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Motores e Tratores

TRATOR
“Máquina autopropelida provida de meios que,
além de lhe conferirem apoio estável sobre uma
superfície horizontal, capacitam-no a tracionar,
transportar e fornecer potência mecânica para
movimentar órgãos ativos de máquinas e
implementos agrícolas.”

CLASSIFICAÇÃO

Tipo de Rodado Uso Potência

Rodas ❖ Trator pequeno (até 50 cv)


Esteira ❖ Tratores agrícolas
2 Rodas: ❖ Trator médios (50 a 99 cv)
❖ Metal ❖ Tratores florestais
❖ Borracha ❖ Trator de rabiças ❖ Tratores grandes (100 a 200 cv)
❖ Tratores industriais
(áreas até 30ha) ❖ Trator Pesados (> 200 cv)

❖ Triciclo
4 Rodas (tração):maisusados
❖ Tratores 4x2
❖ Tratores 4x2 TODA
(Tração Dianteira
Auxiliar)
❖ Tratores 4x4
17.6 – Configurações básicas dos tratores – Lastro, Bitola e Patinagem em tratores agrícolas

Regulagens básicas que são feitas de acordo com o tipo de operação, o tipo de implemento
que vai ser usado. O que vai melhorar o comportamento da máquina no ambiente. As
regulagens básicas são: lastragem e ajuste de bitola.

Lastragem

Lastros de um trator

• Consiste em colocar pesos no trator. Tem por finalidade melhorar a estabilidade, a


aderência (diminuindo a patinagem) e a capacidade de tração dos tratores
(transferência de peso – TP);
• Transferência de peso é o máximo de peso que pode ser transferido do peso dianteiro
estático (PDE) para a força de tração máxima (FTM). (de acordo com o movimento do
trator)
• Os lastros podem ser colocados na frente do trator(frontal) e nas laterais (roda traseira
do trator).
• Os lastros utilizados nos tratores agrícolas são:
- Água: colocada dentro da câmara de ar (no máximo 75% do volume de água nos
pneus diagonais. Para os pneus radiais somente em extrema necessidade colocar 40%
do volume de água, pq pode promover maior desgaste ou dano)
- Ferro fundido: podem ser colocados nos discos das rodas motrizes ou na parte frontal
do trator, presos no para-choque.
• Otimizando a lastragem: determinar o peso total recomendado e a distribuição de
peso para a aplicação
Procedimento para lastragem líquida: suspendendo o trator com o macaco hidráulico e com
uma mangueira e suspiro coloca a água e retira o ar. Quando a água começa a sair pelo bico é
a hora que atinge a quantidade ideal.

Pressão correta: diminuição de até 20% no consumo de combustível, economia de até 7,55 no
tempo gasto e diminuição de até 805 na compactação do solo.

Pressão excessiva: torna mais frágil a impacto, maior danificação, maior compactação

Pressão insuficiente: fica mais flexível.

Bitola de um trator agrícola

É a distância de centro a centro dos pneus dianteiros ou traseiros. Sua finalidade é adequar o
trator à cultura, ao implemento e à operação. É possível adaptar o trator em relação aos
diferentes tipos de cultivo, ou seja, para diferentes operações e usos.

As bitolas podem ser (sistemas de ajustes de bitola):

• Ajustáveis no eixo: a variação da bitola é feita soltando a presilha e prendendo a roda


no eixo. Muito usados na parte frontal ou no eixo dianteiro do 4x2 simples.
• Pré-fixada: Obtidas com diferentes posições do disco ou calota. Amplamente usadas
nos 4x2TDA e 4x4. (mais usada)
• Servo ajustáveis: O ajuste da bitola é feito soltando as presilhas que prendem a roda
ao aro e girando eixo traseiro.

Rodados dos tratores

Os rodados possuem função de sustentar e auxiliar no deslocamento dos tratores.

Os rodados podem ser divididos em:

• Esteiras: permitem maior área de contato com o solo, máquinas grandes, a


distribuição de peso é maior e melhor o que reduz a compactação. As esteiras de
borracha tem maior durabilidade. Na agricultura usa esteira de borracha e na
engenharia civil de metal.
• Conjugados: possuem esteiras e pneus. Muito usados em colhedoras.
• Pneus: radiais e diagonais.
Subinflado: temos problemas com capacidade de tração e gasto de energia.
Propriamente inflado: são o ideal!!!!
Superinflado: maior probabilidade com danificação, e ele é mais pesado e compacta o solo.

Patinagem de tratores

É a dissipação de energia. É a diferença entre a rotação das mesmas, com carga e sem carga na
barra de tração. É um valor percentual entre os percursos do trator tracionando um
implemento e aquele que seria obtido nas mesmas condições, após ter sido desacoplado o
implemento. A patinagem ideal para pneus diagonais (máxima eficiência de tração) se obtém
entre 8 e 12% e para o pneu radial 10 a 15%. É a perda de atrito/tração, deslize.

A patinagem traz:

- A redução da capacidade operacional;


- O desgaste do pneu;
- O aumento do consumo de combustível;
- Maior compactação do solo são os principais fatores que causam a perda de potência da
barra de tração.
Como o método acima tem grande chance de erro e varia de quem ta visualizando, a
patinagem pode ser medida:
24.6 . Motores de combustão interna – Ciclos e funcionamento

Principais componentes dos motores

Trator é uma máquina autopropelida, ou seja, máquina que desenvolve seu próprio
movimento. A partir do momento que temos máquina autopropelidas, elas são dotadas de
motor.

O que é o motor?

É o órgão responsável pela produção da força e movimento do trator

• Trabalharemos com motores térmicos que são máquinas que tem por objetivo
transformar a energia calorífica do combustível em energia mecânica diretamente
utilizável. (é um conversor de energia)
• Os motores endotérmicos transformam a energia química em energia mecânica.

Calor é o produto!
Órgãos principais: estão presentes em todos os tipos de motores, constituição básica de
um motor;
Órgãos complementares: está presente em alguns tipos de motor e em outros não;
Órgãos acessórios: melhoram o desempenho do motor.

a) Tampão ou cabeçote: parte superior do motor, onde está presente as válvulas e


ocorrem passagens de ar, água, óleo e onde estão as câmaras de combustão(local
onde ocorre a conversão do combustível em calor)

No cabeçote do motor abriga componentes como: vávulas com suas sedes e guias;
balancius; árvore de comando de vávulas; bicos injetores e vedas de ignição. O
cabeçote também é responsável pelo fluxo de gases através do motor e nele são
fixados os coletores de admissão e escape, em lados opostos do cabeçote.
b) Bloco: parte central do motor, onde está alocado todas as partes móveis desse
motor(volante...)

c) Cárter: parte inferior do motor, nos motores de quatro tempos usamos como depósito
de óleo lubrificante, e nos motores dois tempos funciona como pré-câmara de
admissão.

d) Cilindro: serve de guia do pistão que se desloca dentro dele. As camisas do cilindro
precisam ter uma grande resistência pq dentro desses cilindros ocorrem as conversões
de calor e precisa ser resistente.
e) Pistões (êmbolo) e anéis de segmento: pistão é responsável por transformar o calor
em cinética(movimento).
Componentes de vedação: juntas, anéis e retentores, ajuda a resistir à pressão e evita
vazamentos.
f) Biela: faz a ligação do pistão ao eixo virabriquim
g) Eixo virabrequim(EVB): responsável pelo movimento rotativo do motor que chega às
rodas de tração.
h) Válvulas: admissão e descarga.
i) Eixo de comando de válvulas: eixo ligado ao eixo virabrequim por uma correia
dentada
j) Volante: responsável por armazenar a energia proveniente da combustão, mantém
uniforme a velocidade angular do eixo virabrequim e permite a partida inicial do
motor através da cremalheira.
Funcionamento dos motores de combustão interna

Classificação

• Quanto ao combustível
- Ciclo Otto (gasolina, álcool, querosene, gás natural): mais usados em automóveis,
o combustível é introduzido na corrente de ar que fui no coletor de admissão
através do carburador ou sistema de injeção eletrônica. São classificados como
motores de centelha.
- Ciclo Diesel (diesel e biodiesel): o combustível é injetado no interior da câmara de
combustão por meio de uma bomba mecânica de alta pressão. Motores de
compressão.

• Quanto ao ciclo de funcionamento (2 ou 4 tempos)

Tempo: é o giro de 180° do eixo virabrquim do motor (1/2 volta)

- 2 tempos: 1 volta do EVB. Este motor executa as 4 fases em 360°. Menos


eficiente.
- 4 tempos: 2 voltas do EVB. Este motor executa as 4 fases em 720°. Mais eficiente.

Curso: É a distância que o pistão percorre entre seu ponto morto superior (PMS) e o ponto
morto inferior (PMI), ou seja, é o deslocamento que o pistão realiza dentro do cilindro.
Câmara de compressão: é o espaço livre depois da cabeça do pistão quando este atinge o PMS.
O volume inicial ocupado pelo ar é somente o da câmara de combustão.

Cilindrada: é o volume da mistura ar-combustível admitida pelo motor a cada ciclo


terminodinâmico. A cilindrada é medida em litros (L) ou centímetros cúbicos (cc ou cm3)
Taxa de compressão: especifica quantas vezes a mistura é comprimida durante a fase de
compressão.

Expressa a quantidade de vezes que reduz o volume de ar ou mistura a cada ciclo termodinâmico.

No motor 4 tempos Ciclo Otto

Obs: Em um motor 2 tempos, todas essas fases vão ocorrer em uma volta do eixo (são mais frágeis, mais
barulhento, baixa potência, processo de combustão incompleto, vida útil menor);

Nos motores 4 tempos cada fase vai ocorrer em um tempo separado.

Para que ocorra a combustão tem que ocorrer as fases:


• Admissão: O pistão desce aspirando a mistura ar/combustível para o interior do
cilindro (a válvula de admissão se abre, vai entrar ar e combustível dentro do
cilindro);
• Compressão: A mistura aspirada é comprimida pelo pistão (as válvulas fechadas,
comprimem a mistura e atinge a câmara de compressão com presença de vela de
ignição).
• Expansão: Quando ocorre a conversão de calor em cinética
• Escape: a válvula se abre permitindo com que o subproduto seja retirado de
dentro do cilindro.

No motor 4 tempos Ciclo Diesel o processo é igual o que muda é a nomenclatura.

• Aspiração: entra ar e o ar é comprimido, não tendo presença de combustível nessa


parte inicial;
• Compressão: o ar é comprimido, ele aumenta a temperatura e a pressão e com a
injeção de combustível vai ocorrer a explosão;
• Explosão: é a única fase que tem a conversão de calor em cinética (realização de
trabalho);
• Exaustão: a partir do momento que é consumido todo o combustível, ocorre a
exaustão.

1. Admissão: O pistão desce aspirando a mistura ar/combustível para o interior do cilindro

2. Compressão: A mistura aspirada é comprimida pelo pistão


3. Combustão: A mistura se inflama quando uma centelha é solta pelo eletrodo da vela de
ignição ou quando a pressão aumenta no interior da câmara e o combustível entra em auto-
detonação

4. Exaustão (escape): os gases produzidos pela combustão da mistura saem do cilindro


empurrados pelo pistão para o coletor de escape.

Motor Otto X Motor Diesel

Motor 2 tempos Ciclo Otto

4 fases do ciclo termodinâmico ocorrendo em uma volta do motor


Motor 2 tempos Ciclo Diesel

• Funcionamento semelhante ao Otto dois tempos;


• Diferenciam-se de forma construtiva daqueles de 4 tempos;
• Vai fazer a Lavagem dos cilindros, após o término de um ciclo e início do sucessivo.(é a
principal diferença entre 2 tempos Otto e 2 tempos diesel).

Funcionamento do motor (4 tempos)

Sistemas de válvulas

• É o sistema responsável pelo acionamento do mecanismo de válvula, ou seja, pelo


controle de abertura e fechamento das válvulas de admissão e escape.
• A admissão de ar ou de mistura gasosa no cilindro e a expulsão dos gases resultantes
da combustão nos motores de 4 tempos são feitos através de válvulas.

Sistema Direto: o acionamento do eixo comando pelo virabrequim usam-se correia dentada ou
corrente que evitam deslizes, que tirariam o sincronismo no funcionamento do motor. Isso
proporcionou a manutenção da correia dentada.

Sistema indireto: deverá possuir além do tucho, uma vareta e um balancim para cada válvula, o
acionamento do eixo pode ser engrenagem com engrenagem, nos motores menores ou
também por corrente nos maiores.

01.7 . Componentes dos motores 1

Sistema de Alimentação em Motores

Alimentação dos motores se dará por dois aspectos:

• Para haver combustão tem que ter combustível e comburente, a mistura desses dois
componentes em determinadas condições vão promover dentro do cilindro do motor
a geração de calor e consequente conversão de trabalho.
• Temos uma rota que será responsável pela alimentação do motor com ar e uma rota
que será responsável pela alimentação do motor com combustível.
Sistema alimentação de ar

• Projetado para suprir o motor de ar limpo (oxigênio) em quantidade que garanta o


melhor rendimento do combustível durante o processo de explosão;
• Admissão do ar, filtragem, participação na combustão e exaustão ou escapamento dos
gases para o meio exterior do motor;
• Os sistemas mais utilizados pelos motores Diesel são: sistema de aspiração natural, o
sistema turboalimentado e o turboalimentado com pós-arrefecimento.

Pré-filtro de ar
- Localizado antes do filtro de ar
- Tem como função reter partículas grandes contidas no ar (importante porque os tratores
estão geralmente onde tem muita poeira, plantas e etc).

Filtros de ar
- O ar passa por uma camada de óleo antes de atravessar o elemento filtrante. O elemento
filtrante não é trocado, devendo ser limpo periodicamente.

Filtro de ar de papel
- Hoje são os mais usados
- O ar com impurezas entra de forma cíclica, onde tem várias camadas delgadas, e por meio da
centrifugação de ar(sob pressão) ele vai fazendo com que as partículas fiquem retidas onde no
final do filtro tem a válvula de descarga onde as impurezas maiores ficam facilmente
removíveis e o ar sai filtrado para o motor.
- Vantagens: tem as paredes delgadas, que tem o filtro primário de papel (parte externa) e o
filtro secundário de feltro que é um material sintético que retém partículas mais finas.

Aspiração natural
No sistema de aspiração natural ou convencional o ar é admitido dentro do cilindro pela
diferença de pressão atmosférica, passando pelos filtros e, através do coletor de admissão,
alcança a câmara de combustão. Após a combustão, em forma de gás, ele é empurrado ou
forçado pelo pistão a sair pelo coletor de escapamento e, posteriormente, ao meio ambiente.

Sistema turboalimentado/turbinado
O ar é forçado pelo turbocompressor ou turboalimentador a passar pelo processo de filtragem
através da turbina de ar, sendo remetido com pressão para a câmara de combustão. Após a
combustão em forma de gás, ele aciona a turbina também a gás e é direcionado ao coletor de
escapamento e, posteriormente, ao meio ambiente. Neste sistema, existe um indicador de
restrição quanto à qualidade do ar na entrada do sistema. A diferença do sistema de aspiração
natural é que o turmbinado tem a presença do turbo, que faz que a pressão do ar introduzido
reduza o volume e aumente a energia. O turboalimentador é um compressor de ar, ele
comprime o ar de entrada para o cilindro e essa turbina é acionada pelo ar de descarga, o que
gera maior energia.

Turboalimentado com pós-arrefecimento


A diferença desse para o turboalimentado é a presença do intercooler, que é o mecanismo que
está entre a turbina e o cilindro que promove o resfriamento desse ar que vai prolongar a vida
útil do motor.
Turbocompressor equipado com válvula de alívio wastegate
Alivia a pressão da turbina, apresentando também as seguintes vantagens: Maior torque a
baixas rotações; menor temperatura de trabalho; Menor índice de emissão de poluentes.
Caracterizada por um barulho.

Circuito de combustível Diesel

Funções do circuito de combustível


• Permite o armazenamento, transporte e filtragem de combustível
• Dosagem de combustível em função da aceleração (posição do acelerador), a medida
que aumenta a aceleração tem maior uso de combustível;
• Injeção de combustível atomizado (formato de névoa/gás), sob pressão, no interior da
câmara de combustão de cada cilindro segundo a ordem de ignição do motor;
• Pressão de injeção: 1600-2000kgf.cm2 = 1600-2000 atm;
• Nos motores de ciclo Otto, a mistura (ar+combustível) é introduzida na câmara de
combustão. A diferença básica é o momento que esse combustível vai participar do
processo, no motor otto o combustível vai ser inserido na admissão, no diesel esse
combustível só participa do processo no final da compressão.

**O tanque que armazena combustível, as tubulações de baixa pressão levam esse combustível até a bomba
injetora que faz com que esse combustível saia com alta pressão até chegar nos bicos e ser pulverizado dentro do
cilindro.

Tanque de combustível
• Responsável pelo armazenamento. A manutenção da limpeza periódica e o
abastecimento total, mantendo o reservatório sempre cheio, evita a sucção de
impurezas menos densas presentes na superfície do líquido e a entrada de vapor de
água ou umidade presente no ar ambiente, que é condensado durante a noite quando
ocorrem menores temperaturas.
• É fabricado de polietileno de alta densidade;
• Deve apresentar capacidade suficiente para autonomia de uma jornada de trabalho;
• Capacidade do tanque de combustível para alguns modelos de tratores agrícolas.
Copo de sedimentação
• Está localizado antes da bomba alimentadora;
• Decanta a água contida no combustível, pois as máquinas dormem ao relento e a água
do tanque pode ser um problema sério pois reduz o poder de calor e reduz a
capacidade de calor e reduz a vida útil;
• Apresenta na parte inferior um parafuso para drenagem.
• É exclusivo de tratores agrícolas.

Bomba alimentadora
Normalmente, são usadas bombas de êmbolo na função de bomba de alimentação de
combustível. A bomba de alimentação está diretamente acoplada à bomba injetora, a qual
também é acionada pelo excêntrico do eixo de cames. Sua função consiste em aspirar o
combustível do reservatório e transportá-lo através de um filtro até a bomba injetora.

Filtros de combustível
A partir do momento que a bomba alimentadora succiona o combustível do tanque, passando
pelo copo de sedimentação, vai ocorrer a retirada da água do sistema, a bomba alimentadora
vai ter pressão suficiente pra mandar o combustível para os filtros.
• Os filtros vão evitar que partículas contidas no combustível atinja, a bomba injetora;
• Dependendo do tipo de motor, para melhorar a eficiência na filtragem, usa-se dois
filtros em série.

Tubulações
• Baixa pressão: entre o tanque e a bomba injetora;
• Alta pressão: entre a bomba injetora e os bicos injetores.

Bomba injetora
• Localizada entre os filtros e os bicos injetores;
• Dosagem e controle de injeção de combustível sob pressão. Esta em função da
necessidade de maior ou menor quantidade de combustível devido a demanda do
acelerador.
• Ela tem um mecanismo de avanço, que permite que consiga atender a necessidade do
motor de forma rápida devido ao giro do motor.
• Bombas rotativas: equipam motores menores(até 4 cilindros)

Bicos injetores
• Ficam posicionados na parte superior do cilindro entre as válvulas, pulveriza
combustível na câmara a pressão é em torno de 1600 bar, cerca de 1600 vezes o valor
da pressão atmosférica. Motores a diesel podem ter injeção eletrônica.
• Nos bicos de controle mecânico a injeção é controlada mecanicamente e operam em
pressões menores.
• Nos de controle eletrônico diesel (injeção eletrônica):
- Surgiu na década de 80
- A quantidade e o tempo de pulverização do combustível são mais precisos que no
sistema mecânico
- Melhor combustão e redução de poluentes
- Vantagens em relação ao mecânico: maior rendimento do motor; menor consumo de
combustível e emissão de poluente; a dosagem e injeção do combustível são
controladas eletronicamente; unidade de controle eletrônico (computadores e
software são utilizados para o controle da injeção).

Sistemas de injeção eletrônica


• Diesel Eletrônico (EDC): bomba injetora tem a presença de eletroválvula que recebe
um sinal eletronico que vem do acelerador.
• Sistema de injeção Unit Injector System (UIS): unidade injetora tem uma vantagem pq
tem uma central eletrônica que tem o controle total. Cada componente é considerado
uma unidade.
• Sistema de injeção Common Raill (CRS): ele tem o mesmo princípio da unidade
injetora, mas tem a vantagem que permite duas pulverizações de combustível num
mesmo processo de geração de calor. Ele prolonga o processo de geração de calor e
aumenta a potencia e eficiência do motor, tem a queima completa.
• Volvo Penta Brasil: sistema da unidade injetora e Common Rail, é um sistema híbrido.

08.7 . Componentes dos motores 2

Sistemas complementares dos motores de combustão interna


Partes constituintes dos Motores (MIC)
Características
Órgãos Complementares: Podem ou não estar presentes no motor. Ex: Carburador, válvulas,
radiador, bico injetor, velas de ignição.
Órgãos Acessórios: Tem a Função de Melhorar o Desempenho e/ou a Estética do Motor. Ex:
Motor de particida, escapamento, bateria, alternador, turbo compressor, intercooler, filtros,
sensores.

Sistemas complementares
• Sistema de arrefecimento;
• Sistema de lubrificação;
• Sistema elétrico;
• Sistema hidráulico;
• Sistema de transmissão.

Sistema de arrefecimento em motores de combustão interna

Sistemas auxiliares dos motores.

• Responsável pela troca de calor do motor com o ambiente.


• É um conjunto de dispositivos eletromecânicos que tem como função controlar a
temperatura dos motores de combustão interna.
• O meio arrefecedor entra em contato com as partes aquecidas do motor, absorve
calor e transfere para o meio ambiente.

São usados 3 tipos:

• Refrigerado pelo ar:


• Refrigerado pela água:
• Refrigerados pelo ar e pela água:
Sistema de arrefecimento a ar:

Componentes: Aletas, ventoinha, dutos e defletores.


Desenvolvido na época da guerra, para evitar usar água.
1. Aletas: localizadas no cabeçote e nas partes externas dos cilindros com a finalidade de
aumentar a superfície de contato entre o motor e o meio arrefecedor, o ar; Garantem
uma área maior de contato com ar, garantindo a refrigeração. Em alguns casos, um
ventilador é instalado para forçar uma maior quantidade de ar contra as aletas, além
da circulação de ar imposto pelo próprio deslocamento do veículo.
2. Ventoinha: produção de corrente de ar entre o meio ambiente e o motor;
3. Dutos e defletores: condução e orientação da corrente de ar na direção das aletas de
arrefecimento.

Sistema de arrefecimento a ar e água:

• Usa ar e água como meios arrefecedores. A água absorve o calor dos cilindro e
transfere para o ar através de um radiador.
• TERMOSSIFÃO e VENTILAÇÃO FORÇADA.
Termossifão:
- Vantagem é a simplicidade
- Desvantagem: exige tubulações mais amplas(motores mais robustos) para facilitar a
circulação da água. E se a água se encontrar abaixo do nível normal haverá formação
de bolsões de ar acarretando superaquecimento.
Circulação forçada:
- Usa bomba centrífuga que promove a circulação forçada do meio arrefecedor;
- Possui válvula termostática entre o cabeçote do motor e o radiador para o controle
da temperatura;
- A quantidade de água do sistema pode ser reduzida consideravelmente, pois neste
sistema a água está sob pressão e circula com maior velocidade que o termossifão.
- A diferença básica desse sistema para o termossifão é que tem tubulações menores,
a medida que o motor aquece essa água vai aquecendo e trocando calor com o motor,
e assim que o motor atinge certa temperatura a chamada válvula termostática ela se
abre e permite a bomba de água faça que a água circule resfriando todo o motor.

Componentes do sistema de arrefecimento líquida


• Bomba d’água: garante a circulação de água dentro do motor e através do radiador. A
bomba é movimentada por uma correia conectada ao motor.
• Radiador: dispositivo que a realiza a troca térmica. Tubos conectados a aletas
garantem uma grande área de contato entre o ar e a água a ser resfriada, permitindo
uma eficiente troca de calor.
• Ventilador: o ventilador pode ser elétrico ou acionado diretamente pelo motor.
• Tanque de expansão: a função desse reservatório é recuperar por condensação da
água que evaporou, evitando a necessidade de completar o nível da água com
frequência.
• Tampa do radiador: o radiador é fechado de forma que a água, com a elevação da
temperatura permanece pressurizada no interior de todo o sistema.
• Mangueiras: foram projetadas para suportar a vibração, temperatura e pressão
envolvidos e agem como elemento fusível.
• Válvula termostática: função de evitar que a água circule pelo radiador enquanto o
motor estiver frio e permite um fluxo de água elevado quando o motor estiver quente.
• Sensor de temperatura/termômetro: dois sensores de temperatura; um informa a
temperatura do fluido de refrigeração ao motorista e o outro informa a central de
controle eletrônico do motor a temperatura do líquido de arrefecimento para que seja
feito o cálculo da injeção de combustível em função da temperatura de operação do
motor.
• Aditivo do líquido de arrefecimento: inibe a corrosão; dispersa sujeiras presentes no
sistema; eleva a temperatura de ebulição da água; impede o congelamento da água –
para aqueles veículos que circulam em inverno rigoroso.
Sistema de lubrificação
O sistema de lubrificação tem como função distribuir o óleo lubrificante entre partes móveis
do motor para diminuir o desgaste, o ruído e auxiliar no arrefecimento do motor. Evita atrito.

Função dos óleos lubrificantes


• Redução de atrito e o desgaste dos componentes;
• Diminuição do aquecimento dos componentes em contato;
• Diminuição do efeito da corrosão sobre os componentes lubrificados;
• Vedação de compartimentos;
• Amortecimento de choques;
• Redução de ruídos;
• Auxílio na limpeza das superfícies lubrificadas.

Viscosidade
Propriedade inerente a todos os líquidos, podendo ser definida como a resistência que um
líquido oferece ao seu fluxo.

Principal característica dos lubrificantes, pois esta relacionada com:


- Capacidade de levar carga;
- Perda de potência;
- Calor produzido.

Especificações do óleo lubrificante


1. Viscosidade: classificação SAE
2. Qualidade: classificação API

SAE – Sciety of Automotive Engineers


API – American Petroleum Institute

Classificação API
• Em função do ciclo do motor: Motores do ciclo OTTO e Motores do ciclo DIESEL.
• Em função do uso do trator: leve, médio, pesado e intermitente, pesado e contínuo,
muito pesado e velocidades elevadas e contínuas, extremamente pesados em grandes
velocidades.

Quando a classificação começa com C = motores diesel; quando começam com S = motores otto. (7min)

Tipos de sistemas de lubrificação


1. Sistema de mistura com o combustível (OTTO 2 tempos): adição de óleo lubrificante
ao combustível, manual e automática.
a. Manual: seguindo a proporção recomendada pelo fabricante, o óleo é misturado
diretamente ao combustível no tanque.
b. Automática: existe um reservatório separado para o lubrificante dois tempos e
uma bomba acionada pelo motor realizar a mistura.
2. Sistema por salpico (motores estacionários monocilíndricos): as bielas são equipadas
com pescadores mergulham no óleo.
3. Sistema de pressão e salpico: fazem lançamento do óleo para partes móveis através
de bombas que retira o óleo e encaminha para as calhas.
4. Sistema de circulação sob pressão. (Tratores agrícolas): uma bomba de óleo, fornece
óleo sob pressão para um sistema de canais.

Sistema de lubrificação
• Cárter
• Bomba de óleo
• Filtro de óleo
• Válvula reguladora de pressão
• Radiador de óleo (em alguns modelos)

Sistema de Cárter seco


Usado em motores de grande porte. O óleo armazenado em um reservatório separado do
motor.
Sistema elétrico dos motores

Funções do sistema elétrico


• Diferente para ciclo otto e diesel;
• Tem como função auxiliar na partida dos motores;
• Controlar a iluminação do trator;
• Nos motores ciclo otto controla e produz centelha elétrica para combustão;
• Nos motores do ciclo diesel não faz parte do processo de combustão.

Bateria
Função: acumular energia suficiente para assegurar a partida do motor.

Motor de partida
Função: acionar o volante para dar início ao funcionamento do motor;
- São motores elétricos que recebem energia da bateria;
- Entra em contato com o volante, girando a árvore de manivelas até que ocorra combustão
em um dos cilindros do motor;
- A mistura é queimada e o motor entra em funcionamento.

Alternador
Função: carregar a bateria, utiliza a força motriz para acionar o alternador que vai converter
energia mecânica em elétrica.
- Gerador de energia elétrica;
- Transforma a energia mecânica em energia elétrica;
- Tem como função suprir a bateria com energia elétrica suficiente para partida do motor e
iluminação do trator.

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