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TRADUÇÃO ARTIGO: Prognostic Value of Systemic Inflammatory Indices,

NLR, PLR, and MPV, for Predicting 1-Year Survival

of Patients Undergoing Cytoreductive Surgery with

HIPEC

DISCUSSÃO

Este estudo teve como objetivo avaliar o valor prognóstico da Razão Neutrófilo-Linfócito (NLR),
Razão Plaquetas-Linfócito (PLR) e Volume Médio das Plaquetas (MPV) na previsão da
sobrevivência de 1 ano em pacientes submetidos à Cirurgia Citoredutora (CRS) combinada com
a Quimioterapia Intraperitoneal Hipertérmica (HIPEC). Os principais achados do estudo foram
que os pacientes com aumento do MPV apresentaram menores taxas de sobrevivência de 1
ano, e o NLR pré-operatório elevado e o PLR pós-operatório estavam associados a resultados
de sobrevivência ruins.

A inflamação sistêmica tem sido cada vez mais reconhecida como um preditor de prognóstico
desfavorável em vários tipos de câncer. Nos últimos anos, os biomarcadores inflamatórios
ganharam importância na estratificação do prognóstico e da sobrevida global de pacientes
com câncer. No entanto, o uso de marcadores inflamatórios no contexto de CRS e HIPEC para
pacientes com carcinomatose peritoneal ainda é relativamente pouco explorado.

O NLR, o PLR e o MPV são considerados biomarcadores inflamatórios inovadores, pois podem
ser facilmente avaliados por meio de exames de laboratório de rotina. O NLR é calculado
dividindo a contagem de neutrófilos pela contagem de linfócitos, refletindo a diferença relativa
entre esses dois tipos de células. O PLR, por outro lado, é calculado como a contagem de
plaquetas dividida pela contagem de linfócitos, indicando a diferença relativa entre plaquetas
e linfócitos. Tanto o NLR quanto o PLR foram avaliados em muitos tipos de câncer e mostraram
ser fatores de risco independentes para a previsão da sobrevivência.

Neste estudo, o NLR pré-operatório elevado foi identificado como um fator prognóstico
independente para a sobrevivência de 1 ano em pacientes submetidos à CRS com HIPEC. A
análise multivariada confirmou a importância do NLR pré-operatório. No entanto, o PLR pré-
operatório, que mostrou importância na análise univariada, não manteve a mesma
significância na análise multivariada. Por outro lado, o PLR pós-operatório foi associado a uma
pior sobrevivência de 1 ano.

O estudo também explorou o papel do MPV, que representa o tamanho médio das plaquetas
no soro e reflete as taxas de produção e estimulação das plaquetas. O MPV pré-operatório
elevado mostrou ser o preditor mais potente da previsão da sobrevida pós-operatória. Um
MPV pré-operatório elevado esteve significativamente associado a uma sobrevivência pós-
operatória ruim. Além disso, os níveis de MPV pós-operatórios nos dias 2, 3 e 5 após a cirurgia
estiveram independentemente associados a uma pior sobrevivência de 1 ano. Esse achado
está em consonância com estudos anteriores que sugeriram uma associação entre a infiltração
de plaquetas em grande volume e a inflamação em vários tipos de câncer.

Apesar das limitações deste estudo, incluindo sua natureza retrospectiva e o tamanho
relativamente pequeno da amostra, ele fornece informações valiosas sobre o potencial uso de
marcadores inflamatórios, como o NLR, o PLR e o MPV, na previsão do prognóstico de
pacientes submetidos à CRS com HIPEC. Os resultados sugerem que esses marcadores podem
ajudar na estratificação de pacientes de acordo com o perfil de risco e na tomada de decisões
sobre o tratamento, potencialmente melhorando seus resultados.

Em resumo, este estudo indica que pacientes com aumento do MPV têm menores taxas de
sobrevivência de 1 ano após a CRS com HIPEC. O NLR pré-operatório elevado e o PLR pós-
operatório também estão relacionados a resultados de sobrevivência ruins. Esses marcadores
inflamatórios podem ser úteis na estratificação de risco dos pacientes e na decisão de
tratamento em pacientes submetidos à CRS com HIPEC, potencialmente melhorando seus
resultados.

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