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Nome: John Walker

idade: 53 anos

Profissão: Ex Fuzileiro Naval

Talento: atirador e sobrevivência

Moral: Ninguém fica pra trás, independente da situação.

Vício: Bebidas e cigarros.

Medo: Afogar-se por mais que sou um excelente nadador.

Fé: Seguidor

Destino:
1967
Meu nome e Jhon Walker, Ex Fuzileiro Naval, na década de 60 participei da grande guerra
servindo a Marinha dos Estados Unidos em serviço da França, e foi onde minha vida virou um
inferno, em 1967 fui convocado a uma ação de espionagem marítima foi quando tudo
começou, uma noite de chuva o mar estava inquieto apenas se ouvia os trovões ao longe, o
mar está a escuro e a cada flash de trovão parecia ver aquela imensidão de escuridão e
insanidade, quando o relógio deu a 12 segunda pintada que as coisas ficou no estranho, o mar
se abrindo, redemoinhos enormes que poderia afundar uma cidade inteira sozinho os trovões
insanos, parecia que em algum momento iria nos acertar, marinheiros em orações pedindo a
Deus proteção, pessoas boas e ruins não teve vez, em uma onda forte nosso navio foi
arremessado com força em umas pedras, onde o casco se rompeu ao meio, a água entrando
no navio e os marinheiros procurando refúgio onde os braços alcançava, foi aí que tudo ficou
ainda pior, criaturas com cara de peixe e corpo humano saindo do mar pisando em terra firme,
nesse momento eu senti uma pressão na cabeça e como se alguma coisa tentasse invadir
minha mente uma voz esganiçada dizendo, Louve um Deus, Louve o Caos, sucumba a
imensidão da escuridão, e de repente eu me vi em casa brincando com spark um Golden
retrivier que era meu parceiro, vejo minha mãe e meu pai que a muito já havia falecido,
sorrindo e acenando como se me chamasse na hora eu não acreditei mas a única vontade que
eu tinha era de correr e abraçar eles forte, mas quanto mais eu corria mais longe eles ficavam,
spark sentado do meu lado e eu correndo parecia que estava correndo no mesmo lugar, até
que ao olhar pro spark novamente eu vi escamas se formar naquela pelagem, dentes que saia
da boca olhos de cobra como se o inferno estava ali, eu cai assustado, fazendo minha oração e
naquele momento eu não podia nê sequer escutar meu próprio pensamento, spark deu uma
risada e soltou as palavras Louve o Deus, louve o Caos, louve O Deus de verdade, ao escutar
essas palavras me ajoelhei e pus a mão na cabeça, para fazer tudo aqui parar, e de repente
toda escuridão virou o barulho do mar quebrando nas rochas, pássaros cantando e aquela
brisa leve o sol tocando o rosto, eu estava em uma praia em algum lugar da França, escorando
cansado e com dor de cabeça, ao olhar pro mar, eles levava o sangue que ali existia como uma
borracha apagando uma escrita no papel, e quando eu voltei a mim eu era o único
sobrevivente do Navio S.S.France D' Lenir.

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1992
A vida não foi amigável com Walker nas últimas décadas, muitas perguntas foram feitas ao
único sobrevivente do S.S france, e quase nenhuma resposta foi ouvida, as vagas memórias
daquela noite eram confusas, e rapidamente esquecidas no fundo de uma garrafa do
excelente vinho francês num dia bom.....ou de whisky puro num dia ruim, aquele era um dia
ruim.

Vai para casa jhon – dizia o barman enquanto despertava o homem dormindo no balcão, seu
tom não era agressivo, jhon era um cliente antigo ali, más firme. Walker olhava com alguma
confusão antes de se lembrar onde estava, num bar portuario onde sabia que ninguém
roubaria sua carteira, ele se levantava e agradecia com um gesto enquanto sacava algumas
notas para pagar sua conta, seu caminhar era lento, seu corpo pesado pelo torpor do álcool.
No caminho um gato preto cruzava seu caminho o assustando e trazendo um nome a sua
mente.... April, ele conhecia alguma April? Certamente não ali em Lyon, sua morada por quase
25 anos. A chave girava lentamente pelo tambor da porta de seu velho apartamento, a fraca
luz iluminava a sala onde ele deixava o corpo cansado cair sobre o sofá.

No dia seguinte ele seguia para o trabalho, nada glorioso como seus tempos de serviço militar,
ele agora carregava navios no porto, um trabalho braçal que começava a cobrar o preço em
um corpo já não tão jovem, junto a ele um rapaz também americano com a metade da sua
idade puxava conversa enquanto carregavam algumas caixas, seu nome era Mattew....
Mattew...Mat para os amigos, Mat como seu velho amigo na marinha...... que amigo? Walker
sentia sua cabeça doer enquanto tentava se lembrar....seu pé escorregava da rampa que
subiam e apesar de conseguir se recuperar ele assistia seu chapéu cair sobre as águas, as
águas, era irônico que alguém com tanto medo das águas tivesse um trabalho no porto...más
não era como se ele tivesse escolha.

O resto da semana foi como um borrão, até sua próxima folga quando walker como sempre se
dirigia ao seu bar no porto, a rotina era a mesma de sempre, se embriagar, e voltar pra casa
pra dormir um sono sem pesadelos. No caminho de volta o gato preto cruzava seu caminho
novamente....o gato preto como a da foto que seu amigo Mat mostrava enquanto estavam
embarcados anos atrás, o gato preto deitado ao lado da filha recém nascida de Mat....uma
linda garotinha de apenas alguns meses, -- Hey Walker, você tem que me prometer que vai
conhecer minha família quando voltarmos, você é um cara legal apesar dessa cara marrenta,
minha esposa pode até apresentar alguma amiga para você, essa vida de solteiro não é boa
quando envelhecermos, vai por mim, além disso quero que você seja o padrinho de batismo
da minha April, ela não é uma coisinha linda? -- Sua cabeça girava e Jhon sentia como se fosse
vomitar, aquilo não era só o álcool, seu corpo a muito tempo já não sentia os efeitos de um
estomago fraco, ele caminhava e a apenas alguns metros de sua porta terminava por fim
vomitando, o nome April ressoava em sua mente com a voz de seu amigo a muito esquecida, o
som era ensurdecedor, talvez o homem finalmente tivesse ficado louco. Com dificuldade ele
entrava em seu apartamento, não ouve tempo de fechar a porta ou chegar ao sofá, o homem
caiu desacordado ali mesmo.

Walker sonhava pela primeira vez em anos, nesse sonho ele pairava sobrevoando uma cidade,
talvez ele fosse um pássaro, ao final ele descia sobre o parapeito do terraço de um prédio, ali
havia uma mulher trajando um elegante vestido negro, aos pés dela havia um homem caído,
quem era aquele homem...ele parecia estranhamente familiar....um amigo antigo? Um amigo
do porto?.....ele....ele mesmo!? Seus pensamentos eram cortados pela voz doce e melancólica
da mulher -- BEM VINDO A HALLOW CITY

Walker despertava, sua cabeça latejava e podia ver um pouco de sangue seco no chão,
certamente havia golpeado sua cabeça, más de alguma forma não sentia o torpor do álcool da
noite anterior, na verdade sua cabeça parecia ordenada pela primeira vez em mais de 20 anos.
Ele se lembrava pela primeira vez da promessa com o velho amigo, da criança que ele nunca
conheceu, que ele nunca batizou.....mais do que isso, de alguma forma ele sabia que aquela
mulher em seu sonho era April, a filha de seu velho amigo, e que muito embora não soube-se
o motivo ele sabia que precisava voltar para a américa, ele precisava ir até Hallow city.

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