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UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSE

NÚCLEO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS


CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

MAICON DE OLIVEIRA RIBEIRO

ESTÁGIO SUPERVISIONADO
RELATÓRIO DE ESTÁGIO
APLICAÇÃO DA NORMA REGULAMENTADORA NR 36 EM UMA
AGROINDÚSTRIA

LAGES SC
2013
1

MAICON DE OLIVEIRA RIBEIRO

ESTÁGIO SUPERVISIONADO
RELATÓRIO DE ESTÁGIO
APLICAÇÃO DA NORMA REGULAMENTADORA NR 36 EM UMA
AGROINDÚSTRIA

Projeto de Estágio apresentado ao Professor


Orientador, como requisito do Regulamento de
Estágio do Curso de Engenharia de Produção da
Universidade do Planalto Catarinense - UNIPLAC

Orientação: Prof. MSc. Johnny Rocha Jordan

LAGES SC
2013

I
2

TERMO DE APROVAÇÃO

MAICON DE OLIVEIRA RIBEIRO

ESTÁGIO SUPERVISIONADO
RELATÓRIO DE ESTÁGIO
APLICAÇÃO DA NORMA REGULAMENTADORA NR 36 EM UMA
AGROINDÚSTRIA

Relatório apresentado á banca de avaliação como requisito indispensável para a


aprovação do relatório final do Estágio Supervisionado, de acordo com o Regulamento de
Estágio Supervisionado do Curso de Engenharia de Produção.

Orientador: Prof. Johnny Rocha Jordan

Conceito: ______.

______________________________________

Johnny Rocha Jordan

Data:____/____/2013.

Lages SC, Junho de 2013.

II
3

IDENTIFICAÇÃO

Nome da Empresa: Alfa Alimentos LTDA

Endereço: Rod. BR 116 – KM 255, Lages – SC

CNPJ: 03.914.460/0216-63

Ramo de Atividade: Alimentício Agroindústria

CNAE: 143010

Professor Orientador: Johnny Rocha Jordan

Supervisor de Estagio: Carlos Eduardo de Lis

Supervisor Técnico: Maicon Viviani

Período de Realização: ETAPA I: 01/03/2013 a 08/03/2013

ETAPA II: 11/03/2013 a 15/03/2023

ETAPA III: 18/03/2013 a 22/03/2013

ETAPA IV: 25/03/2013 a 06/05/2013

Duração: 45 dias

Carga Horária: 180 horas

III
II
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AGRADECIMENTOS

Agradeço e dedico este trabalho primeiramente a Deus, pois ele é tudo, sempre esteve
comigo me amparou e me deu forças a seguir em frente por meus objetivos e metas, a minha
mãe, que sempre me deu maior força para que eu lutasse por meus sonhos. A minha irmã pela
força e dedicação e sem esteve ao meu lado me apoiando. E meu irmão pelo seu esforço e
humildade.
O desenvolvimento do projeto foi um desafio, pois tivemos que nos empenhar e
dedicarmos boa parte do nosso tempo no planejamento e na execução deste. Quando digo
“nós” quero dizer não somente o autor deste trabalho, mas as pessoas envolvidas diretamente
e indiretamente. Quero registrar o meu agradecimento, ao Gerente Industrial, e os
colaboradores da Alfa Alimentos, pela paciência e atenção dedicada a este acadêmico. Aos
meus professores e orientadores, o professor Johnny e Carlos Eduardo, que dedicaram parte
de sua vida para disponibilizar a atenção necessária na execução deste projeto e aos amigos
que sem ser preciso nomeá-los, sabem que foram fundamentais na minha vida sendo sempre
companheiros e leais em todo o tempo juntos.

IV
5

Sem sonhos, a vida não tem brilho. Sem metas, os sonhos não têm alicerces.

Sem prioridade, os sonhos não se tornam reais. Sonhe, trace metas, estabeleça prioridade e corra riscos para
executar seus sonhos.

Melhor é errar por tentar do que errar por se omitir!

Não tenhas medo dos tropeços da jornada.

Não podemos esquecer que nós, ainda que incompleto,

Fomos o maior aventureiro da história.

(Augusto Cury)

V
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RESUMO

O presente trabalho tem por objetivo analisar aplicação da norma regulamentadora número 36
(Portaria nº 3.214/1978), que versa sobre a segurança dos trabalhos envolvendo atividades
desenvolvidas em frigoríficos. A análise de aplicação da norma regulamentadora da portaria
do Ministério do Trabalho e Emprego, apresenta as principais itens e conceitos e definições
trazidos pelo texto da norma. O trabalho busca avaliar os itens aplicáveis da norma na
agroindústria e as contribuições da mesma. A relevância do tema abordado reside na proteção
do bem maior, a vida humana, através da melhora das condições de saúde e segurança para os
trabalhadores. A oportunidade de desenvolvimento do estudo relacionado com a segurança e
saúde no trabalho através da aplicação da norma foi feita como forma de se alcançar o
objetivo principal que é de se entender o processo de desenvolvimento de aplicação da norma.
A metodologia de aplicação foi de observações no dia a dia do trabalho na agroindústria e a
necessidade da organização em adequar-se a nova norma. O presente trabalho tem como
objetivo analisar os itens aplicáveis da norma e demonstrar a contribuição e benefícios para a
saúde e segurança dos trabalhadores. Para tanto foram selecionados os itens e subitens da
norma aplicáveis neste escopo. O cumprimento destes itens e subitens foi verificado e as não
conformidades foram comentadas e recomendações emitidas. Concluiu-se que os serviços da
agroindústria são regidos pela legislação vigente e que a mesma encontra-se em fase de
adequação quanto aos itens e subitens da norma a serem aplicados sendo assim a mesma deve
adequar-se e fiscalizar o cumprimento da norma regulamentadora.

Palavras-chave: Segurança e Saúde no Trabalho. Norma Regulamentadora.

VI
7

ABSTRACT

This paper aims to examine the application of the regulation number 36 (Ordinance No.
3.214/1978), which deals with the safety of the work involving activities in refrigerators. The
analysis of application of the regulation of the Ordinance of the Ministry of Labour and
Employment, presents the main concepts and definitions and items brought by the text of the
standard. The study sought to determine the applicable standard items in the agroindustry and
the contributions of the same. The relevance of the subject lies in protecting the greater good,
human life, through the improvement of health and safety for workers. The opportunity to
study development related to health and safety at work through the application of the rule was
made in order to achieve the main goal is to understand the development process of applying
the rule. The methodology was applied to observations in the daily work in the agricultural
industry and the need of the organization to adapt to the new standard. This study aims to
analyze the items applicable standard and demonstrate the contribution and benefits to the
health and safety of workers. Therefore, we selected the items and sub-items of the standard
applicable in this scope. Compliance with these items and sub-items have been checked and
nonconformities were commented and issued recommendations. It was concluded that the
services of the agricultural industry are governed by law and that it is in the process of
adaptation as to the items and sub-items of the standard to be applied therefore it must suit up
and monitor compliance of the regulation.

Keywords: Health and Safety at Work. Norm.

VII
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LISTA ILUSTRAÇÕES

Figura1- Pirâmide de Heinrich 1931.........................................................................................30


Figura2- Pirâmide de Bird 1966................................................................................................31
Figura 3- Pirâmide de Bird 1968...............................................................................................32
Figura 4 – Dominó de Bird (Fonte: Furnas, 2006)...................................................................32
Figura 5 – Dominó de Bird (Fonte: Furnas, 2006)...................................................................33

Gráfico 01- Gráfico do Atendimento da NR 36 em uma Agroindústria...................................68


Gráfico 02- Gráfico do Atendimento da NR 36 em uma Agroindústria no Prazo de 9
Meses........................................................................................................................................71
Gráfico 03- Gráfico do Atendimento da NR 36 em uma Agroindústria no Prazo de 12
Meses........................................................................................................................................72
Gráfico 04- Gráfico do Atendimento da NR 36 em uma Agroindústria no Prazo de 24
Meses........................................................................................................................................73

Quadro 1- Classificação dos Principais Riscos Ocupacionais..................................................27


Quadro 2- Levantamento de Investimento para Atendimento ao item 36.4 da NR 36.............46
Quadro 3- Levantamento de Investimento para Atendimento ao item 36. 4.1.2 da NR 36......48
Quadro 4- Levantamento de Investimento para Atendimento ao item 36. 4.1.2 da NR 36......50
Quadro 5- 36.2.6 Para Trabalho Sentado..................................................................................51
Quadro 6- 36.2.7 Para o trabalho realizado exclusivamente em pé..........................................52
Quadro 7- 36.2.8 Pausas...........................................................................................................53
Quadro 8- 36.8 Equipamentos e Ferramentas..........................................................................54
Quadro 9- 36.9.5 Conforto Térmico.........................................................................................55
Quadro 10- 36.2.10.1 Câmaras Frias........................................................................................56
Quadro 11- 36.3 Estrados, Passarelas e Plataformas................................................................58
Quadro 12- 36.6 Recepção e descarga de animais....................................................................59
Quadro 13- 36.7 Máquinas........................................................................................................60
Quaro 14- 36.9 Condições Ambientais de Trabalho.................................................................62
Quadro 15- 36.10 EPI Equipamentos de Proteção Individual..................................................66
Quadro 16- Avaliações dos Itens Conforme e Não Conforme e Não Aplicáveis da NR36.....67
Quadro 17- Orçamento quanto ao Atendimento dos Itens da NR 36.......................................69
Quadro 18- Orçamento quanto ao Atendimento e Prazos dos Itens da NR 36.........................70

Tabela 1: Cronograma do Desenvolvimento do Projeto de Estagio Engenharia de Produção


Ano 2013 ..................................................................................................................................20

VIII
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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

APP Análise Preliminar de Perigos


APR Análise Preliminar de Risco
CONSEPE Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão
CIPA Comissão interna de prevenção de acidente
CLT Consolidação das Leis do Trabalho
EPI Equipamento de Proteção Individual
FMEA Análise de Modos de Falha e Efeitos
FTA Faut Tree Analysis
HAZOP Hazard and Operability Studies
GTTE Grupo Técnico Tripartite de Energia
OIT Organização Internacional do Trabalho
SESMT Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e
Medicina do Trabalho
UNIPLAC Universidade do Planalto Catarinense

IX
10

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 11
1.1 Apresentação ...................................................................................................................... 11
1.2 Objeto de pesquisa .............................................................................................................. 12
1.3 Problemática ....................................................................................................................... 13
1.4 Objetivos.............................................................................................................................13
1.4.1 Objetivo geral ................................................................................................................. 14
1.4.2 Objetivos específicos ...................................................................................................... 14
1.5 Justificativa ......................................................................................................................... 14
1.6 Limitações do trabalho .......................................................................................................15
1.7 Relevância e contribuição da pesquisa ...............................................................................15
1.8 Estrutura de desenvlvimento do trabalho............................................................................16
1.9 Metodologia........................................................................................................................17
1.9.1 Delineamento da pesquisa................................................................................................17
1.9.2 Coleta de dados................................................................................................................19
1.9.3 Análise de dados..............................................................................................................20
1.10 Cronograma......................................................................................................................20
2 REFERENCIAL TEÓRICO...............................................................................................21
2.1 Historicidade das normas regulamentadas .........................................................................21
2.2 Normas Regulamentadoras ................................................................................................23
2.2.1 Conceitos gerais...............................................................................................................24
2.3 Controle dos riscos..............................................................................................................26
2.3.1Avaliação dos ricos...........................................................................................................28
2.4 A gestão de segurança e saúde no trabalho ........................................................................35
2.5 Os aspectos que influem nos acidentes e a análise das situações potenciais de acidentes .37
3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO ESTÁGIO.........................................................41
4 ANÁLISE E APLICAÇÃO DA NR 36 EM UMA AGROINDÚSTRIA.........................43
4.1 Caracterização da Empresa.................................................................................................45
4.2 Aplicação do método check-list..........................................................................................45
5 ANÁLISE DOS RESULTADOS DA APLICAÇÃO DA NR 36......................................67
5.1 Análise quantitativa dos dados............................................................................................67
6 CONCLUSÃO......................................................................................................................74

REFERÊNCIAS .....................................................................................................................76

X
11

1 INTRODUÇÃO

1.1 Apresentação

Buscando atender ao que determina a Lei 6.494/77 (regulamentada pelo Decreto nº


87.497/82), o Regimento Geral da UNIPLAC Universidade do Planalto Catarinense a
Resolução 030 de 1999 da UNIPLAC e a disciplina de Estágio Supervisionado que é parte do
processo de formação acadêmica do curso de Engenharia de Produção, conforme projeto
pedagógico do curso, apresenta-se através deste relatório o trabalho de estágio realizado na
empresa Alfa Alimentos LTDA.
De forma a desenvolver o conhecimento e as habilidades no modelo de gestão as
principais atividades realizadas durante o período de estágio entre 01/03/2013 a 06/05/2013
foram realizar a aplicação da NR 36 em uma agroindústria, acompanhar os indicadores de
segurança da unidade industrial, acompanhar as atividades rotineiras da área de segurança do
trabalho, identificar e tomar medidas disciplinares e preventivas quanto aos padrões e
procedimentos da organização, preparar relatórios gerenciais, atuar como integrante do e
profissional da área de segurança do trabalho da fábrica.
Pode-se analisar que investir em segurança aumenta o grau de conscientização dos
empregados e que ao realizar treinamento de segurança melhora o relacionamento entre eles.
O fato de nunca ter acontecido acidente não significa que nunca vai acontecer.
Se os gestores responsáveis das organizações acha que sua função é apenas contratar o
serviço de segurança do trabalho e ponto final está cometendo um erro. Em uma campanha de
segurança da empresa toda a diretoria deve estar envolvida. De nada adianta treinar os
funcionários, fazer campanhas, se a diretoria, a maior responsável pela empresa, não estiver
envolvida e engajada com a segurança do trabalho. Se isso acontece a empresa fica sendo
acéfala, isto é, sem cabeça, sem coordenação, perdendo-se tudo o que foi feito, caindo a
segurança do trabalho no esquecimento em poucos meses.
12

Realizar orientações para a conscientização, conversar com os empregados, participar


do processo. Também é de muita valia assistir palestras e seminários, desenvolver cursos de
atualização sobre saúde e segurança e meio ambiente. Em muitos desses cursos são
ministrados tópicos envolvendo segurança do trabalho, que vem somar-se ao conhecimento
necessário para fazer a empresa mais eficiente, segura, organizada e produtiva.
Com a crescente preocupação com a vida dos trabalhadores, atualmente muita coisa
tem sido feita para evitar que acidentes de trabalho ocorram dentro de uma indústria, porém
ainda existe um número muito grande de situações em que ocorrem, colocando a vida em
risco dos empregados por uma série de motivos. Assim, desde quando se tem conhecimentos
acerca do funcionamento das indústrias, estas sempre tiveram preocupação em atingir máxima
produção, porém sem levar em consideração todas as variáveis envolvidas na mesma, sendo a
Segurança do trabalhador dado pouco, ou nenhum, enfoque, dando surgimento para os
chamados acidentes de trabalho.
Neste contexto visando à identificação, avaliação e classificação e estabelecer medidas
de controle proporcionando a redução eliminação dos riscos encontrados buscaremos analisar
aplicação de uma recente norma regulamentadora.
Neste relatório de estagio o objetivo é analisar os riscos nos ambientes laborais de uma
agroindústria, utilizando um estudo através da aplicação de uma norma regulamentadora,
buscando alternativas que tragam ao máximo melhores condições de segurança e demostre a
importância quanto ao conhecimento controle e gerenciamento de medidas preventivas dos
riscos nas condições e fatores comportamentais.
Este trabalho é resultado do estágio supervisionado do curso de graduação em
Engenharia de Produção da Universidade do Planalto Catarinense UNIPLAC e se desenvolve
em uma agroindústria.

1.2 Objeto de pesquisa

A agroindústria Alfa Alimentos LTDA iniciou suas atividades em Lages estado de


Santa Catarina em Junho de 2012, desenvolvendo produtos industrializados entre eles
desatacam-se a produção de pratos prontos, industrializados e pizzas.
13

A empresa localiza-se na área industrial de Lages. Sua matriz está localizada em uma
cidade na região do Oeste, atuando em todo estado de Santa Catarina e no Brasil e exterior.
Diante de tamanho mercado atingido, a Alfa LTDA. Tem voltado suas perspectivas
totalmente ao ramo da produção e desenvolvimentos de produtos no ramo de alimentos
derivados da carne tendo nos últimos anos tornando-se uma multinacional neste ramo.

1.3 Problemática

As empresas estão constantemente desenvolvendo políticas de sustentabilidade com


objetivos em oferecer um ambiente laboral de trabalho o qual cada vez mais seja oferecidas
melhores condições de trabalho focadas em fatores relacionados á saúde e segurança a seus
colaboradores. Com a Alfa Alimentos não é diferente, há uma necessidade de medir o nível
de desempenho dos serviços oferecidos tendo como base a analise detalhada na execução de
suas atividades e avaliar os possíveis riscos que possam colocar em jogo a integridade física e
saúde e segurança de seus colaboradores.
Neste contexto faz se necessário realizarmos um estudo que proporcione um
diagnostico e uma melhor visão e suporte nas tomadas de decisão quanto à prevenção de
riscos a seus colaboradores na execução de suas atividades.
Então se faz necessário a aplicação de uma norma regulamentadora a fim de analisar e
gerenciar os riscos, de modo a facilitar a gestão e atuar na prevenção da saúde e segurança no
trabalho.

1.4 Objetivos

O presente trabalho tem como objetivo analisar através principios da aplicação da


norma regulamentadora NR 36 aplicada para adequação e conforto dos postos de trabalho,
principalmente no ambiente laboral de uma agroindústria de Lages SC. Buscando um
ambiente livre de doenças, lesões e acidentes a partir de uma mudança organizacional e
politicas prevencionitas.
Assim, o presente trabalho foi desenvolvido em ambiente laboral de trabalho de uma
agroindustria situada na cidade de Lages, no estado de Santa Catarina. O período de análise
do estudo para este pesquisa foi de Março á Maio de 2013.
14

Nosso objeto de estudo dispõe, atualmente de aproximadamente 507 funcionários,


atuando na produção de alimentos, com suas atividades desenvolvidas em dois turnos de
produção, sendo um dos seus varios compromissos e resposabilidades permanentes em sua
política esta o respeito à legislação e as normas referentes à qualidade, segurança, higiene,
saúde e meio ambiente; Oferecer condições de saúde e segurança aos seus empregados, por
meio de ações preventivas e a minimização dos riscos nos ambientes de trabalho.

1.4.1 Objetivo geral

O presente trabalho tem objetivo realizar um estudo quanto aplicação da norma


regulamentadora NR 36 “Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas Abate e
Processamento de Carnes e Derivados” que auxilie a empresa para o diagnóstico da situação
quanto ao atendimento da NR melhorando o sistema de gestão de saúde e a segurança do
trabalho, através de um levantamento e estudo de aplicação quanto aos itens da norma.

1.4.2 Objetivos específicos

Seguindo os objetivos específicos traçados para este trabalho, buscou-se:

1. Analisar os itens e subitens aplicáveis da norma regulamentadora na agroindústria;

2. Verificar os prazos de atendimento dos itens aplicáveis da norma regulamentadora;

3. Demonstrar o orçamento de investimento quanto às adequações a serem realizadas


para o atendimento dos itens aplicáveis da norma regulamentadora.

1.5 Justificativa

Atualmente, segurança no trabalho é um tema trabalhado e disseminado em todo o


mundo, ultrapassando fronteiras, mesmo que ainda em estágios diferentes em cada continente.
Independentemente do porte da organização, este assunto é destaque na rotina de qualquer
empresa visto que a responsabilidade social e a preocupação com o bem estar dos
funcionários e de seus familiares são assuntos muito discutidos atualmente.
15

É fato o destaque dado ao Brasil no que concerne à incidência de doenças


ocupacionais e ao número de acidentes de trabalho. As estatísticas da Organização
Internacional do Trabalho OIT comprovam essa condição desagradável que nos coloca,
sistematicamente, entre os países que mais registram acidentes de trabalho no mundo, posição
que poderia ser ainda pior se todos os acidentes ocorridos fossem notificados e se o universo
de trabalhadores abrangidos pelas estatísticas não estivesse aquém da força de trabalho
realmente existente no país.
Diante dessa situação, torna-se necessário priorizar ações e adotar políticas mais
contundentes para a prevenção dos fatores de riscos incidentes nos locais de trabalho. Nessa
lógica, assume relevada importância mencionar que, no presente mercado globalizado, as
relações comerciais bilaterais estão, também, levando em consideração padrões de exigência
quanto às condições do meio ambiente natural e do meio ambiente de trabalho onde se
produziu o bem ou o serviço.

1.6 Limitações do trabalho

Esta trabalho limita-se a estudar aplicação da norma regulamentadora 36,em uma


Agroindústria.
Será aplicado através de um check-list uma analise dos itens e subitens da norma em
vigor apartir do dia 19 de abril de 2013, a fim de realizar um estudo quanto aos itens que o
nosso objeto de estudo atende e o que o mesmo tende-se a adequar para atender os requisitos
da norma vigente. Objetivamos com este estudo demosnstrar aos responsaveis a importancia
quanto à aplicação e o atendimento desta norma conforme a legislação.

1.7 Relevância e contribuição da pesquisa

Esta pesquisa é relevante à medida que traz conhecimento para as organizações


acerca da aplicação da norma regulamentadora, a ser aplicada para diagnosticar e estudar de
forma prevencionistas. Sob a ótica da engenharia de segurança do trabalho, esse estudo
permitirá avaliar as condições atuais quanto à saúde e segurança do trabalho visando melhorar
16

as condições inadequadas, tornando os locais de trabalho mais confortáveis e mais


produtivos.
Com relação aos colaboradores, espera-se que a aplicabilidade dos resultados dessa
nova norma regulamentadora possa contribuir para melhor identificar as causas, atenuar ou
eliminar o sofrimento físico e mental, decorrente das condições de trabalho inadequadas, que
acabam gerando as lesões. Permitirá identificar correções nas condições do trabalho, evitando
a fadiga e o estress do operador e melhorando sua qualidade de vida.
Para as organizações, espera-se que os resultados do trabalho apontem uma
ferramenta de diagnóstico confiável, que é o primeiro passo para que se possam planejar
ações. Por conseguinte, espera-se prestar um suporte para a identificação de riscos que venha
a promover correções, com possibilidade de redução dos índices de absenteísmo, de
afastamento por atestado médico, de custos com tratamento de saúde, além da redução no
passivo trabalhista da empresa em função das ações cíveis e, por conseqüência, uma
eliminação do risco de afetar sua imagem.

1.8 Estrutura de desenvolvimento do trabalho

O trabalho de relatorio de estágio esteve alicerçado em uma linha base, da qual


derivaram objetivos específicos que foram trabalhados ao longo do processo de
desenvolvimento da pesquisa e consequente relatório dos dados obtidos com a pesquisa
qualitativa e quantitativa.
O trabalho foi estruturado em seis capítulos incluindo esta introdução com o objetivo
geral e os objetivos específicos.
O Segundo capítulo apresenta refencial teórico da pesquisa matérias e métodos. Com
a elaboração de pesquisa em fontes confáveis e site de grandes fluxos e reconhecimento
nacional realizando pesquisa com os descritivos quanto à gestão em saúde e segurança do
trabalho e nomas regulamentadoras.
No terceiro momento apresentamos as atividaades desenvolvidas no estágio. No
quarto apresentaremos aplicação da NR em uma agroindústria e a contribição dos resultados
desta norma para a gestão em saúde e segurança do trabalhador.
17

No quinto demostraremos a análise dos resultados e a aplicação do check-list para


análise do itens da NR 36.
No sexto capítulo apresenta as considerações finais, limitações do trabalho e as
recomendações para trabalhos futuros.

1.9 Metodologia

A parte mais importante na elaboração de um projeto é constituída pela especificação


da metodologia a ser utilizada. ROESCH (1999, pag 18) salienta que:

O estágio de prática profissional é uma oportunidade para aprender e quem


sabe transformar a realidade nas empresas; por isso colher e analisar dados
sobre a empresa-alvo é a tarefa mais importante do estágio. As empresas
apresentam uma variedade rica de situações problemáticas.

Estas oportunidades ou problemas podem ser explorados e analisados de forma mais


completa por meio do uso de métodos e técnicas.

Uma vez delimitado o tema da investigação pela definição de problemas,


hipótese e variáveis, será necessário definir as estratégicas metodológicas que
viabilizarão o processo de identificação, coleta, registro, seleção, tratamento,
descrição, interpretação e/ou análise do material sistematicamente reunido.
Entre outras palavras, identificar e justiçar a abordagem e o método que
melhor se ajustam as especificidades dos objetivos da pesquisa, definir
criteriosamente o universo considerado na pesquisa(população, amostra ou
unidades sociais de estudo), os tipos de pesquisa a serem explorados, as
técnicas de coleta de materiais, os instrumentos de coleta e registro de
materiais, as técnicas de tratamento( processamento) e os recursos técnicos
que se antecipam aos exercícios de descrição, interpretação e analise (LIMA,
2008, p. 20).

Neste capítulo serão abordados os procedimentos metodológicos utilizados neste


trabalho a fim de atingir os objetivos propostos.

1.9.1 Delineamento da pesquisa


18

Segundo ROESCH (1999, p. 126) o delineamento da pesquisa consiste em tornar o


problema pesquisável; deve-se especificar como nossa amostra será extraída, quais subgrupos
que deve conter, quais comparações serão feitas, se serão necessários grupos de controle, o
delineamento da pesquisa determina então quem vai ser pesquisado e quais questões serão
levantadas.

O tipo de pesquisa utilizada no desenvolvimento do projeto de aplicação da norma


regulamentadora da Alfa Alimentos Lages SC será a pesquisa qualitativa através de um
estudo de caso criando parâmetros das áreas funcionais relevantes a execução deste projeto.

De acordo com Gil (2002) a pesquisa é definida como procedimento racional e


sistemático que tem como objetivo proporcionar soluções aos problemas que são propostos.
Para o autor o desenvolvimento da pesquisa é mediante o concurso dos conhecimentos
disponíveis e a utilização cautelosa de métodos e técnicas.

Ainda segundo Gil (2002), com base nos objetivos gerais, as pesquisas podem ser
classificadas quanto ao tipo em três grandes grupos: exploratórias, descritivas e explicativas.

As pesquisas exploratórias de acordo com Bertucci (2008, p.48) “são aquelas que
tratam determinados problemas de pesquisa de forma quase pioneira, buscando descrever
determinadas situações, estabelecer relações entra variáveis, ou definir problemas de pesquisa
a serem continuadas por outros pesquisadores”.

As pesquisas descritivas têm como principal finalidade a descrição das características


de determinada população ou fenômeno ou estabelecimento entre variáveis (GIL, 1999).

As pesquisas explicativas “têm como preocupação central identificar os fatores que


determinam ou que contribuem para a ocorrência dos fenômenos” (GIL, 2002 p. 42).

O autor afirma ainda que este tipo de pesquisa que mais aprofunda o conhecimento
da realidade, pois explica a razão, o porquê das coisas.

A classificação das pesquisas em exploratórias, descritivas e


explicativas é muito útil para o estabelecimento de seu marco
teórico, ou seja, para possibilitar uma aproximação conceitual.
Todavia, para analisar os fatos do ponto de vista empírico, para
confrontar a visão teórica com os dados da realidade torna-se
19

necessário traçar um modelo conceitual e operativo da pesquisa


(GIL, 2002, p.43).

Este modelo na literatura cientifica, segundo o autor descrito acima recebe o nome de
delineamento. Para Gil (1999, p.64) “o delineamento refere-se ao planejamento da pesquisa
em sua dimensão mais ampla, envolvendo tanto a sua diagramação quanto a previsão de
analise e interpretação dos dados”.
De acordo com Gil (2002) as pesquisas podem ser classificadas com base nos
procedimentos técnicos utilizados sendo elas:

 Pesquisa Bibliográfica
 Pesquisa Documental
 Pesquisa Experimental
 Pesquisa Ex-post facto
 Estudo de Coorte
 Levantamento
 Estudo de Campo
 Estudo de Caso
 Pesquisa-ação
 Pesquisa participante

Desta forma a presente pesquisa adotou os seguintes critérios de classificação proposto


pelo pesquisador. Quanto aos objetivos, a pesquisa se caracteriza como exploratória que de
acordo com Bertucci (2008) a pesquisa exploratória envolve trabalhos de levantamento
bibliográfico e documental, a fim de auxiliar a escolha das principais variáveis a serem
abordadas no trabalho. Quanto aos procedimentos técnicos se caracteriza como estudo de caso
com pesquisa quantitativa e qualitativa,
Utilizando-se destes conceitos, pretende-se então, aplicar estas ferramentas para a
analise e gerenciamento de riscos da empresa.

1.9.2 Coleta de dados

A coleta de dados é um dos métodos centrais da pesquisa, e trata-se de coleta de


dados primários, através de entrevistas, questionários, observações ou testes. É importante
especificar a fonte dos dados (a população que será entrevistada), como serão levantados e
através de que instrumentos, fornecendo dados e informações que auxiliaram na execução do
planejamento.

A coleta de dados na Alfa Alimentos será feita através de entrevista semiestruturada


com os responsáveis da área de saúde e segurança do trabalho, bem como observação
20

participativa-exploratória das técnicas utilizadas nas áreas essenciais ao gerenciamento quanto


aplicação da norma em estudo. Também será utilizado, banco de dados, arquivos e relatórios
utilizados pela administração da empresa os documentos oriundos da área de saúde e
segurança do trabalho.

1.9.3 Análise dos dados

Após a coleta dos dados qualitativos e quantitativos, esses serão analisados e


transcritos, conforme a necessidade de avaliação para formulários, tabelas, matrizes e outros
instrumentos que por ventura se fizerem necessários para a realização dos objetivos propostos
neste projeto, levando em consideração as questões relevantes a analise e estudo quanto a
aplicação da norma regulamentadora de número 36.

1.10 Cronograma

Tabela 1: Cronograma do Desenvolvimento do Projeto de Estagio Engenharia de


Produção Ano 2013.

CRONOGRAMA DO DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE ESTAGIO


ENGENHARIA DE PRODUÇÃO ANO 2013.
ATIVIDADES PERÍODOS
ETAPA 1 Observação e relato das atividades Março-2013
desenvolvidas pela organização e a 01/03 até 08/03
identificação de problemas e/ou
oportunidades de estudo.
ETAPA 2 Desenvolvimento da proposta de projeto de Março-2013
estágio com orientador e supervisionado 11/03 até 15/03
pelo supervisor de estágio
ETAPA 3 Elaboração do projeto de estágio Março-2013
18/03 até 22/03
ETAPA 4 Desenvolvimento do Relatório final do Março a Maio-2013
projeto de estágio com a análise e
interpretação de dados, relato das 25/03 até 06/05
atividades no campo de estágio, conclusão,
sugestões e apresentação do relatório final.
Fonte: Autor, 2013.
21

2 REFERENCIAL TEÓRICO

Neste capítulo são apresentadas as teorias que nos subsidiaram para a análise dos
dados da pesquisa. Iniciou-se com as referências relacionadas ao estudo da historia das
normas regulamentadoras, Bem como os assuntos relacionados á saúde e a segurança do
trabalho.
Todos os dados e informações foram levantados mediante pesquisas de referências
bibliográficas de textos e artigos na internet, bem como em livros e periódicos de circulação
nacional. Foram obtidas ainda informações com os técnicos, supervisores, engenheiros, e a
equipe do SESMT Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do
Trabalho da empresa entre esses profissionais encontravam-se os enfermeiros do trabalho,
engenheiro de segurança do trabalho, os tecnicos em segurança do trabalho médico do
trabalho e a fisioterapeuta.
O nosso referencial teórico abrange temas relacionados às normas regulamentadoras
e saúde e segurança do trabalho.

2.1 Historicidade das normas regulamentadoras

As normas regulamentadoras dispõem sobre procedimentos obrigatórios quanto à


medicina e segurança do trabalho nas empresas.
As primeiras referências legais à Inspeção do Trabalho no Brasil surgem do Decreto
n.º 1.313 de 17/01/1891, todavia, o referido dispositivo legal abordava apenas normas
relativas ao trabalho de crianças na Capital, na época a cidade do Rio de Janeiro (Wikipedia,
2013).
Após, o Decreto n.º 9.671-A, de 04/04/1931, editado no governo Getúlio Vargas,
criou o Departamento Nacional do Trabalho, incumbido da fiscalização do cumprimento de
Leis sobre acidentes do trabalho, jornada, férias, trabalho de mulheres e menores e
organização sindical.
Em 19/07/1947 a Organização Internacional do Trabalho - OIT, adere a Convenção
n.º 81, que estabelece que cada Membro da OIT, deve ter um sistema de inspeção do trabalho
nos estabelecimentos industriais e Comerciais. Contudo, o Brasil ratificou a Convenção n.º 81
22

da OIT, pelo Decreto Legislativo n.º 24, apenas em 29/05/1956, promulgado pelo Decreto n.º
41.721, de 25/06/1957, ou seja, 10 anos mais tarde.
Em decorrência disto, em 15/03/1965, com a expedição do Decreto n.º 55.841, surge
o Regulamento da Inspeção do Trabalho, que estrutura as carreiras dos Agentes da Inspeção
do Trabalho nas diversas especialidades – Fiscal do Trabalho, Médico do Trabalho,
Engenheiro e Assistente Social, e estabelece normas de inspeção.
Em 1977 fora editada a Lei nº 6.514 alterou o Capitulo V do Titulo II da CLT,
relativo à segurança e medicina do trabalho, na seção IX, que trata das instalações elétricas
em seu art. 179 diz:

O Ministério do Trabalho disporá sobre condições de segurança e as


medidas especiais a serem observadas em instalações elétricas em
qualquer de suas fases de produção,transmissão, distribuição ou
consumo de energia. E somente profissional qualificado poderá
instalar, operar, inspecionar ou reparar instalações elétricas
(ATLAS, 2006).

E posteriormente a Portaria n.º 3.214, de 08/06/1978, aprovou 28 Normas


Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho, conhecidas como “NR”, que
versam sobre diversas áreas do trabalho. Atualmente, o Brasil dispõe de 33 normas
regulamentadoras.
De acordo com a NR-1, que trata das disposições gerais, as NRs relativas à
segurança e medicina do trabalho,são de observância obrigatória tanto pelas empresas
públicas como as privadas e pelos órgãos públicos de administração direta e indireta, e aos
órgãos dos poderes legislativo e judiciário, que possuam empregados regidos pela CLT
(Consolidação das Leis do Trabalho), conforme prevê a Lei 6.514/1977, que instituiu as
referidas normas regulamentadoras (ATLAS, 2006).
23

2.2 Normas Regulamentadoras

As Normas Regulamentadoras relativas à segurança e medicina do trabalho foram


aprovadas em 8 de julho de 1978, por meio da Portaria n.º 3.214, do Ministério do trabalho.
São elas:
NR-1 - Disposições gerais
NR-2 - Inspeção prévia
NR-3 - Embargo ou interdição
NR-4 - Serviços especializados em engenharia de segurançae medicina
do trabalho
NR-5 - Comissão interna de prevenção de acidentes – CIPA
NR-6 - Equipamento de proteção individual – EPI
NR-7- Programa de controle médico de saúde ocupacional
NR-8 - Edificações
NR-9 - Programa de prevenção de riscos ambientais
NR-10 - Instalações e serviços em eletricidade
NR-11 - Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais
NR-12 - Máquinas e equipamentos
NR-13 - Caldeiras e vasos de pressão
NR-14 - Fornos
NR-15 – Atividades e operações insalubres
NR-16 – Atividades e operações perigosas
NR-17 – Ergonomia
NR-18 – Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da
construção
NR-19 – Explosivos
NR-20 – Líquidos combustíveis e inflamáveis
NR-21 – Trabalho a céu aberto
NR-22 – Trabalhos subterrâneos
NR-23 – Proteção contra incêndios
NR-24 – Condições sanitárias e de conforto nos locais de trabalho
24

NR-25 – Resíduos industriais


NR-26 – Sinalização de segurança
NR-27 – Registro profissional do técnico de segurança dotrabalho no
Ministério do Trabalho e da Previdência Social
NR-28 – Fiscalização e penalidades
NR-29 – Segurança e saúde no trabalho portuário
NR-30 – Segurança e saúde no trabalho aquaviário
NR-31 – Segurança e saúde no trabalho da agricultura epecuária
NR-32 – Segurança e saúde no trabalho em serviços em saúde.

De acordo com Araújo (2002, p. 43):

As NR relativas à segurança e medicina do trabalho são de observância


obrigatória pelas empresas privadas e públicas de administração direta e
indireta, bem como pelos órgãos dos poderes legislativos e judiciários que
possuam empregados regidos pela CLT.

A abrangência do conteúdo das Normas Regulamentadoras é aplicada, no que convir


aos trabalhadores avulsos, às entidades ou empresas contratantes e aos sindicatos que
representam as categorias profissionais.
A que se observar em relação às Normas Regulamentadoras que elas não desobrigam
as empresas do cumprimento de outras disposições que estejam contidas em códigos de obras
ou regulamentos sanitários dos Estados ou Municípios, e ainda as que forem acordadas em
convenções e acordos coletivos de trabalho.

2.2.1 Conceitos gerais

Conforme dispõe a NR-36 a exigência de requisitos e condições mínimas para a


implementação de medidas de controle e sistema de prevenção de acidentes, garantem a
segurança e a saúde dos trabalhadores expostos ou que interajam em frigoríficos.
25

Os resultados obtidos são frutos de negociações entre as três partes diretamente


envolvidas com a segurança dos trabalhadores: sindicatos, empresas e Governo, formando
assim o GTTE (Grupo Técnico Tripartite de Energia).
A nova norma traz orientações objetivas quanto às especificidades, e genéricas
quanto as finalidades e aplicabilidade, resumindo e condicionando as disposições
regulamentadas. Fica claro que a nova norma fixa os requisitos e as condições mínimas
necessárias ao processo de transformação das condições de trabalho em área frigorificas, de
forma a torná-los mais seguros e salubres.
O trabalho nas áreas de frigoríficas possuem riscos, exigindo-se um conhecimento
geral das diversas metodologias de análise de riscos, a fim de permitir a esperada avaliação
crítica das condições de trabalho, sem a qual é praticamente impossível garantir a aplicação
dos meios de controle colocados à disposição dos trabalhadores..
A definição de acidente de trabalho pela legislação previdenciária é conceituada
acidente do trabalho meramente do ponto de vista social, exemplificando quais são os
acidentes do trabalho, não definindo que se entende por acidente de trabalho. Assim se
expressa o texto legal da Lei nº 8.213, de 25 de julho de 1991 (ZOCCHIO, 1996):
Art. 19. “Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do
trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos
segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando
lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a
perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o
trabalho.”

Segundo Porto (2000) atualmente em muitas empresas brasileiras, se espera ocorrer


acidentes e/ou doenças graves para se tomar alguma atitude, e frequentemente os
trabalhadores são acusados como principais responsáveis pelos acidentes, através do uso do
conceito de ato inseguro.
Vale ressaltar que a condição insegura não é o único fator e que as causas de
acidentes não podem ser relacionadas apenas a um único fator, assim sendo, são apresentados
a seguir os fatores iniciais que caracterizam as causas básicas de acidentes (VIEIRA, 2005):
26

 Ato inseguro: ocorre quando o trabalhador não toma os devidos cuidados ou


faça de forma errada a execução dos serviços, ou ainda não respeita as
normas de segurança;
 Condições inseguras: são deficiências técnicas que colocam emrisco a
integridade física e/ou mental do trabalhador, e ocorre quando não há
condições de ambiente de trabalho adequadas a execução dos trabalhos;
 Fator Pessoal Inseguro: quando o cumprimento das atividades laborais são
executadas por pessoas com falta de prática, treinamento, má vontade, más
condições físicas etc.

Ainda, para apontar a causa do acidente deve ser realizada uma análise mais
profunda e real dos acidentes, no qual outros fatores devem ser levados em consideração.

2.3 Controle dos riscos

Os acidentes ocorrem em decorrência da prática de atos inseguros ou da existência de


condições inseguras. Essas duas situações constituem causas determinantes na ocorrência dos
riscos e em consequência dos danos e das fatalidades.
Segundo Zocchio (1996) tudo começa com a existência de riscos de acidentes, por
isso é indispensável identificá-los e avaliá-los. Os riscos quando sob controle deixam de ser
agressivos, mas fora de controle passam a ser um perigo para as pessoas. São
tradicionalmente divididos em cinco classes e caracterizados de acordo com os agentes de
riscos, conforme a tabela 1.
São classificados em grupos de acordo com a natureza e da padronização das cores
correspondentes, didaticamente os riscos são divididos em: riscos físicos, químicos,
biológicos, ergonômicos e Acidentes. Conforme tabela abaixo:
27

Quadro 1- Classificação dos Principais Riscos Ocupacionais

Fonte:ATLAS, 2006

O conjunto de riscos físicos, químicos e biológicos são chamados de riscos


ambientais, conforme a teoria de classificação dos riscos.
Ainda, no entendimento do Zocchio (1996) todas as medidas de segurança aplicadas
para proteger as pessoas contra os riscos de acidentes, são por intermédio de uma das
seguintes alternativas: eliminando-os, isolando-os e ou sinalizando-os.
Através de métodos de análises de riscos é possível realizar a avaliação de todas as
etapas e elementos dos trabalhos, a fim de racionalizar e desenvolver as sequências de
operações que o trabalhador executa.
28

Desta forma, podem-se identificar os riscos potenciais de acidentes físicos e


materiais, identificando e corrigindo problemas operacionais para uma segura condição de
realização dos trabalhos.
Segundo o Portal da Construção (2008) dentre as metodologias existentes para
análise de risco destacam-se:
a) Análise Preliminar de Risco(APR) – é uma metodologia estruturada para
identificar os riscos, os perigos, as suas causas e efeitos, avaliação qualitativa desses
riscos, priorização dos riscos, e sugerir medidas preventivas para eliminar ou reduzir
as causas e consequências dos riscos;
b) Análise de Modos de Falha e Efeitos (FMEA) – é uma ferramenta que procura
evitar, por meio da análise das falhas potenciais e propostas de ações de melhoria,
que ocorram falhas no projeto do produto ou do processo;
c) Hazard and Operability Studies (HAZOP) – Estudo de Riscos Operacionais – é
uma metodologiaque se destina a examinar instalações e/ou processos complexos
com vista a encontrar procedimentos e operações que constituam risco real e/ou
potencial;
d) Faut Tree Analysis (FTA) – Analise de Árvore de Avarias – é aplicada em zonas
restritas de instalações consideradas sensíveis, para análise dos riscos
antecipadamente observados e não na identificação dos riscos;
e) Análise Preliminar de Perigo (APP) - é uma metodologia indutiva estruturada para
identificar os potenciais perigos decorrentes do tipo das instalações, dos sistemas ou
da própria operação.

2.3.1 Avaliação de riscos

Neste fase da pesquisa enfatiza-se a teoria clássica sobre avaliação de riscos de


acidentes de trabalho realizada por alguns estudiosos, de interesse das empresas seguradoras
na época. Para que nos capítulos seguintes se faça entender como são realizadas as avaliações
de riscos e qual o tratamento que deve ser dados a estes riscos.
No começo do século XX, iniciaram-se ensaios sobre os aspectos econômicos dos
problemas acidentários em alguns países, principalmente nos Estados Unidos. Só na década
29

de 1920 do século XX, nesse mesmo país foi publicado um vasto trabalho que veio
demonstrar a extensão dos problemas econômicos dos acidentes do trabalho. Trata-se do livro
“Industrial Accident Prevention”, de H. W. Heinrich, que passou a ser a base para estudos de
custos de acidentes e precursor dos programas de controle de perdas que vieram mais tarde.
Segundo Silva (2004) a evolução do estudo dos riscos iniciou-se com W. Heinrich e
R. P. Blake. Heinrich e Blake foram pioneiros ao considerarem a ideia de acidentes sem
lesões, apenas com danos a propriedade. Assim, são considerados todos os acidentes que
expõem ao perigo a execução de uma atividade, e que causam danos materiais.
Nessa linha de estudo, considerados acidentes com lesão incapacitante, lesão não
incapacitante e acidentes sem lesão, tem-se a Pirâmide de Heinrich, representada na figura 3.

Figura1- Pirâmide de Heinrich 1931

Fig. 1– Pirâmide de Heinrich (1931) (Fonte:Silva,2004)

Haja vista a ausência de lesão tais acidentes não eram considerados, nem no aspecto
financeiro, em decorrência dos danos materiais, e tampouco, os riscos potenciais para o
trabalhador. Portanto, deixava-se de observar o fator contribuinte do acidente, ato ou condição
insegura, ao fim de evitarem-se novos acidentes com perigo de lesão.
Em 1966, Frank Bird Jr. iniciou um programa de Controle de Danos que, sem se
descuidar dos acidentes com danos pessoais, tinha o objetivo principal de reduzir as perdas
oriundas de danos materiais. A principal motivação para realização deste trabalho foram os
30

acidentes pessoais e a consciência dos acidentes ocorridos, uma vez que o Bird fora operário
(Silva, 2004).
O programa de Controle de Danos contemplava quatro aspectos básicos: informação;
investigação; análise e revisão do processo.
Fundamentado nessa teoria e após uma análise de 90.000 acidentes ocorridos na
companhia Luckens Steel, por um período de mais de 7 anos, observou que do total, 145
acidentes foram incapacitantes, 15.000 acidentes com lesão e 75.000 foram acidentes com
danos à propriedade, proporcionalmente representados pela Pirâmide de Bird no ano de 1966
(Silva, 2004).

Esta correlação da pirâmide de Bird é demonstrada na figura 2.

Figura2- Pirâmide de Bird 1966

Fig. 2– Pirâmide de Bird (1966) (Fonte:Silva,2004)

Mais tarde Frank Bird realizou nova análise, entre 1967 a 1968, na qual analisou 297
companhias americanas, envolvendo nessa análise 170.000 pessoas de 21 grupos diferentes de
trabalho. Neste período, houve 1.753.498 acidentes comunicados. Então Bird aperfeiçoou sua
pirâmide, demonstrada na figura 5, na qual definiu que, para que ocorra um acidente grave
incapacitando o trabalhador, antes ocorreram 600 incidentes sem danos pessoais e / ou
materiais (BITENCOURT, 1998).
31

Figura 3- Pirâmide de Bird 1968

Figura 3 – Pirâmide de Bird (1968) (Fonte:Bitencourt,1998)

Em síntese, uma análise contínua e um controle administrativo eficaz poderia atuar


na base da pirâmide, o que minimizaria as demais ocorrências. Bird também contribuiu
desenvolvendo um modelo simples para avaliar a sequência de situações e eventos que
resultam em perdas, denominado DOMINÓ DE BIRD, que uma sucessão de causas e
consequências dos acidentes nas empresas, ou seja, cada dominó representa um conjunto de
fatos negativos que desencadeia o conjunto subsequente, a queda do dominó gera a queda de
todos os dominós subsequentes, na qual, a ocorrência de um grupo de fatos negativos
representados em um dominó gera a ocorrência do imediatamente posterior e assim
sucessivamente (Furnas, 2006), conforme figura 4.
Figura 4 – Dominó de Bird (Fonte: Furnas, 2006)

Figura 4 Dominó de Bird (Fonte: Furnas, 2006)


32

Figura 5 – Dominó de Bird (Fonte: Furnas, 2006)

Figura 5 Dominó de Bird (Fonte: Furnas, 2006)

Segue abaixo o significado de cada peça do dominó e a sua sequência lógica do


esquema apresentado na figura 4, e segundo Furnas (2006):

 Primeiro dominó: falta de controle gerencial, a causa básica que


desencadeia todos os fatos negativos subseqüentes, e a queda dos
demais dominós.
 Segundo dominó: causas básicas dos acidentes, tais como:

i. Fatores pessoais – falta de conhecimento, habilidade ou


destreza, motivação imprópria ou inadequada, problemas
físicos, psico-sociais ou fadiga;
ii. Fatores de trabalho – padrões de trabalho inadequados,
métodos e processos, procedimentos, projetos,
equipamentos, instalações, manutenção, operação e
fabricação.
 Terceiro dominó: causas imediatas dos acidentes, tais como:
i. Atos inseguros;
ii. Condições ambientais inseguras.
 Quarto dominó: ocorrência do acidente ou incidente.
33

 Quinto dominó: danos ou perdas à pessoas e propriedade, que são


originados pelos acidentes ou incidentes.
O processo de avaliação de riscos nos permite identificar a probabilidade de estes
acontecerem e quantificar as suas consequências. Risco é igual à multiplicação da frequência
de um perigo pela sua gravidade, sendo a frequência uma previsão da quantidade dos
acidentes ocorrerem e a gravidade os danos causados por cada acidente.
A principal vantagem da avaliação de riscos é o fornecimento de elementos para
tomadas de decisões que envolvam confiança e segurança, possibilitando assim apresentar
alternativas claras e objetivas. Segundo o Portal da Construção (2008) para isso é necessário
conhecer alguns conceitos:

a. Risco – junção da probabilidade de ocorrer um acidente com as suas


consequências e gravidades;
b. Quantificação de risco – estimativa por métodos estatísticos, da probabilidade
de sua ocorrência e suas consequências;
c. Avaliação do risco – medida de qualificar o risco;
d. Gestão de riscos – modelo de orientação para tomadas de decisões com
medidas de se evitar, eliminar ou diminuir os riscos;
e. Análise de riscos – estudar através de certos métodos os riscos ligados a
atividade, funcionamento, operação, sistema ou produto dentro de seu
contexto;
f. Perigo – condições em que podem ocorrer acidentes no desenvolvimento de
uma atividade.
g. Identificação dos perigos – determinar as possibilidades de acontecer algo não
desejado.
h. Índice de segurança – identificam locais sensíveis da instalação onde podem
ocorrer acidentes de maiores consequências.

Ainda segundo O Portal da Construção (2008) através dos conceitos supracitados o


processo de análise de riscos no trabalho, utilizando-se como ferramenta de análise a APR, se
resume da seguinte forma:
34

1º) identificar os perigos – determinar com um elevado nível de certeza as


condicionantes que poderão colocar em risco a segurança do(s) trabalhador(es);
2º) quantificar os riscos – estimar a quantidade de riscos e, em caso de
acidente, as consequências que terão;
3º) determinar o risco aceitável – depois de definidos quais os riscos, decidir
quais são os que, mesmo existindo, têm probabilidade muito reduzida de se
concretizarem;
4º) definir a estratégia para a gestão do risco – escolher um método que permita
gerir da melhor forma os riscos existentes.

Para gerenciar riscos é necessário formar uma nova ótica no conceito de segurança
industrial, tanto no aspecto de prevenção como no aspecto da ação. O gerenciamento de riscos
visa a busca de todas as causas básicas de todos os acidentes que possam ocorrer ou que
tenham acontecido numa determinada empresa, ou seja, a ênfase é em relatar todos os
acidentes que causem ou que tenham potencial de causar algum tipo de dano.

2.4 A gestão da segurança e saúde no trabalho

A segurança do trabalho estuda, através de metodologias e técnicas apropriadas, as


possíveis causas de acidentes e doenças no trabalho objetivando a prevenção de suas
ocorrências. Para alcançar estes objetivos propostos a segurança deve realizar o planejamento
e controle das condições de dos ambientes de trabalho, através da identificação, avaliação e
eliminação dos riscos existentes nos locais de trabalho (PACHECO, 2000).
As normas regulamentadoras têm como objetivo auxiliar as organizações a
estruturarem um sistema eficiente de gestão da saúde e segurança do trabalho tendo como
uma das premissas em seu planejamento a implementação de identificação de perigos e a
gestão de riscos.
35

A gestão de riscos é um elemento central na gestão estratégica de qualquer


organização. É o processo através do qual as organizações analisam metodicamente os riscos
inerentes às respectivas atividades, com o objetivo de terem controle dos seus processos.
Com o intuito de melhorar a qualidade de vida no trabalho, estão lendo lançados nas
organizações os programas de segurança, cada um com suas particularidades e atribuições,
mas todos com um objetivo comum: proporcionar cada vez mais segurança aos seus
colaboradores.
A redução de acidentes em níveis mais significativos só será conseguida
adotando-se um programa de segurança do trabalho, com atuação a longo
prazo. Este inclui a fixação clara de objetivos e metas a serem alcançadas,
definição de uma estrutura e uma organização administrativa e de
trabalhadores, e investigação dos acidentes com elaboração de registros,
relatórios e análises estatísticas. (IIDA, 2002).

Itiro Iida (2002) destaca que o acompanhamento da segurança pode ser feito por meio
de inspeções periódicas aos principais postos de trabalho, sendo disponíveis questionários ou
check-list para fazer essas verificações. Se houver um acidente, deve ser preparado um
relatório minucioso, descrevendo o tipo de acidente, a lesão causada e as condições do local
onde ocorreu o acidente, verificando, principalmente, se houve algum desvio, em relação às
condições normais de operação.
Itiro Iida (2002) relata que o conhecimento das situações perigosas e o
desenvolvimento de comportamento para evitá-las podem diminuir significativamente os
acidentes.
Para definir as práticas seguras no trabalho, é necessário, em primeiro lugar, identificar
as situações de risco. Isso pode ser feito examinando-se os relatórios de acidentes. Contudo,
estes podem ser muito falhos por registrarem apenas os casos mais graves, ou seja, aqueles
que impliquem em lesões dos trabalhadores. Outras fontes de informações são os próprios
trabalhadores e seus superiores imediatos. O levantamento pode ser feito através de
questionários, desde que a linguagem usada seja apropriada. Mas estes provocam certa
desconfiança dos trabalhadores. Para superar essas limitações, o melhor é partir para
observações e entrevistas diretas, baseando-se em fatos concretos e evitando as opiniões ou
suposições pessoais.
36

Quando forem identificadas todas as situações de risco, estas podem ser classificadas
de acordo com a gravidade e frequência de ocorrência para se estabelecer as prioridades de
tratamento. A etapa seguinte é a de desenvolver práticas seguras de trabalho a serem
transmitidas aos trabalhadores. Muitas vezes, a própria observação do trabalho pode indicar a
existência de uma prática mais segura e, em outros casos, esta precisa ser desenvolvida, e
pode envolver a mudança de ferramentas, pequenas modificações de local de trabalho,
implicando em estudos de um novo layout para o local ou o uso de equipamentos de proteção
individual. A prática segura no trabalho depende das seguintes atividades.

 Descobrir as condições inseguras: as condições inseguras devem ser descobertas por


pessoas especializadas ou pelos próprios trabalhadores, desde que estes recebam um
treinamento especial para reconhecer essas condições. Uma vez identificadas essas
condições, devem ser feitas comunicações a todos os trabalhadores para que fiquem
alerta e tomem os devidos cuidados.
 Adotar práticas seguras: o conhecimento das condições inseguras facilita o
trabalhador a adotar práticas seguras no trabalho. Em caso de perigo difuso, deve-se
usar algum tipo de EPI. Se houver perigo extremo ou desastre iminente, o trabalhador
deve adotar comportamentos emergenciais, como cortar a fonte de energia ou desligar
a máquina.
 Conservar e manter limpo: a conservação, consertando os equipamentos
danificados, e a limpeza, ajudam a prevenir as situações de perigo e motivam o
trabalhador a adotar práticas seguras. Objetos ou sujeiras espalhadas no chão podem
ser fontes de tropeços e quedas, além de atraírem mais sujeira.

2.5 Os fatores que influem nos acidentes e a análise das situações potenciais de acidentes

Os acidentes geralmente resultam de interações inadequadas entre o homem, a tarefa e


o seu ambiente. Itiro Iida (2002) classifica os diversos modelos explicativos de acidentes em
dois tipos: os modelos sequenciais e os modelos fatoriais.
37

Modelos Sequenciais:
Os modelos sequenciais de acidentes são aqueles que apresentam uma cadeia de
eventos que levam a um acidente. Heinrich (1959), segundo Itiro Iida (2002), formulou um
modelo bastante difundido, que é chamado também de “dominó” do acidente, pois existiriam
cinco eventos encadeados que levariam à lesão do trabalhador: personalidade; falhas
humanas; causas de acidentes (condições inadequada se atos inseguros); acidente; e lesão. A
prevenção, segundo essa teoria, deveria ser feita pela remoção das causas de acidentes, para,
assim, evitar-se a propagação da queda dos “dominós”. Essa teoria é muito contestada, porque
admite a existência de certos traços de personalidade (insegurança, irresponsabilidade,
teimosia, valentia) que tornariam algumas pessoas mais suscetíveis a acidentes e isso não tem
comprovação prática. Outro modelo sequencial foi apresentado por Ramsey (1978), também
apresentado por Itiro Iida (2002), segundo o qual, uma pessoa exposta a uma condição
insegura, apresentaria os seguintes comportamentos sequenciais:

 Percepção do perigo (órgãos sensoriais);


 Identificação do perigo (processamento da informação);
 Decisão de evitar o perigo (escolha da alternativa);
 Habilidade para evitar o perigo (habilidade motora, forças, tempo de reação).

Qualquer falha em uma dessas etapas contribuiria para aumentar os riscos de acidentes. O
método sequencial mais elaborado é o método da árvore de falhas, proposto por Leplat e
Rasmussen (1984), que é apresentado no livro de Itiro Iida (2002).
O método da árvore de falhas representa graficamente as interações entre as diversas
falhas que conduzem a um acidente. Entende-se aqui, por falha, qualquer tipo de erro
humano, defeito mecânico ou deficiências ambientais que provocam desvios na tarefa.
Em geral, há uma cadeia de eventos que levam até o acidente. Evidentemente, no caso de
uma simples falha de um componente, como uma lâmpada que se queima, é uma falha
isolada, que não provoca maiores consequências. Mas, em geral, os acidentes são precedidos
de diversos tipos de falhas, cujos efeitos cumulativos provocam os acidentes.
38

Os autores salientam que, em vez de ficar procurando quem foi o “culpado” pelo acidente,
é melhor fazer uma análise das falhas que ocasionaram esse acidente, com o objetivo de
eliminá-las, para que as mesmas não se repitam futuramente.
Isso envolve ações como modificações em máquinas e equipamentos, alterações no
processo produtivo, mudanças de layout, melhoria da organização do trabalho, sistemas de
manutenção, treinamento dos trabalhadores, melhoria do sistema de informações e assim por
diante.
Em outras palavras, consiste em introduzir modificações no sistema produtivo, de modo
que ele possa resistir aos erros humanos, ou para que tenha tolerância para absorver certa
faixa de variação do comportamento humano. Por exemplo, vamos supor que uma pessoa
deva dirigir um carro de 150 cm de largura em linha reta, mas, devido à variação natural do
comportamento humano, ele provoque desvios frequentes à direita e à esquerda, e que esses
desvios sejam de 50 cm, no máximo, para cada lado. Nesse caso, a estrada deveria ter pelo
menos 250 cm de largura para absorver os desvios do motorista.

Modelos Fatoriais:
Os modelos fatoriais, atualmente, são mais aceitos para explicar a ocorrência de
acidentes. Segundos estes, não existiria uma sequência lógica ou temporal de eventos, mas um
conjunto de fatores que interagem entre si, continuamente, e cujo desfecho pode ser um
acidente ou quase-acidente. Os fatores normalmente incluídos em estudos de acidentes são: a
tarefa; as máquinas e ferramentas; o trabalhador; a personalidade; a sonolência; a estrutura
organizacional e o ambiente físico.
Em muitas ocasiões quando são buscadas as causas deum acidente, devido à
escassez de recursos humanos e materiais adequados, acaba-se por não
identificar suas reais causas. Assim deixa-se escapar uma grande
oportunidade de agregar conhecimentos que, certamente, contribuiriam para
que outros acidentes fossem evitados. (IIDA, 2002).

Assim, além de considerar as possíveis causas do acidente, devem ser consideradas as


atitudes do responsável pela execução da tarefa. Será que ele foi negligente ao executá-la? Por
que ele tomou tal atitude? Muitas vezes, o colaborador dispunha de todos os recursos
necessários para realizar a atividade, mas por uma atitude incorreta, consciente ou
39

inconsciente, acabou sofrendo um acidente. Dessa maneira, é fundamental partir para um


novo processo, no qual além de garantir todas as condições necessárias para a execução da
tarefa, prevaleça uma cultura na qual a prevenção por meio de observações dos trabalhadores
seja um meio de se evitar novos acidentes. Assim, trabalhadores de fora, observando a
atividade possuem uma visão crítica diferente daquele que a executa, podendo contribuir para
a correção de uma atitude indevida que poderia resultar em um acidente de trabalho, ou seja,
cada vez mais deve prevalecer a cultura prevencionista.
40

3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO ESTÁGIO

O presente relatório visa neste capítulo descrever algumas das atividades realizadas no
estágio supervisionado do curso de Engenharia de Produção da Universidade do Planalto
Catarinense UNIPLAC o qual foi realizado em uma agroindústria de Lages SC. No
departamento de engenharia de segurança do trabalho. Sendo as atividades direcionada a área
de gestão e execução de algumas atividades da área especifica da engenharia de segurança do
trabalho.
As atividades desenvolvidas no estágio foram diretamente desenvolvidas na subárea do
conhecimento da engenharia de produção na área de engenharia e segurança do trabalho.
Realizou-se o estagio no período de 1 de março a 6 de maio de 2013. Em um primeiro
momento desenvolveu-se um pré projeto no qual o objetivo era devolver e aplicar algumas
ferramenta de analise de risco em algumas atividade desenvolvidas na empresa Alfa
Alimentos.
Porém no decorrer das atividades do estágio notou-se a necessidade da empresa em
realizar uma análise quanto ao atendimento de uma norma regulamentadora, sendo que a
partir desta necessidade, iniciou-se um diagnóstico quanto a análise dos itens e sub itens da
NR 36.
Analisando o contexto da organização podemos observar que a mesma necessitava de
imediato um diagnóstico quanto a situação atual da mesma ao atendimento dos itens da NR
36.
A partir desta necessidade iniciou-se o estudo de diagnostico da empresa quanto aos itens
e subitens da NR. Analisando os quais a organização deve adequar-se e os períodos para as
devidas adequações.
O estágio teve como base o estudo quanto à implementação da NR 36, que tem como
objetivo a melhoria dos ambientes laborais em indústrias do ramo frigoríficos.
Foram realizadas inúmeras reuniões junto às áreas responsáveis entre elas manutenção,
engenharia de segurança, área da saúde, áreas produtivas, logística, áreas administrativas e
recursos humanos.
41

Realizou-se reuniões via teleconferência e vídeo conferência junto as área de apoio do


coorporativo da empresa, sendo que todas as unidades fabris da empresa terão de adequar-se a
nova NR.
Sendo que o autodiagnostico da situação quanto ao atendimento da NR todas as unidades
industriais do grupo tinham a responsabilidade em realizar.
42

4 ANÁLISE E APLICAÇÃO DA NR 36 EM UMA AGROINDÚSTRIA

Neste capítulo apresentaremos através da aplicação de um check-list os itens e


subitens aplicaveis da NR 36 “Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas Abate e
Processamento de Carnes e Derivados”, em nosso objeto de estudo, sendo este uma
agroindústria.
A norma regulamentadora de numero 36. Tem por objetivo:

36.1.1 O objetivo desta Norma é estabelecer os requisitos mínimos para a avaliação,


controle e monitoramento dos riscos existentes nas atividades desenvolvidas na
indústria de abate e processamento de carnes e derivados destinados ao consumo
humano, de forma a garantir permanentemente a segurança, a saúde e a qualidade de
vida no trabalho, sem prejuízo da observância do disposto nas demais Normas
Regulamentadoras - NR do Ministério do Trabalho e Emprego.( MTE 2013)

O ministro d estado do trabalho e emprego, no uso das atribuições que lhe conferem o
inciso II do parágrafo único do art. 87 da Constituição Federal e os art. 155 e 200 da
Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei n.º 5.452, de 1º de
maio de 1943, resolve:

Art. 1º Aprovar a Norma Regulamentadora n.º 36 (NR-36), sob o título “Segurança e


Saúde no Trabalho em Empresas Abate e Processamento de Carnes e Derivados”, com
a redação constante no Anexo desta Portaria.

Art. 2º Criar a Comissão Nacional Tripartite Temática - CNTT da NR-36 com o


objetivo de acompanhar a implantação da Norma Regulamentadora, conforme
estabelece o art. 9º da Portaria MTE n.º 1.127, de 02 de outubro de 2003.

Art. 3º Esta Portaria entra em vigor 6 meses após a sua publicação, exceto quanto aos
itens abaixo discriminados, que entrarão em vigor nos prazos consignados, contados da
publicação deste ato:

Itens e Subitens da NR 36 e prazos para adequações e atendimento:

- Itens que demandem intervenções estruturais de mobiliário e equipamentos. Prazo 12


Meses.

- Itens que demandem alterações nas instalações físicas da empresa. Prazo 24 Meses.
43

- 36.2.2 Um assento para cada quatro trabalhadores. Prazo 9 Meses.

- Um assento para cada três trabalhadores. Prazo 24 Meses.

-36.2.7, “d”

Atendimento a, no mínimo, 50% do efetivo de trabalhadores que usufruirá das pausas


previstas neste item: Prazo 6 Meses.

Atendimento a, no mínimo, 75% do efetivo de trabalhadores que usufruirá das pausas


previstas neste item: Prazo 12 meses.

Atendimento a 100% do efetivo de trabalhadores que usufruirá das pausas previstas


neste item: Prazo 18 Meses.

36.13.2.Concessão de pausas psicofisiológicas distribuídas, no mínimo, da seguinte


forma:

Para jornadas de até 6 horas e 20 minutos:

- 10 minutos em prazo imediato;


- 20 minutos em prazo de 6 meses.

Para jornadas de 6 horas e 20 minutos a 7 horas e 40 minutos:

- 20 minutos em prazo imediato;


- 30 minutos em 9 meses;
- 45 minutos em 18 meses.

Para jornadas de 7 horas a 40 minutos a 9 horas a 10 minutos:

- 40 minutos em prazo imediato;


- 50 minutos em 9 meses;
- 60 minutos em 18 meses.

Cabe resaltarmos que a NR 36 que esta em vigor desde 19 de Abril de 2013. Deixa
claro que os intens e subitens mencionados acima e os prazos para as empresas do ramo se
adequarem.
Realizando a analise e interpretação dos dados com objetivo de atender um dos
critérios pré estabelecido em nossos objetivos especifícos.Pretendemos esclarecer de forma
clara e objetiva, como foi desenvolvido e aplicado o check-list, usando os criterios atende
(SIM), não atende(NÃO) e não aplicavel (NA) para os itens e subitens da NR 36.
44

4.1 Caracterização da empresa

A coleta de dados para o estudo de caso foi realizada na Agroindústria Alfa


Alimentos localizada na cidade de Lages, estado de Santa Catarina. A empresa conta com a
participação de aproximadamente 507 colaboradores e sua capacidade média de produção é
de 180.000 Toneladas/dia.

4.2 Aplicação do método check-list

A aplicação do método check-list para desenvolvimento e análise e gerenciamento dos


itens e subitens conforme, não conforme e não aplicável da Norma Regulamentadora 36, é
apresentado nos quadros a seguir.
Para uma melhor interpretação dos itens e subitens da norma regulamentadora,
apresentados nos quadros abaixo. Buscou-se apresentar no cabeçalho: O item da NR
analisado, os critérios a avaliar, o status, ou seja, aplicável e atendido (sim), aplicável e não
atendido (não) e não aplicável.
Quadro 2 45
Levantamento de Investimento para Atendimento ao item 36.4 da NR 36
Item 36.4 Manuseio de Carga
Item da Status
NR Critério Sim Não Não Necessidade de Adequações Quanto custa
Aplicável R$
36.4.1 Há presença de equipamentos para A descarga de matéria-prima é realizada com Paleteira Manual
facilitar o manuseio de cargas? No
36.4.1.1 exigindo um esforço maior dos operadores. Para isso é necessário
caso afirmativo assinalar modelo e
36.4.1.5 quantidade. adquirir mais uma transpaleteira elétrica.
36.4.1.7 R$35.000,00
(X) Paleteira manual - 15
36.5.1 (X) Empilhaderia - 03
(X) Trilhagem, sistemas de
36.5.8.1
sustentações de carga ou outro:
Tanspaleteira Elétrica – 03
36.5.7 c) No levantamento e transporte Na paletização, existe manuseio de produto acima do ombro e
frequentes, de produtos e cargas, próximo ao chão durante a formação dos pallets.
estes se encontram próximos ao solo No almoxarifado também há esse tipo de manuseio para
ou acima dos ombros?
desmontar o pallet e transferir materiais pela esteira. Será necess-
ário a Instalação de 04 pantográfica na paletização e fazer um
R$ 410.000,00
acesso entre o almoxarifado e o local 100 para que os pallets com
os materiais possam ser transportados por transpaleteira.
Nas áreas de manuseio de carga, há
risco de acidentes no manuseio, tais
36.4.1.7 Instalação de cancela no local para restringir a passagem de
como tombamento, corte e R$ 2.000,00
c) funcionário durante o descarregamento.
prensagem? Em caso afirmativo,
quais adequações são necessárias?
36.5.6 Os pisos e passagens estão em Melhorar o piso do corredor do primeiro pavimento (fábrica) e do R$100.000,00
46

perfeito estado de conservação e corredor da estocagem.


desobstruídos?
Para o levantamento não eventual
de cargas, a distância horizontal da
pega é superior a 60 cm em relação
36.5.7.1 R$ 00,00
ao corpo?
Em caso afirmativo, quais
adequações são necessárias?
Área de trabalho está dentro da área
de alcance manual permitindo
posicionamento adequado dos
segmentos? As esteiras da Pizza e Lasanha não atendem integralmente essa
Em caso negativo, especificar quais condição. Para adequar essas áreas de trabalho a única solução
adequações são necessárias. seria ampliar o prédio e dividir as linhas.
36.2.8.1
R$
36.5.7 a)
1.500.000,00
36.5.7 d) Considerar para ações comuns de
trabalho: 31 cm da borda do posto
de trabalho;
Objetos a serem alcançados:
Máximo a 62 cm da borda.
(COUTO).
Fonte: Autor, 2013.
47

Quadro 3
Levantamento de Investimento para Atendimento ao item 36. 4.1.2 da NR 36
Item 36.4.1.2 Para manipulação de caixas, bandejas, engradados.
Item da NR Situação
Critério Sim Não Não Aplicável Necessidade de Adequações Quanto custa R$

36.4.1.2 * Possuem formatos para pega segura,


confortável e estável?
a)
Em caso negativo, especificar quais
b)
adequações são necessárias.
c)
Características de uma alça ou pega
d)
ótima
Ok R$0,00
* a) No caso de uma alça ótima, esta deve ter um formato cilíndrico, a sua superfície deve ser não derrapante, o seu diâmetro de 1,8 a 3,7 cm,
comprimento >= 11 cm, e no mínimo 5 cm de espaço para as mãos.
b) No caso de caixas ou similar, deve-se permitir a possibilidade de dobrar os dedos próximo de 90º debaixo desta.
c) No caso de uma pega numa caixa, esta deve ter uma altura de no mínimo 7,5 cm, comprimento >=11 cm, forma semi-oval, no mínimo 3,2 cm de
espaço para os dedos, a sua superfície deve ser não derrapante e com algum grau de compressibilidade.(COUTO)

Possuem dimensões e formato que não


provoquem o aumento do esforço físico do
trabalhador?
36.5.6 OK R$ 0,00
Em caso negativo, especificar quais
adequações são necessárias.

36.8.4 Há presença de quinas vivas que possam OK R$ 0,00


48

provocar irritações ou ferimentos? Em


caso afirmativo, quais adequações são
necessárias?
Nos equipamentos/ferramentas ou
mobiliários há presença de arestas,
36.8.4 rebarbas ou quinas vivas? Em caso OK R$ 0,00
afirmativo, quais adequações são
necessárias?
b) Há espaço suficiente para os pés na
base do plano de trabalho de modo que o
36.2.7 trabalhador fique o mais próximo possível OK R$ 0,00
do posto de operação ou da carga a ser
levantada/manuseada?
As alças, empunhaduras ou pontos de
apoio dos equipamentos de transporte,
possuem formato anatômico e altura
adequada de modo a facilitar a pega e não
As caçambas utilizadas para o
induzir adoção de posturas forçadas como
transporte matéria-prima não
a flexão dos ombros? Em caso negativo,
36.5.10 atendem essa condição. Adequar R$ 8.000,00
especificar quais adequações são
á altura da barra e diâmetro dos
necessárias.
cabos. (aprox.40 caçambas)
A altura da barra deve estar entre 91 a 112
cm;
O diâmetro dos cabos devem ser de 30 a
45 mm e de forma cilíndrica. (COUTO)
É realizada a manutenção periódica dos
É realizada apenas á manutenção
carrinhos e meios de transporte? No caso
36.5.11 corretiva. Passar a realizar
afirmativo, especificar como é realizado o R$ 0,00
36.8.8 também a manutenção
controle. Em caso negativo, especificar
preventiva.
quais adequações são necessárias.
Fonte: Autor, 2013.
49

Quadro 4
Levantamento de Investimento para Atendimento ao item 36. 4.1.2 da NR 36
Item 36.2 Mobiliário e Postos de Trabalho
Item da NR Situação
Critério Sim Não Não Aplicável Necessidade de Adequações Quanto custa
R$

Os postos de trabalho possuem:


d) Proteção contra intempéries quando
as atividades ocorrerem em área
36.2.9 externa, obedecida a hierarquia das
medidas previstas no item 11.7;
a) Limpeza e higienização;
OBS: Em caso negativo, especificar
quais adequações são necessárias.
Os pisos possuem características
antiderrapantes obedecidas as
características higiênico-sanitárias
36.2.9 legais; e sistema de escoamento de
água e resíduos? Em caso negativo,
especificar quais adequações são
necessárias.
As áreas de trabalho e de circulação
estão dimensionadas de forma a Alguns corredores nos setores
36.2.9 permitir a movimentação segura de da Pizza e Lasanha, não
c) materiais e pessoas? atendem o espaçamento R$ 150.000,00
36.6.6 mínimo. Adequar os
corredores.
50

Existe improviso na adequação da R$ 0,00


altura do posto de trabalho ao
trabalhador, com materiais não
36.3.2 OK
destinados para este fim? Em caso
afirmativo, quais adequações são
necessárias?
Os postos de trabalho permitem R$ 0,00
alternância de postura? Em caso
36.2.1 OK
negativo, especificar quais adequações
são necessárias.
Nos postos de trabalho onde permite-se R$ 0,00
a alternância postural, a quantidade de
36.2.2 assentos é compatível (3x1)? Em caso OK
negativo, especificar quais adequações
são necessárias.
Fonte: Autor, 2013.

Quadro 5

36.2.6 Para Trabalho Sentado

Item da Situação
NR Critério Sim Não Não Necessidade de Adequações Quanto custa
Aplicável R$

Os assentos atendem aos requisitos mínimos


Não atende apenas o conforto
(borda arredondada, conforto térmico, apoio
36.2.6.1 térmico. Adquirir polipropileno
para dorso, apoio para os pés com superfície R$ 8.000,00
36.2.6.2 para adequar os assentos.
antiderrapante, regulagens de fácil
(aprox. 45).
manuseio)? Em caso negativo, especificar
51

quais adequações são necessárias.


O mobiliário possui espaço e profundidade
suficientes para permitir o posicionamento
adequado das coxas, colocação do assento e
36.2.6.3 OK R$ 00,00
a movimentação dos membos inferiores? Em
caso negativo, especificar quais adequações
são necessárias.
Fonte: Autor, 2013.

Quadro 6

36.2.7 Para o trabalho realizado exclusivamente em pé

Item da Situação
NR Critério Sim Não Não Necessidade de Adequações Quanto custa
Aplicável R$

Existem barras de apoio para os pés para Não possui. Adquirir e instalar
alternância dos membros inferiores? Em as barras de apoio para os posto
36.2.7 c) R$ 8.000,00
caso negativo, especificar quais adequações de trabalho realizado
são necessárias. exclusivamente em pé.
Fonte: Autor, 2013.
52

Quadro 7

36.2.8 Pausas

Item da Situação
NR Critério Sim Não Não Necessidade de Adequações Quanto custa
Aplicável R$

Durante as pausas ergonômica existem


assentos para 100% dos trabalhadores que
Faltam alguns assentos. Adquirir
36.2.7 d) executam suas atividades exclusivamente R$ 7.000,00
mais 35 assentos
em pé e 50% para os que alternam entre em
pé e sentado?
R$ 0,00
Durante as pausas ergonômica há a
36.13.7 disponibilização de água potável e relógio?
OK
36.13.5 c Em caso negativo, especificar quais
adequações são necessárias.
Para as pausas de repouso térmico, do art. R$ 0,00
253, existe local adequado para realização
destas pausas for a do local de trabalho, com
36.13.5,
relógio, com conforto acustico e térmico, OK
36.13.7
água potável e assentos? Em caso negativo,
especificar quais adequações são
necessárias.
Fonte: Autor, 2013.
53

Quadro 8

36.8 Equipamentos e Ferramentas

Item da Situação
NR Critério Sim Não Não Necessidade de Adequações Quanto custa
Aplicável R$

Os equipamentos manuais (ex. serra, pistola) R$ 0,00


cujos pesos (2,5 KG - COUTO) forem
Reduzir o peso do garfo
passíveis de comprometer a segurança e
utilizado para mexer durante o
36.8 saúde dos trabalhadores são dotados de
processo de cozimento da
dispositivo de sustentação? Em caso
massinha.
negativo, especificar quais adequações são
necessárias.
Para atividades com equipamento manuais R$ 0,00
(serra, pistola) sobre plataformas e que não
possuem sistema de proteção contra
36.3.3.1 queda(guarda corpo), há outro sistema de NA
proteção (ex: trava queda retrátil)? A
máquina dispões de sistema de segurança
através de comando bi manual?
54

R$ 0,00
O local de afiação de facas possui espaço
físico e mobiliário adequado e seguro? Em
36.8.11 OK
caso negativo, especificar quais adequações
são necessárias.
Os equipamentos e ferramentas R$ 0,00
disponibilizados favorecem a adoção de
posturas e movimentos adequados,
facilidade de uso e conforto, de maneira a
36.8.1 não obrigar o trabalhador ao uso excessivo NA
de força, pressão, preensão, flexão, extensão
ou torção dos segmentos corporais? Em caso
negativo, especificar quais adequações são
necessárias.
Fonte: Autor, 2013.

Quadro 9

36.9.5 Conforto Térmico

Item da Situação
NR Critério Sim Não Não Necessidade de Adequações Quanto custa
Aplicável R$

Reduzir a temperatura em alguns


Há sistema de controle de temperatura, da pontos no setor da lasanha
36.9.5.1.1 velocidade do ar e da umidade. Em caso (climatização). Reduzir e/ou R$ 150.000,00
negativo, quais adequações necessárias? redirecionar a velocidade do ar
dos evaporadores no topping da
55

pizza

É disponibilizado sistema de aquecimento


das mãos próximos dos sanitários ou dos
locais de fruição de pausas nas atividades Adquirir e instalar aquecedores
36.9.5.2 R$ 3.000,00
em ambientes frios ou em contato com locais de pausa (aprox. 5)
produto frio. Em caso negativo, especificar
quais adequações são necessárias.
Fonte: Autor, 2013.

Quadro 10

36.2.10.1 Câmaras Frias

Item da Situação
NR Critério Sim Não Não Necessidade de Adequações Quanto custa
Aplicável R$

As câmaras frias possuir dispositivo que


possibilite abertura das portas pelo interior
32.2.10.1 sem muito esforço? Em caso negativo, OK R$ 0,00
especificar quais adequações são
necessárias.
56

Alarme ou outro sistema de comunicação


que possa ser acionado pelo interior? Em Instalar alarmes de emergência
32.2.10.1 R$ 1.000,00
caso negativo, especificar quais adequações nas câmaras de congelamento.
são necessárias.
Possui placa de Indicação de tempo máximo
Não possui. Definir o tempo
de permanência, com descrição dos EPI's
máximo de permanência câmara
necessários, quando a temperatura for igual
36.2.10. fria 53 (produto acabado), R$ 0,00
ou inferior a -18º C? Em caso negativo,
orientar os funcionários e inserir
especificar quais adequações são
placa de identificação.
necessárias.

Observação:
em caso de uso de empilhadeira climatizada NA R$ 0,00
este item pode ser reavaliado

Fonte: Autor, 2013.


57

Quadro 11

36.3 Estrados, Passarelas e Plataformas

Item da Situação
NR Critério Sim Não Não Necessidade de Adequações Quanto custa
Aplicável R$

Os estrados devem possuir dimensões,


profundidade, largura e altura que permitam
36.3.1 a movimentação segura. Item NR 12 12.67. OK R$ 0,00
Em caso negativo, especificar quais
adequações são necessárias.
Plataformas, escadas fixas e passarela
atendem ao disposto na NR 12 item 12.68, Alguns equipamentos não
36.3.3 12.72, 12.73, 12.74, 12.75, 12.76? Em caso atendem integralmente a NR 12. R$ 100.000,00
negativo, especificar quais adequações são Adequar esses equipamentos
necessárias.
R$ 0,00
Todas as plataformas possuem garda corpo
adequados conforme NR 12 item 12.70? Em
36.3.3.1 OK
caso negativo, especificar quais adequações
são necessárias.

Altura, posicionamento e dimensões das R$ 0,00


plataformas adequadas a facilitar a tarefa
36.3.4 com segurança e confortável? Em caso OK
negativo, especificar quais adequações são
necessárias.
Fonte: Autor, 2013.
58

Quadro 12

36.6 Recepção e descarga de animais

Item da Situação
NR Critério Sim Não Não Necessidade de Adequações Quanto custa
Aplicável R$

R$ 0,00
b) Há sinalização e/ou separação das áreas
de passagens de veículos, animais e
36.6.1 NA
pessoas? Em caso negativo, especificar
quais adequações são necessárias.
R$ 0,00
c) Há plataforma de descarregamento de
animais, isoladas de outros setores? Em caso
36.6.1 NA
negativo, especificar quais adequações são
necessárias.

d) Os postos de trabalho, da recepção até o R$ 0,00


curral de animais de grande porte são
36.6.1 protegidos contra intempéries? Em caso NA
negativo, especificar quais adequações são
necessárias.
f) Há passarelas para circulação dos R$ 0,00
trabalhadores ao lado ou acima da
36.6.1 plataforma quando o acesso aos animais NA
exigir? Em caso negativo, especificar quais
adequações são necessárias.
59

A unidade possui dispositivos para reter o R$ 0,00


animal de médio e grande porte no caso de
um atordoamento falho ou de procedimentos
de não atordoamento que possam gerar
36.6.5 NA
riscos ao trabalhador devido à
movimentação dos animais? Em caso
negativo, especificar quais adequações são
necessárias.
Na recepção,descarga de aves e pendura são R$ 0,00
adotadas medidas de controle de poeiras de
maneira a garantir que os níveis não sejam
36.6.3 NA
prejudiciais à saúde dos trabalhadores? Em
caso negativo, especificar quais adequações
são necessárias.
Fonte: Autor, 2013.

Quadro 13

36.7 Máquinas

Item da Situação
NR Critério Sim Não Não Necessidade de Adequações Quanto custa R$
Aplicável

Existem paradas de emergência em R$ 0,00


trilhagens aéreas, esteiras transportadoras,
rosca sem fim ou nóreas que permitam a
36.7.3 OK
interrupção do seu funcionamento por
segmentos curtos, a partir de qualquer um
dos operadores em seus postos de trabalho.
60

Em caso negativo, especificar quais


adequações são necessárias.

R$ 0,00
Os elevadores e guindastes oferecem
garantias de resistencia, segurança e
36.7.4 OK
estabilidade? Em caso negativo, especificar
quais adequações são necessárias.
As instalações elétricas das máquinas e R$ 0,00
equipamentos estão projetadas e mantidas de
modo a prevenir, por meios seguros, os
36.7.6 OK
riscos de choque elétrico, conforme NR 12 e
NR 10? Em caso negativo, especificar quais
adequações são necessárias.
Existem mecanismos que garantam a
proteção do colaborador com relação a
emissão ou liberação de agentes físicos ou
As Panelas à gás da sala de
químicos pelas máquinas e equipamentos;
molho possuem temperatura um
emanações aquecidas de tubulações e
36.7.7 pouco elevada, apresentando R$ 7.000,00
contato do trabalhador com superfícies
risco de queimadura. Fazer
quentes de máquinas e equipamentos que
proteção (grade)
possam ocasionar queimaduras? Em caso
negativo, especificar quais adequações são
necessárias.
61

Existem máquinas ou equipamentos


movidos a combustão interna, em ambientes
fechados e sem ventilação desprovidos de
36.7.8 NA R$ 0,00
dispositivos neutralizadores adequados?
Em caso negativo, especificar quais
adequações são necessárias.
Fonte: Autor, 2013.

Quadro 14

36.9 Condições Ambientais de Trabalho

Item da Situação
NR Critério Sim Não Não Necessidade de Adequações Quanto custa R$
Aplicável

Existem medições de ruído em


A empresa possui mapeamento e projeto de
todos os setores, porém não há
controle de ruído, elaborado por profissional
definição de metas e prazos para
especializado, de todas as áreas, para
controle na fonte nos locais que
36.9.1 determinação dos pontos mais críticos, R$ 6.000,00
apresentaram níveis mais
definição de metas e prazos para controle na
elevados de ruído. Contratar um
fonte ou trajetória? Em caso negativo, quais
nova medição de ruído e definir
as ações são necessárias para adequação?
esses controles após a medição.
A empresa realiza o controle do ar nos
ambientes artificialmente climatizados a fim
Revisar e contratar a
de manter a boa qualidade do ar interno,
inspeção/manutenção por R$ 12.000,00 /
36.9.2.1 comprovado por laudo de inspeção e/ou
empresa/profissional ano
manutenção dos equipamentos por
especializado.
empresa/profissional especializados. Em
caso negativo, especificar quais adequações
62

são necessárias.

A empresa realizar medições da


concentração de CO2 no ambiente como
indicador de renovação do ar interno, Contratar laudo de medição com
conforme Norma Técnica 002 da Resolução frequência semestral realizado R$ 10.000,00 /
36.9.2.3
RE nº 9 da ANVISA, de 16 de janeiro de por profissional habilitado com ano
2003? Possui equipamento para estas ART.
medições? Em caso negativo, especificar
quais adequações são necessárias.
A empresa possui mecanismos para a
Possui apenas na sala de
detecção precoce de vazamentos de amônia
máquina e na sala de massas.
36.9.3.2 nos pontos críticos, acoplados a sistema de R$ 25.000,00
Instalar mais 5 detectores em
alarme? Em caso negativo, especificar quais
locais críticos.
adequações são necessárias.

A empresa possui painel de controle do


sistema de refrigeração? Em caso negativo,
36.9.3.2 Instalar painel de controle R$ 30.000,00
especificar quais adequações são
necessárias.
A unidade possuir saídas de emergência O projeto preventivo está
adequadas e aprovadas junto a corporação aprovado e encontram-se em
de Bmbeiros (desobstruídas, sinalizadas, revisão. Umas das melhrorias
36.9.3.2 R$ 30.000,00
sem bloqeuio)? Em caso negativo, apontadas é a construção de uma
especificar quais adequações são Saída de emergencia no
necessárias. almoxarifado.
63

A empresa possui sistemas apropriados de


prevenção e combate a incêndios, em
36.9.3.2 perfeito estado de funcionamento? Em caso OK R$ 0,00
negativo, especificar quais adequações são
necessárias.
Os componente do sistema de refrigeração
estão devidamente sinalizadas e
identificação, inclusive as tubulações de Pintar as tubulações na cor R$
36.9.3.2
amônia (cor púrpura)? Em caso negativo, púrpura, conforme IT 20.000,00
especificar quais adequações são
necessárias.
A empresa possui instalados e em
funcionamento chuveiros de segurança e
Instalar de chuveiro de
lava-olhos em todas as áreas onde há
36.9.3.2 emergência na área de descarga R$ 3.000,00
armazenamento ou manuseio de produtos
de amônia.
químicos? Em caso negativo, especificar
quais adequações são necessárias.
J) A permanecia nas salas de máquina é
restrita somente a funcionários autorizados
36.9.3.2 (operadores, manutentores). Em caso OK R$ 0,00
negativo, especificar quais adequações são
necessárias.
A empresa possui instalados e em
funcionamento chuveiros ou sprinklers
acima dos grandes vasos de amônia, para Instalar chuveiros ou sprinklers
36.9.3.2 mantê-los resfriados em caso de fogo, de nos dois separadores de líquido e R$ 20.000,00
acordo com a análise de risco? Em caso no recipiente de amônia.
negativo, especificar quais adequações são
necessárias.
64

Instalar sistema de alarme


A empresa possui sistema automático de controle e eliminação ( 5
alarme e sistema de controle em caso de exaustores) de amônia nos
36.9.3.2.1 vazamentos de amônia? Em caso negativo, pontos criticos que devem ser R$ 100.000,00
especificar quais adequações são acionados automaticamente pelo
necessárias. painel de controle em caso de
vazamentos
A unidade dispõe de equipamento de
proteção individual e coletiva para as
36.9.3.3.1 atividade de operação, manutenção e OK R$ 0,00
emergência? Em caso negativo, especificar
quais adequações são necessárias.
Fonte: Autor 2013
65

Quadro 15

36.10 EPI Equipamentos de Proteção Individual

Item da Situação
NR Critério Sim Não Não Necessidade de Adequações Quanto custa R$
Aplicável

Os trabalhadores dispõem de mais de uma


peça de vestimenta, para utilizar de maneira
sobreposta, a seu critério, e em função da Adquirir camisetas, moletom e
atividade e da temperatura do local, meias para disponibilizar aos R$ 50.000,00 Por
3.10.2
atendendo às características higiênico- funcionários que trabalham em Ano
sanitárias legais e ao conforto térmico? local frio.
Em caso negativo, quais as ações são
necessárias para adequação?

TOTAL DO INVESTIMENTO PARA ADEQUAÇÃO AOS ITENS DA NR 36 R$ 2.795.000,00

Fonte: Autor 2013


66

5 ANÁLISE DOS RESULATDOS DA APLICAÇÃO DA NR 36

Neste capítulo pretende-se analisar os dados através dos itens e subitens da NR 36 os


quais foram estruturados no check-list do capítulo anterior. Através da analise gráfica
representar os itens e subitens da norma regulamentadora. Demonstrando os prazos
determinados pela NR 36 e o valor estimado o qual a empresa Alfa Alimentos, deverá investir
em determinados períodos. Para adequar-se a nova norma regulamentadora a NR 36.

5.1 Analise quantitativa dos dados

Os itens e subitens aplicáveis da norma regulamentadora estudados para este trabalho


totalizaram 66 itens analisados. As proporções de itens estudados estão apresentados no
quadro 16.

Quadro 16- Avaliações dos Itens Conforme e Não Conforme e Não Aplicáveis da NR36.
Descrição Quantidade %
Itens e Subitens em Conformidade 27 Itens 41%
Itens e Subitens em não Conformidade 27 Itens 41%
Itens e Subitens em Não Aplicáveis 12 Itens 18 %
Total 66 Itens 100%
Fonte: Autor 2013

Representa-se graficamente os dados no quadro16, afim de facilitar a compreensão e


visualização quanto o status da empresa Alfa Alimentos quanto ao atendimentos da NR 36.
67

Gráfico 01 – Gráfico do Atendimento da NR 36 em uma Agroindústria.

Fonte: Autor 2013

No gráfico 01 podemos visualizar que 27 dos itens da norma regulamentadora


encontram-se não atendidos representando um percentual de 41% por cento dos itens. Sendo
que este mesmo número representa para os atendidos. Podemos observar que 12 dos itens
analisados não se aplica para o nosso objeto estudado representando 18% por cento dos itens
analisados, de um total de 66 itens analisados.
A quantificação e analise também foi feita pela classe de priorização. Os critérios
utilizados foram os prazos para adequação dos itens da norma regulamentadora. Podemos
observar esta analise no quadro 16.
68

Quadro 17 – Orçamento quanto ao Atendimento dos Itens da NR 36.

Quadro Itens da NR para Adequação Valor Orçado


Quadro 03 Manuseio de Cargas. R$ 2.047.000,00
Quadro 04 Para Manipulação de Caixas, Bandejas e Engradados. R$ 8.000,00
Quadro 05 Mobiliário e Postos de Trabalho. R$ 150.000,00
Quadro 06 Adequações para Trabalhos Realizados Sentados. R$ 8.000,00

Quadro 07 Adequações para Trabalhos Realizados em Pé. R$ 8.000,00


Quadro 08 Pausas R$ 7.000,00
Quadro 09 Ferramentas e Equipamentos R$ 00,00
Quadro 10 Conforto Térmico R$ 153.000,00
Quadro 11 Câmaras Frias R$ 1.000,00
Quadro 12 Estrados, Passarelas e Plataformas. R$ 100.000,00
Quadro 13 Recepção Descarga de Animais R$ 00,00
Quadro 14 Máquinas R$ 7.000,00
Quadro 15 Condições Ambientais de Trabalho R$ 256.000,00
Quadro16 EPI´s Equipamento de Proteção Individual R$ 50.000,00

Total R$ 2.795.000,00
Fonte: Autor 2013
69

Quadro 18 – Orçamento quanto ao Atendimento e Prazos dos Itens da NR 36.

Prazo Itens da NR para Adequação Valor Orçado


9 Meses Adequações para Trabalhos Realizados Sentados. R$ 8.000,00

9 Meses Adequações para Trabalhos Realizados em Pé. R$ 8.000,00

9 Meses Pausas R$ 7.000,00

9 Meses Adequações para Trabalhos Realizados Sentados. R$ 8.000,00

Total R$ 23.000,00
Prazo Itens da NR para Adequação Valor Orçado
12 Meses Para Manipulação de Caixas, Bandejas e Engradados. R$ 8.000,00

12 Meses Mobiliário e Postos de Trabalho. R$ 150.000,00

12 Meses Ferramentas e Equipamentos R$ 00,00

12 Meses Conforto Térmico R$ 153.000,00

12 Meses Câmaras Frias R$ 1.000,00

12 Meses Estrados, Passarelas e Plataformas. R$ 100.000,00

12 Meses Recepção Descarga de Animais R$ 00,00

12 Meses Máquinas R$ 7.000,00

12 Meses EPI´s Equipamento de Proteção Individual R$ 50.000,00

Total R$ 469.000,00
Prazo Itens da NR para Adequação Valor Orçado
24 Meses Condições Ambientais de Trabalho R$ 256.000,00

24 Meses Manuseio de Cargas. R$ 2.047.000,00


Total R$ 2.303.000,00
Total Adequação de Todos os Itens R$ 2.795.000,00
Fonte: Autor 2013

No quadro 18 são representados os valores orçados para a empresa adequa-se aos itens
analisados da NR podemos neste quadro observar os prazos e valores estimados, sendo que
para facilitar a interpretação dos dados buscou-se apresentar estes de forma objetiva,
subdividindo por prazos e valores orçados e estimados para adequação. Facilitando assim a
70

interpretação dos valores estimados para a gerencia industrial e os órgãos responsáveis da


empresa.

Gráfico 02 – Gráfico do Atendimento da NR 36 em uma Agroindústria no Prazo de 9 Meses.

Fonte: Autor 2013

No gráfico acima se observa a estimativa do valor orçado para a empresa adequar-se


dentro de um prazo de nove meses. Sendo os itens da norma relacionados a adequações de
trabalhos realizados em pé e sentados e adequações da pausas. Para adequação nestes
requisitos a empresa deverá de investir um valor aproximado de R$ 23.000,00 (vinte e três mil
reais).
71

Gráfico 03 – Gráfico do Atendimento da NR 36 em uma Agroindústria no Prazo de 12 Meses.

Fonte: Autor 2013

No gráfico acima são apresentadas as adequações e a estimativa do valor orçado para a


empresa adequar-se dentro de um prazo de doze meses. Sendo os itens da norma a adequar-se
relacionados a manipulação de materiais, mobiliários, postos de trabalho, estrados e
passarelas, máquinas, equipamentos e EPI´s ( Equipamentos de Proteção Individual).
72

Gráfico 04– Gráfico do Atendimento da NR 36 em uma Agroindústria no Prazo de 24 Meses.

Fonte: Autor 2013

Pode-se observar neste gráfico a estimativa do valor orçado. Considerado de grande


significância para a empresa. Sendo que o valor estimado aproximadamente R$ 2.303.000,00
(Dois milhões e trezentos e três mil reais). Para um período de dois anos para adequação.
Valor o qual a empresa deve investir para atender aos itens da norma os quais estão
relacionados a condições ambientais e manuseios de cargas.
73

6 CONCLUSÃO

Pretende-se, a partir deste trabalho, auxiliar a empresa na conscientização dos


empregados, empregadores e dirigentes sobre a proteção do trabalhador como sinônimo de
produtividade, e em decorrência disto, promover uma melhor garantia da segurança e saúde
no trabalho.
No desenvolvimento das atividades do estagio pode-se observar que grande dos
objetivos propostos foi possível atingi-lo. Ao término do estágio podemos concluir que o
estudo de analise quanto ao atendimento da NR, foi possível demonstrar e sugerir as
adequações de melhorias a implementar e atender os requisitos da norma. A analise da NR
mostrou onde estavam as pendencias mais significativas, permitindo atacá-las de forma
planejada e organizada para atendimentos as recomendações da mesma.
Atuando juntamente com a Coordenação de Produção no gerenciamento do processo
produtivo da empresa, o estágio visa por em prática os conhecimentos adquiridos durante o
curso de Engenharia de Produção através da análise crítica do processo produtivo nas
organizações.
Neste capítulo descrevem-se os resultados e a conclusão do estudo obtido após a
realização do estágio supervisionado.
A realização do estágio supervisionado veio a acrescentar e desenvolver as
ferramentas estudadas na engenharia de produção junto as empresas através da atuação
profissional aliando o conhecimento acadêmico ao conhecimento teórico e a prática exercida
na organização. O objetivo geral foi atingido através da realização do estágio supervisionado,
concluiu-se o estágio com quatro horas diárias de trabalho no período de 29/08 a 10/10/2011
com duração de 45 dias e carga horária total de 180h.
O primeiro objetivo específico localiza-se no capítulo 4 respondido através da
análise dos itens aplicáveis ou não da norma regulamentadora, relatando a apresentação dos
itens utilizados para análise.
O segundo objetivo específico encontra-se respondido no capítulo 5 descrevendo a
forma de análise e os prazos que a organização tem para adequação dos itens analisados da
norma regulamentadora.
O terceiro objetivo específico propôs demonstrar o orçamento de investimento
74

quanto às adequações a serem realizadas para o atendimento dos itens aplicáveis da norma
regulamentadora.
Conclui-se que este trabalho alcançou os resultados esperados nos objetivos
específicos e no objetivo geral procurando dar ênfase ao acompanhamento do estudo de
análise dos itens aplicáveis da norma regulamentadora e as atividades desempenhadas durante
o período de estágio.
O estágio permitiu verificar diferenças entre a teoria e a prática. O fato mais
marcante dessas diferenças é o de que na prática, os resultados são bem menos previsíveis,
pois sempre ocorrem imprevistos.
Com este trabalho conseguimos ampliar nosso conhecimento sobre a engenharia e
segurança do trabalho e seus aspectos gerais, quando se trata de avaliar as necessidades
específicas das pessoas em relação ao bem-estar, conforto, equipamentos, segurança e
melhoria dos postos de trabalho.
Como sugestão para trabalhos futuros nesse campo de estudo, acreditamos na
possibilidade de aprofundar mais as análises sobre a norma recentemente publicada.
Como proposta recomenda-se que em trabalhos futuros sejam considerados os
seguintes aspectos: Realização de pesquisas em organizações com atividades e sistema de
produção em diferentes áreas e ramos de atividades envolvendo processos e métodos de
trabalho diferentes e com outros tipos de componentes, a fim de estudar melhor as
condicionantes da área de saúde e segurança do trabalho.
Importante ressaltar que em 19 de abril de 2013 com a publicação da NR 36
Norma Regulamentadora sobre segurança e saúde no trabalho em empresas de abate e
processamento de carnes e derivados. O objetivo desta Norma é estabelecer os requisitos
mínimos para a avaliação, controle e monitoração dos riscos existentes nas atividades de abate
e processamento de carnes e derivados destinados ao consumo humano e a fábricas de
produtos não comestíveis, de forma a garantir permanentemente a segurança, a saúde e a
qualidade de vida no trabalho, sem prejuízo da observância do disposto nas demais normas
Regulamentadoras - NR. Sendo esta direcionada para as melhores condições em postos de
trabalho o qual esta relacionado com o nosso objeto de estudo apresentando ajustes
ergonômicos voltadas para adequações no ambiente e na rotina dos trabalhadores provendo a
prevenção de melhores condições para a promoção da saúde e segurança dos trabalhadores.
75

REFERÊNCIAS

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76

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UNIVERSIDADE DO PALANALTO CATARINENSE – UNIPLAC. Curso de Engenharia


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