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TRABALHO EM ALTURA

NORMA REGULAMENTADORA-35
Segurança e Saúde no Trabalho em Altura 1
Norma Regulamentadora
Nº 35 Trabalho em Altura
Interpretação
Este curso irá demonstrar os aspectos da norma
regulamentadora N° 35 – Trabalho em Altura.
Publicada em 23 de março de 2012 pela
portaria SIT n° 313.
A aquisição de conhecimentos nesta área nos
torna responsável por assegurar a segurança
de todos os profissionais envolvidos neste tipo
de trabalho, que é responsável por grande
parte dos acidentes de trabalho que ocorrem
em todo mundo e esta norma vem para tentar
diminuir estes dados assustadores.
Segurança e Saúde no Trabalho em Altura 2
Objetivo da Norma
A NR-35 estabelece os requisitos
mínimos e as medidas de proteção para o
trabalho em altura, envolvendo o planejamento,
a organização e a execução, garantindo a
segurança e a saúde dos trabalhadores
envolvidos direto ou indiretamente com esta
atividade.

Segurança e Saúde no Trabalho em Altura 3


Objetivo do Treinamento
 Promover a capacitação dos
trabalhadores que realizam trabalhos em
altura, no que diz respeito a prevenção de
acidentes no trabalho, análise de risco, uso
correto e particularidades do EPI para trabalho
em altura, condutas em situações de
emergência, e assuntos relacionados.

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O que é Segurança do Trabalho?
Segurança do trabalho é o conjunto de medidas
que são adotadas visando minimizar os
acidentes de trabalho, doenças ocupacionais,
bem como proteger a integridade do trabalhador
e sua capacidade de trabalho.
O que é Acidente do Trabalho?
 Acidente de Trabalho é o que ocorre pelo
exercício do trabalho a serviço da empresa,
provocando lesão corporal ou perturbação
funcional que cause a morte, perda ou redução,
permanente ou temporária da capacidade para
o trabalho.

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Mais o que é considerado trabalho em
altura?
 Considera-se trabalho em altura toda
atividade executada acima de 2,00 m (dois
metros) do nível inferior, onde haja risco de
queda (NR-35, subitem 35.1.2).

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NORMAS E
REGULAMENTOS
APLICÁVEIS

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Trabalhador capacitado:
Aquele que foi submetido e aprovado em
treinamento, teórico e prático, com carga horária
mínima de oito horas (...)
Trabalhador autorizado:
Aquele capacitado, cujo estado estado de saúde
foi avaliado, tendo sido considerado apto para
executar essa atividade e que possua anuência
formal da empresa.

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Responsabilidades
EMPREGADOR:
 Garantir a implementação das medidas de
proteção estabelecidas nesta Norma;
 Assegurar a realização da Análise de risco - AR e
da Permissão de trabalho - PT;
 Desenvolver procedimento operacional;
 Assegurar a avaliação, planejamento e
implementação das medidas de segurança;
 Garantir que os trabalhos iniciem após adotadas
as medidas de segurança;
EMPREGADO:
 Cumprir as normas e procedimentos;
 Zelar por sua segurança e saúde e a de outras
pessoas;
 Colaborar na aplicação das normas;
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RISCOS NOS
TRABALHOS EM
ALTURA

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 Alto índice de acidentes
 40% dos acidentes.

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Dados do MTE revelam que a maioria dos
casos de acidentes com quedas que
resultarem em óbito do trabalhador ocorreram
em alturas inferiores a 10 m. Os principais
casos são:
Excesso de Uso incorreto
confiança; do EPI;

Colapsos Acesso
estruturais; perigoso;

Quedas de Objetos em
materiais; movimento;

Fadiga/cansaç
Fobias
o do
(acrofobia)
trabalhador;

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PERIGO
Situação ou condição com probabilidade de
causar lesão física ou danos à saúde das
pessoas, à propriedade, equipamento e meio
ambiente.
RISCO
É a avaliação do perigo, associando-se a
probabilidade da ocorrência de um evento adverso
e a gravidade de suas consequências.

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MINIMIZAÇÃO DO RISCO
PREVENÇÃO:
Diminuição da probabilidade, de ocorrência do evento
indesejável

Ex.: placas de sinalização, proteção de partes móveis,


treinamentos, manutenções preventivas, inspeções.

PROTEÇÃO:
Diminuição da gravidade, das consequências do evento
indesejável

Ex.: Cintos paraquedista, capacete, talabartes, trava-quedas.

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PERIGO X RISCO

Normalmente o perigo vai sempre existir, é inerente


ao ambiente. O que podemos fazer é minimizar o
risco.
Principais tipos de Trabalho em Altura

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horizontal + vertical caminhões / vagões - indústria petroquímica

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PLANEJAMENTO,
ORGANIZAÇÃO E
EXECUÇÃO

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Planejamento e Organização

2,00 metros c/ risco de queda


Planejamento
e Execução
Organização
Permissão de
Analise Atividade Trabalho
Preliminar de Rotineiras
Risco - APR e NÃO Rotineiras
Trabalhador
Autorizado
Hierarquia

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Análise Preliminar de Risco - APR
A análise de Risco deve, além dos riscos
inerentes ao trabalho em altura, considerar:
 O local em que os serviços serão executados
e seu entorno;

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Análise Preliminar de Risco - APR
 O isolamento e a sinalização no entorno da área
de trabalho;

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Análise Preliminar de Risco - APR
 A autorização dos envolvidos;
 O estabelecimento dos pontos de ancoragem;
 As condições meteorológicas adversas;
 A seleção, inspeção, forma de utilização e
limitação de uso dos equipamentos de proteção
coletiva e individual, atendendo às normas
técnicas vigentes, às orientações dos fabricantes
e aos princípios da redução do impacto e dos
fatores de queda;
 O risco de queda de materiais e ferramentas;

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Análise Preliminar de Risco - APR
 Os trabalhos simultâneos que apresentam riscos
específicos;
 O atendimento aos requisitos de segurança e
saúde contidos nas demais normas
regulamentadoras;
 Os riscos adicionais;
 As condições impeditivas;
 As situações de emergência e o planejamento do
resgate e primeiros socorros, de forma a reduzir
o tempo de suspensão inerte do trabalhador;
 A necessidade de sistema de comunicação;
 A forma de supervisão.

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Permissão de Trabalho - PT
É uma permissão, por escrito, que autoriza o
inicio do trabalho, após a análise de riscos.
A NR-35 determina que a PT deve conter as
seguintes orientações:
a) Os requisitos mínimos a serem atendidos
para a execução dos trabalhos;
b) As disposições e medidas estabelecidas na
Análise de Risco;
c) A relação de todos os envolvidos e suas
autorizações.

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Permissão de Trabalho - PT
Para uma correta avaliação dos riscos, os
seguintes fatores devem ser determinados com
exatidão:
a) Como é o local de trabalho (posição, acesso,
equipamentos, ambiente, etc.)?
b) Qual é a fonte de risco (altura do local,
eletricidade, materiais perigosos, etc.?
c) Qual é a atividade do trabalhador (tarefa,
duração, postura, etc.)?
d) Qual o perfil do trabalhador (competência,
experiência, idade, etc.)?

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CONDIÇÕES
INPEDITIVAS

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Condições impeditivas
 Trabalhador SEM ter sido submetido e
aprovado em treinamento teórico e prático;
 Trabalhador SEM constar no Atestado de
Saúde Ocupacional (ASO), sua aptidão para
realizar trabalho em altura;
 Andaime, SEM estar liberado e identificado
através da placa “ANDAIME LIBERADO”;

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Condições impeditivas
AUSÊNCIA da Análise de Risco e, para
trabalhos não rotineiros, AUSÊNCIA da Permissão
de Trabalho, também;
 Trabalhos em altura realizados por UMA ÚNICA
pessoa;
 Trabalhos em altura em velocidade de vento
SUPERIOR a 21,6 nós (40 km/h);
 A execução SIMULTÂNEA de trabalhos na
mesma vertical.

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FATOR DE QUEDA

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Fator de queda

Segurança e Saúde no Trabalho em Altura 30


EQUIPAMENTO DE
PROTEÇÃO
INDIVIDUAL - EPI

Segurança e Saúde no Trabalho em Altura 31


NR-06 Equipamentos de Proteção
Individual
Cinto de segurança:
Seleção: Utilizado para minimizar a consequência da queda,
quando o risco de queda não puder ser evitado;
Inspeção: Verificar, visualmente, se aparenta estar perfeito
(falhas nas costuras; cortes, desgastes nas tiras; corrosão,
amassamento, trincas nas fivelas e olhais...). Caso tenha
retido alguma queda ou tenha a vida útil vencida (4 anos)
deve ser inutilizado e descartado.
Conservação: Evitar contato com produtos químicos, fonte de
calor, superfícies abrasivas/ cortantes; não utilizá-lo acima da
carga de ensaio (100 Kg); evitar que o cinto sofra impactos.

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NR-06 Equipamentos de Proteção
Individual
 Na seleção dos EPI’s devem ser considerados,
além dos riscos a que o trabalhador está exposto,
os riscos adicionais.
 No recebimento, periodicamente e antes do início
dos trabalhos deve ser efetuada a inspeção de
todos os EPI’s destinados à prevenção de queda
de altura, recusando-se os que apresentarem
defeitos ou deformações.

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Descarte de EPI’s
 Os EPI, acessórios e
sistemas de ancoragem
que apresentarem defeitos
ou deformações devem ser
inutilizados para o uso e
descartados.

 Os cintos de segurança e
talabartes quando sofrerem
impacto de queda devem
ser inutilizados para o uso e
descartados.

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Equipamentos utilizados
Cinturão de segurança tipo paraquedista

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Equipamentos utilizados
Cinturão de segurança tipo paraquedista

O cinturão de segurança tipo


paraquedista fornece segurança quanto
a possíveis quedas e, posição de
trabalho ergonômico.

 É essencial o ajuste do cinturão ao corpo


do empregado para garantir a correta
distribuição da força de impacto e
minimizar os efeitos da suspensão
inerte.

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NR-06 Equipamentos de Proteção
Individual
Sistemas de retenção:
Seleção: Utilizado para ligar o cinto de segurança ao
ponto de ancoragem. Podem ser:
 Talabarte;
 Trava queda retrátil;
 Trava queda deslizante;
 Linha de vida.
Inspeção: Verificar, visualmente, se aparenta estar
perfeito (falhas nas costuras; cortes, desgastes nas
tiras; corrosão, amassamento, trincas nas fivelas e
olhais...). Caso tenha retido alguma queda ou tenha a
vida útil vencida (4 anos) deve ser inutilizado e
descartado.

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NR-06 Equipamentos de Proteção
Individual
Sistemas de retenção:

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NR-06 Equipamentos de Proteção
Individual
Limitação de uso:
 Não utilizá-lo com peso acima de 100Kg;
 Vida útil de 4 anos;
 O talabarte deve ser utilizado na argola (anel “D”) das
costas ou peito.
Obs.: Quando existentes, as argolas da cintura (fig. 1) só devem ser
usadas para posicionamento durante o trabalho ou limitação de
distância. As argolas dos ombros (fig. 2) só devem ser usadas para
movimentação vertical (ex.: resgate em espaço confinado)

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Talabarte de Posicionamento regulável

 Equipamento de segurança utilizado para


proteção contra risco de queda no
posicionamento nos trabalhos em altura, sendo
utilizado em conjunto com cinturão de segurança
tipo paraquedista.
 O equipamento é regulável permitindo, que seu
comprimento seja ajustado.

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Talabarte de segurança
tipo y com absorvedor de energia
(Impacto)

Absorvedor
de Impacto

Conector Tipo
Gancho

• Equipamento de segurança utilizado para


proteção contra risco de queda, e na
movimentação no trabalho em altura.

Segurança e Saúde no Trabalho em Altura 41


O princípio de funcionamento dos
absorvedores de energia baseia-se no
rompimento dos pontos da costura de
uma fita de nylon com o valor de 6 kN,
ou seja, no momento da retenção de
uma queda, havendo ancoragem
crítica, o absorvedor vai rompendo
sua costura de forma a garantir que a
força aplicada ao trabalhador não
ultrapasse 6 kN.
 “É obrigatório o uso de absorvedor
de energia nas seguintes
situações.
a) Fator de queda for maior que 1;
b) Comprimento do talabarte for
maior que 0,9m.” 35.5.3.4.

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Dispositivo trava quedas
É um dispositivo de segurança
utilizado para proteção contra quedas
em operações com movimentação
vertical ou horizontal, quando utilizado
com cinturão de segurança tipo
paraquedista.

Os trava-quedas são dispositivos que


possuem uma mola retrátil longa e um cabo
de aço com um gancho que é acoplado ao
cinto de segurança. Em caso de queda,
ocorre o amortecimento o que evita a
queda dos empregados ou subcontratados.

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Dispositivos complementares para
trabalho em altura
Fita Tubular (Ancoragem)
 Feita de material têxtil;
 Seu comprimento, espessura e resistência variam de
acordo com a finalidade a que se destinam.
 Geralmente, destinam-se à fixação de sistemas de
ancoragens e amarrações de fixação, para preservar a
corda de sustentação.
 Devem ser trocadas sempre que se observar deformação,
quando as linhas da costura começar a puir ou quando
sua coloração começar a aparentar tonalidade desbotada
(queimada pelo sol).

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NR-06 Equipamentos de Proteção
Individual
CUIDADOS NECESSÁRIOS/HIGIENIZAÇÃO:
Deve ser guardado em:
 local limpo, seco e à sombra;
 sem contato com piso de cimento;
 longe de fontes de calor;
 sem a presença de (componentes químicos,
abrasivos e cortantes)

Quando estiver muito sujo, deve-se lavar com água e


sabão neutro. Colocar para secar a sombra em local
ventilado.

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Mosquetão
Os mosquetões são conectores metálicos com gatilho e
travas de diferentes tipos que se unem a diferentes tipos de
dispositivos e elementos de conexão, assim como os pontos
de ancoragem, cordas, linhas de vida, etc.
São considerados EPI e seguem a normativa
estrangeiras.
No mercado existem vários modelos com funções
especificas para os conectores. Os mais comuns são os
simétricos (ovais), assimétricos (“D”), semicirculares (malha
rápida), etc.

Oval “D” HMS (Pêra)

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Orientações de uso
 Os mosquetões são dimensionados para suportarem
carga unidirecional, portanto, evita-se qualquer tipo
de carga com forças aplicadas de forma bi ou
tridimensional ao corpo do mosquetão;
 Aplicação de tensão em mesma direção e sentidos
opostos – aplicação de carga unidirecional;
 Ao inspecionar o mosquetão, observe toda sua
estrutura procurando detectar deformidades,
amassamentos ou trincas.

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Corda de segurança (linha de vida)

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Conceito de corda
É o conjunto de fibras que formam fios que
torcidos, trançados ou unidos entre si formam
cordões, que por sua vez, torcidos ou trançados
formam camadas podendo ser revestidas através
de uma capa protetora.
As camadas internas de uma corda recebem
a denominação de alma quando se apresentam
internos e circunscritos por revestimento em
forma de capa que podem ser concêntricas ou
não.

Segurança e Saúde no Trabalho em Altura 49


PROTEÇÕES
As proteções são acessórios de uso obrigatório
destinados a preservarem a integridade de cordas e fitas
tubulares de superfícies abrasivas ou cortantes.
Podem ser industrializadas ou feitas com pedaços de
mangueira, carpete, lona ou qualquer outro material similar.

Segurança e Saúde no Trabalho em Altura 50


Corda puída Corda queimada Inconsistência

Capa desfiada Falcaça ausente

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Durante a utilização, manutenção e
cuidados, evita-se:
- a fricção da corda com quinas (cantos com ângulos)
vivas e com outras cordas.
- pisar nas cordas ou arrastá-las;
- o contato da corda com areia, terra, óleo, graxa,
água suja etc.;
- que a corda fique sob tensão por muito tempo ou
desnecessariamente;
- que a corda fique exposta às intempéries por muito
tempo;
- enrolar e guardá-las molhadas;
- utilizar cordas coçadas;
- que as cordas sofram fortes impactos contra o solo
(alturas elevadas danificam as suas fibras);
- choques violentos como atrito, sobrecarga, etc.

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ANCORAGENS

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Ancoragens móveis

São fitas costuradas, cintas com argolas em


cordas, e fitas tubulares. Todos os elementos
devem ter uma carga de ruptura mínima de 15
KN, embora isso dependa muito da forma de
instalar a ancoragem.

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Ancoragens em série
Dois ou mais pontos de ancoragem: 100% da
carga está no primeiro ponto e os demais não são
tensionados. Funcionam como pontos de
segurança em caso de falha no primeiro e também
são utilizados em descidas fracionadas. Brekaut.

Segurança e Saúde no Trabalho em Altura 55


 O Ministério do Trabalho exige que nos
trabalhos em altura sejam instaladas linhas de
segurança(linhas de vida).
 Geralmente, são constituídas de trilho, cabo
de aço ou corda sintética, para movimentação
do sistema de proteção contra queda.

Segurança e Saúde no Trabalho em Altura 56


A escolha do melhor ponto para se montar as
ancoragens dos sistemas de segurança também é
uma decisão crítica para os encarregados da
liberação dos trabalhos em altura. Conforme a NR-
35 a sua determinação deve ser precedida por
uma Análise de Risco.
a) Ser selecionado por profissional legalmente
habilitado;
b) Ter resistência para suportar a carga máxima
aplicável;
c) Ser inspecionado quanto à integridade antes da sua
utilização;
d) Inspecionar todos os pontos antes da sua utilização;
e) Identificar os pontos definitivos e a carga máxima
aplicável;
f) Realizar o teste de carga;
Segurança e Saúde no Trabalho em Altura 57
Pontos de Ancoragens

• Em pontos de
ancoragens podem ser
utilizados parafusos-
olhais, em aço forjado,
galvanizado a fogo
disponível no mercado.

Segurança e Saúde no Trabalho em Altura 58


Sistema de ancoragem
 A ancoragem onde conectamos a corda
com um ponto mecânico, seja na vertical
ou horizontal, deve estar dimensionada
para receber uma queda ou impacto.
 Para uma linha de vida vertical, a carga
mínima de ruptura de cada ancoragem no
ponto central deve ser igual ou superior a
22kN para cada sistema.

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EMERGÊNCIA E
SALVAMENTO

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RESGATISTA
A legislação brasileira através da NR-35 determina
que “As pessoas responsáveis pela execução das
medidas de salvamento devem estar capacitadas a
executar o resgate, prestar os primeiros socorros e
possuir aptidão física e mental compatível com a
tarefa a desempenhar”.

Segurança e Saúde no Trabalho em Altura 61


Para um resgatista é importante conter as seguintes
qualidades:

 Sociabilidade: transmitir calma e confiança;


 Espírito de equipe: harmonizar sua equipe;
 Improvisador: ter sempre plano “B”;
 Participativo: capacidade de iniciativa;
 Autocontrole: estabilidade emocional
 Liderança: organizar e controlar a operação;
 Perceptivo: capacidade de ouvir.

O resgatista deve promover, primeiro, a sua


segurança, segundo, a segurança da sua equipe e
depois a segurança da vítima.

Segurança e Saúde no Trabalho em Altura 62


Princípios da Segurança nas
Operações de Resgate
 Garantir a sua própria segurança;
 Não agravar as lesões;
 Tornar o local do acidente seguro;
 Avaliar os ricos sempre;
 Redundância é segurança;
 Revisar os sistemas;
 Possibilidade de contar com serviços de
equipes de socorro médico.

Segurança e Saúde no Trabalho em Altura 63


Principais Equipamentos para Resgate

Segurança e Saúde no Trabalho em Altura 64


PROCEDIMENTO DE RESGATE
CONSIDERANDO A OTIMIZAÇÃO DO RESGATE
A utilização do Cinto de Segurança tipo
paraquedista elimina, na maioria dos casos, a
necessidade da utilização de maca para a
movimentação vertical de resgate, cujo
procedimento também é seguro, entretanto
complexo.

Com maca Sem maca


Segurança e Saúde no Trabalho em Altura 65
NOÇÕES BÁSICAS
DE PRIMEIROS
SOCORROS

Segurança e Saúde no Trabalho em Altura 66


EPI’S BÁSICOS
 Luvas
 Máscara
 Óculos

COMO INICIAR UM ATENDIMENTO


DE PRIMEIROS SOCORRO
 Manter a calma;
É a base de qualquer atendimento, não só de
primeiros socorros, mas em qualquer situação.

Segurança e Saúde no Trabalho em Altura 67


COMO INICIAR UM ATENDIMENTO DE
PRIMEIROS SOCORRO
 Chamar socorro especializado
SAMU – 192;
BOMBEIROS - 193;
EQUIPE DE RESGETE DA EMPRESA
P.R.F. 191

Segurança e Saúde no Trabalho em Altura 68


COMO INICIAR UM ATENDIMENTO
DE PRIMEIROS SOCORRO
 Avalie a segurança do local:
- Não se deve prestar socorro a alguém sem antes
verificar se o local está seguro;
- Muitas vezes será necessário isolar e sinalizar o
local.
 Observar a vítima, verificando alterações ou
ausência de respiração, hemorragias,
fraturas, colorações diferentes da pele,
presença de suor intenso, expressão de dor;

Segurança e Saúde no Trabalho em Altura 69


OBSERVAR A RESPIRAÇÃO E A
PULSAÇÃO
• Observe a respiração através do método VOS
(ver, ouvir e sentir);
• Verifique a pulsação nas artérias:
Carótidas – no pescoço;
Radial – no antebraço.
PARADA-RESPIRATÓRIA

Ocorre quando uma pessoa por qualquer razão


para de respirar.
Motivos: afogamento, estrangulamento, aspiração
de gases venenosos ou produtos químicos,
soterramento, presença de corpos estranhos na
garganta.

Segurança e Saúde no Trabalho em Altura 71


PARADA RESPIRATÓRIA
Procedimentos
 Deitar a vítima de costas sobre uma
superfície lisa e firme
 Desobstruir as vias aéreas
 Estabilizando a coluna cervical
 Tapar as narinas com o polegar e o indicador

Segurança e Saúde no Trabalho em Altura 72


PARADA RESPIRATÓRIA
Procedimentos
 Abrir a boca da vítima completamente;
respirar fundo
 Utilizar um dispositivo de proteção sobre a
boca da vítima
 Soprar COM FORÇA por duas vezes
(ventilações de resgate) seguidas , até
encher os pulmões, que se elevarão
 Afastar-se, tomar novamente ar
 Repetir a operação em média 12 vezes por
minuto. (a cada 5 segundos).

Segurança e Saúde no Trabalho em Altura 73


PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA

A parada cardíaca envolve sempre a perda dos movimentos


respiratórios, podendo evoluir para a parada
cardiorrespiratória.
O atendimento benfeito é vital.

Segurança e Saúde no Trabalho em Altura 74


PARADA CARDIORESPIRATÓRIA
PROCEDIMENTO
Reanimação Cardio Pulmonar (RCP), consiste na
combinação de respiração boca a boca com compressões
externas sobre o peito.

Segurança e Saúde no Trabalho em Altura 75


Protocolo de RCP da AHA
Socorrista leigo:
 Não é obrigado a realizar ventilações,
somente massagem cardíaca: 100/min.

DESMAIO
Sinais e sintomas:
 Palidez
 Tontura
 Sudorese
 Visão turva
 Náuseas

Segurança e Saúde no Trabalho em Altura 76


DESMAIO
Procedimentos
 Segurar a Vítima para que ela não caia
 colocá-la em posição horizontal
 Afrouxar roupas e sapato
 Ventilar o ambiente
 Compressas úmidas na testa e face
 Elevar pernas

Segurança e Saúde no Trabalho em Altura 77


HEMORRAGIAS
• É a perda de sangue que acontece quando há o
rompimento de veias ou artérias, provocada por
cortes , amputações, esmagamentos, fraturas,
úlceras, tumores etc. Uma hemorragia forte pode
por a vida em perigo.
TIPOS Sinais e sintomas
 Hipotensão;
 Sede;
 Fraqueza;
 Alteração do nível
de consciência;
 Estado de choque;

Segurança e Saúde no Trabalho em Altura 78


HEMORRAGIAS
Sinais e sintomas
 Agitação;
 Palidez;
 Sudorese;
 Pele fria;
 Pulso acelerado e fraco (acima de 100 bpm).
Procedimentos
 Deitar a pessoa e colocar uma compressa esterilizada ou
um pano lavado no local da hemorragia, exercendo uma
pressão;
 Caso o pano fique muito cheio de sangue, é recomendado
que sejam colocados mais panos e não retirar os primeiros;
 Fazer pressão no ferimento por pelo menos 10 minutos.

Segurança e Saúde no Trabalho em Altura 79


FRATURA, LUXAÇÃO, ENTORSE
FRATURA: É um tipo de lesão em que ocorre a quebra de um
osso. Podem ser classificadas como fechada ou aberta:
Fechada: Ocorre quando não há rompimento da pele.
Sintomas: Dor intensa, deformação do local, edema e
incapacidade de movimento, crepitação.
Aberta: Ocorre quando há o rompimento da pele, ou seja, o
osso perfura a pele.
PROCEDIMENTO:
 o socorrista deverá imobilizar:
 Usar talas de madeira ou papelão;
 Usar as vestes do paciente para imobilização de membro;
 Em caso de fraturas de coluna, usar um colar cervical, mesmo
que improvisado, quando for necessário movimentar o
acidentado.

Segurança e Saúde no Trabalho em Altura 80


QUEIMADURAS
O contato com chamas, substâncias super-aquecidas, a
exposição excessiva à luz solar e mesmo à temperatura
ambiente muito elevada, provocam reações no organismo,
que podem se limitar à pele ou afetar funções vitais.

As queimaduras podem ser de 1º grau, 2º grau e 3º grau,


cada uma delas com suas próprias características.

Segurança e Saúde no Trabalho em Altura 81


QUEIMADURAS
QUEIMADURAS 1º GRAU

Causa pele avermelhada, com edema e dor intensa.

Como socorrer:

 resfriar o local com água corrente

QUEIMADURAS 2º GRAU

Causa bolhas sobre uma pele vermelha, manchada


ou de coloração variável, edema, exsudação e dor.
Como socorrer:
esfriar o local com água corrente;
nunca romper as bolhas;
nunca utilizar produtos caseiros, como: pó de café,
pasta de dente, etc.

Segurança e Saúde no Trabalho em Altura 82


QUEIMADURAS
QUEIMADURAS 3º GRAU

Neste tipo de queimadura, a pele fica esbranquiçada ou carbonizada,


quase sempre com pouca ou nenhuma dor (aqui incluem-se todas as
queimaduras elétricas).
Como socorrer:
 não usar água;
 assistência médica é essencial;
 levar imediatamente ao médico.
O que fazer
 Se a roupa estiver a arder, envolvê-la em toalha ou cobertor, ou fazê-la
rolar pelo chão;
 Se queimou com água ou outro líquido a ferver, despi-la imediatamente;
 Resfriar o local com soro ou água corrente;
 Proteger com gaze umidificada;
 Dar água em pequenos goles;
 Providenciar transporte ao hospital.

Segurança e Saúde no Trabalho em Altura 83


QUEIMADURAS
O que não fazer
 Não passar nenhum tipo de pomada, creme
ou óleos;
 Não arrebentar as bolhas;
 Não retirar algo que esteja aderido a pele;

Segurança e Saúde no Trabalho em Altura 84


Acidentes típicos de trabalhos em altura
“40% dos acidentes de trabalho no Brasil são
por queda em altura!”

Principais Causas:
1. Falta de instalação de proteções coletivas de prevenção;

2. Falta de utilização ou utilização inadequada de Equipamentos


de Proteção Individual (EPIs);

3. Falta de treinamento e capacitação do colaborador.

Segurança e Saúde no Trabalho em Altura 85


Muito obrigado!!!
Téc. de Segurança do Trabalho
Supervisor de NR-35

Segurança e Saúde no Trabalho em Altura 86

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