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Universidade Federal Fluminense

Escola de Engenharia
Departamento de Engenharia Elétrica
Laboratório de Circuitos Elétricos

RELATO N° 1

Circuitos Paralelos CA

Docente:
José Eduardo da Rocha Alves Junior

Discentes:
Majorie Néspoli de Carvalho
Topázio Nogueira Nepomuceno da Silva
Victor Reis Marques de Souza
Niterói, outubro de 2023

1. INTRODUÇÃO
O projeto teve como base o arquivo “Parallel AC Circuits” do Multisim, disponibilizado pelo
professor, e foi realizado o experimento tanto na simulação como na montagem no protoboard. No
entanto, a todo momento foi utilizada uma abordagem proativa, com o estudante sendo o principal
protagonista do experimento, a fim de aumentar a inovação do projeto e atender às novas demandas
da sala de aula.
Nesse contexto, a razão de estudo e experimentação tem como foco salientar e provar a Lei de
Kirchhoff. Essa lei diz que a soma das correntes dos ramos é igual a 0. Por se tratar de Circuitos CA
foi possível analisar profundamente o comportamento das ondas de tensão e corrente.

2. EQUIPAMENTOS
Para este experimento, foram usado os seguintes equipamentos:
1. Protoboard
2. Três resistores (1 kΩ, 2 kΩ e 3 kΩ)
3. Um capacitor (100 nF)
4. Gerador de sinal
5. Osciloscópio
6. Jumpers

3. PROCEDIMENTO
Previamente à montagem do circuito, seguindo o primeiro material enviado pelo professor,
que expõe noções básicas de segurança dentro do laboratório, realizamos a simulação do circuito
apresentado no Falstad, um simulador de circuitos leve e eficaz baseado em web. Dessa forma,
conseguimos prever o comportamento esperado do sistema, como pode ser visto abaixo:
É possível reparar que há um resistor de 0,1 pΩ em série com o capacitor, que não está
descrito no nosso experimento original. Porém, o simulador não lida bem com o capacitor
descarregado em t = 0, sendo necessário inserir uma pequena resistência (desprezível no caso
mencionado) para que a simulação computacional não resulte em erros. Todavia, em uma montagem
na vida real, isso não seria necessário.
Ainda no simulador, foi possível obter esclarecimentos interessantes sobre outras
características do circuito. Ainda que os gráficos a seguir não estejam todos em mesma escala, pode
ser visto o fenômeno do adiantamento da corrente pelo capacitor, que não possui os picos de corrente
sincronizados com os resistores.

Além disso, sob essas condições, a corrente máxima fornecida pela fonte é de 9,152 mA, com 5 mA
no resistor de 1 kΩ, 2,5 mA no resistor de 2 kΩ, 1,67 mA no resistor de 3 kΩ e 6,32 mA no capacitor
de 100 nF. A fonte gera uma DDP de 10 V pico a pico e seu valor efetivo (RMS) é 3,536 V.
Sendo assim, fizemos a montagem do circuito de acordo com a simulação. A disposição dos
elementos, ainda que delicada por serem pequenos, correu de forma tranquila e não apresentou
empecilhos. No entanto, se tratando do gerador de correntes, tivemos dificuldades em sua
configuração.
A princípio, não tínhamos ciência do conceito de valor efetivo (RMS), fazendo com que a
nossa medição da tensão no osciloscópio e no multímetro fossem diferentes. Por muito tempo,
testamos diversas amplitudes e frequências no gerador, crendo que fosse algum problema dessa
espécie. No entanto, com o auxílio do professor, foi possível elucidar este fato e reparar que, na
verdade, estava tudo certo. Posteriormente, comparamos com o simulador e o circuito agia de acordo
com o que era esperado.
Utilizamos o Gerador de sinais pois estamos trabalhando no universo da corrente alternada ou seja
precisamos de uma faixa de sinal/gerada para assim conseguirmos explorar os resultados gráficos,
com uma fonte contínua isso não seria possível, pois esta gera ponto a ponto.

fig 1 (Gerador arbitrário da forma de onda do medidor de frequência do duplo-canal do gerador de sinal da função dds
do controle de JDS6600-30M 30mhz digitas)
Descrição do equipamento

● Tipo de exibição: 2.4 polegadas TFT cristal líquido colorido


● Número de armazenamento e carregamento: 100 grupos, localização: 00-99 (o parâmetro de
localização de armazenamento padrão de 00 é chamado quando a máquina está ligada)
● Número de formas de onda arbitrárias: 1 a 60, 60 grupos no total (15 grupos por padrão)
● Modo interface: usando USB para interface serial
● Interface de expansão: porta serial com modo nível TTL, conveniente para os usuários
desenvolverem
● Comunicação taxa: usando padrão 115200bps

Fizemos as medições de tensão e corrente e ambas estavam de acordo com a simulação. No


simulador, era esperado uma queda de 4,961 V em cada componente, já que estão em paralelo.
Colocando esse valor em RMS, chegamos a aproximadamente 3,54 V de queda em cada componente,
compatível com o valor de queda de 3,25 V medido no multímetro, dada as devidas ressalvas para a
margem de erro.
Já em termos de corrente, obtivemos resultados similares, com 4,9 mA de queda registrada no
resistor de 1 kΩ, 2,4 mA no resistor de 2 kΩ, 1,65 mA no resistor de 3 kΩ e 6,30 mA no capacitor de
100nF, sendo a soma delas igual à corrente fornecida pelo gerador de sinais, como regra a Lei de
Kirchhoff.
Abaixo, podem ser vistas algumas imagens das medições feitas:

fig2(Multímetro HIKARI)
Descrição Multímetro:
fig3(Dados técnicos do multímetro HIKARI)

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Ao final dos experimentos, percebemos que o capacitor puxa a maior parte da corrente, como
já prevíamos visto a resolução do sistema através de fasores e análise de malhas. Além disso como
esperado a corrente do capacitor acaba por ter um atraso de π/2 em relação a corrente nos resistores.
Ademais as corrente dos resistores eram inversamente proporcionais aos valores da sua resistência.
Por outro lado, quando falamos das tensões percebe-se que tanto os resistores quanto o
capacitor acabam por ter a mesma medição, concomitantemente quando colocamos a tensão no
gerador que era de pico a pico o multímetro só lia seu valor de RMS.
Em relação aos limites de funcionamento do sistema, infelizmente fomos limitados pelo
gerador de sinal disponível em sala de aula, que só ia até 10 V. No entanto, no laboratório do PET
Elétrica - UFF, pudemos replicar o nosso sistema e testá-lo sob tensão doméstica - 110 V - e
percebemos que isso extrapola sua tensão máxima, pois o sistema parou de funcionar.
Utilizando essa tensão alta tivemos bastante fumaça devido a má dissipação térmica, pois a boa
dissipação faria com todo calor fosse transferido para o ambiente aberto, entretanto como o fio e os
componentes são pequenos nas suas dimensões e frágeis, a dissipação não ocorre fazendo que ocorra a
liberação de calor na forma de fumaça, com o superaquecimento e possibilidade de queima dos
materiais envolvidos.
5. CONCLUSÕES
Nesse contexto, podemos concluir que o projeto de estudo e experimentação, baseado no
arquivo "Parallel AC Circuits" do Multisim, apresentou uma abordagem proativa, permitindo
que nós estudantes desempenhassem um papel central no experimento. A ênfase na Lei de
Kirchhoff, que estabelece que a soma das correntes dos ramos é igual a 0, proporcionou uma
compreensão mais profunda do comportamento das ondas de tensão e corrente em circuitos
de corrente alternada. Isso contribuiu para a inovação do projeto e a adaptação às
necessidades da sala de aula, promovendo um aprendizado mais eficaz e prático.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

● Fundamentos de circuitos elétricos, Sadiku


● TIPLER, A. Paul. MOSCA, Gene. Física para cientistas e engenheiros. Vol 3. 6. Ed.
Editora LTC.
● D. Halliday, R. Resnick, e J. Walker, Fundamentos de Física, LTC, Rio de Janeiro,
vol. 3, 8a. Ed. (2008)

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