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Arranjo Físico:
Uma Proposta Para Armazém de
Beneficiamento, Empacotamento e Armazenagem
de Grãos e Farinácios.
“Assim, diz-se que aquele que conhece o inimigo e a si mesmo não correrá perigo
algum em cem confrontos.
Aquele que não conhece o inimigo mas conhece a si mesmo será por vezes vitorioso e
por vezes encontrará a derrota.
Aquele que não conhece o inimigo e tampouco a si mesmo será invariavelmente
derrotado em todos os confrontos.”
Sun Tzu
V
Agradeço com todo meu amor a Roberta que sempre esteve ao meu lado mesmo nos
momentos difíceis me ajudando em quaisquer circunstâncias.
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo propor uma disposição fabril para um
armazém que trabalha com o empacotamento e beneficiamento de feijão, arroz, grãos
em geral e farinácios. Inicialmente, serão discutidos os pontos importantes que foram
verificados durante a implantação de um sistema de empacotamento dentro da Fábrica,
baseados nas recomendações e nas normas prescritas pelos Ministérios: do Trabalho e
Emprego, da Agricultura e do Abastecimento e do Ministério da Saúde, juntamente com
o código sanitário da Secretária de Estado da Saúde editado em Minas Gerais. Em
seguida será demonstrado o modelo de instalação projetado, com os propósitos de:
assegurar o pleno atendimento das necessidades de produção, minimizar os desperdícios
de diversas naturezas, a segurança e a saúde do trabalhador, a organização e a higiene
no local de trabalho, ampliar as condições essenciais para a melhoria da produtividade.
ABSTRACT
The present work has as objective to consider a disposal manufacture for a warehouse
that work with the wrapping up and improvement of beans, rice, grains in general and
farinácios. Initially, the important points will be argued that they had been verified
during the implantation of a system of wrapping up inside of the Plant, based in the
recommendations and the norms prescribed for the Ministries: of the Work and Job, of
Agriculture and the Supplying and the Health department, together with the sanitary
code of the Secretary of State of the Health edited in Minas Gerais. After that the
projected model of installation will be demonstrated, with the intentions of: to assure the
full attendance of the production necessities, to minimize wastefulnesses of diverse
natures, the security and the health of the worker, the organization and the hygiene in
the workstation, to extend the essential conditions for the improvement of the
productivity.
LISTA DE SIGLAS
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
LISTA DE QUADROS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................................17
1.1 CONTEXTUALIZANDO A ECONOMIA NACIONAL – BREVE COMENTÁRIO ......................................17
1.2 A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DE ALIMENTOS NA ECONOMIA NACIONAL ..........................17
1.3 ORIGEM DO TRABALHO ...............................................................................................................19
1.4 IMPORTÂNCIA DO TRABALHO ......................................................................................................19
1.5 OBJETIVOS ...................................................................................................................................20
1.5.1 Objetivo Geral ....................................................................................................................20
1.5.2 Objetivos Específicos ..........................................................................................................20
1.6 LIMITAÇÕES DO TRABALHO .........................................................................................................21
1.7 ESTRUTURA DO TRABALHO .........................................................................................................21
1.8 METODOLOGIA ............................................................................................................................22
2 BASE TEÓRICA DE ESTUDO: CONCEITO DE ARRANJO FÍSICO .....................................24
2.1 REQUISITOS PARA ELABORAR PROJETOS DE INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS NO SEGMENTO DE
TRANSFORMAÇÃO DE ALIMENTOS: AS PRINCIPAIS NORMAS, LEIS, DECRETOS E RESOLUÇÕES...............24
2.2 ESTRUTURA DO EDIFÍCIO FABRIL ................................................................................................26
2.3 ARRANJO FÍSICO E PROCESSO ......................................................................................................27
2.3.1 Definição do Tipo de Processo ...........................................................................................37
2.3.2 Definição do Arranjo Físico. ..............................................................................................38
3 ARRANJO FÍSICO DE FÁBRICA: UMA PROPOSTA PARA ARMAZÉM DE GRÃOS E
FARINÁCIOS. ..........................................................................................................................................41
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA ..................................................................................................41
3.2 ESTOQUE .....................................................................................................................................44
3.2.1 Pallet...................................................................................................................................45
3.2.2 Divisão e dimensionamento da produção ...........................................................................45
3.3 POSICIONAMENTO ........................................................................................................................47
3.3.1 Feijão:.................................................................................................................................48
3.3.2 Arroz ...................................................................................................................................51
3.3.3 Farinácios...........................................................................................................................52
3.3.4 Grãos ..................................................................................................................................53
3.3.5 Embalagem .........................................................................................................................54
3.3.6 Pátio de carga e descarga ..................................................................................................56
3.3.7 Compressor de ar................................................................................................................59
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...........................................................................................................61
1 Introdução
JAN/JUN (VAR%)
Alimentação 1,32
semi-elaborados -2,59
Industrializados 2,10
TABELA 1: Comparação dos preços com a inflação no período de Janeiro à Junho de 2004
FONTE: FIPE e ABIA
10
8
6
VAR %
4
2
0
-2 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
-4
ANO
QUADRO 1: taxa reais de crescimento – Indústria de transformação de alimento (período de 1992 a 2004)
FONTE: IBGE
Este trabalho teve origem durante um estágio de férias em uma empresa do setor
alimentício. Durante este período, estava para acontecer a mudança do local da indústria
e armazém para uma nova planta.
Mesmo que não utilizada para a empresa em questão, por se tratar apenas de
uma sugestão de implementação, pode servir como ponto de partida para futuras
instalações, ampliações ou mesmo adaptações não só para a empresa aqui abordada mas
sim para qualquer empresa de beneficiamento de graus e farinácios interessada por este
trabalho.
20
1.5 Objetivos
O objetivo geral deste trabalho é propor um projeto de arranjo físico para a nova
área de produção e armazenagem de cereais e farinácios da empresa trabalhada.
- Arranjo físico;
- Armazenagem;
Por não estar mais na empresa, o acompanhamento dos dados ficou um pouco
defasado devido à distância da empresa com a cidade de Ouro Preto e a impossibilidade
de visitas periódicas. Para suprir tal deficiência foi mantido contado por meio
eletrônico.
1.8 Metodologia
Esta monografia segundo ANDRADE (1994), pode ser classificada utilizando
seus quatro elementos para distinguir os diversos tipos de pesquisas.
Portanto, tal afirmativa se encaixa com o perfil proposto para este trabalho
quando se diz referente à questão de proporcionar uma maior informação sobre
determinado assunto, facilitando o enfoque dos pontos importantes a serem abordados
perante uma instalação industrial. Por este motivo, este trabalho tem como objetivo ser
um trabalho de pesquisa exploratório.
O terceiro ponto relatado por ANDRADE (1994) são os procedimentos pelo qual
se extraiu os dados dentro da monografia. Neste trabalho foi utilizado uma pesquisa
bibliográfica, fontes secundarias (artigos publicados, livros, monografias defendidas e
outras fontes).
23
Por fim, este trabalho classificado como qualitativo, pois, mesmo utilizando de
dados, números, formulas e métodos, estes servirão apenas para uma melhor tomada de
decisões.
Este trabalho tem como objetivo de desenvolver uma sugestão de instalação que,
atenda todas as necessidades de produção, desperdício, lucro, trabalho, segurança, saúde
e higiene de uma maneira prática e legal. Para tanto, é feito um levantamento baseado
em leis e normas nacionais do Ministério do Trabalho e Emprego, do Ministério da
Agricultura e do Abastecimento e do Ministério da Saúde juntamente com o código
sanitário da Secretária de Estado da Saúde.
Para a Resolução - RDC Nº. 216, de 15 de Setembro de 2004 que dispõem sobre
Regulando Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação, seu objetivo seria
“Estabelecer procedimentos de Boas Práticas para serviços de alimentação a fim de
garantir as condições higiênico-sanitarias do alimento preparado”. Seguindo os métodos
básicos para a conduta correta perante a vigilância sanitária.
É sempre importante frisar que uma estrutura inteligente sempre pensa não
apenas nestes quatro princípios, mas tem de ter em mente sempre a possibilidade de
expansão das atividades executadas, tanto em quantidade dos produtos já existentes
quanto ao leque de produtos novos a serem fabricados.
Outros pontos também são importantes como a máxima utilização das máquinas
e da mão de obra. A economia em todos os aspectos possíveis (distância, tempo,
investimento). E todos esses pontos sempre visando a segurança do trabalhador e bem
estar no local de trabalho.
Atendendo a todos esses princípios temos fatores que tem de ser considerados
para se montar um arranjo físico adequado.
► Fator produto:
• Tamanho: Os tipos de produtos que são encontrados em indústrias que trabalha com
cereais e sementes (feijão, arroz, milho, milho de pipoca, amendoim, ervilha seca,
lentilha, semente de girassol, etc.) e farinácios (farinha, fubá, polvilho, amido, trigo pra
quibe, etc.). Deste modo a granulometria vai variar do pó até ate cerca de um centímetro
de diâmetro.
• Peso: O peso médio dos produtos não são muito alto, neste caso o peso do montante
trabalhado que tem de ser levado em conta.
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► Fator matérias-primas:
Por ser apenas beneficiar e empacotar os produtos, a matéria prima, em alguns casos, é
basicamente igual ao produto acabado, diferenciando apenas pela a embalagem e a
limpeza dos produtos.
• Variedade: A variedade da matéria prima é igual ao produto acabado que, como já foi
dito no item anterior são: grãos e sementes (feijão, arroz, milho, milho de pipoca,
amendoim, ervilha seca, lentilha, semente de girassol, etc.) e farinácios (farinha, fubá,
polvilho, amido, trigo pra quibe, etc.), ao todo 25 tipos de produtos diferentes.
• Quantidade: 1200 toneladas.
• Tamanho: A granulometria varia do pó até ate cerca de um centímetro de diâmetro.
• Estoque: O estoque é grande devido ao grande giro do produto (entrada e saída).
• Tempo de armazenamento: Devido a grande produção o tempo de armazenamento do
estoque não passa de 15 dias para os produtos menos empacotados.
• Regime de entrega: Contínuo e esporádico, ou seja, sempre há entrega, no entanto de
todos os produtos, mas sem seguir um cronograma fixo.
► Fator maquinaria:
• Quantidade:
.1 máquina de beneficiamento de feijão que inclui ventoinha para a retirada de folhas
secas e poeira, peneira mecânica para a retirada de pedras de granulometria maior que o
feijão e outra com granulometria menor que o feijão, polidora e pulmão para alimentar
as máquinas de empacotamento.
.2 máquinas de empacotamento de feijão.
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.1 máquina para o beneficiamento do arroz que inclui ventoinha para a retirada de folhas
secas e poeira, peneira mecânica para a retirada de pedras de granulometria maior que a
do arroz, polidora e pulmão para alimentar a máquina de empacotamento.
.1 máquina empacotamento manual para grãos.
.1 máquina de limpeza de grãos.
.1 máquina para empacotamento de grãos com alimentação manual
.2 máquinas para empacotamento de farinácios com alimentação manual.
► Fator processo:
• Roteiro do processo: De uma maneira generalista, uma empresa de beneficiamento e
empacotamento de grãos e farinácios tem apenas uma atividade básica que é: estocar a
matéria prima em silos ou pilhas de sacas, conduzir a matéria prima em sacas (ou no
silo) manualmente, com a utilização de tubulações ou transporte mecânico, depositar o
material na maquina (empacotamento ou beneficiamento), após processado e
empacotado o produto é levado para a área destinada ao estoque aguardar sua saída para
o mercado consumidor.
• Seqüência exigida: A seqüência de trabalho é linear, não podendo pular ou alterar seu
roteiro. Devido a isso é importante manter um fluxo otimizado para evitar gargalos.
• Métodos de trabalho: O método de trabalho tem de seguir requisitos básicos como a
Resolução - RDC nº. 216, de 15 de setembro de 2004 que dispõem sobre o Regulamento
Técnico de Boas Praticas para Serviço de Alimentação. Esta resolução tem por objetivo
de garantir a qualidade higiênico sanitária e a conformidade dos alimentos com a
legislação sanitária. Como também questões de segurança e saúde do trabalhador.
Levando em consideração pontos importantes como: higienização, limpeza,
manipulação dos alimentos, manual de boas práticas, medidas de controle para reduzir
ou eliminar agentes que comprometam a qualidade do alimento, registro das atividades,
alocação dos resíduos e procedimentos operacionais padronizados (POP).
• Alternativas, para compras de máquinas, remoções de máquinas, modificações de
layout, etc.: Para qualquer ramo de negócios, a estagnação e a impossibilidade de
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crescimento por motivos estruturais, físicos ou gerenciais são problemas que podem ser
minimizados com a utilização de um planejamento bem feito, visando a viabilidade de
crescimento e expansão da empresa.
• Alternativas de mudanças dos sistemas elétricos, vapor, gases, etc.: como no item
anterior, estas alternativas de mudanças tem de ser consideradas no planejamento das
instalações para que futuramente se calcule os benefícios que estas mudanças possam
gerar.
► Fator serviços:
• Distribuição de energia elétrica: por subestação de alta e de média tensão, uso de
corrente contínua.
• Instalação de ar comprimido: avaliar se é melhor uma instalação local (ao lado de cada
máquina para se ser limpa) ou central. Outro fator importante na instalação de ar
comprimido é a definição do layout, no qual as linhas devem ser dimensionadas com
critérios adequados de velocidade ou perda de carga que o compressor possa sofrer.
• Iluminação: natural e artificial, buscando sempre seguir os critérios da NR 17
(Ergonomia) que diz que “em todos os locais de trabalho deve haver iluminação
adequada, natural ou artificial, geral ou suplementar, apropriada a natureza da
atividade”. Ainda conforme a NR 17, a iluminação geral deve ser uniformemente
distribuída e difusa, sendo projetada e instalada de forma a evitar ofuscamento, reflexos
incômodos, sombras e contraste excessivo.
► Fator Iluminação:
Para atender as leis sobre iluminação, deve-se utilizar como base para a
iluminação a norma NBR 5413 – Iluminância de Interiores. Esta norma “estabelece os
valores de iluminâncias médias mínimas em serviço para iluminação artificial em
interiores, onde se realizem atividades de comércio, indústria, ensino, esporte e outras”.
Antes se deve entender que segundo a norma, tem três grupos de iluminâncias de
tarefas visuais como podemos observar na tabela:
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Segundo Hélio Creder em “Instalações Elétricas” (2002), outros dois fatores são
importantes para definir a iluminação. O primeiro fator é a definição da refletância dos
tetos, paredes e pisos. Em se tratando de um galpão, temos que a reflexão do teto (telhas
altas e escuras) tem um péssimo índice de reflexão, mas tem a vantagens de se utilizar
telhas translúcidas, utilizando assim, durante o dia, iluminação natural que em muitos
casos é o suficiente para suprir a demanda de iluminação nos locais de armazenamento
do estoques e da matéria prima, sendo utilizado um complemento artificial apenas nos
pontos de trabalho (empacotamento e beneficiamento). A parede como o teto tem baixo
grau de reflexão. O chão que tem de ser resistente, muitas vezes uma massa asfáltica ou
cimento reforçado, sendo nesse caso escuro.
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► Fator manutenção:
• Sistemas de remoção de máquinas leves e pesadas: Devido as grandes dimensões e
peso da maioria do maquinário utilizado para o empacotamento e beneficiamento de
farinácios e cereais, a remoção das máquinas fica praticamente inviável, neste caso, a
manutenção tem de ser realizada no próprio local onde a máquina se encontra. Para as
de menor porte e casos mais sérios, a existência de uma oficina na indústria é o mais
apropriado. A substituição de escadaria por rampas de acesso facilita a remoção dos
maquinários.
► Fator controle:
• Necessidade de vistoria: Devido a simplicidade das atividades realizadas nas
operações de beneficiamento e empacotamento de cereais e o baixo valor da matéria
prima, a vistoria exercida pelo encarregado de produção se resume a um controle mais
generalista, se preocupando com o fluxo da operação e com a conduta e comportamento
dos operários.
• Visibilidade das atividades: Por existir inúmeras pilhas de fardos de cereais, a
visibilidade fica quase sempre restrita aos setores onde esta sendo realizada determinada
operação.
► Fator edifício.
• fluxo vertical (gravitacional) ou horizontal: O fluxo existente em uma indústria de
cereal é uma mistura entre um pouco de vertical (gravitacional forçado com elevadores)
e horizontal que representa a maior parte das operações.
► Fator pátio:
• Utilidade do pátio: Utilizado como estacionamento, mas tem como sua principal
função a movimentação de carga (entrada de matéria e a saída do produto acabado).
Outra utilidade de um pátio no caso de uma empresa que trabalha com cereais é a
pesagem de carretas e caminhões. Importante frisar que o pátio tem de ter uma área livre
suficiente para uma grande carreta poder manobrar.
• Fluxo no pátio: Principalmente de carretas e caminhões. Em sua grande maioria, a
permanência dos veículos é demorada devido a grande quantidade de carga removida ou
colocada em suas carrocerias.
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TABELA 4: relação entre tipos de processos X tipos básicos de arranjo físico. FONTE SLACK (1999)
Baseado nas tabelas pode-se descartar os arranjos físicos posicional por ser mais
usual em processos por projetos, onde é encontrada uma variedade muito alta e um
volume muito pequeno de produto processado. Como também se descarta o arranjo
linear, mais utilizado quando se tem uma variedade mínima de produtos e com um
volume muito grande de produção.
O arranjo físico celular tem como montar grupos de trabalho dentro da fábrica.
Grupos de produtos com características semelhantes (semelhança geométrica,
semelhança de processo, etc.) são produzidos por minifábricas dentro da fábrica. Suas
principais características são a produção em lotes de tamanho médio; a existência de
produtos e processos variados; o agrupamento das máquinas e equipamentos
necessários; a utilização de operários multifuncionais.
1.600.000,00
1.400.000,00
1.200.000,00
Peso (kg)
1.000.000,00
800.000,00
600.000,00
400.000,00
200.000,00
0,00
O
O
IL
AL
O
O
AI
ST
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LH
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AB
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JU
JU
N
G
AG
M
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JA
L
TA
FE
TO
Data
Com esta crescente produção o galpão atual não suportara a demanda dentro de
algum tempo. Para resolver este problema foi adquirida um novo galpão para a
produção de beneficiamento e empacotamento da empresa.
Es critório
Vestiár io
Anexo
3.2 Estoque
3.2.1 Pallet
Para simplificar a área que o estoque ocupa, utiliza-se com unidade básica o
pallet VILMA, que tem como dimensões 1,30 x 1,50 metros. A escolha por pallet
VILMA se deve ao fato que este acomoda melhor os sacas (ou fardos), que tem as
medidas que variam de 0,70 à 0,80 metros de comprimento por 0,40 metros de largura
formando pilhas mais firmes e distribuídas uniformemente sobre o pallet. Para sacas tão
grande, o pallet PBR com dimensões de 1,00 x 1,20 metros não é o mais recomendado.
Para pilha montada com sacas no pallet VILMA tem a capacidade máxima de
1.500 kg em produtos para matéria prima em sacas e até 1000 kg para produtos
acabados em fardos.
Matéria
prima Matéria
37% prima
43%
Produto
acabado
Produto 57%
acabado
63%
QUADRO 3: Relação posição pallet entre e Kg entre matéria prima e produto acabado – 1º semestre de 2005
FONTE: Próprio autor, baseado no levantamento de campo
46
polvilho
Média Produção Diária amendoin
girassol 2% trigo para quibe alpiste 3% arroz
0% painco tapioca 1% 0% 16%
0% 0% amido de milho
grao de bico 2% aveia
0% 0%
lentilha canjica
0% 2%
milho para pipoca canjiquinha
3% 1%
fuba creme de minho
7% 0%
feijao roxo ervilha
3% 0%
feijao preto farinha de mandioca
10% 10%
feijao jalo farinha de rosca
3% 1%
feijao branco
feijao carioca
0%
34%
QUADRO 4: Média produção diária primeiro semestre 2005 – 25 produtos principais (hachuras)
Fonte: próprio autor, baseado no levantamento de campo
grãos
farinácios 11%
24%
arroz
16% feijao
49%
3.3 Posicionamento
3.3.1 Feijão:
Para este exemplo é utilizado para estocar a matéria prima em silos, dispostos na
área denominada anexo, onde se pode colocar ate 6 silos com capacidade de ate 40
toneladas de capacidade.
Como se trata de um silo para guardar alimentos, estes devem ser de materiais
apropriados com no caso de aço galvanizado. Possuindo sistema auto-limpante para
trocas constantes de tipos de feijões nos silos. Outro ponto importante é se utilizar de
esteiras para a condução do feijão do funil de captação do caminhão até o silo, deve-se
evitar o transporte baseado em rosca que pode quebrar o feijão em banda,
desvalorizando o produto.
lençol se estenda sobre o piso cerca de 1,0 m. Dispõem as "cobras de areia" sobre as
laterais do lençol que se estende sobre o piso de forma que o lençol fique em contato
com este e evite a saída dos gases do inseticida. Deixa-se um dos lados da pilha sem as
"cobras de areia" para dar acesso à pessoa que vai colocar as pastilhas de fosfina
(inseticida). Distribui as pastilhas de fosfina na quantidade recomendada pelo fabricante
em diferentes locais da pilha de sacos. Após a colocação das pastilhas, veda-se o acesso
colocando as "cobras de areia" no local do acesso. Por fim se espera o período de
exposição dos grãos (aproximadamente 72 horas) e de carência que dura ate 84 horas.
Para os grãos acondicionados a granel em silos, que será utilizado neste trabalho,
as etapas são as seguintes: normalmente as partilhas de fosfina são adicionadas aos
grãos na esteira de carregamento, em doses recomendadas, à medida que esses locais
estão sendo carregados com os grãos. Como alternativa pode-se construir uma casinha
para pastilha na base do silo para ser liberado, neste caso ocorre a extração do pó
residual do silo, o que não acontece com a adição de pastilhas conforme for sendo
carregado o silo.
A pastilha do inseticida começa a liberar o gás venenoso uma hora após entrar
em contato com o ar, entretanto, dependendo das condições de temperatura e umidade,
este tempo pode ser mais reduzido. Neste sentido, é aconselhado que a distribuição do
produto seja o mais breve possível e, após a aplicação, evitar a presença de pessoas e
animais no local conforme orientação da vigilância sanitária que proíbe a permanência
de pessoas no local no local onde ocorre o expurgo e principalmente durante a operação
de aeração que necessita de aparelhos como respiradores e exaustores.
50
As posições pallets ocupadas pelo feijão são 220, sendo igual a 429 m² de área
ocupada para a matéria prima. Sendo 1500 quilos por posição pallet, chegando a uma
quantidade de 330 toneladas de feijão. Para seis silos de 40 toneladas, temos uma
capacidade de 240 toneladas.
51
Escritório
Vestiário
3.3.2 Arroz
Es critório
Vestiár io
3.3.3 Farinácios
Es critório
Vestiár io
3.3.4 Grãos
Es critório
Vestiár io
3.3.5 Embalagem
Para uma análise pratica, os produtos do grupo do feijão tem em média 2 tipos
diferentes de empacotamento, sendo empacotados em embalagens de 1, 2 e 5 quilos. O
arroz tem três tipos em embalagens de 1, 2 e 5 quilos. O grupo dos grãos tem em média
apenas um tipo de embalagem de 0,5 quilos e o grupo dos farinácios também tem em
média apenas um tipo de embalagem, porem é de 1 quilo.
Para um estoque seguro de bobinas, é considerado uma bobina por produto para
cada 10 % de produção. Considerando a área necessária para a estocagem como sendo
0,3 m² em armários de 2 níveis, chegamos a tabela a seguir:
Escritório
Vestiário
OFICINA
Com a inclusão de uma área para descarregar feijão a granel, tem se agora seis
entradas para a matéria prima e cinco para a saída de produto acabado. Considerando o
fluxo de entrada descrito na figura a seguir, pode-se observar que determinada entrada é
responsável por uma área especifica para a descarga de matéria prima.
Deve-se lembrar que somente as matérias primas de feijão podem ser carregas
por chapas, as demais localidades devem ser transportada por carro transportador
manual devido a longa distância entre o local de saída e chegada, estando próximo do
limite para a descarga na área reservada para os farinácios e transpassando os 60 metros
permitidos para as áreas de arroz e de grãos.
57
Escritório
Vestiário
OFICINA
Escritório
Vestiário
OFICINA
3.3.7 Compressor de ar
Escritório
Vestiário
OFICINA
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
5 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICA
CREDER, Hélio. Instalações Elétricas. Ed. Ao Livro Técnico S.A. São Paulo 2002.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 21. ed. rev. ampl.
São Paulo: Cortez, 2000.
ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do trabalho científico. São Paulo : Atlas,
1994.