22/09/2023

Arte Contemporânea II ARTE

ARTE
CADERNO 3
Capítulo 4 – Arte Contemporânea II

Professora Loli

Arte Contemporânea II ARTE

Arte Contemporânea II
A experimentação na Arte Contemporânea contempla desde a pesquisa de materiais até a criação de
obras que relacionam diferentes modalidades artísticas. Nesse universo cabem as mídias digitais como
o vídeo, o tratamento e a utilização do corpo como matéria expressiva nas artes visuais e a criação de
espetáculos de dança que dialogam com outras expressões artísticas (artes visuais, literatura, circo, teatro,
entre outras).
O espetáculo Cão sem plumas, da Cia. de Dança Deborah Colker, foi criado a partir de um poema
homônimo do escritor João Cabral de Melo Neto. Observe que, na montagem, a expressão corporal dialoga
com as projeções de vídeo e com a iluminação.

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Videoarte e Body Art
A partir da década de 1970, alguns artistas iniciaram experimentações com vídeo para a criação de
obras em artes visuais. Essas obras diferenciavam-se das imagens televisivas e do cinema, propondo uma
criação com enfoque na imagem e na poética visual. Os equipamentos de produção de vídeo tornaram-se
mais acessíveis a partir do final da década de 1960 possibilitando o uso da filmagem e da projeção para a
criação plástico-visual.
A videoarte possibilitou a origem de variações de concepção para as obras em vídeo, como
videoinstalação, videoperformance, videopoema,
entre outras.
As criações em vídeo estabeleceram novas relações
com o espaço expositivo por meio das projeções, que podiam
ser feitas no teto, no chão, em objetos, entre outros espaços.
A videoarte promove uma maneira diferenciada de relação
entre o espectador, a obra e seus elementos visuais.
Destacamos os artistas: Vito Acconci (1940-
2017), Wolf Vostell (1932-1998), Bruce Nauman (1941-),
Ira Schneider (1939-) e Bill Viola (1951-).

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Wolf Vostell - Obras de Videoarte

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One Hundred Live and Die, de Bruce

Nauman - 1984

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Bill Viola – Visões sobre o tempo

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JanLeonardo – Light painting- 1984 ( Captura fotográfica)

Wrecking Crew Orchestra – grupo Japonês de

Dança de Rua. (Luzes em sintonia com o
Movimento)

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No Brasil, as investigações e criações em videoarte começaram também na década de 1970. O artista
Hélio Oiticica, em parceria com o cineasta Neville D’Almeida, produziu uma série de obras denominadas
quasicinemas. As instalações propunham uma experiência artística que envolvia o sensorial, constituindo
uma obra na qual o espectador deveria mergulhar para poder apreciar.

CC5 Hendrix War, de Hélio Oiticica no Whitney Museum of American Art, Nova York/Estados Unidos, 2017. A obra conjuga
projeções de slides, redes e música, criando uma instalação com múltiplos elementos e materiais.
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Além de Oiticica e D’Almeida, destacaram-se na videoarte: Eder Santos (1960-), Regina Silveira (1939-),
Carmela Gross (1946-), Ivens Machado (1942-), entre outros.

Eder Santos – Roteiro Amarrado – 2010

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Exposições imersivas

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Videoarte e Body Art
A body art (“arte do corpo”, em inglês) é uma forma de manifestação da arte contemporânea que elege
o corpo como sua matéria de criação. Frequentemente a body art apresenta obras que dialogam com a
performance e o happening. As obras não pretendem inovar nas representações do corpo, como ocorreu
nos movimentos de vanguarda modernistas, mas o artista usa o próprio corpo como espaço de intervenção
e criação artística.

O artista está presente, de Marina Abramovic (performance, 2010). A imagem foi feita durante a retrospectiva da obra
da artista realizada no The Musem of Modern Art (MoMA) (Nova York/Estados Unidos).

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Videoarte e Body Art
A artista sérvia Marina Abramovic (1946-) é uma das maiores referências na body art. Na performance
O artista está presente, Abramovich sentava-se em uma cadeira, com uma mesa ao meio e outra cadeira
vazia posicionada em frente à artista. Durante a performance qualquer pessoa poderia se sentar e
compartilhar do olhar e do silêncio da artista, que se concentra no sujeito que ocupa a cadeira, e, durante
o tempo em que ele permanece sentado, toda a atenção da artista se volta para ele.

A situação inesperada na
performance foi a presença de seu
ex-parceiro, Ulay, nome artístico
de Frank Uwe Laysiepen (1943-), a
Rest Energy – 1980 - Marina quem Marina não via há muitos
Abramovic e Ulay – Artista
Performática anos. A cena foi de pura emoção.

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Videoarte e Body Art
As obras que têm o corpo como matéria sensível e expressiva geralmente abordam temas fortes
como a violência, questões relacionadas com o gênero e a identidade do artista. O corpo não é abordado
como um objeto de conotação sexual, mas, principalmente, como um espaço de construção artística,
potencialmente expressivo e simbólico. Entre os artistas de body art, destacamos: Lygia Clark
(1920-1988) e Arnulf Rainer (1929-).

Body art
•A Body Art encontra no Corpo do artista é o lugar para a sua realização – Corpo como SUPORTE artístico
•Usa o corpo como meio de expressão
•Explora questões presentes entre as sociedades contemporâneas tais como: identidade, gênero,
sexualidade, doença, morte e violência.

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ALEXA MEADE

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CRAIG TRACY

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JOHANNES STÖTTER

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Liu Bolin

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Liu Bolin

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Dança Contemporânea
A arte contemporânea engloba as artes visuais e também de outras modalidades artísticas (dança,
teatro e música), relacionando-se com as produções artísticas realizadas a partir da década de 1960 até
os dias atuais. Em todas as formas de manifestação artística, a arte contemporânea se caracteriza pela
diversidade e pela experimentação.

Cena do espetáculo Mulher,

mulheres, da Quick Cia. de Dança.

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Dança Contemporânea
A dança contemporânea caracteriza-se pela ausência de um estilo ou gênero de dança de referência. As
criações contemporâneas privilegiam a inventividade, apreendem elementos dos mais diversos estilos de
dança (balé clássico, dança moderna, dança de rua, dança de salão, entre outros), investiga
métodos de criação e estudos dos movimentos (Método Laban, Contato e Improvisação, Sistema
Feldenkrais, entre outros).
Os espetáculos dialogam com outras manifestações artísticas e campos de conhecimento, traçando
relações com o teatro, as artes visuais, a música, a literatura, o esporte, entre outros. Nesse contexto
amplo, aberto à experimentação, à valorização da expressão própria do bailarino, surgem infinitas
possibilidades de pesquisa e criação. A dança contemporânea não se atém apenas à criação de
espetáculos, mas dialoga com a performance e com a videoarte, estabelecendo outras maneiras de criação
e produção artística.

Espetáculo Velox, Cia. de Dança

Débora Colker, montado pela
primeira vez em 1995.

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