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1Aluno(a) de graduação, Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio – CEUNSP, Salto/SP, Brasil.
2Professora do Curso de Medicina Veterinária, Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio – CEUNSP, Salto/
SP, Brasil
RESUMO
Desde o período préhistórico é registrado a relação entre o homem e o cão, deixando de ser visto apenas como um
cão de guarda para fazer parte da família, com o decorrer dos anos essa interação entre os humanos e seus animais
domésticos têm se tornado cada vez mais afetiva, com isso acarretando mudanças comportamentais. Sendo
comumente observada na atualidade a Síndrome de Ansiedade por Separação, se refere a um conjunto de
comportamentos demonstrados por esses animais na maioria dos casos quando são separados de modo físico de
seus tutores. Porém, pode não ser o único motivo havendo outros fatores que podem predispor, como traumas
anteriores e mudanças na rotina. De modo geral os sinais clínicos são de extrema importância para a conclusão de
um diagnóstico, na síndrome não é diferente, a atenção é voltada a possíveis alterações que o cão pode apresentar,
por isso é necessária uma boa anamnese afim de recolher todo o histórico do animal, pois toda informação pode ser
considerável. Dessa forma, essa revisão bibliográfica terá como finalidade reunir conhecimentos buscando a melhoria
na qualidade de vida e o bemestar dos animais.
ABSTRACT
Since the prehistoric period, the relationship between man and dog is recorded, no longer seen as just a guard dog to
be part of the family, over the years this interaction between humans and their domestic animals has
become increasingly affective, thus leading to behavioral changes. Separation Anxiety Syndrome is commonly
observed nowadays, and it refers to a set of behaviors shown by these animals in most cases when they are
physically separated from their guardians. However, it may not be the only reason that there are other
factors that can predispose, such as previous trauma and changes in routine. In general, clinical signs are extremely
important for the conclusion of a diagnosis, in the syndrome it is no different, attention is focused on possible changes
that the dog may present, so a good anamnesis is necessary in order to collect the entire history of the animal, as all
information can be considerable. Thus, this literature review will aim to gather knowledge seeking to improve the
quality of life and welfare of animals.
*Autor correspondente: Kelly Karimata, Graduanda em Medicina Veterinária, Rua Bento de Arruda, Parque
Residencial Mayard/Itu SP, (11)952026207, email: kellykarimata@gmail.com
https://doi.org/10.51161/rems/2440
Editora IME© 2021. Todos os direitos reservados.
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3. 1 A união entre o homem e o cão do cão buscar a todo instante estar próximo da
sua figura de apego. Esse fato acontece com
Ao longo dos anos o vínculo entre o maior frequência devido os cães serem
homem e o cão tem se tornado cada vez mais animais sociáveis e carismáticos com
intenso, sendo consequência de um passado facilidade em criar ligações afetivas, sendo
de história. A domesticação é definida quando considerada como uma circunstância
os animais se tornam dependentes dos necessária e mais provável para o surgimento
humanos, no qual a espécie humana assume da ansiedade (FLANNINGAN & DODMAN,
papel de controle sobre esses bichos de 2001; SHERMAN, 2000). Essa ligação intensa
estimação, alterando seus comportamentos desenvolvida, pode possuir múltiplas origens e
considerados naturais. Antigamente as provocar efeitos no bemestar do animal.
espécies de animais cercavam os povoados Os sinais que demonstram a
em busca de alimentos e abrigo, em dependência afetiva, são descritas por ações
consequência disso aos poucos foi alterando a nas quais os cães executam em torno de seus
proximidade e contato com os homens. proprietários, seguindoo pelos ambientes e
(BEAVER, 2001; FOGLE, 2009; SILVA, 2011). buscando ser o foco da atenção a todo
Há registros da aproximação dos humanos momento, quando são distanciadas as
com os cães no período préhistórico, onde emoções surgem causando alterações
cooperavam com a caça, além de garantir uma comportamentais (APPLEBY & PLUIJMAKES,
proteção tornavamse grandes companheiros, 2004).
por conta da facilidade de interação A interação adequada dos cães com
(ALBURQUERQUE & CIARI, 2016; FOGLE, outras pessoas, ambientes ou mesmo outros
2009; ROCHA et. al., 2016). animais pode influenciar positivamente para a
Na sociedade atual, os cães são usados diminuição do hiper apego (BAMPI, 2014).
em tratamentos de autismo, depressão, além
de prestar assistências a comunidade, 3.2 Síndrome da Ansiedade por Separação
pertencendo a polícia, participando de e suas possíveis causas e traumas
salvamentos e como cães guias. Por conta de
toda aproximação com o passar dos anos e a Na espécie humana a ansiedade é
facilidade de interação, modificouse seu papel apresentada por uma sensação desagradável
dentro da sociedade e o que antes era de preocupações excessivas e receios,
considerado como exclusivamente protetor do tratandose de uma resposta a algo
lar e companheiro, acabou se tornando parte inexplorado. Já nos cães percebese o
da família estabelecendo assim uma relação desenvolvimento de sinais semelhante quando
de afeto (AUDRESTCH et al., 2015; se trata da SAS, inúmeros tutores alegam
FERNANDES, 2015). Esta relação afetiva identificar sentimentos como estes partindo de
entre o homem e o cão é mutuamente seus animais especialmente no momento que
benéfica, dado que sua convivência pode são afastados (ALLEN et al., 1995; DIAS et. al.
trazer melhorias na qualidade de vida tanto 2013; FILHO & SILVA, 2013). A fim de
física quanto mental, no entanto, como identificar as alterações comportamentais, é
ressalvas esse vínculo pode trazer impactos necessário ser avaliado durante a anamnese
negativos na vida do animal, fazendo com que as informações fornecidas pelo proprietário,
desenvolva comportamentos diferentes de sua com intuito de compreender o que se passa na
natureza (SABLE et. al., 2013). vida do cão.
Como exemplo a esse efeito temse a A SAS pode ser designada como um
Síndrome da Ansiedade por separação, tendo conjunto de sinais comportamentais
como principal fator a hiper vinculação, definida evidenciados pelos cães normalmente quando
pelo excesso de afeto entre o animal e seu distanciados de seus donos. Há situações em
tutor, normalmente associada as outras que dentro de uma família, a conexão é mais
manifestações, sendo caracterizada pelo fato próxima entre um membro, e quando afastado
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são descritos por comportamentos agressivos, vizinhos (DIAS et. al., 2012; SIMPSON, 2000).
vocalização excessiva, salivação e eliminação Em razão da variedade de sinais
inapropriada, assim como episódios de vômito existentes, é preciso uma anamnese rigorosa,
e depressão pode estar presente. a fim de observar o comportamento do animal,
Normalmente, desenvolvidos pelo fato do além de buscar informações sobre seu
animal ficar longos períodos sozinhos, sem a histórico, pode ser avaliado vídeos com
presença de seus tutores ou sem o acesso a gravações feitas após a saída de seus tutores,
ele (HORWITZ & NEILSON, 2007; NOVAIS, et. podendo ser útil para a conclusão do
al.,2010). Os sinais podem começar a surgir, diagnóstico (LANDSBERG et al., 2005).
entre 5 e 30 minutos após o afastamento do Durante a anamnese, é necessário realizar
tutor, contudo, há animais que podem prever o perguntas sobre os comportamentos
momento da saída, e dessa forma, apresentar relacionados à ansiedade por separação, a
indícios antes mesmo que este se ausente utilização de questionários para o
(BEAVER, 2001). preenchimento tem sido favorável (NOVAIS et
Basicamente, os tutores acreditam que o al., 2010; SOARES et al. 2010).
comportamento destrutivo é resposta de uma Os exames laboratoriais como, o
vingança, pelo fato de seu distanciamento. A hemograma, bioquímico e urinálise podem ser
destruição de portas e janelas, podem estar executados em cães idosos ou que possuem
relacionadas com a tentativa de fuga do cão, histórico relacionados a micção e defecação
que busca estar próximo de seu dono para diferenciação do diagnóstico (BEAVER,
(BARROS & SILVA, 2013; SIMPSON, 2000). 2001). Toda informação recolhida pode ser
Objetos que possam ter características importante, como a rotina dos cães e seus
olfativas de sua figura de apego, podem ser proprietários, se há um outro animal no
alvos de ações destrutivas, como roupas e ambiente e seu convívio com outros membros
sapatos. Em geral, os comportamentos são da família, os sinais precisam ser avaliados de
apresentados logo após a saída do tutor, acordo com seu surgimento, duração e
momento pelo qual, o grau de ansiedade e intensidade, uma vez que a síndrome, está
excitação estão elevados (LANDSBERG et al., relacionada a problemas decorrentes ao
2005). afastamento de seu tutor, quando presente e
É comum os cães machos realizarem a após sua chegada (APPLEBY &
demarcação do território através da urina, PLUIJMAKERS, 2004; MOREIRA, 2011).
principalmente os que ainda não passaram A avaliação do histórico comportamental
pela orquiectomia (BEAVER, 2001). Porém, a é fundamental para o diagnóstico, na consulta
eliminação inapropriada pode surgir em ao veterinário, pode ser empregado
consequência as reações de medo em que o questionários com a intenção de recolher
animal perde o controle emocional. A informações dos proprietários sobre a hiper
diferenciação para concluir que se trata da vinculação tendo em vista que alterações
SAS, é feita por uma observação dos comportamentais estão relacionadas com a
comportamentos do animal e são identificadas SAS (SOARES et al., 2009). Como existe
apenas na ausência de seus tutores outros distúrbios com sinais semelhantes, é
(APPLEBY & PLUIJMAKES, 2004; BUTLER et preciso investigar sua origem e observar os
al., 2011). comportamentos a fim de tratar todas as
Os animais que apresentam a ansiedade causas de ansiedade (LANDSBERG et al.,
podem manifestar vocalizações, normalmente 2005). Segundo estudiosos vídeos realizados
em seguida ao afastamento de seus na ausência de seus donos, permitem observar
proprietários ou no momento que preveem a possíveis alterações no comportamento normal
saída (SHERMAN, 2000). Pode haver do cão, além de conseguir determinar a causa
variações entre choros, uivos e latidos, este de suas fobias, como as tempestades,
comportamento pode passar despercebido por auxiliando na detecção da ansiedade
seus donos sendo no geral relatado por seus (PALESTRINI et al., 2010). O principal método
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usado em casos de síndrome de ansiedade por 2004; LANDSBERG et al., 2005; SIMPSON,
separação, é a terapia comportamental, que 2000).
consiste na alteração de comportamentos, do Em cães que desenvolveram a síndrome
local que vive o cão, da educação e de ansiedade por separação devido aos
principalmente de seu tutor, em situações estrondos, é introduzido estímulos sonoros
severas o uso de fármacos pode ser realizado gradativamente, a princípio de modo que o cão
(BEAVER, 2001; TEIXEIRA, 2009; MOREIRA, não apresente medo, até que chegue ao ponto
2011). da ansiedade, fazendo com que se torne algo
Como o tratamento exige uma atenção, a comum e o animal fique calmo diante a essas
colaboração do dono é essencial para que o situações (BUTLER et al., 2011
resultado seja favorável, é preciso descobrir a Incluir objetos que deixe o animal
origem dos distúrbios, observar se a hiper entretido na hora que antecede a saída do
vinculação está presente e nesses casos tutor, faz com que se mantenha ocupado e
buscar modificações, para que tenha a distraído, tornando seu ambiente diferente
diminuição do laço afetivo entre o tutor e o cão auxiliando no tratamento. Para que o cão não
se torne independe. Deve ser aplicado associe as saídas ao medo e entenda como
estímulos que deixe o animal tranquilo e algo positivo, pode ser oferecido petiscos afim
seguro quando estão sozinhos, com o de converter suas emoções. Uma maneira que
propósito de buscar uma melhora do quadro ajuda evitar que o animal escute barulhos
(APPLEBY & PLUIJMAKERS, 2004). externos e por consequência fique ansioso, é
No decorrer do processo de readaptação deixar televisões ou rádios ligados podendo
é importante que o cão se mantenha calmo, o muitas vezes deixar o cão mais calmo
tutor deve ser instruído a não demonstrar (APPLEBY & PLUIJMAKERS, 2004;
ações que os cães possam entender como LANDSBERG et al., 2005; SIMPSON, 2000).
partidas, para que evitar quaisquer tipos de A introdução de um novo animal no
desconfortos, e consequentemente a ambiente é algo bem controverso, em certos
ansiedade. O tutor precisa entender o que casos podem auxiliar no tratamento pois dessa
causa essas alterações para evitálas, como forma o animal não estaria mais sozinho
pegar as chaves, que em geral é um fator gerando uma distração, porém também pode
desencadeador de comportamentos da agravar o quadro (SCHWARTZ, 2003).
ansiedade. Quando observado, a indicação é Por se tratar de uma reeducação no
que seja repetido essa ação em circunstâncias comportamento do proprietário diante ao seu
diferentes, diversas vezes pelo dia e na cão, o fato de dessensibilizar demanda
presença do animal, para que se torne algo dedicação e tempo. O treinamento
comum e o cão não associe a saída de seu comportamental é realizado gradualmente
tutor (BEAVER, 2001; TEIXEIRA, 2009; conforme o avanço do cão, em casos de
BUTLER et al., 2011; MOREIRA, 2011). surgimentos de sinais de ansiedade deve se
As partidas e do mesmo modo as retroceder alguns passos (BEAVER, 2001;
chegadas, precisam ser momentos calmos, o HORWITZ & NEILSON, 2007).
tutor pode diminuir a interação com o cão O tratamento realizado a base de
próximo a sua partida para evitar agitações. medicamentos é realizado normalmente em
Outra situação que pode ajudar em quadros de casos mais avançados, onde apenas com a
ansiedade, é na sua chegada, sendo terapia comportamental não se teve a resposta
importante que o dono se contenha evitando desejada, em geral são administrados
contato na hora de excitação do cão, devendo ansiolíticos e antidepressivos em doses que
interagir apenas quando o animal estiver calmo não levem a cão à sedação, pois dessa forma,
e passivo. Com a evolução do treinamento, o pode prejudicar o tratamento uma vez que o
tutor pode ir se ausentando em curtos períodos cão sonolento pode não compreender o
e aos poucos aumentando o tempo de duração adestramento (LANDSBERG et al., 2005;
fora de casa (APPLEBY & PLUIJMAKERS, OVERALL, 2014; SOUZA, 2009).
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Com a utilização dos fármacos se espera produzidas através das glândulas sebáceas de
como resultado, a diminuição dos sinais fêmeas, que são utilizadas a fim de
presentes na ansiedade e o que determina proporcionar a mesma ação calmante que
qual medicação será administrada é o quadro seria transmitida aos filhotes, conhecidos como
individual de cada animal (APPLEBY & apaziguadores são empregues no tratamento
PLUIJMAKERS, 2004). Devido aos de SAS. Seu uso é realizado através de
medicamentos dependerem do funcionamento infusores para que o animal inale as
normal do organismo, é preciso que o animal substâncias, o fato de não causar efeitos
seja avaliado com exames laboratoriais, tanto colaterais é uma vantagem (GAULTIER et al.,
de funções renais quanto hepáticas 2005).
(LANDSBERG et al., 2005). Sendo assim é papel do médico
É necessário comunicar aos tutores, veterinário identificar os motivos para os
sobre as possíveis alterações que os cães comportamentos inadequados e procurar
podem desenvolver ao longo da intervenção restabelecer o bemestar do animal, através de
terapêutica, para que o mesmo faça um tratamentos apropriados, mas para que o
acompanhamento e identifique prováveis tratamento seja bemsucedido é preciso que o
mudanças (SOUZA, 2009). O período de tutor siga com as orientações sobre as
tratamento pode variar de acordo com cada mudanças no comportamento, e que seja
paciente e sua necessidade, na maior parte observado a resposta do cão mediante ao
dos casos dura entre 1 e 2 meses, a partir do tratamento medicamentoso, em situações em
momento em que o cão começar a apresentar que não for observado uma melhora no
uma melhora, a quantidade de medicação quadro, é preciso identificar o motivo da falta
pode ser reduzida (SHERMAN, 2000). de resposta ao medicamento, sendo dever do
Com resultados satisfatórios, quando médico veterinário a resolução do problema,
associados a terapia comportamental, a alterando o fármaco a ser usado (SEIBERT e
clomipramina é comumente utilizada por LANDSBERG, 2008).
amplificar a velocidade de resposta causando Percebese que a relação homem e
alívios nos sinais de ansiedade (BEAVER, animal é benéfica e mútua. É necessário
2001). A amitriptilina e imipramina de maneira conhecer as relações e evidenciar quando algo
similar são administradas, porém o efeito é divergente ocorre, a síndrome SAS pode ser
menor em comparação a clomipramina diagnosticada por um profissional veterinário,
(LANDSBERG et al., 2005; SIMPSON, 2000). com o devido conhecimento e exercendo as
Alguns dos efeitos adversos do uso de devidas condutas terapêuticas, buscando
antidepressivo tricíclicos, são letargia, vômitos, proporcionar qualidade de vida tanto ao animal
constipação, midríase, além disso é quanto ao seu dono, solucionando essa
contraindicado para animais convulsionastes problemática, a fim de que essa relação
(SIMPSON, 1996; SIMPSON & SIMPSON, continue como algo prazeroso e perfeitamente
2000). A fluoxetina pode ser escolhida quando viável .
os antidepressivos não obtiverem a ação
desejada (SHERMAN & MILLS, 2008). 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para os casos graves onde é preciso uma
eficácia imediata, os benzodiazepínicos Concluise que a Síndrome de Ansiedade
alprazolam e o clorazepato são indicados de Separação no cão se trata de um distúrbio
quando os animais apresentam ataques de comportamental, observada com frequência na
pânico conforme o afastamento de seus atualidade, em consequência de alterações no
tutores, pode ser administrado em torno de 2 modo de vivência do animal, por parte do tutor
horas antes da saída (LANDSBERG et al., e de seu ambiente. Mesmo se tratando de algo
2005) comum nos dias de hoje, são poucas as
Outro modo de tratamento é o uso de informações, sendo importante a
feromônios sintéticos, substâncias químicas conscientização com o intuito de transmitir
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