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Documento Norteador

para o Desenvolvimento do
Trabalho Pedagógico da
Nova Educação de Jovens e
Adultos (EJA) de Fortaleza

Fortaleza-CE
2024
Sumário
Apresentação ..................................................................................................................... 04
Objetivos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) .…….................................................................. 06
Documentos norteadores ....................................................................................................... 07
Diretrizes …............................................................…………................................................... 09
Estrutura organizacional .……................................................................................................. 09
Currículo ............................................................................................................................ 10
Base Nacional Comum ....................................................................................................... 10
Parte Diversificada ............................................................................................................ 10
Projeto de Vida ............................................................................................................. 10
Inclusão Digital .............................................................................................................. 11
Educação Empreendedora .............................................................................................. 13
Mapa curricular ................................................................................................................ 14
Distribuição dos componentes curriculares ................................................................................ 16
Reposição de faltas eventuais .................................................................................................. 17
Clubes de aprendizagem ........................................................................................................ 17
Tempo pedagógico ................................................................................................................ 17
Planejamento pedagógico ...................................................................................................... 18
Elaboração de relatórios ........................................................................................................ 18
Horário de planejamento pedagógico ........................................................................................ 19
Instrumentais de planejamento ............................................................................................... 20
Preenchimento dos diários de classe ......................................................................................... 20
Formação ........................................................................................................................... 21
Formação continuada para professores .................................................................................. 21
Formação nos polos ....................................................................................................... 21
Formação no contexto da escola ...................................................................................... 23
Formação continuada para coordenadores pedagógicos ........................................................... 23
Acompanhamento pedagógico ............................................................................................... 24
Avaliação escolar ................................................................................................................ 24
Avaliações Diagnósticas de Rede - Periódica ............................................................................... 25
Feiras/exposições/mostras culturais e científicas ......................................................................... 25
Olimpíadas e concursos ......................................................................................................... 25
Referências bibliográficas ...................................................................................................... 27
Apresentação
A modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA) é destinada aos adultos, idosos
ou jovens com mais de 15 anos que não concluíram o ensino fundamental, proporcionando
a oportunidade de dar continuidade aos estudos na Rede Municipal de Ensino de Fortaleza,
prioritariamente no turno da noite, horário mais propício aos estudantes que mantêm
alguma ocupação profissional durante o dia.
A Secretaria Municipal da Educação (SME) afirma o compromisso de ofertar a
modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA). No ano letivo de 2022, a Rede Municipal
contabilizou 5.539 alunos matriculados na EJA. Em 2021, eram 9.472 estudantes. E, em
2020, 11.093. A redução do número de alunos matriculados na modalidade tem relação
com a regularização gradativa da distorção idade-série.
Nos últimos anos, Fortaleza tem registrado avanços e melhorias nos índices
educacionais, fortalecendo o acesso, a permanência e a aprendizagem dos alunos.
Conforme o Censo Escolar 2021, a Rede Municipal segue avançando na regularização
gradativa da distorção idade-série, dado estatístico que acompanha, em cada série, o
percentual de estudantes que têm idade acima da esperada para o ano em que estão
matriculados. Em 2012, Fortaleza registrou índice de 36,6% na distorção idade-série,
conforme estudo realizado anualmente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira (INEP). Já em 2021, o índice foi reduzido e chegou a 14,4%.
Ao todo, 85,6% dos estudantes de Fortaleza concluíram a série adequada na idade certa.
Nesse contexto, a Prefeitura de Fortaleza iniciou o ano de 2023 com o lançamento
do programa Nova EJA Fortaleza, um pacote de investimentos, destinado à Educação
de Jovens e Adultos (EJA) da Rede Municipal de Ensino, com o propósito de ampliar as
matrículas, diminuir a evasão escolar e melhorar a qualidade do ensino.
A SME, por meio da Coordenadoria de Educação Fundamental (COEF)/Célula de
Desenvolvimento Curricular (CEDEC)/Núcleo de Educação de Jovens e Adultos (NUEJA),
com o objetivo de transformar a Educação de Jovens e Adultos (EJA) na Rede Municipal de
Ensino de Fortaleza, apresenta a estrutura organizacional da Modalidade e orienta para a
execução da proposta, com vistas a:
• Ofertar uma EJA que garanta aprendizagem significativa para os estudantes,
conectada com o mundo atual e com as expectativas de vinculação do ensino com o
mundo do trabalho;
• Garantir o acesso, a permanência e o sucesso dos estudante da EJA;
• Proporcionar para os estudantes uma EJA com currículo inovador, com ênfase na
Parte Diversificada, articulado com o projeto de vida, voltado para a inclusão e
para a economia digital, e focado na formação para o empreendedorismo e para
a renda.

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O Projeto de Vida visa a orientar os estudantes na busca da realização dos sonhos,
através da organização, da instrução e do direcionamento dos seus desejos, das suas metas
e dos seus objetivos. Para tanto, é necessário criar um plano que contenha as intenções de
cada estudante.
A Inclusão Digital tem o objetivo de introduzir os estudantes no uso de ferramentas
e de metodologias e no desenvolvimento de aplicações computacionais, incentivando o
interesse deles para a educação e para o mercado de tecnologias.
A Educação Empreendedora tem o objetivo de estimular a cultura empreendedora
no ambiente escolar, através de uma metodologia que une a teoria e a prática, além de
valorizar a autonomia e o protagonismo do estudante. Dessa forma, serão desenvolvidas
as competências necessárias para que o estudante tenha a possibilidade de empreender na
sua própria vida e conquistar os seus sonhos.
O Projeto de Vida está contemplado nas competências gerais da Base Nacional
Comum Curricular (BNCC) e do Documento Curricular Referencial do Ceará (DCRC), por
meio da valorização dos conhecimentos e das experiências dos estudantes. Elas são
importantes como ponto de partida para a apropriação do mundo do trabalho e para o
exercício de fazer escolhas que permitam a conquista da cidadania.
Quanto à cultura digital, ela é mobilizada pelas tecnologias de informação e de
comunicação e pelo crescente acesso aos computadores, telefones celulares, tablets e
afins. Os estudantes da EJA serão incluídos de forma a mobilizar diferentes linguagens,
mídias e ferramentas digitais para expandir as formas de produzir sentidos, aprender e
refletir sobre o mundo e realizar diferentes projetos autorais.
No que diz respeito à Educação Empreendedora na EJA, esta permite aos estudantes
trabalhar suas competências socioemocionais e investir em uma educação com foco na
criatividade, no pensamento crítico e na inovação, e dessa forma ajudar a formar cidadãos
mais autônomos e conscientes do seu papel social, em consonância com o que preconiza o
DCRC.
Portanto, o fortalecimento da EJA consiste em criar novas ações que superem as
dificuldades históricas, relativas à baixa frequência, à evasão escolar e ao baixo rendimento
acadêmico, através da promoção de ações que atendam às demandas dos estudantes
que, por alguma razão, tiveram suas aprendizagens comprometidas ou que , por vezes,
são impossibilitados de darem sequência à vida escolar, por motivos de trabalho e outras
situações impeditivas que ocorrem durante o percurso estudantil.
As ações, pautadas por conhecimentos historicamente acumulados, metodologias,
programas e projetos relacionados à vida do estudante, ao mundo do trabalho e à inclusão
digital, serão desenvolvidas dentro e fora das escolas polos, em busca de tornar a EJA mais
atrativa para estudantes, professores e comunidade escolar.

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Objetivos da Educação de Jovens e Adultos (EJA)
Constituem-se objetivos da Educação de Jovens e Adultos:
a) Formar cidadãos críticos, atuantes e conscientes de suas relações com os ambientes social e
natural;
b) Favorecer o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno
domínio da leitura, da escrita, do cálculo, da inclusão digital e da formação empreendedora;
c) Estimular a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das
artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
d) Incentivar o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição dos
conhecimentos científicos e dos saberes culturais produzidos historicamente pela humanidade;
e) Fortalecer os vínculos da família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em
que se assenta a vida social;
f) Estimular a autoestima do estudante por meio do fortalecimento da confiança na sua capacidade
de aprender e de valorizar a educação como forma de desenvolvimento pessoal e social;
g) Preparar para o exercício da autonomia com responsabilidade, aperfeiçoamento e convivência
em diferentes espaços sociais;
h) Atender às demandas específicas de jovens e adultos trabalhadores, contribuindo para sua
compreensão, estimulando a inclusão no mundo digital e do trabalho;
i) Garantir o direito a uma adequada compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos
processos produtivos, relacionando teoria e prática no estudo dos componentes curriculares do
curso e no desenvolvimento de habilidades relacionadas ao uso de novas tecnologias;
j) Sistematizar e consolidar as experiências de vida e os conhecimentos já adquiridos pelos jovens
e adultos, a fim de que possam usufruir dos bens materiais e culturais existentes no meio em que
vivem, indispensáveis ao exercício da cidadania;
k) Oferecer condições especiais para que os jovens e adultos desenvolvam suas potencialidades
como pessoas humanas, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e
do pensamento crítico.

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Documentos norteadores
É imprescindível que todos os envolvidos no processo de ensino conheçam e façam uso dos documentos
de teor normativo e pedagógico que regem a educação, tais como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional - LDB (BRASIL, 1996), as Diretrizes Curriculares Nacionais (BRASIL, 2010), o Plano Nacional de
Educação (BRASIL, 2014), a Base Nacional Comum Curricular - BNCC (BRASIL, 2018), Documento Curricular
Referencial do Ceará - DCRC (CEARÁ, 2019), o Documento Curricular Referencial da Rede Municipal de Ensino
de Fortaleza (DCRFor, 2024), Plano Fortaleza 2040 (FORTALEZA, 2016a) e o Projeto Político Pedagógico de
cada unidade escolar.
Quanto à parte diversificada que inclui o Projeto de Vida, dentro das competências gerais da BNCC,
há a valorização da diversidade de saberes e devivências culturais, além da apropriação de conhecimentos
e experiências dos estudantes, o que lhes possibilita entender as relações existentes no mundo do trabalho
e a capacidade de fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania vinculada ao projeto de vida, com
liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
Quanto à cultura digital, esta tem promovido mudanças sociais na sociedade contemporânea, em
decorrência do avanço e da multiplicação das tecnologias de informação e comunicação e do crescente acesso
a elas pela maior disponibilidade de computadores, telefones celulares, tablets e afins. Os estudantes da
EJA serão incluídos na cultura digital de forma a mobilizar práticas culturais digitais, diferentes linguagens,
mídias e ferramentas tecnológicas para expandir as formas de produzir sentidos, aprender e refletir sobre o
mundo e realizar diferentes projetos autorais.
Em relação à educação empreendedora na EJA, o foco é investir em uma educação com atenção na
criatividade, no pensamento crítico e na inovação, e, dessa forma, ajudar a formar cidadãos mais autônomos
e conscientes do seu papel social. O ambiente educacional empreendedor cria espaços de participação e de
protagonismo que permitem aos estudantes colocarem suas ideias em prática tanto no âmbito profissional
quanto pessoal.
No que se refere à inclusão dos estudantes com deficiência, recomenda-se a leitura da Política
Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (BRASIL, 2008), a Resolução 10/2013
do Conselho Municipal de Educação e da Lei Brasileira de Inclusão (LBI)/Estatuto da Pessoa com Deficiência
(Lei nº 13.146/2015).
No intuito de compreender a diversidade como aspecto importante nos processos de ensino e
aprendizagem, recomenda-se a leitura das Leis nº 10.639, de 09 de janeiro de 2003 e 11.645, de 10 março
de 2008, que torna obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena nos estabelecimentos
de ensino fundamental e médio, e do Plano Nacional de Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais
da Educação das Relações Étnico-raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana
(BRASIL, 2009).
Os documentos acima citados estão em consonância com o Parecer do Conselho Nacional de Educação/
Célula de Educação Básica (CNE/CEB) nº 14/2011 e com a Resolução CNE/CEB nº 3, de 16 de maio de 2012,
que definem diretrizes para o atendimento de educação escolar para populações em situação de itinerância
(BRASIL, 2012b). Além disso, a diversidade está referenciada no Plano Nacional de Educação (BRASIL, 2014)
e no Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos (BRASIL, 2007), que aborda os recortes de gênero,
étnico-racial e população idosa.
Ademais, a SME recomenda a leitura do Estatuto do Idoso (BRASIL, 2003), Plano Municipal de Políticas
Públicas para Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (FORTALEZA, 2012b) e o eixo “Vida
comunitária, acolhimento e bem-estar” do Plano Fortaleza 2040 (FORTALEZA, 2016b).

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É importante também a leitura das seguintes resoluções: Resolução 01/2000 do Conselho Nacional de
Educação, de 05 de julho de 2000, que estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de
Jovens e Adultos (BRASIL, 2000); Resolução nº 05/2011 do Conselho Municipal de Educação de Fortaleza, de
05 de janeiro de 2011, que dispõe sobre os procedimentos de classificação e reclassificação dos estudantes
do Sistema Municipal de Ensino de Fortaleza; Resolução nº 07/2012 do Conselho Municipal de Educação de
Fortaleza, de 07 de março de 2012, que estabelece as normas para a organização e para o funcionamento
da Educação de Jovens, Adultos e Idosos, como modalidade do Ensino Fundamental da Educação Básica e
a Resolução nº 16/2017, do Conselho Municipal de Educação de Fortaleza, de 22 de novembro de 2017, que
estabelece normatização para a oferta da Educação de Jovens e Adultos de forma presencial e semipresencial,
assim como, exclui do texto o termo “Idoso” e dá nova divisão ao primeiro e ao segundo segmentos. Por
fim, recomenda-se ainda a leitura das propostas curriculares para o 1º segmento (BRASIL, 2001) e para o 2º
segmento da EJA (BRASIL, 2002).
Em relação aos estudantes em cumprimento de medida socioeducativa em um dos Centros Socioeducativos
do estado do Ceará, em Fortaleza, ou ainda aos estudantes egressos do Sistema Socioeducativo, recomenda-
se a leitura da Lei do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE), Lei n° 12.594/2012 (BRASIL,
2012a) e da Resolução N° 03, de 13 de maio de 2016, do CNE (Conselho Nacional de Educação), bem como
do Plano Municipal Decenal das Medidas Socioeducativas em Meio Aberto (FORTALEZA, 2015).
Os documentos supracitados têm o objetivo de orientar o trabalho dos profissionais da educação em
relação à proposta curricular, bem como de assegurar as competências e as habilidades necessárias aos
estudantes, garantindo, dessa forma, os direitos de aprendizagem.
Ressalta-se a importância desses profissionais consultarem esses documentos para a realização de
seus planejamentos, com o intuito de alinhá-los às orientações pedagógicas curriculares. Nessa perspectiva,
os objetivos de cada componente curricular deverão estar em consonância com o Projeto Político Pedagógico
das unidades escolares, de forma que os estudantes estejam envolvidos no processo como protagonistas da
aquisição de conhecimentos.

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Diretrizes
São diretrizes da EJA:
a) A educação escolar deve levar em conta as necessidades das pessoas jovens e adultas e suas
especificidades, respeitando seu direito de viver dignamente todas as etapas da vida e de exercer sua
cidadania;
b) Acesso dessa população às oportunidades de desenvolvimento, realização e bem-estar pessoal em
todo o curso de sua vida;
c) Acesso aos conhecimentos socialmente produzidos, como meio para maior usufruto do
desenvolvimento social, cultural, político, ambiental e econômico;
d) Formação permanente de técnicos, professores, estudantes e demais membros da comunidade
escolar sobre assuntos pertinentes à modalidade, fundamentos epistemológicos e pedagógicos da EJA
e conteúdos e metodologias de ensino, próprios da idade;
e) Ampliação da oferta do atendimento escolar ao jovem e ao adulto, utilizando, complementarmente,
além das escolas, outros espaços da cidade, por meio de parcerias com a sociedade civil e com a
iniciativa privada.

Estrutura organizacional
A Educação de Jovens e Adultos, modalidade do ensino fundamental, organizar-se-á em um curso de
quatro anos de duração, dividido em dois segmentos, com duração de dois anos cada um, sendo:
• Primeiro segmento: EJA I (200 dias letivos - 800 horas) e EJA II (200 dias letivos - 800 horas);
• Segundo segmento: EJA III (200 dias letivos - 800 horas) e EJA IV (200 dias letivos - 800 horas).
Em circunstâncias especiais, tais como conhecimento dos conteúdos curriculares, capacidade do
estudante para avançar em seu processo de estudos e conclusão do curso, na proposta pedagógica da
instituição de ensino poderá, através dos mecanismos de classificação ou reclassificação, ser definido um
tempo mínimo para conclusão da EJA, assim estabelecido1:
• Para o Primeiro Segmento, 200 dias letivos - 800 horas.
• Para o Segundo Segmento, 200 dias letivos - 800 horas.
Quanto ao atendimento, este será presencial para os dois segmentos da EJA. A forma presencial é
aquela em que os estudantes e os professores estão presentes nos horários e carga horária estabelecidos
pelo curso, sendo o docente um elemento fundamental na mediação do processo de aprendizagem e na
interação com os discentes. O atendimento presencial pode ser complementado com estudos domiciliares
através das tecnologias digitais.
O controle de frequência, de responsabilidade da escola, será feito por meio do registro de presença
no diário de classe. Para a promoção dos estudantes, é exigida a frequência mínima anual de 75% (setenta
e cinco por cento), devendo estar disposto no regimento escolar. Para a garantia da bolsa de incentivo ao
deslocamento e à inclusão digital, é exigida do estudante a frequência mensal de 100% (cem por cento) da
carga horária

1 Conforme estabelecido no Parágrafo único do Artigo 3º da Resolução CME/CEF nº 016/2017

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Currículo
O currículo da Educação de Jovens e Adultos deve se constituir em um conjunto de componentes
curriculares, garantindo a Base Nacional Comum e a Parte Diversificada.

Base Nacional Comum


No Primeiro Segmento (EJA I e EJA II) da Base Nacional Comum, dar-se-ão os processos de
alfabetização e matematização dos estudantes, na perspectiva do letramento, com vistas ao domínio da
leitura, da escrita e da matemática. Os componentes curriculares serão trabalhados de forma interdisciplinar,
contemplando os conhecimentos de todas as áreas: Língua Portuguesa, Arte, Geografia, História, Ensino
Religioso, Matemática e Ciências.
No Segundo Segmento (EJA III e EJA IV) da Base Nacional Comum, dar-se-á a progressão da
aprendizagem sobre a natureza e a sociedade. Nesse segmento, considerando as necessidades de
complementação dos processos de aprendizagem iniciados no segmento anterior, consolidam-se os processos
de domínio da leitura, da escrita e das operações matemáticas.
Os componentes curriculares da Base Nacional Comum, desenvolvidos nos dois anos do segundo
segmento, são organizados nas seguintes áreas de conhecimento:
• Linguagens e Códigos e suas Tecnologias (LCT): Língua Portuguesa (Redação e Literatura), Língua
Inglesa e Arte;
• Ciências Humanas e suas Tecnologias (CHT): História, Geografia e Ensino Religioso;
• Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias (CNMT): Matemática e Ciências.

Áreas do Conhecimento (Segundo segmento)

Áreas do conhecimento Componentes curriculares

LCT Língua Portuguesa, Língua Inglesa e Arte

CNMT Matemática e Ciências

CHT História, Geografia e Ensino Religioso

Parte Diversificada
A parte diversificada deve ser trabalhada de forma interdisciplinar com o objetivo de dar significado
prático para a vida do estudante. O Projeto de Vida, a Inclusão Digital e a Educação Empreendedora
serão desenvolvidos na EJA, nos quatro anos letivos da modalidade.
A proposta contemplará os dois segmentos da EJA, e as ações serão mediadas prioritariamente por
professores pedagogos lotados com menor carga horária nas turmas regulares do primeiro segmento e/ou
por professores pedagogos de maior carga horária.

Projeto de Vida
O Projeto de Vida tem como objetivo preparar o estudante para um bom convívio em sociedade,
e sua atuação pode ser vista como uma forma de integrar conhecimentos adquiridos dentro da escola e
fatores externos ao ambiente escolar. O Projeto de Vida integra todas essas áreas por meio de pilares que
abrangem a vida do estudante e seus objetivos futuros. São estes os pilares do Projeto de Vida:

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• Pilar social: mostra e demonstra as atuações do estudante como um integrante da sociedade, um
cidadão. São desenvolvidos trabalhos em grupo, que buscam uma visão social para o bem de todos,
trabalhando sobre empatia, sobre ética e sobre nosso lugar num todo.
• Pilar pessoal: o autoconhecimento é a peça fundamental desse pilar. Promove a descoberta e o
desenvolvimento das atividades que o estudante mais gosta, além de proporcionar a evolução da
própria identidade e personalidade.
• Pilar profissional: resultado dos dois pilares anteriores, o desenvolvimento profissional do estudante
reflete seu objetivo dentro da sociedade e a interação com sua identidade. Utilizando atividades
teóricas e práticas, promovendo a formação de um profissional capacitado e atualizado com as novas
exigências do mercado de trabalho.
A elaboração do Projeto de Vida do estudante, sob orientação do professor, é uma oportunidade de
proporcionar o autoconhecimento para que este faça escolhas conscientes e adequadas, na medida do
possível, em relação às suas aspirações e aptidões. O Projeto de Vida favorece a tomada de decisão que
implica pensar no futuro, enquanto o estudante exercita a leitura de mundo, o senso de responsabilidade
e a criticidade. É importante ressaltar que a elaboração do Projeto de Vida não está isolada das áreas de
conhecimento, ambos devem estar interligados de forma integrada e interdisciplinar.
O Projeto de Vida deve conter:
a) Planejamento e organização, com estabelecimento de objetivos, caminhos e metas a serem atingidos;
b) Compreensão do esforço a ser realizado e do investimento nos conhecimentos necessários para
realizar as metas estipuladas;
c) Superação de desafios com reconhecimento das fortalezas e das fragilidades pessoais;
d) Capacidade de lidar com as dificuldades do percurso;
e) Compreensão sobre o mundo do trabalho.

Inclusão Digital
Sobre Cultura Digital, Ramos e Boll (2019) afirmam que
O mundo é a sala de aula e a escola encontra, neste contexto, a potência e a exigência de um
trabalho orientado para a exploração de um universo comunicacional. Ao ingressar nessa metrópole
comunicacional, ela reduz o isolamento, levando à comunidade suas construções, contribuindo para
uma sociedade cidadã digital, mostrando a potência de um trabalho embebido em cibercultura,
ciência e produção do conhecimento científico escolar. (p.10)

A cultura digital tem promovido mudanças sociais significativas nas sociedades contemporâneas. Em
decorrência do avanço e da multiplicação das tecnologias de informação e comunicação e do crescente
acesso a elas pela maior disponibilidade de computadores, telefones celulares, tablets e afins, os estudantes
estão dinamicamente inseridos nessa cultura, não somente como consumidores.
É imprescindível que a escola compreenda e incorpore as novas linguagens e seus modos de
funcionamento, desvendando possibilidades de comunicação (e também de manipulação), e que eduque
para usos mais democráticos das tecnologias e para uma participação mais consciente na cultura digital. Ao
aproveitar o potencial de comunicação do universo digital, a escola pode instituir novos modos de promover
a aprendizagem, a interação e o compartilhamento de significados entre professores e estudantes.
A cultura digital se propõe a ampliar a possibilidade de acesso às informações, à produção de
conhecimento e à valorização da cultura local e regional, resultando no desenvolvimento de práticas
educativas que possam ser utilizadas em diferentes níveis e contextos culturais. É imprescindível:

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a) Utilização de ferramentas multimídias;
b) Recursos tecnológicos para realização das atividades escolares e cotidianas;
c) Análises de dados;
d) Compreensão dos impactos tecnológicos na vida das pessoas;
e) Utilização das tecnologias, mídias e dispositivos de comunicação modernos de forma responsável
e ética.
De acordo com a BNCC, o currículo que integra a cultura digital (ou que é integrado por ela) desenvolve
como competência: Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma
crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar,
acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo
e autoria na vida pessoal e coletiva. Essa competência reconhece o papel fundamental da tecnologia
e estabelece que o estudante deve dominar o universo digital, sendo capaz, portanto, de fazer um uso
qualificado e ético das diversas ferramentas existentes e de compreender o pensamento computacional e os
impactos da tecnologia na vida das pessoas e da sociedade.
Todas as áreas do conhecimento contribuem para o aprendizado da cultura digital. Em Linguagens,
a tecnologia pode ser utilizada em Artes como ferramenta para elaborar trabalhos artísticos em vídeos e
outras plataformas. Em Ciências da Natureza, ela surge como instrumento para investigar e também como
meio de produzir informações e conhecimento. A contribuição da Matemática relaciona-se ao pensamento
computacional ou à capacidade de se entender a lógica da programação, de como funcionam os algoritmos.
Nas Ciências Humanas, colabora com o entendimento e o debate sobre o mundo digital. É nessa área que
entram as discussões sobre os impactos da tecnologia no ser humano e na sociedade: como ela influencia
comportamentos, provoca conflitos, modifica e cria culturas? O que é adequado e ético e o que não é?
Como habilidade da cultura digital, na BNCC, ao final do curso, o estudante deverá ser capaz de:
Identificar e manipular diferentes tecnologias e recursos digitais para acessar, apreciar, produzir, registrar
e compartilhar práticas e repertórios artísticos, de modo reflexivo, ético e responsável. Diante disso, os
estudantes deverão desenvolver como habilidades até o final da EJA:
a) Utilização de ferramentas digitais: precisam ser capazes de usar ferramentas multimídia e
periféricos para aprender e produzir;
b) Produção multimídia: utilizar recursos tecnológicos para desenhar, desenvolver, publicar e
apresentar produtos (como páginas de web, aplicativos móveis e animações, por exemplo) para
demonstrar conhecimentos e resolver problemas;
c) Utilização das linguagens de programação: usar linguagens de programação para solucionar
problemas;
d) Domínio de algoritmos: compreender e escrever algoritmos, utilizar os passos básicos da solução
de problemas por algoritmo para resolver questões;
e) Visualização e análise de dados: interpretar e representar dados de diversas maneiras, inclusive
em textos, sons, imagens e números;
f) Mundo digital: entender o impacto das tecnologias na vida das pessoas e na sociedade, incluindo
nas relações sociais, culturais e comerciais;
g) Uso ético: utilizar tecnologias, mídias e dispositivos de comunicação modernos de maneira ética,
sendo capaz de comparar comportamentos adequados e inadequados.

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Educação Empreenderora
Segundo Moreira e Teixeira (2014), o objetivo da Educação Empreendedora é proporcionar ao aluno
competências múltiplas que possam aumentar sua empregabilidade e ampliar a visão do mercado de
trabalho. Para os autores
A educação empreendedora está acima e perpassa toda e qualquer discussão sobre educação, à
medida que a sua proposta é desenvolver no aluno a percepção do senso de oportunidade, a
mobilização de recursos tanto humanos quanto materiais para determinado fim e que tenha por
objetivo a independência e a autonomia. (p. 162)
A formação para a Educação Empreendedora requer que o estudante tenha acesso a conhecimentos
relacionados ao mercado de trabalho e às (novas) oportunidades de negócios e a uma visão geral do que
está acontecendo ao seu redor e no mundo. A Educação Empreendedora deve proporcionar ao estudante
vivências de atividades sociais e econômicas com vistas a adquirir conhecimentos já constituídos. É importante
também que o estudante se aproprie de alguns conceitos teóricos, tais como: empregabilidade, ética e
postura socioprofissional, identidade, cidadania, comunicação, inteligências múltiplas e Projeto de Vida.
O projeto de Educação Empreendedora deverá proporcionar aos estudantes:
a) Diálogo com diversos campos do trabalho, da ciência, da tecnologia e da cultura como referências
fundamentais de sua formação;
b) Elementos para compreender e discutir as relações sociais de produção e de trabalho, bem como as
especificidades históricas nas sociedades contemporâneas;
c) Recursos teóricos para compreender que o exercício da profissão exige competência, idoneidade
intelectual e tecnológica, autonomia e responsabilidade, orientados por princípios éticos, estéticos e políticos,
bem como compromissos com a construção de uma sociedade democrática;
d) Desenvolvimento da capacidade de construir novos conhecimentos e desenvolver novas competências
profissionais com autonomia intelectual;
e) Fundamentos de empreendedorismo, cooperativismo, tecnologia da informação, legislação
trabalhista, ética profissional, gestão ambiental, segurança do trabalho, gestão da inovação e iniciação
científica, gestão de pessoas e gestão da qualidade social e ambiental do trabalho.

Organização do Currículo Inovador (Parte diversificada)

Etapas dos segmentos Componentes e Carga Horária

Projeto de Vida (40h), Inclusão Digital (40h) e


EJA I
Educação Empreendedora (80h)

Projeto de vida (40h), Inclusão Digital (40h) e


EJA II
Educação Empreendedora (80h)

Projeto de Vida (40h), Inclusão Digital (40h) e


EJA III
Educação Empreendedora (80h)

Projeto de Vida (40h), Inclusão Digital (40h) e


EJA IV
Educação Empreendedora (80h)

Documento Norteador para o Desenvolvimento do Trabalho Pedagógico da Nova Educação de Jovens e Adultos (EJA) de Fortaleza 13
Mapa curricular
O mapa curricular da Educação de Jovens e Adultos (EJA) está organizado por componentes curriculares
articulados, no que diz respeito ao primeiro segmento, e por áreas específicas de conhecimento no segundo
segmento.

MAPA CURRICULAR DA MODALIDADE DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS - EJA

CARGA HORÁRIA SEMANAL E ANUAL


COMPONENTES
CURRICULARES
B
A
S EJA I EJA II EJA III EJA IV
E
S A S A S A S A
N
A LÍNGUA PORTUGUESA 5 200 5 200 4 160 4 160
C
I
O LÍNGUA INGLESA - - - - 2 80 2 80
N
A
L ARTE 1 40 1 40 1 40 1 40

C
O HISTÓRIA 1 40 1 40 1 40 1 40
M
U
M GEOGRAFIA 1 40 1 40 1 40 1 40

CIÊNCIAS 2 80 2 80 2 80 2 80

MATEMÁTICA 5 200 5 200 4 160 4 160

ENSINO RELIGIOSO* 1 40 1 40 1 40 1 40

TOTAL CARGA HORÁRIA DA BASE


16 640 16 640 16 640 16 640
NACIONAL COMUM

LEGENDA: S – SEMANAL / A - ANUAL


* Conforme a Lei nº 9.394/1996, artigo 33, e a Resolução nº 7/2010/CNE, que asseguram ao estudante matrícula
facultativa no Ensino Religioso.

14 Secretaria Municipal da Educação de Fortaleza


PARTE DIVERSIFICADA***

EJA I EJA II EJA III EJA IV


COMPONENTES CURRICULARES
S A S A S A S A

PROJETO DE VIDA 1 40 1 40 1 40 1 40

INCLUSÃO DIGITAL 1 40 1 40 1 40 1 40

EDUCAÇÃO EMPREENDEDORA 2 80 2 80 2 80 2 80

TOTAL CARGA HORÁRIA DA PARTE


4 160 4 160 4 160 4 160
DIVERSIFICADA

TOTAL CARGA HORÁRIA 20 800 20 800 20 800 20 800

ATENDIMENTO EDUCACIONAL
1 40 1 40 1 40 1 40
ESPECIALIZADO**

LEGENDA: S – SEMANAL / A - ANUAL


** O Atendimento Educacional Especializado será ofertado exclusivamente nas unidades de ensino que possuem Sala
de Recurso Multifuncional, para os estudantes que são público do programa e no contraturno da escolarização.

Documento Norteador para o Desenvolvimento do Trabalho Pedagógico da Nova Educação de Jovens e Adultos (EJA) de Fortaleza 15
Distribuição dos componentes curriculares
Vislumbrando contemplar uma proposta de formação integral e atualizada com o nosso tempo,
o currículo da EJA traz no seu corpo a Base Nacional Comum e a Parte Diversificada. Esta última traz
inovações curriculares pautadas no Projeto de Vida, na Inclusão Digital e na Educação Empreendedora.
Esses novos elementos corroboram para uma aprendizagem contextualizada e significativa, posto que
os estudantes da EJA geralmente precisam de motivação para darem continuidade aos estudos e para
realizarem seus objetivos.
A EJA I terá como foco o processo de alfabetização e contemplará principalmente o domínio da leitura,
da escrita, além de iniciar o desenvolvimento do raciocínio lógico-matemático e a resolução de problemas,
em articulação com os demais componentes curriculares. Soma-se aqui Projeto de Vida, Inclusão Digital
e Educação Empreendedora.
Será denominado professor regente de maior carga horária, o professor pedagogo que ficará
responsável pelo processo de alfabetização e letramento de forma a contemplar todos os componentes
curriculares, além de promover a iniciação dos estudantes na resolução de problemas matemáticos e
raciocínio lógico.
O professor regente de menor carga horária será aquele que ficará com a responsabilidade de
turma para cumprir as recomendações legais do tempo do professor regente de maior carga horária sem
interação com os estudantes, ou seja, o planejamento, e trabalhará com a parte diversificada do currículo,
a saber: Projeto de Vida, Inclusão Digital e Educação Empreendedora.
Já o professor regente da EJA II dará destaque ao prosseguimento do processo de alfabetização
e reforçará os conhecimentos de Língua Portuguesa, buscando a fluência e a compreensão leitora, o
desenvolvimento da produção de textos, contemplando todos os componentes curriculares, além do
desenvolvimento da Matemática. Vale notar aqui que os componentes curriculares de Língua Portuguesa e
Matemática mantém diálogo permanente com a História, Geografia, Ciências, Arte e Ensino Religioso.
O professor regente de menor carga horária será aquele que ficará com a responsabilidade de
turma para cumprir as recomendações legais do tempo do professor regente de maior carga horária sem
interação com os estudantes, ou seja, o planejamento, e trabalhará com a parte diversificada do currículo,
a saber: Projeto de Vida, Inclusão Digital e Educação Empreendedora.
Os professores pedagogos de cada polo de EJA deverão atuar conjuntamente, de forma colaborativa,
nas atividades didáticas diárias, relativas a base comum e a parte diversificada do currículo. Ex: auxiliar
nas atividades de alfabetização, tirar dúvidas, reforço de aprendizagem, conferir e corrigir atividades
domiciliares. Caberá ao núcleo gestor fazer a organização de acordo com a realidade do polo.
O professor regente das turmas de EJA III e IV será o responsável por ministrar as aulas de acordo
com o componente curricular da sua área específica. Ele também poderá auxiliar no desenvolvimento de
atividades diárias em sala. Exemplo: atuando em atividades de grupo em sala, tirando dúvidas, reforço de
aprendizagem, conferindo tarefas domiciliares, de forma parceira com o professor regente.
Os professores do primeiro e segundo segmentos da EJA deverão organizar o planejamento pedagógico
integrando atividades que serão desenvolvidas em sala de aula, no formato presencial, com atividades
realizadas em ambiente virtual, como suporte para os processos de ensino e aprendizagem.
Os estudantes deverão realizar as atividades virtuais propostas, utilizando os recursos digitais
ofertados, podendo optar por outros ambientes da escola ou fora dela. As atividades serão contabilizadas
como tempo pedagógico.
Vale que as atividades à distância, planejadas previamente pelos professores, serão disponibilizadas
para os estudantes nas salas virtuais (classroom) de cada turma. As atividades virtuais propostas deverão
ter o objetivo de ampliar as possibilidades de aprendizagem dos estudantes, complementando as ações
pedagógicas realizadas presencialmente.

16 Secretaria Municipal da Educação de Fortaleza


Reposição de faltas eventuais
O cumprimento das oitocentas horas anuais e duzentos dias letivos, conforme orientação da LDB, Lei
nº 9.394/1996, são pontos inquestionáveis. Ressaltamos a importância da organização, em cada unidade
escolar, no tocante ao revezamento de profissionais, diretores, coordenadores pedagógicos, pessoal de
serviços gerais e manipuladores de alimentos, dentre outros, a fim de garantir a presença de servidores em
todos os turnos pedagógicos para apoio e atendimento aos estudantes, professores e pais/responsáveis.
Para que a reposição de falta eventual seja produtiva, orienta-se que a coordenação pedagógica:
a) Organize o calendário de reposição de faltas eventuais e comunique as datas previstas aos
professores, com antecedência, a fim de que estes possam se organizar para a reposição;
b) Solicite ao professor a entrega do plano de aula da reposição, posto que a aula que será ministrada
não corresponde mais ao conteúdo da aula previamente planejada, antes do respectivo dia da falta;
c) Informe aos estudantes e aos pais o dia da reposição, o componente curricular e o horário das aulas;
d) Monitore a frequência dos estudantes;
e) Providencie com antecedência todo e qualquer material solicitado pelo professor para a realização
da aula, sempre que possível.

Clubes de aprendizagem
As atividades pedagógicas propostas por meio do Clube de Aprendizagem têm por objetivo orientar
e incentivar as unidades escolares no desenvolvimento de temas contemporâneos de relevância cultural e
social. A SME disponibiliza algumas sugestões de atividades, de livre escolha das escolas e dos professores,
que poderão ser trabalhadas na modalidade de Educação de Jovens e Adultos, por meio do Ementário e
do Registro de Frequência dos Clubes de Aprendizagem. Com elas, os profissionais da educação poderão
flexibilizar seus currículos e práticas, de acordo com o contexto de cada unidade escolar.

Tempo pedagógico
Para o efetivo cumprimento da carga horária anual, o horário de funcionamento deverá ser observado
ao longo do ano letivo, conforme quadro abaixo:

MODALIDADE DE ENSINO NOITE

18h às 18h20min

18h20min às 19h10min

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA) 19h10min às 20h

20h às 20h50min

20h50min às 21h40min

Documento Norteador para o Desenvolvimento do Trabalho Pedagógico da Nova Educação de Jovens e Adultos (EJA) de Fortaleza 17
A SME solicita aos professores e aos gestores o máximo de zelo no cumprimento do tempo pedagógico,
das diretrizes e das orientações da Rede Municipal de Ensino, tendo em vista a melhoria da qualidade da
educação dos estudantes, mediante amplo esforço coletivo que potencialize o estudo, o planejamento, a
execução das ações, bem como os processos do ensino e da aprendizagem.

Planejamento pedagógico
O tempo do planejamento pedagógico é destinado às diversas ações inerentes à prática do professor,
por isso, faz-se necessária a dedicação total a esse tão importante momento, que norteia as ações didáticas
imprescindíveis para os processos de ensino e de aprendizagem.
O planejamento de aula deve ser ao mesmo tempo bem estruturado e flexível, para que possa atender
às especificidades de cada sala de aula e de cada estudante.
Um planejamento bem elaborado dará segurança aos professores para que oportunizem situações
reais de construção do conhecimento de seus estudantes. A referida prática faz parte de um procedimento
que se constrói constantemente na preparação, no desenvolvimento e no acompanhamento do processo de
realização de cada aula.
São elementos essenciais para o planejamento: a regularidade de sua ocorrência, a dedicação do
tempo disponível para essa finalidade e, principalmente, a mediação do coordenador pedagógico, que
organiza e enriquece as trocas entre os professores que atuam nas turmas da Educação de Jovens e Adultos,
favorecendo, assim, a utilização de variados materiais para subsidiar o processo de planejamento.

Elaboração de relatórios
Os relatórios elaborados serão destinados aos estudantes da EJA I (primeiro segmento), conforme
as Diretrizes Curriculares para Ensino Fundamental do Sistema Público Municipal de Ensino de Fortaleza
(FORTALEZA, 2011a). Os registros individuais de cada estudante serão consolidados em relatório descritivo,
evidenciando os momentos de aprendizagem.
Os relatórios do trabalho pedagógico serão realizados semestralmente para os estudantes da EJA I
(primeiro segmento), registrados no Diário de Classe e socializados com as famílias e com os estudantes.
Alguns aspectos importantes deverão ser observados, analisados e registrados, evidenciando a ação
pedagógica desenvolvida em um determinado período letivo:
a) Preenchimento de Diários de Classe: o professor deverá mantê-lo em ordem e atualizado, sem
emendas e rasuras, registrando diariamente a frequência e as informações sobre o trabalho realizado com
os estudantes.
b) Aprofundamento de estudo: os estudos iniciados nas formações serão aprofundados por meio de
leituras, pesquisa, elaboração de materiais complementares e discussões de temas relevantes para a prática
pedagógica.
c) Participação nas formações: conforme determina a Portaria nº 204/2014, da Secretaria Municipal
da Educação, e considerando a importância da formação continuada para a efetivação de uma prática
pedagógica qualificada, os professores da Rede Municipal deverão participar de todas as formações
ofertadas. A carga horária destinada a essa atividade será contabilizada para efeito de certificação.

18 Secretaria Municipal da Educação de Fortaleza


Horário de planejamento pedagógico
O dia destinado ao planejamento dos professores regentes de maior e de menor carga horária deverá
ser organizado conforme orientação abaixo, na medida do possível:

Sugestão de rotina do professor do 1º segmento (Pedagogo)

C.H. Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira

Maior Planejamento Aula Aula Aula Aula

Parte
Parte diversificada
diversificada
Menor Segundo Aula Aula Planejamento
Primeiro
Segmento
Segmento

Desse modo a sugestão de rotina do estudante do primeiro segmento seguirá, na medida do possível,
de acordo com o quadro:

Sugestão de rotina do Estudante do 1º segmento

Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira

Parte diversificada Aula Aula Aula Aula

O dia destinado ao planejamento do professor do segundo segmento seguirá a orientação da tabela


na medida do possível:

Sugestão de rotina do professor do 2º segmento (Áreas)

Área do
Turma Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira
Conhecimento

LCT Aula Planejamento Aula Aula Aula

EJA CNMT Aula Planejamento Aula Aula Aula


III e IV

CHT Aula Planejamento Aula Aula Aula

LCT - Linguagens e Códigos e suas Tecnologias


CNMT - Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias
CHT - Ciências Humanas e suas Tecnologias

Documento Norteador para o Desenvolvimento do Trabalho Pedagógico da Nova Educação de Jovens e Adultos (EJA) de Fortaleza 19
Desse modo, a sugestão de rotina do estudante do segundo segmento ficará, na medida do possível,
de acordo com a seguinte tabela:

Sugestão de rotina do Estudante do 2º segmento

Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira

Aula Parte diversificada Aula Aula Aula

Instrumentais de planejamento
Para organizar os momentos de planejamento, a SME elaborou instrumentais, com o objetivo de
contribuir para o registro das práticas pedagógicas e auxiliar professores e coordenadores pedagógicos
no processo do planejamento escolar, favorecendo a reflexão e o aperfeiçoamento das competências de
planejar, implementar, acompanhar, coordenar e avaliar ações educacionais e projetos desenvolvidos na
escola. São eles:
a) Plano de Curso Anual: instrumento de auxílio ao professor na organização da sua prática
pedagógica. Nele, são registrados os objetos de conhecimento, as habilidades e as competências específicas
que serão trabalhados em cada etapa ao longo do ano letivo. A partir do Plano de Curso Anual, o coordenador
pedagógico acompanha, semanalmente, a efetivação dos processos de ensino e de aprendizagem.
b) Plano Pedagógico (Diário ou Semanal): instrumento de auxílio ao professor na otimização do
tempo pedagógico. Deve estar alinhado ao Plano de Curso Anual e conter as competências, as habilidades,
os objetos de conhecimento, o objetivo da aula, a metodologia, as atividades, os recursos necessários para
cada aula, bem como os tipos de avaliações e as demais observações relevantes. Tudo isso, observando a
garantia do direito de aprendizagem de todos os estudantes.
O planejamento deve ser realizado em parceria com o coordenador pedagógico, de modo que este
acompanhe, paulatinamente, os processos de ensino e de aprendizagem. Para isso, é imprescindível que os
Instrumentais de Planejamento sejam regularmente preenchidos, estejam atualizados e acessíveis, de forma
a atender aos princípios da transparência e da previsibilidade.

Preenchimento dos diários de classe


O Diário de Classe é o documento oficial para o registro acadêmico dos estudantes nas unidades
escolares. Ele é o instrumento de auxílio ao professor na sistematização da frequência, dos objetos de
conhecimento e dos registros do desempenho dos estudantes, utilizado para o acompanhamento pedagógico
do processo de aprendizagem (da turma) nos componentes curriculares. É do professor a responsabilidade
pelo preenchimento desse documento, bem como pela veracidade dos registros efetuados. A frequência
e as informações sobre o trabalho realizado devem ser registradas diariamente, já os demais registros e
atualizações devem ser realizados no tempo sem interação com os estudantes.
Ao final de cada mês, devem estar devidamente preenchidos os campos referentes aos seguintes itens:
• Frequência diária dos estudantes;
• Somatório mensal da frequência dos estudantes;
• Registro da data e dos objetos de conhecimento/atividades;
• Registro das avaliações e recuperação paralela de cada etapa;

20 Secretaria Municipal da Educação de Fortaleza


• Registro das intervenções realizadas como recuperação paralela e com quais estudantes elas foram
aplicadas;
• Assinatura do(s) professor(es);
• Assinatura do coordenador pedagógico;
• Assinatura do secretário escolar.

Formação
A formação inicial e continuada dos diversos profissionais da educação é uma importante ferramenta
para a construção de escolas, cidadãos e profissionais mais habilidosos, eficientes, éticos e humanos.
A formação continuada exerce um papel fundamental, sendo instrumento para o compartilhamento
de experiências e de aprendizados, favorecendo o engajamento dos diversos profissionais da escola, que
contribuem para indicar novos caminhos aos estudantes.
Nesse sentido, investir na formação continuada dos profissionais que integram a Educação de Jovens
e Adultos (EJA) beneficia as instituições de ensino que atendem a modalidade, que podem contar com a
competência de profissionais atualizados, integrados e que buscam melhorias na qualidade da educação.

Formação continuada para professores


A portaria nº 204/2014 estabelece diretrizes para a realização de formação continuada para os
profissionais da Rede Municipal de Ensino de Fortaleza, tendo em vista que a mesma é uma atribuição
inerente ao exercício das atividades educacionais. Nesse sentido, será ofertada, no decorrer do ano letivo,
nas modalidades presencial e/ou à distância. A formação continuada para os professores dos componentes
curriculares da Base Nacional Comum e da Parte Diversificada é um processo permanente de aprimoramento
dos saberes necessários à atividade docente. Realizada após a formação inicial, ela tem como objetivos:
apresentar ao profissional da educação as concepções educacionais adotadas pela Rede Municipal de
Educação de Fortaleza, promover um diálogo sobre as práticas de ensino e aprendizagem e favorecer trocas
de experiências entre os pares.
Nessa direção, a formação continuada tem como compromisso promover a reflexão acerca do
conhecimento socialmente construído e historicamente determinado, a fim de fomentar o processo formativo
para o alcance de sujeitos críticos e leitores analíticos das realidades sociais. A formação continuada para
professores deve pautar-se na figura do agente transformador que ressignifica suas ações e possibilita a
transformação daqueles com quem constrói relações.
A formação continuada para professores ofertada pela Rede acontece em dois momentos a saber:
a) Formação nos polos;
b) Formação no contexto da escola.
Nos próximos itens, veremos como a formação continuada acontece em cada um desses momentos.

Formação nos polos


A formação no polo é o momento em que professores compartilham saberes com professores do
mesmo ano/série ou com professores do mesmo componente curricular, lotados na mesma escola e/ou
em escolas diferentes. O processo formativo objetiva fortalecer a compreensão de que o desenvolvimento
da aprendizagem ocorre ao longo de várias dimensões, como a cognitiva, a emocional, a social e a física,
e que ele pode ocorrer para cada estudante em tempos diferentes e a partir de intervenções pedagógicas
diversificadas.

Documento Norteador para o Desenvolvimento do Trabalho Pedagógico da Nova Educação de Jovens e Adultos (EJA) de Fortaleza 21
Os professores da Rede são acompanhados por um formador que media, ao longo do ano, o processo
formativo. Para a concretização dos encontros em polo, a equipe de formação da SME, junto aos formadores
dos Distritos de Educação, planeja e estuda a organização dos encontros formativos.
As formações no polo utilizam como eixo norteador a integração entre teoria e prática, a partir de
tecnologias digitais e metodologias ativas, bem como de ciclo de aprendizagens vivenciais, respondendo
às necessidades do cotidiano escolar. Posto isso, as formações continuadas incluem estudos e discussões,
vivências sobre propostas pedagógicas inovadoras, compartilhamento de práticas, diálogos sobre o
desenvolvimento integral do aluno — envolvendo as competências socioemocionais e cognitivas —, além de
aprofundamentos dos materiais estruturados presentes na Rede.
A formação da Rede, corroborando com os documentos orientadores da educação e com o
favorecimento do pleno desenvolvimento dos estudantes, segundo a Base Nacional Comum para a
Formação Continuada de Professores da Educação Básica (BRASIL, 2020), desenvolve três dimensões
substanciais na ação docente no que concerne à Educação Básica:
a) conhecimento profissional: conhecer os estudantes e como eles aprendem, conhecer o conteúdo e
como ensiná-lo;
b) prática profissional: planejar e viabilizar estratégias para tornar o ensino e a aprendizagem efetivos,
criar e manter ambientes de aprendizagem solidários e seguros, avaliar, dar devolutivas e registrar a
aprendizagem dos alunos;
c) engajamento profissional: engajar-se na aprendizagem profissional e engajar-se profissionalmente
com alunos, famílias e comunidade escolar. Isso requer do professor, sólido conhecimento dos saberes
constituídos, das metodologias de ensino, dos processos de aprendizagem e da produção cultural local
e global.
Para o desenvolvimento das formações em polo, as turmas ofertadas se organizam da seguinte forma:

Quadro resumo dos encontros formativos


(Base Nacional Comum e Parte Diversificada)

Turmas Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira

Formação Formação
EJA I
Professor Maior Professor Menor
e II
Carga Horária Carga Horária

EJA III Formação Áreas


e IV de Conhecimento

A formação de professores engloba, além das dimensões cognitivas relacionadas ao conteúdo, a


formação pedagógica, metodológica, histórico-cultural e socioemocional.
É dentro desse contexto que os pontos em comum entre as formações das áreas, como o duplo foco,
as competências socioemocionais, os documentos norteadores, as tecnologias digitais educacionais e as
metodologias ativas, possibilitam o alinhamento das formações da Rede com o artigo 205 da Constituição
Federal Brasileira, que prevê o desenvolvimento da pessoa e seu preparo para o exercício da cidadania.

22 Secretaria Municipal da Educação de Fortaleza


Formação no contexto da escola
A formação em contexto acontece na escola, mediada pelos coordenadores pedagógicos/supervisores.
Ela possibilita a execução de uma política de formação docente que contempla a instituição educacional
como espaço indispensável dessa formação e assegura a integração, unidade e articulação teoria/prática
do processo formativo nos diferentes componentes curriculares, etapas e/ou modalidades de ensino, com
as concepções pedagógicas em desenvolvimento. À vista disso, a formação em contexto consolida os
intercâmbios de experiências entre pares lotados na mesma unidade escolar e corrobora com a função do
coordenador pedagógico/supervisor escolar como agente articulador, formador e transformador.
A Secretaria Municipal da Educação (SME) orienta a formação em contexto para os coordenadores/
supervisores e professores, com foco nas Avaliações Diagnósticas de Rede e/ ou nas avaliações internas,
possibilitando ao professor análise, reflexão e intervenção aprofundada do seu trabalho e dos processos de
aprendizagem dos alunos, com vistas a transformar a prática docente.
Para essa formação, o coordenador organiza sua rotina de modo a atender todos os professores da
escola em grupos, respeitando o ano/série, a disciplina, a etapa ou a modalidade. No momento dessa
formação, os professores conhecem, aprofundadamente, a realidade dos alunos e da escola e socializam as
especificidades das turmas em que lecionam, por isso o êxito da formação em contexto está nas discussões
estabelecidas entre professores e coordenadores/supervisores.
A formação no contexto da escola, além do exposto acima, objetiva fortalecer o ensino e a aprendizagem,
promover reflexões sobre a importância da cultura de acompanhamento dos resultados individuais dos
alunos — bem como o processo de aprendizagem destes —, refletir acerca do planejamento, da organização
e da gestão de sala de aula.
A SME enfatiza que outros momentos de formação em contexto devem existir na escola. Para que
eles ocorram, o coordenador pedagógico/supervisor pode solicitar ajuda dos professores na definição de
temas ou, ainda, conhecendo as necessidades da escola e do professor, apresentar sugestões de discussão,
assim, dependendo da temática que será tratada na formação em contexto, o público pode ser ampliado,
envolvendo também os profissionais da educação presentes na escola de uma forma geral. Os encontros
podem ocorrer mediante reuniões, encontros pedagógicos, seminários, eventos internos, planejamento
conjunto de aulas e atividades, acompanhamento de sala de aula, projetos interdisciplinares, entre outros.
A formação em contexto não se trata de uma ação a mais para a escola executar, ela deve ser
compreendida como parte do processo de tomada de decisão sobre a forma de agir, no dia a dia da prática
escolar. Ela é, sem dúvida, um espaço dialógico e democrático que necessita existir e ser valorizado por
todos os sujeitos que fazem parte da escola.

Formação continuada para coordenadores pedagógicos


A formação continuada para o coordenador pedagógico é um espaço de desenvolvimento de estudos,
discussões e troca de experiências, ao longo do ano, e se faz necessária pela própria natureza do saber
humano como prática que se transforma constantemente, principalmente quando se refere a seus efeitos
na aprendizagem. Nesse sentido, a formação continuada para coordenadores pedagógicos visa contemplar
ações que abordem conhecimentos sobre: a área pedagógica, o papel e a função do coordenador pedagógico,
o ensino, a aprendizagem, as avaliações internas e externas (diagnóstico e análise de resultados), a
diversidade de possibilidades de metodologias e estratégias, além dos materiais estruturados da Rede, para
que este profissional realize sua prática em consonância com os objetivos da escola e com as especificidades
de cada área, à luz do que orienta a Rede.

Documento Norteador para o Desenvolvimento do Trabalho Pedagógico da Nova Educação de Jovens e Adultos (EJA) de Fortaleza 23
Para tanto, a formação de coordenadores pedagógicos propõe ciclos de aprendizagens por meio de
estratégias interativas, envolvendo metodologias ativas, momentos de estudos, proposições, reflexões e
ações, buscando soluções para o cotidiano escolar e elucidando seu papel e suas atribuições, como também
fortalecendo estratégias de diferentes saberes dos profissionais que atuam na escola e que contribuem para
a aprendizagem e para o desenvolvimento de competências e habilidades dos alunos.
As formações desses profissionais também se constituem em espaços de orientações para a realização
da formação em contexto, que acontece nas escolas, conduzida junto aos professores das instituições as
quais coordenam.
Ressalta-se a relevância da formação continuada para o coordenador pedagógico, considerando
que o papel deste profissional é o de formador e que, a partir do trabalho articulado à instituição de
ensino, transforma o conhecimento que dissemina e potencializa, no cotidiano educativo, a construção e a
reconstrução de saberes e de fazeres pedagógicos. Assim, a formação se revela como um mecanismo para o
desenvolvimento da competência profissional, contribuindo para qualificação do coordenador pedagógico,
para a prática pedagógica e para o aprimoramento da ação docente.
Devido à importância da formação deste profissional que orienta pedagogicamente toda a unidade
escolar, há a necessidade de uma extensão maior de tempo da formação que as demais formações e um
conteúdo que envolva tanto a gestão escolar como as orientações para os componentes curriculares.

Acompanhamento pedagógico
Em relação ao acompanhamento pedagógico das escolas que são polos da EJA, destaca-se que,
em todos os âmbitos desta secretaria, existem equipes pedagógicas atuando conjuntamente, de forma
colaborativa, na orientação, no apoio e no acompanhamento das atividades didáticas diárias, tendo como
objetivo principal a consolidação do ensino e da aprendizagem dos estudantes da Rede Municipal. Reforça-
se que cabe ao núcleo gestor de cada unidade escolar fazer a organização de acordo com a realidade do
polo de EJA.

Avaliação escolar
A avaliação na EJA deve respeitar as características próprias do aluno: idade; desenvolvimento;
experiência laboral; participação nas atividades escolares; criatividade, capacidade de tomar iniciativa e de
apropriar-se dos conteúdos ministrados; comunicação com colegas, professores e demais agentes educativos;
sociabilidade, visando à assimilação dos conhecimentos; desenvolvimento nas habilidades de ler, escrever,
interpretar e comunicar; e - de maneira formal e informal - aquisição das competências, conhecimentos,
atitudes e valores oriundos da escola, da experiência e do mundo do trabalho.
A avaliação, no primeiro e segundo segmentos, será um instrumento a serviço da aprendizagem,
realimentando todo o processo de planejamento do ensino, tendo, pois, a função de diagnosticar, acompanhar
e possibilitar o desenvolvimento do estudante, de acordo com os objetivos do curso, observando:
a) As Diretrizes Curriculares Nacionais e locais para EJA;
b) Caráter diagnóstico, formativo e cumulativo do desempenho acadêmico do estudante;
c) A possibilidade de aceleração de estudos, promovida pela escola e/ou sistema de ensino, mediante
acompanhamento sistemático e intervenção pedagógica através de projetos, programas e atividades
interdisciplinares;

24 Secretaria Municipal da Educação de Fortaleza


d) A possibilidade de avanço nos anos, mediante avaliação da aprendizagem;
e) O aproveitamento de estudos concluídos com êxito;
f) São obrigatórios estudos de recuperação, paralelos ao período letivo, e recuperação final dos estudos,
quando necessária, obedecendo ao disposto na Lei 9394/962 , Art. 12, V; Art. 13, IV e Art. 24, V.
As Diretrizes Curriculares, no Eixo Referencial, indicam pontos fundamentais para compreensão do
processo avaliativo na escola. Destacam-se:
• O ato de avaliar tem um significado profundo, à medida que enseja, a todos os envolvidos no processo
educativo, momentos de reflexão sobre a própria prática e sobre as aprendizagens realizadas.
• A obtenção de informações da aprendizagem do estudante dar-se-á pela adoção de diferentes
formas e instrumentos de avaliação que contemplem as especificidades das áreas.
Nesse sentido, a SME disponibilizará instrumentos de avaliação de leitura, de escrita e de Matemática
às escolas, visando a “identificar as características de aprendizagem do aluno com a finalidade de escolher
o tipo de trabalho mais adequado a tais características” (CAED, 2021). Considera-se que o diagnóstico no
início do processo educativo previne possíveis dificuldades dos estudantes, ao mesmo tempo em que auxilia
a ação pedagógica no planejamento e na avaliação. Tal proposta de ação avaliativa ocorrerá durante todo
o ano letivo, seguindo a seguinte estrutura:

Avaliações Diagnósticas de Rede - Periódica


Os estudantes da EJA (II, III e IV) serão avaliados por meio de provas objetivas de múltipla escolha
nas disciplinas de Língua Portuguesa e de Matemática, além de uma produção textual, exceto a EJA I, que
realiza o teste das quatro palavras e uma frase. As Avaliações Diagnósticas de Rede Periódica ocorrerão em
três períodos distintos: fevereiro, junho e outubro.
Para efeito de esclarecimento dos instrumentais de avaliação, fazer a leitura do documento Orientações
sobre a Sistemática de Avaliação da Aprendizagem da Rede Municipal de Ensino de Fortaleza.

Feiras/exposições/mostras culturais e científicas


Proporcionar aos estudantes momentos que favoreçam o encantamento pela leitura e pela oralidade,
o acesso a todos os tipos de manifestações artísticas culturais, a curiosidade científica, a criatividade, o
raciocínio lógico, o pensamento crítico e autônomo; tudo isso é essencial para o desenvolvimento e para
a formação plena do estudante. A Secretaria Municipal da Educação incentiva as unidades escolares a
promoverem ações cotidianas que permitam alcançar esses objetivos. O resultado dessas ações poderá ser
apresentado nos eventos pedagógicos realizados pela SME, como o “Dia D da Leitura”, a “Mostra Literária”,
o “Festival de Artes e Protagonismo Juvenil”, a “Feira Municipal de Ciências e Cultura de Fortaleza” e demais
eventos pedagógicos realizados por outras instituições.

Olimpíadas e concursos
É importante que os professores e o núcleo gestor incentivem a participação dos estudantes em
olimpíadas e concursos estudantis, pois esses momentos possibilitam novos desafios e incentivam ao maior
compromisso com os estudos, além de permitir a interação entre estudantes de outras escolas, de outras
redes de ensino e, ainda, a oportunidade de participar de grupos de estudos. Para tanto, faz-se necessário
que a escola estimule e esclareça os estudantes sobre esses eventos e crie condições de estudo que lhes
permitam participar ativamente. Listamos algumas das olimpíadas e concursos voltados para os estudantes
do ensino fundamental/EJA:

2 Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 20 de dezembro de 1996

Documento Norteador para o Desenvolvimento do Trabalho Pedagógico da Nova Educação de Jovens e Adultos (EJA) de Fortaleza 25
Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP)
É promovida anualmente pelos Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e Ministério
da Educação (MEC), com realização do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA). Podem
participar estudantes dos anos finais do ensino fundamental (6º ao 9º ano), da EJA, segundo segmento, e
do ensino médio.

Olimpíada de Língua Portuguesa: Escrevendo o Futuro (OLP)


A Olimpíada de Língua Portuguesa: Escrevendo o Futuro é um concurso de produção de textos para
estudantes de escolas públicas de todo o país, do 5º ao 9º ano do ensino fundamental, EJA e ensino médio. É
uma competição bienal, de iniciativa do Ministério da Educação e da Fundação Itaú Social, com coordenação
técnica do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec).

Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente (Obsma)


Organizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a competição é voltada aos estudantes do 6º
ao 9º ano do ensino fundamental, EJA e ensino médio, de escolas públicas e privadas do Brasil, e visa a
fortalecer, nos jovens estudantes, o desejo de aprender, de conhecer, de pesquisar e de investigar temas da
educação, da saúde e do meio ambiente.

Olimpíada de Ciências Humanas do Estado do Ceará (OCHE)


A Olimpíada de Ciências Humanas do Estado do Ceará (OCHE) tem o objetivo de estimular o
desenvolvimento sociocultural e educacional do estado do Ceará, através do incentivo à pesquisa, do
conhecimento e da apropriação de elementos da cultura e da realidade cearenses, por meio da abordagem
de questões de múltipla escolha e tarefas, que visitarão costumes, personagens, elementos históricos,
geográficos, filosóficos, sociais, econômicos e ambientais do Estado do Ceará. O evento é realizado
pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE). Podem participar estudantes
regularmente matriculados nos 8º e 9º anos do ensino fundamental, no ensino médio ou cursos técnicos
integrados ao ensino médio, ensino profissionalizante, supletivo ou EJA, exclusivamente das séries permitidas
ou equivalentes à Educação Básica.

Olimpíada Brasileira de Física das Escolas Públicas (OBFEP)


A OBFEP é um projeto apoiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico -
CNPq, e constitui um programa permanente da Sociedade Brasileira de Física (SBF), instituição responsável
por sua execução. A olimpíada visa à valorização da escola pública, à melhoria do ensino e estudo das
ciências, propiciando ao estudante uma forma de avaliar sua aptidão e seu interesse pela Ciência, em geral,
e pela Física, em particular. Podem participar estudantes regularmente matriculados no 9º ano do ensino
fundamental, na EJA, segundo segmento, e no ensino médio.

Prêmio SEFIN
É realizado, anualmente, pelas Secretarias de Finanças e da Educação de Fortaleza. O objetivo principal
é incentivar a reflexão sobre a importância social dos tributos para a sustentabilidade da vida em sociedade,
assim como estimular a participação social no controle dos recursos públicos. Busca também refletir, com
os estudantes, sobre a boa utilização do bem público e sua conservação, evitando a depredação, como
instrumento fundamental de garantir recursos para os investimentos necessários ao crescimento econômico
e humano da nação. Podem participar desse prêmio, estudantes de escolas públicas e privadas do 1º ao 9º
ano do ensino fundamental, EJA e do ensino médio.

26 Secretaria Municipal da Educação de Fortaleza


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altas habilidades/superdotação nas etapas e demais modalidades da educação básica, públicas e privadas
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Altera a Resolução CME/CEF N° 007/2012, no que se refere à oferta presencial e semipresencial da Educação
de Jovens e Adultos nas escolas do Sistema Municipal de Ensino de Fortaleza, excluindo o termo “idoso(s)”
do corpo do texto da referida Resolução, bem como da nomenclatura que define o nome da modalidade; dá
nova redação ao artigo 3º e insere no respectivo artigo o §1º, o § 2º e o § 3º/ altera o artigo 6°, dado nova
divisão ao Primeiro e ao Segundo Segmentos da Educação de Jovens e Adultos, exclui a alínea “e” de seu
respectivo inciso I e modifica as alíneas “a” e “b” do respectivo parágrafo único; modifica a redação dos
incisos I e II do artigo 8º, dá nova divisão à EJA, excluindo a EJA V, e insere o § 4° em seu respectivo artigo;
revoga o artigo 9°, conforme a Resolução CME/CEI/CEF N° 015/2017; cria o parágrafo único do artigo 12;
cria o artigo 12-A e o artigo 15-A. Fortaleza: CME, 2017. Disponível em: https://cme.sme.fortaleza.ce.gov.
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Documento Norteador para o Desenvolvimento do Trabalho Pedagógico da Nova Educação de Jovens e Adultos (EJA) de Fortaleza 29
30 Secretaria Municipal da Educação de Fortaleza

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