Você está na página 1de 4

Nome: Catherine White

idade: 32 anos

Profissão: Detetive

Talento: Combate, perita criminal

Moral: Honrar a palavra dada.

Falha/Vicio: Sofre de insônia crônica

Medo: Medo de perda de controle

Fé: Agnóstico

1968
Foi uma tarde como outra qualquer em quando cheguei em casa depois da escola. A casa
estava em silêncio, exceto pela televisão ligada na sala de estar, onde meu irmão mais novo,
Andrew, assistia desenhos animados. Eu tinha oito anos, e ele apenas quatro. Nossas vidas
pareciam normal até aquele momento.
Quando entrei na casa, uma sensação de inquietação tomou conta de mim. Um estranho
calafrio percorreu minha espinha, como se o ar estivesse eletricamente carregado. Eu não
conseguia entender o que estava acontecendo, mas algo estava errado. Dirigi-me à sala de
estar, onde a televisão emitia seu brilho hipnotizante.

A cena que se desdobrou diante de mim ainda me assombra, apesar das memórias distorcidas
e borradas que se misturam naquela tarde. Meus pais estavam lá, parados no centro da sala,
com expressões vazias e olhos sem vida. Era como se o tempo tivesse parado naquele
momento, e o mundo ao nosso redor estivesse suspenso em um pesadelo silencioso.

Meu coração acelerou, meu corpo tremeu e uma sensação de terror indescritível me envolveu.
Ao lado de meus pais, Andrew estava parado, olhando para mim com olhos vazios. Seu rosto
estava pálido, e eu podia sentir que algo terrível havia acontecido. O tempo parecia
desmoronar em uma sequência de flashes e memórias turvas.

As imagens se misturam em minha mente, mas o que se segue é uma visão aterradora que
persiste em minha memória. Uma faca de aparência cruel, jazia no chão, seu cabo manchado
de sangue. Não havia movimento na sala, exceto pelas gotas de sangue que pingavam
silenciosamente no carpete.

Minha mente lutava para compreender o que estava acontecendo. Não havia palavras, apenas
o silêncio opressor que nos envolvia. Eu queria gritar, pedir ajuda, mas as palavras se
perderam em minha garganta. Meus pais estavam mortos, e Andrew permanecia ao lado
deles, seu olhar sem foco, sua sanidade roubada pela visão horrível diante de nós.

Não consigo descrever com precisão o que aconteceu a partir desse ponto. As lembranças são
uma névoa escura, distorcidas pelo tempo e pelo trauma. No entanto, sei que a tragédia que
testemunhei naquela tarde mudou minha vida para sempre, transformando-me em uma
pessoa atormentada por memórias fragmentadas e uma incerteza terrível.

Após aquele dia, a vida de Andrew se tornou uma sombra do que costumava ser. Ele foi
internado em um sanatório, onde permanece até hoje. Os médicos nunca foram capazes de
trazer sua sanidade de volta, e suas palavras desapareceram, substituídas por olhares vazios e
um silêncio opressor. O pequeno garoto que um dia assistiu desenhos animados ao meu lado
naquela tarde fatídica havia se perdido para sempre em um mundo de escuridão e medo, uma
vítima silenciada pela tragédia que testemunhamos juntos.

--------------------------------------------/------------------------------------/------------------------------------------

1992

Desde que fui promovida, fui enviada pra cá. A paisagem urbana cinzenta não tem o mesmo
charme das pequenas cidades em que eu cresci. Ainda não sei se escolhi a carreira certa, ou se
só correndo atrás de um sonho de criança para preencher o vazio do passado.
Enquanto folheio arquivos e investigo um caso de desaparecimento, algo inesperado acontece.
Um colega de trabalho, o detetive Thompson, Deixa cair de sua carteira uma foto de sua
esposa e filhos.

Meu olhar cai sobre a foto, e não posso deixar de notar a desconexão entre mim e aquelas
imagens de felicidade.

- É uma linda família, Archie.

-Valeu... - disse Thompson quase como se estivesse ciente da delicadeza da situação e


desejava evitar qualquer constrangimento de minha parte - Cath, faz tempo que você não vai
visitar o Andrew, não é?

O silêncio que se segue é carregado de significado. A memória de Andrew, meu irmão, um


fantasma trancado em uma mente fragmentada, entra em foco. Ele está internado em uma
instituição de saúde mental desde a infância, desde aquela noite . Seus olhos, antes cheios de
vida, agora são vazios e perdidos.

O peso de minha indiferença pesa em meus ombros. Os olhos de Andrew só reagem na minha
presença, parece que minha visita é a única coisa que o mantém conectado ao mundo. Ele não
fala, não responde a tratamentos, e, uma vez vivo, parece mergulhado em um abismo do
desconhecido.

A lembrança da condição de Andrew me assombra. Cada lembrança de Andrew é como uma


lâmina afiada, cortando minha alma, enquanto tento desvendar o mistério que envolve sua
existência e a tragédia que nos separou.

Cath se levantava e seguia seu parceiro que já estava com as chaves do carro, Archie era bom
no que fazia, más ainda era um pouco desconcertante trabalhar com ele, eles eram parceiros
já a 4 meses más 6 meses atrás ele havia perdido seu parceiro de mais de uma década, Burke,
durante uma investigação rotineira, então ele acabava sendo exageradamente cuidadoso no
trabalho.

Eles entravam no pequeno bloco de apartamentos e subiam as escadas para o segundo andar,
do corredor já podiam entender a razão de os vizinhos chamarem a polícia, o cheiro de algo
apodrecendo tomava todo o corredor, a porta estava trancada porém o zelador que os levava
até ali tinha uma cópia da chave, ele dizia que o apartamento pertencia a uma velha senhora e
sua filha, más que nenhuma das duas eram vistas a duas semanas.

Ambos já haviam visto muito coisa trabalhando na polícia, más certamente nenhuma era como
aquela, Cath tapava a boca para segurar a ânsia de vômito, seu parceiro aguentava um pouco
melhor más não muito o zelador não, o homem se afastava assim que abria a porta colocava
pra fora seu almoço do dia, Archie tentava ajudar o homem a se recompor. Enquanto isso Cath
agarrava um lenço para tapar o nariz e entrava no apartamento, moscas voavam por todos os
lados, o cheiro de podridão tomava todo o ambiente, quando a luz era acendida a mulher
podia ver no chão da sala restos de um corpo estraçalhado de tal forma que muito certamente
poderia ser o ataque de um urso não fosse o óbvio problema de estarem no segundo andar de
um prédio numa distrito residencial. Archie entrava atrás de sua parceira e se deparava com o
mesmo horror, ele então se virava para a esquerda e dizia

- Más que..... - dizia

- Merda... – completava Cath

Na parede uma uma pequena mensagem havia sido pintada com o sangue da vítima, BEM
VINDOS A HALLOW CITY.

Você também pode gostar