Você está na página 1de 58

Universidade Federal do Maranhão

Cálculo Diferencial e Integral II

Integral Indefinida

Professora: Greiciane Pinto Lima


Integral Indefinida
● Primitiva de uma função;
● Integral Indefinida.
● Primitivas Imediatas;
● Propriedades da Integral Indefinida;
● Integral da Função Polinomial;
● Métodos de Integração: Integração por Partes,
Substituição.
Primitivas
Dada uma função f(x), queremos encontrar
uma função F(x) tal que F'(x) = f(x), ou seja, o
problema consiste em, a partir de uma derivada
f, encontrar a função F que originou esta
derivada. Por exemplo, se f(x) = 2x2 + 3x, então
podemos considerar

pois F'(x) =2x2 + 3x = f(x). A função F é


chamada primitiva da função f.
Primitiva. Dizemos que a função F é a primitiva da
função f se F'(x) = f(x), para todo x no domínio da
função f.

Exemplos:
● f(x) = 3x2 + 4
A função F(x) = x3 + 4x é uma primitiva de f, pois F'(x)
= f(x)
Note que a função G(x) = x3 + 4x + 100 também é uma
primitiva de f e, no geral, toda função na forma x3 + 4x
+ C, com C constante, é uma primitiva de f.
Se F é uma primitiva de f, então a função F(x) + C,
onde C é uma constante real, também é uma
primitiva de f.
Por outro lado, se F(x) e G(x) são duas
primitivas distintas de f, então F(x) = G(x) + C,
isto é, duas primitivas quaisquer de uma
mesma função diferem apenas por uma
constante. De fato, se H(x) = F(x) – G(x), então
H'(x) = f(x) – f(x) = 0, logo H é uma função
constante, podemos escrever H(x) = C e,
portanto
F(x) = G(x) + C
Teorema. H(x) é uma função constante se, e
somente se, a derivada de H é igual a 0.
Se F é uma primitiva de f, então todas as
primitivas de f são da forma F(x) + C, onde C é
uma constante real.

Quando C varia, temos infinitas primitivas para a


função f. O conjunto de todas as primitivas de f
será chamado de família de primitivas de f.
f
● Exemplos: Encontre a família de primitivas para
cada uma das funções abaixo.
a) f(x) = sen(x) : - cos(x) + C é a família de
primitivas.
b) f(x) = x-1 : ln|x| + C é a família de primitivas.
Integral Indefinida
Sejam f uma função e F uma primitiva de f. A
integral indefinida de f, denotada por , é
dada por
Exemplos
● pois

● pois

pois

pois

pois

pois

pois
TABELA DE PRIMITIVAS IMEDIATAS
PROPRIEDADES DA INTEGRAL
INDEFINIDA
● Segue direto das regras de derivação que:

Onde k é uma constante real.


● Exemplos:
a)Integral da função polinomial: usamos as
propriedades anteriores e a integral imediata

+C
● +C

b)

+C
c)

+C

d) +C

e)
tg2 + 1 = sec2
cotg2 + 1 = csc2
f)

g) +C
Integração por partes
● Sejam f(x) e g(x) duas funções deriváveis, então pela
regra do produto, temos:
[f(x).g(x)]' = f'(x).g(x) + f(x)g'(x)
● Integrando ambos os membros da igualdade acima,
temos:
● A fórmula obtida é chamada integração por
partes, usada para integrar produtos de duas
funções onde o produto da derivada de uma
com a primitiva da outra seja uma integral
imediata ou passível de cálculo.

Integral do produto da derivada de f(x) com a primitiva de g'(x) .


● Outra forma de escrever:

● Na fórmula acima, se considerarmos f(x) = u e g(x) =


v, temos

INTEGRAÇÃO
POR PARTES
Exemplos:
Temos o produto de x com cos x, onde a
a) integral da derivada de x com a primitiva
de cos x é uma primitiva imediata, assim
podemos usar integração por partes.
u = cosx du = -senxdx GERA UMA
dv = x v = x2/2 INTEGRAL
DÍFICIL DE
RESOLVER

Substituindo na fórmula da integração por partes, temos:


Temos um produto de duas funções, onde
b) a integral da derivada de uma com a
primitiva da outra é uma primitiva passível
de solução, vamos usar integração por
partes.

Substituindo na fórmula da integração por partes, temos:

(I)

Para resolver a integral do segundo membro, usaremos a


propriedade 1 e o resultado do exemplo anterior
● Cálculo da integral

Substituindo em (I), temos:

+C
Temos um produto de duas funções, onde
a integral da derivada de uma com a
c) primitiva da outra é uma primitiva passível
de solução, vamos usar integração por
partes.

Substituindo na fórmula da integração por partes, temos:

(I)
● Cálculo da integral

Usaremos integração por partes mais uma vez,


considerando:

Substituindo na fórmula da integração por partes, temos:


● Substituindo em (I), temos:
d)

Neste exemplo, a integração por partes gera


outras integrações por partes, para facilitar
esse processo, faremos uma tabela
considerando as funções u e v em cada etapa
das sucessivas integrações por partes. Neste
caso, u sempre será obtida a partir da função
3x3 + 2x + 1 e suas derivadas e v será obtida a
partir de ex e suas primitivas.
+

-
e)

Vamos considerar o produto 1. lnx, tal que:


f)
Faremos uma tabela considerando as funções
u e v em cada etapa das sucessivas
integrações por partes.

+
Integração por Substituição

Sejam f(x) e g(x) duas funções tais que Im g 
Dom f e , então existe a
composta F(g(x)). Usando a regra da cadeia,
temos:

Portanto
● Fazendo

Substituindo na integral acima, temos

SUBSTITUIÇÃO NA INTEGRAL
Temos o produto de uma função composta
● Exemplos: cos x2 com a derivada 2x de u = x2. Dessa
forma, podemos usar substituição na integral.
a)

Substituindo na integral, temos:


b)

Substituindo na integral, temos:


c)

Substituindo na integral, temos:


d)

Substituindo na integral, temos:

(x2)2
e)

Substituindo na integral, temos: u.u1/2 =u3/2 u1/2

x2.x
f)

Substituindo na integral, temos:


g)

Primeiro, vamos multiplicar e dividir o


integrando por sec x + tan x:

Em seguida, faremos a mudança de variável:


Substituindo na integral, temos:

Portanto,
Integrais de Potências de Seno e
Cosseno
● Nosso objetivo será resolver as integrais

para n ≥ 2


● Exemplos:

a)

Como n = 2 é par, usaremos

na integral. Substituindo, temos:


b)

Como n = 2 é par, usaremos

na integral. Substituindo, temos:


c)

Com n = 3 é ímpar, usaremos:

Substituindo na integral, temos:


d)

Como n = 3 é ímpar, usaremos:

Substituindo na integral, temos:


e)

Como n = 4 é par, usaremos

na integral:
f)

Como n = 5 é ímpar, usaremos:


Integrais envolvendo produto de
potências de seno e cosseno
● Nosso objetivo será resolver integrais da forma

● Para resolver integrais desse tipo, usaremos as


mesmas identidades trigonométricas anteriores e
as mudanças de variável u = cos x, u = senx,
conforme a paridade de m e n.
● Exemplos:
a)

Temos m = 3 ímpar e n = 6 par. Faremos a


mudança de variável de acordo com o
expoente ímpar, neste caso, o expoente de
senx, logo a mudança será u = cos x, a fim de
eliminar a fator linear senx. Usaremos:

Substituindo na integral, temos:


b)

m = 4 par e n = 9 ímpar. Neste caso, faremos a


mudança de acordo com o expoente ímpar n =
9 do cosx. Usaremos:

Substituindo na integral, temos:


c)

Ambos os expoentes são ímpares, m = 5 e n =


3, faremos a substituição de acordo com o
menor expoente, neste caso, o expoente de
cosx. Usaremos:

Substituindo na integral, temos:


d)

Ambos os expoentes são pares, neste caso


usaremos:

Você também pode gostar