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Cartografia
A palavra cartografia tem origem na língua portuguesa, tendo Carta Internacional do Mundo, ao Milionésimo
Fonte: Mercator, R. Orbis terrae compensiosa descriptio. In: Birmingham Public Library. Digital Collections. Birmingham, 2016. Disponível em: <http://cdm16044.contentdm.oclc.org/cdm/singleitem/
collection/p15099coll3/id/34>. Acesso em: abr. 2016.
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Forma da Terra
Geoide e elipsoide
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Define-se a forma da Terra como geoide, que tem uma super- Uma visão do geoide
superfície terrestre
geoide
elipsoide
Fonte: Noções básicas de cartografia. Rio de Janeiro: IBGE, 1999. (Manuais técnicos em geociências, n. 8). Fonte: Dana, P. H. Earth surfaces. In: ______. Map projection overview. Boulder: University of Colorado, Dept. of Geography, 2000.
Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/cartografia/manual_nocoes/indice.htm>. Acesso Adaptado. Disponível em: <http://www.colorado.edu/geography/gcraft/notes/datum/gif/surfaces.gif>. Acesso em: abr. 2016.
em: abr. 2016.
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Coordenadas geográficas
Para que cada ponto da superfície da Terra pudesse ser LATITUDE Polo Norte 90oN
Polo Sul
Mapa Físico do Brasil Todas as altitudes são contadas a partir do nível médio
dos mares, determinado por medições feitas pelos marégra-
fos em diferentes pontos do litoral. Nos mapas, a altitude
é representada por uma escala de cores que varia do verde
(baixas altitudes) ao marrom (altitudes mais elevadas). São
também utilizadas as curvas de nível, definidas por planos
paralelos ao nível do mar que interceptam o relevo em inter-
valos regulares definidos a cada 20 m, 50 m, etc., conforme
os objetivos da representação cartográfica. Cada curva de
nível traz o valor, em metros, da distância do plano de inter-
seção ao nível do mar.
Corcovado
Perfil do Morro do Corcovado Instalação do marégrafo digital
metros
750
700
650
600
550
500
400
350
300
250
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Foto: Chris Broome/Shutterstock.
Fontes: 1. IBGE, Diretoria de Geociências, Coordenação de Cartografia. 2. Instituto Municipal de Urbanismo Pereira Passos - IPP.
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Sistema Global de Navegação por Satélites - GNSS
Sistema Global de Navegação por Satélite (GNSS) refere-se à cons- Soviética e, no meio do processo,
telação de satélites que possibilita o posicionamento em tempo real foi aberto também para o uso
de objetos, bem como a navegação em terra ou mar. Esses sistemas civil. Com a extinção da URSS,
são utilizados em diversas áreas, como mapeamentos topográficos e a Federação Russa continuou
geodésicos, aviação, navegação marítima e terrestre, monitoramen- sua implantação, tornando-se
to de frotas, demarcação de fronteiras, agricultura de precisão, entre completamente operacional
outros usos. em 2011. O sistema opera com
A performance desses sistemas é avaliada segundo os seguintes uma constelação de 24 satélites
critérios: distribuídos em três planos orbitais,
- precisão: a diferença entre a medição recebida e a posição real; a uma altitude aproximada de 19 100 km.
- integridade: a capacidade do sistema soltar um alerta quando - Galileo – Sistema de posicionamento por satélite de iniciativa civil,
detectar uma medição anormal; desenvolvido e operado pela Comunidade Europeia, cuja constelação
- continuidade: capacidade do sistema trabalhar sem interrupções; completa, prevista para 2020, será de trinta satélites, incluindo os seis
- disponibilidade: percentual do tempo que o sistema preenche os extras para reposição, distribuídos em três planos orbitais, a uma alti-
requisitos anteriores (precisão, integridade e continuidade). tude aproximada de 23 222 km. O sistema Galileo é interoperável com
O sistema Navstar-GPS, desenvolvido e controlado pelo Departa- os sistemas GPS e Glonass, o que possibilita medições mais precisas.
mento de Defesa dos Estados Unidos – inicialmente para fins militares - BeiDou/BDS: também conhecido por Compass, este sistema de
e posteriormente aberto para uso civil –, até hoje é o sistema mais posicionamento foi desenvolvido e operado pela China, e opera regio-
utilizado no mundo. Trabalha com uma constelação de 31 satélites, de nalmente no momento, mas com previsão de cobertura global, com 35
forma a garantir que sempre tenham, ao menos, 24 satélites operando, satélites (cinco satélites geoestacionários e trinta não geoestacionários),
distribuídos em seis órbitas, a uma altitude aproximada de 20 200 km até 2020. Assim como o Galileo, o BeiDou também é projetado para
da superfície terrestre. ser interoperável com os outros sistemas de geolocalização citados an-
Além do sistema GPS, outros países vêm trabalhando seus sistemas teriormente.
de posicionamento regional ou global, buscando com isso tornarem-se O IBGE opera uma rede de estações permanentes – Rede Brasileira
independentes e autonômos na aquisição de dados georreferenciados, de Monitoramento Contínuo dos Sistemas GNSS (RBMC) – composta
sendo os principais: por 146 estações, em 2018. Estas estações constituem uma ferramenta
- GLONASS: o sistema global de posicionamento por satélites rus- de suporte para a utilização desta tecnologia no Brasil e o principal elo
so foi desenvolvido inicialmente para fins militares pela antiga União de ligação com os sistemas de referência internacionais.
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Fontes: 1. The global positioning system. In: United Nations. National Coordination
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! ! Office for Space-Based Positioning, Navigation, and Timing. GPS.gov. Washington,
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DC, 2018. Disponível em: <https://www.gps.gov/systems/gps/>. Acesso em: out. 2018.
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O Janeiro: IBGE, 2018. Disponível em: <https://www.ibge.gov.br/geociencias-novoportal/
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informacoes-sobre-posicionamento-geodesico/rede-geodesica/16258-rede-brasileira-
de-monitoramento-continuo-dos-sistemas-gnss-rbmc.html?=&t=o-que-e>. Acesso em:
ARGENTINA
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Diferentes projeções cartográficas foram desenvolvidas para permitir As projeções cartográficas são classificadas, principalmente,
a representação da esfericidade terrestre num plano (mapas e cartas), quanto à superfície de projeção e às propriedades:
cada uma priorizando determinado aspecto da representação (dimen • quanto à superfície de projeção: podem ser projeções planas,
são, forma, etc.). cônicas ou cilíndricas, quando forem utilizadas as superfícies de
É importante ressaltar que não existe uma projeção cartográfica um plano, cone ou cilindro como base para planificar a esfera
livre de deformações, devido à impossibilidade de se representar uma terrestre. Os exemplos abaixo demonstram a transformação da
superfície esférica em uma superfície plana sem que ocorram extensões superfície terrestre em uma superfície plana com auxílio das
e/ou contrações. superfícies de projeção.
Projeção Plana
ou Azimutal Projeção Cônica
Projeção Plana Polar Projeção Cônica de Albers
Projeção Cilíndrica
Fontes: 1. IBGE, Departamento de Geociências, Coordenação de Cartografia. 2. Dana, P. H. Map projection overview. Boulder: University of Colorado, Dept. of Geography, 2000.
Disponível em: <http://www.colorado.edu/geography/gcraft/notes/mapproj/mapproj_f.html>. Acesso em: abr. 2016.
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As projeções cartográficas
Projeção equivalente
Projeção equidistante
Projeção de Miller
Projeção de Berhmann
Projeção de Robinson
Projeção policônica
-75° -70° -65° -60° -55° -50° -45° -40° -35°
5° 5°
0° 0°
-5° -5°
-10° -10°
-15° -15°
-75° -70° -65° -60° -55° -50° -45° -40° -35° -30°
0° 0°
-5° -5°
-10° -10°
-20° -20°
-25° -25°
-30° -30°
-75° -70° -65° -60° -55° -50° -45° -40° -35° -30°
Os cartógrafos trabalham com uma visão reduzida do território, mária”, e de outro à esquerda, denominado “talão” ou “escala de
sendo necessário indicar a proporção entre a superfície terrestre e a fracionamento”, dividido em submúltiplos da unidade escolhida,
sua representação. Esta proporção é indicada pela escala. A escala graduados da direita para a esquerda.
representa, portanto, a relação entre a medida de uma porção terri- Na escala gráfica, não há necessidade de transformação mate-
torial representada no papel e sua medida real na superfície terrestre. mática de centímetros para quilômetros ou metros.
As escalas são definidas de acordo com os assuntos representados
nos mapas, podendo ser maiores ou menores conforme a necessidade Escala 1:25 000
de se observar um espaço com maior ou menor nível de detalhamento.
A escala pode ser representada numérica ou graficamente. A es
cala numérica indica a relação entre as dimensões do espaço real e
do espaço representado, por meio de uma proporção numérica. Por Escala 1:50 000
exemplo, numa escala 1:100 000, 1 centímetro medido no mapa re-
presenta uma distância de 100 000 centímetros ou 1 quilômetro na
superfície terrestre.
A escala gráfica é a representação gráfica de distâncias do Escala 1:100 000
terreno sobre uma linha reta graduada. É constituída de um seg
mento à direita de referência zero, conhecido como “escala pri-
Fonte: Noções básicas de cartografia. Rio de Janeiro: IBGE, 1999. (Manuais técnicos em geociências, n. 8). Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/cartografia/manual_nocoes/indice.htm>.
Acesso em: abr. 2016.
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Sensoriamento remoto
O sensoriamento remoto é a técnica de obtenção de infor- Satélite de sensoriamento remoto com sensor ativo
mações acerca de um objeto, área ou fenômeno localizado na
Sol
Terra, sem que haja contato físico com o mesmo. As informa-
ções podem ser obtidas através de radiação eletromagnética,
gerada por fontes naturais (sensor passivo), como o Sol, ou por
atmosfera
fontes artificiais (sensor ativo), como o radar. São apresentadas
na forma de imagens, sendo mais utilizadas, atualmente, aque-
las captadas por sensores óticos orbitais localizados em satélites.
Os satélites, girando numa órbita em torno da Terra, levam
consigo um sensor capaz de emitir e/ou receber a energia ele-
tromagnética refletida da Terra.
As imagens orbitais possibilitam muitas aplicações, como o
mapeamento e a atualização de dados cartográficos e t emáticos, floresta rio pastagens solo exposto rodovia
a produção de dados meteorológicos e a avaliação de impactos Fonte: International Satellite Communications Corporation - Intersat.
ambientais.
Sol
atmosfera
Fonte: IBGE, Diretoria de Geociências, Coordenação de Cartografia e Coordenação de Recursos Naturais e Estudos Ambientais.
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Aerofotogrametria
foto 1 foto 2
linha de voo
modelo tridimensional
plano de
fotografias
altura do voo
representação cartográfica
superposição longitudinal
(aprox. 60%)
foto 2
foto 1
A cartografia temática tem como objetivo gerar a representação das informações geográficas
referentes a um ou vários fenômenos (físicos ou sociais) de todo o planeta ou de uma parte dele.
Como exemplo de mapas temáticos, podemos citar os geológicos, de vegetação, climáticos, etc.
A representação dos fenômenos ou temas é ajustada às referências físicas que figuram em
uma base cartográfica.
Imagem de satélite
Base Cartográfica
Fontes: 1. Serviço Geológico do Brasil - CPRM, Divisão de Cartografia e Departamento de Apoio Técnico. 2. Rio de Janeiro (RJ): carta SF-23-Z-B-IV. In: Miranda, E. E. de; Coutinho, A. C. (Coord.). Brasil visto do espaço.
Campinas: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa Monitoramento por Satélite, 2004. Disponível em: <http://www.cdbrasil.cnpm.embrapa.br/rj/htm2/rj05_03.htm>. Acesso em: abr. 2016.