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Criação de Peixes

e Camarões pela
Tecnologia de
Bioflocos (BFT)
20h/aula
Ficha Técnica
2022. SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL DE GOIÁS - SENAR GOIÁS

1ª EDIÇÃO – 2022
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS ©
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lação dos direitos autorais (Lei nº 9.610)

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ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
PRESIDENTE DO CONSELHO ADMINISTRATIVO
José Mário Schreiner
SUPERINTENDENTE DO SENAR GOIÁS
Dirceu Borges
DIRETOR DO DEPARTAMENTO TÉCNICO DO SENAR GOIÁS
Flávio Henrique Silva
GERENTE DE EDUCAÇÃO FORMAL DO SENAR GOIÁS
Mara Lopes de Araújo Lima

Criação de Peixes e Camarões pela Tecnologia de Bioflocos (BFT)


Sumário
Apresentação do curso.................................................................... 4
Navegação do curso.......................................................................... 5
Rede de contato................................................................................. 7
Vamos começar?................................................................................ 8
Módulo 1 ................................................................................................. 10
Aula 1.................................................................................................... 12
Pesca x aquicultura.................................................................................. 14
Histórico da pesca e aquicultura mundial..................................... 14
Histórico da aquicultura nacional.................................................... 15
Aula 2................................................................................................... 18
Cultivo extensivo....................................................................................... 20
Cultivo semi-intensivo............................................................................. 20
Cultivo intensivo........................................................................................ 21
Cultivo superintensivo............................................................................. 22
Aula 3................................................................................................... 24
Principais tipos de tanque na aquicultura.......................................... 26
Aula 4................................................................................................... 29
África ........................................................................................................... 31
Ásia............................................................................................................... 32
Américas..................................................................................................... 33
Pegando o peixe................................................................................. 35
Atividade de aprendizagem.............................................................. 38

Criação de Peixes e Camarões pela Tecnologia de Bioflocos (BFT)


Apresentação do curso
Olá! É com alegria que desejamos as boas-vindas ao curso Criação de
peixes e camarões pela tecnologia de bioflocos (BFT).
Este curso foi especialmente preparado para você, que quer aumen-
tar a produtividade e a rentabilidade da criação de peixes e camarões
pela tecnologia de bioflocos. Também é para você, que ainda não pro-
duz peixes e camarões, mas quer descobrir o que é essa técnica para
começar seu empreendimento.
Aqui, nosso principal objetivo é apresentar a você um sistema intensi-
vo de produção em um ambiente seguro e sustentável.
Ao concluir este curso, você vai ser capaz de reconhecer quais são as
principais características de um sistema intensivo de produção, rela-
cionando com os aspectos ambientais, microbiológicos, zootécnicos
e econômicos.

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Navegação do curso
A navegação pelo conteúdo é sequencial e linear. Isso significa que
você deve acessar o primeiro módulo e conferir todos os tópicos para
que, na sequência, seja liberado o próximo conteúdo. O curso tem
carga horária total de 20 horas e está dividido em 4 módulos. Dessa
forma, você pode se organizar e fazer seus estudos com tranquilidade!
Conheça o que será tratado em cada um dos módulos.

Módulo 1 – Boas-vindas ao universo da aquicultura!

Aula 1: Como tudo começou

Aula 2: Tipos de produção

Aula 3: Evolução dos tipos de produção e tecnologias

Aula 4: Início da aquicultura no mundo

Atividade de aprendizagem

Módulo 2 – Como a tecnologia bioflocos surgiu


e se desenvolveu?

Aula 1: Histórico da tecnologia de bioflocos no mundo


e no Brasil

Aula 2: Evolução da tecnologia

Aula 3: Principais layouts produzidos pela tecnologia


bioflocos

Aula 4: Produção de tilápia, camarão e pirarucu


em BFT

Atividade de aprendizagem

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Módulo 3 – Quais são os fatores biológicos, físicos e
químicos relacionados à tecnologia bioflocos?

Aula 1: Atuação do ciclo do nitrogênio

Aula 2: O controle dos elementos nitrogenados

Aula 3: Atuação do ciclo do carbono

Aula 4: Sanidade de Bioflocos

Atividade de aprendizagem

Módulo 4 – Estou pronto para produzir? Por onde


começar?

Aula 1: Principais potencialidades e vantagens

Aula 2: Principais fatores críticos da implantação


e execução

Aula 3: Importância do estudo de viabilidade econômica

Atividade de aprendizagem

Ao fim de cada módulo, você vai fazer uma atividade de aprendiza-


gem. São questões de múltipla escolha com duas tentativas de acerto,
funcionam como um exercício e têm o objetivo de proporcionar um
momento de reflexão e autoavaliação.
Para concluir o curso, você deverá seguir algumas regras bem simples!
Veja:
• Navegar por todas as telas;
• Realizar as atividades de aprendizagem;
• Responder uma pesquisa de satisfação.

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Rede de contato
Durante o curso, você vai conhecer Patrícia e Damião. Por meio da tro-
ca de mensagens, eles vão compartilhar dúvidas e informações, além
de descobrir tudo sobre bioflocos.
Quer saber mais sobre essas personagens? Veja como tudo começou
na conversa a seguir.

Damião
Oi, Patrícia! Aqui é o Damião. Recebi o
seu contato pelo pessoal da cooperativa de
pesca e aquicultura aqui da região. Estou
procurando alguém que entenda do assunto
para trocar informações.

Patrícia
Oi, Damião! Legal, eu sou bióloga e técnica
em aquicultura. Trabalho há 5 anos numa
grande produção de tilápias e camarões, mas
estou sempre pesquisando novas técnicas
que ajudem nos desafios que aparecem.

Damião
Prazer!

Damião
Sou agricultor e tenho uma propriedade
rural média, de 12 hectares, onde cultivo
alho para o comércio aqui da região.
Estou em busca de outra fonte de renda e
sugeriram a aquicultura!

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Patrícia
Opa, pode ser uma boa pedida mesmo! O
que você já sabe sobre aquicultura?

Damião
Não muita coisa...

Patrícia
Então acho que posso ajudar você! E o
que eu não souber, vamos aprender juntos!

Vamos começar?
Agora que você já conhece o percurso e as informações necessárias,
já pode começar sua jornada de aprendizado. Explore tudo o que te-
mos disponível no curso e lembre-se:
Você terá sucesso garantido na busca por crescimento pessoal e
profissional se mantiver a organização e a dedicação ao longo do
caminho. Siga em frente e bons estudos!

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Módulo 1
Boas-vindas ao universo da
aquicultura!

Criação de Peixes e Camarões pela Tecnologia de Bioflocos (BFT)


Módulo 1 – Boas-vindas ao
universo da aquicultura!
Olá! Nossas boas-vindas ao Módulo 1 do curso!
A partir de agora, você vai começar a compreender as diferentes for-
mas de produzir peixes e camarões. Também vai conhecer os princi-
pais motivos que fizeram da aquicultura um instrumento de mudança
na produção de alimentos nacional e mundial.
Veja o percurso deste módulo e tudo o que você vai aprender no
caminho!

Apresentação Atividade de
aprendizagem

Aula 1
Aula 2 Aula 3 Aula 4

Apresentação
Você está aqui!

Aula 1: Como tudo começou


Objetivo: conhecer as primeiras práticas da aquicultura

Aula 2: Tipos de produção


Objetivo: conhecer os principais modelos de produção

Aula 3: Evolução dos tipos de produção e tecnologias


Objetivo: compreender a evolução dos sistemas de produção aquícola

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Aula 4: Início da aquicultura no mundo
Objetivo: entender como a aquicultura se destacou como área de
produção

Atividade de aprendizagem

Tudo pronto? Então, vamos começar!

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Aula 1
Como tudo começou

Esta aula vai apresentar como foi o início da aquicultura no Brasil e no


mundo. Ao final dela, você vai ser capaz de contar como foram as pri-
meiras práticas desse tipo de cultivo.
Acompanhe!

Damião
Oi, Patrícia! Tudo certo? Você falou que
trabalha com tilápias, né? Mas eu estava
pensando... Elas não são peixes brasileiros...
Então, como vieram parar aqui?

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Patrícia
Oi, Damião! Tudo certo por aqui. E por aí?

Patrícia
Aprendi sobre isso no meu curso de
Aquicultura. É uma história bem legal, que
começa lá atrás, mas é importante a gente
conhecer para saber as dificuldades que
foram encontradas e como elas foram
resolvidas. E você tem razão! A tilápia não
é um peixe nativo do Brasil, ela é originária
da África, mas se adaptou muito bem por
aqui, né? No meu trabalho, a gente percebe
que a demanda cresce a cada ano! O que é
ótimo, mas já estamos procurando formas de
aumentar a produção no espaço que temos...

Damião
É bom saber disso! Minha intenção é
começar com a aquicultura como uma
segunda fonte de renda, porque o meu foco
é o cultivo de alho. Meu espaço é limitado,
mas me falaram de uma tecnologia nova que
pode ajudar. Só que eu ainda não sei bem
por onde começar...

Patrícia
Que tal começar conhecendo melhor a
aquicultura? Encontrei um material bem legal
aqui. Vou enviar pra você!

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Pesca x aquicultura
Para começar, vamos entender como podemos diferenciar pesca de
aquicultura.
A pesca é a retirada de peixes e outros animais do ambiente natural,
utilizando embarcações apropriadas. Já a aquicultura é o cultivo de
organismos aquáticos (peixes, crustáceos, anfíbios etc.) em um espaço
delimitado e controlado pelo homem.
Neste curso, vamos abordar apenas a aquicultura: sua história, evolu-
ção de tecnologias e aprender sobre a tecnologia bioflocos, ou BFT,
que é a sigla em inglês para biofloc technology.

Histórico da pesca e aquicultura mundial


Agora que você já sabe a diferença entre pesca e aquicultura, que tal
conhecer um pouco da história dessas duas modalidades? Confira o
infográfico a seguir.

Pesca Aquicultura

40.000 a 10.000 a.C 2.000 a.C


Fósseis mostram que já se 2.000 a.C. – Surgimento da
praticava a pesca e a utilizavam aquicultura na China com o cultivo
como fonte de alimentação. da carpa.

Século XIV 500 a.C


Expansão da pesca submarina e 500 a.C. – Desenvolvimento
do comércio de peixes. Início das de lagoas menores na costa do
embarcações de arrasto. Mediterrâneo com o cultivo de
peixes e ostras.

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Século XV Século XVIII
Primórdios da pesca esportiva, Século XVIII – Primeiros
que se tornou popular durante os trabalhos do desenvolvimento da
séculos XVI e XVII, em rios e lagos. larvicultura.

Atualmente Atualmente
Emprega 30 milhões de pessoas A produção comercial inclui
em todo o mundo, tendo a Ásia 98 espécies de peixes, 18 de
com 35% da produção mundial. crustáceos, 10 de moluscos e
20 de plantas.

Caiu na rede!
Para aprofundar seus conhecimentos sobre a evolução
histórica da aquicultura, clique aqui e leia o artigo do
professor Luis Vinatea.

Não deixe de conferir também o “Anuário 2021 Peixe BR


da Piscicultura”, clicando aqui.

Histórico da aquicultura nacional


Depois de aprender um pouco sobre a história mundial da pesca e da
aquicultura, vamos nos aprofundar nessa última modalidade, com foco
no seu desenvolvimento no Brasil.
Durante o século XVIII, os holandeses trouxeram o cultivo em viveiros
escavados pela costa do Nordeste. Esses tanques exigiam elevadas
trocas de água para controle dos nitrogenados e demais parâmetros.
Porém apenas a pesca extrativista se destacou, principalmente a partir
da década de 1960. Isso fez com que a pesca industrial se desenvol-
vesse para atender o mercado interno. Observe!

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1960
A partir desse período, as primeiras pesquisas da piscicultura
brasileira concentraram em importar animais exóticos, como
a tilápia, para o povoamento de grandes reservatórios
hidrelétricos no país.

1970
Nessa época, retomou-se o investimento em espécies
autóctones, que são aquelas nativas do ecossistema em
que vivem (como tambaqui, pacu e piaus) para o uso na
piscicultura.

1980
No interior do país, as escavações para obtenção de
barro serviram para inundações de pequenas represas,
que promoveram o mercado de peixes destinados ao
pesque-pague, estimulando a prática e o cultivo de
espécies nativas. Logo depois, espécies exóticas também
foram introduzidas.

1990
O cultivo de pescados no Brasil até a década de 1990 era
praticado tradicionalmente em reservatórios de áreas rurais,
açudes ou viveiros escavados.

1990
Dos anos 1990 em diante, surgiram novas técnicas de
aquicultura, com apoio da iniciativa privada. Paralelamente,
a carcinicultura marinha também se expandiu na região
Nordeste. O cultivo de ostras e mexilhões também se
expandiu no estado de Santa Catarina.

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2000
Já nessa época, importantes agroindústrias no Sudeste
investiram bastante no setor, promovendo o crescimento e o
desenvolvimento de toda a cadeia.

Nos últimos anos, tivemos um aumento do mercado interno, uma pro-


dução recorde de grãos, a consolidação de fábricas de ração exclusi-
vas à aquicultura, a evolução de técnicas de cultivo e a participação do
associativismo e do cooperativismo no setor.
A evolução dos sistemas de produção busca cada vez mais a tecnifica-
ção e a sanidade dos alimentos produzidos.

Observe o mar de oportunidades! A


produção de pescado foi o setor de
proteína animal que mais cresceu no
Brasil. O setor cresceu 211% em 15
anos (2005-2020) e mais de 800 mil
toneladas foram produzidas em 2020.

São inúmeros os desafios do setor. A cada ano, estamos melhorando


os processos de licenciamento ambiental, buscando linhas de crédito
nos bancos públicos e cooperativas de crédito e acessando o merca-
do externo para o escoamento da nossa produção.

Caiu na rede!
Que tal saber mais sobre o potencial do Brasil? Clique
aqui e leia o artigo “Desenvolvimento e potencial da
tilapicultura no Brasil”, de Schulter e Vieira Filho, 2018.

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Aula 2
Tipos de produção

Nesta aula, você viu um pouco da história da pesca e da aquicultura


no Brasil e no mundo. Na próxima, você vai conhecer diferentes tipos
de produção na aquicultura.
Continue seus estudos!

Esta aula vai apresentar os principais modelos de produção na aquicul-


tura. Ao final dela, você vai ser capaz de diferenciar cada um dos tipos,
Patrícia
Oi, Damião! Espero que esteja bem! Ainda
está animado para saber mais sobre o cultivo
de peixes e camarões?

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Damião
Opa! É claro, Patrícia! Vi uma notícia de que
houve um aumento do consumo de peixe
por habitante, que saiu de 10 kg por ano, em
1960, para 20 kg em 2018.
além de refletir sobre qual é o mais adequado para sua realidade.
Mas, antes de começar, que tal ter notícias da Patrícia e do Damião?
Patrícia
É isso mesmo! A aquicultura vem passando
por uma rápida expansão no mundo inteiro
graças às novas técnicas de produção.

Damião
Novas técnicas? Ah, então ela pode ser
implementada de várias formas, certo?

Patrícia
Pois é, existem vários sistemas de cultivo.
Aprendi um pouco sobre eles no meu curso,
mas ainda tem muita coisa que eu não sei. Vou
mandar para você o que eu tenho e o resto a
gente descobre juntos!

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Você já deve saber que a aquicultura é uma atividade bastante diver-
sificada e, por isso, existem diferentes formas de produção. Algumas
são baseadas em ideias tradicionais e dependem da natureza para
poder produzir. Outras buscam a aplicação de novos conceitos e alta
tecnologia.
Vamos entender como o Brasil costuma classificar os sistemas de culti-
vo pela produtividade?

Cultivo extensivo
Nesse tipo de cultivo, não há muita inovação. Geralmente, são aprovei-
tados o que já existe na fazenda, como açudes e lagos naturais. Assim,
cerca de 80% do sucesso dessa criação depende das condições e da
oferta de recursos naturais.
Os peixes são criados de ma-
neira totalmente natural, princi-
palmente quanto à alimentação.
Com isso, não são esperados
muitos resultados, pois nunca po-
deremos comparar aos obtidos
em cultivos mais tecnificados.
Tem como vantagem ser uma
atividade que pode ser desen-
volvida como secundária em uma
propriedade rural.

Cultivo semi-intensivo
Este modelo exige um pouco mais do piscicultor, e é o sistema produti-
vo mais utilizado pelos aquicultores atualmente. O cultivo começa pelo
projeto, em que a área destinada à produção é dimensionada de acor-
do com a oferta e o fluxo da água, topografia, atendimento à regulação
ambiental, entre outros fatores.

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O produtor precisa ter conheci-
mento dos principais indicadores
da qualidade de água e, princi-
palmente, como corrigi-los.
Além do alimento natural, os ani-
mais recebem ração balanceada
específica para o seu desenvol-
vimento. Caso haja um aumento
no adensamento de forma exa-
gerada, o produtor corre o risco
de reduzir a qualidade da água e aumentar os custos com ração.

Para quem não sabe, adensamento é a quantidade de peixes por me-


tro quadrado.

Cultivo intensivo
Graças ao desenvolvimento de diversas ferramentas para a análise de
água (oxímetro, sondas de multicanal e fluorímetro), bem como o de-
senvolvimento de técnicas de manejo e avaliação zootécnica frequente,
houve uma evolução dos modelos de produção na aquicultura.
Com tudo isso, é possível aumentar a quantidade de animais por me-
tro quadrado. Ademais, a alimentação usada é totalmente artificial,
resultando no melhor desenvolvimento dos animais.
Nesse tipo de cultivo, costuma-se usar filtros biológicos ou outros
meios de filtragem para manter a qualidade da água. Exceto os tan-
ques-redes cultivados em grandes barragens, a aeração artificial é
fundamental para manter os níveis de oxigênio.

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A aeração artificial ou mecâni-
ca mantém a concentração de
oxigênio dissolvido nos viveiros
mais elevada, resultando em
melhores taxas de conversão ali-
mentar (medida de produtividade
animal definida pelo consumo
total de ração dividido pelo seu
peso médio).
O uso gerador de energia é imprescindível para garantir o funcio-
namento do sistema de oxigenação. Trata-se de um cultivo com alta
tecnificação e vigilância 24 horas de quem opera o sistema.

Cultivo superintensivo
Esse cultivo tem sido estudado nos principais centros de pesquisa em
aquicultura em todo o mundo. Além de ter as mesmas características
do sistema intensivo, permite que o produtor possa ter altas taxas de
povoamento em tanques. Quer saber como? Este será o assunto do
próximo módulo!

Por ora, o que você precisa sa-


ber é que, apesar de exigir um
alto custo para implantação e
tecnificação, o cultivo superin-
tensivo permite obter muito mais
produtividade do que os demais
tipos de cultivo e durante todo
o ano. Assim como no cultivo
intensivo, o backup do sistema
elétrico é fundamental para o
início e a manutenção do cultivo.

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Pescando ideias

Além do tipo de produção, existem outras formas de clas-


sificar a produção, como pelo uso da água, por exemplo.
Nesse caso, temos:

• Sistemas abertos: aqueles em que o meio é utilizado


como local de cultivo, sem a necessidade de bombea-
mento de água.

• Semifechados: nos quais a água é direcionada de


uma fonte de água até um local (o tanque) destinado para
a produção, sendo parte da água parcialmente recircula-
da por meio de bombeamento.

• Sistemas fechados: em que a água é totalmente re-


utilizada no sistema após uma série de tratamentos (filtro).

Caiu na rede!

Quer saber mais sobre os diferentes tipos de piscicultu-


ra? Clique aqui e aprofunde seus conhecimentos.

Nesta aula, você conheceu os principais modelos de cultivo na aqui-


cultura: o extensivo, o semi-intensivo, o intensivo e o superintensivo.
Na próxima, você vai compreender a evolução dos sistemas de produ-
ção aquícola.
Não deixe de conferir!

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Aula 3
Evolução dos tipos de
produção e tecnologias
empregadas

Esta aula vai mostrar como foi a evolução dos tipos de produção e
quais tecnologias são empregadas. Ao final dela, você vai ser capaz
de diferenciar os tanques escavados dos tanques-redes, além de co-
nhecer o histórico dessas tecnologias.
Antes de começar, que tal conferir como estão a Patrícia e o Damião?

Damião
Oi, Patrícia! Muito bom o material que você
me enviou sobre os tipos de cultivo. É bom
saber disso para entender o potencial da
minha fazenda. Acho que o sistema
superintensivo pode ser o ideal para mim.
O que você acha?

Criação de Peixes e Camarões pela Tecnologia de Bioflocos (BFT) 24


Patrícia
Oi, Damião! Que bom que consegui ajudar
você! Como disse, eu trabalho com aquicultura
há algum tempo, mas ainda tenho muito o que
aprender, principalmente sobre essas novas
tecnologias que estão surgindo... Não tenho
experiência com esse sistema ainda...

Damião
Vou pesquisar sobre as tecnologias
empregadas e compartilho com você o que
eu encontrar, combinado?

Patrícia
Combinado!

Com todo o resgate histórico que fizemos nas aulas anteriores, você
já percebeu que a aquicultura brasileira vem passando por transforma-
ções importantes que têm alterado a cadeia produtiva como um todo.
Com exceção do setor de carcinicultura do Nordeste, que possui tan-
ques extensos (500 m² a 5 ha), a maior parte da aquicultura brasileira
é caracterizada por empreendimentos de pequeno porte, sistemas
de produção extensivos e baixo nível de tecnologia. No entanto, atu-
almente, esse setor tem vivenciado uma rápida profissionalização a

Criação de Peixes e Camarões pela Tecnologia de Bioflocos (BFT) 25


partir da chegada de grandes empresas e da intensificação tecnológi-
ca dos cultivos.
Carcinicultura é o ramo específico da aquicultura voltado para a cria-
ção de camarão em cativeiro, tanto na forma de cultivo marinho quan-
to de água doce.

Principais tipos de tanque na aquicultura

Para aprender mais sobre os tipos de tanques, leia o


conteúdo a seguir ou acesse o seu Ambiente Virtual de
Aprendizagem (AVA) e assista em formato de vídeo!

Conecte-se e desfrute desse material de um jeito mais


dinâmico e interessante.

Se você estiver on-line e quiser ir direto para a página do


Portal EAD do Senar Goiás, clique no player.

Que tal conhecer alguns tipos de tanques?


Em resumo, aqui no Brasil, a aquicultura convencional usa basicamente
dois tipos de tanques: os escavados e os tanques-redes, que também
são chamados de gaiolas.

Os tanques escavados já existiam


desde o século XVIII, e foram trazidos
pela colonização dos holandeses que
chegaram no Nordeste brasileiro. Lá,
já nos anos 1990, os tanques escava-
dos de grandes dimensões, ou seja,
com mais de um hectare, serviram para
firmar o cultivo de camarões marinhos
na costa nordestina.

Criação de Peixes e Camarões pela Tecnologia de Bioflocos (BFT) 26


No entanto, no interior do país, a gente tinha outras realidades: uma,
eram os tanques escavados recreativos, que ficavam em fazendas fa-
miliares; outra, eram os tanques feitos a partir das escavações para as
fábricas de cerâmica, que serviram de base para o cultivo de espécies
nativas, como em pesque-pague. Hoje, o Oeste do Paraná concentra
a maior produção de tilápias em tanques escavados do tipo aberto e
semi-intensivo do país! Você sabia disso?
Agora, vamos falar sobre os tanques-redes.
Desde o século XIX, grandes açudes foram construídos no Brasil. Em
1971, foi criado um programa oficial de produção de alevinos de tilápia
para povoar esses açudes. Mas foi somente em meados dos anos 1990
que os tanques-redes foram implementados para o cultivo de tilápias
nilóticas e outras espécies no país.

Como o clima aqui é favorável, alguns


desses açudes tornaram-se os grandes
casos de sucesso da aquicultura em
tanques-redes! É o caso do açude pú-
blico Padre Cícero, ou açude Castan-
hão, represa construída no leito do rio
Jaguaribe, no estado do Ceará.

Outros exemplos são a região dos Grandes Lagos, no Noroeste do es-


tado de São Paulo, divisa com Mato Grosso do Sul; e a região Norte do
Paraná, que concentra os maiores produtores de tilápias em tanques-
-redes num sistema aberto e intensivo do Brasil!

Criação de Peixes e Camarões pela Tecnologia de Bioflocos (BFT) 27


Agora que você já conhece um pouco mais sobre os tipos de tanques,
eu preciso dizer que nos últimos anos mais tecnologias surgiram para
melhorar os sistemas de cultivo de peixes. Você sabia que os centros
de pesquisa oferecem diversas melhorias e inovações, independente-
mente do tipo de criação ou de espécie produzida? Não importa se seu
foco é tilápia, camarão marinho ou outra cultura... Tem tecnologia nova
chegando para você!

E é por isso que os métodos tradicio-


nais de cultivo (como os tanques esca-
vados e tanques-redes) estão cada vez
mais sendo repensados por causa do
alto consumo e da grande demanda
de água necessária. Dá para fazer mais
com menos!

Nesta aula, você viu como foi a evolução no Brasil dos tanques esca-
vados dos tanques-redes. Na próxima, você vai ter um panorama da
aquicultura no mundo.
Avance!

Criação de Peixes e Camarões pela Tecnologia de Bioflocos (BFT) 28


Aula 4
Início da aquicultura
no mundo

Esta aula vai apresentar como a aquicultura se destacou como área de


produção. Ao final dela, você vai ser capaz de compreender o cenário
global da aquicultura.

Patrícia
Oi, Damião! Gostei do vídeo! Obrigada por
compartilhar!

Damião
Nem precisa agradecer!

Criação de Peixes e Camarões pela Tecnologia de Bioflocos (BFT) 29


Patrícia
Sabe, aqui onde eu trabalho também
começou com os tanques escavados porque
era um pesque-pague, mas logo percebemos
que podíamos melhorar a produção e
aumentar o lucro.

Damião
Legal! Sempre gostei de pesque-pague. Eu
às vezes fico pensando... A gente tem tanto
pra crescer aqui no Brasil, como será que
são as coisas lá fora?

Patrícia
Vamos descobrir!

O crescimento da produção de peixes no Brasil e no mundo está for-


temente relacionado ao aumento da produção da piscicultura, que é o
cultivo de peixes em geral. Mas como isso se consolidou nas últimas
décadas? Vamos ver o que aconteceu em cada continente.

Criação de Peixes e Camarões pela Tecnologia de Bioflocos (BFT) 30


África
A aquicultura ainda está em um nível muito baixo na maioria dos paí-
ses africanos. Mais da metade relata produzir menos de 100 milhões
de toneladas por ano.
Porém a aquicultura africana já percorreu um longo caminho desde
que foi introduzida pela primeira vez, há mais de 70 anos. Em 1975, a
FAO-ONU organizou o Primeiro Workshop Regional sobre Aquicul-
tura na África. Após o evento, houve novamente um interesse pela
aquicultura, com quase todos os países africanos lançando projetos de
piscicultura apoiados por investidores. No entanto, os resultados per-
maneceram abaixo das expectativas.
A maior parte da produção africana está atribuída à agricultura semi-in-
tensiva de tilápia em pequena escala, com poucos empreendimentos
comerciais em grande escala capazes de demonstrar viabilidade eco-
nômica a longo prazo.

Criação de Peixes e Camarões pela Tecnologia de Bioflocos (BFT) 31


Alguns países como Costa
do Marfim, Madagascar,
Malawi, Nigéria e Zâmbia têm
programas de aquicultura bem
estabelecidos.
Sistemas comerciais ou
industriais também foram
estabelecidos na Nigéria,
Madagascar, Zâmbia, Zimbábue,
África do Sul e outros lugares.
A África do Sul é o produtor mais proeminente de produtos da
aquicultura marinha.

Ásia
A aquicultura asiática é caracterizada pelo policultivo de carpas co-
muns e chinesas em tanques envolvendo fertilização. Esse policultivo
de carpas sem o uso de insumos nutricionais em lagoas na Índia já
existe há mil anos!
Porém a aquicultura em outros países asiáticos é relativamente recen-
te. Na maioria deles, a aquicultura se desenvolveu significativamente
a partir da década de 1950. Os peixes selvagens ainda são a principal
oferta na maior parte do Sudeste Asiático, tanto hoje como no passado.
A aquicultura em pequena escala é tradicional em campos de arroz
no Laos e no Norte do Vietnã, onde terras de cultivo de arroz e peixes
selvagens levaram à evolução inicial do cultivo de peixes.
Segundo relatos históricos, os
produtores chineses parecem ter
introduzido a aquicultura de carpas
em tanques escavados na Malásia,
Filipinas, Singapura e Tailândia no
início do século passado.
O cultivo de algas marinhas e
moluscos começou há cerca de
600 anos no Japão.

Criação de Peixes e Camarões pela Tecnologia de Bioflocos (BFT) 32


O cultivo de camarão em laboratório começou no Japão no final dos
anos 1930, mas o clima e as espécies não eram adequados para a
produção em grande escala. Durante a década de 1970, a tecnologia
japonesa foi transferida para outros países da Ásia e das Américas.

Américas
A aquicultura teve início na América Latina e no Caribe na década de
1940, principalmente para fins recreativos e de repovoamento. Nas
décadas de 1960 e 1970, a atividade era orientada para a produção de
alimentos para consumo local e para a diversificação das atividades
rurais ligadas à agricultura e à pecuária.
Durante os últimos 20 anos, o desenvolvimento da aquicultura foi
significativo na América Latina. A implementação de sistemas de pro-
dução de última geração e a utilização de novas tecnologias têm per-
mitido aos produtores gerir seus recursos produtivos de forma mais
eficiente, permitindo ao setor contribuir significativamente para a gera-
ção de alimento e de emprego.

A produção agrícola concentrou-


-se em salmonídeos (no Chile) e
camarões (no Equador, México,
Honduras, Colômbia, Peru, Pana-
má e Belize), que eram principal-
mente produtos de exportação.
O cultivo de tilápia (Colômbia,
Brasil, México, Cuba, Costa Rica
e Jamaica) tem a maior taxa de
crescimento. Nos últimos anos, as
doenças tiveram um grande impacto no cultivo de camarões.

Criação de Peixes e Camarões pela Tecnologia de Bioflocos (BFT) 33


O crescimento anual real da pro-
dução na região sul-americana
foi de cerca de 20% nos últimos
anos. Estima-se que 90% dos ca-
marões e salmonídeos cultivados,
50% da tilápia e 90% das algas
Gracilaria (Chile) são exportados.
As ostras representam cerca de
65% dos moluscos da região, e
a piscicultura de água doce res-
ponde por mais de um quinto do volume total da produção aquícola.
A expansão da aquicultura em todo o mundo, principalmente a partir
da década de 1980, tem como fator determinante a introdução de no-
vas técnicas de produção, com ganhos significativos de produtividade
e qualidade. Adicionalmente, os riscos ambientais estão sendo mitiga-
dos pelos sistemas intensivos, de maneira que a expansão da aquicul-
tura pode ser realizada em conformidade com a meta 14 dos Objetivos
de Desenvolvimento Sustentável da ONU, que é conservar e utilizar
de forma sustentável nossos recursos naturais.
Concluindo, a nova aquicultura mostrou que é uma alternativa eficaz
para produzir alimentos saudáveis em escala mundial, de forma com-
petitiva e sustentável, com capacidade operacional de enfrentamento
dos impactos das mudanças climáticas em geral e sobre a agropecuá-
ria em específico.

Caiu na rede!

Clique aqui e fique por dentro dos estudos da FAO sobre


o crescimento da aquicultura no mundo.

Se você quiser saber mais sobre os Objetivos de Desen-


volvimento Sustentável da ONU, clique aqui e acesse o
documento.

Criação de Peixes e Camarões pela Tecnologia de Bioflocos (BFT) 34


Pegando o peixe
Agora é a sua vez!
Diante de tudo o que você aprendeu no primeiro módulo do curso,
reflita e responda: pensando na sua realidade, qual sistema de cultivo
seria mais adequado? E quais aprendizagens você poderia levar consi-
go a partir da história da aquicultura?

Para finalizar o conteúdo do módulo, vamos ler mais um trecho da


conversa entre Patrícia e Damião?

Patrícia
Oi, Damião! Como vão os estudos sobre
aquicultura? Manda notícias!

Damião
Oi, Patrícia! Como vai? Olha, eu achei bem
interessante conhecer as diversas formas
de cultivar peixes e camarões pelo mundo,
o que mostra que não há uma única maneira
de atingir bons resultados!

Criação de Peixes e Camarões pela Tecnologia de Bioflocos (BFT) 35


Patrícia
É verdade, as possibilidades dependem muito
do contexto de cada um, seja do tamanho
da propriedade, seja das características da
região onde está!

Damião
Tem razão, Patrícia! Eu li numa reportagem
que o consumo de peixes e camarões
tem aumentado muito nos últimos anos,
e ainda tem muito espaço para melhorar.
A reportagem dizia que o setor cresceu
211% nos últimos 15 anos. Já imaginou se
continua assim? Foram mais de 800 mil
toneladas produzidas em 2020. Eu quero
um pedacinho desse mercado pra mim!
Olhando para o meu caso, talvez uma
produção com sistema superintensivo
seria legal, o que você acha?

Patrícia
Pelo que sei, é um sistema interessante
para pequenas áreas, mas que requer mais
cuidado. Já ouviu falar em bioflocos?

Damião
Ouvi falar eu já ouvi, mas saber o que é
mesmo, ainda não sei.

Criação de Peixes e Camarões pela Tecnologia de Bioflocos (BFT) 36


Patrícia
Olha, eu conheço por alto, mas vou dar
uma pesquisada a mais e já conto o que eu
descobrir!

Damião

Antes de passar para o próximo módulo, você precisa responder algu-


mas atividades de aprendizagem disponíveis em seu Ambiente Virtual
de Aprendizagem (AVA)!
Mas, se quiser se preparar para esse momento, que tal dar uma espia-
dinha nas questões?

Criação de Peixes e Camarões pela Tecnologia de Bioflocos (BFT) 37


Atividade de
Aprendizagem

1. Os centros de pesquisa em aquicultura têm promovido diversas


melhorias e inovações no setor. Nesse cenário de crescimento da
produção aquícola, os métodos tradicionais de cultivo (tanques es-
cavados ou em tanques-redes) estão sendo cada vez mais repensa-
dos em face do alto consumo e da demanda de água necessária.
De acordo com o que foi apresentado neste módulo, marque a alterna-
tiva que mais representa a evolução dos sistemas de produção.
a) ( ) Os sistemas de produção tradicionais (tanque-rede e tanque
escavado), apesar de não serem tecnificados, são os mais praticados
hoje no Brasil.
b) ( ) No Brasil, a atual evolução dos sistemas utilizados na aqui-
cultura está relacionada mais à produtividade e nem tanto aos custos
com a tecnificação e sanidade, infelizmente.
c) ( ) A colonização dos holandeses no Brasil rendeu a transferência
de tecnologia na aquicultura quanto à criação de tanques escavados
na costa nordestina em sistemas fechados.

Criação de Peixes e Camarões pela Tecnologia de Bioflocos (BFT) 38


d) ( ) A pesca brasileira ficou muito tempo à frente da aquicultura, se
tratando de números de produção no país, até que conseguimos de-
senvolver nossa aquicultura utilizando espécies nativas, como o piraru-
cu e o tambaqui.
e) ( ) Os pesque-pague criados no interior do país ajudaram no de-
senvolvimento da aquicultura, por promover indiretamente o cultivo e
o desenvolvimento de espécies nativas e exóticas no país.

2. No Paraná, a produção de tilápia cresceu 11,5% entre 2019 e


2020: foram 172.000 toneladas em 2020 contra 154.200 toneladas
no ano anterior. Um dos destaques é o modelo cooperativista. Entre
as alternativas, qual característica melhor justifica essa liderança do
Paraná na aquicultura brasileira?

a) ( ) Os aquicultores do Oeste paranaense produzem tilápias em


um sistema fechado e superintensivo.
b) ( ) No Norte paranaense, concentra-se a maior parte dos aquicul-
tores que produzem tilápias em um sistema aberto e intensivo.
c) ( ) No Oeste paranaense, o sistema de tanque-rede é mais predo-
minante por estar próximo a grandes rios e lagoas.
d) ( ) Em sistemas abertos, como o tanque-rede e o tanque escava-
do, os peixes se alimentam em maior parte de alimento natural, promo-
vido pelas altas taxas de renovação de água.
e) ( ) A produção paranaense só não é maior porque ainda são pou-
cas as fazendas tecnificadas.

Criação de Peixes e Camarões pela Tecnologia de Bioflocos (BFT) 39

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