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CURSO DE EXPLORAÇÃO E SEGURANÇA DE BARRAGENS

Lisboa, 20 a 30 de maio de 2019

ASPETOS GERAIS
18º CURSO DE EXPLORAÇÃO E SEGURANÇA DE BARRAGENS
Lisboa, 20 a 30 de maio de 2019

 ASPETOS GERAIS E OBJECTIVOS

 REGULAMENTOS

 TIPOS DE BARRAGENS

 BARRAGENS E AMBIENTE

 BARRAGENS EM PORTUGAL

 FASE DE EXPLORAÇÃO
1.1 ASPETOS GERAIS

 AUTORIDADE DE SEGURANÇA

 INCIDENTES E ACIDENTES

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ASPETOS GERAIS E OBJECTIVOS


1.1 ASPETOS GERAIS

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A segurança de barragens constitui uma preocupação para as entidades responsáveis,


públicas ou privadas, e para o público em geral, face ao importante papel das barragens na
disponibilização da água para múltiplos fins e aos riscos envolvidos, em termos de vidas
humanas e prejuízos materiais, na eventualidade da ocorrência de acidentes ou rupturas,
com os associados impactes sociais, económicos e ambientais.
1.1 ASPETOS GERAIS

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ICOLD Lisboa, 20 a 30 de maio de 2019

A partir do final dos anos 1960 o tema da segurança de barragens passou a ter grande
desenvolvimento, estendido a aspetos tais como a observação e interpretação do
comportamento, a reanálise periódica, os efeitos do envelhecimento das barragens.

Estima‐se que hoje a taxa geral de acidentes com barragens seja da ordem de 1% , mas
que isto resulta já de uma redução por um fator superior a 4x ao longo dos últimos
40 anos, nomeadamente fruto dos esforços de investigação e desenvolvimento de tecnologias
e da disseminação e conhecimento dos riscos associados às barragens, juntamente com os
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aspetos regulatórios.

Fonte: ICOLD

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RISCO ASSOCIADO

Dizer que uma barragem é segura é também dizer que probabilidade de rotura que lhe está
associada é muito pequena. Contudo, como em qualquer obra humana, essa probabilidade
nunca é nula.

Pretende‐se que o risco associado à barragem seja tão pequeno que se possa considerar
aceitável, em particular através da adoção de práticas que cumpram os regulamentos e
preceitos de segurança.

RISCO
associado a cada barragem depende de:
1.1 ASPETOS GERAIS

1. Condições inerentes à própria barragem – segurança e probabilidade de rotura;


2. Danos potenciais – sociais, económicos e ambientais – que poderiam ocorrer, em
especial no vale a jusante, em caso de rotura da barragem.

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REQUISITOS PARA A SEGURANÇA


As barragens são obras seguras, desde que na concepção, projecto, construção e exploração sejam
permanentemente tidos os devidos cuidados, que devem ser proporcionados ao tipo, dimensão,
importância e risco de cada uma dessas estruturas.

Na fase de exploração as exigências de segurança traduzem‐se, nomeadamente, pelo cumprimento


de regras de exploração da barragem e da albufeira, pela realização de programas de operação,
manutenção, conservação, observação e inspecção, pela gestão apropriada em casos de emergência
e pela análise continuada do comportamento.
1.1 ASPETOS GERAIS

As barragens estão ainda sujeitas a alterações das circunstâncias em que funcionam, ao longo da
vida útil, como sejam o aumento da ocupação nos vales a jusante ou o natural envelhecimento, que
devem determinar a adaptação do seu acompanhamento.

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DONOS DE OBRA (RSB)


• Aos “Donos de Obra” e aos responsáveis técnicos por si escolhidos cabe por lei um papel
fundamental na segurança de barragens, através de uma prática correcta e contínua,
alicerçada no cumprimento de regulamentos e normas. Para que esse papel possa ser
exercido de forma eficaz é fundamental que existam, para além do mais, a
consciencialização dos problemas e das suas implicações, os meios financeiros e humanos
indispensáveis para gerir os aproveitamentos e a qualificação adequada dos técnicos
superiores e restante pessoal ligado à exploração.

• Em Portugal, os Donos de Obra são de índole diversa: Estado (Ministério da Agricultura e


Ambiente), empresas públicas (EDIA, AdP), EDP ‐ Energias de Portugal SA, autarquias,
1.1 ASPETOS GERAIS

privados (empresas, associações, individuais). A sua capacidade é contudo diferenciada, e


existem lacunas importantes na actuação de parte deles.

Designações noutros Países: Owner (Ing), Empreendedor (Br), Titular (Es), etc

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COMUNIDADE

A preservação da vida humana é uma alta prioridade para o público em geral que,
confiando na segurança proporcionada pela capacidade técnica e organizacional disponível,
pressiona as autoridades, por diversos meios, para que haja a garantia de segurança.
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REGULAMENTOS
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NOVO QUADRO LEGAL EM VIGOR

DECRETO‐LEI Nº 21/2018 DE 28 DE MARÇO :


REGULAMENTO DE SEGURANÇA DE BARRAGENS RSB ANEXO III
1ª alteração ao RSB, aprovado em anexo ao Dec. Lei 344/2007 de 15.10.2007 (substituiu RSB de 1990)

 DOCUMENTOS TÉCNICOS DE APOIO AO RSB:


estabelecidos pela Autoridade, Artigo 55º RSB; revisão e elaboração da Comissão de Regulamentos de Barragens
 PROJECTO

 CONSTRUÇÃO

 OBSERVAÇÃO E INSPECÇÃO

 EXPLORAÇÃO

REGULAMENTO DE PEQUENAS BARRAGENS RPB ANEXO II


Novo, substitui RPB de 1993


1.1 ASPETOS GERAIS

MANUAL DE APOIO AO PROJETO, CONSTRUÇÃO, EXPLORAÇÃO E REABILITAÇÃO


promovido pela Autoridade, Artigo 10º RPB; elaboração coordenada por LNEC

REGIME CONTRA‐ORDENACIONAL DO RSB


Lei n.º 11/2009 de 25.03.2009

COMISSÃO DE GESTÃO DE ALBUFEIRAS


Dec. Lei 21/98 de 3.02.1998

LEI DA ÁGUA
11 Lei 58/2005 de 29.12.2005 Decreto‐Lei n.º 130/2012 de 22.06.2012
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RSB:
I ‐ PROJETO

II ‐ CONSTRUÇÃO

III ‐ EXPLORAÇÃO

IV ‐ OBSERVAÇÃO E INSPEÇÃO
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REGULAMENTO DE SEGURANÇA DE BARRAGENS ‐ RSB 18º CURSO DE EXPLORAÇÃO E SEGURANÇA DE BARRAGENS
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AGENTES DA ENTIDADES PÚBLICAS E PRIVADAS,


ADMINISTRAÇÃO: ADMIN. LOCAL, ESTADO, ETC:

Lei da Água AUTORIDADE DONO DA


APA OBRA
• Títulos de Utilização TURH

• Ordenamento de
Albufeiras LABORATÓRIO
NACIONAL DE PROJECTISTA
ENGENHARIA CIVIL
C. Gestão de Albufeiras LNEC

Diretiva das Cheias EMPREITEIRO

AUTORIDADE NACIONAL DE
1.1 ASPETOS GERAIS

PROTECÇÃO CIVIL
Impactes Ambientais SERVIÇOS (manutenção,
ANPC
reparação. etc.)

Protecção Civil
COMISSÃO DE SEGURANÇA
DE BARRAGENS CONSULTORES (projectistas,
LNEC, investigação, etc.)
CSB

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TIPOS DE BARRAGENS
1.1 ASPETOS GERAIS

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TIPOS

 FINALIDADES
 DIMENSÕES
 RISCO
 TIPOS CONSTRUTIVOS
 ARMAZENAMENTO
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 REGULARIZAÇÃO
 FINS MÚLTIPLOS

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FINALIDADES

• Rega;
• Produção de energia;
• Abastecimento de água, para usos domésticos e industriais;
• Atenuação de cheias;
• Usos recreativos;
• Regularização de caudal de rios;
• Navegação;
• Aquacultura;
• Recarga de aquíferos;
1.1 ASPETOS GERAIS

• Controlo de poluição;
• Armazenamento de rejeitados de explorações mineiras;
• Controle de marés a jusante;
• Outras.

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DIMENSÕES

“ GRANDES BARRAGENS ” definição do RSB :

ALTURA: h ≥ 15 m
10 m ≤ h < 15 m, V ≥ 1 hm3
Altura – medida desde a cota mais baixa da superfície geral das fundações
até à cota do coroamento

Baseada na definição da ICOLD, utilizada no seu registo mundial de barragens:


1.1 ASPETOS GERAIS

h ≥ 15 m
5 m ≤ h < 15 m, V ≥ 3 hm3

Outras designações: “Major dam”, “barragens de grande altura”, dos Regulamentos, etc.

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Worlds’s Highest Dams Lisboa, 20 a 30 de maio de 2019
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OROVILLE 235 USA

ALMENDRA 202 SPAIN

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Worlds’s Largesst Reservoirs Lisboa, 20 a 30 de maio de 2019
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ALQUEVA 4 150 000 PORTUGAL

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RISCO = PROBABILIDADE X CONSEQUÊNCIAS


Classes de Consequências:
• Elevado
• Médio
• Baixo
Segurança: diminuir
o risco

RISCO = Σ Pi Ci Cenários
1.1 ASPETOS GERAIS

O mesmo valor do risco pode corresponder a situações diferentes:


• Consequências baixas e probabilidades elevadas
• Consequências elevadas e probabilidades baixas
A dimensão psicológica altera esta equivalência – um valor muito elevado das consequências
tende a alterar a avaliação do risco para valores superiores

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DECRETO‐LEI Nº 21/2018

ANEXO I

X=1000:

a) h = 15m V =19,8hm3
b) h = 31,6m V = 1hm3
1.1 ASPETOS GERAIS

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TIPOS CONSTRUTIVOS
ATERRO

O
U
TERRA ENROCAMENTO T
R
O
S
BETÃO
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GRAVIDADE ABÓBADA

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TIPOS CONSTRUTIVOS E ESTRUTURAIS

TERRA
ATERRO
ENROCAMENTO

GRAVIDADE (com ou sem


curvatura)

CONTRAFORTES
ARCO CILÍNDRICO

BETÃO ABÓBADA (ou ARCO) ABÓBADA DE DUPLA


CURVATURA

BETÃO CONVENCIONAL ABÓBADAS MÚLTIPLAS


1.1 ASPETOS GERAIS

ALVENARIA BETÃO COMPACTADO


COM CILINDRO

MISTOS ( Aterro‐Betão, Enrocamento‐Terra, Alvenaria‐Betão, etc.)

OUTROS (Rejeitados, Comportas, Insufláveis, Gabiões, Terra Armada, etc )

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Tipos de descarregadores

• Canal de encosta
• Poço
• Sobre a barragem
1.1 ASPETOS GERAIS

• Orifícios

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Canal de encosta
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1.1 ASPETOS GERAIS

Barragem do Sabugal. Descarregador com canal de encosta

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Descarregador em poço

Perfil do descarregador da Barragem de Campilhas


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Descarregador da barragem do Monte da Rocha

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Descarregador sobre a barragem


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Descarregador em orifício
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Barragem do Funcho. Descarregador de cheias por orifícios, com bacia de


dissipação dos jactos. Corte longitudinal.
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Tipos de controlo
Descarregador livre
Nestes descarregadores a soleira é livre, sem quaisquer comportas a controlar os caudais. A partir do momento em que a
água sobe numa albufeira e atinge a crista da soleira do descarregador a barragem começa a descarregar. À medida que os
caudais afluem à albufeira, em resultado da precipitação e do escoamento gerado na bacia hidrográfica, a sua descarga faz‐
se livremente através da secção do descarregador.
A vantagem destes descarregadores é a sua simplicidade e o seu menor risco nos aspectos de exploração, razão pela qual
são empregues na maioria das barragens de pequena e média dimensão, e também em grandes barragens.

Descarregador com comportas


A inclusão de comportas num descarregador de cheias permite aumentar a capacidade de armazenamento da albufeira
1.1 ASPETOS GERAIS

para uma mesma altura de barragem. Por esse motivo um número importante de grandes barragens apresenta comportas
nos descarregadores.
No entanto, a inclusão de comportas, que obriga a trabalhos de manutenção, é um factor adicional de risco, devido à
possibilidade de deficiente funcionamento durante a ocorrência de cheias.
Em barragens de pequena ou média dimensão, em que exista dificuldade em assegurar a manutenção, é de evitar a
colocação de comportas.

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Dissipação de energia
• bacias de dissipação de energia por ressalto;
• bacias de dissipação de energia por jactos;
• conchas de rolo;
• trampolins (ou saltos de esqui).
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Tipos de descargas de fundo

• em condutas sob aterros


• através de túneis escavados na rocha
• através de barragens de betão
1.1 ASPETOS GERAIS

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em condutas sob aterros


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Barragem do Divor. Descarga de fundo e tomada de água em conduta sob o aterro. Corte longitudinal

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através de barragens de betão


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Barragem de Penha Garcia. Descarga de fundo através da barragem. Corte longitudinal.

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ARMAZENAMENTO
∙ Barragens que criam albufeiras de armazenamento
Nas albufeiras de armazenamento, o nível de água é variável na albufeira, para satisfação dos
consumos e controle do regime de caudais na linha de água:

∙ Barragens que elevam o nível de água a montante no rio


As barragens que se destinam a elevar e a garantir o nível de água a montante, sem modificação do
regime de caudais, podem ser construídas por razões tais como:
∙ produção de energia em regime de fio‐de‐água;
∙ aumento de profundidade para tornar possível a navegação;
1.1 ASPETOS GERAIS

∙ criação de um plano de água, por motivos ambientais ou recreativos;


∙ elevação do nível de água, de modo a permitir a derivação de água através de canais, condutas,
túneis, para múltiplos fins.

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Bacia hidrográfica

Bac ia hidrográfic a
Albufeira

Barragem
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REGULARIZAÇÃO

NPA

NPA regularização interanual


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Afluência média anual

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FINS MÚLTIPLOS
Podem considerar‐se, por outro lado, duas grandes categorias de barragens, citando‐se
os números do Registo Mundial de Grandes Barragens (ICOLD) :

‐ Barragens de um único fim (50%);


‐ Barragens de fins múltiplos (17%).

Na primeira categoria, cerca de 50% das barragens no mundo destinam‐se à rega,


contribuindo de uma forma decisiva para a produção de alimentos. Cerca de 20%
contribuem para a produção de electricidade (na Europa esta percentagem é de 40%).
Cerca de 15% destinam‐se ao abastecimento de água (doméstica e industrial).

As barragens de fins múltiplos, que representam uma parcela importante do conjunto


1.1 ASPETOS GERAIS

das obras, estão cada vez mais associados ao desenvolvimento das regiões.

Em Portugal, é significativo o número de grandes barragens que, inicialmente construídas com um


único fim (irrigação, produção de energia), vão acolhendo outros usos, em particular o de
abastecimento às populações – por razões como sejam a precaridade de outras origens, a
racionalidade e economia na gestão dos recursos, as exigências ambientais, de qualidade – mas
também os usos recreativos e outros.

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TERMINOLOGIA
1.1 ASPETOS GERAIS

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ESTATÍSTICAS MUNDIAIS
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1.1 ASPETOS GERAIS

Referenced dams can be broken in two main categories :


• single-purpose dams (29,248) or 49,5 % dams.
• multipurpose dams (9,857) or 16,7 % dams.

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ASPECTOS DE DIFERENCIAÇÃO NO UNIVERSO DAS BARRAGENS:

BARRAGENS DE PEQUENA E MÉDIA DIMENSÃO


(H < 30 m)

BARRAGENS DE GRANDE DIMENSÃO


1.1 ASPETOS GERAIS

(H  60 m)

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Aspectos de diferenciação no universo das barragens:

Barragens C/ MENOS DE 30 M DE ALTURA

 90% são barragens de aterro ;


 a maior parte das vezes, são fundadas, no todo em parte, em solo ;
 a grande maioria tem descarregadores de soleira livre ;
 O fim principal destas obras é o armazenamento, designadamente para rega ;
 o seu custo modesto conduz a uma redução do orçamento disponível para
estudos, projecto, controle de qualidade, tratamento da fundação e outros
aspectos ;
1.1 ASPETOS GERAIS

 a fiscalização de construção e controlo de segurança varia muito com os países;


 em contrapartida, estas barragens, de menores dimensões, beneficiam
particularmente da experiência adquirida em numerosas obras com soluções
do mesmo tipo ;

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Aspectos de diferenciação no universo das barragens:

BARRAGENS DE GRANDE ALTURA (h  60 m)

 30% são barragens de gravidade e 20% barragens arco ;

 as barragens de aterro mais recentes são de enrocamento ;

 a maioria das barragens é fundada directamente num maciço rochoso;

 são sobretudo concebidas para a produção de energia ;


 os descarregadores frequentemente têm comportas ;

 cerca de 80% destas obras situam‐se nos países industrializados e o seu custo
1.1 ASPETOS GERAIS

é muito elevado (usualmente entre 100 e 1000 milhão de dólares), pelo que
são utilizadas quantias consideráveis para o projecto, estudos de base,
controle de qualidade, tratamento da fundação, instrumentação e outros ;
 ao conjunto destas 2000 barragens corresponde mais de metade do
investimento total em barragens.

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BARRAGENS E AMBIENTE
1.1 ASPETOS GERAIS

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Barragens e Ambiente
O aumento da preocupação com o ambiente natural, e com as ameaças que o atingem, é um dos factos marcantes do final do século XX.

As barragens e as albufeiras são parte integrante do ambiente que as rodeia, que influenciam e transformam, em maior ou menor grau
(considerando‐se aqui que o conceito de ambiente inclui uma vertente social). Paralelamente aos importantes benefícios que
proporcionam, atrás descritos, as barragens criam impactes negativos, que dependem das situações concretas ‐ como sejam:

 inundação de vales
 deslocação de populações
 alteração de regimes de escoamento
 retenção de caudais
 alteração de ecossistemas
 interrupção da continuidade da vida aquática
 interrupção do transporte de sedimentos
 alteração de temperaturas da água
1.1 ASPETOS GERAIS

 variação dos níveis da água


 redução de níveis de oxigénio nas albufeiras
 riscos de ruptura
 outros

Cresceu por isso um movimento de contestação à construção de barragens de grandes dimensões.

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Embora sem a sistematização formal com que actualmente se conduzem os estudos de impactes ambientais, parte
das questões que hoje se discutem foram levantadas e estudadas já quando de projectos de grandes barragens
portuguesas, menos recentes. A partir de 1990, em Portugal, passaram a estar sujeitas a processo de avaliação de
impactes ambientais, incluindo a consulta e audiência públicas, as barragens com mais de 15m de altura, ou volume
de armazenamento superior a 100.000m3, ou área de albufeira superior a 5ha, designadamente. A aplicação da lei
veio acrescentar uma postura mais exigente para o equilíbrio ambiental das soluções adoptadas.

A preocupação com o ambiente, e com as interacções entre barragens e ambiente, devem estar, pois, sempre presentes
em todas as fases de vida das barragens, em particular durante toda a vida útil de exploração. Os impactes das obras e
as medidas adoptadas devem ser analisados e monitorizados regularmente. Os programas de exploração devem ter em
consideração estes aspectos.
1.1 ASPETOS GERAIS

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1.1 ASPETOS GERAIS

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BARRAGENS EM PORTUGAL
1.1 ASPETOS GERAIS

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RECURSOS HÍDRICOS EM PORTUGAL


Os recursos hídricos superficiais, em Portugal Continental, são naturalmente dependentes das
características geográficas, climáticas e fisiográficas. A orografia, a precipitação e as influências
atlântica e mediterrânica conduzem a que se possa falar de três zonas:
 Norte Atlântica, com precipitação importante;
 Nordeste, montanhosa, com vales profundos e
precipitação inferior à da zona anterior;
 Sul Mediterrânica, com orografia suave e precipitação
muito inferior.
Do ponto de vista fisiográfico, 64% da área do território português pertence a bacia hidrográficas
dos rios que nascem em Espanha.
As disponibilidades hídricas têm em média valores apreciáveis. O escoamento anual médio
gerado em Portugal ronda 30.000 hm3/ano.
1.1 ASPETOS GERAIS

Mas a distribuição no espaço e no tempo destas disponibilidades é marcadamente irregular.


Durante o Verão, o caudal dos rios portugueses é diminuto, chegando a anular‐se. Por outro lado,
presente ainda está na memória de todos os anos consecutivos de seca na década anterior, que
conduziram a situações dramáticas de escassez de água, principalmente no Sul do País.

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BARRAGENS PORTUGUESAS

“GRANDES BARRAGENS”:
RSB h ≥ 15 m

15 m > h ≥ 10 m ʌ V ≥ 1 hm3

V ≥ 100.000 m3
RPB
“DIMENSÃO MÉDIA"
1.1 ASPETOS GERAIS

Altura: H ≥30 m (14%), 30 m> H≥15 m (23%), H < 15 m (63%)


Tipo: Aterro (82%), Betão (17%), Alvenaria (1%)

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GRANDES BARRAGENS USOS PRINCIPAIS
1.1 ASPETOS GERAIS

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Barragens, açudes e pequenas estruturas

PGRHs 2º ciclo (2016/2107):

Representadas ~ 7800 infra‐estruturas

O. Pedro, estimativas 2018:

no total RSB + RPB


1.1 ASPETOS GERAIS

acima de 5 m : ~> 2.000

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GRANDES BARRAGENS

Algumas destas barragens foram construídas para criação de armazenamentos de água, para rega e abastecimento,
regularizando a distribuição, sobretudo em zonas de irregularidade no escoamento, o que é particularmente
exigido nas regiões do Sul e do Interior. A principal utilização, em quantidade de água, é a rega.

No Norte do país, onde os recursos são mais abundantes e regulares, construíram‐se aproveitamentos, quer de
regularização quer a fio‐de‐água, para a produção de energia, tendo em conta que Portugal não possuía outras
fontes primárias de energia de importância. Cerca de 40 barragens são actualmente exploradas com esse fim
principal, sendo obras que, do ponto de vista da exploração, estão dotadas com meios adequados de gestão.
1.1 ASPETOS GERAIS

Um número significativo de albufeiras de grandes barragens, em Portugal, é hoje de fins múltiplos, nomeadamente
porque algumas albufeiras existentes ganharam novas utilizações e a evolução do conceito de planeamento
integrado dos recursos hídricos tem levado a repensar os grandes aproveitamentos monovalentes.

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PEQUENAS BARRAGENS
As pequenas barragens são em número superior às grandes barragens. Foram e são construídas designadamente
para rega, sobretudo no Sul e Interior, guardando água no inverno para uso na estiagem.

Os cuidados de projecto, construtivos e de exploração foram, muitas vezes, menos cuidados, nomeadamente por
via das limitações de financiamento, a que acresce a falta de fiscalização. Assim, os acidentes têm ocorrido também
com maior frequência, em particular quando da ocorrência de cheias.

A regulamentação de segurança, contudo, existe para todas estas barragens, ainda que de forma proporcionada ao
tipo de barragem, dimensão e risco associado, pelo que se impõe uma consciencialização dos problemas que lhes
estão afectos.
1.1 ASPETOS GERAIS

O aumento de eficiência na emissão de títulos de utilização dos recursos hídricos, a que se liga a aplicação do
regulamento, contribui para uma melhoria da situação.

O novo Regulamento de Pequenas Barragens (RPB) procura ter em conta as características e riscos associados a estas
infraestruturas mais pequenas, procurando ser ao mesmo tempo de aplicação técnica proporcionada e exequível.

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FASE DE EXPLORAÇÃO
1.1 ASPETOS GERAIS

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MANUAL DE EXPLORAÇÃO
O manual de exploração deve ser desenvolvido em conformidade com o tipo, a dimensão e a classe da
barragem, e deve incluir, nomeadamente, os seguintes documentos:
 Memória concisa sobre as características da barragem e sua exploração;
 Regras de exploração (artigo 34º do RSB);
 Plano de observação (artigo 20º do RSB);
 Fichas de inspecção;
 Plano de emergência interno, ou procedimentos de emergência simplificados, nos casos
1.1 ASPETOS GERAIS

aplicáveis.

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REGRAS DE EXPLORAÇÃO

 Exploração da albufeira

 Operação dos órgãos de segurança e exploração

 Conservação das estruturas e manutenção dos equipamentos


1.1 ASPETOS GERAIS

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PLANO DE OBSERVAÇÃO

O plano de observação deve incluir disposições relativas a:

 inspeções visuais
 sistema de observação ‐ instalação e exploração ‐ sempre que
necessário;
 análise do comportamento e avaliação das condições de segurança da
1.1 ASPETOS GERAIS

barragem.

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INSPEÇÕES VISUAIS

As inspecções visuais têm por objectivo:


• A detecção de sinais ou evidências de deteriorações ou sintomas de envelhecimento;
• A detecção de anomalias do sistema de observação instalado.

O plano de observação deve prever a execução dos três tipos de inspecção visual seguintes:
 Inspecção visual de rotina, a efectuar com uma frequência mínima adequada às fases da vida
e à importância da obra;
 Inspecção visual de especialidade, a efectuar com uma frequência mínima adequada às fases
da vida e à importância da obra e à evolução das propriedades dos materiais;
1.1 ASPETOS GERAIS

 Inspecção visual de carácter excepcional, imediatamente após ocorrências tais como sismos
importantes, grandes cheias, esvaziamentos totais ou outros abaixamentos significativos do
nível da água.

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CONSERVAÇÃO CORRENTE OU MANUTENÇÃO
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GRANDE CONSERVAÇÃO OU REABILITAÇÃO
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GRANDE CONSERVAÇÃO OU REABILITAÇÃO
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MANUTENÇÃO DE EQUIPAMENTOS
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INCIDENTES
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PLANO DE EMERGÊNCIA INTERNO ‐ PEI
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AUTORIDADE DE SEGURANÇA
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APA – AUTORIDADE DE SEGURANÇA DE BARRAGENS

• INTERVENÇÃO REGULAMENTAR DO LNEC – BARRAGENS CLASSE I, outros


• APROVAÇÃO DE PROJETOS
• APROVAÇÃO DE PLANOS DE OBSERVAÇÃO, 1º ENCHIMENTO, REGRAS DE EXPLORAÇÃO
• INSPEÇÕES DA AUTORIDADE:
 PROGRAMADAS
 LICENCIAMENTO
 SOLICITAÇÕES DE DONOS DE OBRA
 SITUAÇÕES EXCEPCIONAIS E DE EMERGÊNCIA
• INTERAÇÃO COM DONOS DE OBRA
• INTERVENÇÃO DIRETA, NO CASO DE INAÇÃO D.O.
• AÇÃO LEGAL
1.1 ASPETOS GERAIS

• LANÇAMENTO DE PROGRAMAS ESPECÍFICOS


• COORDENAÇÃO COM AUTORIDADES REGIONAIS (ARH)
• PLANEAMENTO DE EMERGÊNCIA – COOPERAÇÃO COM ENTIDADES DE PROTEÇÃO CIVIL
• GESTÃO DE BASES DE DADOS
• PROVIDENCIAR FORMAÇÃO A INTERVENIENTES NO CUMPRIMENTO REGULAMENTAR
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APA / ARHs ‐ TÍTULOS TURH

As ARH, no âmbito das atividades de licenciamento de infraestruturas hidráulicas, no


LEI DA ÁGUA respeitante à aplicação do Regulamento de Pequenas Barragens – RPB :

 Para barragens com menos de 8 metros de altura e menos de 100.000 m3 de capacidade


de armazenamento, as ARH deverão avaliar da conformidade de aplicação do RPB pelos
Títulos de utilização dos recursos hídricos donos da obra ……. ;

 Para as restantes barragens no âmbito do RPB, com menos de 15 metros de altura e


• Autorização prévia menos de 100.000 m3 de capacidade de armazenamento, as ARH poderão também
avaliar da conformidade da aplicação do RPB, dando conhecimento ao GSB. A avaliação
• Licença do GSB pode sempre ser solicitada;

• Concessão  Em todos os casos em que, nos termos dos itens anteriores, as ARH avaliem da
1.1 ASPETOS GERAIS

conformidade de aplicação do RPB e emitam parecer favorável, considera‐se


implicitamente cumprido o Artigo 15º, parágrafo 1, alínea c) do Decreto‐Lei nº 226‐A.

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APA AUTORIDADE ‐ INSPEÇÕES

• FICHAS

• ATAS

• RELATÓRIOS

• MEDIDAS

• LNEC
1.1 ASPETOS GERAIS

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ACIDENTES
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acidentes históricos
1.1 ASPETOS GERAIS

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ST. FRANCIS
DATA DE CONCLUSÃO: 1926
DATA DO ACIDENTE: 12 de Março 1928, 23h58m
PAÍS: EUA, 72 km Norte de Los Angeles
TIPO: Gravidade c/ curvatura em planta
ALTURA: 62,5 m
CAPACIDADE: 47 Hm3
FUNDAÇÃO: Xisto e conglomerado; falha no contacto entra as duas formações.
Barragem sem cortina de injecções.
TIPO: Ruptura frágil
47 hm3 descarregados em 70 minutos
Altura máxima da onda – 38m nos primeiros 1,6 km a jusante da barragem
Caudal máximo – 14.160 m3/s
Onda percorreu 70 km até ao oceano
CONSEQUÊNCIAS: 450 vítimas
1.1 ASPETOS GERAIS

(num estaleiro a 26 km da barragem, morte de 80 pessoas).


Destruição de auto‐estrada e pontes, vale cheio com lama e debris.
CIRCUNSTÂNCIAS: Fundação deficiente.

Jury drawn by the coroner of Los Angeles country: “A sound policy of public safety and business and engineering
judgement demands that the construction and operation of a great dam should never be left to the sole
judgment of one man, no matter how eminent, without checking by independent experts”. In 1929, the State of
California enacted legislation with this intent.

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ST. FRANCIS, 1928


1.1 ASPETOS GERAIS

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ST. FRANCIS, 1928


1.1 ASPETOS GERAIS

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ST. FRANCIS
1.1 ASPETOS GERAIS

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VEGA DE TERA
DATA DE CONCLUSÃO: 1957
DATA DO ACIDENTE: 10 de Janeiro de 1959, madrugada
PAÍS: Espanha, Zamora
RIO: Tera, afluente do Douro
BARRAGEM: Contrafortes (lajes de betão e contrafortes de alvenaria)
ALTURA: 34m
CAPACIDADE: 8 Hm3
CIRCUNSTÂNCIAS: Interrupções de trabalho no Inverno, más ligações entre
velha e nova alvenaria
TIPO: Ruptura frágil
CONSEQUÊNCIAS: 144 vitimas
A onda libertada, com a albufeira cheia, destruiu a vila de montanha
1.1 ASPETOS GERAIS

Rivadelago, 5km a jusante. A maioria dos habitantes estava a dormir.


Destruidos 125 dos 150 edifícios.
DONO DA OBRA: Hidroelectrica Moncabril, SA
RESPONSABILIDADE CIVIL: Indiciadas 10 pessoas por alegada negligência. Embora o
tribunal aceitasse que existiam deficiências na barragem, quatro dos reus foram
condenados (multa, suspensão de direitos civis, 1 ano prisão condicional)

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VEGA DE TERA
1.1 ASPETOS GERAIS

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VEGA DE TERA, 1959


1.1 ASPETOS GERAIS

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MALPASSET
PAÍS: França, Fréjus
TIPO: Abóbada
ALTURA: 61m
CAPACIDADE: 22 Hm3
DATA DE CONCLUSÃO: 1954
DATA DO ACIDENTE: 2 de Dezembro 1959, 19h10
CIRCUNSTÂNCIAS: Superfície de menor resistência no maciço de
fundação
1.1 ASPETOS GERAIS

TIPO: Ruptura frágil


CONSEQUÊNCIAS: 421 vitimas
Propagação de onda de cheia em 11km, até ao Mediterrâneo.

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MALPASSET, 1959
1.1 ASPETOS GERAIS

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MALPASSET, 1959
1.1 ASPETOS GERAIS

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VAIONT
PAÍS: Itália
TIPO: Abóbada
ALTURA: 265 m
CAPACIDADE: 150 Hm3
DATA DE CONCLUSÃO: 1960
DATA DO ACIDENTE: 9 de Outubro de 1963, noite.
a 8 de Outubro, foram feitas descargas de 140 m3/s, mas com grande
escorrência para a albufeira, na altura do acidente estava 120 hm3
armazenados.
CIRCUNSTÂNCIAS: Tremendo deslizamento de terra para o interior da albufeira,
provocando ondas gigantescas que galgaram a barragem, O volume do
deslizamento excedeu 240 hm3. Este material encheu 1,8 km de
albufeira até uma altura de 150 m acima do seu nível. O rápido
movimento do material escorregado, com uma velocidade 30m/s, a
1.1 ASPETOS GERAIS

água deslocada foi atirada para a margem direita, atingindo a vila


Sassa, ultrapassou a barragem, com uma altura de 100 m acima do
coroamento. A onda atingiu 70 m de altura na ligação do rio Valont ao
rio Piava, a 1,6 km da barragem.
Barragem não rompeu.
CONSEQUÊNCIAS: 2 600 vitimas

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VAIONT, 1963
1.1 ASPETOS GERAIS

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VAIONT, 1963
1.1 ASPETOS GERAIS

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TETON
PAÍS: EUA, 5 km NE de Newdale, Idaho
TIPO: Barragem de terra zonada, com núcleo central
ALTURA: 93 m acima do leito
CAPACIDADE:
FUNDAÇÂO: Maciço vulcânico, muito permeável e fracturado.
DATA DE CONCLUSÃO: Outubro 1975
DATA DO ACIDENTE: 5 de Junho de 1976
CIRCUNSTÂNCIAS: 1 º enchimento
Erosão interna no núcleo, no contacto
1.1 ASPETOS GERAIS

com fundação, nas “key trench” do


encontro direito
CONSEQUÊNCIAS: 14 vítimas
Prejuízos: 400 milhões de dólares

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TETON, 1976
1.1 ASPETOS GERAIS

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TETON, 1976
1.1 ASPETOS GERAIS

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TETON, 1976
1.1 ASPETOS GERAIS

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TETON
1.1 ASPETOS GERAIS

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TOUS
DATA DE CONCLUSÃO: (início 1958 ) 1978 (1ª fase)
DATA DO ACIDENTE: 20 Outubro 1982
PAÍS: Espanha, Valência
RIO: Júcar
BARRAGEM: ER / PG Mista gravidade/enrocamento
ALTURA:
CAPACIDADE: ~ 60 Hm3 (1ª fase)
CIRCUNSTÂNCIAS: la aparición de la llamada gota fría, un fenómeno meteorológico capaz de
provocar precipitaciones de una intensidad y duración excepcionales,
produjo una avenida extraordinaria, cuyo hidrograma podría asimilarse a
la calculada para un período de retorno de 500 años
TIPO: Galgamento em cheia excecional e rotura do aterro
CONSEQUÊNCIAS: 8 vitimas e grandes prejuizos
1.1 ASPETOS GERAIS

Este hecho, desencadenó dos hechos importantísimos con el incremento de la seguridadad frente a las
inundaciones: La creación del SAIH y que la Dirección General de Obras Hidráulicas impulsara la
modificación de la Instrucción.
En julio de 1993, finalmente, Comisión presentó a la Dirección General de Obras Hidráulicas de Norma
sobre Seguridad de Presas y Embalses que, después de diversas correcciones, se aprobó por O.M. de 12
de marzo de 1996 como el “Reglamento Técnico sobre Seguridad de Presas y Embalses”.

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TOUS
1.1 ASPETOS GERAIS

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TOUS
1.1 ASPETOS GERAIS
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acidentes diversos
1.1 ASPETOS GERAIS

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ZOEKNOG, 1993
1.1 ASPETOS GERAIS

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ZOEKNOG, 1993
1.1 ASPETOS GERAIS

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DAM YEAR LOCATION FATALITIES DETAILS
Failure of a coal slurry impoundment. The water supply for over 27,000 residents was contaminated. The spill was 30 times larger than
Martin County coal slurry spill 11‐10‐2000 Martin County, United States 0
the Exxon Valdez oil spill and one of the worst environmental disasters ever in the southeastern United States
Vodní nádrž Soběnov 2002 Soběnov, Czech Republic 0 Extreme rainfall during the 2002 European floods.
Zeyzoun Dam 04‐06‐2002 Zeyzoun, Syria 22 2,000 individuals displaced and over 10,000 directly affected.[15][16]
Silver Lake Dam 14‐05‐2003 Michigan, United States 0 Heavy rains caused earthen dam and bank to wash away. 1,800 people evacuated.
Hope Mills Dam 26‐05‐2003 North Carolina, United States 0 Caused by heavy rains. 1,600 people evacuated.
Strictly not a dam or dike failure. The original Peat soil surrounding a polder (where peat had subsidized due to oxidization) was pushed
Ringdijk Groot‐Mijdrecht [nl] 23‐08‐2003 Wilnis, Netherlands 0 away by the water in the canal. The peat became lighter than water during the 2003 drought. The real cause was new wooden piling along
the canal. This new piling was water tight and therefore the peat soil dried out. Around 1,500 residents had to be evacuated.
Big Bay Dam 12‐03‐2004 Mississippi, United States 0 A small hole in the dam grew and eventually led to failure. 104 buildings damaged or destroyed.
Camará Dam 17‐06‐2004 Paraiba, Brazil 3 Poor maintenance. 3000 people homeless. A second failure happened 11 days after.
Shakidor Dam 10‐02‐2005 Pasni, Pakistan 70 Sudden and extreme flooding caused by abnormally severe rain.
Computer/operator error; gauges intended to mark dam full were not respected; dam continued to fill. Minor leakages had also
Taum Sauk reservoir 14‐12‐2005 Lesterville, United States 0
weakened the wall through piping. The dam of the lower reservoir withstood the onslaught of the flood.
Ka Loko Dam 14‐03‐2006 Kauai, United States 7 Heavy rain and flooding. Several possible specific factors to include poor maintenance, lack of inspection and illegal modifications.[17]
Campos Novos Dam 20‐06‐2006 Campos Novos, Brazil 0 Tunnel collapse.
Gusau Dam 30‐09‐2006 Gusau, Nigeria 40 Heavy flooding. Approximately 500 homes were destroyed, displacing 1,000 people.
Lake Delton 09‐06‐2008 Lake Delton, United States 0 Failure due to June 2008 Midwest floods.
Neglection of barrage and the building of barrage itself. The region however saw weak monsoon and multi‐year drought preeceding the
Koshi Barrage 18‐08‐2008 Koshi Zone, Nepal 250
barrage failuire. The flood affected over 2.3 million people in the northern part of Bihar.
Kingston Fossil Plant
22‐12‐2008 Roane County, United States 0 Failure of a fly ash slurry pond.
coal fly ash slurry spill
Algodões Dam 27‐05‐2009 Piaui, Brazil 7 Heavy rain.[18] 80 people injured, 2000 homeless.
Situ Gintung Dam 27‐03‐2009 Tangerang, Indonesia 98 Poor maintenance and heavy monsoon rain.
Not a dam failure, but rather the power station accident where the turbine 2 broke apart violently due to the metal fatigue caused by
Sayano–Shushenskaya Dam 17‐08‐2009 Sayanogorsk, Russia 75 overlooked vibrations, flooding the turbine hall and causing the ceiling to collapse. The dam itself was unaffected, and the power station
rebuilt within 5 years.
Kyzyl‐Agash Dam 11‐03‐2010 Qyzylaghash, Kazakhstan 43 Heavy rain and snowmelt. 300 people were injured and over 1000 evacuated from the village.
Hope Mills Dam 16‐06‐2010 North Carolina, United States 0 Sinkhole caused dam failure. Second failure of the dam, will be replaced.
Testalinda Dam 13‐06‐2010 Oliver, Canada 0 Heavy Rain, low maintenance. Destroyed at least 5 homes. Buried Highway 97.
Delhi Dam 24‐07‐2010 Iowa, United States 0 Heavy rain, flooding. Around 8,000 people had to be evacuated.
Niedow Dam 07‐08‐2010 Lower Silesian Voivodeship, Poland 1 Heavy rain, over‐topped from flooding.[19]
Failure of concrete impound wall on alumina plant tailings dam. One million cubic meters of red mud contaminated a large area, within
Ajka alumina plant accident 04‐10‐2010 Ajka, Hungary 10
days the mud had reached the Danube.
Kenmare Resources tailings dam 04‐10‐2010 Topuito, Mozambique 1 Failure of tailings dam at titanium mine. 300 homes had been rebuilt.
Failed after 2011 Tōhoku earthquake. 7 dead and 1 unknown. Japanese authorities state that the dam failure was caused by the
Fujinuma Dam 11‐03‐2011 Sukagawa, Japan 8
earthquake, making these the first earthquake‐caused dam failure fatalities since 1930, worldwide.[20]
Campos dos Goytacazes dam 04‐01‐2012 Campos dos Goytacazes, Brazil 0 Failed after a period of flooding.[21] 4000 people displaced.
1.1 ASPETOS GERAIS

Failed after a period of heavy snowmelt. A crack in the dam went un‐repaired for years. Eight people killed and several communities
Ivanovo Dam 06‐02‐2012 Biser, Bulgaria 8
flooded.[22]
Köprü Dam 24‐02‐2012 Adana Province, Turkey 10 A gate in the diversion tunnel broke after a period of heavy rain during the reservoir's first filing. The accident killed ten workers.[23][24]
Dakrong 3 Dam 07‐10‐2012 Quảng Trị Province, Vietnam 0 Poor design, Typhoon Gaemi flood surge.
Downstream slope failure on a 90.3 m (296 ft) tall embankment dam, possibly as the reservoir was being filled. Residents evacuated
Tokwe Mukorsi Dam 04‐02‐2014 Masvingo Province, Zimbabwe 0
upstream.
Tailings dam collapse due to negligent operation; reservoir was overfilled beyond design parameters despite repeated warnings of the
danger [25][26][27] combined with a minor dam breach a few months before[28] and fundamental design flaws.[29] Failure of due‐diligence and
Mount Polley tailings dam failure 04‐08‐2014 British Columbia, Canada 0
the honourable discharge of duty‐of‐care obligations by the regulator has resulted in complete exoneration of Imperial Metals, the dam
operator.
Tailings dam collapsed. One village destroyed, 600 people evacuated. 60 million cubic meters of iron waste slurry polluted Doce River, and
Mariana dam disaster 05‐11‐2015 Mariana, Minas Gerais, Brazil 19
the sea near the river's mouth.
Maple Lake 05‐10‐2017 Paw Paw, Michigan 0 A heavy rainstorm caused a section of a dam to crumble because of the weight of a pond above, which happened around 5 a.m.[30]
Patel Dam 10‐05‐2018 Solai, Kenya 47 Failed after several days of heavy rain.
Panjshir Valley dam 11‐07‐2018 Panjshir Valley, Afghanistan 10 Dilapidated dam crumbled under heavy summer rains, 13 missing, 300 houses destroyed.
Xe‐Pian Xe‐Namnoy Dam 23‐07‐2018 Attapeu Province, Laos 36 Saddle dam under construction collapsed during rainstorms. 6600 people homeless, 98 missing.
Swar Chaung Dam 19‐08‐2018 Yedashe, Myanmar 4 Breach in the dam's spillway. 63,000 evacuated, 3 missing. 85 villages affected.
Brumadinho dam disaster 2019‐

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1.1 ASPETOS GERAIS

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Barragem Algodões I ‐ PIAUÍ


1.1 ASPETOS GERAIS

Dia 27 de maio de 2009 é uma data que irá ficar marcada na história não só de Cocal, mas também de Buriti dos Lopes.
Exatamente às 16h10, 52 milhões de litros de água começou a descer provocando ondas de 10 metros de altura e a uma
velocidade impressionante de 80 km/h, arrastando tudo que encontrava pelo caminho, devastando povoados, matando nove
pessoas, e 30 mil animais.

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SISMOS
During SICHUAN (WENCHUAN) earthquake of 12 May 2008, of magnitude 8.0, 1803 concrete and embankment dams and reservoirs and
403 hydropower plants were damaged.
Likewise, during the MAULE earthquake of 27 February 2010, in Chile, of Richter magnitude 8.8, several dams were damaged.
However, no large dams failed due to any of these two very large earthquakes.
1.1 ASPETOS GERAIS

Failure of the 18.5 m high Fujinuma‐ike embankment dam during TOHOKU earthquake, of magnitude 9.0, in Japan 11 March 2011

Dam Safety and Earthquakes


Position Paper of International Commission on Large Dams (ICOLD)
Prepared by ICOLD Committee on Seismic Aspects of Dam Design
Chaired by Dr. Martin Wieland

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OROVILLE DAM, February 2017


1.1 ASPETOS GERAIS

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1.1 ASPETOS GERAIS

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1.1 ASPETOS GERAIS

The dam burst in the evening of 9 May 2018, just as many area families were beginning their evening
meals.[1] Residents reported hearing a loud bang immediately followed by the rushing of "a sea of water".[8]
70 million litres (18 million US gallons) of water were unleashed, creating a wall of water about 1.5 metres
(4 ft 11 in) high and 500 metres (1,600 ft) wide.[5] The resulting flood carved a chasm through a hill, washed
away power poles, destroyed buildings (including a school), and submerged the villages of Nyakinyua and
Energy.[1][9] Homes over a radius of nearly 2 kilometres (1.2 mi) were submerged.[6]

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Barragem de BRUMADINHO, Minas Gerais Brasil Barragem de rejeitados, método de alteamento a montante

Antes, início de 2019

Depois, 25 de Janeiro de 2019


1.1 ASPETOS GERAIS

At the time being, the cause of the dam failure is unknown. Unless more information
becomes available, all discussion on the causes of the failure remains speculative.
According to Vale, the dam was built in 1976 by Ferteco Mineração (acquired by Vale on
April 27, 2001), using the upstream method. The dam was 86 meters high with a crest
length of 720 meters. The disposed tailings occupied an area of 249,500 m2 and the
disposed volume was 11.7 million m3.
The dam last received tailings in July 2016 and was "deactivated" thereafter. There
apparently was no ponding water on top of the tailings except for a small section.

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Portugal
1.1 ASPETOS GERAIS

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BARRAGEM DE FAGILDE
1.1 ASPETOS GERAIS

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ACIDENTES
1.1 ASPETOS GERAIS

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1.1 ASPETOS GERAIS

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VANDALISMO

BARR. ARADE BARR. AZIBO


1.1 ASPETOS GERAIS

BARR. RIBEIRA GRANDE


E ARCO BARR. SANTA JUSTA
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
1.1 ASPETOS GERAIS

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As deteriorações de barragens, que apenas no limite são de rotura, com todas as suas
consequências, têm causas muito diversas, seja quanto aos cuidados existentes nas
diferentes fase com influência no comportamento destas obras (concepção, projecto,
construção, exploração), seja quanto ao tipo e características das barragens e dos seus
órgãos de segurança.

Certos tipos de barragens, e de órgãos anexos, comportam‐se melhor ou pior em


determinadas circunstâncias, e face a determinadas acções, o que se reflecte nas
estatísticas disponíveis. As consequências das roturas para jusante também são variáveis.
Contudo não se pode dizer à partida que alguns tipos de barragens são preferíveis a outros,
1.1 ASPETOS GERAIS

uma vez que a escolha depende sempre da ponderação de um conjunto de condições


associadas a cada aproveitamento.

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O risco de ruptura de barragens é uma das ameaças inevitáveis com que a Sociedade se confronta.

Em países como Portugal, um número significativo de pessoas, individualmente ou em agregados


populacionais, vive em zonas potencialmente atingíveis por ondas de cheias provocadas por
rupturas.

Mesmo algumas pequenas barragens podem apresentar riscos significativos.

Os cuidados de segurança são, por isso, de grande importância. Os investimentos necessários


devem ser internalizados como custos integrantes da exploração, e não como um factor extra que
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pode ser eliminado por dificuldades orçamentais.

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1.1 ASPETOS GERAIS

http://cnpgb.apambiente.pt/gr_barragens/gbportugal/index.htm

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