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A VARIAÇÃO DE SINAIS NA LIBRAS EM UMA COMUNIDADE DE PRÁTICA SURDA EM

BELÉM DO PARÁ

Marcio Gabriel Silva da SILVA (Bolsista PIBIC/CNPq) - marcio.silva@ilc.ufpa.br

Curso de Letras - Língua Portuguesa, Faculdade de Letras (FALE), Instituto de Letras e


Comunicação (ILC).

Prof. Dra. Regina Célia Fernandes CRUZ (Orientadora) - regina@ufpa.br

Curso de Letras - Língua Portuguesa, Faculdade de Letras (FALE), Instituto de Letras e


Comunicação (ILC).

Motivado pela pesquisa de Xavier e Barbosa (2014), o presente plano de trabalho buscou
investigar de que forma a variação fonológica ocorre na Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS)
dentro de uma comunidade surda belenense, tomando como parâmetro de análise a
Configuração de Mão. O projeto dividiu-se primordialmente em 3 grandes etapas: a) seleção de
participantes; b) coleta de dados e c) análise dos dados. A amostra deste estudo contou com 4
participantes, sendo 2 do sexo masculino e 2 do sexo feminino, todos nascidos em Belém e
fluentes em LIBRAS. Para a coleta de dados, utilizou-se uma apresentação de slide com 50
estímulos visuais, cada um contendo uma palavra e uma imagem correspondente. A coleta de
dados consistiu em gravações de vídeos em sessões individuais, nas quais o participante
observava o estímulo em uma tela de computador e era instruído a sinalizar todos os sinais que
fossem correspondentes àquela palavra. Após coletados, os 239 dados foram armazenados,
renomeados e organizados em pastas correspondentes a cada estímulo. Quanto à análise dos
dados, foram executadas edições que compilavam os sinais, ficando evidente variações intra-
sujeito (as formas particulares que cada um dos participantes apresenta ao sinalizar) e variações
inter-sujeito (comuns à comunidade, representando as várias formas de sinalizar uma mesma
palavra). Para apresentação de resultados no vídeo, foram selecionados os estímulos
“Whatsapp” e “Ajudar” que evidenciaram a variação fonológica na LIBRAS, especialmente
variações inter-sujeito no parâmetro de Configuração de Mão, visto que os alunos posicionavam
suas mãos das mais diferentes formas, ainda que ao sinalizar um mesmo estímulo. Conclui-se,
portanto, que há variação fonológica da LIBRAS na comunidade surda analisada. Conclui-se,
também, que a LIBRAS não se distingue das línguas orais quanto a tais fenômenos linguísticos,
podendo ocorrer variação (ou qualquer outro fenômeno) de forma igualmente natural.

Palavras-Chave: LIBRAS, variação, surdez.

Título do projeto do orientador: Mapeamento geoprosódicos de variedades linguísticas na


Amazônia.

Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento do CNPq.

Grande-área: Linguística, Letras e Artes.

Área: Linguística.

Sub-área: Sociolinguística e Dialetologia.

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