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Colégio CONFEPI – 40 anos de Amor à Educação

Nomes:
Disciplina: Filosofia Professor(a): Davi Yanur
Série: 2º ano Data: 30/08/2023 Nota:

LÓGICA ARISTOTÉLICA E LÓGICA MATEMÁTICA: ATIVIDADES

Na obra "Aventuras de Alice no País das Maravilhas," o escritor Lewis Carroll apresenta alguns raciocínios que respeitam
os princípios aristotélicos e outros que os ferem.
Em um dos trechos da narrativa, Alice cai na toca de um coelho, encontra uma minúscula chave e abre uma portinha,
mas não consegue atravessar a pequena passagem que leva a um jardim. Leia, a seguir, o que acontece depois disso.

"Como ficar esperando junto da portinha parecia não adiantar muito, voltou até a mesa com uma ponta
de esperança de conseguir achar outra chave sobre ela, ou pelo menos um manual com regras para
encolher pessoas como telescópios; dessa vez achou lá uma garrafinha ('que com certeza não estava
aqui antes', pensou Alice), em cujo gargalo estava enrolado um rótulo de papel com as palavras 'beba-
me' graciosamente impressas em letras graúdas. Era muito fácil dizer 'Beba-me', mas ajuizada pequena
Alice não iria fazer isso assim às pressas. 'Não, primeiro vou olhar', disse, 'e ver se está escrito ‘veneno’
ou não' [...].
Como porém nessa garrafa não estava escrito 'veneno', Alice se arriscou a provar e, achando o gosto
muito bom (na verdade, era uma espécie de sabor misto de torta de cereja, creme, abacaxi, peru assado,
puxa-puxa e torrada quente com manteiga), deu cabo dela num instante.
"Que sensação estranha!", disse Alice; "devo estar encolhendo como um telescópio!". E estava mesmo:
agora só tinha vinte e cinco centímetros de altura e seu rosto se iluminou à ideia de que chegara ao
tamanho certo para passar pela portinha e chegar àquele jardim encantador. [...]
Um pouco depois, descobrindo que nada mais acontecera, decidiu ir imediatamente para o jardim; mas,
ai da pobre Alice! Quando chegou à porta, viu que tinha esquecido a chavezinha de ouro e, quando
voltou à mesa para pegá-la, constatou que não conseguia alcançá-la: podia vê-la muito bem através do
vidro, e fez o que pôde para tentar subir por uma das pernas da mesa, mas era escorregadia demais;
tendo se cansado de tentar, a pobre criaturinha sentou no chão e chorou. [...]
"Puxa! Puxa! Como tudo está tão estranho hoje! E ontem as coisas estavam tão normais! O que será que
mudou à noite? Deixe-me ver: eu era a mesma quando acordei de manhã?" [...] E Alice começou a
pensar em todas as crianças que ela conhecia e que tinham a mesma idade dela, para ver se tinha se
transformado em alguma delas.
"Eu tenho certeza que não sou Ada", ela disse, "porque os cabelos dela são enrolados e os meus não. E
eu tenho certeza que não sou Mabel porque eu sei muitas coisas e ela, oh! Ela sabe tão pouco! Além
disso, ela é ela e eu sou eu e... puxa, que confuso isso tudo é!".
CARROLL, Lewis. Alice: Aventuras de Alice no País das Maravilhas & Através do espelho e o que Alice encontrou por lá. Rio de
Janeiro: Zahar, 2010. p. 17-22.

1. Relacione cada citação do texto a um dos princípios lógico-ontológicos, propostos por Aristóteles, justificando suas
respostas.
A) "Não, primeiro vou olhar", disse, "e ver se está escrito 'veneno' ou não".
[INSIRA SUA RESPOSTA AQUI]

B) "E Alice começou a pensar em todas as crianças que ela conhecia e que tinham a mesma idade dela, para ver se
tinha se transformado em alguma delas."
[INSIRA SUA RESPOSTA AQUI]

C) "Além disso, ela é ela e eu sou eu e..."


[INSIRA SUA RESPOSTA AQUI]
2. Identifique, no texto, uma afirmação que desrespeita algum dos princípios lógico-ontológicos. Além de registrá-la,
diga qual é esse princípio e explique como isso ocorre.
[INSIRA SUA RESPOSTA AQUI]

3. Complete os silogismos com as proposições que lhes faltam. Em seguida, identifique os termos maior, médio e
menor de cada um deles.
A) Todo humano é mortal. O filósofo é humano. Logo, [INSIRA SUA RESPOSTA AQUI]
Termo maior: [INSIRA SUA RESPOSTA AQUI]
Termo médio: [INSIRA SUA RESPOSTA AQUI]
Termo menor: [INSIRA SUA RESPOSTA AQUI]

B) Nenhum cão é uma ave. [INSIRA SUA RESPOSTA AQUI]. Logo, Snoopy não é uma ave.
Termo maior: [INSIRA SUA RESPOSTA AQUI]
Termo médio: [INSIRA SUA RESPOSTA AQUI]
Termo menor: [INSIRA SUA RESPOSTA AQUI]

C) [INSIRA SUA RESPOSTA AQUI]. Eu sou uma pessoa. Logo, eu sou falível.
Termo maior: [INSIRA SUA RESPOSTA AQUI]
Termo médio: [INSIRA SUA RESPOSTA AQUI]
Termo menor: [INSIRA SUA RESPOSTA AQUI]

4. Utilize o silogismo a seguir como referência para responder às questões.

P1. Alguns humanos não são justos.


P2. Alguns humanos são sábios.
C. Logo, alguns sábios não são justos.

A) Considerando as proposições do silogismo, identifique a premissa maior, a premissa menor e a conclusão.


[INSIRA SUA RESPOSTA AQUI]

B) Represente graficamente o silogismo de acordo com o Diagrama de Venn.


[INSIRA SUA RESPOSTA AQUI]

C) Considerando as oito regras aristotélicas para os silogismos, o exemplo proposto é válido ou não? Justifique sua
resposta.
[INSIRA SUA RESPOSTA AQUI]

No texto a seguir, Frege recorre a uma metáfora para explicar a distinção entre a conceitografia e a linguagem
corrente, utilizada na comunicação humana em geral. Ele compara essas duas linguagens, respectivamente, ao
microscópio e ao olho humano.

Creio que a melhor maneira de elucidar a relação que se dá entre minha conceitografia e a linguagem
corrente seria compará-la com a relação que ocorre entre o microscópio e o olho. Este último, pela
extensão de sua aplicabilidade e pela versatilidade de sua adaptação às mais diversas circunstâncias, é
em muito superior ao microscópio. Contudo, como um instrumento óptico, o olho possui, por certo,
muitos inconvenientes, que passam comumente desapercebidos por força de seu estreito relacionamento
com a nossa vida mental. De fato, se um objetivo científico exigir grande acuidade de resolução, o olho
se mostra insuficiente. Por outro lado, o microscópio se afigura perfeitamente adequado para tais fins,
embora seja por isso mesmo inadequado para outros.
[...]
acuidade: sensibilidade acentuada dos órgãos dos sentidos.
resolução: capacidade de perceber detalhes e nuances de uma imagem.
Se uma das tarefas da filosofia for romper o domínio da palavra sobre o espírito humano, desvendando
os enganos que surgem, quase que inevitavelmente, em decorrência de utilizar a linguagem corrente
para expressar as relações entre os conceitos, ao liberar o pensamento dos acréscimos indesejáveis a ele
associados pela natureza dos meios linguísticos de expressão, então minha conceitografia, desenvolvida
sobretudo para esses propósitos, poderá ser um valioso instrumento para os filósofos.
[...] Parece-me que a mera descoberta desta conceitografia foi um fator de progresso para a lógica.
Espero que os lógicos, caso não se deixem intimidar por uma impressão inicial de estranheza, não
neguem seu assentimento às inovações a que fui levado a realizar por uma necessidade inerente à
própria questão. Os desvios da tradição se justificam pelo fato de a lógica ter seguido, até aqui, muito
proximamente a linguagem e a gramática.
FREGE, Gottlob. Lógica e filosofia da linguagem. São Paulo: USP, 2009. p. 46-48.

5. A fim de justificar a criação de uma linguagem formal para ser aplicada às ciências, Frege apontou a ocorrência de
equívocos gerados pela linguagem comum. Considerando essa afirmação, discuta as questões com os colegas e
registre suas conclusões.
A) A ciência necessita de uma linguagem específica, diferente da linguagem comum? Por quê?
[INSIRA SUA RESPOSTA AQUI]

B) Uma linguagem formal, simbólica, estaria isenta de enganos? Por quê?


[INSIRA SUA RESPOSTA AQUI]

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