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Exemplo T1.

1 - Cambota e pistão

From
Saff, Edward B., and Arthur David Snider. Funda-
mentals of complex analysis for mathematics, science,
and engineering. 3rd Edition, Pearson Education,
2003.
Exemplo T1.1 - Cambota e pistão

Como relacionar as coordenadas angulares da cam-


bota a (posição, velocidade e aceleração) com as co-
ordenadas lineares correspondentes do pistão?
Exemplo T1.1 - Cambota e pistão

Como relacionar as coordenadas angulares da cam-


bota a (posição, velocidade e aceleração) com as co-
ordenadas lineares correspondentes do pistão?
Exemplo T1.2 - Soluções de equações
Quais as soluções de
√ √
z3 = 2 + i 2.
Números complexos
Definimos o número imaginário i como o sı́mbolo
tal que i 2 = −1. O conjunto

C = {a + i.b : a, b ∈ R}

denominamos por conjunto dos números com-


plexos.
Números complexos
Sejam a + i.b e c + i.d dois complexos. Definimos,
de uma forma natural, em C as operações algébricas

1. Adição:

(a + i.b) + (c + i.d) = (a + c) + i.(b + d),

2. Multiplicação:

(a + i.b).(c + i.d) = (ac − bd) + i.(ad + bc).


Propriedades algébricas
Sejam u, v , w números complexos quaisquer.
▶ A adição é comutativa:

z + w = w + z;

▶ A multiplicação é comutativa:

z.w = w .z;
Propriedades algébricas
▶ A soma é associativa:

z + (w + u) = (z + w ) + u;

▶ A multiplicação é associativa:

z.(w .u) = (z.w ).u;


Propriedades algébricas - continuação
▶ A multiplicação é distributiva relativamente à
adição:

z.(w + u) = z.w + z.u;


Propriedades algébricas
▶ O número complexo 0 = 0 + i.0 é o elemento
neutro da soma:

z + 0 = z;
▶ O número complexo 1 = 1 + i.0 é o elemento
unidade da multiplicação:

z.1 = z;
▶ O número complexo −z = (−1 + i.0).z é o
elemento simétrico de z:

z + (−z) = 0;
Propriedades algébricas - continuação
▶ Verifica-se a lei do anulamento do produto:

z.w = 0 ⇔ z = 0 ∨ w = 0;

▶ Verifica-se a lei do corte para a adição:

z + w = u + w ⇔ z = u;

▶ Verifica-se a lei do corte para a multiplicação:


para z ̸= 0,

uz = vz ⇔ u = v .
Exemplo T1.3
Calcule (8 + i) − (5 + i) e i 3 (i + 1)2 .
R como subconjunto de C
Consideramos o subconjunto de C definido por

{a + i.0 : a ∈ R}.

A soma e a multiplicação de complexos deste con-


junto coincide com a soma e a multiplicação usual
em R. Identificamos este conjunto com R, pelo que
consideramos os números reais um subconjunto de C.
R como subconjunto de C
Qual a relação de ordem nos complexos?
R como subconjunto de C
Nota importante: Em R, a relação de ordem usual
< respeita a adição e a multiplicação, ou seja, para
todo o real a, b, c

a < b ⇒ a + c < b + c;

c > 0 e a < b ⇒ ac < bc.


Ao contrário de R não existe qualquer relação de
ordem natural em C. Isto deve-se ao facto de se
provar que não existe uma relação de ordem < em C
que respeite a multiplicação de complexos.
Parte real e imaginária
Definição T1.4: Seja z = a + b.i um número com-
plexo.
▶ Denominamos o número real a por parte real
de z e representamos este real por Re(z).
▶ Denominamos o número real b por parte
imaginária de z e representamos este real por
Im(z).
▶ Se Re(z) = 0, dizemos que z é um imaginário
puro.
Parte real e imaginária
Propriedades T1.5: Sejam z, w ∈ C. Temos que
▶ z = w se e só se Re(z) = Re(w ) e
Im(z) = Im(w );
▶ z ∈ R se e só se Im(z) = 0.
Conjugado
Definição T1.6: Dado um complexo z, definimos o
conjugado de z como o complexo z tal que Re(z) =
Re(z) e Im(z) = −Im(z)
Conjugado
Propriedades T1.7: Sejam z, w complexos quais-
quer.
z +z z −z
▶ Re(z) = e Im(z) = ;
2 2i
▶ z.z = Re(z)2 + Im(z)2 ;
▶ z = z;
▶ z + w = z + w;
▶ z.w = z.w ;
▶ z = z ⇔ Im(z) = 0 ⇔ z ∈ R;
▶ z = −z ⇔ Re(z) = 0.
Exemplo T1.8
Calcule (−2 − i)2 .
Inverso de um complexo
Seja z ̸= 0 um complexo. O elemento inverso z,
1
que representamos por z −1 ou por , é o complexo
z
−1
tal que z.z = 1. Como tal
1 Re(z) Im(z)
= −i .
z zz zz
Inverso de um complexo
Sejam z, w complexos quaisquer,com w ̸= 0. Defin-
imos o quociente de z por w como o complexo
z Re(zw ) Im(zw )
= z.w −1 = +i .
w ww ww
Exemplo T1.9
Calcule
(6 + 2i) − (1 + 3i)
.
(−1 + i) − 2
Propriedades algébricas do quociente
Propriedades T1.10: Sejam z, w , u, v complexos
quaisquer.
▶ Se z, w ̸= 0,
1 1 1
= . ;
zw z w
▶ Se z, w ̸= 0,
u
z u w
v = . ;
w z v
▶ Se w ̸= 0,
z  z
= .
w w
Potência inteira de um complexo
Seja z ̸= 0 um complexo e n ∈ N. Definimos, por
recorrência,

z 0 = 1, z n = z.z n−1 .

Definimos
z −n = (z −1 )n .
Propriedades algébricas da potenciação
Propriedades T1.11: Sejam z, w ̸= 0 complexos e
n, m ∈ Z.
▶ z n .z m = z n+m ;
▶ (z n )m = z nm ;
▶ (z.w )n = z n .w n ;
▶ i 4n = 1, i 4n+1 = i, i 4n+2 = −1, i 4n+3 = −i.
Identificação entre C e R2
O plano de Argand permite-nos identificar um com-
plexo z com um e um só ponto de R2 através da
identificação

z 7→ (Re(z), Im(z)).
Identificação entre C e R2
Reciprocamente, podemos identificar um ponto (x, y ) ∈
R2 com um e um só complexo através da identi-
ficação
(x, y ) 7→ x + i.y .
Identificação entre C e R2
Com esta identificação, o plano R2 herda as operações
algébricas em C da seguinte forma:
1. Adição:

(a, b) + (c, d) = (a + c, b + d),

2. Multiplicação:

(a, b).(c, d) = (ac − bd, ad + bc).

Note-se que a adição aqui apresentada é a adição


usual em R2 .
Módulo de um complexo
Relembremos que em R2 , a distância euclidiana de
um ponto (x, y ) à origem é dada por
p
∥(x, y )∥ = x 2 + y 2 .

Tendo em conta a propriedade 2 de T5.5 e a iden-


tificação entre R2 e C, obtemos de forma natural a
definição de módulo de um complexo.

Definição T1.12: Seja z ∈ C. Definimos módulo


de z como
√ p
|z| = z.z = Re(z)2 + Im(z)2 .
Propriedades do módulo de um complexo
Propriedades T1.13: Sejam z, w complexos quais-
quer.
▶ z.z = |z|2 ;
▶ |z| = 0 ⇔ z = 0;
▶ |z| = |z|;
▶ |z.w | = |z|.|w |;
z |z|
▶ Se w ̸= 0, = ;
w |w |
Propriedades do módulo de um complexo
▶ Re(z) ≤ |Re(z)| ≤ |z| e
Im(z) ≤ |Im(z)| ≤ |z|.
▶ Verifica-se a desigualdade triangular, ou seja,
|z + w | ≤ |z| + |w |;
▶ ||z| − |w || ≤ |z + w |.
Exemplo T1.14
Calcule  √ 20
1 + ( 3 − 1)i .

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