


Trabalhar no shopping
b. Um rio temporário seca de acordo
2. Desembaralhe as letras das palavras destaca- com as estações do ano.
das para dar sentido às frases e reescreva-as nas
linhas abaixo. 6. De acordo com os estudos vivenciados em sala,
a. Os agricultores e pecuaristas enfrentam a aces. explique o que é clima.
Os agricultores e pecuaristas enfrentam a seca. São variações do tempo em determinado lugar,
durante um longo período de tempo.

b. Na área rural, observam-se também pequenos


sodaovop.
7. Em que zona climática a maior parte do territó-
Na área rural, observam-se também pequenos
rio brasileiro está localizada?
povoados. Na Zona Climática Intertropical.

3. Escreva o nome das três formas de relevo no


Brasil nos espaços indicados.
Sugestão de resposta: 8. Na sua opinião, em que momento as alterações
climáticas podem prejudicar a organização e a
Planaltos
rotina das pessoas?
Depressões Sugestão de resposta: Pode prejudicar as planta-
Planícies ções e os animais no período de seca ou de chu-
vas intensas; as enchentes podem causar proble-
mas de saúde.

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9. De acordo com o que foi estudado, explique 12. Quais são os principais tipos de clima presentes
qual a importância da camada de ozônio para o no Brasil?
nosso planeta. Equatorial, Tropical, Tropical de Altitude, Tropical
Sugestão de resposta: Ela protege os seres vivos Atlântico, Subtropical e Semiárido.
dos raios ultravioleta emitidos pelo Sol.

13. De qual clima estamos falando?


10. Coloque V, para as frases verdadeiras, e F, para
as falsas. a. Apresenta temperaturas médias elevadas (de
25 °C a 27 °C) e chuvas durante todo o ano.
V No Brasil, há vários tipos de vegetação. Equatorial

F O clima e o solo são fatores que não alteram

a vegetação.
b. Caracteriza-se por temperatura elevada (18 °C a
V Vegetação é o conjunto de plantas que nas- 28 °C) e estações bem definidas (uma chuvosa e
outra seca). A estação de chuva ocorre no verão; no
cem e crescem naturalmente numa região.
inverno, ocorre a redução da umidade relativa em
V O mapa da vegetação mostra os locais onde razão do período da estação seca.
Tropical
existem os tipos de vegetação.

11. Sobre a hidrografia brasileira, é correto dizer c. Ocorre no interior do Nordeste, na região conhe-
que: cida como Polígono das Secas.
Semiárido
V A maioria dos rios são caudalosos, ou seja,
apresentam cursos com elevado volume de água e

que não secam (perene). d. Nessa região climática do Brasil, são comuns
as geadas e nevadas. No inverno, é bastante frio;
F Grande parte dos rios corre sobre planícies e apresenta as temperaturas mais baixas do país, in-
depressões. feriores a 0 °C.
Subtropical
V O rio Amazonas nasce na Cordilheira dos Andes.

V A Região Hidrográfica Amazônica ou Bacia

Amazônica é formada pelo rio Amazonas e seus 14. Cite um problema ambiental provocado por
ação humana.
afluentes.
Sugestão de resposta: Desmatamento, poluição,
F A Região Hidrográfica do Parnaíba ou Bacia do queimadas, etc.
Parnaíba compreende os estados do Piauí, Maranhão

e Pernambuco.

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FUNDAMENTAÇÃO

COMO MANTER A CONCENTRAÇÃO


O estudo requer uma boa capacidade de ler e
compreender o que lê, uma boa capacidade de
memorização e uma capacidade desenvolvida de
concentração. Uma concentração bem adequada
possibilitará uma melhor assimilação do conhe-
cimento e uma melhor recordação dos conteúdos
estudados.
A habilidade de concentrar-se é um recurso
que abre caminho para aprender melhor e mais
facilmente. Concentração requer vontade cons-
ciente e forte determinação para iniciar as ses-
sões de estudo. Superada a “preguiça” inicial,
põe-se em marcha um processo de estudo que
só poderá dar certo se for sustentado num cres-
cente interesse e na capacidade de manter-se
concentrado.
A concentração se torna mais fácil quando o
plano de estudos já está rotinizado ou sistema-
tizado, daí estudar no mesmo lugar e no mesmo
horário diariamente ajuda bastante. Ter uma for-
ma sequenciada de estudo também facilitará a
permanência da concentração; por exemplo, ler,
em seguida grifar o que leu de mais importante,
depois sintetizar o que grifou, procurar as pala-
vras desconhecidas no dicionário, dentre outras
estratégias de estudo.
Ajuda também na manutenção da concen-
tração variar os temas em estudo e as tarefas a
serem realizadas. Como se estudam várias maté-
Elnur / stock.adobe.com

rias, deve-se mesclar as diversas ciências, o que


possibilita menor cansaço mental (por exemplo,
matemática e literatura, física e inglês etc.).

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Evite situações que podem gerar distrações;
algumas delas aparecerão em sua mente como
situações inadiáveis. Para evitar as distrações,
deve-se: saber as prioridades e ser determinado
em cumpri-las, ter clareza na meta que se quer
alcançar e realizar um estudo por vez, e pensar só
nele. Deve-se ainda descansar após algum tempo
de estudo, mas sem sair do local.
A capacidade de concentração pode ser de-
senvolvida ainda com o uso de alguns jogos que
mexem com essa habilidade, como jogar xadrez,
fazer palavras-cruzadas, entre outros fatores que
estimulam nossa atenção.
Cuidado com os desconfortos que seu corpo
pode sentir durante o estudo; dores no pescoço, nas
costas e em outras partes do corpo podem ser con-
sequência de fadiga muscular. Quando isso ocorrer,
repense o conforto de seu local de estudo, dê uma
parada e realize alguns exercícios de alongamento
para a parte do corpo que estiver em desconforto.
Lembre-se de que toda rotina precisa de “recreios”;
aproveite o momento da fadiga muscular para dar
uma parada de uns dez minutos e depois retorne ao
estudo. Recomendamos que estudantes que estejam
cumprindo muitas horas de estudo pratiquem exer-
cícios físicos, pois isso ajudará até na manutenção
da concentração quando for estudar.
Sem dúvida alguma, o estudante necessita ter uma
atitude mental positiva em relação à sua capacida-
de de aprender; confiar em si e pensar que é capaz
de realizar seus projetos vão ajudá-lo a resolver os
problemas que apareçam e manter-se atento e con-
centrado em suas metas. Invista em sua autoestima.
Caso você esteja passando por problemas de or-
dem emocional, ficará mais difícil manter a concen-
tração em algo que exige esforço, como é o caso do
estudo, pois a emoção tende a se sobrepor à cogni-
cristovao31 / stock.adobe.com

ção. Tente resolvê-los e, caso não consiga sozinho,


procure ajuda. Nessas horas, os amigos, os familiares
e um bom psicólogo podem vir a ser necessários.

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Diga a você mesmo o que quer atingir com o estudo e com o conhecimento que está adquirindo, treine
sua mente para habituar-se com suas rotinas, seja otimista e creia no seu sucesso. Existem atividades que
podem ampliar sua capacidade de manter a atenção e a concentração, tais como:

• Escrever um diário sobre o que ocorreu no dia.

• Fazer exercícios que testam a inteligência, tais como cubo mágico.

• Responder a exercícios, nas diversas áreas que exijam respostas não convencionais, ou seja, que
exijam que você use a criatividade.

• Responder a jogos que precisam de raciocínio matemático.

• Procurar ler opiniões distintas sobre um mesmo assunto e depois escrever sua própria opinião.

• Debater ideias.

• Fazer uso de atividades recreativas que sejam mentalmente estimulantes.

• Procurar ler sobre assuntos novos, que você jamais se interessou; por exemplo, mitologia grega
ou viagens espaciais, etc.

• Assistir a telejornais tentando entender as nuances das matérias veiculadas.

• Ler revistas sobre temas atuais, posicionando-se em cada tema.

• Assistir a debates e entrevistas na TV.

• Assistir a documentários.

• Ir ao cinema e ao teatro, concentrando-se na história ou no tema que está sendo veiculado.

Lembre-se: para evitar o cansaço mental, necessitamos mais de variedade do que de descanso ou do
ócio. É por esse motivo que assistir a um debate de um tema instigador nos descansa mais que um filme
de ação. Faça o teste.

RIBEIRO, Marcos Aurélio de Patrício. Técnicas de aprender: conteúdos e habilidades. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012.

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3
U NI
DADE

ATURALIZAR

O que vamos estudar:


• Território brasileiro
• Fronteiras
• Organização política
• Câmara de vereadores
• Conselhos municipais
• Migração
• Povo brasileiro
• Diversidade cultural
• Territórios étnico-culturais
• Trabalhando as emoções
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A vivência em grupo na sala de aula ajuda o educando a confrontar-se com o mundo. É nesse
momento que ele vai fechar ou abrir o seu coração. O educador tem o papel de ajudá-lo para
que ele tenha a coragem de abrir-se e mostrar a beleza que tem.
É nosso desafio tornar a sala um campo para se praticar os sentimentos de bem-estar, de cui-
dado e de presença humana. Os educandos possuem sua amorosidade natural e podem abrir seu
coração no espaço aconchegante da sala. É disto que precisamos para que nosso coração se
comunique mais: aconchego.

WENDELL, Ney. Praticando a generosidade em sala de aula. Recife: Prazer de Ler, 2013.

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CONTEÚDOS DA UNIDADE E A BNCC
UNIDADE 3
UNIDADES OBJETOS DE
CONTEÚDOS HABILIDADES
TEMÁTICAS CONHECIMENTO
Território • Conexões e • Unidades político-adminis- (EF04GE05) Distinguir unidades político-ad-
brasileiro escalas trativas do Brasil ministrativas oficiais nacionais (Distrito, Muni-
cípio, Unidade da Federação e grande região),
suas fronteiras e sua hierarquia, localizando
seus lugares de vivência.

Fronteiras • Conexões e • Unidades político-adminis- (EF04GE05) Distinguir unidades político-ad-


escalas trativas do Brasil ministrativas oficiais nacionais (Distrito, Muni-
cípio, Unidade da Federação e grande região),
suas fronteiras e sua hierarquia, localizando
seus lugares de vivência.

Organização • Conexões e • Unidades político-adminis- (EF04GE05) Distinguir unidades político-ad-


política escalas trativas do Brasil ministrativas oficiais nacionais (Distrito, Muni-
cípio, Unidade da Federação e grande região),
suas fronteiras e sua hierarquia, localizando
seus lugares de vivência.

Câmara de • O sujeito e seu • Instâncias do poder público e (EF04GE03) Distinguir funções e papéis dos
vereadores lugar no mundo canais de participação social órgãos do poder público municipal e canais
de participação social na gestão do Município,
incluindo a Câmara de Vereadores e Conse-
lhos Municipais.

Conselhos • O sujeito e seu • Instâncias do poder público e (EF04GE03) Distinguir funções e papéis dos
municipais lugar no mundo canais de participação social órgãos do poder público municipal e canais
de participação social na gestão do Município,
incluindo a Câmara de Vereadores e Conse-
lhos Municipais.

Migração • O sujeito e seu Processos migratórios no (EF04GE02) Descrever processos migrató-


lugar no mundo Brasil rios e suas contribuições para a formação da
sociedade brasileira.

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UNIDADES OBJETOS DE
CONTEÚDOS HABILIDADES
TEMÁTICAS CONHECIMENTO
Povo brasileiro • O sujeito e seu • Território e diversidade (EF04GE01) Selecionar, em seus lugares de vi-
lugar no mundo cultural vência e em suas histórias familiares e/ou da
• Processos migratórios no comunidade, elementos de distintas culturas
Brasil (indígenas, afro-brasileiras, de outras regiões
do país, latino-americanas, europeias, asiáti-
cas etc.), valorizando o que é próprio em cada
uma delas e sua contribuição para a formação
da cultura local, regional e brasileira.
(EF04GE02) Descrever processos migrató-
rios e suas contribuições para a formação da
sociedade brasileira.

Diversidade • O sujeito e seu • Território e diversidade (EF04GE01) Selecionar, em seus lugares de


cultural lugar no mundo cultural vivência e em suas histórias familiares e/ou da
• Processos migratórios no comunidade, elementos de distintas culturas
Brasil (indígenas, afro-brasileiras, de outras regiões
do país, latino-americanas, europeias, asiáti-
cas etc.), valorizando o que é próprio em cada
uma delas e sua contribuição para a formação
da cultura local, regional e brasileira.
(EF04GE02) Descrever processos migrató-
rios e suas contribuições para a formação da
sociedade brasileira.

Territórios • O sujeito e seu • Território e diversidade (EF04GE01) Selecionar, em seus lugares de


étnico-culturais lugar no mundo cultural vivência e em suas histórias familiares e/ou da
• Conexões e • Territórios étnico-culturais comunidade, elementos de distintas culturas
escalas (indígenas, afro-brasileiras, de outras regiões
do país, latino-americanas, europeias, asiáti-
cas etc.), valorizando o que é próprio em cada
uma delas e sua contribuição para a formação
da cultura local, regional e brasileira.
(EF04GE06) Identificar e descrever territó-
rios étnico-culturais existentes no Brasil,
tais como terras indígenas e de comunidades
remanescentes de quilombos, reconhecendo a
legitimidade da demarcação desses territórios.

Trabalhando as Nota: A Base Nacional Comum Curricular


emoções (BNCC) define um conjunto de competências
gerais que serve como um guia para o apren-
dizado das crianças e que deve ser desen-
volvido de forma dinâmica para trabalhar o
socioemocional.

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21ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

2º DIA
Geografia: Território brasileiro – páginas 52 e 53 (primeira coluna)

Orientação didática:
• Organize as crianças em cinco grupos. Cada grupo ficará com uma região brasileira e pesquisará, em
jornais e revistas, as características do clima e da vegetação da respectiva região. Socialize os traba-
lhos no grande grupo.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e História.

3º DIA
Geografia: Território brasileiro – páginas 53 (segunda coluna) e 54

Orientação didática:
• Descreva para os alunos as características das regiões brasileiras. Depois, confeccione, com eles, um
jogo da memória com as capitais brasileiras e as regiões das quais elas fazem parte.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

4º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

154

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DINÂMICA

PARTICIPAR AJUDA
A VIVER MELHOR
Divida a turma em grupos de 5 ou 6 crianças e peça que respondam
às seguintes perguntas:

1. Você gosta do seu mundo como ele é?

2. O que você gostaria de mudar?

3. O que você está fazendo para que isso aconteça?

Cada grupo é convidado a expressar suas principais respostas por meio de desenhos e/ou
recortes e colagens.
Incentive cada grupo a apresentar para a turma seu trabalho. Provoque o diálogo e, ao final,
construa, com toda a turma, um cartaz com uma resposta comum às perguntas, colocando a
ênfase na importância da participação de cada um para que a vida seja melhor.
Pode-se, também, terminar o trabalho estabelecendo, com a turma, algum compro-
misso comum para melhorar a vida durante a semana. Os cartazes construídos pelos
grupos poderão ser expostos no mural da escola, para que todos os alunos vejam.

155

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A divisão feita pelo IBGE foi organizada ob- 52
Território brasileiro servando as características comuns aos estados:
cultura, vegetação, clima, traços físicos, huma-
nos, econômicos e sociais, etc.
Cada região é formada por um número de es-
O Brasil, ou República Federativa do Brasil, é tados. Ao todo, o Brasil tem 26 estados e 1 Distri-
o país em que vivemos. É o quinto maior país do to Federal, onde fica Brasília, capital do país.
planeta, ficando atrás da Rússia, do Canadá, da Os estados também apresentam divisões
China e dos Estados Unidos. menores, chamadas de municípios. O nosso país
Devido à sua extensão, diversidade cultural e pode ser representado pela sigla BR.
às suas diferenças de relevo, clima, vegetação, Vamos conhecer algumas regiões.
etc., o Brasil foi dividido pelo Instituto Brasilei-
ro de Geografia e Estatística (IBGE) em cinco
grandes regiões: Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Região Norte
Sudeste e Sul.

As regiões do Brasil

O L

BNCC
É a maior região em extensão territorial, for- (EF04GE05)
mada por sete estados.
Os estados são: Roraima, Amapá, Amazonas, Distinguir unidades
N
Acre, Rondônia, Pará e Tocantins. político-administrativas
O L
A Região Norte é banhada por muitos rios, e o
S mais importante deles é o Amazonas, o maior rio oficiais nacionais (Dis-
do mundo, tanto em extensão quanto em volume trito, Município, Unidade
de água. Também temos a maior floresta tropi-
Região Norte Região Sudeste cal nessa região, a Floresta Amazônica. Concen- da Federação e grande
Região Centro-Oeste Região Sul tra a maior quantidade de indígenas do país. região), suas fronteiras
Região Nordeste Mesmo sendo a maior região do Brasil, ela é a
segunda menos povoada, porque tem muitos rios e sua hierarquia, loca-
e muita vegetação. lizando seus lugares de
Formando Cidadãos 52 Geografia • 4o Ano vivência.

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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Possíveis divisões

Materiais:
Iofoto / Shutterstock.com

mapa do Brasil com divisões; tesoura com ponta arredondada.

Colocando em prática:
Apresente aos alunos informações sobre as possibilidades de
subdivisões de um país. Mostre que, além da divisão política, é
possível separar as regiões em características culturais ou eco-
nômicas, por exemplo. Solicite que levantem hipóteses sobre os
motivos de tais agrupamentos e separações.

156
156

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Região Nordeste É a menor região do país. Os estados que a 53
compõem são Paraná, Santa Catarina e Rio Gran-
de do Sul.
Por ter um clima muito frio, atraiu muitos imi-
grantes europeus; por isso, os estados revelam
uma forte influência da colonização europeia.
Até os dias de hoje, os costumes europeus se
fazem presentes nessa região.
N

O L
Região Sudeste
N
S

O L

É a maior região em número de estados. São


nove estados, e todos são banhados pelo Oceano
Atlântico. O arquipélago de Fernando de Noro-
nha faz parte da Região Nordeste e pertence ao É formada por quatro estados e é a região que
estado de Pernambuco. tem mais habitantes e a economia mais desen-
A Região Nordeste se destaca pelas suas cida- volvida do país. Concentra o maior número de
des históricas, com monumentos que remontam indústrias e comércio.
à época colonial. Os estados que formam a região são: Minas
Os estados que fazem parte da Região são: Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo.
Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte,
Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia. Região Centro-Oeste
A Região está dividida nas sub-regiões:
Meio-Norte, Sertão, Agreste e Zona da Mata.
BNCC
Região Sul (EF04GE05)
N
Distinguir unidades
O L político-administrativas
S
N
oficiais nacionais (Dis-
O L
trito, Município, Unidade
S

da Federação e grande
É composta pelos estados de Goiás, Mato região), suas fronteiras
Grosso e Mato Grosso do Sul e pelo Distrito Fede-
ral, onde fica Brasília, capital do país. É a segun- e sua hierarquia, loca-
da maior região em extensão territorial. lizando seus lugares de
Formando Cidadãos 53 Geografia • 4o Ano vivência.

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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Professor, aborde, primeiramente, o concei-


to de regionalização para que os alunos possam
compreender a importância da divisão regional do
Samuel Borges Photography / Shutterstock.com

território brasileiro. Depois, faça uma sondagem


dos conhecimentos prévios da turma, perguntando,
por exemplo: “Vocês sabem o que é uma região?”,
“Como uma região é definida?” e “O município em
que a escola está localizada é dividido em regiões?
Quais?”.

157

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Atividades c. Qual é a região que tem o maior número de 54
estados?

1. Preencha a cruzadinha de acordo com a É a Região Nordeste.


característica de cada região.

a. É formada por sete estados.


3. Observe o mapa, responda às questões e siga
b. Nela, fica o Distrito Federal.
os comandos abaixo.
c. É formada por nove estados.
d. É a menor região do país.

c.
N
O
R

a. d. D

b. C E N T R O - O E S T E
O U S
R L T
T E
R E G I Ã O

2. Observe os mapas das regiões e responda.


a. Pinte, de vermelho, o estado onde você mora.
a. Qual é a região brasileira que possui a maior Resposta pessoal BNCC
extensão territorial e a que possui a menor? (EF04GE05)
b. Qual é a capital do seu estado?
A Região Norte é a maior, e a Região Sul é a Distinguir unidades
Resposta pessoal político-administrativas
menor.
oficiais nacionais (Dis-
b. Apenas uma região brasileira não possui área trito, Município, Unidade
litorânea. Que região é essa?
da Federação e grande
É a Região Centro-Oeste. c. Identifique, no mapa, outros estados que com- região), suas fronteiras
põem a sua região e pinte-os de verde.
Resposta pessoal
e sua hierarquia, loca-
lizando seus lugares de
Formando Cidadãos 54 Geografia • 4o Ano vivência.

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SUGESTÃO DE ATIVIDADE

1. Resolva as adivinhas abaixo.

a. Sou a região mais fria. c. Tenho a maior cidade do país.


Região Sul Região Sudeste

b. Tenho uma grande parte da Floresta


d. Sou a região onde se encontra a capital do país.
Amazônica.
Região Norte Região Centro-Oeste

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FUNDAMENTAÇÃO
INGRATIDÃO

Burlingham / stock.adobe.com
Algumas pessoas, mesmo tendo recebido algum benefício, algum favor, não dão retorno, ou seja, não
têm capacidade de retribuir com um gesto, nem com uma palavra de agradecimento sequer.
Isso não é incomum no campo da política, especialmente da política partidária, na esfera do governo,
nas atividades em que se escolhe alguém entre outros, porque, ao se fazer uma escolha, acaba também
havendo a preterição, a não escolha de outras pessoas.
O filósofo iluminista francês Voltaire (1694-1778) atribuiu uma frase muito boa ao Rei Luís XIV – mesmo
que a autoria não seja dele, não tem importância, porque a frase, de fato, veio sendo repetida de outros
modos. Segundo Voltaire, Luís XIV houvera afirmado: “Cada vez que doo um posto vago, faço cem des-
cendentes e um ingrato”.
É a ideia daquele ou daquela que não aceita como um favor, uma contribuição, mas toma aquilo como
uma coisa usual, quase como uma obrigação.
Por isso, a ingratidão no âmbito da família, da empresa, na atividade da política é, embora comum, con-
siderada uma prática pouco virtuosa. E a ingratidão do beneficiado leva ao arrependimento do beneficiador.

CORTELLA, M. S. Pensar bem nos faz bem!: 4. Vivência familiar, vivência profissional, vivência intelectual, Vicência moral.
Petrópolis, RJ: Vozes, 2015.

159

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22ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

2º DIA
Geografia: Fronteiras – páginas 55 e 56 (primeira coluna)

Orientação didática:
Leve um mapa da vegetação e outro hidrográfico para mostrar aos alunos os limites naturais entre
territórios.
Leve, também, um mapa de rodovias para que eles possam compará-los.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e História.

3º DIA
Geografia: Organização política – página 56 (segunda coluna) e 57

Orientação didática:
• Apresente aos alunos um mapa da divisão política do Brasil antigo e atual e peça que observem as dife-
renças. Através de uma roda de conversa, leve-os a entender o processo de divisão de território.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

4º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

160

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DINÂMICA

FESTIVAL DE PERGUNTAS
Divida a turma em times e solicite-lhes que elaborem um número determinado de perguntas estabele-
cido por você acerca de um assunto de sua disciplina. Peça que cada time eleja um líder e o envie à frente
para sortear, usando moeda ou dado, qual equipe dará início à atividade. Feito isso, os líderes voltam aos
seus lugares. O líder do time que iniciará a peleja pronuncia uma de suas perguntas para qualquer pessoa
de qualquer outro time.
Se a pessoa escolhida responder corretamente à pergunta, seu time ganhará cinco pontos — que você
registrará em uma tabela desenhada na lousa — e ela terá a vez de jogar, isto é, pronunciará uma pergun-
ta e escolherá alguém de outro grupo para respondê-la. E, assim, o jogo terá continuidade. Todavia, em
caso de erro, aquele aluno que lançou a pergunta dirigir-se-á a outro time, escolhendo um participante e
repetindo a questão. Caso o erro se repita por três vezes, ele solicitará a resposta de um membro de sua
própria equipe. Em caso de acerto, seu time auferirá cinco pontos e continuará com a vez de recomeçar
o jogo. Caso erre, serão descontados do time cinco pontos do total que eventualmente tenha acumulado.
Se o seu placar ainda estiver zerado, serão atribuídos a ele pontos negativos.
O jogo poderá ser encerrado por você no momento em que julgar que já mobilizou suficientemente o
conteúdo planejado para aquele momento.

MIRANDA, Simão de. Professor, não deixe a peteca cair! 63 ideias para aulas criativas. Campinas: Papirus, 2005.

impro-studio / stock.adobe.com

161

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Fronteiras do Brasil 55
Fronteiras

Para a Geografia, território é um espaço físico


que contém solo, montanhas, rios, etc.
Os territórios possuem uma área delimitada
entre áreas vizinhas; a esta demarcação, damos
o nome de limite. Quando o limite de duas áreas
separa países, chamamos esses limites de fron-
teiras. Quando essas separações de áreas di-
videm estados, chamamos apenas de divisas e,
quando dividem municípios, chamamos de limites.

©zaschnaus/stock.adobe.com

O L

Fonte: IBGE

Podemos ter elementos naturais como limites O Brasil faz fronteira com quase todos os
de áreas: rios, montanhas, etc., ou podemos ter países da América do Sul, exceto o Chile e o
elementos criados pelos seres humanos: placas, Equador. O país que possui a maior fronteira
estradas, viadutos, pontes, etc. com o Brasil é a Bolívia.
O Brasil é um país de grande extensão terri- BNCC
torial, que possui 8.547.403 km2. O país possui
23.102 km de fronteiras. Destes, 15.735 são de
(EF04GE05)
fronteiras terrestres, e 7.367 km são de fronteiras Distinguir unidades
marítimas.
político-administrativas
©Helissa/stock.adobe.com

oficiais nacionais (Dis-


trito, Município, Unidade
da Federação e grande
©pololia/stock.adobe.com

região), suas fronteiras


e sua hierarquia, loca-
lizando seus lugares de
Formando Cidadãos 55 Geografia • 4o Ano
vivência.

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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Construa, com os alunos, a Taras Livyy/ stock.adobe.com

planta da escola, para que eles


possam compreender as noções de
espaço e limite (onde começa um
espaço e termina outro). Depois,
faça uma exposição e peça-lhes
que expliquem o que aprenderam.

162
162

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Atividades 56
Organização política
1. Vimos que vários elementos podem ser usados
como limite entre dois municípios. Na imagem a
seguir, pinte um elemento natural para dar limite Para que um povo se organize, é necessário
aos municípios. um regime de governo no qual todos se respei-
tem e obedeçam às leis elaboradas para o bem
comum. Essas leis podem estar escritas em do-
cumentos oficiais ou, simplesmente, ser aceitas
por todas as pessoas. Por exemplo: todos os
cidadãos devem respeitar a Constituição, mas
algumas tribos do interior da Floresta Amazô-
nica nem sequer têm ideia do que é a Consti-
tuição. Nessas tribos, as leis são as regras de
convivência estabelecidas entre todos ao longo
dos tempos.
No Brasil, funciona uma democracia, sen-
do o sistema de governo o presidencialismo.
Nesse sistema, o povo escolhe um presidente
2. Pinte, abaixo, os países com os quais o Brasil e seus demais governantes através do voto
faz fronteira. direto e secreto.

Argentina Equador Colômbia

Venezuela Peru Paraguai

Chile Uruguai Guiana

Suriname Bolívia Guiana BNCC


Francesa
(EF04GE05)
3. Com qual país o Brasil tem a maior fronteira? Distinguir unidades
©Rafael Henrique/stock.adobe.com

Tem a maior fronteira com a Bolívia. Para melhor organizar o nosso país, contamos
político-administrativas
com três poderes governamentais: Executivo, oficiais nacionais (Dis-
Legislativo e Judiciário.
Para elaborar as leis, nosso sistema conta
trito, Município, Unidade
4. Quais países não fazem fronteira com o Brasil? com o Poder Legislativo. Dele, fazem parte: os da Federação e grande
senadores e os deputados federais (que criam
Chile e Equador. região), suas fronteiras
as leis nacionais), os deputados estaduais (res-
ponsáveis pelas leis estaduais) e os vereadores e sua hierarquia, loca-
(responsáveis pelas leis municipais). lizando seus lugares de
Formando Cidadãos 56 Geografia • 4o Ano
vivência.

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SUGESTÃO DE ATIVIDADE
ANOTAÇÕES
1. Quais municípios fazem limite com a cidade onde
você mora? E com o seu estado, que estados fazem
limite com ele?
Resposta pessoal

163

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Atividades
57
1. O que é necessário para que um povo seja
organizado?

Para que um povo se organize, é necessário um

regime de governo em que todos se respeitem e


©alexandremn2/stock.adobe.com

O Congresso Nacional é composto pelo Se- obedeçam às leis elaboradas para o bem comum.
nado Federal, formado pelos senadores, e pela
Câmara de Deputados, formada pelos deputados
federais.
Chamamos Assembleia Legislativa o local 2. O que é presidencialismo?
onde os deputados estaduais se reúnem.
Câmara Legislativa é a “casa” dos vereadores. É um sistema de governo. Nesse sistema, o povo
Para que a ordem seja observada e cumprida,
a nação brasileira tem, ainda, o Poder Judiciário, escolhe um presidente e seus demais governan-
do qual fazem parte os juízes, que garantem o
cumprimento das leis criadas pelo Poder Legisla- tes através do voto direto e secreto.
tivo, bem como os desembargadores e os mi-
nistros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do
Superior Tribunal de Justiça (STJ).
3. Responda.

a. Qual é o papel do Poder Executivo?

Administrar os recursos públicos conforme a lei. BNCC


(EF04GE05)
Distinguir unidades
b. Qual é o papel do Poder Legislativo? político-administrativas
©Janjiulio/stock.adobe.com Criar as leis. oficiais nacionais (Dis-
O Poder Executivo é responsável pela admi- trito, Município, Unidade
nistração dos recursos públicos conforme a lei.
Ele se divide em: Poder Executivo Nacional (pre-
da Federação e grande
sidente da República, vice-presidente e minis- c. Qual é o papel do Poder Judiciário? região), suas fronteiras
tros), Poder Executivo Estadual (governadores,
Observar e fazer com que se cumpram as leis. e sua hierarquia, loca-
vice-governadores e secretários estaduais) e Po-
der Executivo Municipal (prefeitos, vice-prefeitos lizando seus lugares de
e secretários municipais). vivência.
Formando Cidadãos 57 Geografia • 4o Ano

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SUGESTÃO DE ATIVIDADE

1. Relacione as colunas escrevendo os cargos corretamente.

1 Poder Legislativo 2 Juízes.

2 Poder Judiciário 1 Senadores, deputados federais e estaduais e vereadores.

3 Poder Executivo
3 Presidente, vice-presidente, ministros, governadores e seus vices,

prefeitos e seus vices.

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FUNDAMENTAÇÃO
10 DICAS DE HÁBITOS CAPAZES DE BENEFICIAR SUAS CAPACIDADES MENTAIS

1 ALIMENTE-SE BEM 6 SOCIALIZE


Refeições ricas em substâncias como selênio, zin- Ter amigos e familiares por perto faz com que o
co e ferro são essenciais para melhorar o desempe- interesse pela vida seja maior, com objetivos e me-
nho cognitivo, a memória e o raciocínio. Além disso, tas. Por consequência, o cérebro também “se nutre”
segundo a psicóloga Raquel Canabarro, alimentos desse interesse e mantém-se vivo, em forma.
ricos em ômega-3, fonte abundante de ácido graxo,
ajudam na formação de massa cinzenta, que é a parte
do neurônio que faz a informação passar mais rápido. 7 TENHA BOAS NOITES DE SONO
O sono tem papel fundamental no funcionamento
2 PRATIQUE EXERCÍCIOS do cérebro: além de restaurar o desgaste físico na-
Os exercícios físicos estimulam novos neurônios, tural do dia, permitindo o relaxamento do corpo, é
aumentam o nível de oxigênio no cérebro, deixan- durante o descanso que a memória consolida o que
do-o mais “ligado”. Além disso, amplia a produção foi aprendido ao longo do período.
de serotonina, neurotransmissor responsável pela
sensação de bem-estar. 8 AUMENTE O SOM
Ouvir música também gera estimulação cerebral
3 RELAXE e ajuda a aperfeiçoar processos intelectuais, como
“O estresse produz hormônios que atrapalham o raciocínio e o pensamento, além de diminuir o
o fluxo sanguíneo e, em longo prazo, podem matar estresse e estimular a produção de novos neurônios.
células neurais ligadas à memória”, aponta Raquel
Canabarro. Uma boa alternativa para diminuir o rit- 9 ORGANIZE-SE
mo interno é a meditação por meio de uma respira- Ser uma pessoa mais organizada facilita o traba-
ção correta focada no presente. lho do cérebro. Gerencie bem seu tempo, trabalhe
em locais apropriados, estipule prioridades, etc.
4 LEIA MAIS
10 APROVEITE O SOL
“A leitura é um ótimo exercício para o cérebro,
pois é uma atividade que envolve vários proces- A deficiência de vitamina D (nutriente cuja princi-
sos cognitivos, como decodificação, compreensão, pal fonte é a luz do sol) causa o dobro de chances de
memória e atenção”, explica Raquel. Ao lermos um danos cognitivos em idosos. Por isso, reserve alguns
livro ou uma revista, as memórias visual, auditiva, minutos no período da manhã, até 10 horas, e no
verbal e linguística são reforçadas. final da tarde, após as 16 horas, para aproveitar os
benefícios dos raios solares.
5 PRATIQUE JOGOS E ATIVIDADES
Jogos de memória, caça-palavra, quebra-cabe-
ças, palavras cruzadas… Existem diversas opções
de atividades de raciocínio que ajudam a desen-
volver e manter as conexões cerebrais. Além disso,
aproveite a tecnologia dos aplicativos e treine seu
cérebro usando seu smartphone ou tablet.

165

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23ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

2º DIA
Geografia: Organização política – página 58 (primeira coluna)

Orientação didática:
• Apresente aos alunos a classificação dos poderes existentes no Brasil: Legislativo, Executivo e
Judiciário.
• Peça que os alunos pesquisem sobre a importância dos três poderes estudados e socializem com a
turma.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e História.

3º DIA
Geografia: Câmara de Vereadores - página 58 (segunda coluna) – página 59 (primeira coluna)

Orientação didática:
Mostre aos alunos o vídeo Dois minutos para entender: O que faz um vereador, da Superinteressante,
publicado em 28 de set de 2016 (disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=bjUf0iYqDDs).
Depois, faça perguntas relacionadas ao que assistiram no vídeo.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

4º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

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DINÂMICA

AÇÕES DE CUIDADO
venta a doença que está acometendo o outro (dor de
A turma é dividida em duplas, sendo separadas cabeça, febre alta, etc.). Andam e, ao sinal, realizam
em número 1 e 2. O educador explica que o número 1 a ação. Repetem mais uma vez.
é o cuidador e o número 2 é o necessitado. As duplas Por último, o educador fala que a terceira ação é
andarão pela sala, e, quando ele der o sinal, o número o 1 pegar nas mãos do 2 e ir levando-o para frente
1 vai realizar algumas ações para ajudar o número 2. e falando palavras de incentivo, como: “Você con-
Serão três ações de faz de conta. segue, vamos!”, “Tenha coragem!”, “Você é capaz!”.
O educador esclarece que a primeira é o número Enquanto isso, o 2 anda bem pesado e triste. Fazem,
1 segurar o 2 e colocá-lo lentamente no chão, com então, a ação e repetem uma vez. Após esta última,
ele desmaiando aos pouquinhos e sentando. Pede o educador inverte as duplas e, novamente, faz o
que andem juntos pela sala e dá o sinal para o 1 exercício completo, possibilitando que um viva o
realizar a ação. lado do cuidador; e o outro, o do necessitado.
Depois, volta a andar de novo e repete mais uma No final, pergunta como eles se sentiram fazendo
vez a mesma ação. os dois tipos de personagem e o que foi mais difícil
Agora, explica que haverá outra ação em que ou fácil, valorizando o lado solidário da atividade.
2 deita no chão e 1 vai telefonar para alguém na
emergência e dizer que o colega não está bem. In- WENDELL, Ney. Praticando a generosidade na sala de aula.
Recife: Prazer de Ler, 2013.

Denis Kuvaev / Shutterstock.com

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4. Pesquise e escreva o nome de três ministérios
Câmara de
58
que auxiliam o presidente da República.
Vereadores
Sugestão de resposta: Ministério da Educação,

Ministério da Saúde e Ministério da Fazenda. Já vimos que o Poder Legislativo é um dos


poderes do Estado. Nele, vamos ter os vereado-
res, que são escolhidos pelo povo e têm como
responsabilidade aprovar as leis do município.
5. Relacione. Os vereadores trabalham na Câmara de Ve-
readores (também chamada de Câmara Munici-
1. Poder Legislativo pal), que é um órgão legislativo municipal. A Câ-
2. Poder Judiciário mara é o órgão que trabalha na formulação das
3. Poder Executivo leis municipais. Ela também fiscaliza as receitas
e despesas do município. BNCC
2 Juízes. (EF04GE03)
Dantadd/Wikimedia Commons
Distinguir funções e
1 Os senadores, deputados federais e esta-
duais e vereadores. papéis dos órgãos do
3 O presidente, vice-presidente, ministros, poder público municipal
governadores e seus vices, prefeitos e seus e canais de participação
vices.
social na gestão do Muni-
6. Quem exerce, nos estados: cípio, incluindo a Câmara
a. o Poder Executivo? de Vereadores e Conse-
lhos Municipais.
Governador, vice-governador e secretários de
Dantadd/Wikimedia Commons

Estado. (EF04GE05)
b. o Poder Legislativo? Distinguir unidades
político-administrativas
Deputados estaduais.
oficiais nacionais (Dis-
trito, Município, Unidade
c. o Poder Judiciário?
da Federação e grande
região), suas fronteiras
Juízes do Tribunal de Justiça Estadual.
e sua hierarquia, loca-
lizando seus lugares de
Formando Cidadãos 58 Geografia • 4o Ano vivência.

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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Proponha aos alunos que pesquisem, no seu mu-
nicípio, quais são as pessoas que exercem os pode-
res Executivo, Legislativo e Judiciário. É interessante
que você trabalhe com eles, antecipadamente, tex-
tos explicando como funciona cada poder, para que
compreendam melhor como se dá esse processo.

168
168

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Atividades
59
Conselhos municipais
1. Responda com V ou F a afirmativa abaixo.

V A Câmara Municipal é um órgão legisla- Já vimos que o prefeito não governa sozinho,
tivo que trabalha na formulação das leis ele tem a ajuda dos secretários e vereadores,
municipais. mas os cidadãos podem participar na formula-
ção e implementação de políticas públicas.
2. Pesquise e escreva o endereço da Câmara de
Vereadores do seu município. Como isso pode acontecer?

Resposta pessoal Em alguns municípios, vamos ter um cidadão


ou um grupo de pessoas que, juntas, formulam
e controlam a execução das políticas públicas:
são os conselhos municipais. Eles são o principal
canal de participação popular junto ao governo.
O conselho municipal é composto por represen-
3. A cada quatro anos, são escolhidos o prefeito, tantes da sociedade civil e representantes do
o vice-prefeito e os vereadores. Para você, qual é governo estadual.
a importância desse período?

Resposta pessoal

4. Os vereadores são os responsáveis por apro-


var as leis municipais. Se você fosse um verea-
dor, que lei você criaria ou apoiaria?
BNCC
Resposta pessoal (EF04GE03)
Distinguir funções e
papéis dos órgãos do
poder público municipal
e canais de participa-
ção social na gestão do
Município, incluindo a
Câmara de Vereadores e
59
Formando Cidadãos Geografia • 4o Ano
Conselhos Municipais.

FC_GEO_4F_3UND.indd 59 22/12/2021 13:48:59

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Fale com os alunos sobre a importância do Poder


Legislativo no âmbito municipal e sobre a responsa-
bilidade que o povo tem ao eleger um governante.
Explique como é necessário votar consciente e exigir
o cumprimento de promessas feitas em campanhas
zhengzaishuru / Shutterstock.com

eleitorais, fiscalizar o andamento de projetos e os


gastos públicos, sendo, assim, um cidadão ativo em
seu município.

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FUNDAMENTAÇÃO
PROFESSOR: MEDIADOR E FACILITADOR
Professor e aluno, na escola, são agentes e cúmplices do mesmo processo, exercendo funções dife-
rentes. Ao primeiro, cabe apresentar e coordenar o processo; ao segundo, executar e complementar os
trabalhos com novas posições que surgem no contato com os professores e com os colegas. Tanto nas
proposições do mestre quanto nas dos alunos, as atividades procuram ampliar as experiências sugeri-
das ou esboçadas no livro didático.
O que esperamos do professor quando afirmamos que é importante diminuir a diretividade do en-
sino? Parece uma contradição com o que foi dito antes: as teorias críticas não pretendiam ampliar a
presença do professor naquele processo? Sim, queriam, e nós também. Mas isso não significa que ele
passará a “controlar” o desenvolvimento e o crescimento intelectual dos alunos.
O professor é fundamental na organização dos assuntos significativos e na criação de atividades
complementares, que têm por meta favorecer a liberdade de expressão e a iniciativa dos alunos. O ob-
jetivo de um educador é ajudar o aluno a desenvolver sua autonomia e iniciativa. Para tanto, seleciona
os objetos de estudo que os alunos vão organizar e processar.
Dois riscos rondam o professor em sua atividade diária: a rigidez dos cronogramas de atividades ou
dos temas previamente selecionados (a “camisa-de-força” do programa a ser cumprido e dos horários
de provas) e, num outro extremo, a improvisação e o descompromisso característicos do espontaneís-
mo, que afirma que os conteúdos temáticos devem surgir no “aqui e agora” da sala de aula.

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Organizar aulas com antecedência e propor assuntos significativos para a aprendizagem são
atividades que requerem, como se vê, a necessária flexibilidade e os ajustes que vão sendo feitos
à medida que se dão as interações professor-aluno. O professor aparece, assim, como um degrau
a partir do qual os alunos constroem seu conhecimento e vivenciam experiências que, sozinhos,
talvez levassem mais tempo para ocorrer.
Em seu planejamento anual, o professor seleciona os conceitos e assuntos significativos com-
patíveis com a série em que trabalha. Mas o contato com os alunos é que define a amplitude e o
aprofundamento que serão possíveis ao longo do ano. É por isso que ele organiza seu cronograma
e suas atividades de forma a abrir espaço para que os alunos realizem descobertas e procedam a
reflexões pessoais.
Não cabe ao professor fornecer conhecimento pronto para ser consumido mecanicamente pelos
alunos. A ele cabe incentivar a curiosidade dos alunos para que adquiram um bom instrumento de
análise histórico-social e ampliem sua visão de mundo.
Acontece que ninguém amplia a visão de mundo do outro sem ampliar primeiro a sua, sem co-
nhecer a dimensão humana, técnica e político-social de sua profissão, sem conhecer o contexto
dinâmico e plural em que atua.
O maior desafio para os professores, hoje, não é apenas lutar por salários e condições de tra-
balho mais dignos, mas sim conquistar o direito a uma formação profissional de qualidade. Ele só
construirá o saber com seus alunos se conhecer sua própria realidade e conquistar sua identidade.

NEMI, Ana Lúcia Lana; MARTINS, João Carlos. Didática de História: o tempo vivido: uma outra história? - São Paulo: FTD,
1996. p.89-90.

LIGHTFIELD STUDIOS / stock.adobe.com

171

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24ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

2º DIA
Geografia: Conselhos municipais – páginas 59 (segunda coluna) e 60

Orientação didática:
• Oriente os alunos a pesquisar sobre os conselhos do seu município. Feito isso, os alunos levarão a pes-
quisa para casa e farão, com um adulto, a comparação de como era no tempo em que essa pessoa tinha
a idade deles. Peça-lhes que anotem as mudanças e tragam-nas para partilhar com os colegas e, assim,
montem um comparativo da história do “ontem e do hoje”.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e História.

3º DIA
Geografia: Conselhos municipais – página 61

Orientação didática:
• Professor, pergunte aos alunos se eles sabem quais são as funções dos conselhos do seu município.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

4º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

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DINÂMICA

APRENDER A ESCUTAR
O educador pergunta o que os educandos estão ouvindo na sala, identificando a maioria dos sons que
chegam ao ambiente. Enquanto eles falam, o educador anota algumas respostas no quadro. A partir dessas
anotações, informa que eles irão construir uma lista de sons dos variados espaços. Todos passeiam pelos
diversos ambientes da instituição e anotam todos os tipos de som que ouvirem. Cada um pega o seu caderno e
um lápis e sai seguindo o educador. Para cada som que ouvirem, devem escrever uma explicação do seu jeito.
O educador passeia por lugares diferentes e que possam ter sons os mais variados possíveis. Ao retornarem
à sala, solicita que cada um leia o que anotou. Após as leituras, o educador avalia com a turma o que essa
atividade trouxe de aprendizagem. É interessante dar valor à capacidade de escutar.

WENDELL, Ney. Praticando a generosidade na sala de aula. Recife: Prazer de Ler, 2013.

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Atividades
59
Conselhos municipais
1. Responda com V ou F a afirmativa abaixo.

V A Câmara Municipal é um órgão legisla- Já vimos que o prefeito não governa sozinho,
tivo que trabalha na formulação das leis ele tem a ajuda dos secretários e vereadores,
municipais. mas os cidadãos podem participar na formula-
ção e implementação de políticas públicas.
2. Pesquise e escreva o endereço da Câmara de
Vereadores do seu município. Como isso pode acontecer?

Resposta pessoal Em alguns municípios, vamos ter um cidadão


ou um grupo de pessoas que, juntas, formulam
e controlam a execução das políticas públicas:
são os conselhos municipais. Eles são o principal
canal de participação popular junto ao governo.
O conselho municipal é composto por represen-
3. A cada quatro anos, são escolhidos o prefeito, tantes da sociedade civil e representantes do
o vice-prefeito e os vereadores. Para você, qual é governo estadual.
a importância desse período?

Resposta pessoal

4. Os vereadores são os responsáveis por apro-


var as leis municipais. Se você fosse um verea-
dor, que lei você criaria ou apoiaria?

Resposta pessoal
BNCC
(EF04GE03)
Distinguir funções e
papéis dos órgãos do
poder público municipal
e canais de participa-
ção social na gestão do
Município, incluindo a
Formando Cidadãos 59 Geografia • 4o Ano Câmara de Vereadores e
Conselhos Municipais.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Oportunize o assunto e explique para seus alunos
como funciona o sistema de democracia de repre-
sentação em nosso país, esclarecendo que, apesar
de serem escolhidos por nós, os trabalhadores elei-
tos para exercer funções públicas não são obrigados
a cumprir estritamente nossa vontade. Na realidade,
damos ao eleito a liberdade de decidir por nós os
rumos da vida pública.

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Existe conselho: A escolha dos nossos governantes 60
• de alimentação escolar. No Brasil, escolhemos nossos representantes
• municipal de saúde. pelo voto livre e secreto. Isso significa que te-
• de controle social do Bolsa Família. mos a liberdade de votar em quem quisermos e
• de assistência social, entre outros. não somos obrigados a dizer em quem estamos
votando.
O voto em nosso país é obrigatório para os
eleitores dos 18 aos 70 anos. É facultativo, ou
seja, não é obrigatório, para aqueles que têm
entre 16 e 17 anos, para quem tem mais de 70
anos e para os adultos que não sabem ler nem
escrever.
O voto é proibido para os militares que pres-
tam o serviço militar inicial e obrigatório.
A cada 4 anos, os cidadãos brasileiros vão às
urnas para votarem nos candidatos aos cargos
de: prefeito, vereador, governador, deputado,
senador e presidente.

Os conselhos têm como responsabilidades:


Você sabia?
• Fiscalizar o uso do dinheiro arrecadado em

©Rafael Henrique - stock.adobe.com


impostos.
• Verificar se o que a prefeitura comprou está
chegando ao seu destino (escola,
postos de saúde, etc.).
• Analisar a quantidade de produtos compra-
dos, por exemplo: a merenda escolar.
• Fiscalizar os repasses de programas federais.
• Participar da elaboração das metas.

Hoje em dia, a legislação eleitoral do


BNCC
Brasil garante aos homens e às mulheres (EF04GE03)
BNCC
direitos equivalentes. A lei determina que
os partidos políticos apresentem no mínimo
Distinguir
(EF01GE01) funções e
30% de candidatas mulheres em sua chapa. papéis dos órgãos do
Pelo que percebemos no dia a dia, cada vez
poder público
Descrever municipal
características
mais, a participação política das mulheres
aumenta no país. e canais de participa-
observadas de seus luga-
Disponível em: plenarinho.leg.br. Acesso: 20/07/2021. ção
res de vivênciagestão
social na do
(moradia,
Município,
escola etc.)incluindo a
e identificar
Câmara de Vereadores
semelhanças e diferenças e
Formando Cidadãos 60 Geografia • 4o Ano
Conselhos
entre essesMunicipais.
lugares.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA ANOTAÇÕES


ANOTAÇÕES
Comente com os alunos que uma casa, uma
escola, ou uma cidade precisam de pessoas que
cuidem das necessidades, da administração e da
organização. Após essa afirmação, questione-os:
• Quem é responsável pela administração da
sua casa? Há mais alguém que colabora com essa
organização?
• E no colégio, quem é o responsável? Há outros
colaboradores?
• E no município, quem é responsável pela
administração?

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Atividades c. Quantas pessoas fazem parte do seu 61
município?

1. Converse com um adulto da sua família e Resposta pessoal


escreva, abaixo, a opinião dele sobre alguns
melhoramentos que precisam ser feitos no seu d. Qual o nome do atual prefeito do seu
município. município?

Resposta pessoal
Nome:
e. Quantos vereadores compõem a câmara
Resposta pessoal municipal?

Resposta: Resposta pessoal

Resposta pessoal f. Existem conselhos municipais em seu


município?

Resposta pessoal

5. Pesquise, recorte e cole, no espaço abaixo,


uma foto da sede da prefeitura do seu município.

2. A quem é conferido o direito ao voto


obrigatório?

Às pessoas de 18 a 70 anos.

3. Qual é o principal canal de participação popu-


lar junto ao governo?
BNCC
O conselho municipal.
Resposta pessoal (EF04GE03)
BNCC
4. Pesquise e escreva as informações abaixo. Distinguir
(EF01GE01) funções e
papéis dos órgãos do
a. Ano da fundação do seu município:
poder público
Descrever municipal
características
Resposta pessoal
e canais de participa-
observadas de seus luga-
b. Quem o fundou? ção
res de vivênciagestão
social na do
(moradia,
Resposta pessoal
Município,
escola etc.)incluindo a
e identificar
Câmara de Vereadores
semelhanças e diferenças e
Formando Cidadãos 61 Geografia • 4o Ano
Conselhos
entre essesMunicipais.
lugares.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Explique a seus alunos que, na democracia bra-


sileira, o poder econômico dos estados e seus re-
presentantes não devem influenciar nas decisões
políticas tomadas no país.
Num sistema democrático, qualquer represen-
tante de qualquer estado tem a mesma parcela de
poder que seus colegas.
Gelpi / Shuttestock.com

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FUNDAMENTAÇÃO
A UTILIDADE
Se uma pessoa começa a perceber que sua vida é inútil, vai se tornando depressiva e cada vez mais
desanimada. Quando verifica que faz coisas úteis, melhora sua autoestima, a alegria contamina todo o
seu organismo.
O mesmo acontece com os alunos: se uma aula é cheia de inutilidades, ela consegue desanimar qualquer
estudante; se, ao contrário, ele percebe que os assuntos são úteis, sente mais prazer em estudar.
Aqui é preciso quebrar o paradigma tradicional de que o estudo é penoso, de que o trabalho é um castigo,
e todos esses tabus transmitidos por várias gerações. Essa cultura da infelicidade é alimentada de coisas
chatas e inúteis. Vamos lá, vamos admitir que nossa educação está cheia de conceitos ultrapassados, cheia de
cultura espartana que leva as pessoas ao sofrimento como o velho provérbio latino: Per aspera ad astra – só
através de coisas difíceis se pode chegar aos pontos mais elevados. Por que não propor alguma coisa que dê
mais prazer? Por que não propor uma pedagogia da alegria? Acaso um alpinista tem consciência de que uma
escalada é algo penoso ou prazeroso?
Vivemos numa civilização cristã e muitos colégios, até religiosos, se esquecem da pedagogia da es-
perança. Se temos esperança de atingir a plena glória eterna, felizes junto de Deus criador, por que não
propor um caminho, uma trilha que é vencida com a alegria de quem tem a certeza da chegada?
É preciso derrubar essa perspectiva negativa de que só o amargor cura. É verdade que a vida tem seus
momentos de dissabor, mas aumentar os que existem normalmente é um contrassenso.

O QUE FAZER, ENTÃO?

Ir aos programas de cada disciplina e retirar de lá tudo o que não serve


mais. Tudo o que está superado, inútil. Vamos ver que muita coisa vai sobrar.
Neste momento, alguns dirão: “O que vai restar para ser estudado?” Essa per-
gunta está temperada de uma terrível incapacidade de transformação. Se nós
retiramos muitas coisas inúteis de um programa, acabamos de ganhar enor-
mes espaços para inserir coisas úteis. Não estamos acabando com o estudo,
nem acabando com os programas e seus objetivos, estamos propondo uma
transformação, uma atualização na linha da melhor qualidade e utilidade.
Agora, quem não conseguir fazer essa transformação não tem competência
para continuar no magistério porque só sabe fazer aquilo que a sua escola
há anos vinha fazendo. O argumento dos que não querem mudar é simples:
vestibulares pedem, devemos continuar ensinando desse jeito. Como nossos
alunos vão passar nos vestibulares se não souberem os programas todos? É
a tal história: fazemos para todos o que vem a atender a 1% dos estudantes.
Pode haver maior injustiça?

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25ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Semana de revisão.

2º DIA
Semana de revisão.

3º DIA
Semana de revisão.

4º DIA
Semana de revisão.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

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DINÂMICA
ENCONTRANDO O OUTRO
O educador escreve, no quadro, três frases:

giadophoto / stock.adobe.com
Depois, ele esclarece para a turma que, durante o
exercício, o grupo andará pela sala, e, quando bater
palmas, cada educando irá parar em frente ao colega
e falar uma das frases olhando bem no olho do outro.
Para a frase 1, eles pararão um em frente ao outro e
tocarão na mão do colega dizendo: “Eu vejo você”. Para
a frase 2, eles pararão em frente ao colega e colocarão
as mãos nos ombros dele dizendo: “Nós somos irmãos”.
Para a frase 3, eles pararão, colocarão a mão direita
no próprio coração, pegarão a mão do colega com a
esquerda e falarão: “Obrigado(a) por você estar co-
migo”. A turma começa a andar e o educador explica
que eles farão algumas vezes a atividade com cada
frase. O educador indica que, primeiramente, será a
frase 1. Os educandos andam. E o educador bate pal-
mas e pede que parem em frente ao colega, fazendo o
primeiro movimento. Diz que é fundamental falar olho
mimagephotography / Shutterstock.com

no olho. Solicita que andem de novo e repitam o gesto


com outros colegas. Posteriormente, troca para a frase
2 e, depois, para a 3, deixando claro cada frase e seu
movimento. Ao final, dialoga sobre o que cada um dos
momentos trouxe de aprendizagem.

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SEMANA DE REVISÃO
b. Política:
Unidade 3 Arte ou ciência da organização, direção e adminis-

• Território brasileiro tração de nações, Estados.


• Fronteiras
• Organização política
• Câmara de vereadores c. Divisão política:
• Conselhos municipais Resposta pessoal

1. Quais regiões brasileiras formam o território


brasileiro? 6. Quais são os poderes que compõem o Estado
Norte, Nordeste, Sudeste, Centro-Oeste e Sul. brasileiro?
São os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.

2. Observando o mapa da América do Sul da pági-


na 55 do livro do aluno, responda: 7. Qual a função de um vereador?
Aprovar as leis do município.
a. Com qual país o Brasil tem a menor fronteira?
Tem a menor fronteira com o Suriname.

8. Marque a Região onde se encontra o seu estado


e escreva a o nome dele. Resposta pessoal
3. Em qual posição, em extensão, está a região
onde você vive? Norte
Resposta pessoal
Nordeste

4. Escreva uma característica de sua região que


Sudeste
você acha interessante.
Resposta pessoal Centro-Oeste

Sul

Nome do seu estado:


5. Procure, no dicionário, o significado das pa-
Resposta pessoal
lavras a seguir e copie-o nos espaços abaixo.
Depois, escreva o que você acha que essas duas
palavras juntas significam. 9. Escreva o nome dos estados que compõem a
sua região.
a. Divisão: Resposta pessoal
Ato de separar um todo em partes distintas ou o
seu efeito.

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FUNDAMENTAÇÃO
O PERFIL DO DOCENTE IDEAL

• Domina os conteúdos curriculares das disciplinas.

• Tem consciência das características de desenvolvimento dos alunos.

• Conhece as didáticas das disciplinas.

• Domina as diretrizes curriculares das disciplinas.

• Organiza os objetos e conteúdos de maneira coerente com o currículo, o desenvolvimento dos


estudantes e seu nível de aprendizagem.

• Seleciona recursos de acordo com os objetivos de aprendizagem e as características de seus alunos.

• Escolhe estratégias de avaliação coerentes com os objetivos de aprendizagem.

• Estabelece um clima favorável para a aprendizagem.

• Manifesta altas expectativas em relação às possibilidades de aprendizagem de todos.

• Institui e mantém normas de convivência em sala.

• Demonstra e promove atitudes e comportamentos positivos.

• Comunica-se efetivamente com os pais dos alunos.

• Aplica estratégias de ensino desafiantes.

• Utiliza métodos e procedimentos que promovem o desenvolvimento do pensamento autônomo.

• Otimiza o tempo disponível para o ensino.

• Avalia e monitora a compreensão dos conteúdos.

• Busca aprimorar seu trabalho constantemente com base na reflexão sistemática, na autoavaliação
e no estudo.

• Trabalha em equipe.

• Possui informação atualizada sobre as responsabilidades de sua profissão.

• Conhece o sistema educacional e as políticas vigentes.

Referenciais para o Exame Nacional de Ingresso na Carreira Docente – Documento para Consulta Pública, MEC/Inep.

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26ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

2º DIA
Geografia: Migração – página 62

Orientação didática:
• Para introduzir o assunto, peça que os alunos, um dia antes da aula, pesquisem, no dicionário, a pala-
vra “migração”. No dia da aula, escute-os sobre o significado. Questione-os sobre o que seria migrar,
após a pesquisa do significado.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e História.

3º DIA
Geografia: Migração – página 63

Orientação didática:
• Converse com os alunos, ressaltando que há muitas pessoas chegando ao Brasil por motivos diversos,
assim como também alguns brasileiros têm migrado para outros estados ou países. Cite como exem-
plos os grupos que vêm do Peru e da Bolívia atualmente, que têm se fixado em alguns estados brasilei-
ros, mas em maior quantidade no estado de São Paulo.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

4º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

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DINÂMICA
PORTAL DO SER BOM
Coloca-se no meio da sala um grande arco, que mostrar, afirmando que se transformaram em um
pode ser feito de papelão. Nesse arco, estará escrita ser bondoso. Organiza uma fila e pede que eles fi-
a frase: “Portal do Ser Bom”. O educador pede que a quem em silêncio, respeitando o tempo de cada um
turma fique no fundo da sala e que todos dialoguem passar. Esclarece que, durante o momento em que
um pouco sobre o que é ser bom no cotidiano. É im- passarem por debaixo do portal, eles devem fechar
portante que cada um fale e expresse sua definição. os olhos e inspirar e expirar três vezes, lentamente.
Depois, informa que o arco que está no meio da sala Depois que passarem, podem sentar e esperar o final
representa um portal. Pergunta o que é um portal, em silêncio. O educador põe uma música calma e
a partir das referências que os educandos têm do vai solicitando, de um por um, que passem calma-
videogame e dos desenhos. O educador explica que, mente. Após todos terem passado, o educador pede
quando um educando passar por esse portal, será que fechem os olhos e pensem um pouco sobre o
transformado em um ser bondoso. É uma atividade que escolheram mudar em si mesmos para serem
de faz de conta, e o que é importante é estimular bondosos. Finaliza com uma explanação na qual
ao máximo a imaginação dos educandos. Questiona cada um fala sobre o que sentiu durante a atividade.
a eles como será cada um depois que atravessar o
portal e quais serão as atitudes que eles desejam WENDELL, Ney. Praticando a generosidade em sala de aula.
Recife: Prazer de Ler, 2013.

BAZA Production / Shutterstock.com

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Não. Além das pessoas que nasceram no lugar e 62
Migração ainda vivem nele, são contadas as pessoas que
vieram de outro local e, agora, vivem ali.

Dessa forma, sabe-se se houve um cresci-


mento ou não da população de um território.
Muitas vezes, há um crescimento da população
de um lugar não só por causa do número de pes-
soas que nasceram, mas também por causa do
número de pessoas que se deslocaram para esse
local. O deslocamento da população pelo espaço
geográfico pode ser temporário ou permanente.
Entenda!

Migrantes: pessoas que se mudam de um local


para outro.

©Pavlo Vakhrushev/stock.adobe.com Emigrantes: pessoas que saem de seu local de


origem para morar em outro lugar.
Na imagem acima, podemos perceber mui-
tas pessoas. Elas interagem e compõem os Imigrantes: pessoas que moram em um local
municípios, que são as menores unidades ad- que não é o da sua origem.
ministrativas do Estado brasileiro, criadas pelo
Governo Estadual por meio de lei, formando sua
população.

O conjunto de pessoas de um determinado


local é denominado população.

A população pode ser local, regional, na-


cional e mundial. Como saber a quantidade da
população? O Instituto Brasileiro de Geografia e BNCC
Estatística (IBGE) é o órgão do Governo Federal
responsável pela contagem da população de um
(EF04GE03)
lugar. Distinguir funções e
A cada dez anos, o IBGE realiza o censo (ou
recenseamento), que é uma pesquisa feita dire-
papéis dos órgãos do
tamente com os habitantes do município para a ©Bumann/stock.adobe.com
poder público municipal
coleta de informações sobre o número de habi-
e canais de participa-
tantes, a que etnia pertencem, o estado civil e o Quando acontece a migração, o número de
sexo. Com esses dados, o IBGE faz a contagem habitantes do país normalmente não se modifica; ção social na gestão do
da população. Mas, para fazer parte da popula- mas, em relação à quantidade local, regional ou Município, incluindo a
ção de um lugar, é necessário ter nascido nele? municipal, é necessário que o IBGE fique atento.
Câmara de Vereadores e
Formando Cidadãos 62 Geografia • 4o Ano
Conselhos Municipais.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Explique a seus alunos que migrar não é garantia
de uma vida melhor. Muitas vezes, as pessoas que
migram de uma região para outra são recepciona-
das com frieza, têm poucas oportunidades na nova
região e acabam tendo que se submeter a condições
de trabalho e vida inferiores àquelas que tinham em
seu território de origem.

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O ser humano que migra para outro país o Atividades 63
faz por algum motivo. Os principais motivos das
migrações são:
1. Leia.
• Guerras no país onde vive.

©Edilaine Barros / stock.adobe.com


• Desastres ambientais (Exs.: seca, vulcões em
erupção, tsunami).
• Melhores condições de vida (Exs.: emprego,
salário).
• Busca de uma identificação religiosa (Exs.:
muçulmanos que migram para Meca).
Já faz mais de oito meses que não chove onde
seu João e sua família moram. Os animais
No nosso país, sempre houve migração. Muitas
estão magros e com fome. A plantação está
pessoas migram do campo para a cidade; esse
seca. A família está triste e sem esperança. Ele
tipo de deslocamento é chamado de êxodo rural.
resolveu sair em busca de um lugar melhor, em
A saída do campo para a cidade se dá por vários
busca de emprego. Saiu do sertão nordestino e
motivos:
foi para São Paulo.
• A seca do Nordeste;
• A falta de oportunidade de trabalho; Agora, responda às perguntas abaixo de acor-
• A má distribuição de terras. do com o texto.

a. Em qual região seu João vive, no campo ou na


cidade?

Vive no campo.

b. Para onde ele migrou?

Ele migrou para São Paulo.

©Marcos Dantas / stock.adobe.com


c. Por que ele migrou? BNCC
Essas pessoas, geralmente, vão em busca
de empregos. Mas a migração não ocorre só do Sugestão de resposta: Para ver se conseguia (EF04GE02)
campo para a cidade, em alguns lugares acon- Descrever processos
tece de forma contrária, quando uma região emprego, em busca de melhorar a situação da
rural oferece, principalmente, oportunidade de migratórios e suas contri-
emprego. família.
buições para a formação
63
Formando Cidadãos Geografia • 4o Ano
da sociedade brasileira.

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SUGESTÃO DE ATIVIDADE

1. Pesquise e responda às seguintes perguntas.

a. Quais são os motivos que levam as pessoas a b. Há muitas pessoas chegando ao Brasil pelos
emigrarem? mesmos motivos que levam os brasileiros a viaja-
Sugestão de resposta: Condições políticas desfa- rem, como exemplos, os grupos que vêm do Peru
voráveis, situação econômica precária, diferenças e da Bolívia. Em que estado do país esses grupos
mais têm se fixado?
religiosas, guerras, casamento com estrangeiro,
São Paulo
clima, entre outros.

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FUNDAMENTAÇÃO
COMO TRABALHAR E ESTUDAR EM GRUPO
Estudar em grupos é uma forma de conjugar os talentos de todos, propiciando o aprendizado de uma
forma mais rápida e profunda.
Trabalhar em grupo é uma atividade de grande proveito para a aprendizagem e é, hoje em dia, requisito
fundamental para o bom desempenho profissional. O trabalho em equipe nos ensina a dividir tarefas, dia-
logar, respeitar prazos e abrir mão de nossos pontos de vista quando a maioria pensa diferente. Provoca
ainda questionamentos, debates, trocas de ideias e a formação do pensamento crítico.
É necessário lembrar, quando se está trabalhando em grupo, que o todo é diferente da soma das partes,
portanto, mesmo que as missões de cada um tenham sido divididas, é necessário que todos conheçam o
conjunto das ideias que o grupo pesquisou.
Uma equipe, para funcionar bem, não deverá ser muito numerosa, na escola, possivelmente não de-
verá superar cinco estudantes por grupo. É necessário que alguém assuma o papel de líder, controlando
o cumprimento dos prazos, a marcação das reuniões, a cobrança para que cada um tenha feito sua parte
do trabalho e a definição de modelos de apresentação dele.
O líder do grupo não deverá marcar muitas reuniões; o ideal é no máximo três, podendo variar de acor-
do com a complexidade do trabalho. O líder deverá estar em contato com todos, assim, se houver algum
problema com algum participante, redefinirá a pauta de trabalho.
Na primeira reunião de trabalho, os membros deverão organizar e programar o que será realizado,
discutir e definir os temas a serem estudados, determinar as fontes de pesquisa (virtuais e materiais),
distribuir as tarefas e definir local e data da próxima reunião.

BillionPhotos.com / stock.adobe.com

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O ESTUDO EM GRUPO É PROVEITOSO PELAS SEGUINTES RAZÕES:

Permite treinar a co-


municação; em pequenos Facilita a compreensão
grupos, a timidez atrapalha dos conteúdos pela troca de
menos e o estudante pode informações entre os seus
se desbloquear. membros.

O grupo promove sinergia, dá


Desenvolve a capa-
motivação, afasta o tédio e faz
cidade de esquematizar
com que consigamos resolver
e estruturar ideias para
questões complexas, as quais não
transmissão.
resolveríamos sozinhos.

Facilita a memorização pela


aplicação prática dos conteú- É um bom treinamen-
dos teóricos estudados. to para a comunicação.

Existem algumas con-


dições fundamentais para
que o trabalho em grupos
seja produtivo:
selecionar bem seus
parceiros.

187

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Os grupos devem ter um Escolher bem o local
número de parceiros condi- para as reuniões.
zente com o trabalho.

Preparar previamente
o conteúdo que lhe cabe
Reunir-se apenas as vezes apresentar: não deixar
necessárias. para estudar no momento
das reuniões.

Os membros têm que ser


ativos e estar engajados no
trabalho: nada de ficar brin- Todos devem respei-
cando durante ele. tar o plano de trabalho.

Caso o trabalho tenha que ser


apresentado na sala de aula, é de-
Todos devem respeitar o
sejável que todos apresentem uma
horário das reuniões.
parte dele. Isso ajudará a desen-
volver outra importante capacida-
de: a de falar em público.

188

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ME MOVO COMO
EDUCADOR, PORQUE,
PRIMEIRO, ME MOVO
COMO GENTE.
Paulo Freire

189

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27ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

2º DIA
Geografia: Migração – página 64

Orientação didática:
• Com os alunos em duplas, distribua a letra da canção “A violeira”, de Chico Buarque. Com o auxílio
de uma caixa de som, ouça a música e peça que os alunos acompanhem a letra. Questione os alunos e
abra um debate sobre o conteúdo da música, sem interferir nas participações, apenas verificando quais
foram as interpretações da turma.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e História.

3º DIA
Geografia: Povo brasileiro – páginas 65 e 66

Orientação didática:
• Trabalhe com as crianças que, quanto às características físicas das pessoas, atualmente, praticamente
não existem muitas diferenças, já que aconteceu, de fato, uma miscigenação.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

4º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

190

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DINÂMICA

TEMA: VARAL DA DIVERSIDADE


Pluralidade cultural.

OBJETIVOS:
Favorecer o respeito às diferenças físicas e comportamentais; desenvolver a tolerância.

MATERIAIS:
Cartolina ou papel-cartão, caneta hidrográfica, barbante, fitas coloridas, pregadores, tesoura com
ponta arredondada e cola.

Que tal construir um varal para expor as características físicas de cada aluno da turma e abordar as
diferenças entre elas? A partir dessa ideia, você pode trabalhar a diversidade da classe e puxar o assun-
to das diferentes etnias que constituem a sociedade.

1. Leia para os alunos a história “As tranças de Bintou”, de Sylviane Anna Diouf (Ed. Cosac Naify).

2. Após a contação, solicite que as crianças enumerem suas características físicas, tais como: altura,
cor do cabelo, da pele, dos olhos, etc.

3. Construa, com a ajuda da turma, fichas de cartolina ou papel-cartão com palavras-chave indicati-
vas dessas características, por exemplo: loiro, ruivo, moreno.

4. Demonstre afeto aos alunos, para que eles tomem essa relação de respeito e carinho como
exemplo.

5. Solicite que as crianças procurem, em revistas e jornais, imagens que demonstrem os traços apon-
tados e pendurem essas figuras ao lado das palavras.

O grande guia do professor. Bauru: Editora Alto Astral, 2011.

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2. O fluxo de pessoas que entram e saem do d. Migrantes: 64
Brasil é grande. Qual via é mais utilizada pelos
imigrantes e emigrantes no país? Justifique. É toda pessoa ou grupo de pessoas que mudam

A via aérea, pois os meios de transporte mais do seu local de morada para outro por tempo

rápidos entre dois países são: aviões, jatos, heli- indeterminado ou determinado.

cópteros, entre outros.

4. Marque V, para verdadeiro, e F, para falso.

V Êxodo rural é a migração do campo para a


cidade.

F Quem faz a contagem da população são os


3. Defina. vereadores.

a. Migração: V Para fazer parte da população de um local,


não é necessário ter nascido nele.
É o deslocamento de indivíduo ou grupo de indi-
V Um dos motivos que levam o ser humano
víduos pelo espaço geográfico. a migrar é a ocorrência de desastres
ambientais.

F A migração é algo recente em nosso país.

b. Emigração: 5. Liste alguns fatores que contribuem para que


ocorra a migração.
Saída do local de origem.
Guerras; desastres ambientais; busca de melho-

res condições de vida; busca de identificação


c. Imigração:
religiosa. BNCC
Chegada ao local de destino. (EF04GE02)
Descrever processos
migratórios e suas contri-
buições para a formação
Formando Cidadãos 64 Geografia • 4o Ano
da sociedade brasileira.

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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Viacheslav Yakobchuk / stock.adobe.com


Solicite aos alunos que façam uma pesquisa so-
bre a migração. Peça-lhes que socializem a pesquisa
com os colegas e promova um debate acerca do
assunto.
Aproveite para sanar quaisquer dúvidas.

192
192

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65
Povo brasileiro

As pessoas são diferentes, e cada uma tem sua individualidade. Elas se agrupam por determinadas
características — cor da pele, forma dos olhos, tipo de cabelo, ou seja, características físicas; e aspec-
tos culturais — e formam um grupo étnico.
Etnia é, portanto, um grupo de pessoas homogêneas em suas características físicas e culturais.
Hoje, por meio de estudos científicos, sabemos que não existe nenhuma etnia essencialmente pura.
Com o passar dos tempos, as etnias foram cada vez mais se misturando. À mistura de povos de tipos
físicos e costumes diferentes, dá-se o nome de miscigenação.
Nossa gente — o povo brasileiro — formou-se, principalmente, da miscigenação de três grupos
humanos:
BNCC
(EF04GE01)
Selecionar, em seus luga-
O povo indígena, nossos primeiros habitantes.
res de vivência e em suas
histórias familiares e/ou
da comunidade, elemen-
O povo branco, a princípio, os portugueses
colonizadores; depois, imigrantes de vários tos de distintas culturas
lugares do mundo. (indígenas, afro-brasilei-
ras, de outras regiões do
O povo negro, originalmente trazidos da Áfri-
país, latino-americanas,
ca para trabalhar como escravos nas nossas europeias, asiáticas etc.),
lavouras.
valorizando o que é pró-
prio em cada uma delas
O povo brasileiro é riquíssimo na sua forma-
ção. É um povo mestiço.
e sua contribuição para a
formação da cultura lo-
cal, regional e brasileira.

(EF04GE02)
Descrever processos
migratórios e suas contri-
buições para a formação
Formando Cidadãos 65 Geografia • 4o Ano
da sociedade brasileira.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Inicie sua aula lendo o título do assunto a ser es-
tudado e peça que os alunos façam a leitura em
conjunto do texto do livro do aluno. Depois em uma
roda de conversa, faça alguns questionamentos: Vo-
cês conhecem algo sobre os povos no Brasil? Quem
são os povos brasileiros? Quem são as pessoas que
compõem o Brasil? É importante que um país tenha
um povo diversificado? As pessoas no Brasil são
idênticas ou diferentes umas das outras?

193

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Veja o nome dado aos diferentes tipos
mestiços: Atividades
66
INDÍGENA + BRANCO = Mameluco ou caboclo 1. O que significa etnia?

Etnia é um grupo de pessoas homogêneas em

+ = suas características físicas e culturais.

NEGRO + BRANCO = Mulato 2. Quais são as características físicas que per-


mitem o agrupamento das pessoas, formando os
grupos étnicos? BNCC
+ = São a cor da pele, a forma dos olhos, o tipo de (EF04GE01)
cabelo, o tipo físico, etc.
Selecionar, em seus luga-
res de vivência e em suas
histórias familiares e/ou
INDÍGENA + NEGRO = Cafuzo
3. Explique o que é miscigenação. da comunidade, elemen-
tos de distintas culturas
+ =
É a mistura de povos de tipos físicos e costumes
(indígenas, afro-brasilei-
diferentes. ras, de outras regiões do
país, latino-americanas,
Asiático europeias, asiáticas etc.),
4. Dê o nome para o descendente de: valorizando o que é pró-
Hoje, encontramos, tam-
bém, no Brasil, descenden- a. negro com indígena – cafuzo prio em cada uma delas
tes de imigrantes da etnia e sua contribuição para a
amarela. São filhos e netos b. branco com indígena – mameluco, ou caboclo
de japoneses que moram no formação da cultura lo-
c. negro com banco – mulato
Brasil há muitos anos e se cal, regional e brasileira.
casaram com brasileiros. São
chamados de nissei e sansei, 5. Quais são as características físicas da etnia
respectivamente. As carac- asiática? (EF04GE02)
terísticas étnicas são olhos
amendoados, cabelos lisos e As características são olhos amendoados, cabe- Descrever processos
pele alva. migratórios e suas contri-
los lisos e pele alva.
buições para a formação
Formando Cidadãos 66 Geografia • 4o Ano
da sociedade brasileira.

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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA ANOTAÇÕES


ANOTAÇÕES
Solicite aos alunos que pesquisem, em jornais,
revistas ou em outros livros, imagens de pessoas
das diferentes etnias que formam o povo brasileiro.
Depois, peça-lhes que façam cartazes explicando
como surgiram: caboclo, afrodescendente e cafuzo.

194
194

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FUNDAMENTAÇÃO
AFETO E LIMITE EM SALA DE AULA
A colocação de limites é um dos desafios do professor. No nível coletivo, cabe a elaboração conjunta
de um código de conduta, estabelecendo regras e consequências. No nível individual, convém estimular o
autoconhecimento, possibilitando ao aluno aprender como lidar com os desafios da convivência.
Percebendo que o professor demonstra interesse autêntico pelo seu crescimento, o estudante assume
sua cota de responsabilidade por pensamentos e ações, mas sem fugir ou negar a força das suas emoções.
Se os pais não conseguem tratar os filhos com amor, caberia ao mestre essa missão?
Inúmeros educadores cumprem esse papel com maior eficiência que os pais. Muitos terão histórias merece-
doras de registro graças à recuperação de estudantes que trilhavam caminhos destrutivos e arriscados, o que faz
do magistério mais do que um emprego.
Tradicionalmente, acreditava-se que o relacionamento afetuoso enfraquecia o exercício da autori-
dade, mas a experiência mostra que, na realidade, professores assertivos contribuem para a autoestima
adequada e para a formação de alunos responsáveis.
Por meio do exemplo, os docentes ensinam o respeito e descobrem no aluno o seu melhor, além de
mostrar a diferença entre afirmatividade e arrogância.
Professores não são heróis. Simplesmente suas condutas são registradas pelos alunos que redirecionam
seus comportamentos. Esses mestres aprendem a conjugar afeto e limite, tendo em comum uma pergunta
permanente: “Será que o meu comportamento reflete a forma como espero que os meus próprios filhos
sejam tratados pelos seus professores?”.

Revista Profissão Mestre. Ano 13, n. 151. Curitiba: Humana Editorial. Abril de 2012

obe.com k.ad
gamelover / stoc

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28ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

2º DIA
Geografia: Diversidade cultural – páginas 67, 68 e 69

Orientação didática:
• Apresente aos alunos, por meio de projeção de multimídia, fotos de pessoas de várias etnias. Solicite-
-lhes que, oralmente, vão fazendo a correspondência entre elas.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e História.

3º DIA
Geografia: Diversidade cultural – páginas 70 e 71

Orientação didática:
• Leve os alunos a perceber que hoje, no Brasil, há uma mistura de muitas etnias e nem sempre é possí-
vel, por meio de características físicas, diferenciá-las. É importante ressaltar que isso só prova o quan-
to somos miscigenados e que cada uma dessas etnias merece respeito.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

4º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

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DINÂMICA

ÃO
RODA DE INFORMAÇ
(branco,
em gru pos de qua tro pes soa s e distribua um cartão para cada um
Divida a turma que vai
de) . Exp liqu e que que m est ive r com o cartão branco vai ser “o
vermelho, azul e ver o azul,
o ver me lho , “o que vai res pon der à informação de forma rude”;
pedir informação”; ponder à
der à info rm açã o de for ma pre guiçosa”; e o verde, “o que vai res
“o que vai respon e, ao seu
ma gen til” . O edu can do do car tão branco fica no meio da sala
informação de for rmações
que pre cis a ped ir um a info rm ação. Dê vários exemplos de info
sinal, faz de conta s, sendo
ida s. Ao sin al, o edu can do faz a pergunta a qualquer um dos trê
que podem ser ped cando
pon der de aco rdo com o car tão (rude, preguiçoso ou gentil). O edu
que cada um vai res es, quando o
nco só per gun ta ao pró xim o, seguindo qualquer ordem de cor
com o cartão bra os car-
da” , até che gar à últ ima cor . Depois dessa sequência, trocam-se
educador falar: “Mu o todas as
ra, far ão nov os pap éis . Rep ita até que todos tenham vivenciad
tões, e todos, ago eles mais
uên cia com ple ta. Qu and o ter minarem, pergunte qual a cor que
cores e feito a seq idade
por quê ; o que sen tira m em cad a um dos papéis e qual foi a necess
gostaram de fazer e
o ter gentileza.
, na relação com o outro, é precis
de os educandos entenderem que
de Ler, 2012.
a em sala de aula. Recife: Prazer
WENDELL, Ney. Praticando a gentilez
Rawpixel.com / stock.adobe.com

197

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67
Diversidade cultural

O Brasil é um país extenso. Devido a isso,


apresenta muitas diferenças entre os seus habi-
tantes. O povo brasileiro é formado do encontro
de muitos povos. A população brasileira se
©muh23/stock.adobe.com
caracteriza pela grande diversidade étnica e
cultural. No vocabulário, usamos muitos nomes, como
A cultura de um povo está baseada nos dife- Ubiratan, Iracema, Tainá, Tijuca, Ipanema, Mara-
rentes costumes, na alimentação, na manifesta- canã, Jundiaí, capim, caju, pereba, pipoca, canoa.
ção religiosa, no modo de se vestir, etc. As canoas que usamos eram o meio de trans- BNCC
Vejamos alguns povos que contribuíram para porte usado pelos indígenas.
a formação da diversidade étnica e cultural do Muitas comidas, como a mandioca, por exem-
(EF04GE01)
Brasil. plo, são de influência indígena. Da mandioca, Selecionar, em seus luga-
usamos a farinha com que fazemos pirão e ta-
pioca. Temos, ainda, o caju, o guaraná, o milho, a
res de vivência e em suas
batata-doce, o amendoim, o abacaxi e o mamão. histórias familiares e/ou
Os indígenas usavam ervas para a cura de
da comunidade, elemen-
alguns males. A alfavaca, que combate a prisão
tos de distintas culturas
©gustavofrazao/stock.adobe.com
de ventre, e o boldo, para problemas digestivos,
eram usados por eles.
(indígenas, afro-brasilei-
©gustavofrazao/stock.adobe.com
ras, de outras regiões do
país, latino-americanas,
europeias, asiáticas etc.),
©Daniel Ernst/stock.adobe.com valorizando o que é pró-
Algumas influências indígenas prio em cada uma delas
e sua contribuição para a
Antes da chegada dos portugueses ao Brasil, ©Cacio Murilo/stock.adobe.com

os únicos povos que viviam aqui eram os indíge- formação da cultura lo-
nas. Existiam várias nações indígenas, principal- cal, regional e brasileira.
mente no litoral, que apresentavam diferenças,
tanto na língua como no modo de se alimentar.
Os indígenas tinham uma forte ligação com (EF04GE02)
as florestas e utilizavam tudo o que podiam
da natureza. Eles andavam nus ou seminus,
Descrever processos
pintavam o corpo com tinta feita de plantas e migratórios e suas contri-
utilizavam muitos artesanatos também.
©Angela/stock.adobe.com buições para a formação
Formando Cidadãos 67 Geografia • 4o Ano
da sociedade brasileira.

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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Em uma roda de conversa, peça que os alunos


partilhem o que cada um entende por diversidade
cultural.
Depois, solicite uma pesquisa para conhecer
a história de sua família e construir uma Árvore
Genealógica. Peça que os alunos apresentem, em
forma de seminário, para a sala, o que foi pesqui-
pathdoc / stock.adobe.com

sado sobre sua família.

198

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Algumas influências europeias Algumas influências africanas 68

©Jaboticaba Images/stock.adobe.com
Além da influência indígena, temos, também,
a influência europeia na formação do povo bra-
sileiro. Por exemplo:
• A língua portuguesa.
• As brincadeiras de roda e as cantigas.
• A arquitetura, na construção de casas.
• O Cristianismo católico e algumas festividades
cristãs, como procissões, festejos e celebrações.
• As festas juninas, o Carnaval, o bumba meu
boi, as cavalhadas, o fandango, o pastoril, entre
outras.
• O bacalhau, o pastel de Belém, a ambrosia, os
BNCC

©lazyllama/stock.adobe.com
fios de ovos, etc.
(EF04GE01)
©natoespa/stock.adobe.com

Selecionar, em seus luga-


res de vivência e em suas
histórias familiares e/ou
da comunidade, elemen-
tos de distintas culturas
(indígenas, afro-brasilei-
ras, de outras regiões do
Os africanos também trouxeram seus costu-
mes e sua cultura. Por exemplo: país, latino-americanas,
• No vocabulário, palavras como quiabo, caçula, europeias, asiáticas, etc.),
©fotoliaanjak/stock.adobe.com

dengoso, cachaça, angu.


• Na culinária, temos o vatapá, o mungunzá, o valorizando o que é pró-
caruru, o chuchu, o acarajé. prio em cada uma delas
• Temperos utilizados nos alimentos, como azeite
de dendê, pimenta e leite de coco.
e sua contribuição para a
BNCC
• Na religião, temos o candomblé, a umbanda, a formação
(EF01GE01) da cultura lo-
quimbanda.
• Nas festividades, temos: maculelê, reisado, con-
cal, regional e brasileira.
gadas e maracatu. Descrever características
• Algumas divindades religiosas, como Iemanjá.
(EF04GE02)
observadas de seus luga-
• O samba, a congada, o afoxé, o maracatu, o
berimbau, a flauta e a cuíca são exemplos da Descrever processos
res de vivência (moradia,
influência africana na música.
migratórios suas contri-
escola etc.) e identificar
• A prática da capoeira.
Formando Cidadãos 68 Geografia • 4o Ano
buições para ae formação
semelhanças diferenças
da sociedade
entre brasileira.
esses lugares.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Quanto à diversidade das formas de sociedade e cultura, é importante reconhecer a imensa variedade
de modos de vida, de relações sociais, de construções culturais que a humanidade chegou a desenvolver.
Ressalte que essa variedade, embora tenha uma relação com os ambientes em que as diferentes so-
ciedades evoluíram, não foi condicionada univocamente por essas condições, já que a imaginação e a
criatividade humana são limitadas: em circunstâncias semelhantes, muitas formas diferentes de vida e de
expressão cultural são propostas por diferentes grupos, muitas soluções diferentes podem ser encontradas
para problemas semelhantes.

199

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Para facilitar o estudo da cultura brasileira, Região Nordeste 69
vamos mostrar a cultura em cada região do país:
É uma região toda banhada pelo mar, e mui-
Região Norte tos pratos típicos são de frutos do mar, como,
por exemplo, sururu de coco, camarão, vatapá,
A região possui duas grandes festividades po- peixes, caranguejos, lagostas, etc.
pulares: o Círio de Nazaré, em Belém do Pará; e o Outros pratos típicos são: carne de bode,
Festival de Parintins, que é a festa do boi-bumbá carne de sol, sarapatel, buchada, bolo de rolo,
no Amazonas. cocada, pamonha, tapioca, feijão-verde, etc.
Na Região Norte, a influência indígena é muito

©Art by Pixel/stock.adobe.com
forte. Devido a isso, muitos pratos da culinária
dessa região têm como ingredientes a mandioca
e o peixe.
©Pulsar Imagens/stock.adobe.com

Sururu

Como manifestação de danças e festas, temos


maracatu, caboclinhos, bumba meu boi, ciranda,
coco, reisado, frevo, capoeira, cavalhadas, Car- BNCC
naval e festas de São João, que acontecem no
interior da Região. (EF04GE01)
Selecionar, em seus luga-

©CAROLINE/stock.adobe.com
Festival de Parintins res de vivência e em suas
histórias familiares e/ou
ProjetoTransite/Wikimedia Commons

da comunidade, elemen-
tos de distintas culturas
(indígenas, afro-brasilei-
BNCC
ras, de outras regiões do
(EF01GE01)
Festa Junina
país, latino-americanas,
Como manifestação religiosa, temos a fes- europeias, asiáticas, etc.),
Descrever características
ta de Iemanjá e a lavagem das escadarias do valorizando deo que
Bonfim.
observadas seusé luga-
pró-
Vemos muitos trabalhos de artesanato feitos prio em cada uma delas
res de vivência (moradia,
de barro, renda, etc.; e, na literatura, a literatura e sua contribuição para a
Tacacá escola etc.) e identificar
de cordel.
formação da cultura
semelhanças e diferençaslo-
Formando Cidadãos 69 Geografia • 4o Ano
cal, regional
entre e brasileira.
esses lugares.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Procure saber dos seus alunos o que eles enten-


dem por diversidade cultural. Depois, solicite-lhes
uma pesquisa sobre as principais influências que o
Brasil recebeu em sua formação.

Explique para seus alunos sobre as principais


influências recebidas no Brasil e mostre-lhes, com
Diversidade
leungchopan / stock.adobe.com

exemplos, que tais influências perpetuam até os dias

Cultural
atuais. Aproveite para esclarecer possíveis dúvidas.

200
200

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70

Marcelo Camargo/Agência Brasil/Wikimedia Commons


Região Sudeste
A culinária do Sudeste tem influência das três
etnias: indígena, europeia e africana. Os pratos
típicos são: moqueca capixaba, pão de queijo,
feijoada, bacalhau, aipim, pizza, carne de porco,
feijão-tropeiro, etc.
Nessa Região, temos como destaque a festa
do divino, cavalhadas, Carnaval, folia de reis,
festa dos santos padroeiros, caiapó, etc.
Paulo Guereta from/Wikimedia Commons

Cavalhada

Região Sul
Destaca-se a influência dos imigrantes portu-
gueses, espanhóis, alemães e italianos.
As festas típicas são: a Festa da Uva e a Okto-
berfest, o fandango, a congada, a dança de fitas, BNCC
a tirana, a Festa de Nossa Senhora dos Navegan-
tes, etc. (EF04GE01)
Na culinária, temos o barreado, o chimarrão e Selecionar, em seus luga-
o churrasco.
res de vivência e em suas

©Raquel/stock.adobe.com
histórias familiares e/ou
Desfile de escola de samba da comunidade, elemen-
tos de distintas culturas
Região Centro-Oeste (indígenas, afro-brasilei-
BNCC
Essa Região também recebe influência dos ras, de outras regiões do
(EF01GE01)
povos paraguaio e boliviano.
país, latino-americanas,
Na culinária, destacam-se o arroz com pequi,
o arroz boliviano, o curau, a sopa paraguaia, o europeias, asiáticas, etc.),
Descrever características
empadão goiano, entre outros. No Pantanal, são valorizando deo que
pescadas algumas espécies de peixe que são
observadas seusé luga-
pró-
muito solicitadas: o pintado, o pacu e o dourado. prio em cada uma delas
res de vivência (moradia,
Como festividades típicas da região e sua contribuição para a
Chimarrão escola etc.) e identificar
Centro-Oeste, temos a cavalhada e o fogaréu.
formação da cultura
semelhanças e diferençaslo-
Formando Cidadãos 70 Geografia • 4o Ano
cal, regional
entre e brasileira.
esses lugares.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Explique que, por causa das origens relaciona-
das a blocos étnicos diversos, a cultura brasileira
é única. Toda manifestação cultural do nosso país
é rica e merece espaço. Reforce que o conceito de
“cultura boa” ou “cultura ruim” é apenas preconceito
de pessoas que não conseguem conviver harmonio-
samente com diferenças.

201

FC_ME_GEO_4F_U3.indd 201 30/05/2022 16:25


Atividades 3. Pesquise três palavras de origem indígena e 71
três palavras de origem africana e escreva o seu
significado. Depois, junto com os seus colegas,
1. A respeito da imagem abaixo, responda. faça, na sala de aula, um vocabulário de pala-
vras indígenas e outro de palavras africanas.
©kleberpicui/stock.adobe.com

Sugestão de resposta:

Origem indígena
1. Carandiru – vem de candiru, peixe de água
doce.
Carioca – casa (oka) do homem branco
2. (kari).
a. Qual festividade presente na cultura brasileira
a imagem representa? 3. Ceará – canto da jandaia.

O Carnaval.

b. De qual povo o Brasil herdou essa festividade? Origem africana


Dos europeus. Cacimba – cova que recolhe água de terre-
1.
nos pantanosos.
c. Escreva uma frase representando essa festivi-
dade na sua região. 2. Banguela – desdentado.

Resposta pessoal
3. Dengo – manha, birra.
BNCC
2. No caça-palavras, encontre alimentos consu-
midos atualmente no Brasil. 4. Pesquise, recorte e cole um prato típico da sua (EF04GE01)
região. Selecionar, em seus luga-
VATAPÁ - MANDIOCA - PIRÃO - BACALHAU
TAPIOCA - PIPOCA – PAMONHA – CHURRASCO res de vivência e em suas
ACARAJÉ – PIMENTA – PASTEL DE BELÉM
histórias familiares e/ou
da comunidade, elemen-
M O A V D C H U R R A S C O C
tos de distintas culturas
I M A N D I O C A I D R J O R Resposta pessoal
É C * P M J P Á R P I P O C A (indígenas, afro-brasilei-
BNCC
V A T A P Á M B A C A L H A U ras, de outras regiões do
D O P O R M O J P M P I U M O
(EF01GE01)
P M * V Á A A C A R A J É J * país, latino-americanas,
I P J I M D P T A P I O C A V europeias, asiáticas, etc.),
Descrever características
P I R Ã O D * J I O C I J D U
A D O J A M A É P A M O N H A valorizando de
observadas o que
seusé luga-
pró-
P I M E N T A O I M C M J É A 5. Realize uma pesquisa sobre os costumes e as prio em cada uma delas
res de vivência (moradia,
P A S T E L * D E * B E L É M influências de uma das regiões estudadas para
apresentar à sua turma. Resposta pessoal
e sua contribuição
escola para a
etc.) e identificar
Formando Cidadãos 71 Geografia • 4o Ano
formação da cultura
semelhanças e diferençaslo-
cal, regional
entre e brasileira.
esses lugares.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Pesquise algumas danças e separe a turma em Creativity / Shuttersck.com

grupos. Depois, peça-lhes que apresentem algumas


danças, como: maracatu, capoeira, samba, congado
mineiro, entre outras, em forma de cartaz. Apresente
para as crianças um vídeo que mostre a apresenta-
ção de um grupo de capoeira, depois faça uma roda
de capoeira com toda a turma.

202
202

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FUNDAMENTAÇÃO
DAVID AUSUBEL E PAULO FREIRE Essa visão pedagógica corrobora com
os escritos de Paulo Freire. Este afirma
que educar-se é impregnar-se de senti-
dos. A valorização da cultura do aprendiz
faz com que não só haja uma aprendiza-
O psicólogo americano David Ausubel
gem, mas também sua conscientização
propõe em seus estudos o conceito de
social. O educador necessita estabelecer
aprendizagem significativa. Ausubel é um
uma “intimidade” entre os saberes cur-
representante do cognitivismo. A aprendi-
riculares fundamentais aos alunos e a
zagem, para ele, é a habilidade de organi-
experiência social que eles têm como
zação das informações que deve ser desen-
indivíduos.
volvida. O ensino necessita fazer sentido
para o sujeito conectando-se à sua reali-
dade. Os conteúdos a serem apreendidos
precisam ser comunicantes com os concei-
tos relevantes existentes na estrutura do
aluno. Diferentemente de uma memoriza- Como isso ocorre? Em primeiro
ção mecânica, a aprendizagem significativa lugar, utilizando-se temas gerativos -
será mais bem integrada e, posteriormente, que no caso da educação especial, por
conservada, em razão de conhecimentos exemplo, poderiam ser fotos do am-
preexistentes. biente familiar do educando - e, a partir
daí, o professor ou a professora extrai
inúmeras palavras e temas do universo
vocabular e cultural do aprendiz suge-
rindo situações significativas.

A aprendizagem significativa é
a aquisição de novos significados;
pressupõe a existência de conceitos e
Descerram-se possibilidades em razão
proposições relevantes na estrutura
da contextualização do conteúdo ensi-
cognitiva, uma predisposição para
nado. Para ilustrar, contaremos, a seguir,
aprender e uma tarefa de aprendi-
um fato ocorrido em sala de aula com
zagem potencialmente significativa.
um menino diagnosticado com autismo,
(MOREIRA E MASINI, 2009)
cujos sintomas foram revertidos depois
de reeducação comportamental conjuga-
da com dieta alimentar, além de instru-
mentalização afetiva.

203

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Mas, havia nele uma resistência para
escrever: Pouco escrevia, ou nada escrevia, Não precisamos de esquemas comple-
senão garatujas, por vezes, indecifráveis. xos ou mirabolantes para aplicar ideias
Crianças que não foram estimuladas a pedagógicas. O nosso cotidiano é feito de
deixar o ato mecânico da aprendizagem coisas simples. Quanto mais associamos a
podem nutrir aversão ao método de ensino prática escolar a conteúdos significantes,
até ao ponto de saírem da escola. Era o que mais tornamos a experiência do aprendi-
acontecia ao menino: não queria escrever, zado profícua. A aprendizagem significante
não queria aprender a escrever, não queria não somente generaliza o aprendizado, mas
pegar no lápis. também faz igualmente o aluno generalizar
a experiência escolar.

O menino, com cerca de seis anos A leitura de mundo, como afirma Freire,
naquela ocasião, aprendia, de forma pe- precede a leitura da palavra. Isso ocorre na
culiar, como é comum aos autistas. Ante- educação especial ou na educação regu-
riormente, fora uma criança não verbal, lar. Na verdade, poderíamos dizer que não
que batia com a cabeça na parede e de podemos incluir, sem trazer para a sala de
pouquíssima interação social. No entan- aula, a leitura de mundo do aprendente.
to, esse quadro severo fazia parte do seu
passado: ele já ingressara em uma sala
do ensino regular, aprendendo com os
demais da sua idade.

Obviamente, muitos alunos com neces-


sidades educacionais especiais carecem,
a princípio, da ratificação sistemática do
Na maioria das vezes, brincava com que foi apreendido, repetindo-se os mes-
bonecos e interagia com os personagens mos exercícios e as atividades até pleno
que eles representavam. Foi quando a domínio. Entretanto, a sua educação não
professora lhe propôs que escrevesse uma pode consumar-se nesses desígnios. Antes,
carta para um daqueles personagens que é apropriado que chegue ao estágio da
ele tanto gostava: tratava-se do cowboy autonomia e da criatividade, que iremos
Woody, do desenho “Toy Story”. Foi o que abordar no próximo capítulo.
ele fez com dedicação e assinatura, porque
escrever, naquele momento, passou a ser
significativo.
CUNHA, Antônio Eugênio. Práticas pedagógicas para inclusão
e diversidade. 3. Ed. Rio de Janeiro: Wak editora, 2013.

204

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DESENVOLVER FORÇA, CORAGEM E PAZ
INTERIOR DEMANDA TEMPO.
NÃO ESPERE RESULTADOS RÁPIDOS E
IMEDIATOS, SOB O PRETEXTO DE
QUE DECIDIU MUDAR.
CADA AÇÃO QUE VOCÊ EXECUTA
PERMITE QUE ESSA DECISÃO SE TORNE
EFETIVA DENTRO DE SEU CORAÇÃO.
Dalai Lama

205

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29ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

2º DIA
Geografia: Territórios étnico-culturais – página 72

Orientação didática:
• Elabore uma pesquisa com imagens e informações de alguns espaços indígenas brasileiros. Depois,
peça que os alunos destaquem o que acharam mais interessante e exponha para a turma.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e História.

3º DIA
Geografia: Territórios étnico-culturais – página 73

Orientação didática:
• Peça que os alunos pesquisem atividades associadas ao espaço dos africanos. Depois, peça que anali-
sem imagens de alguns espaços dos africanos para a construção de um texto sobre o assunto.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

4º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

206

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DINÂMICA

CARTAZES AGRADECENDO AS BOAS ATITUDES

“Obrigado(a)
“Obrigado(a) por fazer
pelo o bem”
presente”

“Obrigado(a)
por ter me “Obrigado(a)
ajudado” por ser meu
amigo(a)”

No início da atividade, o educador pergunta aos tivo. Disponibiliza-se um tempo para a confecção
educandos quais tipos de frase as pessoas falam dos cartazes. Logo após, o educador explica que a
para agradecer uma boa ação. Os educandos dizem turma sairá pela instituição e mostrará os cartazes
as frases, e ele as anota no quadro. São frases como aos colegas. Escolhe-se um momento adequado
“Obrigado(a) por ter me ajudado”, “Obrigado(a) para isso. A proposta é que eles cheguem à sala,
pelo presente”, “Obrigado(a) por ter jogado o lixo ao corredor ou ao pátio e se distribuam pelo espaço
na lixeira”, “Obrigado(a) por ser meu amigo(a)”, para mostrar os cartazes em silêncio. Depois dessa
“Obrigado(a) por fazer o bem”. É importante criar circulação, voltam para a sala e falam sobre como
um bom número de frases. Depois disso, distribui foi perceber a reação das pessoas e o que apren-
um papel grande para cada um e disponibiliza ma- deram com essa exibição das frases.
terial de desenho. Eles terão de escolher uma das
WENDELL, Ney. Praticando a gratidão em sala de aula. Recife:
frases colocadas no quadro e fazer um cartaz cria-
Prazer de Ler, 2015.

207

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Territórios étnico- Isso ocorre porque essas terras são geralmente 72
ricas em minérios e madeiras que atraem a
culturais cobiça dos garimpeiros, posseiros e madeireiros,
que têm interesse em comercializar os recursos
naturais.
Terras indígenas e comunidades
remanescentes de quilombos
A vida nos quilombos
BNCC
Comunidades indígenas (EF04GE01)

©Manuel/stock.adobe.com
Selecionar, em seus luga-
Amazônia Real/Wikimedia Commons

res de vivência e em suas


histórias familiares e/ou
da comunidade, elemen-
tos de distintas culturas
(indígenas, afro-brasilei-
ras, de outras regiões do
país, latino-americanas,
europeias, asiáticas, etc.),
Os escravizados fugidos estabeleceram uma valorizando o que é pró-
Quando os europeus chegaram ao Brasil, relação interessante com a natureza quando prio em cada uma delas
encontraram uma terra já habitada por povos construíram os quilombos, que ficavam situados
que tinham costumes, hábitos, tradições e orga- em locais de difícil acesso, para que os senhores e sua contribuição para a
nização social completamente diferentes. Esses ou seus capatazes não os encontrassem. formação da cultura lo-
povos, que viviam em harmonia com a natureza, O quilombo sustentava-se, sobretudo, em
foram combatidos pelos europeus, que acaba- uma economia agrária independente e quase cal, regional e brasileira.
ram escravizando parte dessa população. autossuficiente. Isso era o que permitia que
Nas comunidades indígenas, o trabalho as- os ex-escravizados conseguissem viver sem a (EF04GE06)
sume características de subsistência, ou seja, o intervenção dos senhores e, de certa forma, ter
Identificar e descrever
indígena só produz ou explora aquilo de que pre- autonomia política, cultural e militar. Assim, a
cisa para sobreviver. Diferentemente da produ- sua organização transformava esses locais em territórios étnico-
ção do branco, que tem excedente (produz mais comunidades autônomas. -culturais existentes no
do que precisa) e visa ao comércio. O indígena É garantido constitucionalmente o direito de
de hoje luta para sobreviver e tentar manter as as comunidades remanescentes de quilombos Brasil, tais como terras
tradições antigas. em obter a titularidade de seus respectivos ter- indígenas e de comuni-
A Constituição Brasileira de 1988 prevê o direi- ritórios pelo Estado. No entanto as comunidades
to de posse da terra aos indígenas, mas, mesmo quilombolas ainda tem enfrentado problemas dades remanescentes de
assim, muitos conflitos e muitas mortes aconte- relativos à demarcação de terras e ao reconheci- quilombos, reconhecendo
cem ainda hoje devido à demarcação das terras. mento de direitos.
a legitimidade da demar-
Formando Cidadãos 72 Geografia • 4o Ano
cação desses territórios.

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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Mostre aos alunos um mapa da atual ocupação tituto Brasileiro de Geografia e Estatística) sobre
indígena no Brasil (disponível no site do IBGE, dados a atual realidade da população indígena no nosso
de 2010). Compare-o a mapas antigos, mostrando país. Depois, afixe-o no quadro de notícias da escola.
a redução do número de aldeias e tribos desde a Construa ocas em miniatura, com os alunos, para
ocupação portuguesa. que eles observem a relação do indígena com a na-
Depois, oriente os alunos a fazer um relatório tureza. Se possível, convide um indígena para falar
baseado em dados pesquisados no site do IBGE (Ins- um pouco dos costumes de seu povo.

208
208

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Atividades 5. Observe a bandeira abaixo e pesquise a que 73
órgão ela pertence.

1. Complete.
Quando os europeus chegaram ao Brasil, encon-
traram um povo que tinha costumes ,
hábitos tradições
BNCC
, e
(EF04GE01)
organização social diferentes dos
deles. Professor, converse com os alunos sobre a im- Selecionar, em seus luga-
Os povos indígenas foram combatidos pelos res de vivência e em suas
europeus. portância da Fundação Nacional do Índio (Funai),
histórias familiares e/ou
2. Qual é a sua opinião em relação ao modo de órgão criado para promover a Educação Básica
da comunidade, elemen-
os indígenas se organizarem para preservar as
tradições e os costumes de seu povo? Explique. aos indígenas, protegê-los e demarcar suas tos de distintas culturas
(indígenas, afro-brasilei-
Resposta pessoal áreas.
ras, de outras regiões do
país, latino-americanas,
europeias, asiáticas, etc.),
6. Como você definiria os quilombos?
valorizando o que é pró-
Sugestão de resposta: territórios ou comunida-
prio em cada uma delas
des pertencentes aos remanescentes escraviza- e sua contribuição para a
dos e afrodescendentes. formação da cultura lo-
cal, regional e brasileira.
3. O que a Constituição Brasileira prevê em defe-
sa dos indígenas? (EF04GE06)
O direito de posse das terras. Identificar e descrever
7. Onde, geralmente, localizam-se os quilombos? territórios étnico-
Em espaços de difícil acesso e com natureza em -culturais existentes no
4. Como se dá, ainda hoje, o processo de demar- Brasil, tais como terras
cação das terras indígenas? volta.
indígenas e de comuni-
Com muitos conflitos. dades remanescentes de
quilombos, reconhecendo
a legitimidade da demar-
Formando Cidadãos 73 Geografia • 4o Ano
cação desses territórios.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Proponha às crianças a construção de maquetes Crie um painel, junto com os alunos, que mos-
de casas de pau a pique com os mesmos materiais tre a influência da culinária africana na nossa
utilizados pelos escravos. É interessante que as alimentação.
crianças utilizem materiais como madeira e argila. Faça, com os alunos, um dia dedicado à dança de
Assim, terão melhor noção de como os materiais origem africana. Dance, com eles, em roda, ensaie
disponíveis interferem nas construções de cada alguns passos de capoeira e vivencie as expressões
grupo social. da dança.
Trace, com os alunos, um paralelo entre as mo-
radias dos negros no período da escravidão e as
moradias dos afrodescendentes que ainda vivem
em comunidades.

209

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FUNDAMENTAÇÃO
8 MANEIRAS DE ESTIMULAR A CRIATIVIDADE
A chave para aumentar a criatividade em qualquer organização é ajudar as pessoas a começarem a
agir criativamente como um grupo. Mas como?

Suponha que você queira ser um artista. Você pode começar a comportar-se como um artista pin-
tando todos os dias, por exemplo. Você pode não tornar-se um Van Gogh, mas provavelmente vai
tornar-se muito mais artista do que qualquer outra pessoa que não tenha tentado. Da mesma maneira,
as pessoas numa empresa podem tornar-se mais criativas e começar a se comportar criativamente.
Michael Michalko, autor do livro Thinkertoys (sem tradução no Brasil), diz que existem 16 maneiras de
estimular a criatividade numa empresa. Vamos citar oito delas, veja qual pode ser aplicada à sua reali-
dade (seja criativo):

Melhore todos os dias: peça que os membros de sua equipe melhorem um


aspecto de seus trabalhos todos os dias, focando nas áreas que estejam sob seu
controle. Ao final do dia, faça com que se reúnam e pergunte o que fizeram de
maneira diferente ou melhor do que no dia anterior. As melhores histórias podem
ser aproveitadas pelo resto da equipe.

Pendure um edital de brainstorming: coloque um quadro de avisos numa área


central e encoraje as pessoas a participarem com ideias. Escreva um tema ou
problemas numa cartolina colorida e cole-a no centro do quadro.
Providencie notas do tipo Post-it (autocolantes) para que as pessoas possam
escrever e colar suas ideias no quadro.

Promova uma Loteria de Ideias: dê um cartão numerado para cada pessoa que
tiver uma ideia criativa. No final do mês, compartilhe todas as ideias com sua
equipe. Faça um sorteio e dê um prêmio para quem tiver o cartão premiado.

210

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Crie um Cantinho da Criatividade: crie na sua empresa um local (de preferên-
cia uma sala) onde as pessoas possam ir para pensar criativamente. Coloque, no
local, livros vídeos e jogos que estimulem a criatividade. Algumas empresas che-
gam a decorar esse tipo de área com fotos de funcionários quando eram bebês,
reforçando a ideia de que todos nascemos espontâneos e criativos.

Inspire por meio de ícones: peça às pessoas que coloquem em suas mesas
objetos que representem sua própria interpretação pessoal do que é criatividade
no trabalho. Por exemplo, uma bola de cristal para representar o planejamento
do futuro, pilhas ou baterias novas para simbolizar energia criadora, etc.

Almoce com propósito: encoraje almoços semanais, com no máximo cinco pes-
soas, só para fazer um brainstorming. Primeiro, peça que leiam alguma coisa sobre
criatividade. Se for um livro, peça que cada um leia um capítulo diferente. Assim,
cada pessoa vai ter uma perspectiva diferente sobre como aplicar a criatividade
na empresa. Convide pessoas criativas da sua cidade para almoçar com o grupo.
Peça-lhes que sugiram como ser mais criativo no que vocês fazem na empresa.

Use Agendas de Ideias Brilhantes: dê a todos uma “agenda de ideias


brilhantes” e peça que escrevam três ideias por dia, durante um mês.
No final do mês, recolha as agendas e categorize as ideias. Discuta-as
depois, decidindo quais as melhores e como implantá-las.

Organize a Semana das Ideias Estúpidas: faça com que ter ideias seja di-
vertido. Organize uma “Semana das Ideias Estúpidas” e promova um concurso.
Coloque as ideias em um lugar visível e, depois, faça uma votação e premie a
ideia mais estúpida apresentada. Todos vão se divertir e, no processo, você vai
descobrir que algumas ideias não eram tão estúpidas assim...

CANDELORO, Raúl. Profissão Mestre, março 2009.

211

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30ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Semana de avaliação.

2º DIA
Semana de avaliação.

3º DIA
Semana de avaliação.

4º DIA
Semana de avaliação.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

212

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TRABALHANDO AS EMOÇÕES

Trabalhando as Atividades
74
emoções
Como você se sente ao conversar sobre o senti-
mento tristeza?!
Tristeza
• O quanto a dinâmica lhe agradou? Pinte regis-
Realize a dinâmica com a sua turma! trando sua emoção. Resposta pessoal

Dinâmica: Soprando a tristeza!

1
O professor distribui uma bexiga vazia e um
papelzinho para cada aluno e reserva uma
• Pinte as reações que o seu corpo sente ao ficar
para ele também.
triste. Resposta pessoal

2
Todos devem pensar em uma palavra que CHATEADO Nota:
possa representar o sentimento tristeza,
escrevê-la no papel e pôr dentro da bexiga. A Base Nacional Co-
SEM ENERGIA mum Curricular (BNCC)
3
Ao som de uma música, a turma dança e can-
define um conjunto de
ta, brincando com a bexiga, jogando-a para competências gerais
cima com todas as partes do corpo, imagi- SEM SORRIR
nando que são os problemas que enfrenta-
que serve como um guia
mos no nosso dia a dia. para o aprendizado das
COM PREGUIÇA
crianças e que deve ser
4
Quando a música terminar, cada um estoura desenvolvido de forma
sua bexiga dizendo a frase: “Xô, baixo astral!” SEM VONTADE DE COMER dinâmica para trabalhar o
socioemocional.
CORAÇÃO ACELERADO

Professor, inicie a última


CHORA COM FACILIDADE semana de conteúdos
deste módulo trabalhan-
SEM VONTADE DE BRINCAR do o socioemocional,
com a dinâmica que se
encontra na última pági-
Formando Cidadãos 74 Geografia • 4o Ano
na do livro do aluno.

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EMPATIA E COOPERAÇÃO

Perceber as necessidades, o momento e os importantes constrói o caráter. Da mesma forma,


sentimentos do outro é uma capacidade nobre e eles devem visitar pessoas próximas em seus ani-
inteligente. As amizades, os estudos, o trabalho versários, em hospitais, em ocasiões de perda ou
e os relacionamentos são enriquecidos com uma dor, que fazem parte da vida. Inscrevê-los em um
atitude recíproca de validação. Dessa forma, com trabalho voluntário também faz a diferença.
todos cooperando, abre-se espaço para o respeito
ao bem comum, um dos valores humanos mais FRAIMAN, Leo. A síndrome do imperador: pais empoderados
educam melhor. Belo Horizonte: Autêntica; São Paulo: FTD,
elevados.
2019.
Leve seus filhos para prestigiar as atividades
uns dos outros. Estar presente nas situações

213

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SEMANA DE AVALIAÇÃO 5. Assinale a alternativa correta.

Unidade 3 O Poder Legislativo é responsável por fazer


cumprir as leis.
• Território brasileiro X O Poder Judiciário não é responsável pela
• Fronteiras
legislação.
• Organização política
• Câmara de vereadores
• Conselhos municipais O Poder Legislativo tem o papel de executar
• Migração as leis.
• Povo brasileiro
• Diversidade cultural Os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário
• Territórios étnico-culturais só existem na esfera federal.

6. Quais são as funções que o Poder Executivo


1. O Brasil é um país com: exerce?
Sugestão de resposta: Governar, administrando
a. pouca miscigenação.
os recursos públicos conforme a lei; apresentar
b. X grande miscigenação. projetos de lei ao Poder Legislativo; cumprir leis
existentes; aprovar e anular lei; representar o país
2. Quais foram os primeiros formadores do povo em eventos internacionais.
brasileiro?
Foram o indígena, o branco e o negro.

7. Escreva o nome do: Resposta pessoal


3. Quando você sai do seu município e vai a outro,
qual elemento demarca os limites? a. presidente do seu país:
Resposta pessoal b. governador do seu estado:
c. prefeito da sua cidade:
d. vice-prefeito da sua cidade:

8. Algumas pessoas fazem o contrário, migram


da cidade para o campo. Cite alguns fatores que
4. Em sua opinião, foi importante o IBGE dividir o influenciam esse deslocamento.
Brasil em regiões? Por quê? Resposta pessoal
Resposta pessoal, mas espera-se que o aluno
entenda que a divisão foi para facilitar a adminis-
tração do país, que é muito extenso.

214

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9. Sobre a herança cultural brasileira, é correto
afirmar que:

V A diversidade cultural predominante no Brasil


é consequência da grande extensão territorial e das
características deixadas pelos grupos que coloni-
zaram cada região do país.

F
Lendas como: o Curupira, o Saci-pererê, o Boi-
tatá, a Iara são exemplos da contribuição dos negros
africanos para a cultura brasileira.
Cesto de palha Canoa

V A diversidade cultural brasileira é resulta- 11. Responda de acordo com a etnia amarela.
do da junção de elementos das culturas indígena,
portuguesa, do negro africano, como também dos a. Quais são as características físicas mais desta-
diversos imigrantes. cadas desse povo?
As características são olhos amendoados, cabelos
lisos e pele alva.
V São exemplos da contribuição dos portu-
gueses para a cultura brasileira: festas e danças
portuguesas como a cavalhada, o fandango e as
festas juninas (uma das principais festas da cultura
do Nordeste).
b. Qual é o significado de sansei e nissei?
10. Escreva o nome dos objetos construídos ou São, respectivamente, neto e filho de japoneses
confeccionados pelos indígenas. que moram no Brasil há muitos anos e se casaram
com brasileiros.

12. É correto afirmar que o povo brasileiro é forma-


do pela mistura de grupos étnicos (raças)?

a. x sim

b. não

13. Qual órgão trabalha na formulação das leis


Cocar Arco e flecha municipais?
A câmara municipal.

215

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FUNDAMENTAÇÃO
DIFERENÇA E DIVERSIDADE

Fique atento ao uso de estereótipos entre alunos

• As crianças e jovens frequentemente reproduzem os estereótipos sobre as pessoas diferentes — muitas


vezes sobre os próprios colegas, como ao tratarem das diferenças físicas entre eles.
• Há os mais altos e os mais baixos. Os que enxergam melhor e os que usam óculos. Os mais ágeis e os
mais lentos. Há os mais precoces e os mais infantis. Todos eles compõem o quebra-cabeça da diversidade
escolar. Todos eles devem ser valorizados pelo que são, e ser encorajados a tomar parte das atividades
em condições de igualdade com os outros — contribuindo com aquilo que sabem fazer.
• Os que têm maior dificuldade contribuem com o que podem, com aquilo que fazem melhor. Aqueles
com mais facilidade (o que inclui o professor) colaboram com os demais, incentivando-os, ensinando-os.
Essa é a fórmula para um ambiente escolar verdadeiramente solidário e democrático.

Valorize a arte do diálogo no cotidiano

• No dia a dia escolar, o que não faltam são conflitos entre os alunos. Os confrontos fazem parte do
amadurecimento pessoal deles e, se bem trabalhados, sinalizam um bom caminho para a conquista da
autonomia. Nessas horas, a melhor alternativa é a do diálogo.
• Ouça os pontos de vista de cada parte e proponha um entendimento comum, de modo que cada um
possa ouvir o outro e sentir-se ouvido também. Chegue a um acordo amigável entre as partes, contem-
plando as reivindicações de ambas (isso é fazer justiça). E evite ao máximo as punições, as represálias, etc.
• Por incrível que pareça, esses momentos “delicados” são ótimas ocasiões para que se tome a ética
e a cidadania como matéria de ensino — isto é, na própria vivência dos conflitos e na busca de soluções
justas para eles.

Estimule o respeito e a solidariedade em relação aos alunos “diferentes”

• Quando você tiver, em sua sala, algum aluno que sofra o risco de ser discriminado (por sua condição
étnica, física, religiosa, etc.), procure envolvê-lo nas atividades em condição de igualdade com os outros.
• Como forma indireta de abordar a questão do preconceito, você pode lançar mão de estratégias pre-
ventivas, como escolha de textos que focalizem o problema. Um bom exemplo é o texto “O menino das
meias vermelhas”, de Carlos Heitor Cony.
• Outro exemplo de discriminação são as piadas. Quase sempre elas contêm preconceitos mascarados.
Você deve, na medida do possível, apontar o perigo que elas carregam.

Ofício do Professor: Aprender mais para ensinar melhor. São Paulo: Abril, 2002.

216

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4
U NI
DADE

ATURALIZAR

O que vamos estudar:


• Recursos naturais e suas
mudanças
• Trabalhos do campo e da cidade /
agricultura
• Pecuária
• Extrativismo
• Indústria
• Comércio
• Prestação de serviços
• Setores da economia
• Trabalhando as emoções
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Observe os alunos ao entrar e ao sair da sala de aula. O rosto deles dir-lhe-á muito sobre o seu
ensino.
Nunca perca a esperança. Um bom professor não pode ser pessimista.
Não pergunte se deverá aprender mais, pois não pode deixar de fazê-lo. Um bom professor nun-
ca sabe o suficiente.
Saiba quando deve desistir. Se começar a perder o interesse ou o entusiasmo, é a hora de aban-
donar o palco. Nenhum aluno merece um professor esgotado.
Congratule-se por ser professor. Não há nada melhor!

RAMSEY, Robert D. Dicas para Professores. Lisboa: Replicação, 1997.

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CONTEÚDOS DA UNIDADE E A BNCC
UNIDADE 4
UNIDADES OBJETOS DE
CONTEÚDOS HABILIDADES
TEMÁTICAS CONHECIMENTO
Recursos naturais • Mundo do trabalho • Produção, circulação e (EF04GE08) Descrever e discutir o processo
e suas mudanças • Natureza, ambien- consumo de produção (transformação de matérias-
tes e qualidade de • Conservação e degradação -primas), circulação e consumo de diferentes
vida da natureza produtos.
(EF04GE11) Identificar as características das
paisagens naturais e antrópicas (relevo, co-
bertura vegetal, rios etc.) no ambiente em que
vive, bem como a ação humana na conserva-
ção ou degradação dessas áreas.

Trabalhos do • Conexões e • Relação campo e cidade (EF04GE04) Reconhecer especificidades e


campo e da cidade / escalas • Trabalho no campo e na analisar a interdependência do campo e da
Agricultura • Mundo do trabalho cidade cidade, considerando fluxos econômicos, de
informações, de ideias e de pessoas.
(EF04GE07) Comparar as características do
trabalho no campo e na cidade.

Pecuária • Mundo do trabalho • Trabalho no campo e na (EF04GE07) Comparar as características do


cidade trabalho no campo e na cidade.
• Produção, circulação e (EF04GE08) Descrever e discutir o processo
consumo de produção (transformação de matérias-
-primas), circulação e consumo de diferentes
produtos.

Extrativismo • Mundo do trabalho • Trabalho no campo e na (EF04GE07) Comparar as características do


cidade trabalho no campo e na cidade.
• Produção, circulação e (EF04GE08) Descrever e discutir o processo
consumo de produção (transformação de matérias-
-primas), circulação e consumo de diferentes
produtos

Indústria • Mundo do trabalho • Trabalho no campo e na (EF04GE07) Comparar as características do


cidade trabalho no campo e na cidade.
• Produção, circulação e (EF04GE08) Descrever e discutir o processo
consumo de produção (transformação de matérias-
-primas), circulação e consumo de diferentes
produtos.

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UNIDADES OBJETOS DE
CONTEÚDOS HABILIDADES
TEMÁTICAS CONHECIMENTO
Comércio • Mundo do trabalho • Trabalho no campo e na (EF04GE07) Comparar as características do
cidade trabalho no campo e na cidade.
• Produção, circulação e (EF04GE08) Descrever e discutir o processo
consumo de produção (transformação de matérias-
-primas), circulação e consumo de diferentes
produtos.

Prestação de • Mundo do trabalho • Trabalho no campo e na (EF04GE07) Comparar as características do


serviços cidade trabalho no campo e na cidade.
• Produção, circulação e (EF04GE08) Descrever e discutir o processo
consumo de produção (transformação de matérias-
-primas), circulação e consumo de diferentes
produtos.

Setores da • Mundo do trabalho • Trabalho no campo e na (EF04GE07) Comparar as características do


economia cidade trabalho no campo e na cidade.
• Produção, circulação e (EF04GE08) Descrever e discutir o processo
consumo de produção (transformação de matérias-
-primas), circulação e consumo de diferentes
produtos.

Trabalhando as Nota: A Base Nacional Comum Curricular


emoções (BNCC) define um conjunto de competências
gerais que serve como um guia para o apren-
dizado das crianças e que deve ser desen-
volvido de forma dinâmica para trabalhar o
socioemocional.

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31ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

2º DIA
Geografia: Recursos naturais e suas mudanças – páginas 76 e 77

Orientação didática:
• Em uma roda de conversa, realize a leitura compartilhada do texto apresentado no livro relacionado
aos recursos naturais e suas mudanças. Alerte os alunos para o consumo desenfreado dos recursos
naturais.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e História.

3º DIA
Geografia: Recursos naturais e suas mudanças – página 78

Orientação didática:
• Peça aos alunos que produzam um texto sobre o consumo consciente dos recursos naturais.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

4º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

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DINÂMICA
TROCANDO DE QUADRADO
São colocados, na sala,
vários quadrados de acordo
com a quantidade dos edu-
lithiumphoto / Stock.adobe.com

candos, sendo um verde e


outro vermelho (podem ser
outras cores), sempre um
quadrado em frente ao outro.
Cada educando se posiciona
em frente a um desses qua-
drados e o educador explica-
-lhes que, quando for dado o
sinal, os que estão em frente
ao quadrado verde devem
mudar para outro quadrado
verde e os educandos em
frente aos quadrados verme-
lhos ficam parados. Quando
chegarem ao novo quadrado,
terão de fazer quatro coisas:
dizer “oi, tudo bem”; falar o nome; a idade e o que mais gosta de fazer e de comer. O educador
vai percebendo o ritmo da turma e segue dando o sinal até que mais da metade dos educan-
dos ou a turma toda tenha participado. Se o educando cair de novo em frente à mesma pessoa,
repete as falas para ela. Depois, os educandos que estavam nos quadrados vermelhos fazem o
mesmo exercício. Após todos terem participado, gera-se um diálogo sobre a atenção em ou-
vir o outro, em conhecer mais sobre o próximo, em poder se apresentar, perguntando a todos
sobre as dificuldades e facilidades na realização da tarefa.

WENDELL, Ney. Praticando a gentileza na sala de aula. Recife: Prazer de Ler, 2012.

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76

©Renato Meireles/stock.adobe.com
Recursos naturais e
suas mudanças

No princípio, as transformações causadas


pelo ser humano na natureza aconteciam
bem devagar, de acordo com o crescimento
populacional.
Com o tempo, o ser humano foi, cada vez
mais, aproveitando os recursos naturais em seu Recursos minerais: são exemplos os miné-
benefício: começou a desbravar matas virgens, rios de ferro, alumínio, cobre e manganês.
escavou o solo em busca de minérios — ouro, Podemos, também, destacar o petróleo, o gás
prata, ferro, etc. —, cortou montanhas e rochas natural e o carvão mineral.
para a construção de estradas e sempre aprovei-
tou as águas para a sua melhoria de vida.

©Paitoon/stock.adobe.com
Com as invenções — principalmente da ener-
gia elétrica —, o desenvolvimento social dispa-
rou. As cidades tornaram-se, em pouco tempo,
grandes centros, muitas vezes, sem planejamen-
to algum.
Existem, porém, cidades que foram construí-
das com planejamento. Um exemplo de cidade
planejada é Brasília, capital do Brasil, que foi
construída em um planalto no final da década
de 1950 e inaugurada em 21 de abril de 1960,
com os principais prédios públicos prontos em Recursos vegetais: destacam-se a madeira, o
apenas 5 anos. látex e a castanha-do-pará.
©joseduardo/stock.adobe.com

BNCC

©nathsegato/stock.adobe.com
(EF04GE11)
Identificar as caracterís-
ticas das paisagens natu-
rais e antrópicas (relevo,
cobertura vegetal, rios
etc.) no ambiente em que
A exploração dos recursos naturais pode
levar a consequências sérias se não for bem vive, bem como a ação
Recursos hídricos: a vasta rede de rios, lagos
planejada. Conheça os principais recursos natu- e águas subterrâneas do Brasil. humana na conservação
rais do Brasil.
ou degradação dessas
Formando Cidadãos 76 Geografia • 4o Ano
áreas.

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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Em roda de conversa, fale sobre a ação do ho- zinkevych / Stock.adobe.com

mem na natureza e os danos causados ao meio


ambiente. Pergunte aos alunos o que podemos
fazer para mudar essa realidade. Instigue-os a
falar dos problemas ambientais da sua região.
Proponha aos alunos que procurem imagens do
meio ambiente antes e depois da ação do homem.
Promova uma exposição das imagens. Oriente-os
na confecção de cartazes pedindo a preservação
do meio ambiente.

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Ao explorar o solo, é possível provocar sua Distribuição da água no Brasil 77
erosão, ou seja, seu desgaste por meio do des-
matamento e das queimadas, que causam danos
em muitos locais; pela extração de rochas,
argila, areia (extrativismo mineral); e pelo extra-
tivismo vegetal sem replantio. Norte
Os recursos hídricos fornecem água para
Nordeste
abastecer a população, para as indústrias, para a
irrigação e para gerar eletricidade. Norte: 68,5% Centro-Oeste
8% da população
Você sabia? do Brasil
Sudeste
Centro-Oeste: 15,7%
7% da população
do Brasil Nordeste: 3,3%
27% da população
Sul: 6,5% Sul do Brasil
15% da população Sudeste: 6%
do Brasil 43% da população
do Brasil
Baseado no IBGE / Agência Nacional das Águas, 2010. BNCC
São muitas as usinas hidrelétricas em todo (EF04GE08)
o Brasil, dentre as quais podemos citar: Itaipu,
Descrever e discutir o
Paulo Afonso, Sobradinho, Tucuruí.
Quando o rio não é perene, dizemos que ele processo de produção
é temporário e seca de acordo com a estação
(transformação de maté-
do ano das regiões. Os rios temporários podem
ser explorados para o abastecimento de água rias-primas), circulação
por meio de açude, que também é favorável à e consumo de diferentes
criação de peixe — a piscicultura.
O ser humano também sempre se beneficiou do produtos.
mar, com a retirada do sal e com a pesca rica em
Usina Hidrelétrica de Itaipu
espécies de peixes e crustáceos, como: siri, lagosta
A exploração da rede hidrográfica bra- e camarão. (EF04GE11)
sileira é muito importante para a vida das A defesa do meio ambiente está presente nas
pessoas. Nossos rios são importantes pelo seu Identificar as caracterís-
reservas, nos parques nacionais, no refloresta-
aspecto social, pois, além da pesca, apro- mento das matas, na despoluição do ar e dos ticas das paisagens natu-
veitamos sua força na irrigação e no abas-
tecimento de água das nossas cidades. É dos
rios e na consciência de cada cidadão. rais e antrópicas (relevo,
Em relação aos recursos naturais, esses são
rios que, por meio das hidrelétricas e usinas classificados em renováveis, que é quando a cobertura vegetal, rios
geradoras, chega-nos a energia elétrica. Para
gerar energia, os seres humanos represam
natureza rapidamente consegue repor ou são etc.) no ambiente em que
infinitos, como o vento, o calor do sol e a água, e
as águas dos rios perenes — rios que nunca os não renováveis, que é quando a natureza não vive, bem como a ação
secam. As quedas-d’água das cachoeiras são
forças naturais geradoras de energia.
pode repor ou demora muito tempo para repor, humana na conservação
como o petróleo e os minérios.
ou degradação dessas
Formando Cidadãos 77 Geografia • 4o Ano
áreas.

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SUGESTÃO DE ATIVIDADE

1. Responda às perguntas a seguir.

a. De que modo o homem modificou os recursos b. Qual foi a influência da luz elétrica para o desen-
naturais da Terra? volvimento social?
Desbravando as matas virgens, escavando o solo O desenvolvimento social disparou, as cidades tor-

em busca de minérios — ouro, prata, ferro, etc. —, naram-se povoadas e, em pouco tempo, surgiram

cortando montanhas e rochas para a construção outras cidades, muitas vezes, sem planejamento.

de estradas e sempre aproveitando as águas para

sua melhoria de vida.

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Atividades 4. Substitua os códigos por sílabas, forme pala-
78
vras e, em seguida, classifique-as em renovável
e não renovável.
1. Pesquise e escreva os principais recursos mi-
nerais do estado em que você mora.
Pe á so leo ou ta ge
Resposta pessoal
Co gua ro tró lo bre ve

Renovável
Petróleo
X Não renovável

2. Observe o seu material escolar: caderno, livro,


X Renovável
lápis, borracha, caneta, régua, estojo. Que recur- Água BNCC
sos naturais foram transformados para a fabri- Não renovável
cação desses objetos? (EF04GE08)
Resposta pessoal Descrever e discutir o
Renovável processo de produção
Cobre
X Não renovável (transformação de maté-
rias-primas), circulação
5. A respeito da extração dos recursos naturais, e consumo de diferentes
escreva M, para malefícios, e B, para benefícios.
produtos.
M Destruição de partes da natureza.

3. Devemos saber usar os recursos naturais para (EF04GE11)


tê-los sempre. Escreva algumas dicas que você B Mais trabalho para as comunidades. Identificar as caracterís-
utiliza para não desperdiçar água.
ticas das paisagens natu-
Resposta pessoal M Problemas de saúde. rais e antrópicas (relevo,
cobertura vegetal, rios
M Poluição. etc.) no ambiente em que
vive, bem como a ação
B Máquinas e utensílios que melhoram a qua- humana na conservação
lidade de vida.
ou degradação dessas
Formando Cidadãos 78 Geografia • 4o Ano
áreas.

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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Esclareça aos alunos que a exploração dos re-
cursos naturais pode levar a consequências sérias
se não for bem planejada. A erosão do solo, devido
ao desmatamento e às queimadas, causa danos em
muitos locais, pela extração de rochas, argila, areia,
pelo extrativismo mineral e extrativismo vegetal
sem replantio.
A defesa do meio ambiente está presente nas re-
servas, nos parques nacionais, no reflorestamento
das matas, na despoluição do ar e dos rios e na cons-
ciência de cada cidadão habitante do planeta Terra.

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FUNDAMENTAÇÃO

PROJETO:
VOLTA PRA CASA, LUIZ
APRESENTAÇÃO
A Farol Escola, localizada no município de Exu – PE, desenvolverá o
projeto Volta pra Casa, Luiz. Direcionado à Educação Infantil e Fundamen-
tal, atendendo educandos com faixa etária entre 3 e 14 anos, o projeto tem
como desafio a transformação da escola em um espaço no qual a cultura
gonzaguiana possa interagir com os currículos escolares e a fundamen-
tação pedagógica da obra do ápice da cultura exuense. Luiz Gonzaga do
Nascimento — que recebeu esse nome em homenagem a Santa Luzia, por-
que nasceu no dia da santa, 13 de dezembro, em 1912, na Fazenda Caiçara —
é filho de Januário José dos Santos e Ana Batista de Jesus. Gonzaga sempre
lutou pelos seus objetivos com muita dedicação e persistência e atualmen-
te é considerado Rei do Baião e pernambucano do século XX.

JUSTIFICATIVA
É inegável a importância de Luiz Gonzaga para a cultura nordestina! Sua
obra ultrapassa barreiras, enriquecendo a música brasileira.
É possível a qualquer pessoa conhecer muito do Nordeste e principal-
mente do Sertão — como alimentação, animais, vegetação, vocabulário e
costumes — através das suas músicas.
Porém, a globalização e sua principal ferramenta, a mídia, têm invadido
nossa casa, nossos olhos e ouvidos, ajudando a colocar no esquecimento
a nossa cultura — que é tão singular — e até mesmo o próprio sertanejo. E
esse fenômeno é bastante preocupante, pois atinge principalmente nossas
crianças e adolescentes. Podemos observar hoje que muitos deles até já
ouviram falar no mestre Luiz Gonzaga, porém poucos sabem da sua imensa
importância.
Esse projeto visa exaltar a importância de Luiz Gonzaga, de sua vida e
obra, ressaltando o valor do seu museu, onde está a melhor parte de sua
história, uma escola viva no sertão pernambucano, que traz a marca de seu
caráter, cultor de raízes e nordestino assumido.

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OBJETIVO GERAL
Valorizar a pluralidade do patrimônio sociocultural exuense e, assim, promover o conhecimento da
vida e da obra de uma das figuras mais conhecidas e relevantes do país: Luiz Gonzaga, o Rei do Baião.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Conhecer a vida de um dos filhos ilustres do município de Exu: Luiz Gonzaga.
• Despertar a curiosidade e o prazer em conhecer as músicas do artista considerado Pernambucano
do Século XX.
• Expressar, oralmente e com desenvoltura, a importância de Luiz Gonzaga para a cultura exuense.
• Apreciar o ritmo e as músicas deixadas pelo artista para a geração atual.
• Conhecer alguns objetos deixados pelo Rei do Baião (troféus, medalhas, roupas, discos, etc.).
• Visitar e apreciar o patrimônio que é motivo de orgulho para o povo exuense, o Museu do Gonzagão.

ASSUNTOS A SEREM ABORDADOS


• Cultura exuense.
• Construção de hipóteses acerca da vida de Luiz Gonzaga.
• Biografia de Luiz Gonzaga.
• Conhecendo os parentes de Luiz.
• Luiz Gonzaga do Nascimento: Pernambucano do Século XX.
• Patrimônio exuense: história do Museu do Gonzagão.
• Costumes de antigamente (roupas, transportes, objetos, preferências, etc.).
• Discografia: músicas compostas pelo Rei do Baião.
• Flora e fauna.
• Leitura e escrita.
• Produção textual.

JANELAS
Enfatizar ainda a contextualidade, criatividade,
interpretação e percepção visual e auditiva dos educandos.

m o
be.c
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ock St
ck /
lsto se
pik

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METODOLOGIA
• Pesquisa para coleta de dados.
• Listamento de palavras relacionadas ao tema.
• Exposição da biografia de Luiz Gonzaga.
• Reprodução de DVD com fotos de Luiz Gonzaga.
• Construção de histórias em quadrinhos com a vida do Gonzagão.
• Montagem e apresentação de uma coreografia com a música O Rei Volta pra Casa.
• Mostra Cultural: Vida e Obra de Luiz Gonzaga.
• Discografia: cantar músicas de Pernambucano do Século XX.
• Confecção de um Luiz Gonzaga de massa de modelar.
• Desfile pelas ruas da cidade com o tema Sucessos de Gonzaga.
• Exposição para a população dos objetos e transportes utilizados na época em que Luiz Gonzaga
“volta pra casa”.
• Confecção de uma pintura com a música Asa Branca.
• Construção de uma sanfona, instrumento utilizado por Luiz Gonzaga.
• Conhecendo parentes: visita à casa de Joquinha Gonzaga.
• Visita ao Museu do Gonzagão.
• Piquenique embaixo de juazeiro.
• Construção de um painel com fotos do Museu do Gonzagão.
• Montagem de quebra-cabeça (principais pontos do museu).
• Montagem de uma peça teatral com o tema Volta pra casa, Luiz.

AVALIAÇÃO
A avaliação será realizada através de observações diárias durante todo o processo das atividades
propostas pela docente, levando em consideração interesse, capricho, criatividade, contextualidade,
entre outros pontos.

AVALIAÇÃO ESPECÍFICA

Culminância do projeto com exposição e desfile pelas ruas da cidade.

RECURSOS
Folha de ofício, lápis de cor, cartolina, livro, pincel, DVD, fotos do museu, cola, tinta guache, massa
de modelar, discos de Luiz Gonzaga, quebra-cabeça, televisão, som, CD com músicas de Gonzaga.

*Projeto realizado na Farol Escola, em Exu-PE, pela professora Iláide Carvalho e pela diretora Alice
Tavares Belém.

Texto extraído de: Revista Construir Notícias. Recife. Ano 11. 62 ed. Jan./fev., 2012.

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32ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

2º DIA
Geografia: Trabalhos do campo e da cidade/Agricultura – páginas 79 e 80

Orientação didática:
• Utilize a lousa para elencar várias atividades realizadas no campo e na cidade. Divida a lousa em duas
colunas e solicite aos alunos que citem algumas dessas atividades. É importante que falem sobre a
importância de cada uma.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e História.

3º DIA
Geografia: Trabalhos do campo e da cidade – página 81

Orientação didática:
• Pesquise, previamente, os alimentos agrícolas mais consumidos em sua região. Em seguida, apresen-
te-os aos alunos e, por meio de um sorteio, convide alguns deles para falarem de qual dos alimentos
expostos mais gostam e qual mais consomem.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

4º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

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DINÂMICA
MÃOS QUE GUIAM
Esta é uma atividade que permite ao grupo perceber o grau de confiança existente entre os colegas.

1 Faça um círculo em pé com os alunos.

2 Eles devem formar pares com os colegas ao lado.

3 Os pares devem se posicionar frente a frente e eleger um dos componentes para


ser o guia.

Solicite às crianças que não são guias que estendam as mãos para frente e fe-
4 chem os olhos.

Coloque uma música calma e peça ao guia que dirija o seu colega pelas mãos, movi-
5 mentando-se por todo o espaço. A criança guiada deve permanecer de olhos fechados.

Carmen Silvia Penha Galluzzi


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Trabalhos do campo e húmus. É a presença do húmus que torna o solo
79
fértil.
da cidade Existem diferentes formas de cultivar as
plantas: monocultura, policultura e cultivo de
subsistência.
Alguns municípios têm uma área urbana,

©Nemanja Otic/stock.adobe.com
também chamada de cidade, e uma área rural,
chamada campo.
As pessoas que vivem na cidade se dedicam,
em geral, a atividades de prestação de serviços,
comerciais e industriais; já as pessoas que vivem
no campo se dedicam a atividades de agricultura,
extrativismo e pecuária.
As atividades exercidas no campo e na cidade
dependem umas das outras. No campo, por
A monocultura é o cultivo de apenas uma
exemplo, é necessário o uso de instrumentos e
determinada espécie vegetal, geralmente para
máquinas que são produzidos, na maioria das
exportação.
vezes, na cidade. Já os produtos que são usados
nas indústrias da cidade, em sua maioria, são

©sablin/stock.adobe.com
produzidos no campo, como frutas, verduras, etc.

Agricultura
É o cultivo de plantas para serem consumidas
ou vendidas.
Na agricultura, as plantas são cuidadas de BNCC
maneira a serem utilizadas como alimento. Cada
espécie vegetal retira os nutrientes e minerais (EF04GE04)
A policultura é o cultivo de diversas espécies
de que precisa do solo. Os nutrientes são obtidos
vegetais.
Reconhecer especificida-
por meio da decomposição de matéria orgânica
no solo, que forma o húmus.
des e analisar a interde-

©yanadjan/stock.adobe.com
A decomposição, que produz o húmus, ocorre pendência do campo e
porque a superfície do solo e tudo o que existe nela
(restos de plantas, animais, etc.) são desgastados
da cidade, considerando
pela ação da água, da temperatura (calor e frio), da fluxos econômicos, de
chuva, do vento e dos seres vivos que nela vivem.
Essa ação faz com que esse material seja
informações, de ideias e
quebrado em pedaços menores, que se infiltram de pessoas.
e são novamente quebrados em pedaços ainda
menores pela ação das plantas, que, neles, con-
O cultivo de subsistência é o cultivo de espé-
seguem se desenvolver.
cies vegetais para o consumo apenas daqueles
(EF04GE07)
Quando esses seres vivos se decompõem e se
que as plantam. Comparar as caracte-
juntam às partículas já minúsculas, forma-se o
Formando Cidadãos 79 Geografia • 4o Ano
rísticas do trabalho no
campo e na cidade.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Apresente o tema a ser estudado e, em uma roda
de conversa, faça um levantamento do conhecimen-
to dos alunos acerca do assunto. Utilize algumas
questões:
Que tipo de trabalho é comum no campo? E na
cidade?
Em sua opinião, há um tipo de trabalho mais im-
portante que o outro?

230
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A rotação de culturas consiste em dividir o Como há um constante aumento da popu-
80
solo em diversas áreas e mudar, a cada colheita, lação, para alimentar todas as pessoas, seria
a espécie vegetal a ser cultivada em cada uma necessário aumentar a produção de alimentos
delas. mundialmente.
Veja alguns cuidados que devem ser tomados
na agricultura.

Empregar sementes ou mudas de plantas sadias.

Conhecer e respeitar o período correto para o


cultivo e a colheita.

Adequar a espécie vegetal ao clima e à região


onde será cultivada.

Não provocar o desgaste do solo por queimadas.

Utilizar, preferencialmente, adubos orgânicos


Algumas policulturas chegam a ser feitas por
nas lavouras para fertilizar o solo.
meio da rotação de culturas. Cada espécie ve-
getal retira do solo os nutrientes e os minerais
de que precisa. Então, se só são cultivadas as Ajustar a quantidade de água do solo necessá-
mesmas espécies vegetais em determinado solo, ria ao cultivo com irrigação ou drenagem.
isso fará com que este fique empobrecido dos
nutrientes que a espécie cultivada retira. Aproveitar o solo por meio do emprego de
Hoje, há o uso de fertilizantes para estimular técnicas modernas de cultivo. BNCC
o aumento da produção de plantas para a ali-
mentação, além do uso de agrotóxicos, que são Fazer o acompanhamento da lavoura com um
(EF04GE04)
venenos pulverizados nas plantas para impedir agrônomo. Reconhecer especificida-
que pragas destruam as lavouras, e do emprego
de máquinas e equipamentos para mecanizar o
des e analisar a interde-

©Dusan Kostic/stock.adobe.com
cultivo. pendência do campo e
O uso de agrotóxicos deve ser evitado, pois
estes são produtos químicos que, quando utiliza-
da cidade, considerando
dos, podem provocar danos irreparáveis às plan- fluxos econômicos, de
tas, ao solo e à água existente nele e, também,
podem causar sérios danos à saúde das pessoas.
informações, de ideias e
As plantas podem ficar impróprias para o de pessoas.
consumo por estarem envenenadas.
Entretanto, um dos grandes desafios atuais da
agricultura mundial é produzir uma quantidade (EF04GE07)
de alimentos que supra a fome de todos os habi-
Comparar as caracte-
tantes do planeta.
Formando Cidadãos 80 Geografia • 4o Ano
rísticas do trabalho no
campo e na cidade.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Wirestock / Stock.adobe.com
As pessoas são diferentes. Além disso, elas vivem
em diferentes paisagens. Cada paisagem influencia
no modo de vida das pessoas.
Ao longo de dez anos, a população rural diminuiu.
Isso significa que, na maioria dos municípios do Bra-
sil, a quantidade de pessoas morando nos espaços
urbanos é maior que no espaço rural.

231

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Atividades 3. Complete a frase, utilizando corretamente as 81
palavras do quadro, e descubra um dos grandes
desafios da agricultura mundial.
1. Pesquise e preencha os espaços abaixo com a
resposta correta.
HABITANTES – ALIMENTOS – PRODUZIR –
a. Profissional que trabalha na agricultura: SUPRA – TODOS – FOME

agricultor ou lavrador .
Produzir uma quantidade de
b. Profissional que orienta a produção agrícola:
alimentos que supra a
agrônomo ou engenheiro-agrônomo .
fome de todos os
c. O cultivo de produtos depende do: habitantes do planeta.
tipo de solo ou clima .
4. Observe a figura abaixo e responda: Na ro-
2. Observe os diferentes tipos de cultivo de espé- tação de culturas, por que a espécie vegetal a
cies vegetais e escreva o nome de cada um. ser cultivada em cada área é modificada a cada
colheita?

BNCC
(EF04GE04)
Reconhecer especificida-
Monocultura Rotação de culturas Porque assim o solo recupera os nutrientes des e analisar a interde-
pendência do campo e
que foram retirados pela espécie cultivada
da cidade, considerando
anteriormente. fluxos econômicos, de
informações, de ideias e
de pessoas.

(EF04GE07)
Cultivo de subsistência Policultura Comparar as caracte-
Formando Cidadãos 81 Geografia • 4o Ano
rísticas do trabalho no
campo e na cidade.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
O deslocamento da população para o espaço ur-
bano provoca mudanças. Assim, quando as pessoas
saem do espaço rural, também acontecem mudan-
ças nesse espaço. Analise, junto com as crianças, a
compreensão dos modos de vida da população rural
e urbana. Enfatize as dificuldades existentes na vida
no espaço urbano e no espaço rural.

232
232

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FUNDAMENTAÇÃO

PRINCÍPIOS EDUCACIONAIS QUE SEMPRE SE DEVE LEVAR EM CONTA


Débora Corigliano

Nunca fomos muito amigos de conselhos generalistas, por saber que cada criança e cada adolescen-
te é único e que, desta maneira, o que vale para alguns pode não valer para outros.
Mas, mesmo fugindo dessas “regras gerais”, a vida e a experiência ajudaram-nos a relacionar alguns
princípios educativos, que, devidamente adaptados à condição específica de cada família, podem ser de
significativa validade. Leia com atenção estes princípios e se fixe nos que mais se ajustam à educação
que você desenvolve ou pretende desenvolver:

Um grande mestre é sempre o bom exemplo. Crianças e adolescentes, mesmo


quando não demonstram, são capazes de perceber a contradição entre o que se
diz e o que se faz. Se não resistir à tentação de fazer algo diferente do que prega,
faça-o longe dos olhos da criança ou, com sinceridade, “abra o jogo” e confesse
sua fraqueza e prometa esforço para mudar.

Jamais compare a capacidade de aprendizagem de um filho com outro ou com


seus colegas e amigos. No cérebro humano, existem cerca de duzentos bilhões
de neurônios que recebem de mil a dez mil sinapses, emitindo axônios que se
ramificam e comunicam uns neurônios com os outros. Imaginar que existam
dois cérebros iguais é absolutamente implausível, por isso não percam de vista
as limitações naturais em qualquer pessoa, nunca acreditando que uma apren-
de tal como outra ou avaliando crianças diferentes com instrumentos comuns.

Saiba “ler e interpretar” a maneira e o jeito próprio de ser das crianças e dos
adolescentes que há em casa. Perceba, observando e conversando sobre suas
facilidades e suas dificuldades, veja-as lidando com suas palavras ou com a
experiência proporcionada, descobrindo o quanto se sentem frustrados ou se
revelam orgulhosos com seus feitos.

233

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Não se deixe levar pela ilusão de que tudo que um filho aprende ele seja capaz
de expressar com palavras. Faça-se um “educador de sentimentos” e, portanto,
não se preocupe se seu filho pode ou não repetir com palavras os ensinamentos
assimilados. Valorize mais as ações geradas pela aprendizagem que uma nota.

Conheça muito bem a si mesmo para não fazer dos filhos alguém com sua ima-
gem e semelhança. Aprenda a descobrir a beleza que existe em sermos únicos e
jamais faça de um filho o que a vida e a experiência não fizeram em você.

Jamais deixe de levar em conta o ambiente e o “clima emocional” em que se de-


senvolvem as atividades de estudo e lazer. O que vale nem sempre é sala cheia
de brinquedos e jogos eletrônicos — mensagens vazias —, mas a capacidade
emocional de fazer de cada cantinho, em todos os momentos, um mundo encan-
tado repleto de boas surpresas.

Creativa Images / Stock.adobe.com

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Não se preocupe em restringir o ato de educar a horários fixos. É importante que a
criança e o adolescente percebam que existem momentos para brincar e momentos
para comer, como existem momentos para dormir e outros para passear e, assim, é
importante reservar um tempo diário para estudos e lições. No entanto, também nos
passeios, nos bate-papos ou em outras oportunidades, é sempre válido o reforço do
bom conselho por meio do comentário amigo, da observação atenta, da boa anedota
na hora certa.

Não creia que o bom castigo deseduca. É inaceitável, sejam quais forem as razões,
o uso da força para obrigar uma criança a fazer ou não fazer algo, mas se qualquer
palmada constitui agressão injustificável, é importante que os filhos descubram que
a vida é cheia de regras e que o não cumprimento desta ou daquela envolve sanções,
tal como ocorre na prática de qualquer jogo esportivo. Perder, por exemplo, uma
festa porque não se agiu corretamente não faz com que o filho cresça odiando o pai
ou a mãe, e ensina que a vida é formada de causas e de consequências e que boas
ações merecem elogios ou recompensas. As atitudes negativas e contrárias ao que
se combinou implicam algum tipo de preço.

Procure sempre ser um bom ouvinte e não espere que os filhos demonstrem “vontade”
de falar. Tenha sempre uma porção de desafios e os coloque em todas as oportu-
nidades possíveis, provoque bate-papos, faça-os falar de seu dia, seus amigos, sua
escola e seus sonhos.

ANTUNES, Celso. Educar em um mundo interconectado: um livro para pais e professores: Petrópolis, RJ. Editora: Vozes,
2016.

235

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33ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

2º DIA
Geografia: Pecuária – páginas 82 e 83

Orientação didática:
• Divida a turma em dois grupos e solicite-lhes que enumerem as vantagens e desvantagens das práticas
de pecuária intensiva e extensiva. Cada grupo deve argumentar de forma a defender o tipo de criação
de animal designado. É importante observar a argumentação dos alunos, levando-os a concluir que
cada tipo de criação apresenta aspectos positivos e negativos.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e História.

3º DIA
Geografia: Pecuária – página 84

Orientação didática:
• Separe a turma em grupos. Peça que os alunos tragam seus animais de brinquedo para a construção
de uma maquete com o tema “Fazendinha”, com a criação de animais extensiva e intensiva. Cada grupo
deve apresentar sua maquete ao restante da turma.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

4º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

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DINÂMICA
TECER A VIDA COLETIVAMENTE
MATERIAIS:
Folhas de papel ofício, lápis de cor, música instrumental.

DESCRIÇÃO:
• Cada pessoa deve iniciar um desenho na folha.
• Entregue um papel para todas as pessoas e coloque uma música de fundo.
• Após alguns momentos, peça que parem de desenhar e passem sua folha

Africa Studio / Stock.adobe.com


adiante.
• Cada pessoa continua o desenho que a outra estava fazendo. Após alguns
momentos, novamente devem passar adiante a folha. Assim sucessivamente,
até a folha chegar ao lugar de origem. Em plenária, cada pessoa vai observar o
resultado e o processo de construção do desenho.
• Trocar impressões sobre a dinâmica.

WITT, Maria Dirlane; PONICK, Edson (coords). Dinâmicas para Ensino Religioso. São Leopoldo:
Simodal, 2008.

237

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82
Pecuária

Pecuária é a atividade econômica que envolve a criação de animais. Essa atividade tem importan-
te papel na economia brasileira, pois fornece matéria-prima para a produção de muitos produtos.

Matéria-prima é o primeiro elemento usado num processo de industrialização. Ela é transformada


nas fábricas e indústrias. Cada espécie de animal criada fornece matéria-prima para ser consumida ou
transformada em novos produtos, por exemplo:

Bois e vacas fornecem Carneiros e ovelhas fornecem

leite leite
carne lã
couro carne

Porcos e porcas fornecem Bodes e cabras fornecem

carne leite
couro carne BNCC
couro
(EF04GE07)
Comparar as caracte-
rísticas do trabalho no
campo e na cidade.
Búfalos e búfalas fornecem Bichos-da-seda fornecem

leite
fios para (EF04GE08)
a fabri-
carne
cação do
Descrever e discutir o
couro
tecido de processo de produção
seda
(transformação de maté-
© Thierry RYO; nskyr2; Simone van den Berg; littlewolf1989; serejkakovalev; Guray Dere / stock.
adobe.com
rias-primas), circulação
Formando Cidadãos 82 Geografia • 4o Ano e consumo de diferentes
produtos.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Explique que a pecuária é uma importante atividade econômica realizada no campo. Essa atividade
consiste na criação de animais para alimentação ou como matéria-prima. Pergunte aos alunos quais são os
produtos que eles consomem e que têm origem animal. Depois das respostas, é importante ressaltar que,
para além do consumo de carnes na alimentação, consumimos muitos outros produtos de origem animal,
como couro, leite, ovos e lã. Na lousa, juntamente com os alunos, elabore uma lista de produtos de origem
animal, para dimensionar a importância dessa atividade econômica e, também, as diversas etapas que
existem na elaboração de produtos de origem animal que consumimos, como: queijo, presunto, iogurte.

238
238

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Aves fornecem
Há vários animais criados que formam reba-
83
nhos, por exemplo:

carne • Bois e vacas: bovinos.


ovos • Porcos e porcas: suínos.
penas • Carneiros e ovelhas: ovinos.
• Jumentos e jumentas: asininos.
• Búfalos e búfalas: bufalinos.
• Bodes e cabras: caprinos.
• Cavalos e éguas: equinos.

Rãs fornecem
Existem, basicamente, dois tipos de criação
de animais:

carne
Extensiva – é aquela em que os animais são
criados soltos em grandes áreas, geralmente
se alimentando dos pastos.

Intensiva – é aquela em que os animais são


Abelhas fornecem criados em pequenas áreas, confinados, se
alimentando, principalmente, de ração.

mel
Algumas das pessoas que criam animais re-
cera
cebem nome específico de acordo com a espécie
própolis BNCC
de animal que possuem, por exemplo: aviculto-
res — criadores de aves (patos, gansos, galinhas, (EF04GE07)
perus, marrecos, codornas, etc.); apicultores —
criadores de abelhas; sericultores — criadores Comparar as caracte-
de bichos-da-seda; ranicultores — criadores de rísticas do trabalho no
Peixes fornecem rãs; piscicultores — criadores de peixes.
O importante é que os rebanhos sejam bem campo e na cidade.
tratados para que não haja risco à saúde das
pessoas que utilizarão os produtos obtidos a
óleo de partir do que fornecem. (EF04GE08)
peixe Alguns dos cuidados que todo pecuarista deve Descrever e discutir o
carne ter é com a higiene, a vacinação, a alimentação,
couro os remédios, a assistência veterinária, etc. To-
processo de produção
©Guray Dere; Anton Ivanov-Kapelkin; Ronnie Chua; Martin Erstling; ©neenawat555/ stock.
dos esses cuidados são necessários para que os (transformação de maté-
adobe.com animais estejam sadios para o consumo.
rias-primas), circulação
Formando Cidadãos 83 Geografia • 4o Ano e consumo de diferentes
produtos.
FC_GEO_4F_4UND.indd 83 06/04/2022 17:34

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Divida sua turma em grupos de cinco crianças.


Peça-lhes que tragam seus animais de brinquedo
para a construção de uma maquete com o tema Fa-
zendinha. Teremos a criação de animais extensiva e
intensiva. Cada grupo deve apresentar sua maquete
Boris Ryaposov / Shutterstock.com

ao grande grupo.

239

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Atividades 3. Leia as dicas a seguir e complete a cruzadinha.
84
a. Pessoa que trabalha na agricultura.
1. Escreva a resposta de cada uma das perguntas b. Pessoa que trabalha na pecuária.
abaixo. c. Pessoa que trabalha na pesca.
d. Pessoa que trabalha na mineração.
a. Quais são as atividades econômicas mais co- c.
muns nas áreas rurais?
b. P E C U A R I S T A
São a pecuária e a agricultura. E

S d.
C M
b. O que é pecuária?
a. A G R I C U L T O R

É uma atividade econômica que consiste em criar D N

O E
e cuidar de animais que fornecem matéria-prima
R R
para diversas outras atividades.
A

R
2. Responda.
4. Desembaralhe as sílabas e descubra nome de
a. O que é matéria-prima? animais. Em seguida, escreva-os completando
BNCC
as frases corretamente. (EF04GE07)
É o primeiro elemento usado num processo de
Comparar as caracte-
men a ju bi se be a
industrialização. rísticas do trabalho no
da da chos lhas tos ves
campo e na cidade.
a. As abelhas fornecem mel,
b. Quais são os locais onde são transformadas as cera e própolis.
jumentos (EF04GE08)
matérias-primas da natureza? b. Os fornecem
transporte. Descrever e discutir o
As matérias-primas são transformadas nas fá-
c. Os bichos-da-seda fornecem fios processo de produção
bricas e indústrias. para a fabricação do tecido da seda.
(transformação de maté-
d. As aves fornecem carne,
ovos e penas.
rias-primas), circulação
Formando Cidadãos 84 Geografia • 4o Ano
e consumo de diferentes
produtos.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Professor, proponha a realização de uma pesquisa em revistas e jornais, fornecidos por você, de notícias
sobre a pecuária. As pesquisas deverão ser feitas em grupos.
Cada grupo irá escolher uma notícia nos materiais fornecidos para responder a algumas questões:

1. Qual o produto ao qual se refere a matéria escolhida?


2. Esse produto é consumido em sua forma original ou necessita ser industrializado? Se é industrializado,
quais são as etapas de elaboração?

Ao final, peça que cada grupo apresente aos demais colegas a notícia resumida e as respostas às
perguntas sugeridas.

240
240

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FUNDAMENTAÇÃO
APRENDIZAGEM ATIVA

Studio Romantic / Stock.adobe.com


A aprendizagem ativa engloba experiência concreta (um evento e experimentação ativa — planejamento
de uma experiência). Ao mesmo tempo e exige reflexão, observação (pensar sobre o que ocorreu) e abs-
tração de um conceito (pensar sobre o que aprendeu e estabelecer relação com o que já foi aprendido).
A aprendizagem, em uma perspectiva da metodologia ativa, é vista como um gradual, mas cumulativo
desenvolvimento de saberes por meio da participação em atividades nas quais o conhecimento é progres-
sivamente construído, aplicado e revisto.
É importante considerar, quando se trabalha com aprendizagem ativa, que há uma série de aquisições
a serem feitas por alunos e professores que vão além de conceitos a serem adquiridos. Nesse sentido,
interessa a aquisição, por parte dos alunos, de estratégias, habilidades, valores, capacidade de analisar,
sintetizar, além de outras.
Há, ainda, resistência por parte de alguns professores em relação à aprendizagem ativa, por consi-
derarem difícil aplicá-la quando os alunos não possuem um conhecimento mínimo necessário para que
sejam trabalhados alguns conteúdos. Essa resistência, muitas vezes, revela uma falta de conhecimento
das estratégias que podem ser utilizadas, até por desconhecimento da existência dessa teoria. Entretanto,
é importante lembrar que nenhum modelo de ensino pode ser visto como uma salvação para o ensino.
Em vista disso, retomamos a afirmação, presente na apresentação deste volume, de que não há uma
metodologia de ensino que garanta por si só o sucesso do ensino e da aprendizagem. Aqueles que trabalham
em uma perspectiva de construção do conhecimento — e, portanto, da aprendizagem pela metodologia
ativa — precisam tomar cuidado com dois mitos:

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wavebreakmedia / Shutterstock.com
MITO 1.
O FAZER GARANTE
APRENDIZAGEM ATIVA.

É necessário haver atividades,


mas é necessário que elas sejam
relevantes. Nesse sentido, precisa
haver relação entre atividades e
objetivos de aprendizagem, e am-
bos (atividades e objetivos) devem
levar à reflexão.

MITO 2. AO OUVIR, O ALUNO VAI FORMULANDO SUAS HIPÓTESES, INTERIO-


RIZANDO CONHECIMENTO E TEORIAS.

Ouvir e trabalhar com hipóteses, quando feito apenas pelo aluno ou de uma for-
ma que o professor não acompanhe o processo de raciocínio do aluno, não garante
uma aprendizagem ativa. Neste sentido, participar como ouvinte de uma palestra
não faz parte da aprendizagem ativa. Ao contrário, para a prática se qualificar
como aprendizagem ativa, é essencial que professor e aluno participem de outras
dinâmicas, que ouçam e se envolvam em atividades em grupo. As estratégias de
trabalho em grupo são importantes na dinâmica do trabalho em sala de aula, pois
todos os alunos aprendem a ouvir, a respeitar a fala do outro, o posicionamento
do colega; essas posturas estimulam o processo de aprendizagem.

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O QUE CARACTERIZA A
APRENDIZAGEM ATIVA

A aprendizagem ativa é caracteriza-


da por:
aprendizagem colaborativa, em que
tem envolvimento de mais alunos no
processo de construção de conheci-
mento e trocas entre eles para que
o aprendizado ocorra. Deve haver
envolvimento dos alunos para faze-
rem coisas e estimulá-los a pensarem
sobre elas;
um contínuo de tarefas simples para
complexas, em que se vai exigindo, aos
poucos, um nível maior do uso das fun-
ções cognitivas;
instrução direta dos professores e traba-
lho dos alunos a partir dessa instrução;
aprendizagem individual, levada pelo pró-
prio aluno, em que este sistematizará o que foi
trabalhado e aprendido no grupo e formará para si
um conhecimento. Ou seja, a aprendizagem, mesmo que
ocorra em grupo, é individual. Esta aprendizagem individual
pode ser operacionalizada, por exemplo, a partir de estratégias
que envolvam a escrita. utters
tock
.com
Tyler Oslon / Sh
Assim é possível superar os mitos apresentados anteriormente, tornando
as atividades mais significativas, estimulando os alunos a ouvir os outros, pensar sobre o que está sendo
discutido e, por fim, elaborar um registro coletivo e individual.
Na prática, significa superar a ideia que de os alunos, ouvintes passivos, aprendem mais porque estão pres-
tando atenção. As atividades devem ser estruturadas para que o aluno leia, reflita, discuta, produza textos,
participando do processo de aprendizagem; com base nesta concepção, a ênfase menor deve ser na informação
a ser adquirida e a maior, no desenvolvimento de estratégias de aprendizagem que instiguem o aluno a pesquisar,
a fazer analogias, a comparar. Além disso, as atividades devem estimular atitudes e valores; a motivação dos
alunos deve aumentar (especialmente nos adultos); os alunos devem receber feedback do professor e devem
ser capazes de realizar uma análise, síntese, avaliação, etc.
O que envolve, portanto, uma aprendizagem ativa: discussão, resolução de problemas, apresentação,
trabalho em grupo, discussão em grupo, troca de papéis (representar um papel/função de outra pessoa,
por exemplo), ou seja, tudo aquilo que faz os alunos interagirem uns com os outros. Essas discussões
devem ser apoiadas com a leitura de materiais.

CASTELLAR. Sonia M. Vanzella. Metodologias ativas: introdução. 1.ed. São Paulo; FDSS, 2016.

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34ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

2º DIA
Geografia: Extrativismo – página 85

Orientação didática:
• Professor, apresente a seus alunos informações sobre o extrativismo e a sua importância.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e História.

3º DIA
Geografia: Extrativismo – página 86

Orientação didática:
• Solicite aos alunos que confeccionem uma história que relate alguma atividade econômica trabalhada
na sala de aula. Disponibilize histórias em quadrinhos, literatura de cordel, tirinhas, literatura infantil e
infantojuvenil, etc., como referências para os alunos. Determine um prazo para o trabalho ser entregue.
Sugestão: a atividade pode ser em dupla ou em trio.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

4º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

244

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DINÂMICA
O DESAFIO

AMBIENTE:
Sala de aula.

OBJETIVO:
Conscientizar a turma sobre a necessidade de colaboração do
grupo.

COLOCANDO EM PRÁTICA:
Indique ou peça um voluntário para a atividade. Ele terá uma tarefa a
cumprir, dentro de um tempo determinado, delimitada pelo professor, que
não será revelada aos colegas. A tarefa pode ser, por exemplo: fazer com que
a turma permaneça em silêncio durante um tempo previamente determinado.
Ao término do tempo estipulado, peça ao aluno que revele a tarefa e exponha
à turma a sensação de ter uma meta a cumprir e depender da colaboração
dos colegas para realizá-la. E, a seguir, discuta, com a turma, sobre a dificul-
dade de se liderar e a necessidade da colaboração dos outros.

SUGESTÃO:
Escolha dois alunos, cada um com metas distintas, e alterne
as atividades. Assim, poderão melhor comparar as sensações dos
voluntários.

DARÓZ, Elaine Pereira. Dinâmicas em sala de aula: para todos os níveis de ensino. Recife: Uni-
versitária da UFPE, 2012.

245

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85
Extrativismo Extração animal é a caça ou pesca de espécies
animais sem o uso da pecuária, ou seja, são en-
contradas e retiradas diretamente da natureza.

©jarnoverdonk/stock.adobe.com
Extrativismo é o conjunto de atividades eco-
nômicas relacionadas às extrações ou à coleta
de recursos ou elementos do meio ambiente.
Essas atividades podem ser divididas em extra-
ção mineral, vegetal e animal.

A extração mineral ocorre quando minérios


são retirados do solo, do subsolo e das águas
da natureza pelo ser humano. Esses minérios
são empregados na construção de objetos
(telefone, aparelhos eletrodomésticos), no
consumo (sal) ou, ainda, como combustíveis A caça é praticada pelos caçadores. O exer-
(petróleo, carvão, etc.), na construção de cício dessa atividade é proibido no Brasil, de
edificações, de máquinas industriais, produ- maneira que só pode ser praticada com a auto-
ção de veículos, entre outros. Os profissionais rização dos órgãos competentes, como o Insti-
que trabalham na mineração são chamados tuto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
de mineradores. Naturais Renováveis (Ibama); ou praticada por
No Brasil, chamamos de garimpo a atividade povos indígenas, que têm esse direito garantido
de extração de minerais preciosos ou semi- pela Lei conhecida como Estatuto do Índio.
preciosos, como diamante, esmeralda e ouro,

©Alexander/stock.adobe.com
sendo seus profissionais os garimpeiros.
BNCC
Extração vegetal é a coleta, ou retirada, de
espécies vegetais sem o uso da agricultura
(EF04GE07)
para obter matéria-prima para a produção de Comparar as caracte-
se be a remédios, móveis, alimentos e materiais de
tos ves limpeza, por exemplo.
rísticas do trabalho no
campo e na cidade.
©DiedovStock - stock.adobe.com

A pesca é praticada pelos pescadores. De acor-


do com a Política Nacional de Desenvolvimento (EF04GE08)
Sustentável da Aquicultura e da Pesca, a atividade Descrever e discutir o
pesqueira somente pode ser realizada mediante
prévio autorizativo emitido pela autoridade compe- processo de produção
tente, devendo ser respeitadas diversas condições, (transformação de maté-
como a não utilização de explosivos e substâncias
tóxicas ou químicas, por exemplo. rias-primas), circulação
e consumo de diferentes
Formando Cidadãos 85 Geografia • 4o Ano
produtos.
FC_GEO_4F_4UND.indd 85 22/12/2021 14:58:26

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Inicie a aula com uma roda de conversa sobre o tema extrativismo. Investigue o conhecimento prévio
dos alunos a respeito por meio de questionamentos como os descritos a seguir:

• De onde vem a água que usamos diariamente?


• E de onde vem o sal?
• E os objetos de madeira, de que são feitos?

Explique que o extrativismo consiste em retirar recursos da natureza, em sua forma original.
Esclareça que a maior parte dos produtos extraídos passam por transformações até serem consumidos.
Escreva, na lousa, os três tipos de extrativismo (vegetal, animal e mineral) e explique-os.

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246

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Atividades 3. Complete, corretamente, com o nome dos 86
profissionais.

1. Escreva V, para as alternativas verdadeiras, ou a. Os profissionais que trabalham na mineração


F, para as falsas. mineradores
são chamados de ,
F Extrativismo é o conjunto de atividades enquanto os que trabalham no garimpo são cha-
econômicas relacionadas à produção
mados de garimpeiros .
industrial.

F Extrativismo é o conjunto de atividades


b. A caça é praticada pelos
econômicas relacionadas ao comércio e à caçadores , enquanto a pesca é
prestação de serviços.
praticada pelos pescadores .

V Extrativismo é o conjunto de atividades


4. Leia as palavras do quadro e complete a
econômicas relacionadas à extração ou à
tabela.
coleta de recursos ou elementos do meio
ambiente. carvão – borracha – caça – alumínio
babaçu – pau-brasil – prata – mel
V O extrativismo pode ser animal, vegetal ou pesca – madeira – palmito – castanha
mineral.
Extrativismo animal
F O extrativismo pode ser primário, secundá- caça
rio ou terciário. pesca
mel
BNCC
2. Relacione corretamente. Extrativismo mineral
(EF04GE07)
carvão
a. Extrativismo vegetal
Comparar as caracte-
b. Extrativismo animal alumínio
c. Extrativismo mineral prata
rísticas do trabalho no
campo e na cidade.
Extrativismo vegetal
b É a caça ou a pesca de espécies animais babaçu
que não estão sendo criadas. (EF04GE08)
madeira
borracha Descrever e discutir o
a É a coleta, ou a retirada, de espécies vege-
tais que não estão sendo cultivadas. palmito processo de produção
pau-brasil (transformação de maté-
c Ocorre quando minérios são retirados do castanha rias-primas), circulação
solo, do subsolo e das águas da natureza.
e consumo de diferentes
Formando Cidadãos 86 Geografia • 4o Ano
produtos.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Construa, com os alunos, um minisseminário so-
bre o assunto estudado. Divida a turma em grupos
e analise cada apresentação, a forma como condu-
zem a atividade, a maneira com que interagem entre
si e o que levam de atrativo, como diferencial para
a apresentação. Em seguida, discuta com os alunos
cada participação.

247

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FUNDAMENTAÇÃO
A HABILIDADE EMOCIONAL

“O mundo vai girando cada vez mais veloz. A gente espera do mundo, e o mundo es-
pera de nós um pouco mais de paciência...”

Lenine

Saber lidar com situações estressantes, respondendo, cautelosamente, aos desafios que elas exi-
gem, é uma característica que todo professor necessita ter. A habilidade emocional representa o con-
trole dos impulsos e das atitudes, o equilíbrio na maneira de falar e nas posturas apresentadas diante
dos outros. Se um aluno repete determinado comportamento ruim várias vezes e o professor percebe
que a sua reclamação diária e dura não está resolvendo, é preciso reavaliar o modo como está sendo
feita a referência a esse aluno. Enfrentar os estudantes não é uma boa ação para solucionar os confli-
tos, só aumenta as tensões e torna o ambiente desagradável tanto para os professores quanto para os
alunos.

WavebreakmediaMicro / Stock.adobe.com

©vladwel, paulaphoto / AdobeStock.com

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As palavras, vindas do professor — que deve
ser o exemplo na sala de aula —, precisam ter
leveza, afeto, amizade. O educador necessita
demonstrar que se importa com todos os alunos,
independentemente de como são ou agem na aula
dele. Aquele aluno, citado anteriormente, que
sempre repete o mesmo comportamento ruim,
pode mudar a sua forma de agir se o professor
passar a falar com ele amigavelmente, mostrando
que se preocupa com o seu futuro e quer a sua fe-
licidade. Crianças podem ter o hábito de subir nas
cadeiras e mesas da escola. O professor utiliza
sempre o mesmo recurso para tentar fazê-las não
subir mais e diz constantemente que irá diminuir
a nota ou os pontos de cada uma. Frases amea-
çadoras não irão intimidar essas crianças. Nos
tempos atuais, elas olham nos olhos dos adultos
e, sem medo, expressam o que pensam e sentem.
Talvez fosse melhor mostrar a essas crianças que
elas precisam descer das cadeiras e mesas porque
podem cair e ter um grave ferimento. Usar pala-
vras gentis e afetuosas nunca é demais. Estas têm
o poder de cativar, acalmar e prender a atenção
de quem está em atividade o tempo inteiro. Quan-
do os alunos sentirem que os seus professores
gostam deles e querem o melhor para eles, pre-
valecerão comportamentos de reciprocidade ao
carinho que lhes é doado pelos educadores. O
jovem mais difícil e rebelde pode ser conquistado,
mas, para que isso aconteça, é necessário repen-
sar atitudes, palavras e até mesmo olhares que a
ele são dirigidos.
Skydive Erick / Shutterstock.com

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O professor tem dias de exaustão, como qual-
quer outro profissional, e pode não suportar o es-
tresse que uma turma agitada causa, porém é im-
prescindível que use a sua inteligência emocional
para não ultrapassar os limites da sua autoridade
e agir com agressividade. Esta só vai gerar mais
confusão, falta de respeito e desafeto. O educa-
dor procura apaziguar os ânimos e busca todas
as forças que tem para manter o controle de suas
emoções. Isso mostra que a docência não exige
apenas uma boa preparação acadêmica, mas,
principalmente, uma formação de valores que
serão fundamentais nos momentos de tomada de
decisão. São esses valores que poderão inibir as
atitudes impensadas e impulsivas do professor
diante de um aluno ou turma desafiadores.
Ter habilidade emocional é também conduzir
o aluno à reflexão quando ele não consegue se
colocar no lugar do outro para entender o que
essa pessoa sente e pensa. A sensibilidade integra
o sentir e o pensar, e não apenas os sentimentos.
Um aluno encontra uma caneta bem interessante,
cheia de enfeites, perdida em sua sala de aula.
Ele diz ao professor que achado não é roubado,
portanto, a caneta tem um novo dono. O educador
emocionalmente inteligente, não importa a idade
daquele aluno, irá fazê-lo pensar quais seriam as
suas sensações se ele fosse o verdadeiro proprie-
tário da caneta e esta desaparecesse. A pedagogia
do afeto é generosa porque procura mostrar os
erros nas maneiras de pensar e agir através do
sentir, e não simplesmente por meio da punição,
radicalmente, sem nenhuma tentativa de avalia-
michaeljung / Shutterstock.com

ção do comportamento demonstrado. Mesmo que


o professor não veja os resultados de imediato, é
preciso lançar a semente, pois a colheita poderá
estar sendo preparada para um momento futuro
da vida desses jovens em formação.
O aluno sente quando o professor está impa-
ciente e não consegue dominar as suas emoções.
É necessário que o educador trabalhe o seu inte-
rior para ter domínio da sua impaciência. Se ela

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prevalece diante de uma situação desgastante, em
uma turma difícil de lidar, acontecerão embates e
desentendimentos, mas, se o professor reconhece
que está no limite do que pode suportar e tenta
contornar a situação utilizando palavras serenas,
alguns alunos irão perceber o esforço do edu-
cador e serão capazes de acalmar os ânimos. A
agressividade atrai a ira e não transmite nenhum
ensinamento, mas a paz de espírito e o equilíbrio
dos pensamentos podem fazer milagres. O aluno
agressivo, rebelde ou até mesmo apático pode
esconder, por trás do seu comportamento, uma
grande carência, e chamar a atenção representa o
seu grande trunfo para tentar receber algum ges-
to de carinho. Antes de condená-lo ao fracasso
e afirmar que ele não tem salvação, o professor
necessita conhecê-lo melhor, verificar o seu his-
tórico de vida, ser amigo desse aluno e trabalhar
com ele, usando a afetividade em palavras, ações
e exemplos. A cordialidade nas relações humanas
é típica de quem é emocionalmente inteligente,
capaz de buscar uma conciliação para todas as
adversidades cotidianas.
A habilidade emocional faz do professor uma
pessoa mais sensível e extremamente preparada
para resolver os conflitos da sala de aula. Isso não
quer dizer que sempre se sairá bem e conseguirá
a paz tão almejada para realizar o seu trabalho
docente. Haverá dias em que o caos dominará, e o
educador, mesmo lutando bravamente, incansa-
velmente, com toda a sua boa vontade e disposi-
ção, não terá êxito, mas esse é o tipo de trabalho
que não termina nunca, pois jamais se esgotarão
as possibilidades e sempre haverá a necessidade
de um novo recomeço e uma nova tentativa. A
batalha nunca estará perdida para quem é educa-
szefei / Shutterstock.com

dor, porque existirão, em todos os tempos, épocas


e gerações, mesmo sendo minoria, aqueles jovens
que se deixam cativar e desejam crescer.

ANDRADE, Fabiana. A pedagogia do afeto na sala de aula.


Recife: Prazer de Ler, 2014.

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35ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Semana de revisão.

2º DIA
Semana de revisão.

3º DIA
Semana de revisão.

4º DIA
Semana de revisão.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

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DINÂMICA

HOMENAGEM AO FUNCIONÁRIO

O educador pergunta à turma quem são as pessoas que trabalham na instituição e quais ela
conhece. Constrói-se uma lista no quadro. Depois, avisa que os nomes serão divididos entre
todos da turma e que cada um fará uma carta falando coisas boas para esse funcionário. Ha-
vendo menos ou mais, vê-se a forma de dividir uniformemente os nomes. Dá-se um tempo para
fazer a carta, esclarecendo mais ainda os tipos de frases e palavras boas que eles podem usar,
deixando-os livres para, se quiserem, colocarem um desenho. O educador distribui os envelopes
para os educandos escreverem o nome e porem a carta. Saem juntos da sala para passear pela
instituição e entregar as cartas aos funcionários. Ao retornarem, avaliam como foi presentear
e ver a reação de cada um. É importante afirmar o valor dos sentimentos bons que podem ser
passados através das palavras escritas.

WENDELL, Ney. Praticando a generosidade em sala de aula. Recife: Prazer de Ler, 2013.

NTL studio / Stock.adobe.com

253

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SEMANA DE REVISÃO 4. Desembaralhe as sílabas e descubra como são
denominadas as pessoas que cuidam de alguns

Unidade 4 animais, de acordo com cada criação.

pi – to – cul – res – a
• Recursos naturais e suas mudanças
• Trabalhos do campo e da cidade/Agricultura
• Pecuária apicultores
• Extrativismo
to – cul – res – pis – ci
1. Pinte as alternativas verdadeiras.

As transformações acontecem lentamente, de piscicultores


acordo com o conhecimento científico.

x Com as invenções, o desenvolvimento social


res – cul – to – ni – ra
disparou.
ranicultores
Todas as cidades são construídas com
planejamento. res – cul – to – vi – a

x O homem, com o tempo, foi aproveitando cada avicultores


vez mais os recursos naturais em seu benefício.

2. Escreva o que se pede.


5. Observe sua sala de aula ou escola e cite exem-
plos de objetos obtidos a partir de:
a. Dois profissionais que trabalham na agricultura.
Sugestão de resposta: Agricultor e agrônomo. a. Extração animal:
Resposta pessoal

b. Dois produtos obtidos da agricultura.


Sugestão de resposta: Frutas, legumes e hortaliças. b. Extração mineral:
Resposta pessoal

3. Se você morasse na área rural, quais atividades c. Extração vegetal:


realizaria? Resposta pessoal
Resposta pessoal

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FUNDAMENTAÇÃO
FAÇO NA PRÁTICA O QUE PROMETO?
Talvez você se lembre de alguém que prometeu algo e nada fez para cumprir o acordado, promessas
que, por falta de planejamento e foco no resultado, passam a ficar somente no discurso. Há pessoas que
prometem muito, mas que esquecem o que foi acordado – estudantes que prometem melhores notas;
gerentes e supervisores que prometem melhorar o ambiente de trabalho; profissionais que, na sexta-feira,
ao terminar o expediente, assumem o compromisso de chegarem mais motivados na segunda-feira, mas
esquecem o que prometeram. Para não ser uma dessas pessoas, veja, a seguir, as dicas do palestrante
motivacional Dalmir Sant’Ana, autor dos livros “Oportunidades” e “Menos pode ser mais” (Editora Odorizz)
e do DVD com o tema “Comprometimento como fator de diferenciação”.

POR QUE CUMPRIR


Quando um profissional demonstra ser comprometido com suas atribuições, busca a melhoria contínua
no trabalho e também com os compromissos assumidos. A falta de dedicação com suas metas resulta
em prometer e nada fazer acontecer.

COMO AGIR
Faça uma lista de prioridades. Ela pode ser escrita à mão, impressa, disponibilizada em seu computador ou
no próprio celular. O importante é que esteja em um local de rápido acesso e que permita monitorar seu
desempenho. Siga estes passos: escreva uma lista das atividades que você quer realizar; em seguida, esta-
beleça prioridades de acordo com cada dia ou semana; finalmente, busque cumprir cada meta estabelecida.

MONITORE SEMPRE
Lembre-se de colocar em prática o que prometeu e realize o exercício de monitorar sua evolução, pois,
dessa forma, você vai perceber que evitou atropelos e conseguiu cumprir, com organização e perseve-
rança, as promessas feitas.

MOTIVE-SE PARA EVOLUIR


Para ser um profissional de sucesso, é imprescindível intensificar o desejo de fazer a diferença, perma-
necer atento às informações e oportunidades a sua volta e investir em renovação tecnológica, desen-
volvimento de competências, administração do tempo, além de exercitar sua visão de futuro.

PROMETA MENOS E FAÇA MAIS


Note que, antes de prometer algo, você tem o livre-arbítrio de dizer sim ou não. Perceba que pessoas
que prometem e nada fazem somente contam com uma palavra para justificar falha: desculpas.

Revista Profissão Mestre. Ano 12, n. 144. Setembro de 2011.

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36ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

2º DIA
Geografia: Indústria – páginas 87 e 88

Orientação didática:
• Solicite que seus alunos coletem informações através de pesquisa sobre as indústrias existentes em
sua região. Depois, peça que avaliem os benefícios trazidos às regiões com a implantação de indústrias.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e História.

3º DIA
Geografia: Indústria – página 89

Orientação didática:
• Professor, se possível, promova uma visita a alguma indústria com a turma. Como sugestão, elabore,
antes, com os alunos, uma lista para norteá-los na observação do local.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

4º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

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DINÂMICA

VARAL DE LAÇOS DOS AMIGOS

O educador distribui cinco ou mais pedaços pequenos de fitas de tecido e canetas para os
educandos. Solicita-lhes que escrevam, em cada uma dessas fitas, o nome de amigos que me-
reçam um profundo agradecimento. Depois de escreverem, explica que eles deverão colocar
a fita, fazendo um laço, no varal posicionado ao redor da sala de aula. Eles devem espalhar
os laços por vários lugares. Em seguida, o educador divide-os em duplas, A e B. No primeiro
momento, a dupla irá andar pela sala, e o educando A mostrará os laços que fez e dirá por
que colocou o nome que está escrito lá. Depois, a posição é invertida, o educando B é que fala
para o A. Ao final, o educador pergunta o que simboliza esse laço com o nome dos amigos e
por que é importante ser grato a cada um deles.

WENDELL, Ney. Praticando a gratidão em sala de aula. Recife: Prazer de ler, 2015.
Monkey Business/ Stock.adobe.com

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87

©industrieblick/stock.adobe.com
Indústria

Indústria é a atividade econômica que tem


por função transformar matérias-primas em
objetos de uso.
A atividade industrial é muito importante, Indústrias de bens intermediários, ou de bens
pois, por meio dela, são fabricados alimentos, de capital, utilizam a matéria-prima produzida
remédios, vestuário, carros, brinquedos, etc. pelas indústrias de base para produzir máquinas
Além disso, é fonte de emprego e renda para e equipamentos que serão utilizados por outras
inúmeros trabalhadores. indústrias. Exemplo: indústrias de grande porte.
Os principais tipos de indústria são as ex-
trativas; de base; de bens intermediários, ou de

©445017/stock.adobe.com
bens de capital; de transformação, ou de bens de
consumo; e de construção civil.
©hlxandr/stock.adobe.com

Indústrias de transformação, ou de bens de


consumo, fabricam produtos para o uso do
Indústrias extrativas extraem elementos da consumidor. Exemplo: indústrias de carros,
natureza para a fabricação de outros produtos, alimentos, remédios, utensílios, etc.
ou seja, a matéria-prima bruta. Por exemplo, o BNCC
petróleo. As indústrias de bens de consumo podem ser (EF04GE07)
classificadas, de acordo com as mercadorias que
Comparar as caracte-
©nikitos77/stock.adobe.com

produzem, em:
rísticas do trabalho no
• Indústrias de bens duráveis: atuam na produ-
campo e na cidade.
ção de mercadorias de grande vida útil. Nessa
categoria, estão as indústrias automobilísticas e
eletroeletrônicas.
(EF04GE08)
• Indústrias de bens não duráveis: atuam na pro-
Indústrias de base transformam ou preparam dução de bens de consumo perecíveis, por exem- Descrever e discutir o
a matéria-prima bruta que foi extraída pela plo, as indústrias alimentícia e farmacêutica.
indústria extrativa em matéria-prima que será processo de produção
• Indústrias de bens semiduráveis: produzem
usada por outras indústrias; por exemplo, o mercadorias que se desgastam com o tempo e (transformação de maté-
ferro já tratado, que é utilizado em siderúrgi- com a frequência de uso, por exemplo, as indús-
cas, metalúrgicas, etc.
rias-primas), circulação
trias de calçados, têxtil e de cosméticos.
e consumo de diferentes
Formando Cidadãos 87 Geografia • 4o Ano
produtos.
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SUGESTÃO DE ATIVIDADE
ANOTAÇÕES
1. Escreva o nome de um minério utilizado em
algum elemento cultural.
Resposta pessoal

2. Escreva o nome de um minério utilizado no


consumo.
Resposta pessoal

3. Escreva o nome de um minério utilizado como


combustível.
Resposta pessoal

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Veja alguns exemplos de produtos que as Pensando nisso, algumas indústrias já vêm
88
indústrias de bens de consumo produzem. adotando medidas e técnicas sustentáveis de
produção. Podemos citar, por exemplo, duas
• Indústria têxtil – tecidos. dessas técnicas:
• Indústria farmacêutica – remédios.
• Indústria de eletrodomésticos – geladeiras, Usinas de compostagem são instalações in-
máquinas de lavar roupa, fogões, etc. dustriais que transformam o lixo orgânico, ou
• Indústria alimentícia – alimentos. seja, de origem animal ou vegetal, em com-
• Indústria eletrônica – televisores, celulares, posto orgânico para a agricultura.
tablets, etc.
©Aisyaqilumar/stock.adobe.com

Usinas de reciclagem são instalações industriais


que separam o lixo de acordo com sua
matéria-prima — papel, plástico, vidro, me-
tais, etc. — para ser utilizado em processos de
reciclagem.

©John Corry/stock.adobe.com
Indústrias da construção civil são relacio-
nadas ao ramo das edificações (de pequeno,
médio ou grande porte).

Apesar das vantagens que as indústrias pro-


porcionam, muitas delas podem ser extrema-
mente prejudiciais ao meio ambiente. É muito co- BNCC
mum, por exemplo, a emissão descontrolada de
(EF04GE07)
gases e de dejetos poluentes. Por isso, é preciso
cuidados específicos para cada tipo de indústria a Comparar as caracte-
fim de diminuir as agressões ao meio ambiente.
rísticas do trabalho no
campo e na cidade.
©Андрей Трубицын - stock.adobe.com

As indústrias também podem adotar o uso de


energia sustentável, como a eólica, a solar e a
geotérmica; a não utilização de gases que preju-
dicam a atmosfera; a instalação de estações de (EF04GE08)
tratamento de água e a instalação de filtros para
Descrever e discutir o
a diminuição da poluição do ar.
Adotando medidas como essas, é possível processo de produção
diminuir os efeitos da poluição, como as chuvas
(transformação de maté-
ácidas, o efeito estufa, o “buraco” na camada de
ozônio e o aquecimento do planeta. rias-primas), circulação
e consumo de diferentes
Formando Cidadãos 88 Geografia • 4o Ano
produtos.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Solicite aos alunos que recortem figuras de
matérias-primas, de produtos industrializados, de
produtos de origem animal, de produtos que vêm
da terra, de alimentos com agrotóxicos e alimentos
orgânicos. Ao final da pesquisa, os alunos montam
um mural para discutir a questão da alimentação,
da origem dos alimentos e do processo de industria-
lização. Também elaboram, juntos, uma pirâmide
alimentar baseada nessas divisões.

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Atividades c. Utilizam a matéria-prima fabricada pelas
89
indústrias de base na produção de máquinas e
equipamentos para outras indústrias.
1. Sobre a indústria, marque V, para as alternati- d. Fabricam produtos para o consumidor em
vas verdadeiras, ou F, para as falsas. geral.
e. Estão ligadas às edificações, seja de pequeno,
V A indústria é a atividade econômica que médio ou grande porte.
transforma matéria-prima em bens ou pro-
dutos utilizáveis pelo ser humano. B Indústrias de base

F A indústria é a atividade econômica res- A Indústrias extrativas


ponsável pela troca, compra e venda de
bens e serviços. C Indústrias de bens intermediários

V A matéria-prima dos produtos industriali-


E Indústrias da construção civil
zados, em geral, é proveniente da natureza
e obtida por meio do extrativismo (animal,
D Indústrias de bens de consumo
vegetal ou mineral) ou pela agropecuária.

F Os bens ou produtos fabricados pela indús- 4. Pesquise e complete a cruzadinha com o nome
tria sempre são destinados diretamente ao da indústria responsável pela fabricação de:
comércio.
a. ferro, aço e alumínio.
b. tecido de lã, seda e algodão.
2. Cite alguns exemplos de produtos industriali- c. sapato, sandália e bota.
zados presentes em sua casa. d. remédios.
e. computadores, celulares e tablets.
Resposta pessoal BNCC
c. b. a. (EF04GE07)
C T S
Comparar as caracte-
d. F A R M A C Ê U T I C A
rísticas do trabalho no
L X D
Ç T E campo e na cidade.
A I R
3. Relacione corretamente. D L Ú (EF04GE08)
O R Descrever e discutir o
a. Extraem elementos da natureza que serão
consumidos ou utilizados na fabricação de ou- S G
processo de produção
tros produtos. I
b. Transformam a matéria-prima bruta extraída (transformação de maté-
C
pelas indústrias extrativas em matéria-prima
e. E L E T R Ô N I C A rias-primas), circulação
para outras indústrias.
e consumo de diferentes
Formando Cidadãos 89 Geografia • 4o Ano
produtos.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Leve à sala de aula alguns objetos que são pro-


duzidos nas indústrias. Exemplifique para os alu-
nos os tipos de indústria e quais são as principais;
cite alguma próxima à região da escola. Faça um
paralelo com as atividades econômicas primárias,
explicando as diferenças e as peculiaridades que
Jacek Chabraszewski / Shutterstock.com

cada tipo de atividade possui.

260
260

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FUNDAMENTAÇÃO

ENCONTROS E ENCONTRÕES
Reunião de pais e mestres. Reunião de professores. Reunião com secretários de ensino. Não importa,
elas estão sempre presentes. São uma excelente oportunidade para se corrigirem os rumos da organi-
zação, para se aprender uns com os outros, para se definir o que é melhor para os estudantes da comu-
nidade. Infelizmente, não é isso o que acontece.
As reuniões são encaradas com um suspiro. É tempo perdido. É hora de brigar, de bater ou apanhar.
Se você quiser que seus professores realmente aproveitem uma reunião, siga estes passos:

FAÇA UMA PAUTA E


PERMANEÇA NELA NÃO FAÇA AS PESSOAS SE
SENTIREM MAL
Planeje tudo o que será discutido. Coloque
OU INCOMPETENTES
esses assuntos no papel e, se quiser, faça
Envolva todos os participantes da reunião
cópias e distribua a todos os participantes.
organizando demonstrações ou dicas dos
Coloque-a no mural. O importante é que to-
melhores professores. Faça com que discu-
dos os interessados saibam o que vai ser tra-
tam e apresentem informações ou ideias que
tado e que só aquilo vai ser tratado. Isso ajuda
ajudem os outros professores ou deixem a
as pessoas a se organizarem — não chegam
situação dos pais mais clara e confortável.
despreparadas —, podendo fazer melhores
questionamentos e colocações sobre o as-
sunto que está sendo discutido.

ANUNCIE OS SUCESSOS

Nada funciona melhor como “pontapé inicial”


de uma reunião do que o reconhecimento
dos sucessos da equipe. Separe os primei-
ros minutos do encontro para parabenizar e
agradecer àquelas pessoas que contribuíram,
a professores que fizeram alguma coisa di-
ferente e positiva.

om
ck.c
sto
utter
a / Sh
jec

261

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DIVIRTA-SE

Se você não é muito criativo nessa área, passe


o bastão para o professor que o seja. Apro-
CONTROLE O TEMPO veite a criatividade dos seus professores. Uma
história divertida aqui e ali funciona como um
Se uma reunião tem hora certa para começar, botão de pausa, limpando a tensão do ar e
então ela deve ter um horário para terminar permitindo que novas ideias surjam. Não per-
também. Respeite o seu tempo e o de seus mita que a reunião se torne um concurso de
professores e convidados. Elogie as pessoas reclamações contra os alunos, o governo, o
que chegam cedo e evite cair na tentação de material didático, a concorrência… Bom, você
fazer uma recapitulação para aqueles que já viu esse filme. Se quiser, termine a reunião
chegarem tarde. com uma brincadeira leve e rápido.

MOSTRE A SITUAÇÃO DA ESCOLA

Se você deseja a participação de todos para


resolver um problema, então o mínimo que
pode fazer é explicar o problema. Seja ex-
cesso de indisciplina ou aumento dos custos
e despesas da instituição, seja franco. Não
se trata de dizer apenas “Estamos com um
problema de indisciplina”. Quantifique. Qual
é a porcentagem de alunos indisciplinados?
Quantas reclamações foram ouvidas de pro-
fessores e vizinhos da escola? É mais do que
no ano passado? Forneça material e números
e receba de volta boas sugestões de melhoria.
Sergey Novikov / Shutterstock.com

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NÃO DEIXE VISITANTES
TOMAREM CONTA DAS REUNIÕES

Se algum pai ou membro da comunidade TENHA MOTIVOS FORTES


quiser falar com a equipe pedagógica de sua
escola, monte uma reunião especial para Em alguns lugares, fazem-se reuniões pelo
esse fim. Se o secretário de Educação local sacrossanto motivo de ser segunda-feira. Ou
ou personalidade equivalente quiser falar de ser dia dez. Ou ser o primeiro dia de Lua
com sua equipe, ótimo! Mostre a agenda da cheia; não importa se existe ou não um motivo
reunião e pergunte onde ele (ou ela) pode claro para pedir o encontro. Nada contra falar
se encaixar. Caso não se encaixe em nenhum com seus docentes em intervalos regulares,
lugar, já sabe: reunião especial para o evento. desde que você encontre realmente algo de
A maioria vai apreciar sua organização (além útil para falar, um assunto importante sobre
do fato de saberem exatamente quanto tem- o qual trocar ideias. Do contrário, começarão
po e sobre o que devem falar). os atrasos, os suspiros, as olhadas no relógio
e outros sinais que mostram que sua equipe
está insatisfeita.

REUNIÃO NÃO É LUGAR DE DAR BRONCA

Não importa se é um professor, coordenador


ou aluno. Ninguém gosta de ser repreendido
na frente de outras pessoas. Se tiver algo
nesse sentido para falar para alguém, faça-o
em particular. Da mesma forma, em uma re-
união, reprima a menor tentativa de ataques
pessoais. Afinal, sua escola não está cheia
de câmeras nem sendo transmitida 24 horas
Hugo Felix / Shutterstock.com
para todo o Brasil. Lembre a todos que vocês
estão ali para discutir problemas e situações,
e não quem fez o quê. No começo, você vai ter
de alertar várias pessoas sobre alfinetadas,
indiretas e diretas, mas, aos poucos, as coisas
vão se ajustando.

Texto extraído da Revista Construir Notícias. Recife. Ano 12.


69 ed. Mar./Abr. 2013.

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37ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

2º DIA
Geografia: Comércio – páginas 90 e 91

Orientação didática:
• Comente com seus alunos sobre o comércio eletrônico e, depois, crie um debate. O comércio eletrônico
(e-commerce) é uma ferramenta que o comércio varejista e atacadista tem para atingir um novo público:
aquele que gosta de praticidade, segurança nas transações e não pode perder tempo procurando vagas
em estacionamentos ou fazendo cotações de preço. Outra vantagem do comércio eletrônico é a queda
no valor final dos produtos. Havendo redução no número de intermediários e de encargos no processo de
compra e venda, os valores dos produtos ou serviços tornam-se muito mais atrativos ao cliente.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e História.

3º DIA
Geografia: Comércio – página 92

Orientação didática:
• Proponha aos alunos, em grupos, que realizem uma pesquisa sobre os processos comerciais de sua
cidade e elaborem um painel com as características apreendidas. Outro ponto importante a ser discutido
é a utilização da Internet pelas empresas para vender os produtos e as consequências disso.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

4º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

264

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DINÂMICA

CORRIDA DOS VALORES HUMANOS


OBJETIVOS:
Desenvolver o trabalho em grupo e a criatividade. Possibilitar a ressignificação dos valores humanos.
Favorecer a interação e trabalhar as habilidades motoras.

MATERIAIS:
Bexiga; papéis com os valores humanos a serem trabalhados escritos nele. Por exemplo: “gratidão”.

DESENVOLVIMENTO:
• Coloque os alunos dispostos em quatro fileiras.
• Cada aluno receberá uma bexiga e um determinado valor escrito em um papel. Esses valores po-
derão ser sugeridos pelas próprias crianças no momento da roda da conversa. A quantidade de papéis
com valores deve ser a mesma que a do número de alunos.
• Solicite às crianças que coloquem o papel dentro da bexiga.
• Ao sinal do professor, os alunos da primeira fileira, já de posse da bexiga com o papel dentro, deve-
rão correr ao ponto de chegada determinado pelo educador.
• Na linha de chegada, o educador (ou outra criança) anota os valores representados pelos alunos, de
acordo com a ordem de chegada de cada um. O valor que for citado em maior número será o eleito para
ser desenvolvido com a turma por meio de reflexões, leituras compartilhadas, dramatização, monta-
gem de histórias em quadrinhos, etc.

GRATIDÃO
GRATIDÃO

BONDADE

AMOR
AMIZADE

CARINHO

SOLIDARIEDADE

265

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O comércio interno é realizado pelas empre- 90
Comércio sas numa comunidade ou entre comunidades,
bairros, cidades ou estados. É o comércio que
acontece dentro de um mesmo país.

Comércio é toda e qualquer forma de compra, O comércio externo, ou internacional, é aquele


venda ou troca de produtos, bens, mercadorias realizado pelas empresas de países diferentes.
ou serviços. Esse comércio pode ser dividido em dois tipos:
A atividade comercial ocorre tanto no cam- Exportação – quando um país vende produtos
po quanto na cidade. A área rural fornece para outros países.
matéria-prima produzida pela agricultura e pela Importação – quando um país compra produ-
pecuária para a área urbana; e a área urbana, por tos de outros países.
sua vez, fornece materiais, suprimentos, equipa-
mentos, maquinário, utensílios, vacinas, produ- O comércio informal é formado por comer-
tos, etc. para a agricultura e a pecuária. ciantes que trabalham sem a autorização
dos órgãos competentes para vender suas
©geargodz/stock.adobe.com

mercadorias. Esses comerciantes não pagam


impostos, não têm vínculo empregatício com
nenhuma empresa e, muitas vezes, são chama-
dos de vendedores ambulantes. Atualmente,
já existem ambulantes que estão registrados e
autorizados pela prefeitura para trabalhar em
alguns locais públicos, como praias.

O comércio eletrônico ou e-commerce é um


tipo de transação comercial realizado por meio
de equipamentos eletrônicos, como: computa-
O comércio pode ser classificado de diversas dores, tablets e smartphones. O uso da Internet BNCC
formas: e dos cartões magnéticos facilita o comércio (EF04GE07)
O comércio direto acontece por meio da troca eletrônico, pelo qual é possível realizar vendas
e compras de mercadorias sem comparecer Comparar as caracte-
direta de produtos, sem a utilização da moeda
vigente no local. fisicamente ao estabelecimento comercial. rísticas do trabalho no
O comércio indireto acontece por meio da tro- Consumo campo e na cidade.
ca indireta, na qual se utiliza a moeda vigente O consumo também é uma atividade econô-
no local. mica que consiste na utilização ou aquisição de
(EF04GE08)
bens ou serviços.
O comércio atacadista é aquele que comer-
cializa grandes quantidades de mercadorias ou
O consumo pode ser essencial ou supérfluo. O Descrever e discutir o
consumo essencial se refere à compra de bens in-
produtos. processo de produção
dispensáveis para a nossa sobrevivência, enquanto
O comércio varejista é aquele que comercia- o consumo supérfluo se refere a bens que são dis- (transformação de maté-
liza pequenas quantidades de mercadorias ou pensáveis para a nossa vida, por exemplo, comprar rias-primas), circulação
produtos. um novo par de sapatos sem necessidade.
e consumo de diferentes
Formando Cidadãos 90 Geografia • 4o Ano
produtos.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Inicie a aula perguntando aos alunos se algum


deles já comprou ou vendeu algum produto. É pro-
vável que os alunos mencionem a compra de roupas
ou alimentos, por exemplo. A partir das respostas
dadas, explique que a compra e venda de produtos
diversos representa uma atividade econômica cha-
Sergey Perteman / Shutterstock.com

mada comércio. O comércio é responsável por dis-


ponibilizar para as pessoas os produtos elaborados
por meio das atividades agropecuárias, extrativas
e industriais.

266
266

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Consumismo • consumir produtos reciclados; 91
• rejeitar produtos de recursos não renováveis;
O consumismo está relacionado a um modo de • rejeitar produtos feitos de componentes
vida em que existe uma crescente propensão ao nocivos;
consumo de bens ou serviços e pode ser definido • comprar apenas o que realmente
como uma espécie de compulsão que leva as necessitamos;
pessoas a comprar sem ter uma real necessidade • reutilizar embalagens;
dos bens, mercadorias ou serviços. • doar o que não queremos, desde que esteja
em bom estado.
Alguns dos produtos que compramos aca-
bam sendo jogados fora sem sequer os usarmos As empresas recorrem à mídia com o objetivo
direito, e isso prova que eles foram comprados de divulgar seus produtos e aumentar suas ven-
desnecessariamente. O consumo exagerado das, e, a cada dia, mais mercadorias são ofereci-
desses produtos desnecessários e o seu descarte das às pessoas.
irresponsável são fatores que contribuem para o Às vezes, os consumidores são levados a
surgimento de problemas ambientais. comprar produtos por influência da publicidade
Para reduzir o impacto desses problemas, e da propaganda presentes na televisão, nos
podemos: jornais, nas revistas, nos outdoors e na Internet.

Observe o gráfico com o número de consumidores on-line de 2014 até 2020.

Brasil - Consumidores on-line (2014-2020)


Número de consumidores em milhões
Nº de Consumidores em milhões
Nº de Novos Consumidores em milhões
Var.% Total Consumidores
BNCC
40% a mais de consumidores (vs. 1º sem. (EF04GE07)
19), totalizando 41 milhões.
*CONSUMIDORES RECORRENTES: Comparar as caracte-
QUE JÁ REALIZARAM COMPRA VIA INTERNET
ANTERIORMENTE rísticas do trabalho no
41,0
campo e na cidade.
27,4 29,4 40%
23,1 25,5
18,9
17,6 8% 7% (EF04GE08)
10% 5,3 7,3
31% 4,5
34%
-7%
3,9 Descrever e discutir o
processo de produção
1º S. 14 1º S. 15 1º S. 16 1º S. 17 1º S. 18 1º S. 19 1º S. 20
(transformação de maté-
rias-primas), circulação
Fonte: Ebit | Nielsen Webshoppers 42 (adaptado)
e consumo de diferentes
Formando Cidadãos 91 Geografia • 4o Ano
produtos.

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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
Solicite uma pesquisa sobre como se formou o
comércio em nossa cidade, se há algum comércio
típico e, ainda, qual a relação do comércio local
com o mundo.

267

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Circulação de bens Atividades
92
Os bens e serviços são considerados utilida-
des econômicas que satisfazem as nossas ne- 1. Escreva, abaixo, como podemos definir
cessidades. Depois que o produto é produzido, ou comércio.
seja, criado, ele deve ser levado para o consumo.
Comércio é toda e qualquer forma de compra,
©larauhryn/stock.adobe.com

venda ou troca de produtos, bens, mercadorias

ou serviços.

2. Escreva os tipos de comércio.


direto varejista

©romaset/tock.adobe.com
indireto interno
atacadista externo
informal eletrônico

3. Observe o estabelecimento comercial e es-


creva o nome de alguns produtos que podemos
encontrar neste local.
©Viktor Cap 2016/stock.adobe.com

©LIGHTFIELD STUDIOS - stock.adobe.com


BNCC
(EF04GE07)
Comparar as caracte-
Pão, leite, queijo, ovos, etc.
rísticas do trabalho no
A circulação de um produto consiste no ato
campo e na cidade.
de encaminhá-lo para ser consumido. Quando os
bens econômicos entram em circulação, rece-
bem o nome de mercadorias. 4. Leia as dicas e descubra que tipo de comércio (EF04GE08)
No caso dos imóveis, sua circulação se dá está sendo citado.
pela mudança de proprietários. Descrever e discutir o
a. Acontece por meio de trocas diretas de produtos:
Como o ser humano não pode produzir tudo o processo de produção
que necessita, ele permuta os produtos que de- Comércio direto
seja, ou seja, ele faz uma troca: troca a merca- (transformação de maté-
b. Utiliza a moeda vigente no local:
doria de que precisa por dinheiro. Essa permuta é
Comércio indireto
rias-primas), circulação
o que faz o produto circular.
e consumo de diferentes
Formando Cidadãos 92 Geografia • 4o Ano
produtos.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
Projete ou distribua a letra da música “A Feira de Caruaru” e faça a interpretação da letra e sua rela-
ção com o assunto estudado.

A Feira de Caruaru Batata assada Se duvidar isso é cururu


Tem ovo cru Tem cesto, balaio, corda
A Feira de Caruaru Banana, laranja e manga Tamanco, greia, tem boi tatu
Faz gosto da gente ver Batata-doce, queijo e caju Tem fumo, tem tabaqueiro
De tudo que há no mundo Cenoura, jabuticaba, Tem tudo e chifre
Nela tem pra vender Guiné, galinha, De boi zebu
Na Feira de Caruaru Pato e peru Caneco, arcoviteiro
Tem massa de mandioca Tem bode, carneiro e porco Peneira, boi...
Luiz Gonzaga

268
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FUNDAMENTAÇÃO
COMO IDENTIFICAR O ALUNO COM TDAH?

• Não consegue prestar atenção a detalhes e comete muitos erros por distração.
• Tem dificuldade em manter a atenção por muito tempo em atividades longas, como palestras ou
leituras.
• Parece não escutar quando falam diretamente com ele – algumas vezes pode-se perceber um
olhar distante.
• Não segue instruções e não termina os deveres de escola ou tarefas domésticas, ou seja, perde o
foco, e pode deixar algumas coisas pela metade (é comum ter vários projetos iniciados e deixados
pela metade).
• Tem grande dificuldade em organizar suas tarefas ou atividades diárias.
• Evita atividades que necessitam esforço mental prolongado, como ler e escrever.
• Perde coisas necessárias para as atividades.
• Distrai-se facilmente com estímulos sugeridos fora do ambiente (ruídos, conversas, movimentos).
• É esquecido nas atividades diárias: esquece-se de dar um recado ou de levar um material escolar.

SINTOMAS DE HIPERATIVIDADE

• Costuma estar em constante movimento não só na sala de aula, mas para assistir a
um filme ou para fazer uma refeição.
• Com frequência, não permanece sentado por muito tempo.
• Corre e sobe em cima das coisas sem conseguir se conter.
• Não consegue ser silencioso nas atividades ou nas brincadeiras – é uma criança bastante barulhenta.
• Frequentemente está a mil, a todo vapor ou ligado na tomada; costuma falar demais.

SINTOMAS DE IMPULSIVIDADE

• Dá respostas precipitadas antes que alguma pergunta seja terminada.


• Não aguarda a vez em filas, em chamadas ou em brincadeiras.
• Costuma intrometer-se em assuntos onde não é chamado.

Revista Profissão Mestre. Curitiba: Humana, dezembro, 2012

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38ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

2º DIA
Geografia: Prestação de serviços – página 93

Orientação didática:
• Peça aos alunos que pesquisem informações de profissionais que utilizam o trabalho físico ou intelec-
tual como principal atividade, chamados prestadores de serviços.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e História.

3º DIA
Geografia: Prestação de serviços – página 94

Orientação didática:
• Converse com os alunos que um grande problema enfrentado pelas pessoas que contratam prestado-
res de serviços é que muitos não têm sua função legalizada. Outro problema é que os prestadores de
serviços, muitas vezes, estão concentrados em determinadas regiões, em geral, grandes áreas urbanas,
enquanto outras regiões menores não dispõem de tais profissionais, o que provoca um desequilíbrio.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

4º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

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DINÂMICA
BANYOKA
IDEIA CENTRAL:
É um jogo cooperativo no qual, de forma co- VARIAÇÃO:
letiva, a equipe deverá se desvencilhar de objetos Um jogo cooperativo deverá ter atenção sem-
ao longo do caminho. pre do educador a fim de valorizar as ações pro-
postas e essenciais para esse tipo de jogo.
COMPETÊNCIAS E VALORES:
Coletividade e trabalho em equipe. SILVA, Tiago Aquino da Costa e; ARAÚJO, Cristiano dos
Santos. Vamos brincar: dinâmicas e jogos para potencializar
FAIXA ETÁRIA SUGERIDA: a aprendizagem. Petrópolis, RJ: Vozes, 2019.
7 a 12 anos e adolescentes.

PARTICIPAÇÃO:
Individual, duplas, pequenos grupos, grandes
grupos.

MATERIAIS:
Objetos para serem obstáculos, como papelão
e caixas.

DESENVOLVIMENTO:
Banyoka é um jogo da Zâmbia que é praticado
em terrenos acidentados repletos de arbustos e pe-
dras. É necessário um mínimo de 12 jogadores, que
se dividem em duas equipes. Os membros de cada
equipe se agacham e agarram os ombros dos outros
para formar uma “cobra”. Eles movem seus corpos
para trás e para frente, imitando uma cobra raste-
om
e.c
dob

jando pelo chão, enquanto se desviam de objetos


k.a
c
Sto

no chão. Vence o jogo a equipe que, sem se separar,


dr /
xan

chega primeiro ao destino especificado.


Ale

271

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serviços se destacam pelo uso da tecnologia.
93
Prestação de serviços Assim, serviços médicos avançados, como ma-
peamento genético, por exemplo, em geral, não
são oferecidos nos locais mais pobres, que não
contam com investimentos públicos ou privados
A prestação de serviços corresponde à comer- para isso. Por outro lado, nesses locais, é comum
cialização de serviços que utilizam trabalho físico observar a ocorrência de prestações de serviços
ou trabalho intelectual como principal atividade. por trabalhadores autônomos, isto é, trabalha-
Atualmente, há uma enorme variedade de servi- dores que exercem suas atividades por conta
ços que são oferecidos e prestados a pessoas ou própria, como manicures, engraxates, costurei-
a empresas, como os de atendimento, de lazer, ras, vendedores de picolé e muitos outros.
de suporte, de advocacia, médico-hospitalares, etc.

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©Proxima Studio/stock.adobe.com

Qualidade na prestação de serviços


BNCC
A qualidade na prestação de serviços é um
diferencial para atrair clientes e mantê-los satis- (EF04GE07)
feitos. Prestar serviços de qualidade não apenas
Comparar as caracte-
estimula a competitividade, como também fa-
vorece a lucratividade. Além disso, prestadores rísticas do trabalho no
de serviços que trabalham diretamente com o
campo e na cidade.
atendimento ao público devem buscar aprimorar
essa relação, desenvolvendo habilidades, como:
(EF04GE08)
Alguns estudos indicam que a prestação • ter empatia;
de serviços é a atividade econômica que mais • saber ouvir; Descrever e discutir o
gera empregos em nosso país nos dias atuais. • ser educado; processo de produção
Esse setor econômico é dinâmico e está em • respeitar o cliente;
crescimento. • ser prático e competente; (transformação de maté-
As regiões economicamente mais desenvol- • utilizar uma linguagem eficiente e clara. rias-primas), circulação
vidas são aquelas nas quais as prestações de
e consumo de diferentes
Formando Cidadãos 93 Geografia • 4o Ano
produtos.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Proponha às crianças fazerem o registro, durante


uma semana, de todas as prestações de serviços que
foram utilizadas na casa delas. Assim, elas poderão
ter uma ideia de como essa atividade econômica é
importante na vida atual. Caso não tenham utilizado
muito, é possível fazer o levantamento de todas as
prestações de serviços disponíveis às pessoas.
IKO-Studio / Shutterstock.com

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272

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Atividades 3. Cite um exemplo da importância da atividade
94
econômica de prestação de serviços.

1. Escreva, abaixo, o que é prestação de serviços. Sugestão de resposta: É uma das que mais geram

A prestação de serviços corresponde à troca ou à empregos em nosso país.

comercialização de serviços que utilizam traba-

lho físico ou trabalho intelectual como principal 4. Escreva exemplos de desafios que envolvem a
atividade de prestação de serviços.
atividade.
Sugestão de resposta: A necessidade dos profis-

sionais envolvidos estarem em constante forma-

ção, aperfeiçoando seus conhecimentos e suas


2. Faça a correspondência de acordo com a
prestação de serviço adequada a cada item. habilidades e empregando novas técnicas e/ou

1. Cinema 5. Saúde tecnologias na execução dos serviços.


2. Teatro 6. Educação
3. Turismo 7. Comunicação 5. Na sua opinião, as pessoas e as empresas que
4. Informática 8. Transporte trabalham com prestação de serviços devem se
preocupar com a satisfação do cliente? Por quê?
4 Configurar um computador.
Resposta pessoal
BNCC
6 Oferecer atividades para o aprendizado.
(EF04GE07)
8 Conduzir para um determinado local. Comparar as caracte-
7 Estabelecer a conexão telefônica, dentre
rísticas do trabalho no
outras. 6. Escreva quatro atitudes diferenciais para os campo e na cidade.
prestadores de serviços que trabalham com
5 Diagnosticar uma doença ou um problema. atendimento direto ao público.

1 Exibir o filme ao qual será assistido. Sugestão de resposta: Ser educado, ter empatia,
(EF04GE08)
Descrever e discutir o
2 Representar um papel na peça à qual será respeitar o cliente e ser prático.
processo de produção
assistida.
(transformação de maté-
3 Apresentar informações sobre as atrações
locais. rias-primas), circulação
e consumo de diferentes
Formando Cidadãos 94 Geografia • 4o Ano
produtos.
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SUGESTÃO DE ATIVIDADE

1. Marque, com um x, a alternativa correta. 2. Qual foi a última vez em que você teve que adqui-
rir um ingresso para usufruir de um serviço? Relate
A prestação de serviços é um tipo de indústria. essa experiência abaixo.

X A prestação de serviços é um tipo de comércio. Resposta pessoal

A prestação de serviços de diversões não


envolve comércio.

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FUNDAMENTAÇÃO

COMO
AJUDAR
O ALUNO
COM TDAH
O professor é um dos primeiros a identificar o comportamento
diferenciado da criança, por isso deve estar bem informado sobre o
transtorno.
Ele é importante, não presta atenção, não segue instruções, é esque-
cido e ainda contamina toda a classe com sua impulsividade. Reconheceu
esses sintomas em alguns de seus alunos? Pode ser que ele seja um portador
de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) ou não. O diagnós-
tico não é tão simples e deve ser feito por um médico. O TDAH é uma das doenças
Robert Kneschke / Stock.adobe.com

psiquiátricas mais comuns na infância e frequentemente persiste até a idade adulta. A


prevalência do transtorno é de aproximadamente 5,29% na população, segundo estudos,
com predomínio no sexo masculino. De acordo com o médico psiquiatra Carlos Renato
Moreira Maia, pesquisador do Programa de Déficit de Atenção e Hiperatividade (ProDAH) do
Hospital de Clínicas de Porto Alegre, o TDAH é caracterizado por sintomas de falta de atenção e/
ou hiperatividade e impulsividade, que causam prejuízos ao indivíduo em ao menos dois ambientes
– em casa e na escola, por exemplo.

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Maia explica que o diagnóstico do transtorno é clínico, ou seja, é baseado na descrição dos sintomas
relatados pelo indivíduo, seus pais ou outras pessoas de seu convívio, professores e educadores. “Conforme
o Manual de Diagnóstico e Estatística – IV Edição (DSM-IV) da Associação Americana de Psiquiatria, são
necessários seis sintomas de desatenção e/ou seis sintomas de hiperatividade/impulsividade. Para que
se estabeleça o diagnóstico de TDAH, esse sintomas devem ser mais frequentes e severos do que o espe-
rado para a faixa etária do indivíduo”, observa o médico, Mestre e doutorando em Psiquiatria da Infância
e Adolescência. Além disso, continua Maia, é necessário que tais sintomas estejam presentes antes dos
7 anos de idade, causando prejuízo à criança em dois ou mais ambientes, e que não sejam justificados
por algum outro transtorno mental. “É importante destacar que não existem exames de sangue, imagem
ou eletro encefalograma”, completa. Ele também alerta que, por se tratar de uma doença, o diagnóstico
só pode ser feito por um médico, preferencialmente com experiências em TDAH (psiquiatra da infância
e adolescência, neurologista infantil ou pediatra). “Existem outras doenças psiquiátricas com sintomas
semelhantes ao TDAH, mas somente profissionais experientes conseguem fazer o diagnóstico diferencial”,
adverte. Frente a um problema tão complexo, como o professor deve agir? O psicólogo Ronaldo Ferreira
Ramos, diretor-executivo da Associação Brasileira de Déficit de Atenção (ABDA), ressalta que o professor
é um dos primeiros a identificar o comportamento diferenciado da criança. “Geralmente é na escola que
as crianças com TDAH apresentam os primeiros sintomas do transtorno, porque têm que ficar sentadas,
obedecer a regras, se concentrar”, comenta. E orienta que a primeira coisa a ser feita nesses casos é chamar
os pais para conversar e sugerir que busquem a ajuda de um especialista. Ainda, segundo Ramos, assim
que a criança for diagnosticada, deve ter início um acompanhamento multidisciplinar que, na opinião dele,
pode contar com um terapeuta, um psiquiatra infantil ou outro médico conforme a necessidade. “A partir
do momento que é iniciado o tratamento, a melhora na escola e na vida social da criança é visível”, enfa-
tiza, elencando entre os benefícios obtidos, a melhora na autoestima, na socialização e na concentração.

Para Bárbara Delpretto, professora


da Universidade Federal de São Car-
los (UFSCar), educadora especialista e
Mestre em Educação, o professor pode
m
.co

e deve realizar uma avaliação “enquan-


k
oc
rst

to processo e ato que permite valorizar


e
utt
Sh
r/

se há o acesso aos saberes culturais por


ad
nK
Ale

parte do aluno, e que estão na base da


aprendizagem escolar. Nesse sentido, fa-
lamos de avaliações distintas, realizadas
por diferentes profissionais”.

275

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LIGHTFIELD STUDIOS / Stock.adobe.com
Para que o professor possa realmente ajudar esse aluno, primeiramente deve procurar se
informar sobre as características do TDAH. “É a partir desse conhecimento que há a possibili-
dade de ajustamento dos métodos e da temporalidade das atividades escolares, tornando-as
mais acessíveis”, explica Bárbara. Após o conhecimento inicial dessa necessidade especial,
ela recomenda que o professor registre o comportamento do aluno no horário de aula quanto
à irritabilidade, à inquietude e à agitação. E acrescenta: “Se o aluno demonstra conhecer o
conteúdo, mas não consegue terminar todas as atividades devido a algumas dessas carac-
terísticas observadas frequentemente, é possível que haja a perda da atenção por fatores
não somente ambientais. O déficit de atenção/hiperatividade é um quadro psicopatológico
complexo que afeta todo o desenvolvimento psicoemocional, cognitivo e social do sujeito e,
por essa razão, a intervenção junto a ele deve ocorrer em diversas dimensões”. O psiquiatra
Carlos Maia ressalta que os docentes devem estar cientes de que são pessoas importan-
tíssimas nesse processo. “Os professores têm a oportunidade de detectar as alterações no
comportamento da criança, quando comparada a outros indivíduos da mesma faixa etária”,
considera. O médico também salienta que, em uma sala com aproximadamente 30 alunos ou
mais, os que apresentam TDAH não são somente aqueles com comportamento mais hipera-
tivo, mas também aquelas crianças quietas e pouco participativas, que muitas vezes não são
percebidas até que apresentam importantes dificuldades escolares. Ele reforça que TDAH é
uma doença, e não um problema de caráter ou personalidade: “O comportamento hiperativo/
impulsivo não é proposital, e melhora significativamente com o tratamento adequado. Ao
perceberem uma criança com as características compatíveis com TDAH, devem pedir aos
pais que providenciem uma avaliação psiquiátrica adequada. A observação dos professores
poderá ser fundamental para o futuro dessas crianças”.

276

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O presidente da ABDA acredita que a escola – e também a família – precisa estar preparada para lidar
com essas crianças. “Os pais e os professores devem ter muita informação sobre o transtorno. Quanto
maior o grau de informação, melhor. E os pais devem conversar com os professores, saber o assunto
e, se não conhecem, devem pedir que procurem orientação. Pais e professores devem manter diálogo
constante, a fim de contribuir para o aprendizado e o desenvolvimento dessa criança”, afirma. A pro-
fessora Bárbara concorda que os profissionais que acompanham o aluno na escola e a família devem
buscar informações sobre o desenvolvimento, o comportamento, os interesses e avanços do aluno em
questão. “Isso para que possam celebrar as melhorias no tratamento e o ganho obtido na qualidade de
vida. Ou mesmo para que possam analisar a necessidade de readequação do tratamento em relação à
rotina escolar e às demandas e atividades desenvolvidas por ele nesse espaço”, observa. A educadora
afirma que o acompanhamento do aluno com TDAH por uma equipe multiprofissional tende a colaborar
para que o trabalho em diversas dimensões tenha sucesso. “Mas reforço que é sempre fundamental que
esses profissionais conversem, ouvindo o que o sujeito e a família têm a falar”, reafirma. E exemplifica
dizendo que, muitas vezes, a medicação dada ao aluno, variando de acordo com a posologia, deixa-o sem
energia no período de aula. Nesse sentido, é necessário indicar essas características comportamentais à
família para que ela e o médico que acompanha o aluno possam verificar se existem outras possibilidades
que não interfiram negativamente nas atividades e na saúde do estudante. Ela ainda enfatiza que cabe
aos pais ou responsáveis pelo aluno reger o equilíbrio que deve haver entre os diferentes profissionais
em atuação, indicando as prioridades desejadas a partir das necessidades observadas na criança, pro-
porcionando, assim, ambientes estruturados para a convivência sadia. “Os pais também precisam buscar
por informações a respeito do Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade, de modo que possam
adequar as possíveis exigências domésticas a essas necessidades, proporcionando a ela [criança] um
espaço adequado para o seu desenvolvimento”, finaliza.
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Pixe

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39ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

2º DIA
Geografia: Setores da economia – página 95

Orientação didática:
• Confeccione, junto com seus alunos, um mapa identificando as principais atividades econômicas da
região. Não se esqueça de inserir uma legenda no mapa confeccionado.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e História.

3º DIA
Geografia: Setores da economia

Orientação didática:
• Separe os alunos em grupos e proponha que cada grupo pesquise sobre um setor da economia e apre-
sentem em forma de seminário, trazendo exemplos em cartazes ou em PowerPoint.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.

4º DIA
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

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DINÂMICA
OLHAR AS EMOÇÕES

Peça que cada aluno transmita emoções,


como medo, amor, ódio, alegria e raiva, e ob-
serve de que forma se expressam fisicamente.
Depois, cada um expressa uma emoção que
seja comum em sua vida e levanta as próprias
reflexões.

Reúna os alunos em subgrupos e peça que


cada um expresse ao outro suas emoções por
meio de gestos e expressões faciais.

Oriente um aluno para que fique no centro do


grupo representando uma feição de amor, de
paz, de ódio ou de medo. As crianças, então, rea-
lizam um debate com reflexões do tipo: quais as
expressões mais bonitas, como cada um vivencia
emoções de amor e de ódio, que influência cada
emoção tem em nossa saúde, etc.

Revista Guia Prático para Professores de Ensino Fundamental I.


São Paulo: Oceano.
Kurhan / Stock.adobe.com

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Atividades
95
Setores da economia
1. Em seu município, há plantações? Se existem,
quais produtos são plantados?
Os produtos que utilizamos passam por várias
etapas para que sejam consumidos. O conjunto Resposta pessoal
de pessoas que exercem essas atividades está
distribuído em três setores:
©Rawpixel.com/stock.adobe.com

2. Existem indústrias em seu município? Se sim,


escreva o nome de algumas e o que elas fabri-
cam. Se não existir, escreva o nome de algu-
mas indústrias que você conhece e o que elas
fabricam.

Resposta pessoal

Setor primário: está ligado às atividades da


agricultura, da pecuária e do extrativismo. 3. Existem estabelecimentos comerciais em seu
Exemplos: plantação, extração de látex, coleta município? Escreva o nome de alguns e o que
de frutos, pesca, etc. eles vendem.
BNCC
Setor secundário: está ligado às atividades da Resposta pessoal (EF04GE07)
indústria, que transformam a matéria-prima Comparar as caracte-
em produtos industrializados. Exemplos: car-
ros, roupas, sorvetes, etc. rísticas do trabalho no
campo e na cidade.
Setor terciário: está ligado diretamente ao
comércio varejista, à prestação de serviços, 4. Dos setores estudados, qual se destaca em seu
aos transportes, etc. Exemplos: professores, município? (EF04GE08)
advogados, lojas de comércio, etc.
Resposta pessoal Descrever e discutir o
Por exemplo, o café (matéria-prima) é plan- processo de produção
tado (setor primário), colhido e transportado
para a indústria (setor secundário) para, depois (transformação de maté-
de industrializado, ser vendido nos supermerca- rias-primas), circulação
dos ou cafeterias (setor terciário).
e consumo de diferentes
Formando Cidadãos 95 Geografia • 4o Ano
produtos.
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ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
ANOTAÇÕES
O setor secundário abrange a indústria e todas
as atividades de transformação de matéria-prima
em bens de equipamento ou consumo. Solicite aos
alunos que realizem uma pesquisa sobre as indús-
trias existentes em seu município e os produtos
que elas produzem.

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FUNDAMENTAÇÃO

VALOR DA CAUSA
Nós conhecemos muitas pessoas que abraçam uma causa. Elas
fazem trabalhos de apoio, de solidariedade, fazem atividades
no campo da política, no âmbito da empresa, na atividade de
voluntariado, a partir de uma causa.
No mundo dos negócios, alguns entendem que isso é muito mais
do que fonte financeira, é um jeito de auxiliar a comunidade a crescer.
Nem sempre é assim, porque algumas vezes é colocado no campo da
hipocrisia.
A vitalidade de um propósito vem, em grande medida, pela força e clareza
de uma causa que impulsione a ação das pessoas. A diferença entre convicção e
benefício. Há pessoas que agem por convicção da positividade e outras porque vão se
aproveitar daquilo.
O filósofo e economista britânico John Stuart Mill (1806-1873), um dos mais vigorosos
defensores do voto feminino no século XIX, lembrava que “uma pessoa com uma crença é
um poder social igual a 99 que possuem apenas interesses”.
Entre cem pessoas, diria de outro modo Stuart Mill, uma única pessoa com uma crença
tem o poder que equivale aos 99 restantes que têm apenas interesses.
Isto é, pessoas que agem com uma convicção, com um propósito, com uma finalidade
de causa que ajuda a elevar; elas têm um poder mais forte do que apenas aquelas que
têm a ideia do autobenefício, da autoapropriação.

CORTELLA, M. S. Pensar bem nos faz bem! Petrópolis, RJ: Vozes, 2015.

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40ª SEMANA
a
GRADE SEMANAL

1º DIA
Semana de avaliação.

2º DIA
Semana de avaliação.

3º DIA
Semana de avaliação.

4º DIA
Semana de avaliação.

5º DIA
Livre para atividades complementares da sua turma.

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TRABALHANDO AS EMOÇÕES

Atividades
96
Trabalhando as
emoções Agora, vamos construir um pensamento novo
para cada pensamento de tristeza. Siga o
Tristeza modelo. Resposta pessoal

É normal sentir-se triste, mas não devemos Pensamento


Pensamento novo
deixar a tristeza morar no nosso coraçãozinho de tristeza
por muito tempo.
Assim como o menino que não sabia sorrir,
sorria! Sempre há uma solução para toda triste-
za! Cante e dance com toda a turma! Não consigo
Meu trabalho ficou
Professor, proporcione um mo- terminar o
maravilhoso!
Uni duni tê mento de descontração cantando trabalho...
Trem da Alegria e dançando com a turma.

Eu quis saber da minha estrela guia


onde andaria meu sonho encantado. Nota:
Fada-madrinha, vara de condão, A Base Nacional Co-
esse meu coração, sonhando acordado,
vai nos levar pro mundo de magia, mum Curricular (BNCC)
onde a fantasia vai entrar na dança.
E quando o brilho do amor chegar, define um conjunto de
quero é mais brincar, melhor é ser criança.
competências gerais
Uni, duni, duni, tê
Oh, oh, oh, oh, oh, oh
que serve como um guia
Salamê minguê para o aprendizado das
Oh, oh, oh, oh, oh, oh
Sorvete colorê crianças e que deve ser
Sonho encantado, onde está você?
desenvolvido de forma
A carruagem vai seguir viagem.
O Trem da Alegria vai pedir passagem.
dinâmica para trabalhar o
Na direção do amor que eu preciso, socioemocional.
do meu paraíso, doce paisagem.
Vai nos levar pro mundo de magia,
onde a fantasia vai entrar na dança.
E quando o brilho do amor chegar,
quero é mais brincar, eu quero ser criança. Professor, inicie a última
Uni, duni, duni, tê
semana de conteúdos
Oh, oh, oh, oh, oh, oh deste módulo trabalhan-
Salamê minguê
Oh, oh, oh, oh, oh, oh do o socioemocional,
Sorvete colorê
Sonho encantado, onde está você? com a dinâmica que se
Formando Cidadãos 96 Geografia • 4o Ano
encontra na última pági-
na do livro do aluno.
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RESPONSABILIDADE E CIDADANIA

Famílias, grupos, times e empresas nas quais se Oriente seus filhos para que cumpram os combi-
praticam o respeito mútuo e a cidadania se transfor- nados, honrem sua palavra, façam o que foi prometi-
mam em lugares mais agradáveis de se viver. Supe- do, envolvam-se nos trabalhos escolares dando o seu
rar o egoísmo, o individualismo e o imediatismo são melhor e ajudando os colegas em dificuldade. Pra-
algumas das atitudes que nos permitem valorizar o tique a discrição e a polidez com atitudes cidadãs e
“nós” acima do “eu”. Ser cidadão não é se anular; ao expressões como “por favor”, “obrigado”, “com licen-
contrário, é adotar uma visão e atitudes generosas e ça”, “desculpe”, “bom dia”, “boa tarde”, “boa noite”.
solidárias diante dos demais, valorizando, assim, o
todo e a todos. É, sobretudo, ter uma postura ética FRAIMAN, Leo. A síndrome do imperador: pais empoderados
educam melhor. Belo Horizonte: Autêntica; São Paulo: FTD,
que aumenta a felicidade.
2019.

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SEMANA DE AVALIAÇÃO 3. Cite nome de produtos vindos da pecuária.
Resposta pessoal
Unidade 4
• Recursos naturais e suas mudanças
• Trabalhos do campo e da cidade/Agricultura
• Pecuária
• Extrativismo
• Indústria 4. Escolha um dos tipos de criação de animais e fale
• Comércio sobre ele.
• Prestação de serviços Resposta pessoal
• Setores da economia

1. Dê a sua opinião sobre esse aspecto importante


do desenvolvimento sustentável:

Preservação do meio ambiente


para as futuras gerações. 5. Complete as lacunas a seguir sobre a extração
mineral.
Resposta pessoal

a. A extração mineral se dá quando minérios

são retirados do solo , do


subsolo e das águas

da natureza.
2. Responda às perguntas a seguir.

a. Quais são os estabelecimentos que existem na b. Esses minérios são empregados na construção de
área rural da sua cidade?
elementos culturais , no
Resposta pessoal
consumo ou como combustíveis .

6. Complete a tabela abaixo escrevendo um produ-


to industrializado para cada matéria-prima.
Resposta pessoal
b. Quais são as vantagens de morar na área rural da MILHO
sua cidade?
ALGODÃO
Resposta pessoal
COURO
PETRÓLEO
MADEIRA
SOJA

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7. Escreva M, para “maléficos”, e B, para 10. Marque os diferenciais positivos para ser um
“benéficos”. bom prestador de serviço.
O progresso industrial trouxe...
Ser entediado

M destruição de partes da natureza. x Ser competente

B mais trabalho para as comunidades. Ser mentiroso

M poluição.
x Ser pontual

B máquinas e utensílios que melhoram a quali-


x Ser respeitador
dade de vida.
11. Desenhe, no espaço abaixo, uma prestação de
M problemas de saúde. serviço que você considera muito importante.

8. Responda: O que é:

importação?
É a aquisição de produtos de outro país.

exportação?
É a venda de produtos para outro país.

9. Escreva o setor da economia à qual cada profis- Resposta pessoal


são abaixo pertence.
Lavrador primário

Pedreiro terciário

Operário industrial secundário

Lojista terciário

Frentista
terciário

Apicultor
primário

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FUNDAMENTAÇÃO

ANTIGAMENTE
ERA MELHOR?

No artigo passado, discutimos a noção de envolvimento e de comprometimento na nossa postura pro-


fissional, tanto na sala de aula como fora dela. Defendemos, entre outros pontos de vista, que há diferença
importante entre estar envolvido e estar comprometido com algo. Nestes tempos de incerteza sobre a imple-
mentação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), o comprometimento dos professores é fundamental.
De nada adianta, todos sabemos, decorar as habilidades lançadas na Base se nada for feito para colocá-las
em prática. Os desafios são vários; muitos dizem respeito à incursão no universo digital. Se, por um lado,
muitos alunos têm verdadeiro pavor de se desconectar (nomofobia); por outro, muitos de nós sequer nos
conectamos. Esse descompasso é a base de um dos maiores desafios que teremos de enfrentar.
A esse respeito, há inúmeras contradições no texto da BNCC. Observamos, por exemplo, que há muita
ênfase no universo digital nas habilidades de Língua Portuguesa do Fundamental 2. Já as habilidades de
Ciências para o mesmo segmento sequer o tangenciam. Em um seminário promovido em julho de 2018 pela
Associação Brasileira de Editores de Livros Escolares (Abrelivros), a professora Cristina Leite, do Instituto
de Física da USP, membro da comissão do MEC que finalizou a redação da BNCC de Ciências, explicou que
a equipe preferiu (deliberadamente) não contemplar o digital. A justificativa foi clara: como há muitas
escolas e professores Brasil afora com dificuldades de acesso à Internet, habilidades que se voltem para ela
poderiam ser excludentes. O mérito ou não desse posicionamento rende uma boa discussão, mas por ora
importa dizer que essa ponderação não foi feita pelos especialistas de Língua Portuguesa que finalizaram a
redação da Base. Ou seja, os consultores do MEC defendem, no próprio documento, que nós outros, meros
professores, precisamos interconectar nossas disciplinas, mas eles mesmos são incapazes de dialogar.
A pergunta é: como ficam os alunos nesse fogo cruzado? Ficam bem, no seu mundo, inseridos em um
ambiente com o qual convivem desde sempre: o virtual. A geração a que pertencem faz com que sejam
naturalmente conectados. Nós, não. Cabem a nós, portanto, duas tarefas árduas: a primeira, inserirmo-nos
nesse ambiente e, consequentemente, naturalizá-lo; a segunda (para mim, a mais difícil), saber utilizá-lo
a favor das habilidades que precisamos desenvolver.
Estamos vivendo uma época em que, cada vez mais cedo, as crianças têm acesso à tecnologia, à In-
ternet e, logicamente, a tudo o que elas oferecem, para o mal e para o bem. O problema é que temos uma

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lassedesignen / Stock.adobe.com
tendência naturalmente pessimista de ampliar aspectos negativos da vida. Nessa perspectiva, incorremos
normalmente em comparações inúteis entre épocas, enfatizando que, sob qualquer enfoque, antigamente
tudo era melhor: a música, as brincadeiras, os livros, o trânsito, os desenhos animados, os filmes, as roupas.
Ora, isso é inútil porque a criança não tem essa compreensão do tempo, ela jamais poderá validar nossos
argumentos. Mais: esse saudosismo nega todas as benesses da atualidade. Eu diria que a quantidade de
benefícios de que hoje desfrutamos no universo tecnológico é diretamente proporcional à nossa imersão
nele. Quanto mais familiarizados com os recursos digitais, mais vantagens percebemos neles. Pensando
no processo de ensino-aprendizagem, é evidente que tudo isso só será vantajoso se for devidamente
refletido. O professor que deixar os alunos à deriva na Internet está simplesmente repetindo o papel de
pais que entregam o smartphone às crianças para que fiquem quietas, não importa o momento nem o
conteúdo que acessam. Ou seja, precisamos mobilizar nossos alunos por meio de habilidades. Devemos
promover debates, orientar, fazer curadoria de informações, mostrar o que é correto ou incorreto. Se
apenas ordenarmos aos alunos que pesquisem na Internet, eles copiam, colam, imprimem e entregam o
primeiro link que encontrarem no Google. E nós teremos de ler aquilo, lamentando a incompetência dos
alunos para pesquisar e pensando que antigamente os alunos pesquisavam melhor, quando copiavam os
verbetes da Barsa.
Não é novidade, portanto, que os alunos de hoje têm o mundo na tela de um computador, de um
smartphone. Mas isso não é tudo. Devemos ter bastante claro que essa geração sabe muito, mas sabe
hipoteticamente. Muitos deles nunca utilizaram transporte público, nunca foram ao mercadinho comprar
batata, nunca foram a uma feira livre, nunca viram uma galinha ou uma vaca ao vivo. Ou seja, eles não
conhecem o mundo na prática, eles conhecem o mundo hipoteticamente. Por isso, não querem só conteúdo.
Eles querem experienciar o mundo, querem ter voz e vez, um espaço para produzir e publicar. Cabe a nós
transformar essas informações em conhecimento junto com eles. Mais do que nunca, o que se aprende na
escola precisa ter continuidade fora dela.

CORDEIRO, Lécio. Antigamente era melhor?. In: Revista Construir Notícias. Recife. Ano 19. 103 ed. Nov./Dez., 2018.

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A TAREFA DO
EDUCADOR MODERNO
NÃO É DERRUBAR FLORESTAS,
MAS IRRIGAR DESERTOS.
C. S. Lewis

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