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Revista Multidisciplinar em Saúde.

Artigo Original v. 2 n. 4 2021


ISSN: 2675­8008

SÍNDROME DE ANSIEDADE POR SEPARAÇÃO:


REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Kelly Karimata1*, Marcos Henrique Pim1, Leslie Maria Domingues2

1Aluno(a) de graduação, Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio – CEUNSP, Salto/SP, Brasil.
2Professora do Curso de Medicina Veterinária, Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio – CEUNSP, Salto/

SP, Brasil

RESUMO

Desde o período pré­histórico é registrado a relação entre o homem e o cão, deixando de ser visto apenas como um
cão de guarda para fazer parte da família, com o decorrer dos anos essa interação entre os humanos e seus animais
domésticos têm se tornado cada vez mais afetiva, com isso acarretando mudanças comportamentais. Sendo
comumente observada na atualidade a Síndrome de Ansiedade por Separação, se refere a um conjunto de
comportamentos demonstrados por esses animais na maioria dos casos quando são separados de modo físico de
seus tutores. Porém, pode não ser o único motivo havendo outros fatores que podem predispor, como traumas
anteriores e mudanças na rotina. De modo geral os sinais clínicos são de extrema importância para a conclusão de
um diagnóstico, na síndrome não é diferente, a atenção é voltada a possíveis alterações que o cão pode apresentar,
por isso é necessária uma boa anamnese afim de recolher todo o histórico do animal, pois toda informação pode ser
considerável. Dessa forma, essa revisão bibliográfica terá como finalidade reunir conhecimentos buscando a melhoria
na qualidade de vida e o bem­estar dos animais.

Palavras­chave: Ansiedade por separação; bem­estar; comportamentos

ABSTRACT

Since the prehistoric period, the relationship between man and dog is recorded, no longer seen as just a guard dog to
be part of the family, over the years this interaction between humans and their domestic animals has
become increasingly affective, thus leading to behavioral changes. Separation Anxiety Syndrome is commonly
observed nowadays, and it refers to a set of behaviors shown by these animals in most cases when they are
physically separated from their guardians. However, it may not be the only reason that there are other
factors that can predispose, such as previous trauma and changes in routine. In general, clinical signs are extremely
important for the conclusion of a diagnosis, in the syndrome it is no different, attention is focused on possible changes
that the dog may present, so a good anamnesis is necessary in order to collect the entire history of the animal, as all
information can be considerable. Thus, this literature review will aim to gather knowledge seeking to improve the
quality of life and welfare of animals.

Key words: separation anxiety, well­being, behavior

*Autor correspondente: Kelly Karimata, Graduanda em Medicina Veterinária, Rua Bento de Arruda, Parque
Residencial Mayard/Itu ­SP, (11)952026207, e­mail: kellykarimata@gmail.com

https://doi.org/10.51161/rems/2440
Editora IME© 2021. Todos os direitos reservados.
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1 INTRODUÇÃO prováveis alterações comportamentais que


possam expressar sinais clínicos semelhantes.
Uma área da medicina veterinária no qual O recurso terapêutico empregado em casos de
tem se destacado é o entendimento sobre SAS, demanda tempo e por muitas vezes pode
comportamento animal, sendo observada com ser difícil pela falta de conhecimento de seus
frequência em clínicas devido aos animais tutores sobre a síndrome, sua principal
apresentarem atos compulsivos com finalidade é a reeducação por meio de
características comuns aos comportamentos modificações em suas rotinas, além de
humanos. Porém, é um ramo de estudo pouco adestramento associados a fármacos de
abordado, assim sendo complexo o acesso à acordo com a gravidade (BEAVER, 2001).
informação as pessoas com pouco Devido à escassez de informação sobre o
conhecimento (LANDSBERG, 2005). tema, buscando trazer informações atualizadas
É perceptível a relação homem e animal, em relação a esse assunto, este trabalho tem
durante anos uma ligação intensa foi se como propósito apresentar uma revisão
formando. Esta conexão tem sido bastante bibliográfica com intenção de retratar e reunir
percebida entre cachorros e humanos, conhecimentos no que diz a respeito à
observa­se que o cão deixou de ser um Síndrome de Ansiedade de Separação em
guardião e se tornou um novo integrante da cães, assim como as prováveis causas, os
família. Como consequência dessa relação, na sinais que podem ser observados, os métodos
rotina de clínicas de pequenos animais cada de diagnósticos, os tratamentos abordados
vez mais está sendo comum relato de tutores tanto terapêuticos quanto com o uso de
sobre alterações comportamentais e a fármacos, além da conscientização sobre a
dificuldade que deparam ao deixar seus cães existência da síndrome, a fim de buscar
sozinhos (BEAVER, 1994; BEAVER, 2001; descrever ações de atuação nesses casos.
FERNANDES, 2015) torna­se dever das áreas
Veterinárias a busca pelo esclarecimento aos 2 METODOLOGIA
tutores com o propósito de uma melhor
condição de vida a eles (HORWITZ & Para produzir um estudo coerente, em
NEILSON, 2018; SOARES et al., 2007). primeiro momento é necessário estabelecer
Neste sentido evidenciamos a Síndrome uma problemática, é através da mesma que a
de Ansiedade por Separação, também metodologia vai ser aplicada. O estudo traz a
conhecida como SAS se trata de um transtorno seguinte problemática “Como ocorre a
comportamental associado diretamente aos síndrome de ansiedade por separação entre o
seus tutores, caracterizado por um conjunto de homem e o cão”, buscando elencar sobre a
sinais agressivos inclusive depressivos que relação do homem com o cão, seu convívio e
são manifestados por esses animais, por conta comportamento para entendermos esse
do apego em excesso, seu distanciamento contexto, tentando elucidar quais as causas,
pode ser prejudicial à saúde psicológica do sinais, diagnósticos e tratamentos.
animal. Sua causa segue sendo investigada, Este trabalho tem sua natureza de caráter
visto que, pode existir fatores relacionados a qualitativo, baseado através da pesquisa
traumas passados ao longo de sua vida bibliográfica da literatura por meio da coleta de
(BAMPI, 2014). É importante buscar informações referentes ao tema proposto.
compreender a ansiedade em cães, não Foram selecionados artigos científicos e
considerando como algo simples, visto que as livros direcionados ao tema da “ansiedade por
atitudes apresentadas podem ser confundidas separação e sobre alterações
com um mal comportamento (TEIXEIRA, comportamentais no cão”, os artigos foram
2017). pesquisados através das bases de dados
Neste sentido a conduta do diagnóstico é disponíveis: Scielo, Google Acadêmico,
executada por um exame físico apurado com o Periódicos da capes, sendo compilados um
objetivo de investigar indicações sobre total de 16 artigos, do período de 2010 a 2021.

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Todos no idioma português. Os artigos foram 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO


lidos completamente, para um maior
conhecimento acerca do tema, a fim de coletar A pesquisa com a aplicação do filtro para
as informações mais relevantes. delimitação temporal contabilizou um número
Utilizamos a combinação das seguintes de 12.400 publicações e após triagem foram
palavras­chave para as pesquisas, “ansiedade compilados um total de 16 trabalhos. As
por separação em cães”, “bem­estar e pesquisas foram publicadas por pesquisadores
comportamentos caninos”, “separação homem do Brasil.
e cão”. Sendo descartados deste estudo Através das informações obtidas, optou­
materiais bibliográficos que não correspondam se, por apresentar os resultados e discuti­los
a questão norteadora. em categorias conceituais, à saber: a união
O material coletado reunia informações entre o homem e o cão, a síndrome da
sobre como os sinais são apresentados, quais ansiedade por separação e suas possíveis
são os fatores predisponentes a síndrome, causas, seus sinais e por fim o diagnóstico e
diagnóstico e o tratamento utilizado. Os dados tratamento. Essas seções trazem também
pesquisados foram comparados com outros informações acerca de histórico da interação
estudos corroborando as informações. homem e animal de modo comparativo a
sociedade atual, estabelecendo principais
motivos para existência da síndrome de
ansiedade por separação.
Quadro 1: Fluxograma com base na seleção e triagem dos estudos

Fonte: Produzido pelo autor, 2021

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3. 1 A união entre o homem e o cão do cão buscar a todo instante estar próximo da
sua figura de apego. Esse fato acontece com
Ao longo dos anos o vínculo entre o maior frequência devido os cães serem
homem e o cão tem se tornado cada vez mais animais sociáveis e carismáticos com
intenso, sendo consequência de um passado facilidade em criar ligações afetivas, sendo
de história. A domesticação é definida quando considerada como uma circunstância
os animais se tornam dependentes dos necessária e mais provável para o surgimento
humanos, no qual a espécie humana assume da ansiedade (FLANNINGAN & DODMAN,
papel de controle sobre esses bichos de 2001; SHERMAN, 2000). Essa ligação intensa
estimação, alterando seus comportamentos desenvolvida, pode possuir múltiplas origens e
considerados naturais. Antigamente as provocar efeitos no bem­estar do animal.
espécies de animais cercavam os povoados Os sinais que demonstram a
em busca de alimentos e abrigo, em dependência afetiva, são descritas por ações
consequência disso aos poucos foi alterando a nas quais os cães executam em torno de seus
proximidade e contato com os homens. proprietários, seguindo­o pelos ambientes e
(BEAVER, 2001; FOGLE, 2009; SILVA, 2011). buscando ser o foco da atenção a todo
Há registros da aproximação dos humanos momento, quando são distanciadas as
com os cães no período pré­histórico, onde emoções surgem causando alterações
cooperavam com a caça, além de garantir uma comportamentais (APPLEBY & PLUIJMAKES,
proteção tornavam­se grandes companheiros, 2004).
por conta da facilidade de interação A interação adequada dos cães com
(ALBURQUERQUE & CIARI, 2016; FOGLE, outras pessoas, ambientes ou mesmo outros
2009; ROCHA et. al., 2016). animais pode influenciar positivamente para a
Na sociedade atual, os cães são usados diminuição do hiper apego (BAMPI, 2014).
em tratamentos de autismo, depressão, além
de prestar assistências a comunidade, 3.2 Síndrome da Ansiedade por Separação
pertencendo a polícia, participando de e suas possíveis causas e traumas
salvamentos e como cães guias. Por conta de
toda aproximação com o passar dos anos e a Na espécie humana a ansiedade é
facilidade de interação, modificou­se seu papel apresentada por uma sensação desagradável
dentro da sociedade e o que antes era de preocupações excessivas e receios,
considerado como exclusivamente protetor do tratando­se de uma resposta a algo
lar e companheiro, acabou se tornando parte inexplorado. Já nos cães percebe­se o
da família estabelecendo assim uma relação desenvolvimento de sinais semelhante quando
de afeto (AUDRESTCH et al., 2015; se trata da SAS, inúmeros tutores alegam
FERNANDES, 2015). Esta relação afetiva identificar sentimentos como estes partindo de
entre o homem e o cão é mutuamente seus animais especialmente no momento que
benéfica, dado que sua convivência pode são afastados (ALLEN et al., 1995; DIAS et. al.
trazer melhorias na qualidade de vida tanto 2013; FILHO & SILVA, 2013). A fim de
física quanto mental, no entanto, como identificar as alterações comportamentais, é
ressalvas esse vínculo pode trazer impactos necessário ser avaliado durante a anamnese
negativos na vida do animal, fazendo com que as informações fornecidas pelo proprietário,
desenvolva comportamentos diferentes de sua com intuito de compreender o que se passa na
natureza (SABLE et. al., 2013). vida do cão.
Como exemplo a esse efeito tem­se a A SAS pode ser designada como um
Síndrome da Ansiedade por separação, tendo conjunto de sinais comportamentais
como principal fator a hiper vinculação, definida evidenciados pelos cães normalmente quando
pelo excesso de afeto entre o animal e seu distanciados de seus donos. Há situações em
tutor, normalmente associada as outras que dentro de uma família, a conexão é mais
manifestações, sendo caracterizada pelo fato próxima entre um membro, e quando afastado

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podem expressar comportamentos compatíveis tenham atitudes destrutivas e agressivas


a ansiedade. A relação entre o tutor e o cão é (BEAVER, 2001).
fundamental para que se mantenha um Outros fatores que podem desencadear
equilíbrio emocional, quando separados, ocorre essa problemática são episódios traumáticos
a perda da homeostase, gerando respostas durante a vida do cão. À exemplo o
através de comportamentos (APPLEBY & afastamento imaturo da mãe, intervalos de
PLUIJMAKES, 2004; BARROS & SILVA, 2013; tempos sem a presença de seus tutores e a
ROSSI, 2018). introdução de novos integrantes na família pelo
Esse vínculo entre seus proprietários qual o cão faz parte, esses eventos são
pode não ser o único causador da síndrome, capazes de causar repercussões na vida do
porém pode intensificar ou predispor tais cão através de mudanças comportamentais
alterações, sendo sua causa algo discutível, (CANNAS et. al., 2010; SIMPSON, 2000).
pois segundo estudos, a ansiedade por Podemos citar também como agravantes que
separação pode surgir por diferentes motivos e influenciam na SAS, os fenômenos naturais, as
ocasiões, como a dificuldade da adaptação do tempestades que podem provocar sensações
cão ao ambiente, que devido à falta de de medo principalmente quando os animais
entendimento de seus tutores, esses animais estão sozinhos, assim como os barulhos de
podem passar por situações de abandonos e fogos de artifícios e explosões (LANTZMAN,
episódios de maus tratos, ocasionando em 2008).
traumas e consequentemente a ansiedade Existe certa dificuldade para que estudos
(PAIXÃO & MACHADO, 2015, SHORE, 2005). possam ser realizados sobre a predominância,
Da mesma maneira que os humanos em consequência de uma diversidade de cães
seguem uma rotina, pelo convívio os cães vão serem acometidos pela síndrome (TIIRA et al.,
se adaptando, no entanto pequenas mudanças 2016). Cães em qualquer idade podem
são o suficiente para o animal começar a apresentar a síndrome de ansiedade por
desenvolver distúrbios no comportamento. separação, normalmente como resultado de
Alterações nas jornadas de seus tutores que experiências passadas ao longo de sua vida,
demandam períodos longe de casa, mudanças porém de acordo com estudos, em geral há
de ambiente, a aquisição de novos animais até uma prevalência em cães de mais idade, uma
mesmo situações de falecimento de uma vez que a tendência dos problemas
pessoa próxima, são ocasiões que estão comportamentais é piorar com os anos (SILVA,
associados a ansiedade (FLANNINGAN & 2009; LANTZMAN, 2008).
DODMAN, 2001; SCHWARTZ, 2003). Portanto, seja qual for a raça, idade e o
Para entendimento dessas e outros sexo não há predisposição para o surgimento,
traumas que acometem os cães dividiu­se embora exista evidências de que há uma maior
essa classe em grupos de acordo com sua ocorrência em cães sem raça definida,
possível origem. Grupo A estão aqueles que normalmente, cães adotados que vivenciaram
possuem um grande vínculo afetivo com seus circunstâncias resultante a resposta ao medo
tutores, sendo considerado como o fator (SIMPSON, 2000).
primário. No grupo B, ainda relacionado ao
vínculo, porém como causa secundária, estão
os cães que podem apresentar medo por conta 3.3 Sinais clínicos, diagnóstico e tratamento
de alterações cotidianas. E por fim, no grupo C,
os que passaram por situações traumáticas, Em todas as situações prováveis de
como uma tempestade vivida na ausência de alterações comportamentais, os sinais clínicos
seu dono, ocasionando no aparecimento da são essenciais para conclusão do diagnóstico,
síndrome (APPLEBY & PLUIJMAKES, 2004). porém por haver variadas manifestações é
As alterações comportamentais nos cães estão necessário cogitar diagnósticos diferenciais
diretamente ligadas ao medo, tornando­se (DIAS et. al., 2012). Na maioria dos casos, os
apreensivos e agitados, fazendo com que sinais que indicam a ansiedade por separação

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são descritos por comportamentos agressivos, vizinhos (DIAS et. al., 2012; SIMPSON, 2000).
vocalização excessiva, salivação e eliminação Em razão da variedade de sinais
inapropriada, assim como episódios de vômito existentes, é preciso uma anamnese rigorosa,
e depressão pode estar presente. a fim de observar o comportamento do animal,
Normalmente, desenvolvidos pelo fato do além de buscar informações sobre seu
animal ficar longos períodos sozinhos, sem a histórico, pode ser avaliado vídeos com
presença de seus tutores ou sem o acesso a gravações feitas após a saída de seus tutores,
ele (HORWITZ & NEILSON, 2007; NOVAIS, et. podendo ser útil para a conclusão do
al.,2010). Os sinais podem começar a surgir, diagnóstico (LANDSBERG et al., 2005).
entre 5 e 30 minutos após o afastamento do Durante a anamnese, é necessário realizar
tutor, contudo, há animais que podem prever o perguntas sobre os comportamentos
momento da saída, e dessa forma, apresentar relacionados à ansiedade por separação, a
indícios antes mesmo que este se ausente utilização de questionários para o
(BEAVER, 2001). preenchimento tem sido favorável (NOVAIS et
Basicamente, os tutores acreditam que o al., 2010; SOARES et al. 2010).
comportamento destrutivo é resposta de uma Os exames laboratoriais como, o
vingança, pelo fato de seu distanciamento. A hemograma, bioquímico e urinálise podem ser
destruição de portas e janelas, podem estar executados em cães idosos ou que possuem
relacionadas com a tentativa de fuga do cão, histórico relacionados a micção e defecação
que busca estar próximo de seu dono para diferenciação do diagnóstico (BEAVER,
(BARROS & SILVA, 2013; SIMPSON, 2000). 2001). Toda informação recolhida pode ser
Objetos que possam ter características importante, como a rotina dos cães e seus
olfativas de sua figura de apego, podem ser proprietários, se há um outro animal no
alvos de ações destrutivas, como roupas e ambiente e seu convívio com outros membros
sapatos. Em geral, os comportamentos são da família, os sinais precisam ser avaliados de
apresentados logo após a saída do tutor, acordo com seu surgimento, duração e
momento pelo qual, o grau de ansiedade e intensidade, uma vez que a síndrome, está
excitação estão elevados (LANDSBERG et al., relacionada a problemas decorrentes ao
2005). afastamento de seu tutor, quando presente e
É comum os cães machos realizarem a após sua chegada (APPLEBY &
demarcação do território através da urina, PLUIJMAKERS, 2004; MOREIRA, 2011).
principalmente os que ainda não passaram A avaliação do histórico comportamental
pela orquiectomia (BEAVER, 2001). Porém, a é fundamental para o diagnóstico, na consulta
eliminação inapropriada pode surgir em ao veterinário, pode ser empregado
consequência as reações de medo em que o questionários com a intenção de recolher
animal perde o controle emocional. A informações dos proprietários sobre a hiper
diferenciação para concluir que se trata da vinculação tendo em vista que alterações
SAS, é feita por uma observação dos comportamentais estão relacionadas com a
comportamentos do animal e são identificadas SAS (SOARES et al., 2009). Como existe
apenas na ausência de seus tutores outros distúrbios com sinais semelhantes, é
(APPLEBY & PLUIJMAKES, 2004; BUTLER et preciso investigar sua origem e observar os
al., 2011). comportamentos a fim de tratar todas as
Os animais que apresentam a ansiedade causas de ansiedade (LANDSBERG et al.,
podem manifestar vocalizações, normalmente 2005). Segundo estudiosos vídeos realizados
em seguida ao afastamento de seus na ausência de seus donos, permitem observar
proprietários ou no momento que preveem a possíveis alterações no comportamento normal
saída (SHERMAN, 2000). Pode haver do cão, além de conseguir determinar a causa
variações entre choros, uivos e latidos, este de suas fobias, como as tempestades,
comportamento pode passar despercebido por auxiliando na detecção da ansiedade
seus donos sendo no geral relatado por seus (PALESTRINI et al., 2010). O principal método

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usado em casos de síndrome de ansiedade por 2004; LANDSBERG et al., 2005; SIMPSON,
separação, é a terapia comportamental, que 2000).
consiste na alteração de comportamentos, do Em cães que desenvolveram a síndrome
local que vive o cão, da educação e de ansiedade por separação devido aos
principalmente de seu tutor, em situações estrondos, é introduzido estímulos sonoros
severas o uso de fármacos pode ser realizado gradativamente, a princípio de modo que o cão
(BEAVER, 2001; TEIXEIRA, 2009; MOREIRA, não apresente medo, até que chegue ao ponto
2011). da ansiedade, fazendo com que se torne algo
Como o tratamento exige uma atenção, a comum e o animal fique calmo diante a essas
colaboração do dono é essencial para que o situações (BUTLER et al., 2011
resultado seja favorável, é preciso descobrir a Incluir objetos que deixe o animal
origem dos distúrbios, observar se a hiper entretido na hora que antecede a saída do
vinculação está presente e nesses casos tutor, faz com que se mantenha ocupado e
buscar modificações, para que tenha a distraído, tornando seu ambiente diferente
diminuição do laço afetivo entre o tutor e o cão auxiliando no tratamento. Para que o cão não
se torne independe. Deve ser aplicado associe as saídas ao medo e entenda como
estímulos que deixe o animal tranquilo e algo positivo, pode ser oferecido petiscos afim
seguro quando estão sozinhos, com o de converter suas emoções. Uma maneira que
propósito de buscar uma melhora do quadro ajuda evitar que o animal escute barulhos
(APPLEBY & PLUIJMAKERS, 2004). externos e por consequência fique ansioso, é
No decorrer do processo de readaptação deixar televisões ou rádios ligados podendo
é importante que o cão se mantenha calmo, o muitas vezes deixar o cão mais calmo
tutor deve ser instruído a não demonstrar (APPLEBY & PLUIJMAKERS, 2004;
ações que os cães possam entender como LANDSBERG et al., 2005; SIMPSON, 2000).
partidas, para que evitar quaisquer tipos de A introdução de um novo animal no
desconfortos, e consequentemente a ambiente é algo bem controverso, em certos
ansiedade. O tutor precisa entender o que casos podem auxiliar no tratamento pois dessa
causa essas alterações para evitá­las, como forma o animal não estaria mais sozinho
pegar as chaves, que em geral é um fator gerando uma distração, porém também pode
desencadeador de comportamentos da agravar o quadro (SCHWARTZ, 2003).
ansiedade. Quando observado, a indicação é Por se tratar de uma reeducação no
que seja repetido essa ação em circunstâncias comportamento do proprietário diante ao seu
diferentes, diversas vezes pelo dia e na cão, o fato de dessensibilizar demanda
presença do animal, para que se torne algo dedicação e tempo. O treinamento
comum e o cão não associe a saída de seu comportamental é realizado gradualmente
tutor (BEAVER, 2001; TEIXEIRA, 2009; conforme o avanço do cão, em casos de
BUTLER et al., 2011; MOREIRA, 2011). surgimentos de sinais de ansiedade deve se
As partidas e do mesmo modo as retroceder alguns passos (BEAVER, 2001;
chegadas, precisam ser momentos calmos, o HORWITZ & NEILSON, 2007).
tutor pode diminuir a interação com o cão O tratamento realizado a base de
próximo a sua partida para evitar agitações. medicamentos é realizado normalmente em
Outra situação que pode ajudar em quadros de casos mais avançados, onde apenas com a
ansiedade, é na sua chegada, sendo terapia comportamental não se teve a resposta
importante que o dono se contenha evitando desejada, em geral são administrados
contato na hora de excitação do cão, devendo ansiolíticos e antidepressivos em doses que
interagir apenas quando o animal estiver calmo não levem a cão à sedação, pois dessa forma,
e passivo. Com a evolução do treinamento, o pode prejudicar o tratamento uma vez que o
tutor pode ir se ausentando em curtos períodos cão sonolento pode não compreender o
e aos poucos aumentando o tempo de duração adestramento (LANDSBERG et al., 2005;
fora de casa (APPLEBY & PLUIJMAKERS, OVERALL, 2014; SOUZA, 2009).

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Com a utilização dos fármacos se espera produzidas através das glândulas sebáceas de
como resultado, a diminuição dos sinais fêmeas, que são utilizadas a fim de
presentes na ansiedade e o que determina proporcionar a mesma ação calmante que
qual medicação será administrada é o quadro seria transmitida aos filhotes, conhecidos como
individual de cada animal (APPLEBY & apaziguadores são empregues no tratamento
PLUIJMAKERS, 2004). Devido aos de SAS. Seu uso é realizado através de
medicamentos dependerem do funcionamento infusores para que o animal inale as
normal do organismo, é preciso que o animal substâncias, o fato de não causar efeitos
seja avaliado com exames laboratoriais, tanto colaterais é uma vantagem (GAULTIER et al.,
de funções renais quanto hepáticas 2005).
(LANDSBERG et al., 2005). Sendo assim é papel do médico
É necessário comunicar aos tutores, veterinário identificar os motivos para os
sobre as possíveis alterações que os cães comportamentos inadequados e procurar
podem desenvolver ao longo da intervenção restabelecer o bem­estar do animal, através de
terapêutica, para que o mesmo faça um tratamentos apropriados, mas para que o
acompanhamento e identifique prováveis tratamento seja bem­sucedido é preciso que o
mudanças (SOUZA, 2009). O período de tutor siga com as orientações sobre as
tratamento pode variar de acordo com cada mudanças no comportamento, e que seja
paciente e sua necessidade, na maior parte observado a resposta do cão mediante ao
dos casos dura entre 1 e 2 meses, a partir do tratamento medicamentoso, em situações em
momento em que o cão começar a apresentar que não for observado uma melhora no
uma melhora, a quantidade de medicação quadro, é preciso identificar o motivo da falta
pode ser reduzida (SHERMAN, 2000). de resposta ao medicamento, sendo dever do
Com resultados satisfatórios, quando médico veterinário a resolução do problema,
associados a terapia comportamental, a alterando o fármaco a ser usado (SEIBERT e
clomipramina é comumente utilizada por LANDSBERG, 2008).
amplificar a velocidade de resposta causando Percebe­se que a relação homem e
alívios nos sinais de ansiedade (BEAVER, animal é benéfica e mútua. É necessário
2001). A amitriptilina e imipramina de maneira conhecer as relações e evidenciar quando algo
similar são administradas, porém o efeito é divergente ocorre, a síndrome SAS pode ser
menor em comparação a clomipramina diagnosticada por um profissional veterinário,
(LANDSBERG et al., 2005; SIMPSON, 2000). com o devido conhecimento e exercendo as
Alguns dos efeitos adversos do uso de devidas condutas terapêuticas, buscando
antidepressivo tricíclicos, são letargia, vômitos, proporcionar qualidade de vida tanto ao animal
constipação, midríase, além disso é quanto ao seu dono, solucionando essa
contraindicado para animais convulsionastes problemática, a fim de que essa relação
(SIMPSON, 1996; SIMPSON & SIMPSON, continue como algo prazeroso e perfeitamente
2000). A fluoxetina pode ser escolhida quando viável .
os antidepressivos não obtiverem a ação
desejada (SHERMAN & MILLS, 2008). 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para os casos graves onde é preciso uma
eficácia imediata, os benzodiazepínicos Conclui­se que a Síndrome de Ansiedade
alprazolam e o clorazepato são indicados de Separação no cão se trata de um distúrbio
quando os animais apresentam ataques de comportamental, observada com frequência na
pânico conforme o afastamento de seus atualidade, em consequência de alterações no
tutores, pode ser administrado em torno de 2 modo de vivência do animal, por parte do tutor
horas antes da saída (LANDSBERG et al., e de seu ambiente. Mesmo se tratando de algo
2005) comum nos dias de hoje, são poucas as
Outro modo de tratamento é o uso de informações, sendo importante a
feromônios sintéticos, substâncias químicas conscientização com o intuito de transmitir

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informações sobre a existência da síndrome a D., ASHER, L., ENGLAND, G.C. & FREEMAN,
quem desconheça. S.L. Recognizing the value of assistance dogs
A relação afetiva desenvolvida ao passar in society. Disability and Health Journal, vol.
dos anos fez com que os animais se 8, n. 4, p. 469­474, out 2015.
tornassem depende de seus tutores, e devido a
correria do dia, a sociedade moderna em meio BAMPI, G. Síndrome da Ansiedade de
a jornadas de trabalho, se mantem ausentes Separação em Cães. Orientador: André Silva
na vida de seus animais possibilitando o Carissimi. 2014. 29 f. Trabalho de Conclusão
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O conhecimento do comportamento – Faculdade de Veterinária da Universidade
animal é extremamente importante pois Federal do Rio Grande do Sul. Disponível em:
proporciona uma identificação através dos https://lume.ufrgs.br/handle/10183/106627.
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cães. Univiçosa, Viçosa – MG, v.3, n.1, p.71­76, dez
Por fim, independente da terapia 2013.
comportamental ou associada aos fármacos,
para que se tenha um bom resultado no BEAVER, B. V. Comportamento Canino: Um
tratamento é essencial a cooperação dos Guia para Veterinários. 1 ed. São Paulo:
proprietários conforme as orientações dos Roca Ltda. 2001. 444 p.
médicos veterinários.
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