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PAULO
FACULDADE DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS E LETRAS
BOLETIM L
GEOLOGIA
N.° 2
S. PAULO — BRASIL
19 4 5
Os Boletins da F acu ld ad e de Filosofia, Ciências
e L etras da Universidade de São Paulo, são edita
dos pelos D ep artam ento s das suas diversas secções.
T oda co rresp o n d ên cia deverá ser dirigida p a r a ,
o D ep artam en to respectivo da F a c u ld a d e de Filo
sofia, Ciências e L etras Caixa Postal 105-B, S.
Paulo, Brasil.
The “ Boletins da F acu ld ad e de Filosofia, Ciên
cias e L etras da U niversidade de S. P a u lo ” are
edited by the different d e p a rtm e n ts of the F a c u lty .
Ail c o rre sp o n d e n c e should be ad d ressed to the
D ep artm en t co ncern ed , Caixa Postal 105-B, São
Paulo, Brasil.
R e ito r :
Prof. Dr. Jorge Americano.
BOLETIM L
GEOLOG IA
N.° 2
s f PAULO — BRASIL
19 4 5
BACIA TERCIÁRIA DO VALE DO RIO PARAÍBA, ESTADO DE
SAO PAULO
J&CL&L
Bacia terciária jjo vale do Rio Paraíba, Estado de São Paulo 5
O com prim ento dessa faixa sedim entária é de 160 quilôm etros,
se tom arm os a m edida entre os dois pontos extrem os acim a m en
cionados, n a carta do Estado de S. Paulo, organizada pela an ti
ga Comissão G eográfica e Geológica daquele Estado (5). A di
vergência en tre e&se com prim ento e as dim ensões dadas pelo p ro
fessor J C. B ran n er (1), por I. C. W hite (3) e por W ashbur-
ne (6) provém do m elhor conhecim ento da geologia da região.
A bacia sedim entária dilata-se por am bas as m argens do rio
P ara íb a e apresenta larg u ra variável, conform e o vale se torna
m ais ou merios apertado. A m aior larg u ra verifica-se no trecho
entre C açapava e P indam onhangaba, onde atinge de 18 a 22 qui
lôm etros. Em G uaratinguetá, ela baixa a 12 quilôm etros. A su
doeste de Jacareí, a bacia estreita-se p ara term in ar num a ponta a
noroeste de Mogí das Cruzes. Tam bém aqui surge o mesmo re p a
ro quanto ao valor dessa dim ensão. W hite a avalia em 4 a 5 qui
lôm etros, núm ero igualm ente aceito por W ashburne. O profes
sor Alberto Betim Paes Leme (10) diz que em C açapava a largu
ra da bacia sedim entária chega a 20 quilôm etros, desde a S erra
do Jam beiro até ao norte da Serra da M antiqueira.
O rio P araíb a, ora se aproxim a mais de um a, ora m ais de ou
tra das encostas laterais do terreno do complexo cristalino.
Em S. José dos Campos, o rio passa junto ao contacto dos
sedim entos com o arqueano, no lado oeste da bacia sedim entária.
Daí até P indam onhangaba, ele continúa correndo m ais nesse lado
da bacia, enquanto que em A parecida e em G uaratinguetá ele
aproxim a-se do lado leste.
Uma bacia sem elhante a esta existe no vale do rio Tietê, nos
arredores da cidade de S. Paulo, (25) expandindo-se p a ra oeste
e prolongando-se p a ra sudeste, no rum o de Mogí das Cruzes, onde
quasi que se liga à do P araíba, da qual foi separada pela erosão.
F alta apenas um a distância de 5 quilôm etros p ara que as duas b a
cias s*e toquem (5).
O utra bacia, pequena, apresenta-se na zona de Rezende, no
Estado do Rio de Janeiro, entre Campo Belo e Quatís (13, 23,
26 e 27).
Esses terrenos consistem cm folhelhos e arenitos e, em certos
pontos, encerram fósseis de água doce, linhito e fragm entos de
m adeira carbonizada. Na encosta da serra do Jam beiro, próxim o
a Caçapava, há cam adas de linhito, ou carvão sub-betum inoso.
Fisiograficam ente, esses terrenos classificam -se: nas parte$
baixas, m arginais aos cursos dágua — várzeas; e nos terrenos on
dulados ou pequenas lom badas — terrenos de campos ou sim ples
m ente campos. A diferença de nível acim a do leito do rio P a
raíb a vai até 60 m etros.
6 Luciano Jacques de Moraes
1) — Geologia:
£ e c ç .è b e s f ja v n á J - í c a . d a ò a .c í- 3 s e d i m e n J a r i a d o R i o P e r a í ò a n a r e y i é ò d e T r e m e m n e
12 Luciano Jacques àe Moraes
NE
fsz.M om baça
100,00
Material C arbono
U m idade Cinzas
volátil fixo
D estilação F isc h e r:
Semi-
Agua óleo P e rd a s
coque
Material C arbono
Um idade Cinzas
volátil fixo
Destilação F is c h e r:
Semi-
Água óleo P e rd a s
coque
Análise F isc h e r:
Umidade Semi- P e rd a s
Água óleo coque
ANÁLISE 5.648
Análise im ediata:
Um idade .. .. 8,92%
M aténa volátil .. 12,47%
Carbono fixo 3,49%
Cinzas .. 75,12%
Semi-coque •• •• •• 73,3%
Gases e p e rd a s .... . 3,2%
5 — U sina^te destilação:
A usina de destilação dos folhelhos oleigenos está situada na
cidade de T au b até p a ra onde são rem etidos os xistos extraidos da
m ina de Trem em bé, transportados em cam inhões.
H avia ai um a instalação antiga e um a o u tra nova, em vias de
construção, quando da nossa visita.
A usina antiga consiste em u m a re to rta tipo H enderson, m on
tad a em 1891, p a ra o fornecim ento de gás de ilum inação à cida
de de T au b até e que funcionou du ran te certo tem po, antes da ilu
m inação elétrica.
Nestes últim os anos, esta instalação foi novam ente posta a
funcionar p a ra a dem onstração da possibilidade da extração de
óleo de xisto, alim entando p a ra este fim um a pequena destilaria.
A capacidade dessa instalação é de 20 toneladas de folhelho com
a produção de pouco m ais de duas toneladas de óleo p rim ário
que era destilado p a ra d a r gasolina, óleo Diesel, querosene e re
síduo p arafín ico . O alam bique de óleo Diesel fornece uns 300
litros p or dia e cerca de 50 litros de gasolina. Ainda não se
p re p a ra o óleo lubrificante p o r fa lta de instalações adequadas.
Essa usina antiga será desm ontada e o seu m aterial aproveitado
como sucata, quando a nova usina estiver funcionando n orm al
m ente.
A nova instalação consistia, essencialm ente, em um a re to rta
especial, in v en tad a e p atenteada pelo engenheiro Roberto Joppert
M artin, de capacidade p a ra destilar 100 toneladas de xisto p o r dia,
com a produção de 10 toneladas de óleo, já fracionado em colunas
de condensação, dando 17% de gasolina, 13% de querosene, 34%
de óleo Diesel e 20% de óleos parafínico e lu b rifican te. O óleo
parafínico deveria ser separado do lubrificante na fábrica de p a
ra fin a já m ontada, com capacidade de 500 quilos de p arafin a por
d ia. Esta últim a instalação ia ser triplicada p a ra atender à p ro
dução da “re to rta m ecânica integral” Jo p p ert M artin.
Os óleos lubrificantes residuais seriam injetados na re to rta
p a ra serem transform ados em gasolina pelo cracking.
A diantou-nos o D r R oberto M artin que a re to rta m ecânica
deveria ficar p ro n ta dentro de curto espaço de tem po e que do
projeto constava a construção de m ais duas retortas idênticas
e ain d a o u tra p a ra destilar os resíduos pulverulentos da britagem
do xisto, perfazendo o total de 40 toneladas diárias de produtos
destilados p a ra a capacidade da b ateria de condensação.
22 Luciano Jacques de Moraetf
e T a u b a té . Relatório a p re se n ta d o ao p resid en te da P a n a i S.
A ., Cia. N acional de ó leo s M inerais. — Rio, 1941. In éd ito .
17) — BRAGA^tValério — O p ro b le m a da E n erg ia Dirigida. XI — R o ch as
Oleígenas do B rasil: Possivel Solução Im ediata do P ro b le m a
do P etró leo . F o lh a da M anhã, 10 de maio de 1942. — S. P au lo.
1«) — FLEMING, Russell C . ; FOURQUREAN, W m . ; a n d GOOD, J o h n C.
— Investigation of th e fuel reso u rces along the line of the
E s tra d a de F e r ro C entral do Brasil, b etw een Rio de Jan eiro
a n d S. P a u lo . — July, 4, 1942. In éd ito.
19) — MORAES REGO, D . F . — O ap ro v eitam en to das ro c h a s piro-oleí-
genas do B rasil. — S. Paulo, 1942.
20) — LEONARDOS, O. — Os fohelhos p e tro lífe ro s do vale do P a r a í b a .
Memória a p re s e n ta d a ao 1.° Congresso de Carvão e O utros
Combustiveis Nacionais. — Rio, 1922.
21) — OPPENHEIM, Victor — R o ch as G o ndw ânicas e Geologia do P e tr ó
leo do Brasil M eridional. Boi. n . 5 do S. P M ., 1934.
22) — SENA SOBRINHO, M. — Sondagens p a r a pesquisa de folhelho piro-
betum inoso na E stân cia Santa C ruz. Boi. n . 95 — P u b lic a
ção d a D iretoria da P ro d u ç ã o Mineral, S ecretaria da Agri
cu ltu ra do E stado do Rio G rande do Sul. - P o rto Alegre, 1942.
23) ------ LAMEGO, A lberto R . — O m aciço do tatiáia e regiões c ir c u n d a n
tes. Boi. n . 88 do Serviço Geológico e M ineralógico.
24) — MORAES REGO, L . F . — As fo rm açõ es cenozoicas de S. P a u lo .
E scola P olitécnica de São Paulo, 1933.
25) — MORAES REGO, L . F . e SOUZA SANTOS, F D . — C ontribuição
p a r a o E stud o dos granitos da S erra d a C a n ta re ira . — Boi.
n . 18, In st. P e s q . T e c . de São Paulo, 1938.
26) — MORAES, LUCIANO, J . — Geologia do H orto F lo restal de R ezen
d e . Relatório Anual do D ireto r do S erv. Geol. e Mineralógico
do Brasil, 1931, p . 71-73. — Rio de Janeiro, 1932.
27) — TEIXEIRA, E . A. — T u rfa de Rezende, E stado do Rio: M ineração
e Metalurgia, v . III, n . 15. — Rio de J a n e iro .
28) — FRÓES ABREU, S. — P ro b le m a s de Combustível no B rasil. Mine
ra ç ã o e Metalurgia, v . VI, n . 36. — Jan eiro 1943.
F ig i 1 IIo r iBontc oom Pinw neU rrpis e Jaerj ueaia. G ô rra -d e 1 q u ilô m etro
d a f a n w q u a n , Rio Chm j (E . F . P . ) yJSão Ptrahn
Fig. 2 - H orizonte- com P in a en clla o m e d io c y p r in tib t. Ferrão^ Rio 411»
r n ; Sãrr P m in —
F ig» 3 ■ H e i i u r n l t m m Saiilu A nlonie da ■■Pl atina, P a r q ^ i .
T7 W T
CONSIDERAÇÕES SÔBRE A ESTRATIGRAFIA E IDADE DA
FORMAÇAO ESTRADA NOVA
Josué Camargo M endes
I. C. W hite (20) propôs o nom e de série Passa-D ois p a ra o
conjunto de form ações cu ja idade julgou ser p erm ian a e as quais
distinguia sob a designação de folfrelhos Irati, folhelhos E strad a
Nova e calcáreo da R ocinha. Calculou a espessura total da série
em 223 m, com putando 70 p a ra o Irati, 150 p a ra o E strad a Nova e
3 p ara o calcáreo d a R ocinha.
O E strad a Nova de W hite ( = C orum batai dos geólogos p au
listas) foi m antido in totum no perm iano até d ata relativam ente
recente (1928), quando Cowper Reed (12; 12a) determ inou como
triássica superior a m alacofauna dessa form ação, coletada em Rio
Claro, m unicipio de M arechal Malet, Estado do P a ra n á .
A argum entação de W hite em prol da idade perm iana resi
de m orm ente n a presença dum tipo vegetal lepidofítico, Lycopo-
diopsis derbyi R en au lt.
K. H oldhaus (4), d eterm in ára alguns lam ejibrânquios da
m esm a form ação referindo-os a gêneros paleozóicos e propondo o
novo gênero Plesiocyprinella p a ra um a das form as encontradas.
Em vista da diagnose de C. Reed, Du Toit (3) sugeriu a fra g
m entação do E strad a Nova em E strad a Nova Inferior e E strad a
Nova S uperior ( = F orm ação T erezina do Serviço Geológico ofi
cial), respectivam ente de idade p erm ian a e triássica superior, in
validando-se desse m odo a série Passa-D ois de W hite, um a vez
que abrangia form ações pertencentes a dois períodos geológicos.
T al sugestão, porém , não encontra, ao que parece, apoio es-
tratigráfico e é de se supor que repousa exclusivam ente sobre a
pretensa delim itação da ocorrência de Lycopodiopsis derbyi ao
têrm o in ferio r
N enhum dos vários autores que estudaram essa form ação ve
rificou q u alquer linha de discordância dentro do pacote. São con
cordes, entretanto, em afirm a r que é m uito difícil a distinção li-
tológica entre os dois an d ares. Moraes Rego (17) propôs o nome
de G uareí p a ra o têrm o superior, nom e êsse tirado da localidade
do E stado de S. Paulo, onde acreditava ocorrer o m esmo m ais
tipicam ente, m as a sua caracterização é sobrem odo im precisa e
a delim itação sum am ente frag il.
Os autores acatam a idéia influenciados, sem dúvida, pela
prévia avaliação da idade de Lycopodiopsis derbyi feita por um
especialista abalisado.
28 Josué Camargo Mendes
I _ SUMÁRIO
II — INTRODUÇÃO
ANÁLISE MECÂNICA
2 — D eterminação Q uantitativa
a — G ranulom etria
b — R epresentação G ráfica
CIMENTO
1 — Composição mineralógica
2 — Análise química
4 — Resíduo pesado
VI — CONCLUSÕES
O CONGLOMERADO DO BAÚ
R u y Ozorio de Freitas
SUMÁRIO
ten tear os atributos da rocha em face dos caracteres «dos dem ais
sedim entos com parados.
O cim ento foi estudado quanto à sua composição m ineraló-
gica, sendo composto de quartzo, feldspato (ortoclásio e albita),
muscovita, m agnetita e zirconita como alotígenos e, hem atita, se-
ricita, zoizita, quartzo e caolim como autígenos. A análise quí
mica com provou a determ inação ótica, dando p ara S i0 2 — 69.1% ,
A120 3 — 14.7% e K20 — 3 .% , valores estes que podem ser refe
ridos ao quartzo e ao feldspato, e F e20 3 — 8.1% que pode ser re
ferido à h em atita. À ausência de calcita correspondem traços de
CaO na análise. O resíduo pesado, com 5.5% do cim ento, é com
posto de hem atita, m agnetita, m artita e zirconita.
Realizado o estudo petrográfico dos seixos e do cim ento da
rocha, o autor discute a provável origem da rocha do ponto de
vista do seu transporte e do am biente da sua sedim entação. 0
m étodo estatístico dem onstrou que o sedim ento é de origem aquo-
sa, negando inicialm ente o carater glacial devido ao valor de So
(coeficiente de seleção de TRASK) O cim ento revelando n atu
reza arcosiana, supõe um transporte rápido p a ra evitar perda de
feldspato por alteração quím ica e um depósito turbulento repen
tino p ara explicar a deposição sim ultânea do m aterial tran sp o rta
do em tração e em suspensão, isto é, seixos e o arcosio, condições
estas operadas num am biente fluvial, preferivelm ente ao lacus-
tre ou m arinho.
Da soma de observações em posse, como 1) Coeficiente de se
leção de TRASK, 2) D istribuição granulom étrica, 3) Contorno dos
seixos, 4) Composição dos seixos, 5) N atureza do transporte, 6)
Ausência de estratificação, 7) G radação do conglom erado em de
pósitos m ais finos, 8) R ecurrência de horizontes conglom eráticos,
9) G rande espessura dos depósitos de conglom erado, 10) Marcas
ondulares, fendas de contração, estratificação cruzada e outras
feições estruturais dos arenitos da série, 11) Ausência de fósseis
e de m atéria orgânica, 12) Cimento arcosiano da rocha, o autor
concluiu que o conglom erado do B aú é pudingue de depósito flu
vial em am biente piem ôntico, fato generalizavel p a ra toda a série
Itajaí que adm ite ser um a sucessão de fanglom erados, tendo os
prim eiros depósitos, por erosão, tam bém contribuído com m ate
rial p ara a sedim entação dos seguintes, pois havia possibilidade
da região se achar, naquela época, em progressão.
Após a sedim entação da série, sofreu o conglom erado m eta-
m orfism o cataclástico conform e provam a textura m orteiro de
alguns seixos de quartzo, a deform ação elástica dos cristais de
mica e de plagioclásio torcidos ao longo dos planos de gem inação
polissintética. As fra tu ras provenientes da cataclase foram p re
enchidas secundariam ente por hem atita e quartzo no conglom e
rado e p or calcita no arenito. Esse m etam orfism o cataclástico
O cong lom erad o do Baú (Sçrie Itajai-S anta C atarina)
INTRODUÇÃO
Ouro Preto, n.° 17, 1921) não obstante se refiram perfuntoriam en-
te ao conglom erado. Recentem ente, em 1942, Victor Leinz, Alceu
B arbosa e Em ílio Alves T eixeira (Mapa Geológico Caçapava-La-
vras, Boi. 90, D ir P ro d . Min. R . G. S. Dez. 1941) com pararam
a série Itajaí à C am aquan, tendo antes porém V ictor Leipz se re
ferido particularm ente a esta sem elhança (O Problem a Geológico
do Post-Arqueano no Rio Grande do Sul, Min. e Met. Vol. IV,
n.° 22. 1939)
No estudo petrográfico foi utilizado o recente m étodo de in
vestigação dos sedim entos desenvolvidos por C. K. Krum bein
(“ The use of quartile m easures in describing and com paring se-
dim ents”, Am. Jour. Sc. Vol. XXXII, n.° 188, pg. 98, 1936), b a
seado na leitu ra dos quartéis (1.° e 3.°) diretam ente da curva de
frequência acum ulada em têrm os da escala fi, que é um valor arit
mético correspondente à escala de W entw orth em m m .
Graças a estes valores estatísticos da distribuição granulom é-
trica da rocha foi possivel visualizar o sedim ento em têrm os m a
tem áticos representados por três m edidas — o desvio aritm ético
dos quartéis, o coeficiente de seleção e o desvio logarítm ico dos
quartéis, possibilitando determ inar, com parando-se com outros
valores de idênticas m edidas de outros sedim entos, a origem do
conglom erado do B aú.
v --------------------------------------------
(*) E m tem p o convém retificar que o nom e Série Itajaí foi dad o p o r
Eugênio B ou rd o t D u tra (1)
46 Ruy Ozorio de Freitas
DO BAí;
1 — O CONGLOMERADO
Foto
Buy Ozorio de Freitas
48
Foto 2 — 0 CONT.LOMERADO DO BAÚ
Foto 3 — 0 MORRO DO BAÚ
PETROLOGIA
ANÁLISE MECÂNICA DOS SEIXOS
TABELA 1-A
AMOSTRA 1
C ontorno C om po
N.° D D’ D” D ’” Peso mg, S ub-angular sição
99 99 Quartzito
1 46.86 66 40 39 144.260
99 99 Quartzito
2 44.90 60 34 28 39.170
99 99
3 38.81 58 36 28 81.090 Gnáis
99 99
4 2 8.15 48 31 15 31.230 Quartzito
99 99
5 26.44 33 28 20 25.550 Quartzo
99 99
6 25.23 35 27 17 18.670 Granito
99 99
7 23.22 34 23 16 18.090 Quartzo
99 99
8 23.05 30 24 17 13.310 Gran. Alt.
Contorno C o m po
N.° D D’ D” D’” Peso nig. S ub-angular sição
99 99 Quartzito
9 22.82 30 22 18 17.260
99 99 Quartzito
10 22.65 31 22 17 16.500
99 99 Quartzito
11 22.58 32 24 15 17.000
99 99 Quartzito
12 21.66 33 22 14 13.990
99 99 Quartzito
13 21.60 40 21 12 13.070
99 99 Granito Alt.
14 21.44 28 22 16 6.200
99 99 Filito alt.
15 21.14 30 21 15 10.290
99 99 Quartzito
16 21.11 32 21 14 14.040
99 99 Quartzito
17 20.98 40 21 11 12.160
99 99 Gnáis alt.
18 20.94 27 20 17 8.120
99 99 Gnáis alt.
19 19.83 26 20 15 7.500
99 99
20 19.66 24 20 15 8.750 Quartzo
99 99
21 19.39 32 19 12 7.190 Filito alt.
99 99
22 18.97 35 15 13 11.450 Quartzito
99 99
23 18.90 25 18 15 7.430 Quartzito
99 99
24 1 8.8 4 32 19 11 8.920 Granito
99 99
25 18.71 28 18 13 9.160 Quartzo
99 99
26 18.43 23 17 16 9.300 Quartzo
99 99
27 18.41 26 16 15 8.000 Gnáis
99 99
28 18.41 30 16 13 5.000 Gnáis
99 99
29 18.17 25 20 12 8.320 Granito
99 99
30 18.15 23 20 13 7.610 Quartzo
99 99
31 18.11 26 20 11 7.830 Quartzito
32 99 99
18.11 30 18 11 5.200 Arenito
99 99
33 17.93 24 20 12 8.370 Quartzo
34 99 99
17.10 21 17 14 6.370 Quartzo
99 99
35 16.62 18 17 15 7.000 Gnáis
99 99
36 16.49 23 15 13 5.600 Granito
99 99
37 16.37 21 19 11 6.440 Quartzo
38 99 99
15.81 19 16 13 6.000 Quartzito
39 99 99
15.28 17 15 14 3.800 Gnáis
99 99
40 15.21 20 16 11 5.080 Granito
41 99 99
14.83 19 17 10 4.050 Quartzo
42 99 99
14.80 18 15 12 4.210 Quartzito
43 21 15 99 99
14.66 10 3.920 Quartzito
44 14.64 19 15 99 99
11 3.550 Quartzito
45 14.62 21 99 99
17 9 3.550 Quartzito
46 14.61 99 99
26 12 10 4.400 Quartzito
47 99 99
14.53 22 16 10 4.740 Quartzito
48 14.42 20 99 99
15 10 4.660 Quartzito
49 14.42 20 99 99
15 10 3.610 Quartzo leit.
50 14.11 18 99 99
13 12 3.920 Quartzo
51 99 99
14.10 17 15 11 3.730 Quartzito
52 99 99
14.09 20 14 10 5.110 Quartzito
53 14 99 99
14.09 20 10 2.930 Quartzo leit.
54 21 99 99
13.98 13 10 3.450 Quartzito
55 99 99
13.92 20 15 9 3.560 Quartzito
56 99 99
13.86 19 14 10 3.140 Quartzito
57 99 99
13.86 19 14 10 4.160 Quartzito
58 99 99
13.73 18 18 8 4.100 Quartzo ros.
59 3.860 99 99
13.61 18 14 10 Quartzito
60 13.61 14 3.940 99 99
18 10 Quartzo
61 13.54 23 12 9 5.200 99 99
99
Arenito
62 13.52 19 13 10 3.220 99
Quartzo
O conglomerado do Baú (Série Itajai-Santa Catarina) 53
C ontorno C om po
N.° D D’ D” D ’” Peso mg. S ub-angular sição
*» 99 Quartzito
117 9.86 12 10 7 840
99 99 Quartzito
118 9.81 15 9 7 1.520
99 99 Quartzito
119 9.69 13 10 7 1.080
99 99 Quartzo leit.
120 9.69 13 10 7 955
99 99 Q uartzo
121 9.65 15 10 6 1.330
99 99 Quartzito
122 9.59 14 9 7 1.230
99 99 Quartzito
123 9.59 14 9 7 1.320
99 99 Quartzito
124 9.58 11 10 8 1.120
99 99 Quartzito
125 9.43 14 10 6 1.040
99 99 Quartzo leit.
126 9.35 13 9 7 1.140
99 99 Quartzito
127 9.35 13 9 7 1.420
99 99 Quartzo
128 9.35 13 9 '7 1.270
99 99 Quartzo
129 9.35 13 9 7 910
99 99 Quartzito
130 9.20 13 10 6 1.010
99 99 Quartzito
131 9.16 11 10 7 1.000
99 99 Quartzo
132 9.16 11 10 7 1.130
99 99 Quartzito
133 9 .1 3 12 10 8 860
99 99
134 9.11 12 9 7 870 Quartzito
99 99 Quartzo leit
135 9.11 12 9 7 780
99 99 Quartzito
136 8.99 13 8 7 1.080
99 99 Quartzo leit.
137 8.96 10 9 8 1.130
99 99 Quartzito
138 8 .9 6 10 9 8 960
99 99 Quartzito
139 8.87 14 10 5 630
99 99 Quartzito
140 8.84 11 9 7 900
99 99 Quartzito
141 8.84 11 9 7 820
99 99 Quartzito
142 8.75 12 8 7 820
99 99 Quartzo leit.
143 8.65 12 9 6 900
99 99 Quartzito
144 8.65 12 9 6 740
99 99 Quartzito
145 8.57 14 9 5 870
99 99 Jaspe
146 8.54 13 8 6 940
99 99 Quartzito
147 8.53 14 9 5 780
99 99 Quartzito
148 8.43 15 8 5 710
99 99 Quartzo
149 8.40 11 9 6 720
99 99 Quartzito
150 8.40 11 9 6 800
99 99 Quartzito
151 8.40 11 9 6 700
99 99 Quartzito
152 8.40 11 9 6 960
9 5 99 99 Quartzito
153 8.36 13 870
154 12 8 6 99 99 Quartzito
8.32 690
12 8 6 99 99 Quartzito
155 8.32 540
8 99 99 Quartzito
156 8.24 10 7 600
8 99 99 Quartzito
157 8.24 10 7 690
99 99 Quartzito
158 8.24 10 8 7 670
99 99 Quartzito
159 8.17 13 7 6 680
9 99 99 Quartzo
160 8.14 10 6 810
99 99
161 8 .1 4 10 9 6 650 Quartzo leit.
99 99 Quartzito
162 8.08 11 8 6 700
99 99
163 7.95 9 8 7 590 Quartzito
99 99
164 7.83 10 8 6 750 Quartzo
99 99
165 7.83 10 8 6 600 Q uartzo
99 99
166 7.83 10 8 6 660 Quartzito
99 99
167 7.83 10 8 6 430 Quartzito
99 99
168 7.73 11 7 6 660 Quartzo leit.
99 99
169 7.73 11 7 6 600 Quartzito
99 99
170 7.56 9 8 6 410 Quartzito
0 con glom erad o do Baú (Série Itajai-S an ta C atarina) 55
TABELA 1-B
AMOSTRA 2
Contorno C om po
N.# D D’ D” D ’” Peso mg.
Sub-angular sição
1 36.82 48 40 26 55.250 »» » Gnáis
25 55.520 ?» ?»
2 35.39 55 31 Quartzito
33.930 »? ?»
3 29.16 40 31 20 Quartzito
56 R uy Ozorio de F reitas
Contorno C om po
N.° D D’ D” D ’” P e s 0 mg. Sub-angular sição
99 99 Quartzito
4 28.36 41 32 25 46.760
99 99 Quartzito
5 28.10 37 30 20 31.210
99 99 Quartzito
6 27.64 40 24 22 27.080
99 99 Quartzito
7 26.85 45 24 18 19.920
99 99 Q uartzo
8 26.83 40 23 21 25.810
99 99 Quartzito
9 24.68 38 22 18 14.810
99 99 Quartzito
10 24.67 34 26 17 18.860
99 99 Gnáis
11 24.66 30 25 20 14.200
99 99 Quartzito
12 23.19 33 27 14 17.140
99 99 Quartzo
13 22.65 31 25 15 14.760
99 99 Quartzito
14 22.59 32 24 15 15.040
99 99 Quartzito
15 22.39 30 22 17 13.110
99 99 Quartzito
16 22.15 38 22 13 11.080
99 99 Quartzo
17 21.60 32 21 15 12.680
99 99 Quartzito
18 20.81 33 21 13 12.090
99 99 Quartzito
19 20.45 31 23 12 11.710
99 99
20 20.45 30 19 15 7.540 Filito
99 99
21 20.41 25 20 17 6.920 Granito
99 99 Quartzo
22 20.23 23 20 18 9.670
99 99 Quartzo
23 20.21 25 22 15 9.000
99 99 Quartzito
24 20.13 24 20 17 12.020
99 99 Quartzo
25 20.10 29 20 14 10.020
99 99 Quartzito
26 20.05 27 23 13 10.470
99 99 Quartzo
27 19.77 27 22 13 9.310
99 99 Quartzito
28 19.52 26 22 13 9.600
99 99 Quartzito
29 19.48 29 17 15 10.040
99 99 Quartzito
30 19.31 30 20 12 9.210
31 99 99 Quartzito
19.31 24 20 15 7.210
32 99 99 Quartzito
19.13 25 20 14 7.150
33 18.90 99 99 Quartzito
25 18 15 8 .4 90
34 99 99 Quartzito
18.87 28 20 12 9.210
35 99 99 Quartzito
18.87 28 16 15 4.980
36 18.64 99 99 Quartzo
27 20 12 8.770
37 18.64 6.520 99 99 Quartzito
27 20 12
38 7 410 99 99 Quartzo
18.17 25 20 12
39 17.65 99 99 Quartzito
25 20 11 4.160
40 17.54 25 18 99 99 Quartzito
12 5.260
41 17.37 99 99 Quartzito
27 18 14 5.970
42 17.25 27 19 99 99 Quartzito
10 7.110
43 17.19 99 99
23 17 13 6.340 Quartzo
44 17.09 99 99
24 16 13 6.030 Quartzo
45 17.02 32 99 99
14 11 4.350 Quartzito
46 16.94 99 99
27 18 10 5.630 Quartzo
47 16.74 99 99
23 17 12 4.750 Quartzito
48 99 99
16.58 20 19 12 5.270 Quartzito
49 16.51 99 99
30 15 10 6.600 Quartzito
50 99 99
16.24 18 17 14 5.510 Quartzito
51 99 99
15.77 20 14 14 5.610 Quartzito
52 99 99
15.69 23 14 12 5.200 Quartzito
53 99 99
15.52 20 17 11 3.980 Quartzo
54 4.380 99 99
15.33 20 18 10 Granito
55 99 99
15.22 2 íl 14 12 5.540 Quartzito
56 99 99
15.21 22 16 10 3.510 Quartzo leit.
57 3.120 99 99
14.89 20 15 11 Quartzo
O con glo m erado do Baú (Série Itajai-S anta C atarina) 57
Contorno C o m po
N.° D ir D” D ’” Peso mg. Sub-angular sição
112 9.11 12 9 7 940 99 » Quartzito
99 99 Quartzito
113 9.11 12 9 7 1.100
114 99 99 Quartzito
8.96 12 10 6 640
115 8.84 11 9 7 1.300 Quartzito
116 8.84 11 9 7 730 Q uartzo leit.
117 8.75 14 8 6 620 Quartzito
118 8.40 11 9 6 800 Quartzito
119 8.40 11 9 6 680 Quartzo leit.
120 8.24 10 8 7 760 Quartzo leit.
121 7.95 9 8 7 670 Jaspe
122 7 .83 10 8 6 690 Quartzito
123 7 .4 8 12 7 5 530 Quartzito
124 7.11 12 6 5 420 Quartzito
125 7.04 10 7 5 490 Quartzito
126 6.07 8 7 4 330 Quartzito
127 5.31 6 5 5 250 " .0 " Jaspe
1 — DETERMINAÇÃO QUALITATIVA.
^ •
Segundo Paulino F ranco de Carvalho e Estevam Alves Pmto
(3), os seixos do conglom erado do Baú são constituídos de quartzo,
quartzito, quartzito micáceo e, m ais raram ente, de filitos. L. C.
F erraz (4) referindo-se à composição dos seixos apenas ressalta
que dentre eles são abundantes os de jaspe de cor vermelho-co-
chonilha.
Conclue-se que a determ inação da composição dos seixos tem
sido feita m acroscopicam ente, sem exam e petrográfico do m ate
rial. Nestas condições é lícito supor-se que apenas os seixos mais
facilm ente reconhecíveis ao exam e m acroscópico foram caracteri
zados, em detrim ento da composição real da rocha.
A determ inação da composição foi feita petrograficam ente
com o emprego do microscópio polarizado e, quando o m aterial
apresentava diagnóse difícil à luz refletida foram feitas as res
pectivas lâm inas delgadas na Divisão de Geologia e M ineralogia
do D epartam ento Nacional da Produção M ineral.
A composição dos seixos não difere substancialm ente da atri
buída por P . F de C arvalho e E . A. Pinto (3), pois no conjunto
há pequena heterogeneidade, predom inando os seixos de quartzo
e q u artzito .
O quadro seguinte exprim e a composição dos seixos de am bas
as am ostras separadam ente:
O con glo m erad o do Baú (Série Itajaí-S anta Catarina) 59
AMOSTRA 1
AMOSTRA 2
am o stra — 1
O cong lo m erado do Baú (Série ítajaí-Sanla Catarina) (51
A-M 03T R A —■ 2
62 Ruy OzQrio *de Freitas
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O cong lom er ad o do Baú (Série Itajaí-Sanía Catarina) » 05
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05,
8o
66 Ruy Ozorio de Freitas
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA
1 — HISTOGRAMA DE FREQUÊNCIA
GRAFICO 3 - E
DISTRIBUIÇÃO GRANULOMETRICA
O conglomerado do Baú (Série Itajaí-Santa Catarina) 69
TÀBELA 2-A
64 — 6
3 '1.44 f a 1.44% 264.520 29 .0 %
32 —5
34 16.27% 17.71% 380.920 42 .0 %
16 —4
125 59 .8 0% 77.51% 246.355 27.0%
8 —3
47 22.49% 1.0 0 . 0 0 % 18.770 2 .0 %
4 — 2
TABELA 2-B
64 — 6
2 1 .5 8 % 1.58% 110.770 13.12%
32 -—5
48 37.80% 39.38% 566.710 66.94%)
16 —4
70 55.11% 94.49% 164.970 19.52%
8 —3
7 5 .5 1 % 1 0 0 .0 0 %- 3.380 0.42%)
4 — 2
tam anho m ais freqüente fica com preendido entre —3 e —^4 fi, isto
é, vai de 8 a 16 m m em am bas as am ostras, tendo respectivam ente
a n.° 1, 59.80%, e a n.° 2, 55.11% E sta é a principal constatação
que se faz desta representação gráfica e secundariam ente a peque
na variação na am plitude com apenas 4 classes de tam anhos.
CURVA CUMULATIVA FI
TABELA 3-A
0 34 -------
0 33
0 32 ------------------ - -------------------
0 31
0 30
0 29
1 28 4.80 0.47% 1.88%
0 27
1 26 4.70 0.47% 2.35%
1 25 4.64 0.47% >•
2.82%
0 24
2 23 4.52 0.95% 3.77%
3 22 4.45 1.43% 5.20%
5 21 4.39 2.39% 7.59%
2 20 4.32 0.95% 8.54%
3 19 4.24 1.43% 9.97%
11 18 4.16 5.27% 16.19%
2 17 4.08 0.95% 15.24%
3 16 4.00 1.43% 17.62%
3 15 3.90 1.43% 1 9.05%
13 14 3.80 6.23% 25.28%
13 13 3.70 6.23% 31.51%
7 12 3.58 3.35% 34.86%
19 11 3.45 9.11% 43.97%
21 10 3.32 10.05% 54.02%
22 9 3.17 10.53% 64.55%
27 8 3.00 12.93% 77.48%
19 7 2.80 9.11% «6.59%
15 6 2.58 7.19% 93.78%
10 5 2.31 4.79% 98.57%
3 4 2.00 1.43% 100.00%
t
TABELA 3-B
Quanti Diâme Escala Fi % Quantidade % Acumulada
dade tros mm ;
1 36 5.16 0.78% 0.78%
1 35 5.12 0.78% 1.56%
0 34
O conglomerado do Baú, (Série Itajai-Santa Catarina) 75
0 33 — -—
0 32
0 31
0 30 ----------- -----------
1 29 4.85 0 .7 8 % 2 .3 4 %
2 28 4 .8 0 1 .5 6 % 3 .9 0 %
1 27 4.75 0 .7 8 % 4 .6 8 %
2 26 4 .7 0 1 .5 6 % 6.24%*
0 25 ■
-------------------
3 24 4 .5 8 2 .3 4 % 8.58$?
1 23 4.52 0 .7 8 % 9 .3 6 %
4 22 4 .45 3 .1 2 % 12.48%
1 21 4 .3 9 0 .7 8 % 1 3.26%
9 20 4 .32 7 .1 3 % 20.39%
6 19 4.24 4 .6 8 % 25 .0 7%
6 18 4 .1 6 4 .6 8 % 29 .7 5%
7 17 4 .0 8 5 .5 6 % 3 5.31%
5 16 4.00 3 .90 % 3 9.21%
6 15 3.90 4 .6 8 % 4 3.89%
9 14 3 .80 7 .13 % 5 1.02 %
12 13 3 .7 0 9 .4 7 % 6 0.49%
8 12 3.58 6 .3 4 % 6 6 .8 3 %
9 11 3 .45 7 .1 3% 73.96%
11 10 3.32 8 .68% 82.64%
8 9 3.17 6 .3 4 % 8 8.98%
7 8 3 .0 0 5 .5 6 % 9 4.54 %
5 7 2 .8 0 3 .9 0 % 98.44%
1 6 2 .58 0 .7 8 % 9 9.22%
1 5 2 .3 1 0 .7 8 % 100.00%
A m edida m ais sim ples que se pode fazer é o desvio aritm éti
co dos quartéis, que é igual à m etade da diferença entre o 3.° e 1.°
q u artéis. A diferença sem pre deverá ser encontrada 'em têrmos
positivos:
Q3 Qi
QDa = -------------
2
Esta fórm ula tem o inconveniente de poder som ente ser ope
rad a com valores em m m . Utilizando-se da curva cum ulativa em
escala Fi preferiu-se outra fórm ula de K rum bein (13), p a ra igual
m edida:
Q3 Qi
QD Fi ------------- (1)
2
Qi
QDg = So
De onde:
So = V ~Q s . (2)
Qi
E sta fó rm u la tem, tam bém , o inconveniente de som ente po
d er ser em pregada quando os valores de Q3 e Qi são dados em m m .
E n tretan to , K rum bein (13), dá um a outra fórm ula p a ra se calcu
lar o coeficiente de seleção da rocha em têrm os da escala fi:
log So = log 2 X QD Fi (3)
AMOSTRA 1 AMOSTRA 2
Q 3 = 3 .7 8 = 13.74 mm Qs = 4 .04 = 16.44 m m
Qx = 2 .9 8 = 7.88 mm Qi = 3.24 = 9 .44 m m
log 13.74 = 1,13799 log. 16.44 - 1,21590
log 7.88 = 0,89653 log 9 .4 4 = 0,97497
De onde:
1J13799 0,89653 1,21590 — 0,97497
log So = log So =
So = 1.32 So = 1.32
VALORES DE log So
0.301
= 2 .5
0.120
O conglomerado do Baú (Série Itajai-Santa Catarina)
AMOSTRA 1 e 2
Ruy Ozorio de Freitas
FREQUENCY
GRAFICO 7
$
GRAFICO 8
O conglomerado do Baú (Série Itajaí-Santa Catarina) 85
(segundo J . A. Udden)
100.
80
60
40
20
O O ^ N H O í ^ f l O O N ^ O O O W ^
8 * 0 3 /1-
\
N h
© O in (N W CJ 50 CO
N H\V VvH
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O
CIMENTO
1 — COMPOSIÇÃO MINERALÓGICA
Ao m icroscópio o cim ento do conglom erado revelou a seguin
te composição m in eraló g ica:
A — Minerais alotígenos
QUARTZO:
ORTOCLÁSIO:
PLAGIOCLÁSIO:
B — Minerais Autígenos
HEM ATITA:
m ento bem como os dem ais autígenos. Nessa rêde a hem atita pas
sa a oligisto e m esm o lim onita correspondendo a esse fato a m u
dança da cor m etálica cinzenta p a ra a averm elhada e am arelad a.
SER IC IT A :
QUARTZO:
ZOIZITA:
CAOLIN:
2 — ANÁLISE QUÍMICA
O conglom erado do Baú tem sem pre sido visto pelos autores
que estudaram a série Itajaí como um verdadeiro tilito, classifica
ção esta recentem ente proposta pelo P ro f. Othon H enry Leo-
nardos (2)
Com a aplicação do m étodo estatístico, o com puto de So reve
lou ser o conglom erado do Baú selecionado, de acordo com a regra
de T rask (12), incom patibilizando-se com um a origem glacial, ini
cialm ente. Na com paração com outros sedim entos, inclusive com
um tilito típico, não pode haver dúvida que pelas curvas de um e
de oulro, o conglom erado escapa à origem glacial.
Outros elem entos afastam a origem glacial desta rocha, a au
sência de seixos estriados, tendência ao arredondam ento do con
torno, alteração dos feldspatos após um transporte suficientem ente
rápido p a ra não p erm itir a sua perda por decomposição quím ica,
caráter arcosiano do cim ento e sua escassez. Diz Tw enhofel (14,
pág. 196) “ Typically glacier deposited m ateriais are unstratified,
unsorted and highly variabel in kinds and dim ensions of m ate
rial” O conglom erado do Baú não é estratificado, porém , em
oposição, é bem selecionado (So = 1.32), pouco variavel na com
posição litológica dos seixos, predom inando os de quartzo e quartzi-
92 Ruy Ozorio de Freitas
2 — ORIGEM MARINHA
(16) Field Geology — Mac Graw Hill Book Co. I n c . New York an d
L on d on . F o u rth Edition. T h ird Im pression . 1941.
O co n g lom erado do Bau (í^jfriè Itajai-S anta C atarina) 95
4 — ORIGEM FLUVIAL
1 — CO EFICIENTE DE SELEÇÃO
2 _ DISTRIBUIÇÃO GRANULOMÉTRICA
5 — NATUREZA DO TRANSPORTE
gião su jeita a elevação, de sorte que hav eria possibilidade dos de
pósitos subsequentes serem feitos a custa, em p a rte da erosão dos
a n terio res. A confirm ação desta presunção parece estar na p re
sença de seixos de arenito arcosiano da série encontrados nos con
glom erados analisados (am ostra 1) À repetição desses depósitos
devido a elevação do país se deve a recu rrên cia dos horizontes de
conglom erados, bem como de arenito e folhelho, em núm ero de 5
constatados por P F de C arvalho e E . A. Pinto (3) novperfil geo
lógico esquem ático de B lum enau a B ru sq u e. Um estudo de cam po
m ais detalhado m o straria, realm ente, a seqüência v erd ad eira des
ses horizontes e sua e stra tig ra fia . Tw enhofel (14) afirm a que os
depósitos piem ônticos geralm ente se dão em regiões em elevação,
entretanto pod eria ser lem b rad a a hipótese de que esta re c u rrê n
cia seria devida às perturbações tectônicas experim entadas pela
série com o diastrofism o caledônico p a ra uns ou tacônico p a ra ou
tros geólogos. Êsse diastrofism o, tacônico ou caledônico, não foi
m uito enérgico, pois apenas dobrou suavem ente a série Bam buí,
de sorte que as perturbações na série Itajaí não chegariam ao re
gime de dobras, porém a apenas inclinações na estrutura, como se
depreende dos perfis de P F de C arvalho e E . A. Pinto (3)
9 — ESPESSURA
AGRADECIMENTOS
Fig. 1
Seixo de Jaspe, quartzito e cimento
Nicoes | | 26 X
Fig. 2
Serecitização de um cristal de feldspato
Nicoes _|_ 82 X
O con glo m erad o do Baú (Série Itajaí-Santa C atalin a) 105
Flg. 3
Seixo de quartzito no cimento
N icoes 82 X
Fig. 4
Seixo de quartzito no cimento
Nicoes | | 26 X
106 R u y Ozorio de F r e it a s
F ig . 5
C1ME N T O
Niooeis II 26 X
F ig . 6
C I M E N T O
Nicoee | | 26 X
O con glo m erad o do Baú (Série Itajaí-S anta C atarina) 107
F ig . 7
Seixo de filito com deform ação elástica
N icoes | | 26 X
F ig. 8
Seixo de filito com deform ação clastica em contato com o cimen-o
N icoes | | 26 X
R uy Ozorio de Freitas
Fig. 9
Cristal de mica m uscovita com deforimação elástica
Nicoes _|_ 82 X
. . Fig. 10
o gram i0 C°“ fm u ra s PPS “ d“ Com26h®m atIta = e « n d a w a devido à cata cla se
0 con glo m erado do Baú (Série Itajaí-Santa C a ta n n a ) 109
Fig. 11
Contato entre um seixo de jaspe e filito com o cimento
Nicoes | | 26 X
F ig. -12 -
Contorno arredondado dos seixos com o cimento
Nicoes | | 26 X
^ R uy Ozono de FreiiaS
F ig. 13
Seixo de arenito arcosiano
N icoes | | 26 X
F i g . 14
Arenito arcosiano com leito de hem atita
N icoes | | 26 X
O cong lom er ad o do Baú (Série Bajaí-Santa Catarina) 111
F ig . 15
D eform ação elástica num cristal gem inado de pfagioclásio
N icoes _|_ 82 X
Fig. 16
Alteração do feldsipato em quartzo e serecita
Nicoes _j_ 82 X
112 Buy Ozorio de Freitas
Fig. 17
Seixo de granito com cataclase preenchida por hem atita
Nicoes | f 26 X
Fig. 18
H em atita secundária nas fraturas de um seixo de q u a rtzito
N icoes j | 26 X
O conglom er ad o do Baú (Série Itajai-Santa Catarina) 113
F ig. 19
Contato entre um seixo de quartzito e o cimento m ostrando uma m icrofalha naquele seixo
Nicoes | | 26 X
Fig. 20
Contato entre um seixo de arenito arcosiano « 01 cimento
N icoes | | 26 X
114 ftuy Ozorio de Freitas
F ig. 21
Contato entre o eeixo de jaspe^ e o cilmentb
Nicoes _|_ 2G X
Fig. 22
Seixo de jaspe coin lentes de hem atita na estratificaràn
iNicoes || 26 X
0 congl om er ad o do Baú (Série Itajaí-Santa Catarina) 115
Fig. 23
Seixo de filito coim silicifioação term inal
N icoes | | 26 X
F ig. 24
Quartzo secundário num seixo de quartzito e um cristal geminado de plagioclasio no cimento
do conglomerado
Nicoes 82 X
CAMADAS FOSSILÍFERAS DO RIO GRANDE DO NORTE
Luciano Jacques de Moraes
INTRODUÇÃO
quenas grutas, nas b arreiras da costa, bem como p a rte dos reci
fes de arenito do litoral, m uito diferentes, por conseguinte, dos.
recifes de arenito calcáreo e dos recifes de coral, exaustivam ente
estudados por B ranner (2, 4).
A influência das cam adas ferruginosas na preservação da li
n ha litorânea atual do N ordeste é claram ente m ostrada na fig.
3, onde esboçamos um pequeno trecho da costa, junto ao povoado
de Areia P reta, nas proxim idades, ao sul, de N atal. As saliências
ou pontas são form adas ou protegidas pelas rochas ferruginosas.
Os arenitos ferruginosos contribuem , pois, em larga escala,
p ara a conservação das linhas de contorno do litoral do Nordeste
do Brasil, retard an d o o seu solapam ento pelas vagas. Deste modo,
essas rochas geralm ente ocorrem , em boa proporção, nos pontos
m ais salientes da costa oriental do Brasil, não só no Nordeste,
porém desde um a porção desta m uito m ais ao sul, a p a rtir dos Es
tados do Rio de Janeiro e do E spírito Santo até a ponta de Gaiçára,
no Rio G rande do Norte.
São exemplos típicos destas b arreiras as existentes ao sul da
b a rra do rio Itabapoana, no Estado do Rio, as de Siri e de Nova
Almeida, no Espírito Santo, as de Cabo Branco, na P araíb a do
Norte, as de P onta Negra e A reia P reta, ao sul de N atal, e, ao nor
te, as de C araúbas, as das pontas de M aracajaú, de Caconho, de
Mato Caboclo, de Olhos Dágua, as do Cabo de São Roque ou
P onta G orda e da P onta da G am eleira.
AS URCAS E O ATOL DAS ROCHAS
v' o i ^ 7 * "'
SUMMARY
INTRODUÇÃO
DESCRIÇÃO
(Fig. 2)
BIBLIOGRAFIA
(1) CARPENTER, F M. — Um blattide perm ian o do Brasil. Serv. Geol.
Min. Brasil, boi. n.° 50; Rio de Janeiro, 1930.
(2) HANDLIRSCH, Anton — Revision of am erican paleozoic insects. P r o c .
U . S. M us., v. 29, p . 661-320; 1906.
(3) OLIVEIRA, Euzebio Paulo de — Geologia e recu rso s m inerais do E s
tado do P a r a n á . — S erv . Geol. Min. Brasil, M onogr. VI; Rio de J a
neiro, 1927.
SOBRE A ESTRUTURA DE DADOXYLON DERBYI OLIVEIRA
J or dano Manier o
Do Instituto Adolfo Lutz.
DESCRIÇÃO
FIG. 1
FIG. 2
.130 J o rd a n o Maniero
fig . 3
Sobre a estrutura de Dadoxylon derbyi Oliveira
138 Josué Camargo Mendes
PAG.
t
Bacia terciária do vale do rio Paraíba, Estado de São Paulo. ^
— Luciano Jacques de Moraes 3