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Provão2023
FEITO POR ALUNA 2042 ALICE MORAIS

Caso você se engasgue e esteja sozinho, tente


Eps - Psm fazer a Manobra de Heimlich em você mesmo.

VÍTIMA OBESA E GESTANTE CONSCIENTE


OVACE
A compressão deverá ser realizada no esterno,
É a obstrução parcial ou total das vias aéreas por na mesma posição em que se realiza a
corpo estranho (objetos, alimentos e líquidos). compressão torácica.

Obstrução Parcial: as vias aéreas não estão CRIANÇA MENOR DE 1 ANO DE IDADE E
totalmente obstruídas, ainda há passagem de ar. CONSCIENTE

Obstrução Total: As vias aéreas estão O que fazer? Não interferir com as tentativas do
totalmente obstruídas, não havendo passagem bebê de tossir, mas fique do seu lado e observe
de ar. suas condições.
Asfixia: É a insuficiência de oxigênio nos tecidos, ADULTO, OBESA, GESTANTE E CRIANÇA
geralmente acompanhada de pele cianótica e ACIMA DE 1 ANO DE IDADE INCONSCIENTE
pálida, perda de consciência e ausência de
reflexo pupilar. → Iniciar com 2 ventilações seguidas de 5
ciclos de 30:2.
OBSTRUÇÃO PARCIAL EM ADULTO E
→ Abra a boca da pessoa para visualizar o
CRIANÇA ACIMA DE 1 ANO DE IDADE
corpo estranho.
CONSCIENTE
→ Caso visualize, remova-o com seus dedos.
Se a vítima estiver tossindo significa que as vias → Se não puder vê-lo, não faça varredura às
aéreas não estão totalmente obstruídas. cegas e continue a RCP.
→ Solicitar ajuda para trazer o DEA.
O que fazer? Incentivá-la a continuar tossindo
PCR – Asfíxica: Iniciar a RCP pelas ventilações.
até que o objeto seja eliminado ou até que a
pessoa não consiga mais tossir. CRIANÇA MENOR DE 1 ANO DE IDADE
CONSCIENTE
Não dar tapas no tórax posterior, porque o
corpo estranho pode descer ainda mais e causar O que fazer: Não interferir com as tentativas do
obstrução total. bebê de tossir, mas fique do seu lado e observe
suas condições.
Como identificar?
Como identificar?
→ Dificuldade de respirar;
→ Incapacidade de falar; Dificuldade de respirar, Incapacidade de chorar,
→ Cianose; gemer ou falar, Cianose, Agitação.
→ Agitação; Tapotagem:
→ Faz o gesto universal de sufocação. 5 tapinhas nas costas, Verificar objeto na
cavidade oral, 5 compressões no tórax. Repita
O que fazer em Adulto Criança acima de 1 ano
esse ciclo até o bebê expelir o corpo estanho ou
de idade consciente?
ficar inconsciente.
Realizar a Manobra de Heimlich:
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CRIANÇA MENOR DE 1 ANO DE IDADE → Hipoglicemia,


INCONSCIENTE → Calor excessivo,
→ Anemia ou sangramento volumoso,
→ Iniciar pelas ventilações → Mudança brusca de posição.
→ RCP = 30 x 2 RN = 3 x 1
→ Iniciar com 2 ventilações seguidas de 5 Sinais e Sintomas: Tontura, Cansaço, Fraqueza,
ciclos de 30:2. Náuseas (enjoo), Enxergando pequenos pontos
→ Abra a boca da pessoa para visualizar o brilhantes, Pele pálida, fria e pegajosa.
corpo estranho.
Conduta - Se a pessoa vai desmaiar:
→ Caso visualize, remova-o com seus dedos.
→ Se não puder vê-lo, não faça varredura às Se estiver sentada, faça com que ela curve-se
cegas e continue a RCP. para frente e baixe a cabeça e solicite para que
→ Solicitar ajuda para trazer o DEA. se esforce em erguê-la. O socorrista fará pressão
na nuca com a mão.
EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
Se estiver em pé, segure-a para não cair e
DIABÉTICAS coloque-a deitada no chão.

É uma condição na qual o pâncreas falha ao Peça para respirar profundamente.


produzir insulina, que é um hormônio que
Conduta Após:
transporta a glicose do sangue para dentro das
células, utilizado como energia.
Deitá-la de costas, erguendo suas pernas, cerca
de 30 cm.
HIPERGLICEMIA
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO
Alta concentração de açúcar no sangue. Pode
evoluir para o coma diabético.
Quando o suprimento de sangue para o músculo
cardíaco é reduzido ou interrompido, ocorrendo
Causas:
a morte das células cardíacas.
→ Insuficiência de insulina,
Sinais e sintomas: Desconforto, pressão, aperto
→ Hereditariedade,
ou dor no tórax, Dor no peito, mandíbula,
→ Excesso de alimento;
ombros, braços, Náuseas, vômito, ansiedade,
→ Sedentarismo,
taquicardia, Suor excessivo, pele fria e pegajosa,
→ Obesidade,
Dificuldade de respirar, tontura, desmaio.
→ Enfermidade,
→ Estresse ou combinação desses fatores. Conduta: Chame o resgate ou leve a vítima
imediatamente para o hospital;
DESMAIO (SÍNCOPE)
Vítima consciente: Coloque-a sentada ou
Perda repentina e temporária da consciência deitada com a cabeceira elevada, Afrouxar as
devido a insuficiente oxigenação cerebral, e que roupas, Fique calmo e transmita confiança,
não foi causada por uma lesão na cabeça. Monitore a respiração e o pulso.

Causas: CAB
• Emoções fortes, → C – compressão torácica
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→ A – abrir vias aéreas Crises parciais: com sintomas motores ou com


→ B – respiração boca a boca sintomas autônomos (confusão, ausência).

ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO Crises generelizadas ou tônicoclônicas (rigidez e


(DERRAME) contração muscular).

Quando uma artéria, que leva sangue rico em As crises podem durar de 1 a 4 minutos;
oxigênio para o cérebro, se rompe ou fica
Pode haver salivação excessiva e liberação dos
obstruída.
esfíncteres (fezes e urina).
Sinais e Sintomas: Dor forte, repentina e
Conduta: Afastar a vítima de lugares perigosos
inexplicável na cabeça, Fraqueza, paralisia da
(piscinas e objetos cortantes), Proteger a cabeça
face, do braço ou perna em um lado do corpo;
da vítima, mas deixando-a livre para agitar-se,
Dificuldade para falar, Tontura, perda de
Colocar a vítima na posição lateral, Retirar
equilíbrio, queda da pálpebra,
objetos que possam machucar (óculos, colares),
Desbalanceamento das pupilas, Redução da
Afastar as pessoas, Afrouxar as roupas da vítima,
acuidade visual.
se necessário, Não tentar puxar a língua da
Conduta: Chame o resgate ou leve a vítima vítima, Permanecer ao lado da vítima após a
imediatamente para o hospital; crise, orientando-a, Após a crise é normal a
pessoa dormir ou não responder, Deixe a pessoa
Vítima consciente: Se a vítima não tiver sofrido em repouso, em posição lateral e leve-a ao
trauma (queda), deite-a com a cabeça e o ombro hospital.
ligeiramente elevados (ajudará a reduzir a
pressão sanguínea no cérebro). Estado Pós-convulsivo: Colocar a vítima em
posição de recuperação
Vítima inconsciente mas respirando: coloque
em posição de recuperação, para ajudar manter O que não fazer durante a convulsão?
as vias aéreas abertas e drenar vômito ou
→ Não segurar a pessoa;
secreção. inconsciente, mas respirando, coloque
→ Não forçar a abertura da boca;
em posição de recuperação, para ajudar manter
→ Não colocar os dedos dentro da boca da
as vias aéreas abertas e drenar vômito ou
vítima;
secreção.
→ Não oferecer nada para beber (durante ou
CONVULSÃO depois).

É um distúrbio elétrico do cérebro, Observação: A mulher grávida deve ficar sempre


caracterizado por descarga excessiva e virada para o lado esquerdo, quando em posição
repentina dos neurônios cerebrais, que pode de repouso.
envolver parte ou todo o cérebro.
HIPERGLICEMIA
Causas: Epilepsia (causa principal), Lesões na
cabeça, Infecções no cérebro, Parada Baixa quantidade de açúcar no sangue (inferior
respiratória, Febre alta, Hereditariedade, a 50 ou 60 mg/dL);
Overdose (dose excessiva de cocaína).
Sinais e Sintomas: Tontura, Sede intensa, Urina
Sinais e sintomas: Pode haver ou não aumentada, Pele avermelhada, Náusea e
comprometimento da consciência.
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vômito, Hálito cetônico, Respiração rápida e Transporte imediato para o hospital (vítimas
profunda, Inconsciência. com alteração da consciência ou inconscientes).

Conduta: Obter informações da história clínica ANAFILAXIA


da vítima e repassar informações ao médico:
→ se é portador de diabetes; É uma reação alérgica aguda grave, de início
→ se usa insulina e se o faz corretamente; súbito e evolução rápida, sendo potencialmente
→ condições alimentares; fatal. É a forma mais grave de manifestação
→ uso de álcool; alérgica e constitui verdadeira emergência
médica.
→ infecção recente, etc.
• Administrar oxigênio, conforme prescrição Causas: alimentos, medicamentos, picadas de
médica; insetos, toxinas de animais peçonhentos, látex.
• No caso de vômitos, transportar a vítima em
decúbito lateral esquerdo. Conduta:
• Transporte imediato ao hospital.
• Choque insulínico (complicação); → Detectar a causa da alergia perguntando à
vítima;
Causas: → Remover o agente causal se possível (ex.:
ferrão de abelha);
→ Excesso de insulina, → Encaminhar ao atendimento médico se
→ Falta de alimento, possível;
→ Prática de exercícios, → Manter a vítima sentado ou deitada com
→ Ingestão de álcool ou pela combinação cabeceira elevada;
desses → Oxigênio 2 litros/min via cateter nasal;
→ fatores. → Anti-histamínico;
→ Corticóides;
HIPOGLICEMIA
→ Adrenalina (via subcutânea ou inalação).
Sinais e Sintomas: Irritabilidade, palidez,
ESTADO DE CHOQUE
Confusão, desorientação, Fome repentina,
Sudorese, Tremores, Eventualmente Ocorre quando há mal funcionamento entre o
inconsciência. coração, vasos sanguíneos (artérias ou veias) e o
sangue, instalando-se um desequilíbrio no
Conduta: Obter informações da história clínica
organismo.
da vítima.
Grupo de síndromes cardiovasculares agudas
Vítimas conscientes – administrar açúcar (suco
que não possui, uma definição única que
ou água com açúcar).
compreenda todas as suas diversas causas e
Vítimas com alteração da consciência ou origens.
inconscientes – não fornecer nada via oral.
O choque é uma grave emergência médica.
Administrar oxigênio, conforme prescrição
Choque Hipovolêmico: devido à redução do
médica.
volume intravascular por causa da perda de
Decúbito lateral no caso de vômito. sangue, de plasma ou de água perdida em
diarreia e vômito.
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Choque Cardiogênico: devido a incapacidade do → Deitar a vítima e elevar os membros


coração bombear um volume de sangue inferiores (exceto em suspeita de trauma
suficiente para atender às necessidades raquimedular e craniano).
metabólicas dos tecidos. → Aquecer a vítima.
→ Tranquilizar a vítima e promover conforto.
Choque Septicêmico/Séptico: ocorrer devido a
→ Afrouxar as roupas da vítima no pescoço,
uma infecção sistêmica.
peito e cintura.
Choque Anafilático: é uma reação de
INSOLAÇÃO E INTERMAÇÃO
hipersensibilidade sistêmica, que ocorre quando
um indivíduo é exposto a uma substância à qual Os indivíduos mais susceptíveis são: Atletas,
é extremamente alérgico. Pessoas que trabalham perto de fornos e fogões,
Pessoas fisicamente debilitadas, Alcoólatras,
Choque Neurogênico: decorrente da redução
Obesos, Pessoas com doenças crônicas ,
do tônus vasomotor normal por distúrbio da
Doentes cardíacos, Usuários de certas drogas
função nervosa, devido a transecção da medula
(ex: diuréticos), Vítimas de queimaduras,
espinhal ou pelo uso de medicamentos, como
Extremos da idade.
bloqueadores ganglionares ou depressores do
sistema nervoso central. Insolação: distúrbio no equilíbrio térmico do
corpo humano.
Causas: Hemorragias intensas (internas ou
externas), Infarto, Taquicardias, Bradicardias, Causas: incidência dos raios solares de forma
Queimaduras graves, Processos inflamatórios excessiva no corpo humano.
do coração, Traumatismos do crânio e
traumatismos graves de tórax e abdômen, Sinais e Sintomas:
Envenenamentos, Afogamento, Choque
elétrico, Picadas de animais peçonhentos, → Dores de cabeça;
Exposição a extremos de calor e frio, Septicemia. → Calor excessivo;
→ Indisposição;
Sinais e Sintomas: Pele pálida, fria e pegajosa, → Pele seca, vermelha e quente;
Cianose (arroxeamento) de extremidades, → Súbita perda de consciência, convulsões,
orelhas, lábios e pontas dos dedos, Fraqueza espasmos ou delírio.
geral, Pulso rápido e fraco, Sensação de frio e
calafrios, Respiração rápida, curta, irregular ou Casos graves: pequenas manchas
muito difícil, Expressão de ansiedade ou olhar hemorrágicas, temperatura elevada (±41ºC),
indiferente e profundo com pupilas dilatadas, pulso rápido e forte (160 bpm), respiração
agitação, Medo, Sede intensa, Visão escura, rápida e profunda, pressão arterial elevada,
Náuseas e vômitos, Respostas insatisfatórias a pupilas primeiro se contraem e depois dilatam-
estímulos externos, Perda total ou parcial de se, Câimbras e contrações musculares,
consciência, Taquicardia. convulsões e vômitos, seguidos de colapsos
circulatórios e estado de choque.
Prevenção:
Intermação: É uma forma anormal de
“Algumas providências podem ser tomadas para hipertermia que resulta em insuficiência total do
evitar o estado de choque. Mas infelizmente não sistema termorregulador. É mais grave e pode
há muitos procedimentos de primeiros socorros levar à morte.
a serem tomados para tirar a vítima do choque.”
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Causas: Comuns em ambientes com Afogamento Secundário – É a denominação


temperatura e umidade altas e pouco ou utilizada para o afogamento causado por
nenhum vento. patologia ou incidente associado que o
precipita.
Aumento da temperatura corporal e pela mal
resfriamento do corpo, por incapacidade de suar Úmido ou molhado: aspiração de líquido para
adequadamente. dentro dos pulmões.

Conduta: Seco: sem aspiração de líquido. Há um espasmo


muscular da laringe interrompendo a
→ Fazer a vítima interromper suas atividades e respiração.
repousar em
→ um local fresco. Conduta:
→ Ligar para o SME (192 ou 193).
VOCÊ É A VÍTIMA:
→ Caso a vítima não esteja respondendo, abrir
vias aéreas,
→ Mantenha a calma
→ verificar a respiração e fornecer o
→ Mantenha-se apenas flutuando e acene por
atendimento
socorro. Só grite se realmente alguém
→ apropriado.
puder lhe ouvir,
→ Oferecer água (vítima consciente).
→ Não se desespere tentando alcançar a
→ Resfriar a vítima rapidamente (ver próximo
margem de forma perpendicular tente
slide).
alcançá-la obliquamente, utilizando a
→ Monitorar a temperatura da vítima até a correnteza a seu favor.
chegada da equipe de resgate. Caso a
temperatura volte a subir, reiniciar os VOCÊ É O SOCORRISTA:
procedimentos para resfriamento. A
temperatura deve ser mantida inferior a Chame por ajuda ou peça a outro para faze-lo,
37,7° C até que o perigo acabe. ou avise alguém antes de tentar qualquer tipo
de socorro;
AFOGAMENTO
Decida o local por onde irá atingir ou ficar mais
Dificuldade respiratória devido à próximo da vítima;
submersão/imersão em meio líquido.
Tente realizar o socorro sem entrar na água
Aspiração é a entrada de líquido nas vias aéreas (boia, isopor, corda, objeto flutuante);
(traqueia, brônquios ou pulmões).
Pessoa sem treinamento deve ajudar a outra em
A vítima pode permanecer viva ou vir a falecer perigo sem entrar na água, evitando, desta
após esse processo, mas independente do forma, se afogar junto.
resultado, diz-se que ela esteve envolvida em
Se decidiu entrar na água para socorrer:
um acidente com afogamento
→ Leve algum material de flutuação e avise
Afogamento Primário – É o tipo mais comum,
alguém;
não apresentando em seu mecanismo nenhum
→ Retire roupas sapatos, que possa dificultar
fator incidental ou patológico que possa ter
seu deslocamento;
desencadeado o acidente.
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→ Entre na água sempre mantendo a visão na Vítima inconsciente, não respirando, pulso
vítima; presente: 1 ventilação a cada 5 ou 6 segundos.
→ Pare 2 metros antes da vítima e lhe
Em casos de afogamento, o Conselho Europeu
entregue o material de flutuação,
de Ressuscitação recomenda 5 insuflações
mantendo o material de flutuação entre
iniciais em vez de 2, porque as ventilações
você e a vítima;
iniciais podem ser menos eficientes, já que a
→ Nunca permite que a vítima chegue muito
água nas vias aéreas pode interferir com a
perto, de forma que possa lhe agarrar, se
expansão pulmonar efetiva.
isto acontecer, afunde a vítima que ela lhe
soltará; A técnica somente de compressões não é a
recomendada em pessoas que se afogaram.
RCP NA ÁGUA
Levar a vítima para um ambiente quente e
Pessoa consciente - Deve ser trazida para a área protegido do frio;
seca e o Suporte Básico de Vida deverá ser
→ Remova as roupas molhadas;
iniciado.
→ Administre o oxigênio, se possível (2
Pessoa inconsciente - Iniciar a ventilação na litros/min);
água pode aumentar a sobrevida sem sequelas, → Previna o estado de choque.
pois reduz o tempo hipoxemia.
COMPLICAÇÕES
Sem equipamento: recomendável com 2
socorristas, ou 1 socorrista em água rasa. Vômito: Utilize o transporte tipo Australiano;

Com equipamento: Por um socorrista mas, com → Posicione o afogado na areia com a cabeça
material de flutuação. ao mesmo nível que o tronco.
→ Evite colocá-lo inclinado de cabeça para
TRANSPORTE - ÁGUA PARA AREIA baixo.
→ Em caso de vômito vire a face da vítima
Transporte Australiano: lateralmente.
→ Posição lateral de segurança
Coloque seu braço esquerdo por sob axila
→ Se não haver suspeita de lesão da coluna e
esquerda da vítima e trave o braço esquerdo;
a vítima estiver consciente, ou após o
O braço direito do socorrista por sob a axila sucesso da RCP, vire-a de lado para que a
direita da vítima segurando o queixo de forma a água ou vômito possam drenar.
abrir as vias aéreas.

Este tipo de transporte reduz a incidência de


vômitos e permite manter vias aéreas
permeáveis durante o transporte.
Segurança do Trabalho
RCP EM TERRA
HIERARQUIA DAS LEIS NO AMBIENTE DO
TRABALHO
Vítima inconsciente e respirando: colocá-la
posição de segurança (decúbito lateral).
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que tenha deficiência intelectual ou mental


ou deficiência grave
II. Os pais
Constituição III. O irmão não emancipado, de qualquer
Federal
condição, menor de 21 anos ou inválido ou
que tenha deficiência intelectual ou mental
Consolidação ou deficiência grave.
das leis do Leis
trabalho ordinárias 2 – Os serviços e benefícios prestados pela
Previdências a seus segurados são:
Portarias
a) aposentadoria por invalidez
NR ABNT
b) aposentadoria por idade
c) aposentadoria por tempo de contribuição
LEI 8213 d) aposentadoria especial;
e) auxílio-doença
1 – A Previdência Social, mediante contribuição, f) salário-família
tem por fim assegurar aos seus beneficiários g) salário-maternidade
meios indispensáveis de manutenção, por h) auxílio-acidente
motivo de incapacidade, desemprego 3 – Os serviços e benefícios prestados pela
involuntário, idade avançada, tempo de serviço, Previdências a seus dependentes são:
encargos familiares e prisão ou morte daqueles a) pensão por morte
de quem dependiam economicamente. b) auxílio-reclusão
4 – Os serviços e benefícios prestados pela
Atualmente a Previdência Social compreende: Previdências a seus segurados e dependentes
O Regime Geral de Previdência Social e os são:
Regimes Próprios de Previdência Social dos a) serviço social
servidores públicos e dos militares. b) reabilitação profissional

Art. 10. Os beneficiários do Regime Geral de 5 – O aposentado pelo Regime Geral de


Previdência Social classificam-se como Previdência Social–RGPS que permanecer em
segurados e dependentes, nos termos das atividade sujeita a este Regime, ou a ele
Seções I e II do Capítulo I desta Lei. retornar, não fará jus a prestação alguma da
Previdência Social em decorrência do exercício
Art. 11. São segurados obrigatórios da dessa atividade, exceto ao salário-família e à
Previdência Social as seguintes pessoas físicas: reabilitação profissional, quando empregado.
Como empregado Como empregado doméstico
Como contribuinte individual Como trabalhador 6 - O segurado contribuinte individual, que
avulso Como segurado especial trabalhe por conta própria, sem relação de
trabalho com empresa ou equiparado, e o
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de segurado facultativo não farão jus à
Previdência Social, na condição de dependentes aposentadoria por tempo de contribuição.
do segurado:
7 - Acidente do trabalho é o que ocorre pelo
I. O cônjuge, a companheira, o companheiro exercício do trabalho a serviço da empresa ou
e o filho não emancipado, de qualquer pelo exercício do trabalho dos segurados,
condição, menor de 21 anos ou inválido ou provocando lesão corporal ou perturbação
funcional que cause a morte ou a perda ou
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redução, permanente ou temporária, da Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do


capacidade para o trabalho. trabalho, para efeitos desta Lei:
I - O acidente ligado ao trabalho que, embora
8 - A empresa é responsável pela adoção e uso não tenha sido a causa única, haja contribuído
das medidas coletivas e individuais de proteção diretamente para a morte do segurado, para
e segurança da saúde do trabalhador. redução ou perda da sua capacidade para o
trabalho, ou produzido lesão que exija atenção
9 - Constitui contravenção penal, punível com
médica para a sua recuperação.
multa, deixar a empresa de cumprir as normas
II - O acidente sofrido pelo segurado no local e
de segurança e higiene do trabalho.
no horário do trabalho, em consequência de:
10 - É dever da empresa prestar informações a) Ato de agressão, sabotagem ou terrorismo
pormenorizadas sobre os riscos da operação a praticado por terceiro ou companheiro de
executar e do produto a manipular. trabalho;
b) Ofensa física intencional, inclusive de
11 - Doenças profissionais são aquelas terceiro, por motivo de disputa relacionada ao
produzidas ou desencadeadas pelo exercício do trabalho;
trabalho peculiar a determinada atividade. c) Ato de imprudência, de negligência ou de
imperícia de terceiro ou de companheiro de
12 - Doenças do trabalho são aquelas adquiridas
trabalho;
ou desencadeadas em função de condições
d) Ato de pessoa privada do uso da razão, e;
especiais em que o trabalho é realizado e com
e) Desabamento, inundação, incêndio e outros
ele se relacione diretamente.
casos fortuitos ou decorrentes de força maior.
13 - Não são consideradas como doença do III - A doença proveniente de contaminação
trabalho: acidental do empregado no exercício de sua
a) a doença degenerativa; atividade.
b) a inerente a grupo etário;
c) a que não produza incapacidade laborativa; IV - O acidente sofrido pelo segurado ainda que
d) a doença endêmica adquirida por segurado fora do local e horário de trabalho: a) Na
habitante de região em que ela se desenvolve. execução de ordem ou na realização de serviço
sob a autoridade da empresa; b) Na prestação
14 – São considerados acidentes de trabalho:
espontânea de qualquer serviço à empresa para
Acidente sofrido pelo segurado ainda que fora
lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito; c)
do local e horário de trabalho: a) na execução de
Em viagem a serviço da empresa, inclusive para
ordem ou na realização de serviço sob a
estudo quando financiada por esta dentro de
autoridade da empresa; b) na prestação
seus planos para melhor capacitação da mão de
espontânea de qualquer serviço à empresa para
obra, independentemente do meio de
lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito; c)
locomoção utilizado, inclusive veículo de
em viagem a serviço da empresa, inclusive para
propriedade do segurado, e; d) No percurso da
estudo quando financiada por esta dentro de
residência para o local de trabalho ou deste para
seus planos para melhor capacitação da mão-
aquela, qualquer que seja o meio de locomoção,
de-obra, independentemente do meio de
inclusive veículo de propriedade do segurado.
locomoção utilizado, inclusive veículo de
propriedade do segurado; d) no percurso da NR 4 - SESMT
residência para o local de trabalho ou deste para
aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, SESMT: Serviço Especializado de Segurança e
inclusive veículo de propriedade do segurado. Medicina do Trabalho. Formado por
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profissionais do trabalho que tem como função 4 - Os Serviços Especializados em Engenharia de


principal proteger a integridade física dos Segurança e em Medicina do Trabalho deverão
trabalhadores dentro de uma empresa e reduzir ser integrados por Médico do Trabalho,
custos com acidentes do trabalho e doenças Engenheiro de Segurança do Trabalho, Técnico
ocupacionais. de Segurança do Trabalho, Enfermeiro do
Trabalho e Auxiliar de Enfermagem do Trabalho.
1 – Devem constituir o SESMT as empresas
privadas e públicas, os órgãos públicos da 5 - Ao profissional especializado em Segurança e
administração e dos poderes Legislativo e em Medicina do Trabalho é vedado o exercício
Judiciário, que possuam empregados regidos de outras atividades na empresa, durante o
pela CLT, manterão, obrigatoriamente, Serviços horário de sua atuação nos Serviços
Especializados em Engenharia de Segurança e Especializados em Engenharia de Segurança e
em Medicina do Trabalho. em Medicina do Trabalho.

2 – É responsabilidade do SESMT: a) Aplicar os 6 - O dimensionamento dos Serviços


conhecimentos de engenharia de segurança e Especializados em Engenharia de Segurança e
de medicina do trabalho ao ambiente de em Medicina do Trabalho vincula-se à gradação
trabalho e a todos os seus componentes, de do risco da atividade principal e ao número total
modo a reduzir até eliminar os riscos ali de empregados do estabelecimento.
existentes à saúde do trabalhador;
Prevenção de acidentes Elaborar programas
b) Responsabilizar-se tecnicamente, pela como PPRA, PCMSO entre outros. Especificar EPI
orientação quanto ao cumprimento do disposto Avaliar e controlar riscos ambientais. Analisar e
nas NR aplicáveis às atividades executadas pela investigar acidente Palestras e treinamentos de
empresa e/ou seus estabelecimentos; conscientização de segurança Emitir CAT
Realizar vistorias e exames periódicos.
c) Promover a realização de atividades de Inspecionar locais de trabalho Suporte técnico a
conscientização, educação e orientação dos CIPA.
trabalhadores para a prevenção de acidentes do
trabalho e doenças ocupacionais, tanto através NR 5 - CIPA
de campanhas quanto de programas de duração
permanente; CIPA: A Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes é um instrumento que os
d) Analisar e registrar em documento(s) trabalhadores dispõem para tratar da prevenção
específico(s) todos os acidentes ocorridos na de acidentes do trabalho, das condições do
empresa ou estabelecimento, com ou sem ambiente do trabalho e de todos os aspectos
vítima, e todos os casos de doença ocupacional. que afetam sua saúde e segurança; é
responsável por criar ações preventivas e
3 – São atividades do SESMT: a) Elaborar
promover melhores condições do espaço de
programas como PPRA, PCMSO entre outros b)
trabalho, promovendo a segurança e um
Avaliar e controlar riscos ambientais. c) Suporte
ambiente saudável aos trabalhadores e à
técnico a CIPA. d) Inspecionar locais de trabalho.
empresa. Devem constituir CIPA, por
e) Criar procedimentos e normas segurança f)
estabelecimento, e mantê-la em regular
Especificar EPI g) Analisar e investigar acidente
funcionamento as empresas privadas, públicas,
h) Palestras e treinamentos de conscientização
sociedades de economia mista, órgãos da
de segurança
administração direta e indireta, instituições
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beneficentes, associações recreativas, solicitando medidas que previnam acidentes


cooperativas, bem como outras instituições que semelhantes.
admitam trabalhadores como empregados.
Cabe ao empregador fornecer aos membros da
1 – A Cipa é composta por 50% de CIPA os meios necessários ao desempenho de
representantes do empregador (indicação) e suas atribuições, garantindo tempo suficiente
50% de representantes dos empregados para a realização das tarefas constantes do
(eleição). 2 – O mandato dos membros eleitos é plano de trabalho.
de um ano, sendo permitida uma reeleição. 3 –
O dimensionamento dos membros da Cipa é RISCOS AMBIENTAIS
proporcional ao número de empregados
13 – Os fatores que influenciam os riscos
efetivos. 5 – É vedada a dispensa arbitrária ou
ambientais são: a) Tempo de exposição b)
sem justa causa aos membros eleitos desde o
Concentração c) Intensidade d) Natureza do
registro da candidatura até um ano após o final
risco e) Suscetibilidade individual
do mandato. 6 - A participação dos membros na
CIPA não deve descaracterizar a atividade dos 14 – Os riscos físicos são representados pela cor
mesmos na empresa. VERDE e seus principais agentes são as diversas
formas de energia como ruído, calor, pressões
7 - A CIPA não poderá ter seu número de
anormais, vibrações, radiações ionizantes e
representantes reduzido até o fim do mandato,
radiações não ionizantes.
mesmo se o número de funcionários da empresa
for diminuído, e pode ser extinguida só no caso 15 – Os riscos químicos são representados pela
de cessar as atividades do estabelecimento. 8 – cor VERMELHA, as vias de contaminação são as
A escolha dos representantes dos empregados aéreas (inalação), digestiva (ingestão) e cutânea
será feita através de eleição direta entre (contato); seus principais agentes são poeiras,
qualquer funcionário da empresa que tenha se fumos, gases, vapores, névoas e neblinas.
candidatado. 9 – A escolha dos representantes
dos empregadores será feita através de 16 – Os riscos biológicos são representados pela
indicação da própria empresa no prazo mínimo cor MARROM e seus principais agentes são os
de 60 dias antes do término do mandato. 10 – vírus, bactérias, fungos, parasitas, protozoários
Os representantes dos empregadores não terão e insetos.
direito a estabilidade durante o mandato.
17 - Os riscos ergonômicos são representados
11 - A CIPA tem como principal atividade a pela cor AMARELA e seus principais agentes são
prevenção de acidentes e doenças ocupacionais, monotonia, repetitividade, responsabilidade e
auxiliando o SESMT – Serviço Especializado em ritmo excessivo, levantamento de pesos,
Engenharia de Segurança e Medicina do posturas inadequadas e trabalhos em turnos.
Trabalho.
18 - Os riscos físicos são representados pela cor
12 - O desenvolvimento das ações preventivas AZUL e seus principais riscos são trabalhos em
por parte da CIPA, consiste, em: a) Observar e altura, eletricidade, arranjo físico inadequado,
relatar as condições de riscos nos ambientes de máquinas e equipamentos sem proteção e
trabalho; b) Solicitar medidas para reduzir e animais peçonhentos.
eliminar os riscos existentes ou até mesmo
neutralizá-los; c) Discutir os acidentes ocorridos, 19 – Mapa de riscos é a representação gráfica do
reconhecimento dos riscos existentes nos locais
12
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de trabalho, por meio de círculos de diferentes 6 – São responsabilidades do médico


tamanhos e cores. coordenador: a) Realizar exames médicos
previstos ou encaminhar os mesmos a
20 - O objetivo do mapa de riscos é informar e profissional médico especializado. b) Encarregar
conscientizar os trabalhadores pela fácil os exames complementares previstos a
visualização desses riscos. É um instrumento profissionais devidamente capacitados. c)
que pode ajudar a diminuir a ocorrência de Indicar, quando necessário, o afastamento do
acidentes de trabalho. trabalhador da exposição ao risco, ou do
trabalho. d) Encaminhar o trabalhador à
21 - O mapa de riscos é feito pela Comissão
Previdência Social para estabelecimento de
Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), após
nexo causal, avaliação de incapacidade e
ouvir os trabalhadores de todos os setores e
definição da conduta previdenciária em relação
com a orientação do Serviço Especializado em
ao trabalho. e) Orientar o empregador quanto à
Engenharia e Segurança e Medicina do Trabalho
necessidade de adoção de medidas de controle
- SESMT.
no ambiente de trabalho.
NR 7 - PCMSO
7 – O PCMSO deve incluir a realização
PCMSO: o Programa de Controle Médico de obrigatória dos exames admissionais,
Saúde Ocupacional tem o objetivo de promoção periódicos, de mudança de função, de retorno
e preservação da saúde do conjunto dos seus ao trabalho e exames demissionais.
trabalhadores.
8 - Os exames periódicos deverão ser repetidos
1 - É parte integrante do conjunto mais amplo de a cada ano ou intervalos menores de acordo
iniciativas da empresa no campo da saúde dos com a idade do funcionário. a) Anual, quando
trabalhadores, devendo estar articulado com o menores de 18 anos e maiores de 45 anos de
disposto nas demais NR. idade. b) A cada dois anos, para trabalhadores
entre 18 anos e 45 anos de idade.
2 - Tem caráter de prevenção, de diagnóstico
precoce e de constatar a existência de casos de 9 - O exame médico de retorno ao trabalho
doenças profissionais ou danos irreversíveis. deverá ser realizado obrigatoriamente no
primeiro dia da volta ao trabalho do trabalhador
3 – Em relação ao PCMSO, são obrigações dos ausente por período igual a ou superior a 30 dias
empregadores: a) Garantir a elaboração e por motivo de doença ou acidente, de natureza
implementação do PCMSO b) Custear sem ônus ocupacional ou não, ou parto.
para o empregado todos os procedimentos
relacionados ao PCMSO c) No caso de ausência 10 – O exame de mudança de função deverá ser
de médico do trabalho indicar médico realizado antes que o trabalhador comece a
empregado ou não da empresa para coordenar exercer a nova função.
o PCMSO
11 - Para cada exame médico realizado, o
4 - As empresas com 25, até 50 empregados de médico emitirá o Atestado de Saúde
risco 3 ou 4 poderão estar desobrigadas de Ocupacional-ASO, em duas vias.
indicar médico do trabalho.
12 - A primeira via do ASO ficará arquivada no
5 - Ficam desobrigadas de indicar médico local de trabalho do trabalhador, inclusive
coordenador as empresas de grau de risco 1 e 2, frente de trabalho ou canteiro de obras, à
com até 25 empregados. disposição da fiscalização do trabalho.
13
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FEITO POR ALUNA 2042 ALICE MORAIS

13 - A segunda via do ASO será obrigatoriamente rotação no eixo vertical). Portanto, os graus de
entregue ao trabalhador, mediante recibo na liberdade da embarcação:
primeira via.
• Avanço
14 - O PCMSO deverá obedecer a um (SURGE)
planejamento em que estejam previstas as Deslocamento
ações de saúde a serem executadas durante o no sentido
ano, devendo estas ser objeto de relatório longitu- dinal
anual. com mar pela
popa/proa.
15 - O relatório anual do PCMSO deverá
discriminar, por setores da empresa, o número
e a natureza dos exames médicos, incluindo
• Deriva
avaliações clínicas e exames complementares, (SWAY)
estatísticas de resultados considerados
anormais, assim como o planejamento para o Deslocamento
próximo ano. lateral com mar
de través.
16 - As empresas desobrigadas de indicarem
médico coordenador ficam dispensadas de
elaborar o relatório anual.

17 - Todo estabelecimento deverá estar


equipado com material necessário à prestação
dos primeiros socorros, considerando-se as
características da atividade desenvolvida;
manter esse material guardado em local
adequado e aos cuidados de pessoas treinadas
para esse fim.

Manobra
GRAUS DE LIBERDADE (1)
• Afundamento (HEAVE)
Os movimentos lineares do navio, ou seja, nas
direções “x” (longitudinal), “y” (transversal) e
“z” (vertical) são denominadas
respectivamente avanço (surge), deriva (sway)
e afundamento (heave). Os movimentos
angulares são divididos em: • jogo (roll -
rotação no eixo longitudinal) • arfagem (pitch –
rotação no eixo transversal) e • guinada (yaw –
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Deslocamentos verticais entre cristas e adiante e, passo esquerdo, quando gira para
cavados de ondas. a esquerda com máquina adiante.

HÉLICE DE PASSO VARIÁVEL: Os navios mais


modernos possuem hélice de passo variável, ou
seja, aquele em que as suas pás giram em torno
de um eixo acoplado ao bosso, para formar o
passo desejado. A grande vantagem desse tipo
de hélice é a rapidez no atendimento da
manobra, uma vez que a rotação do motor
permanece constante, se modificando apenas o
ângulo das pás, com isso pode- se dar
• Jogo, Balanço (ROLL) rapidamente maquina avante ou a ré.
Movimento do navio em torno do eixo
VENTO - RESISTÊNCIA AERODINÂMICA (1)
longitudinal (de um bordo para o outro).

• Caturro ou Arfagem (Pitch) É a resistência do ar e de seu deslocamento


(vento). Está diretamente relacionada com a
Movimento do navio em torno de um eixo superfície vélica da embarcação, isto é, toda
transversal (movimento no sentido a estrutura da embarcação que fica emersa
proa/popa). (obras mortas). embarcações que tenham
superestrutura e/ou borda livre com grandes
• Guinada (Yaw) áreas apresentarão maior resistência
aerodinâmica.
Movimento em torno do eixo vertical
(movimento da proa no plano horizontal Efeitos do vento:
boreste/bombordo ou bombordo/boreste).
Barlavento (windward): É o bordo pelo qual
Um oficial, mesmo tendo muita prática, entra o vento. Observe na figura que o bordo
começará a pensar na manobra pelo menos de barlavento é bombordo. Sotavento
alguns minutos antes de iniciá-la, examinando (leeward): É o bordo pelo qual o vento sai. Na
a situação, que deve levar em conta: figura, o bordo de sotavento é boreste.

(1) o navio (qualidades atuais de manobra); os ventos são designados pela direção de
onde sopram; quando o vento é norte,
(2) a situação que se apresenta (lugar, espaço
significa que ele vem do norte e vai para o
disponível, maré, corrente, vento etc.); e
sul. As correntes marítimas, sua designação é
(3) a manobra que pretende realizar. feita pela direção para onde ela vai; portanto,
quando falamos que uma corrente é norte
PASSO DO HÉLICE (1) significa que ela vem do sul e vai para o
norte, sendo o oposto da designação do vento.
é o ângulo formado pela pá com a linha
transversal ao bosso. Olhando-se o hélice de Vento real: Consiste no deslocamento de ar
ré para vante, é chamado de passo direito produzido por fenômenos incidindo na
quando gira para a direita em máquina superfície vélica da embarcação. o somatório
desses dois efeitos denomina-se vento
aparente, cuja intensidade obtém-se através
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do anemômetro, que é um equipamento LEME COMPENSADO - Balanced Rudder: Uma


instalado a bordo de embarcações de maior parte da porta fica por a vante da madre. O
porte ou um aparelho portátil. através do tipo da figura é inteiramente suspenso, isto é,
anemômetro, obtemos a intensidade da suportado por um ou mais mancais dentro do
resistência aerodinâmica que atua na casco. É o tipo de leme mais eficiente. A relação
superfície vélica da embarcação. entre as áreas a vante e a ré da madre chama-
se grau de compensação e seu valor é de
ORÇAR: Manobrar de forma a colocar a proa cerca de 1/3.
na linha do vento, ou navegar com a proa
mais próxima da linha do vento. Com esta LEME SEMICOMPENSADO – Semi- Balanced
manobra, pode-se quebrar o segmento da Rudder: Uma parte inferior da porta do leme
embarcação, reduzir a velocidade de fica à vante da madre e não se estende em
aproximação e outras formas de auxílio em toda a altura da porta.
manobras específicas de atracação, fundeio,
etc. CONTRALEME- Against Rudder: Consta de um
arranjo do leme em que a metade de cima da
ARRIBAR: Manobrar de forma a afastar a porta é ligeiramente torcida para um bordo e
proa da linha do vento, conforme mostra a a metade de baixo para o outro bordo. O
figura. Com esta manobra, pode-se alterar a objetivo desta torção é o endireitamento da
ação do vento em relação à embarcação a corrente espiral que é descarregada pelo
fim de diminuir a resistência aerodinâmica, ou hélice. Com isso, consegue-se melhorar o
mesmo aumentar a ação evolutiva da efeito de tração do propulsor e também
embarcação utilizando a força do vento. Ao aumentar o efeito do leme. O sistema foi
realizar uma manobra de arribar, produz-se, a patenteado em 1920 pela "Star Contra-
sotavento, uma região de sombra, isto é, uma Propeller Co", Oslo, Noruega.
região de "calmaria", facilitando o embarque de
pessoas e cargas. Assegure que a velocidade Leme Oertz: Sua principal característica é ter a
do navio reduziu para 3 ou 4 nós. seção transversal hidrodinâmica (em forma de
uma gota d'água) para melhor dirigir a
LEME (1) passagem dos filetes líquidos. A porta do leme
'trabalha por ante-a-ré de uma peça fixa, que
Leme é o aparelho destinado aogoverno de lhe completa a forma hidrodinâmica, e serve
uma embarcação. O leme é um dos principais de cadaste do casco. Este leme foi patenteado
fatores da ação evolutiva da embarcação e, em 1925 pelo engenheiro alemão Oertz.
dentre os lemes convencionais, o leme
LEME KITCHEN: O leme que se verá na figura,
semicompensado (mais utilizado), apresenta a
em diversas posições, tem sido aplicado com
agilidade de um leme ordinário combinado
sucesso nas embarcações pequenas. Consiste
com a eficiência do leme compensado.
em duas pás semicirculares, que se movem em
LEME ORDINÁRIO: A porta deste leme fica torno de um eixo vertical comum, por ação de
totalmente a ré da madre. O leme ordinário é duas madres concêntricas. Com este leme
suportado pelo cadaste, por meio das governa- se, varia- se a velocidade e inverte-
governaduras e, principalmente, pelo pino se o movimento da embarcação, sem se
mais baixo. Usado nos navios mercantes de alterar o regime do motor. A variação da
popa elíptica. velocidade é determinada pelas aberturas das
lâminas; quando elas vão-se fechando, vai
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aumentando a resistência oposta à corrente São dadas pelo comandante ou oficial de quarto.
de descarga do hélice O timoneiro acusa o recebimento da ordem
repetindo o que escutou antes e depois da
Quando se fecham completamente as lâminas, execução do leme. Todas as ordens são
a embarcação passa a dar atrás. O governo é precedidas de “TIMONEIRO”.
feito carregando- se o leme para um ou outro
bordo como nos lemes ordinários. 1. Bombordo ou boreste leme! (portside or
starboard side rudder) – carregar o leme no
ângulo padrão para o bordo que se indica.

2. Bombordo ou boreste 5, 10, 15º


(starboard/port – 5, 10, 15) – carregar o leme
no ângulo indicado.

3. Leme a meio (midships) – pôr o leme a meio


(ponteiro à 0º).
A e B - Marcha AV; velocidade normal; leme a
meio. C - Marcha AV, velocidade reduzida; leme 4. Todo leme a bombordo ou boreste (hard-a-
a meio. D - Parar. E - Marcha AR; leme a meio. F port/starboard) – carregar todo o leme.
- Marcha AV; velocidade normal; leme a BB. G -
5. Inverter o leme (shift your rudder/steady) –
Marcha AV; velocidade reduzida; leme a BB. H -
igual quantidade de graus do leme deve ser
Marcha AR; leme a BB.
aplicada para o bordo oposto ao que se
LEME TUBO KORT: Consiste em um tubo que achava o leme carregado. Se o leme estava com
envolve o hélice e que pode direcionar o fluxo 15º BE, o timoneiro carregará o lemepara 15º
da propulsão, ou seja, quando carregado para BB. Reduzir a guinada o mais rápido possível
boreste ou bombordo direciona o fluxo para (steady).
o bordo em que está carregado. Este leme
6. Quebra a guinada (meet her) – carregar
aumenta o poder de tração do propulsor, por
rapidamente o leme para o bordo oposto ao que
direcionar o fluxo da propulsão em
achava carregado até que a proa pare de
embarcações como rebocadores,
guinar trazendo-o a meio.
empurradores, embarcações de salvatagem e
outras. Poderá ser compensado por um leme 7. Ciente (very well ou aye aye) – dado por
ordinário, instalado por ante a ré do tubo, a fim quem ordena a manobra à ordem
de aumentar a eficiência evolutiva. estabelecida. Nunca deverá ser transmitida pelo
timoneiro.
LEME ATIVADO – ACTIVE RUDDER: Consiste em
um motor elétrico pequeno, embutido no 8. Alivia (ease her 1/3; ease to 10, 15) – reduzir
leme, apresentando assim uma força de 1/3 o ângulo do leme para reduzir a
propulsora na direção da guinada. Lem e velocidade da guinada. Se o leme estiver
Schilling é um tipo específico de leme carregado de 30º, alivia para 20º, se estiver
perfilado usado em determinados navios como carregado para 15º, alivia para 10º sempre no
os navios tanques. mesmo bordo.

V O Z E S D E M A N O B R A (2) 9. Nada a boreste ou bombordo (nothing to


starboard/port) – a proa não passa para BE ou
BB do rumo indicado.
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10. Rumo 004º ou 014º ou 144º ou 350º - Seguimento a ré: força resultante do
CMT (steer 0-0-4, 0-1-4) -> Resp Timoneiro escoamento para bombordo e força de
(steady on 0-0-4) – quando se deseja que o sustentação na popa para boreste.
timoneiro governe a determinado rumo da
agulha. ESTEIRA: Movimento da água no plano
horizontal para desfazer o rastro do
11. A caminho! (passing!) – rumo ordenado deslocamento do navio. Com o leme carregado
firmado com o leme praticamente a meio e seguimento avante, a corrente de esteira
(ângulo do leme menor que 5º). tenderá a fazer acumular água a ré do leme.

12. Bom governo (mind your helm) – chamar A esteira atua como resistência ao
atenção do timoneiro que o navio está fora de escoamento sendo muito menor que este. O
rumo. Escoamento é bem maior que a Esteira.

13. Como governa? Qual a tendência do Seguimento a ré: Existirá acúmulo de matéria
leme? (what is your heading?) – saber o ângulo e, portanto, pressão alta na proa. NÃO haverá
do leme necessário para manter o navio a gradiente de pressão, em razão da simetria do
caminho. O timoneiro responderá: a meio ou casco. Logo, NÃO haverá manobra em razão da
a ... graus a BE ou BB. ESTEIRA.

14. Marque a proa (mark your head) – ler o Corrente de Sucção: É o movimento da água no
indicado pela linha de fé (informativo). plano horizontal em direção ao hélice e que
resulta em evasão momentânea da matéria,
15. Assim! (steady as she goes) – manter o gerando uma área de baixa pressão.
navio no rumo que a agulha de governo indica
no momento. MÁQUINA À RÉ A ESPIRAL PRA DENTRO

16. Atenção! (stand by!) – timoneiro ficar de SUCÇÃO COM MÁQUINA ADIANTE: Com
sobreaviso para ordem. máquina adiante, a corrente de sucção atua a
vante do hélice, diminuindo a pressão em volta
17. Como diz o leme? (how is your rudder?) – da carena. A presença do casco impede a
informar o bordo e graus do leme. formação de uma corrente espiral.

CORRENTES DE MANOBRA SUCÇÃO COM MÁQUINA ATRÁS: Com


máquina atrás, a corrente de sucção atua a ré
ESCOAMENTO: Movimento da água ao longo do do hélice, diminuindo a pressão a vante do
casco contrário à movimentação do navio leme.
(para vante ou para ré). Com o leme
carregado, o escoamento fará acumular água SUCÇÃO COM LEME A MEIO: Não será
na porta do leme e, com isso, uma alta gerada diferença significativa de pressão.
pressão.
SUCÇÃO COM LEME CARREGADO: Haverá
Seguimento a vante: força resultante do pressão baixa a vante do leme.
escoamento para boreste e força de sustentação
Corrente de Descarga: A descarga do hélice é o
na popa para bombordo.
lançamento da água aspirada pela corrente de
sucção contra uma porção do mesmo fluido,
gerando, portanto, acúmulo de matéria a vante
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Provão2023
FEITO POR ALUNA 2042 ALICE MORAIS

ou a ré do próprio hélice, conforme esteja a embaixo é o contrário. Na marcha AR, com o


máquina adiante ou atrás. Acúmulo de matéria leme a meio, a popa tende a cair para BB.
= Pressão alta

EFEITOS DO PROPULSOR

Quando gira, o hélice põe em movimento a


porção de água em que está imerso,
originando uma corrente de descarga, que é
lançada axialmente para trás, através das pás. A
corrente de descarga participa do movimento
rotativo das pás, tomando uma direção
diagonal à quilha. Estas correntes são dirigidas
para ré, com o hélice dando adiante, e para
• Hélice no sentido horário -> as pás movem-
vante, com o hélice dando atrás.
se para boreste;
HÉLICE DANDO ADIANTE: Na marcha AV, a • Hélice no sentido anti-horário -> as pás
corrente de sucção não tem efeito no governo movem-se para bombordo;
do navio, pois é paralela ao eixo. A corrente
Quando o navio tem máquina atrás é possível
de descarga é lançada sobre o leme,
dizer se o hélice gira no sentido horário ou anti-
produzindo um esforço que tende a levar a popa
horário, todavia, para dizermos se é direito
para um bordo, se ele está a meio, ou
ou esquerdo, é necessário sabermos o que
aumenta o efeito do leme, se ele tem qualquer
acontece com máquina adiante.
ângulo. Estando o leme a meio, há dois
efeitos opostos. PRESSÃO LATERAL DAS PÁS: Reações das pás
no sentido transversal. Como as pás inferiores
1) As pás do hélice que estiverem no alto
giram em maior profundidade (sob pressão
movem-se de BB para BE (hélice de passo
maior), exercem maior esforço na água e, por
direito), lançando a água sobre a face esquerda
isso, na marcha AV, nos navios de um só hélice
do leme;
(de passo direito), a tendência é ser a popa
2) As pás embaixo movem-se em sentido empurrada para BE; na marcha AR, o efeito é o
contrário, jogando a água sobre a face direita do inverso. Contudo, o efeito da pressão lateral
leme. não tem importância na prática, a não ser
quando as pás no alto ficam emersas (navio
Em geral prepondera o efeito das pás de baixo, em lastro), ou quando essas pás agitam a
isto é, na marcha AV, estando o leme a meio, a superfície da água nos primeiros momentos ao
popa tende a cair para BB, principalmente se pôr em marcha o navio.
quando o navio está em lastro (com pouca
carga, o hélice aflora na superfície).

HÉLICE DANDO ATRÁS: A corrente de GOVERNO DOS NAVIOS DE DOIS OU


descarga, na marcha a ré, é dirigida contra a MAIS HÉLICES E UM OU DOIS LEMES
popa e, como ela participa do movimento
rotatório do hélice, o efeito das pás que estão no
alto é fazer cair a popa para BB, e o das pás
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Provão2023
FEITO POR ALUNA 2042 ALICE MORAIS

Planos de projeção – Usados para “ver” as


interseções. Podem ser:

Os navios de dois hélices têm as seguintes


vantagens sobre os navios de um hélice, sob
o ponto de vista evolutivo:

1) Os efeitos dos hélices no governo do navio se


anulam na maioria dos casos e o navio fica
somente sob a ação do leme;

2) pode-se estabelecer um conjugado de • das linhas d’água – “visão superior”; mostra


rotação, que será maior ou menor, dependendo o contorno das diversas linhas de flutuação
da distância dos eixos ao plano longitudinal representadas pelas linhas d’água;
do navio e do comprimento deste; será menor • de perfil – “visão lateral”; mostra as linhas
nos navios compridos e finos e maior nos navios de alto;
de grande boca. • das balizas – “visão frontal”; a proa fica
representada de um lado e a popa do outro;
O navio obedece ao leme de acordo com o
mostra os contornos das cavernas;
seguimento que tem e não de acordo com a
marcha dos hélices. Entretanto, se o navio
DESLOCAMENTO E PORTE
estiver dando adiante, ou atrás, e
repentinamente inverter a marcha, o leme terá
• Deslocamento, ∆ – peso do navio dado em
pouco efeito.
toneladas, dado por ∆ = ∇ ∗ 𝑑𝑓
• Deslocamento atual, ∆ – peso do navio
quando flutuando na linha d’água
considerada;
Arquitetura Naval 2 • Deslocamento leve, ∆𝑳 – peso do casco,
apêndices, máquinas e acessórios; peso do
PLANOS DE REFERÊNCIA navio no final da construção;
• Deslocamento em lastro, ∆𝑳𝒂 – peso do
navio sem cargas;
• Deslocamento em plena carga ou máximo,
∆𝑷𝒄 ou ∆𝑴; soma de todos os pesos que
formam o corpo do navio e dos que ele
transporta, levando em conta o plano de
flutuabilidade permitido para o local da
carga, as zonas por onde irá navegar e o
local de descarga;
20
Provão2023
FEITO POR ALUNA 2042 ALICE MORAIS

• Porte bruto, 𝑷𝑩 – peso que o navio pode VARIAÇÃO DE CALADO DA ÁGUA


transportar excetuando o seu próprio peso SALGADA PARA A ÁGUA DOCE
para um dado calado;
• Porte bruto total, 𝑻𝑷𝑩 – diferença entre o Quando um navio passa da água salgada (𝛾)
deslocamento máximo na linha de carga para doce (𝛾′), seu calado diminui de uma
permitida e o deslocamento leve; determinada quantidade (i) em centímetros
• Porte operacional, 𝑻𝑷𝑶 – peso dos junto com seu volume de carena, sua borda livre
suprimentos (água, combustível, rancho, diminui e seu deslocamento (∆) permanece
etc.); constante.
• Porte líquido, 𝑻𝑷𝑳 – peso da carga,
passageiros e bagagens que gera frete; 𝑖 = ∆ / 40𝑇𝑃C
• Porte comerciável, 𝑷𝑪 – peso ocioso;
capacidade de carga não utilizada;

Volume de carena 𝛁 – volume deslocado pela


parte submersa da embarcação;
Pontos notáveis da
estabilidade – Centro de
LINHAS DE CARGA
Gravidade, Centro de
→ Linha d’água – plano paralelo ao plano de Carena, Metacentro e
base moldada; a linha base situa-se na ponto de referência para
cotas verticais;
quilha e todas as outras sobem igualmente
espaçadas a partir desta; simula diversas
Coeficiente de bloco, 𝑪𝒃: Relação entre o
linhas de flutuação;
volume da carena e o volume do bloco que a
→ Linha de alto – plano paralelo ao plano envolve.
diametral, que determina a linha zero;
normalmente são quatro;
→ Baliza – plano paralelo ao plano
transversal de meio navio;
21
Provão2023
FEITO POR ALUNA 2042 ALICE MORAIS

Coeficiente prismático Cp: Relação entre o


volume da carena e o de um prisma de
comprimento Lpp e da área da seção mestra.

IMERSÃO E EMERSÃO

– Ocorre quando a densidade do meio aumenta


ou diminui,

i = ∆ ∗ (𝛾 – 𝛾’)/( 𝛾′𝑥∗𝑇PC)

Sendo, 𝑖 – imersão/emersão em centímetros,


𝛾 – densidade da. água salgada padrão, 𝛾′ –
densidade da água onde o navio estiver ∆ –
deslocamento em toneladas e 𝑇𝑃𝐶 – toneladas
por centímetros, de imersão.

Inglês 3 e 4
VERB TENSES

→ PRESENT SIMPLE AND CONTINUOUS;


→ PAST SIMPLE AND PAST CONTINUOUS,
→ PRESENT PERFECT
22
Provão2023
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RELATIVE PRONOUNS

PASSIVE VOICE
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Provão2023
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PARTS OF THE VESSEL

PREFIX / SUFFIX

GERUND / INFINITIVE

ADJECTIVES

ARTICLES

TAG QUESTIONS
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CONNECTIVES

IF CLAUSE

USE OF GET (PHRASAL VERBS)


25
Provão2023
FEITO POR ALUNA 2042 ALICE MORAIS

São as separações verticais que subdividem em


compartimentos o espaço interno do casco, em
cada convés. As anteparas concorrem também
para manter a forma e aumentar a resistência do
casco. Nos navios de aço, as anteparas,
particularmente as transversais, constituem um
meio eficiente de proteção em caso de
alagamento; para isto elas recebem reforços,
são tornadas impermeáveis à água, e chamam-
se anteparas estanques. Conforme a sua
posição, as anteparas podem tomar os seguintes
nomes:

(1) antepara de colisão AV ou, somente,


antepara de colisão (collision bulkhead) – É a
primeira antepara transversal estanque, a
contar de vante; é destinada a limitar a entrada
de água em caso de abalroamento de proa, que
é o acidente mais provável. Por analogia, a
primeira antepara transversal estanque a partir
de ré é chamada antepara de colisão AR;

(2) antepara transversal (transverse bulkhead) –


Antepara contida num plano transversal do
casco, estendendo-se ou não de um a outro
bordo. As anteparas transversais principais são
anteparas estruturais, estanques (waterlight
bulkhead), e são contínuas de um bordo a outro
e desde o fundo do casco até o convés de
compartimentagem (art. 1.56s), mas por vezes
possuem degraus ao nível de conveses;

A principal função das anteparas transversais


principais é dividir o navio em uma série de
compartimentos estanques, de modo que a
ruptura do casco não cause a perda imediata do
navio, dificultando o alagamento progressivo;

(3) antepara frontal – Antepara transversal que


limita a parte de ré do castelo, a parte de vante
do tombadilho ou a parte extrema de uma
Arquitetura Naval 1 superestrutura;

(4) antepara diametral (centerline bulkhead) –


ANTEPARAS Antepara situada no plano diametral, isto é, no
plano vertical longitudinal que passa pela quilha;
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(5) antepara longitudinal (longitudinal externa no caso de conveses de casarias.


bulkhead) ou antepara lateral (side bulkhead) – Geralmente se prolonga por uma dala (art.
Antepara dirigida num plano vertical 1.110), afastando a descarga do costado.
longitudinal que não seja o plano diametral, Algumas vezes os embornais do convés são
podendo ser do casco ou de casarias; feitos na borda, junto ao trincaniz.

(6) antepara parcial ou diafragma (partial POÇO


bulkhead ou swash bulkhead) – Antepara que se
estende apenas em uma parte de um (well) Espaço entre o castelo ou tombadilho e a
compartimento ou tanque. Pode também ser superestrutura central; este espaço é limitado
uma antepara indo do fundo de um tanque ao inferiormente por um convés e, lateralmente,
topo, sendo provida de várias aberturas, e pelas bordas-falsas e pelas anteparas das
servindo como reforço da estrutura; e extremidades do castelo ou do tombadilho, e as
da superestrutura central.
(7) antepara da bucha do eixo – Antepara AR
onde fica situada a bucha interna do eixo do QUILHA
hélice ou antepara de ré da praça de máquinas.
Peça de madeira forte, que corre
BOSSO DO EIXO longitudinalmente no fundo da embarcação;
sobre ela são fixadas as cavernas, a roda de proa
Saliência formada na carena de alguns navios e o cadaste.
em torno do eixo do hélice.
TÚNEL DO EIXO
BUÇARDAS
(shaft tunnel) Estrutura em forma de um túnel
(breasthook) Peças horizontais que se colocam que permite a passagem de um homem, e no
na proa ou na popa, contornando-as por dentro, interior do qual ficam alojadas as seções da linha
de BE a BB; servem para dar maior resistência a de eixo, desde a praça de máquinas até a
essas partes do navio, onde, devido à forma, fica entrada no tubo telescópico; o túnel do eixo
difícil colocar cavernas ou longitudinais. deve ser estanque.

BUEIROS LAIS DE GUIA

(drain holes) Orifícios feitos nas hastilhas ou nas É o rei dos nós; muito usado a bordo, pois é
longarinas, a fim de permitir o escoamento das dado com presteza e nunca recorre. Serve para
águas para a rede de esgoto. formar uma alça ou um balso, que pode ser de
qualquer tamanho, mas não corre como um
CADASTE
laço; nesta forma, serve para fazer a alça
temporária numa espia, ou para ligar duas
(sternframe) Peça semelhante à roda de proa,
espias que não devem trabalhar em
constituindo o extremo do navio a ré; possui
cabrestante.
também alefriz.
Para dar um lais de guia, se o cabo for de
EMBORNAL
diâmetro moderado, se segura a parte b na mão
(scupper) Abertura para escoamento das águas direita, e a parte d na mão esquerda, faz-se o
de baldeação ou da chuva, feita geralmente no seio x, isto é, passa-se da figura 8-1 à figura 8-23.
convés junto à borda do mesmo ou de forma Basta agora fazer o chicote c seguir a linha
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pontilhada para completar o nó. Se o diâmetro Empregada nos andorinhos das lanchas,
for grande, procede-se de modo semelhante, servindo de apoio para a guarnição subir ou
mantendo, porém, o cabo sobre o convés. descer por eles, e nos tirantes das escadas de
quebra-peito. Quando aplicada nos fiéis do
Um emprego muito útil do lais de guia é na leme, serve para limitar o ângulo de guinada.
amarração temporária de embarcações
pequenas, e até mesmo contratorpedeiros, ao ÂNCORA DE ALMIRANTADO
arganéu de uma boia.
Tipo universalmente empregado, desde tempos
NÓ DE CORRER muito remotos até cerca de 1825.

Também chamado, às vezes, nó de pescador. Foi substituída como âncora padrão para uso a
Conforme se vê na figura, serve para emendar bordo dos navios pelas âncoras do tipo patente,
dois cabos, dando em cada chicote uma meia- devido principalmente às dificuldades de
volta em torno do outro. manobra e de arrumação a bordo. Contudo,
apresenta maior poder de unhar.
NÓ DIREITO
ANCOROTE
É o método mais antigo e, em terra, o mais
empregado, para unir dois chicotes ou dois Pequena âncora destinada a fundear a
cordões quaisquer. Tem a qualidade de não embarcação.
recorrer, mas é muito difícil de ser desfeito, uma
vez rondado. É por isto mais usado na ligação, ÂNCORA DANFORTH
pelos chicotes, de dois cabos finos que não
Usada em navios de todas as classes e
demandem força, ou para terminar uma
tamanhos. Tem os braços de forma semelhante
amarração definitiva qualquer. Desfaz-se por si
aos das âncoras tipo patente, porém mais
mesmo se os cabos são de tamanhos ou
compridos e afilados, e possui um cepo,
materiais diferentes. Nunca deve ser
colocado na cruz, paralelamente ao plano dos
empregado para unir cabos que trabalham em
braços.
aparelhos de laborar ou para emenda de espias.
É muito usado, por exemplo, para amarrar os Admite-se que o poder de unhar desta âncora
rizes das velas. seja igual a 10 vezes o das âncoras tipo patente
e a 3 vezes o da âncora Almirantado de mesmo
NÓ DE ESCOTA SINGELO
peso.
É muito útil para unir dois cabos pelos chicotes,
É muito empregada na popa das embarcações
ou um chicote a um olhal, mão ou alça. É muito
de desembarque que devem aterrar nas praias.
usado para amarrar a uma bandeira a adriça que
não possui gato; é também empregado para dar Apresenta a pequena desvantagem de ser mais
volta à boça de uma embarcação miúda na mão difícil de arrancar do fundo que as demais.
do cabo de cabeço de um pau de surriola. Pode
ser aplicado em qualquer tipo de cabo, mas é ÂNCORA DE FATEIX
particularmente útil para as ligações de cabos
finos ou de cabos de bitolas diferentes. Ancorote sem cepo, haste cilín- drica, tendo na
extremidade superior um arganéu que é o
PINHA FIXA anete, e na outra quatro braços curvos que têm
patas e unhas. Utilizada para fundear
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embarcações miúdas; pesos comuns, de 10 a 50 (bitt) Cabeço de aço singelo, dispondo de


quilogramas. nervuras salientes chamadas tetas. É uma peça
do arranjo de amarração e serve para nela a
ÂNCORA PATENTE espia dar uma volta redonda.

A grande vantagem destas âncoras é a facilidade ALMEIDA


com que são manobradas e arrumadas a bordo.
(lower stern timber) Parte curva do costado do
A desvantagem das âncoras de tipo patente de navio, na popa, logo abaixo do painel, e que
ter menor poder de unhar. forma com ele um ângulo obtuso ou uma
curvatura.
QUARTÉIS DA AMARRA
BICO DE PROA
(Quartéis comuns – atente-se às medidas)
Parte extrema da proa de um navio.
Seções desmontáveis de que se compõe a
amarra de um navio. No Brasil e nos Estados BIGOTA
Unidos, os quartéis comuns têm 15 braças (uma
braça tem 6 pés ingleses e equivale a 1,83 Peça de madeira dura, tendo um goivado em seu
metro). contorno e três furos de face a face, chamados
olhos, pelos quais gurnem os cabos.
VOZES
As bigotas trabalham sempre aos pares, e nelas
→ Arrancou! gurnem os colhedores, cabos com que se pode
dar a tensão necessária aos ovéns das enxárcias,
quando o ferro deixa o fundo, o que se verifica brandais, estais etc.
por ficar a amarra vertical e sob tensão;
BOCHECHA
→ A olho!
Partes curvas do costado de um e de outro
quando surge o anete à superfície das águas; bordo, junto à roda de proa.

→ Pelos cabelos! BOÇA DA AMARRA

quando a cruz está saindo da água;


Pedaço de cabo ou corrente com que se aboça a
→ Em cima! amarra; faz parte do aparelho de fundear.

quando o anete chega ao escovém BUZINAS

→ No escovém! (closed chocks) Peça de forma elíptica de aço ou


outro metal, podendo ser soldada ou fundida,
quando o ferro está alojado no escovém. fixada na borda, para servir de guia aos cabos de
amarração dos navios. Onde for possível, as
PARTE 2 buzinas são abertas na parte superior a fim de se
poder gurnir o cabo pelo seio. As buzinas
ABITA situadas no bico de proa do navio e no painel
tomam os nomes de buzina da roda e buzina do
painel, respectivamente. Buzina da amarra é o
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conduto por onde gurne a amarra do navio do nos lugares por onde possam passar os cabos de
convés ao paiol. laborar, para dar-se volta neles.

CABEÇOS DELGADOS

(bollards) Colunas circulares duplas, de aço, de artes da carena mais afiladas a vante e a ré, de
pequena altura, montadas na maioria das vezes um e de outro bordo, respectivamente, da roda
aos pares e colocadas geralmente junto à de proa e do cadaste
amurada ou às balaustradas; servem para dar-se
volta às espias de amarração e cabos de FREIO
reboque. Modernamente, fazem parte do
A coroa tem um flange sobre o qual pode ser
arranjo de reboque de emergência. Nas
apertado um freio mecânico constituído por
pequenas embarcações podem ser de bronze ou
uma cinta de aço forjado, em forma de anel. O
aço. No cais, para amarração dos navios, os
aperto da cinta faz-se por meio de um parafuso
cabeços não são montados aos pares.
comandado por volante ou por meio de uma
CADERNAL alavanca.

Consta de uma caixa semelhante a de um GRINALDA


moitão, dentro da qual trabalham duas ou mais
Parte superior do painel de popa; termo em
roldanas em um mesmo eixo.
desuso.
Os cadernais são designados como cadernais de
MACACO
dois gornes, de três gornes ou quatro gornes, de
acordo com o número de roldanas que contêm.
Os macacos são constituídos por uma caixa
CASTELO DE PROA roscada somente numa ou em cada uma das
extremidades, a fim de receber um parafuso de
(forecastle deck), ou simplesmente castelo. forma especial que possui olhal, gato ou
Superestrutura na parte extrema da proa, manilha. A caixa pode ser aberta ou fechada,
podendo ser acompanhada de elevação da
MALHETE
borda.

COROA DE BARBOTIN Travessão ligando os lados de maior dimensão


do elo.
Roda fundida tendo a periferia côncava e dentes
Tem como finalidade:
onde a amarra se aloja e os elos são
momentaneamente presos durante o → diminuir a probabilidade de a amarra tomar
movimento. É preciso que a amarra faça pelo cocas;
menos meia-volta ao redor da coroa, a fim de → aumentar a resistência; e
que no mínimo três elos engrazem nela; cada
→ impedir a deformação dos elos em serviços.
coroa serve somente para um certo tipo e
tamanho de elos. MOITÃO

CUNHOS Consiste em uma caixa de madeira ou metal,


com uma abertura lateral denominada gorne.
(cleat) Peça de metal, em forma de bigorna, que
Dentro do gorne, por meio de um pino chamado
se fixa nas amuradas do navio, nos turcos, ou
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perno, fica presa uma roldana e, preso à parte AIS


inferior da caixa, fica um gancho denominado
gato. No âmbito do navio, é um radiotransceptor, em
VHF, com a capacidade de emitir informações do
PAINEL DE POPA navio (identificação, posição, rumo, velocidade,
dados dimensionais, tipo, capacidade, carga,
Parte do costado do navio na popa, entre as etc.) para outras estações móveis ou para outras
alhetas; termo em desuso. estações receptoras em terra, naturalmente
equipadas. As informações geradas no
RETORNOS
equipamento, a bordo do navio, são
Qualquer peça que serve para mudar a direção transmitidas, de forma contínua e
de um cabo sem causar forte atrito. automaticamente, sem interferência do pessoal,
salvo as atualizações.
RODA DE PROA
Através do monitor do passadiço, ele fornece
(stem), ou simplesmente roda Peça robusta que, automaticamente e de forma rápida e precisa,
em prolongamento da quilha, na direção dados importantes sobre riscos de colisão, a
vertical, inclinada, curva ou quase vertical, partir de informações dos navios-alvos e ainda
forma o extremo do navio a vante. Faz-se nela dispõe de outros dados como dos VTS (Centro
um rebaixo chamado alefriz, no qual é cravado o de Operações dos centros de tráfego), em que
topo do chapeamento exterior. Nos navios de até pelo nome do alvo ele pode conectar-se
madeira, há também alefriz da quilha, para diretamente.
fixação das tábuas do resbordo.
EPIRB
SAPATA
radiobalizas indicadoras de posição em
Tem um goivado em seu contorno e um só olho emergência:
bastante largo e com caneluras que servem de
As EPIRB transmitem na frequência de 406 MHz
berços aos cabos.
e 121,5 MHz; possuem uma strobe light, que fica
Serve para o mesmo fim das bigotas e pode piscando, facilitando a localização à noite; são à
também ser ferrada ou alceada. Bigotas e prova d’água e alimentadas por uma bateria
sapatas são, nos navios modernos, substituídas capaz de mantê-las em funcionamento por 48
por macacos. horas. O equipamento deve ser ativado tão logo
se configure a emergência, pois em pouco
TAMANCAS tempo os sinais serão captados por um dos
vários satélites que compõem o sistema.
(half block) Peça de aço ou de outro metal fixada
no convés ou na borda, para passagem dos SART
cabos de amarração dos navios.
transponder radar: O transponder radar (SART),
TOMBADILHO que obrigatoriamente consta das dotações das
balsas/botes salva-vidas, funciona sob
(poop deck) Superestrutura na parte externa da
quaisquer condições de tempo ou visibilidade.
popa, podendo ser acompanhada de elevação
Quando ativado por um pulso radar (na faixa de
da borda.
9 GHz), emite um sinal de resposta, detectável
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na tela daquele radar, sob a forma de traços Névoa Úmida x Nevoeiro: saber bem as
bem definidos.
características de cada um e como
VDR diferenciá-los. Livro págs. 59 a 62 Ou
Unidade 1 – parte 2 – slides 69 a 72.
(Voyage Data Recorders): É uma forma de
obtenção e gravação de dados selecionados de • Nevoeiro – Os nevoeiros se formam e se
navegação, praça de máquinas, segurança, intensificam por saturação do ar e imediata
comunicações, dados do radar e demais, em condensação do excesso de umidade, ou
itens como rumo, velocidade, posição, motores, seja, condensação do vapor d'água que
comandos e respostas do leme, alarmes ultrapassa a capacidade do ar saturado na
principais, aberturas no casco, estanqueidade, nova temperatura atingida, denominada
esforços no casco, conversas na manobra, Temperatura do Ponto de Orvalho (TPO).
comunicações no VHF, entre outros. Condensação do vapor de água nos níveis
inferiores da atmosfera, colado à superfície
A “caixa preta marítima” deve ser fixada na
e reduzindo-lhe a visibilidade horizontal a
embarcação ou flutuar de forma livre e também
valores inferiores a 1000m. umidade
dispor de um rádio transmissor submarino como
relativa próxima de 100%. Gotículas de
dispositivo para ajuda na sua localização, assim
água, extremamente pequenas, parecem
como manter, continuadamente, o registro
flutuar quando o nevoeiro se intensifica.
sequencial de dados pré-selecionados em uma
• Névoa úmida – O processo de formação da
cápsula protegida e colorida em cor brilhante
névoa requer resfriamento do ar até atingir
(laranja) e operado de forma automática.
a temperatura do ponto de orvalho (TPO) e
VHF-FM iniciar a condensação do vapor d'água.
Apresentam gotículas d'água associada à
operam na faixa do SMM, permitem o vento fraco. Em situação de calmaria ocorre
estabelecimento de comunicações com navios e apenas orvalho. A névoa úmida se ficar
aeronaves empregadas na busca SAR. Como muito forte é denominada de nevoeiro.
normalmente não são estanques, devem ser Processo de formação idêntico ao do
conservados embalados em plástico nas fainas nevoeiro, porém visibilidade superior a
de abandono. Apresentam como limitação de 1000m e umidade relativa em torno de
uso a duração da bateria e devem ser poupados. 80%. Normalmente, a formação de névoa
úmida precede a formação de nevoeiro.
Se fixo ou com alimentação de energia, será
guarnecido o canal 16 (156,8 MHz), que é a
frequência de chamada e socorro do SMM em
VHF.

Meteorologia
Frente fria: O que acontece após a passagem da
PARTE 1 frente fria
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Na frente fria a massa de ar frio avança, ao → Parte V - seleção de mensagens


passo que a massa de ar quente ascende ao meteorológicas de navios.
longo da superfície frontal de acentuada → Parte VI - seleção de mensagens
inclinação. meteorológicas de estações terrestres
costeiras.
Após a passagem da frente fria:
Cartas sinóticas: unidade de pressão utilizada
→ a pressão atmosférica aumenta;
nas cartas sinóticas
→ a temperatura do ar cai;
→ a direção do vento predominante no HS do
A carta meteorológica de pressão ao nível do
quadrante sul, normalmente SW, e no HN é
mar é conhecida simplesmente como Carta
de NW;
Sinótica. Ela basicamente apresenta, por
→ a visibilidade reduz durantes as pancadas de
convenção internacional, a representação
chuvas (precipitações); e
gráfica das isóbaras de 4 em 4 hectopascais
→ observa-se trovoadas.
(hPa);

PARTE 2

Centro de Baixa Pressão: ler e entender bem o


conteúdo do livro acerca do Centro de Baixa
Pressão (pág. 71 do livro ou Unidade 2 – slides
29 e 30)

Centro de baixa pressão é a área onde ocorre


uma depressão barométrica. O centro de baixa
é delimitado por uma série de isóbaras quase
circulares, que envolvem uma região de
Meteoromarinha: saber quantas e quais partes pressões baixas, ou seja, uma área onde as
o constituem e o que está descrito em cada pressões atmosféricas decrescem da periferia
parte. para o centro. O centro de baixa pressão pode
ser denominado de ciclone. A circulação do ar
Boletins de Condições e Previsão do Tempo em uma região de baixa pressão à superfície é
no sentido horário no HS e no sentido anti-
(Meteoromarinha): Todos os serviços
horário no HN, e convergente em ambos os
meteorológicos destinados à navegação hemisférios. Num centro de baixa pressão em
marítima elaboram e emitem boletins de baixos níveis a circulação ciclônica anti-horária
condições e previsão do tempo, de acordo (HN), apresenta convergência do ar em baixos
com as normas estabelecidas pela OMM. níveis e movimento ascendente que favorece a
atividade convectiva e divergência do ar em
O Meteoromarinha é constituído das seguintes altos níveis.
partes:
Nuvens Cumulonimbus: Livro páginas 104, 106
→ Parte I - aviso de mau tempo e 108 Ou Unidade 3 – Slides 24, 25 e 33.
→ Parte II - resumo descritivo do tempo;
→ Parte III - previsão do tempo; As nuvens tipo Cumulus são formadas por
processos mais complexos que as do tipo
→ Parte IV - análise e/ou prognóstico do
Stratus. As nuvens tipo Cumulus são de maiores
tempo;
espessuras que as do tipo Stratus e Cirrus,
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Provão2023
FEITO POR ALUNA 2042 ALICE MORAIS

podendo-se constituir de gotículas de água e mais precisas das observações de umidade


cristais de gelo, quando seu desenvolvimento relativa do ar e também da temperatura do
vertical supera a altitude do nível de ponto de orvalho, que são parâmetros muito
congelamento. utilizados em meteorologia.

Simbologia das Cartas Sinóticas: saber como Os psicrômetros de funda são os mais usados
identificar os símbolos e interpretar as nos navios.
informações de carta sinótica.
Um dos termômetros do psicrômetro tem o
bulbo envolvido por um tecido que no momento
1) Ondas tropicais
da observação é embebido em água. Esse
termômetro é denominado termômetro úmido
ou termômetro de bulbo úmido. O outro
termômetro do psicrômetro é conhecido como
termômetro seco. NÃO utilizar o psicrômetro no
VENTO, para não invalidar a observação.

No vento, o instrumento não obtém o ponto de


saturação do ar e, portanto, a medida do bulbo
2) Frentes
úmido e o cálculo da TPO serão errados.

BARÔMETRO ANERÓIDE

No barômetro aneróide, o elemento sensível


consta de uma série de câmaras metálicas ocas,
3) ZCIT que se deformam pela ação da pressão
atmosférica.

Esta deformação transmite-se a um ponteiro


que, num mostrador graduado, indicará o valor
da pressão exercida sobre as câmaras.

Estudem as características dos instrumentos BARÔMETRO DE MERCÚRIO


abaixo, leiam a definição até o final, atentando
também para as figuras correspondente a O modelo barômetro de mercúrio dispõe de um
definição, caso exista. tubo vertical de vidro contendo mercúrio. A
altura da coluna líquida, neste tubo, exprimirá o
ANEMÔMETRO valor da pressão.

O Anemômetro é o instrumento que faz a Os barômetros de mercúrio são de alta precisão,


medição da velocidade ou intensidade do vento. sendo assim, podem ser utilizados para efetuar
A indicação da direção de onde sopra o vento é a aferição dos barômetros aneróides, por
dada pelo anemoscópio ou cata-vento. comparação de leitura.

PSICRÔMETRO Antes, o barômetro de mercúrio deverá ser


corrigido na ordem indicada: aferição, correção
são os psicrômetros que fornecem, de forma do efeito da temperatura, correção do efeito da
indireta, através de cálculo e tabelas, as medidas
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latitude e correção da redução à pressão É a faixa do oceano que se estende desde a


atmosférica ao nível do mar. linha da costa para o alto-mar, com suave
declividade do fundo do mar, até a região
ANEMOSCÓPIO onde se observa acentuada variação do
fundo, com aumento abrupto da
A indicação da direção de onde sopra o vento é
profundidade, na fronteira com o talude
dada pelo anemoscópio ou cata-vento.
continental, região abissal.

AMAZÔNIA AZUL

Oceanografia A região da Zona Econômica Exclusiva do


Brasil somada à área reivindicada junto à
ONU dá-se o nome de Amazônia Azul.

PARTE 1 CRISTA

Estudem a definição de cada palavra abaixo, Parte superior do perfil das ondas.
leiam a definição até o final, atentando
CAVADO
também para as figuras correspondente a
definição, caso exista.
Parte inferior do perfil das ondas.

MAR TERRITORIAL ALTURA DA ONDA

Compreende uma faixa de 12 milhas náuticas a É a distância vertical entre uma crista e um
partir da costa (linha base adotada pelo DHN). O cavado consecutivo (H).
país costeiro tem sobrenia de espaço aéreo,
coluna da água, solo e subsolo. VAGAS

ZONA CONTÍGUA Ondas formadas no interior de uma zona de


turbulência atmosférica pela ação dos ventos.
Essa zona não pode estender-se além de 24
milhas marítimas contadas a partir das linhas de TREM DE ONDAS
base que servem para medir a largura do mar
territorial. É o conjunto de ondas de características iguais
ou parecidas cuja propagação tem a mesma
ZONA ECONÔMICA EXCLUSIVA direção.

Essa zona tem uma faixa de 200 milhas (12 + Questão de cálculo: descobrir qual das 13
188) ao longo da costa. A ZEE compreende a cartas de correntes de maré deve-se usar dadas
coluna da água, o solo e o subsolo e somente o informações da Tábua de Maré.
país costeiro pode autorizar atividades
marítimas como pesquisa, exploração de As Cartas de Correntes de Marés compõe-se de
recursos minerais, petróleo, pesca, etc.. 13 folhas. Seis para cada hora que antecede a
preamar, uma para o instante da preamar, e seis
PLATAFORMA CONTINENTAL
para cada hora depois da preamar. Em situação
de sizígia média.
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Provão2023
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Nessas ocasiões têm-se PM menos alta,


chamadas de marés mortas ou marés de
Gráfico: saber bem o gráfico da Figura IX-4 quadratura.
Altura e Amplitude da Maré pág. 301 do livro
ou Unidade 2 – slide 30 É muito importante ressaltar que nas marés de
sizígias têm-se as PM mais altas e as BM também
mais acentuadas, ou seja, nas BM de sizígias o
mar atinge nível mais baixo.

Já, nas marés de quadratura, têm-se as PM


menos altas e as BM menos baixas, ou seja, nas
Amplitude BM de quadratura, o mar atinge nível menos
baixo.

A situação mais preocupante para os


navegantes é dia de Sizígia, principalmente em
portos em que a maré tem grande amplitude.
PARTE 2
Nessas regiões onde há subida, o mar fica alto,
atingindo o nível do mar denominado preamar.
Teoria das Marés: ler e entender bem o
conteúdo do livro acerca da Teoria das Marés Nos meridianos intermediários entre o
(inicia na pág. 297 até fim da pág. 298) meridiano superior e o meridiano inferior, a
força de atração e a força centrífuga mantém
As marés são os movimentos regulares de equilíbrio, então o nível do mar fica baixo,
subida e descida do nível do mar que se repetem atingindo o nível denominado baixa-mar.
normalmente duas vezes por dia (marés
semidiurnas) . Rosa dos Ventos da Carta Piloto: saber como se
interpretar as informações de uma rosa dos
As oscilações das marés se devem à atração da
ventos a partir de imagens retiradas de carta
LUA durante o seu movimento ao redor da
piloto.
TERRA e em menor medida a atração do SOL e
também à força centrífuga do sistema LUA-
Nas Cartas Piloto a indicação da direção dos
TERRA. No sistema LUA- TERRA, a força
ventos predominantes, em determinada área, é
gravitacional e a força centrífuga estão em
registrada graficamente por Rosa dos Ventos. A
equilíbrio. A força centrífuga é constante em
frequência pelo tamanho da flecha, a
todos os pontos da superfície terrestre.
intensidade pelo número de traços na
Observa-se que na fase da Lua, quarto crescente
e na fase da Lua, quarto minguante, a posição
relativa da LUA-TERRA-SOL, forma um ângulo de
90 graus, significando que a atração da LUA é
numa direção e a atração do SOL é em outra
direção 90o defasada, indicando que a força
resultante terá um efeito menor na elevação do
nível do mar, por ocasião da PM.
36
Provão2023
FEITO POR ALUNA 2042 ALICE MORAIS

extremidade (Escala Beaufort) e a frequência de É bastante interessante o navegante adquirir o


calmaria pela numeração do círculo central. hábito de consultar a carta piloto do mês em
curso e fazer a comparação com as dos meses
Tópicos: anteriores e as dos meses posteriores, para
deste modo ressaltar quais os parâmetros
VENTOS - PÁG. 384 E 385 OU UNIDADE 6 –
meteorológicos e oceanográficos que
SLIDES 23 A 27.
apresentam mudanças significativas na região
As rosas dos ventos, de cor azul, indicam em de interesse.
percentagens as direções de onde sopram os
Como exemplo, recomenda-se que o navegante
ventos, por octante, ou seja, direção N, NE, E, SE,
pesquise nas Cartas Piloto como o elemento
S, SW, W e NW. O número de traços ou penas na
visibilidade varia de mês para mês ao longo do
extremidade das setas representa a intensidade
ano no seu porto de trabalho, por causa da
do vento, indicada pela força do vento na escala
sazonalidade, ou seja, por efeito das estações do
BEAUFORT. A representação da direção da seta
ano, verão, outono, inverno e primavera.
indica a direção do vento e seu tamanho ou o
número em cima da seta indica a frequência
com que o vento ocorre naquela direção. Então,
o navegante ao observar cada quadrado de 5° x
5° irá constatar a direção do vento Tsp E Per
predominante, e outros ventos menos
frequentes. Chama-se de vento predominante o
vento cuja direção apresenta a seta de maior TSP
tamanho ou número mais elevado. A
percentagem de ocorrência de ventos em O QUE TEM DENTRO DA EMBARCAÇÕES DE
determinada direção, quando não indicada SOBREVIVÊNCIA
diretamente, pode ser determinada
comparando- se o comprimento da seta, medida bóia salva-vidas, colete salva-vidas, roupa de
a partir da circunferência, com a Escala imersão, roupa antiexposição e meio de
Percentual de Ventos, existentes na carta, proteção térmica;
próxima ao trecho de instruções.
FATORES CLIMÁTICOS QUE AFETAM A
No centro das circunferências estão indicadas SOBREVIVÊNCIA DE UM NÁUFRAGO
as percentagens de ocorrências de calmaria.
Os principais fatores físicos (ambientais) que
VENTO NO PORTO – PÁG. 387 OU afetam a sobrevivência são: condições do mar,
UNIDADE 6 – SLIDES 36 E 37 frio e calor.

A rosa dos ventos, em azul, indica os percentuais Em mares agitados, a sinalização e o resgate
dos ventos predominantes na área do porto. tornam-se mais difíceis, principalmente
havendo ondas grandes, pois os náufragos
No verso de cada carta piloto, estão registradas podem não ser avistados pelas equipes de
informações para os principais portos brasileiros busca e salvamento.
e ilhas oceânicas. O atlas de Cartas Piloto é
composto de 12 cartas, cada uma para um mês. As condições do mar tornam a jornada de
sobrevivência ainda mais desconfortável dentro
da embarcação de sobrevivência. Nessas
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condições, os náufragos devem procurar ficar → Condução: é a transferência do calor por


fixos dentro da balsa, passando os braços no contato direto com a água fria;
cabo interno localizado na altura das costas. → Convecção: é a transferência do calor pelas
Com isso, o náufrago evitará rolar dentro da correntes de água ou ar. O ar em
balsa, o que pode acarretar até o seu movimento (vento) aumenta a perda do
emborcamento, caso os náufragos se calor por provocar a movimentação do ar
amontoem em um lado apenas, devido aos contido entre as peças do vestuário e a pele;
balanços. Além disso, o mar agitado deixa o → Radiação: transferência do calor por raios
náufrago mais propenso a enjôos e vômitos, de energia sem contato direto com outras
agravando o estado de desidratação. substâncias; e
→ Evaporação: vaporização de líquido, tal
O frio é outro fator que afeta a sobrevivência.
como a transpiração ou umidade das roupas
Em águas frias, é necessário sair de dentro delas
molhadas.
o mais rápido possível. Como a maior causa de
mortes em sobrevivência no mar é a hipotermia A quantidade de calor cedido pelo corpo é igual
por imersão, todas as embarcações devem ao somatório do calor perdido por todos esses
possuir embarcações de sobrevivência, baleeira métodos de transmissão.
e/ou balsa salva-vidas inflável, de modo que o
náufrago, após abandonar o navio, não fique ESPELHO HÉLIOGRÁFICO
dentro da água.
utilizado para sinalização diurna.
O grupo de sobreviventes deve manter a
embarcação de sobrevivência o mais seca QUAIS OS PEIXES PERIGOSOS
possível, retirando sempre a água que
São exemplos de peixes que possuem carne
embarcar.
venenosa: baiacu, baiacu de espinho, peixe
Os náufragos devem procurar manter o corpo cofre, peixe barbeiro, enchova preta.
aquecido, cobrindo-o com o que dispuser a
Alguns peixes apresentam espinhos que
bordo da embarcação de sobrevivência.
produzem ferimentos dolorosos, como é o caso
Em hipótese alguma devem ser fornecidas do peixe-escorpião, mangangá e moreiatim.
bebidas alcoólicas para os náufragos, pois o
Outros peixes são agressivos ao homem. São os
álcool deixa a pessoa mais propensa à
exemplos das moréias, barracudas e tubarões.
hipotermia.
As medusas, caravelas, águas-vivas são espécies
Em clima quente o náufrago deve retirar o
de celenterados de corpo mole, gelatinoso e
excesso de roupa, mas deve manter o corpo
transparente, providos de aparelho defensivo
protegido. Se exposto diretamente ao sol,
composto de células urticantes, que causam
manter a cabeça e pescoço protegidos.
queimaduras na pele humana com dor intensa.
MEIOS CIRCUNDANTES E DE TRANSMISSÃO
Os moluscos (mariscos, ostras, mexilhões)
DE CALOR QUE DEVE FAZER A
agarrados a cascos de navios ou qualquer
VAPORIZAÇÃO DOS LÍQUIDOS
estrutura metálica são impróprios para
O corpo cede calor para o meio circundante ingestão, pois absorvem partículas do metal
pelos seguintes métodos de transmissão de tornando-se perigosos para o consumo.
calor:
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GMDSS, DEFINIÇÃO, EQUIPAMENTOS NO primeiros socorros, Apito, Foguete ilumitivo


PASSADIÇO, SART, EPIRB, CAP 4 SOLAS. com pará-quedas, Facha manual, Fumígeno
flutuante, Lantena á prova d' água com pilhas e
Identidades do Sistema Marítimo Global de lâmpadas sobressalentes, Refletor radar,
Socorro e Salvamento (GMDSS) significa a espelho de sinalização diurna (espelho
identidade dos serviços móveis marítimos, o heliagráfico), Cópia da tabela sinais de
indicativo de chamada do navio, as identidades salvamento, Conjunto de apetrechos de pesca,
do Inmarsat e a identidade do número de série, Ração sólida, Ração líquida, Vaso inoxidável
que podem ser transmitidas pelos graduado, Medicamento contra enjôo, Saco
equipamentos do navio e utilizadas para para enjôo, Instruções de sobrevivência,
identificar o navio. Utiliza equipamentos Instruções sobre as ações imediatas, Roupa de
eletrônicos e comunicação via satélite, proteção térmica, Conjunto para reparos de
proporcionando agilidade e ação coordenada emergência, Bomba de enchimento manual
na busca e salvamento, minimizando o tempo
de atendimento à embarcação sinistrada;. TIPOS DE EMBARCAÇÃO DE RESGATE

SART: transpondedor radar de busca e Podem ser do tipo rígido ou inflável ou de uma
salvamento que opera na banda de 9Ghz (banda combinação dos dois e ter um comprimento
X). Equipamento receptor-transmissor radar mínimo de 3,8m e máximo de 8,5m. Deve poder
que tem por objetivo auxiliar as unidades SAR manobrar a uma velocidade de pelo menos 6
(busca e salvamento) na localização de navios e nós e manter esta velocidade por um período
embarcações de sobrevivência. Tem alcance não inferior a 4 horas.
aproximado de 5 milhas.
PES
EPIRB: balizas radioindicadoras de posição em
emergência marítima. Transmitem sinais CONVENÇÕES E NAVIOS
personalizados em 406Mhz para satélites
COSPAS-SARSAT ou 1.6Ghz na cobertura HERALD OF FREE ENTERPRISE
INMARSAT. Também transmitem em
121,5Mhz para facilitar as unidades SAR. A falha de gerenciamento, reportado pelo
relatório da comissão do acidente, foi
NAVTEX simplesmente a causa que mais contribuiu para
a cadeia de eventos que levou ao acidente. Deu
Serviço NAVTEX Internacional significa a origem à Resolução da IMO A.647(16), adotada
transmissão coordenada e a recepção em 19 de outubro de 1989, Guia de
automática, em 518 KHz, de informações sobre Gerenciamento para Operação Segura de Navios
segurança marítima , por meio de telegrafia em e para a Prevenção de Poluição.
faixa estreita e impressão direta usando a língua
inglesa. SCANDINAVIAN STAR

PALAMENTA DA BALSA SALVAVIDA (O QUE Incendiou em 1990 fazendo 158 vítimas. Deu
TEM DENTRO DE MATERIAL?) origem à Resolução da IMO A.741(18), adotada
em 04 de novembro de 1993 - Código de
Âncora flutuante, Aro flutuante, preso a um Gerenciamento Internacional para a Operação
cabo flutuante não inferior a 30 metros, Faca Segura de Navios e para a Prevenção da Poluição
com fiel flutuante, Cuia flutuante, Esponja, - ISM Code. Em maio de 1994, o ISM Code
Remo flutuante, Abridor de latas, Caixa de
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tornou-se mandatório. Capítulo IX da prejudicadas. O VRP (Vessel Response Plan) é a


Convenção SOLAS. principal exigência do ato. Ao contrário do
SOPEP (Ship Oil Polution Emergency Plan – Plano
ESTONIA de Emergência do Navio para Combate a
Poluição por Óleo), é um plano que visa orientar
Em 28 de setembro de 1994, ocorreu aquele que
as tripulações sobre como agir e a quem
foi chamado “o pior desastre marítimo na
contatar, acionar e notificar no caso de ocorrer
Europa em tempos de paz”. O ferry-boat
uma poluição.
Estonia, que fazia o trajeto entre a Estônia e
a Suécia, afundou no mar gelado, matando GMDSS E SEUS EQUIPAMENTOS
1.049 passageiros. Gerou novas tecnologias e
requisitos de estabilidade. GMDSS: Sistema Global Marítimo de Socorro
e Segurança. Utiliza equipamentos eletrônicos
TORREY CANYON
e comunicação via satélite, proporcionando
Encalhou enquanto demandava o Canal da agilidade e ação coordenada na busca e
Mancha e derramou cerca de 120 mil toneladas salvamento, minimizando o tempo de
de óleo cru no mar, causando grave poluição nas atendimento à embarcação sinistrada;
costas do sudoeste da Inglaterra e do norte
Geralmente todos os navios GMDSS
da França. Deu origem à MARPOL, adotada
transportam EPIRB (Emergency position-
em 1973, e ao STCW. Com a adoção, em
indicating radio beacons) em 406 MHz, um rádio
1978, de um protocolo introduzindo diversas
VHF capaz de transmitir em DSC e
alterações ao texto original, a citada
radiotelefonia, um receptor NAVTEX
convenção ficou conhecida como MARPOL
(Navigational Telex), um SART (Search And
73/78.
Rescue Transponder) e rádios portáteis duplex
ERIKA em VHF.

Afundou na costa da França em dezembro de PRINCÍPIOS DE SOBREVIVÊNCIA NO MAR:


1999. As investigações do acidente concluíram AÇÕES A SEREM TOMADAS
que a idade, a manutenção insuficiente e
→ Treinos e exercícios regulares;
inadequadas vistorias foram os principais
→ Estar preparado para qualquer emergência;
fatores que contribuíram para a falência
→ Conhecer as ações a serem tomadas nos
estrutural do navio. O afundamento do Erika
acelerou o programa relativo a navios-tanque de seguintes casos:
casco simples. → Chamada para os postos de embarque;
→ Abandonar o navio;
EXXON VALDEZ → Quando estiver na água;
→ Quando estiver em uma embarcação de
Encalhou no estreito de Príncipe William, no
sobrevivência.
Alasca. Deu origem à OPA 90 - Oil Pollution Act,
que é um ato (lei) antipoluição do mar, terra e ar Conhecer os principais perigos para os
dos Estados Unidos da América do Norte. sobreviventes (proteção contra o ambiente):
Visa evitar poluição por óleo (na água, terra
e ar). Através de instalações em terra e mar → Afogamento;
que operam nos EUA, assegura garantia de → Hipotermia;
ressarcimento (indenizações) às partes → Sede;
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→ Alimentação. Sinais de Socorro: são sinais que podem ser


→ Localização. vistos a grandes distâncias. São os foguetes
manuais estrela vermelha com pára-quedas, o
NOTA facho manual luz vermelha, o sinal fumígeno
flutuante e o sinal de perigo diurno / noturno.
É necessário que todos os tripulantes participem
de todos os treinamentos e exercícios previstos Sinais de Salvamento: destinam-se às
nos sistemas de gerenciamento de segurança e comunicações em fainas de salvamento e
de prevenção da poluição implementados a caracterizam-se por sinais manuais com estrela
bordo de seu navio, para que se tornem e nas cores vermelha, verde ou branca;
permaneçam aptos a reagir de maneira
satisfatória em qualquer das emergências Tabela de Postos de Emergência (Tabela-
previstas nos códigos principalmente as Mestra): tabela destinada a orientar aos
emergências que podem levar ao abandono do passageiros e tripulantes detalhes a serem
navio. seguidos nas fainas de emergência (incêndio,
colisão, etc) e abandono;
NORMAM 1: MATERIAIS E EQUIPAMENTOS
DE SALVAMENTO DISPONÍVEIS EM Ração de Abandono: é uma ração alimentar
EMBARCAÇÕES DE SOBREVIVÊNCIA destinada a ser utilizada nas embarcações de
sobrevivência com o fim de manter os náufragos
Equipamentos Salva-vidas Individuais: são em condições psicofísicas tais que permitam a
equipamentos destinados à sobrevivência sua sobrevivência.
pessoal do náufrago, tais como: bóia salva-vidas,
colete salva-vidas, roupa de imersão, roupa Alarme Geral de Emergência: é um alarme
antiexposição e meio de proteção térmica; destinado a chamar passageiros e tripulação
para os postos de reunião e para iniciar as
Dispositivo de Iluminação Automática: é operações indicadas na tabela de postos;
associado à bóia salva-vidas e destina-se a
indicar a posição da pessoa que se encontra na Embarcação SOLAS: é uma embarcação de AB
água; (arqueação bruta) > ou = a 500.

Aparelho Lança-Retinida: equipamento DEFINIÇÕES DOS EQUIPAMENTOS DE


utilizado para lançar uma retinida a pelo menos SALVATAGEM NO SOLAS CAP 3
230 metros de distância com uma precisão
Roupa anti-exposição é uma roupa de proteção
aceitável;
projetada para ser utilizada pela tripulação de
Meios de Abandono: são quaisquer meios que embarcações de salvamento e por equipes de
possibilitem abandonar o navio em situações de sistemas de evacuação marítima.
emergência;
Pessoa habilitada é uma pessoa que possui um
Sinais Visuais: são artefatos pirotécnicos certificado de habilitação em embarcação de
destinados a chamar a atenção das equipes de sobrevivência, expedido sob a autoridade, ou
socorro ou embarcações ou aviões que passem reconhecido como válido pela Administração,
às proximidades. São denominados Sinais de de acordo com as prescrições da Convenção
Socorro e Sinais de Salvamento. Internacional sobre Padrões de Instrução,
Certificação e Serviço de Quarto, em vigor;
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Escada de embarque é a escada de que são Equipamento ou dispositivo de lançamento é


dotados os postos de embarque nas um meio de transferir com segurança uma
embarcações de sobrevivência, para permitir o embarcação de sobrevivência, ou embarcação
acesso com segurança à embarcação de de salvamento, da sua posição de estivada, para
sobrevivência, após o seu lançamento. a água.

Lançamento por flutuação livre é aquele Sistema de evacuação marítima é um


método de lançamento de uma embarcação de dispositivo destinado a uma transferência
sobrevivência pelo qual a embarcação se rápida de pessoas do convés de embarque de
desprende automaticamente de um navio que um navio para uma embarcação de
está afundando e fica pronta para ser utilizada. sobrevivência flutuando.

Lançamento por queda livre é aquele método Equipamento ou dispositivo salva-vidas novo é
de lançamento de uma embarcação de um equipamento ou dispositivo salva- vidas que
sobrevivência pelo qual a embarcação, com seus incorpora novas características ainda não
passageiros e equipamentos a bordo, é liberada totalmente cobertas pelas disposições deste
para cair no mar, sem qualquer dispositivo que capítulo, mas que proporciona um padrão de
a prenda. segurança igual, ou superior.

Roupa de imersão é uma roupa de proteção que Estabilidade positiva é a capacidade de uma
reduz a perda de calor de uma pessoa imersa em embarcação voltar à sua posição original após
água fria, que a estiver usando. cessar a aplicação de um momento de
adernamento.
Dispositivo inflável é um dispositivo que
depende de câmaras não rígidas, cheias de gás, Tempo de recolhimento de uma embarcação de
para a sua flutuação e que é normalmente salvamento é o tempo necessário para içá- la até
mantido não inflado e pronto para ser utilizado. uma posição em que as pessoas que estiverem a
bordo possam desembarcar para o convés do
Dispositivo inflado é um dispositivo que navio.
depende de câmaras não rígidas, cheias de gás,
para a sua flutuação e que é sempre mantido Embarcação de salvamento é uma embarcação
inflado e pronto para ser utilizado. concebida para salvar pessoas em perigo e
conduzir às embarcações de sobrevivência.
Código Internacional de Dispositivos Salva-
Vidas (LSA), (denominado o Código neste Embarcação de sobrevivência é uma
capítulo), significa o Código Internacional de embarcação capaz de preservar as vidas das
Dispositivos Salva-Vidas adotado pelo Comitê de pessoas em perigo, a partir do momento em que
Segurança Marítima da Organização pela abandonam o navio.
Resolução MSC.48(66), como possa vir a ser
emendado pela Organização, desde que essas Meio de proteção térmica é um saco, ou roupa,
emendas sejam adotadas, postas em vigor e confeccionado com material à prova d’água,
surtam efeito de acordo com as disposições do com uma baixa condutividade térmica.
Artigo VIII desta Convenção, relativo aos
LANÇAMENTO A MODO MANUAL DA
procedimentos para emendas aplicáveis ao
BALSA INFLÁVEL
anexo, com exceção do Capítulo I.
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Considerando apenas uma balsa posicionada em para que a balsa seja deslocada para melhor
seu berço, para lançamento manual, com local de lançamento, o mais rápido possível, nas
apenas dois homens. emergências.

1. Desengatar o gato de escape liberando a É necessário que as pessoas embarquem sem


balsa da cinta que a prende ao berço; nenhum tipo de material, equipamento ou
acessório que possa vir a danificar a balsa,
2. Puxar o cabo de disparo, cerca de 15 metros, provocando seu esvaziamento.
deixando-o no convés (evitará que este cabo se
enrosque e abra a balsa durante o lançamento O QUE O NÁUFRAGO DEVE FAZER ABORDO
antes que caia na água); DE UMA EMBARCAÇÃO DE SOBREVIVÊNCIA

3. Observar se na água não existem objetos, Encontrando-se no interior de uma embarcação


pessoas, etc. e lançar a balsa, cada homem de sobrevivência, também há a possibilidade de
segurando por uma extremidade; acontecer a hipotermia. Pessoas magras,
pessoas de pouca idade, as desidratadas,
4. Puxar o cabo de disparo até que este ofereça
feridas, estressadas, fadigadas, doentes ou
resistência e dar um último puxão para que a
famintas estarão mais propensas à hipotermia e,
válvula da garrafa (CO2) se abra e infle a balsa;
portanto, merecem maior atenção dos demais.
5. O líder, então, pega a boça e desce pela Serão necessários alguns cuidados preventivos,
escada de embarque até próximo à água, puxa a como os a seguir:
balsa e embarca;
→ Usar roupa adequada à temperatura
6. Após embarcar e inspecionar, autoriza o ambiente, não muito pesada, de maneira
embarque dos demais; que não cause calor que provoque o suor e
nem tão leve, que permita o frio;
7. Após todos embarcados, deve-se puxar ao → Mantenha a cabeça, o pescoço e a nuca
máximo possível o cabo de disparo para dentro protegidos, por serem regiões por
da balsa e cortá-lo com a faca sem ponta que → onde ocorrem as maiores perdas de calor;
está fora do saco da palamenta, na entrada da → Tente manter-se seco;
balsa; → Proteja-se do vento, mantendo a
embarcação fechada, pois ele aumentará a
8. Usando os remos flutuantes, que se
→ perda de calor;
encontram fora do saco da palamenta, e com o
→ Não tome bebidas alcoólicas sob pena de
auxílio da âncora flutuante, afastar-se do navio;
baixar a temperatura interna do seu
9. Somente após a confirmação de que não tem → corpo;
mais ninguém na água é que a balsa deverá ser → Evite exercícios desnecessários para não
fechada. perder energia;
→ Respire apenas pelo nariz, pois isso irá
O cabo de disparo não deve ser desamarrado do aquecer o ar antes que chegue aos
sistema hidrostático para ser amarrado na pulmões, contribuindo para a manutenção
varanda para que não se perca tempo, uma vez do calor corporal;
que nesta posição ele já está seguro. Essa prática → Tome medicação contra enjôo, que deixa a
é necessária para as balsas que não possuem pessoa mais propensa à hipotermia além de
dispositivo de flutuação livre (válvula que, havendo vômito, contribuirá para uma
hidrostática), cujo cabo de disparo fica solto desidratação por perda de líquido;
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→ Um grupo dentro de uma embarcação de precessão. a inércia giroscópica (ou rigidez no


sobrevivência deve manter-se junto para espaço) é a propriedade que o giroscópio livre
que todos se aqueçam mutuamente; tem em manter seu eixo apontado sempre para
→ Dentro de uma balsa, se esta possuir fundo um mesmo ponto no espaço, a despeito dos
inflável, este deverá ser mantido inflado movimentos de sua base.
para aumentar o isolamento com a água
fria. Q2) LATITUDE MÉDIAS/ RELATIVA ETC

A água deverá ser racionada nos casos em que Para se obter a diferença de Latitude entre dois
haja previsão de um salvamento pontos deve-se subtrair ou somar os valores de
suas Latitudes, conforme eles sejam,
mais demorado, maior número de náufragos na
respectivamente, de mesmo nome ou de nomes
balsa do que a lotação normal, perda de rações,
contrários. Usa-se muito a seguinte regra prática
etc., porém, mesmo assim, devem ser ingeridos para calcular a diferença de latitude:
pelo menos 350ml de água por homem a cada
dia. Troca-se o nome da latitude de partida, se as
latitudes ficarem com nomes contrários,
subtrai-se a menor da maior e dá-se o nome da
maior; se as latitudes ficarem com o mesmo

Navegação 1 nome, somam-se e dá-se o nome comum.


DIFERENÇA DE LONGITUDE ENTRE DOIS
LUGARES OU CAINHO EM LONGITUDE - (Δλ): é a
distancia angular medida sobre o equador ou
QUESTÃO 1) PROPRIEDADE GIROSCÓPICA
um paralelo qualquer, compreendido entre os
Giroscópio Básico: Um giroscópio básico, cujas meridianos que passam por esses lugares. A
partes principais estão mostradas, consiste de obtenção de seu valor é semelhante à da
um rotor (volante ou toro) perfeitamente diferença de Latitude. Para a diferença de
balanceado, livre para girar em torno de três Longitude orientada para Leste ou para Oeste,
eixos perpendiculares entre si, que se no sentido da partida para a chegada, costuma-
interceptam no seu centro de gravidade. Diz-se, se chamar de caminho em Longitude. Usa-se
assim, que o giroscópio tem três graus de também a regra prática para determinar a
liberdade, constituídos pelas possibilidades de diferença de longitude:
girar em torno dos três eixos, denominados
Troca-se o nome da longitude de partida;
respectivamente de:
se, a partir daí, as longitudes ficarem com
→ eixo de rotação nomes contrários, subtrai-se a menor da maior
→ eixo horizontal (ou eixo de torque) e dá-se o nome da maior;
→ eixo vertical (ou eixo de precessão)
se as longitudes ficarem com o mesmo nome,
Quando o rotor gira em alta velocidade, o somam-se e dá-se o nome comum.
giroscópio desenvolve duas propriedades que
não apresenta enquanto o rotor está em Quando a diferença de longitude encontrada for
repouso. maior que 180º, subtrai-se seu valor de 360º e
troca-se o nome. LATITUDE MÉDIA ENTRE DOIS
Estas duas propriedades são conhecidas como LUGARES(φm): é a Latitude correspondente ao
inércia giroscópica (ou rigidez no espaço) e paralelo médio entre os
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paralelos que passam pelos dois lugares. Seu MARCAÇÃO POLAR (Mp): é medida a partir da
valor é obtido pela semi-soma ou semi-diferença proa para BORESTE (BE) ou para BOMBORDO
das Latitudes dos dois lugares, conforme (BB), de 000º a 180º. Recebe sempre uma
estejam eles no mesmo hemisfério ou em designação (BE ou BB).
hemisférios diferentes (neste caso, terá o
mesmo nome que o valor maior). Também Q4) DECLINAÇÃO MAGNÉ TICA
existe regra prática para se calcular a latitude
média: as cartas apresentam, ainda, informações sobre
declinação magnética (mostrando linhas
QUANDO AS LATITUDES TEM O MESMO NOME, isogônicas e linhas de mesma variação anual da
A LATITUDE MÉDIA É A SEMI-SOMA E TEM O declinação), temperatura do ar e temperatura
NOME COMUM; QUANDO AS LATITUDES TEM da água do mar. No verso das Cartas Piloto
NOMES CONTRÁRIOS, A LATITUDE MÉDIA É A constam, também, informações sobre nevoeiro,
SEMI-DIFERENÇA E LEVA O SINAL DA MAIOR. visibilidade, temperatura, vento médio e
ocorrência de ventos fortes nos principais
Q3) MARCAÇÕES POLAR RELATIVAS ETC portos e ilhas do Brasil.

MARCAÇÃO VERDADEIRA (M ou Mv): É ângulo Q5) MARCAÇÃO RELATIVA


horizontal entre o NORTE VERDADEIRO e a linha
que une o navio ao objeto marcado, medido de Quando a DIREÇÃO DE REFERÊNCIA é a PROA DO
000º a 360º, no sentido do movimento dos NAVIO, a marcação pode ser denominada de
ponteiros de um relógio, a partir do NORTE MARCAÇÃO RELATIVA ou MARCAÇÃO POLAR.
VERDADEIRO.
MARCAÇÃO RELATIVA (Mr): é o ângulo
MARCAÇÃO MAGNÉTICA (Mmg): É ângulo horizontal entre a PROA e a linha que une o
horizontal entre o NORTE MAGNÉTICO e a linha navio ao objeto marcado, medido de 000º a
que une o navio ao objeto marcado, medida de 360º, no sentido horário, a partir da PROA.
000º a 360º, no sentido horário, a partir do Então, teremos:
NORTE MAGNÉTICO.
Mv = Mr + R
MARCAÇÃO DA AGULHA (Mag): É ângulo
horizontal entre o NORTE DA AGULHA e a linha Q6)LDP SÓ DE SEGURAN ÇA
que une o navio ao objeto marcado, medido de
000º a 360º, no sentido horário, a partir do LDP LINHA DE IGUAL PROFUNDIDADE
NORTE DA AGULHA. Quando a DIREÇÃO DE (ISOBATIMÉTRICA OU ISOBÁTICA)
REFERÊNCIA é a PROA DO NAVIO, a marcação
pode ser denominada de MARCAÇÃO RELATIVA Quando uma profundidade a bordo é
ou MARCAÇÃO POLAR. determinada, fica definida uma linha de posição,
podendo-se afirmar que o navio estará em
MARCAÇÃO RELATIVA (Mr): é o ângulo algum ponto da isobatimétrica (linha de igual
horizontal entre a PROA e a linha que une o profundidade) correspondente à profundidade
navio ao objeto marcado, medido de 000º a obtida. A isobatimétrica é uma LDP aproximada,
360º, no sentido horário, a partir da PROA. mas que tem grande emprego como LDP de
Então, teremos: segurança, para se evitar áreas perigosas (a
profundidade limite pode, inclusive, ser ajustada
Mv = Mr + R
no alarme do ecobatímetro) e só deverá ser
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utilizada em áreas onde o relevo submarino é dois pontos é o efeito da corrente. Esta
bem definido e apresenta variação regular, e distância poderá ser decomposta em duas
sempre uma que conste da carta náutica que se componentes: a primeira, denominada avanço
navega. (ou atraso), é obtida pelo rebatimento do ponto
estimado sobre o rumo no fundo e,
Q7) SEGUIMENTO DO GPS consequentemente, igual à diferença das
distâncias percorridas no fundo e na superfície.
O sistema GPS se constitui de 3 seguimentos: A segunda, denominada caimento, é igual à
corda compreendida pelo arco do rebatimento
1) seguimento espacial (24 satélites em órbita a
cerca de 11.000 milhas náuticas acima da
superfície terrestre – figura 190);

2) seguimento de controle composto de Trigonometria Esférica


diversas estações terrestres de controle,
pertencentes ao Departamento de defesa dos
Estados Unidos, cujas principais funções são: 1) DEFINIÇÃO E PROPR IEDADES DO
monitorar a posição correta da órbita do CÍRCULO MÁXIMO;
satélite; e assegurar que as informações
Na esfera, o caminho mais curto entre dois
transmitas sejam corretas.
pontos é dado por um arco de circunferência
3) seguimento usuário, por meio de obtida intersectando a esfera com um plano
diferentes tipos de equipamentos o usuário contendo o seu centro. Essa circunferência é
pode determinar sua posição na superfície usualmente designada por círculo máximo.
terrestre
2) DEFINIÇÃO E PROPR IEDADES DE
Q8) EFEITOS DAS CORRENTES TRIÂNGULO ESFÉRICO;

Um navio que mantém um rumo, seguindo a É a curva, contida na superfície esférica,


agulha de governo, e uma velocidade fixa, formada pela ligação de três pontos não
estabelecida por um regime constante de colineares através de arcos de círculos
rotações do hélice, não se deslocará máximos.
necessariamente sobre o rumo e a velocidade
ordenados. Um dos motivos que afetam o 3) TRIÂNGULO RETÂNGULO, TRIÂNGU LO
movimento do navio é a existência de Correntes RETILÁTERO E TRIÂNGULO POLAR;
Oceânicas Superficiais, que se adicionarão
naturalmente ao deslocamento esperado pelo Um triângulo esférico é dito retângulo
navio, resultando uma discrepância entre o quando possui umângulo reto. Um triângulo
rumo e velocidade em relação à superficie e esférico retângulo pode ter um, dois ou três
o rumo e velocidade em relação ao fundo ângulos retos, são chamados de triângulo
(Figura 10.35). Haverá, assim, um “abatimento” retângulo, bi-retângulo ou tri-retângulo,
e um “caimento” e o navio poderá estar em respectivamente.
“avanço” ou “atraso”.
Um triângulo esférico é retilátero quando
Caimento, avanço e atraso – quando se compara possui um lado igual 90◦, esse lado é
uma posição observada com a estimada para chamado de quadrantal. Um triângulo
um mesmo momento, a distância entre os esférico que possui dois lados quadrantais, é
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chamado de bi-retilátero. Além disso, quando é, a parte que fica total ou quase totalmente
um triângulo esférico for tri-retângulo, imersa.
obviamente os seus três lados são quadrantais. • Deslocamento: É o peso do navio. É dado
em toneladas e representado pelo símbolo
O triângulo polar de um triângulo esférico Δ (delta). O termo deslocamento é usado
ABC é outro triângulo esférico A′B′C′ que se porque o peso do navio é igual ao peso do
obtêm a partir de circunferências máximas volume d’água deslocada pela carena do
cujos polos são os vértices do triângulo ABC. mesmo.
Se A′B′C′ é o triângulo polar de ABC, então ABC
• Densidade: é a razão entre a sua massa e o
é o triângulo polar de A′B′C′.
volume que ele ocupa. A
água doce possui densidade
4) ORTODROMIA E DERROTA
unitária (1,0 kg/l, ou 1.000 kg/m3, ou ainda
ORTODRÔMICA.
1,0t/m3).
• Doce=1,000 t/m3 - para toda a navegação
É qualquer segmento de um círculo máximo da
interior;
esfera terrestre. É, assim, a menor distância
• Salgada=1,025 t/m3 - para toda a
entre dois pontos na superfície da Terra. a
navegação de mar aberto e costeira.
ortodromia (arco de círculo máximo) que une
• Empuxo: é a força peso e a reação à força
os pontos de partida e de destino foi dividida
peso do líquido sobre o objeto tendo
em segmentos de loxodromia. Na execução
mesmo módulo e direção de atuação que a
da derrota ortodrômica, navega-se por essas
força peso, porém em sentidos opostos, o
loxodromias. Obviamente, quanto maior for o
que faz com que objetos flutuem em meio
número de arcos de loxodromia, maior
líquido.
aproximação haverá entre a distância
navegada e a distância ortodrômica. • Princípio de Arquimédes: Todo corpo, total
ou parcialmente imerso em um
líquido, sofre a atuação de uma força
vertical, no sentido de baixo para cima, cujo
valor é igual ao peso do líquido deslocado
Estabilidade 1 e 2 pelo corpo.
• Deslocamento Leve ( ∆leve ): massa da
embarcação considerando somente a
• Carena: Carena é um termo empregado muitas
estrutura (casco e casaria), equipamentos e
vezes em lugar de obras vivas, mas significa com
acessórios. O calado que marca no costado
mais propriedade o invólucro do casco nas obras
da embarcação nesta situação é chamado
vivas.
de calado leve (Tleve).
• Volume de Carena: É o volume • Deslocamento Máximo ( ∆máx ): massa
compreendido entre a superfície molhada e máxima que a embarcação pode ter sem
um dado plano de flutuação. Este volume é, prejudicar a estabilidade. Também
às vezes, chamado simplesmente carena, chamado de deslocamento de plena carga.
pois, nos cálculos, não há possibilidade de O calado que marca no costado da
confusão com a parte do casco que tem este embarcação nesta situação é chamado de
nome. calado máximo (Tmáx).
• Obras vivas: Parte do casco abaixo do plano • Deslocamento Atual ( ∆ ): massa que a
de flutuação em plena carga (art. 2.2), isto embarcação tem entre o deslocamento leve
e o deslocamento máximo. O calado que
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Provão2023
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marca no costado da embarcação nesta tornados estanques acima do plano de


situação é chamado de calado atual flutuação. O excesso de carga poderá levar
(Tatual). a perda da reserva de flutuabilidade.
• Porte Bruto (TPB): também chamado de
tonelagem de porte bruto, representa a O calado é a dimensão diretamente relacionada
capacidade máxima de transporte que a com o deslocamento. Por conseguinte, a borda
embarcação possui sem afetar a segurança livre é uma grandeza relacionada com a reserva
da navegação. Pode ser expresso de flutuabilidade. Quanto maior o calado,
matematicamente como a diferença entre o menor a borda livre e, portanto, a reserva de
∆máx e o ∆leve. flutuabilidade.
• Porte Atual (PA): é a massa que a
São chamados de pontos notáveis da
embarcação pode transportar em um estabilidade, os pontos que se relacionam
determinado calado, calado atual, sem diretamente com as condições de equilíbrio e
atingir sua capacidade máxima. Pode ser manutenção do equilíbrio da embarcação.
expresso matematicamente como a
diferença entre o ∆atual e o ∆leve. CENTRO DE GRAVIDADE
• Porte Liquido (TPL): também chamado de
tonelagem de porte líquido, representa o Ponto notável que representa a concentração
peso de carga que a embarcação pode de toda a força peso resultante da embarcação
transportar e gera lucro. e suas cargas. No sistema embarcação,
• Porte Operacional (PO): corresponde a considerando somente massas embarcadas e o
todas as massas de material e tripulação peso leve, este centro coincide com o centro de
necessários para operar a embarcação, não massa.
gerando lucro. Somado ao porte líquido,
GGv- Variação vertical do centro de gravidade.
compõem o porte bruto.
• Porte Comerciável (PC): é o peso que falta GGt- Variação transversal do centro de
para completar o porte bruto em um calado gravidade.
qualquer, inferior ao calado máximo, ou
seja, representa a capacidade de carga KG - Altura do centro de gravidade (m – BL). Por
ainda não utilizada para transporte pela se tratar de altura com referência na origem do
embarcação. sistema de coordenadas, seu valor sempre será
• A forma mais comum de determinar o positivo.
deslocamento de uma embarcação para
TCG - Posição transversal do centro de gravidade
qualquer situação de carregamento é
(m – CL).
utilizando as curvas ou tabela das curvas
hidrostáticas da embarcação. Essas são Normalmente adota-se sinal negativo para BB e
anexadas aos documentos da embarcação positivo para BE.
quando a mesma sai do estaleiro.
• Flutuabilidade: É a propriedade de um LCG - Posição longitudinal do centro de
corpo permanecer na superfície de um gravidade (m – AP ou m - MS). Normalmente
líquido. Depende da igualdade entre o peso adota-se sinal negativo para popa e positivo
do corpo e o empuxo do líquido. Desta para proa a partir da referência adotada.
forma depende da densidade do corpo.
• Reserva de flutuabilidade: É a soma de CÁLCULO DA POSIÇÃO DO G (ACRÉSCIMO E
todos os espaços fechados que podem ser RETIRADA DE CARGAS).
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FEITO POR ALUNA 2042 ALICE MORAIS

Em todo o equacionamento visto o sinal positivo O metacentro é representado pela letra “M”.
para a massa, representa o embarque
(acréscimo) de cargas. Para desembarcar KM - Altura do metacentro (m – BL). Por se tratar
(retirar) uma, ou mais cargas, o sinal das massas de altura com referência na origem do sistema
deve ser negativo. de coordenadas, seu valor sempre será positivo.

Para a posição da carga, vale as regras vistas Altura do metacentro (m – BL). Por se tratar de
anteriormente, ou seja, é necessário obedecer o altura com referência na origem do sistema de
sinal dos bordos (BB – BE) e das extremidades coordenadas, seu valor sempre será positivo.
(Proa – Popa).
Na estabilidade a forma mais comum de
A movimentação de uma, ou mais, cargas a determinar a posição do metacentro é a partir
bordo pode gerar variação na posição do centro das curvas e tabelas hidrostáticas.
de gravidade do navio. Esta variação pode afetar
A forma analítica mais difundida para calcular a
a estabilidade momentânea ou
posição do metacentro é a equação do raio
permanentemente.
metacêntrico transversal (GM), o qual é a
CENTRO DE CARENA relação entre o momento de inércia transversal
do plano de flutuação e o volume de carena.
Ponto notável onde atua o vetor empuxo
A importância da altura metacêntrica (GM) na
resultante da pressão hidrostática atuante no
estabilidade é que esta fornece um parâmetro
casco da embarcação.
para julgar se a embarcação é ou não estável.
Ponto notável que representa o equilíbrio da
São denominadas de condições de equilíbrio de
geometria submersa do casco (volume de
uma embarcação as consequências sobre a sua
carena) da embarcação.
flutuação devido à modificação de posição dos
Este ponto notável é representado pela letra pontos notáveis da estabilidade.
“B”.
O parâmetro mais simples utilizado para
KB- Altura do centro de carena (m – BL). Por se qualificar e quantificar a condição de
tratar de altura com referência na origem do estabilidade de uma embarcação é a sua altura
sistema de coordenadas, seu valor sempre será metacêntrica, ou seja, a distância entre o G e o
positivo. M.

TCB - Posição transversal do centro de carena (m São 3 (três) as condições de equilíbrio:


– CL).
- Estável;
Normalmente adota-se, assim como para o TCG,
- Indiferente; e
sinal negativo para BB e positivo para BE.
- Instável.
METACENTRO
ADRIÇAMENTO
Ponto notável que depende da variação da
posição do centro de carena. Este ponto notável Para início da análise das condições de
surge na interseção de raios consecutivos equilíbrio, vamos supor uma embarcação em
formados a partir da variação de bandas condição inicial de adriçamento.
infinitesimais.
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FEITO POR ALUNA 2042 ALICE MORAIS

Como pode ser percebido, para caracterizar a Os GZ > 0, quando a condição inicial é o
condição de equilíbrio existe a dependência adriçamento, são chamados de braços de
direta ao afastamento entre o G e o M. restauração, ou braços de endireitamento, ou
braços de adriçamento.
BANDA PERMANENTE
Estando GZ para o bordo oposto ao da banda,
A banda permanente surge por não estar mais o seguindo o referencial adotado, estes GZ < 0 e
G sobre a CL. Fato este que ocorre somente denominado de braços de emborcamento.
devido a movimentação transversal de uma, ou
mais cargas, ou devido à má distribuição de Se sob ação de forças externas a embarcação
carga (s) no processo de carregamento, ou adernar para o mesmo bordo da banda
descarregamento, da embarcação. permanente, B deixa a posição inicial de
alinhamento com G e passa a gerar um binário.
Para qualificar a estabilidade com banda Este binário, em um primeiro momento de
diferente de 0° não é utilizada a GM como inclinação, gera um momento com braços de
parâmetro. restauração (≠ braços de adriçamento). Se por
motivo da ação de forças externas, a
Braços de estabilidade é o termo que designa a
embarcação
menor distância entre o vetor da força de
empuxo e o centro de gravidade da embarcação. Adquirir banda para o bordo contrário ao da
banda permanente (entre a banda permanente
Quando uma embarcação aderna, o B
e o "adriçamento"), então os GZ passam a ser
movimenta-se para o bordo que a embarcação
negativo, mas não emborcam a embarcação.
adernou parando em uma nova posição (B’),
devido a variação da geometria do volume de Estes são denominados de braços de banda. A
carena. GM > 0, garantindo a restauração da
embarcação para a condição inicial de banda
Mesmo sem estar em posição de adriçado
permanente.
permanecem atuando sobre a embarcação as
forças de empuxo, no centro de carena, e a força Momento de adriçamento é o Me que tende a
peso, no centro de gravidade. trazer a embarcação à sua posição de
adriçamento.
Os valores dos GZ são plotados em um sistema
cartesiano, onde no eixo das abcissas tem-se os Análogo a este, o momento restaurador é o Me
ângulos de banda e no eixo das ordenadas os que tende a trazer a embarcação à sua posição
valores dos GZ. de banda permanente após inclinações para o
mesmo bordo da banda permanente. Nos dois
Esta curva recebe o nome de curva dos braços
casos os GZ são positivos e denominados de
de estabilidade, curva de estabilidade estática
braços de adriçamento (condição inicial de
(C.E.E.) ou diagrama de estabilidade.
adriçamento) e braços de restauração (condição
Duas condições iniciais devem ser avaliadas. inicial de banda permanente).

- Adriçamento; e A GM também é positiva. Momento de


emborcamento é o Me que aderna a
- Banda permanente. embarcação gerando uma condição de
equilíbrio instável, onde a embarcação tende a
emborcar, uma vez que a GM < 0 e GZ < 0
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FEITO POR ALUNA 2042 ALICE MORAIS

(braços de emborcamento). Momento de banda Somente a parte positiva da C.E.E. é


é o Me que tende a levar a embarcação à sua considerada, uma vez que, é
condição de equilíbrio adernada, ou seja, banda
permanente. Neste caso a GM > 0, porém os GZ ela quem mede a capacidade que a embarcação
< 0 (braços de banda). O efeito de superfície livre tem em retornar a sua posição inicial adriçada.
é um fenômeno que ocorre quando tem-se a Então conclui-se que a estabilidade dinâmica é
bordo tanques (de carga ou operacional) que igual à área
não estejam completamente preenchidos.
limitada pela curva do braço de estabilidade
Seja devido a condição de carregamento ou ao multiplicada pelo deslocamento
consumo de líquidos como combustível e água
CRITÉRIOS DE ESTABILIDADE
potável. A componente horizontal (GG′ = GGt),
de modo geral, não é a fonte de preocupação da É o conjunto de valores mínimos aceitáveis que
alteração na estabilidade, uma vez que, por não asseguram a estabilidade de uma embarcação
ser uma carga sólida em movimento a mesma em qualquer condição de tempo e de mar. A
sempre voltará para sua posição inicial, não análise feita com base nos critérios de
gerando banda permanente. estabilidade depende de alguns fatores. Estes
geram momentos e braços inclinantes e são:
Com o movimento do líquido livre dentro do
tanque, o G da embarcação sofrerá 1. A ação dos ventos que é de suma importância
movimentação ascendente, o que pode gerar em embarcações de grande borda livre e de
aproximação ao M. Logo, o efeito da superfície superestruturas altas, como é o caso de
livre (E.S.L.) na estabilidade é percebido pela embarcações de passageiros e roll-on roll-off;
embarcação como a elevação do G de sua
posição real à posição virtual GV. Como 2. A ação do leme e de forças atuantes sobre o
consequência a superfície livre dentro de casco quando a embarcação executa manobras;
tanques provoca a diminuição da GM. e

Movimento transversal: Caso um dos momentos 3. A ação das vagas, as quais geram balanço na
seja maior que o outro a embarcação adernará embarcação.
para o bordo de maior momento, gerando assim
uma banda permanente. Este é um ponto muito importante por atuar em
todos os tipos de embarcações qualquer que
O sentido de movimentação da carga irá seja o local onde navegue.
influenciar no resultado de correção dos braços
de estabilidade. 1. A área sob a Curva de Estabilidade Estática,
compreendida entre os ângulos de inclinação de
Na estabilidade dinâmica são estudadas as 0° e 30°, não deverá ser inferior a 0,055 m.rad.
forças que afastam o navio da posição inicial,
relacionando-as com este afastamento. 2. A área sob a Curva de Estabilidade Estática
compreendida entre os ângulos de inclinação de
Outra forma de determinar a estabilidade 0° e 40°, ou 0° e 𝜑𝑓, não deverá ser inferior a
dinâmica de uma 0,090 m.rad.

embarcação é através da C.E.E. 3. A área soba Curva de Estabilidade Estática


compreendida entre os ângulos de inclinação de
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FEITO POR ALUNA 2042 ALICE MORAIS

30° e 40°, ou 30° e 𝜑𝑓, não deverá ser inferior a ação do vento.
0,030m.rad.
Critérios:
4. O braço de estabilidade correspondente ao
ângulo de inclinação de 30° não deverá ser 1. O braço de adricamento medido no
menor do que 0,20 m. ponto de banda permanente devido ao
vento não pode ser maior que 60% do
5. O braço de estabilidade máximo deverá GZmáx
ocorrer em um ângulo de inclinação maior ou 2. A área 𝐴1 não pode ser menor que 1,4
igual a 25°. ∙ 𝐴2;
3. O ângulo de banda permanente devido
6. A altura metacentrica inicial GM0 não deve vento não pode ser maior que 15°.
ser menor do que 0,15m.
Estabilidade longitudinal é o ramo da
estabilidade que estuda o comportamento da
embarcação quando inclinações ocorrem em
torno de um eixo transversal que passa pelo
centro de flutuação (F), retirando a embarcação
de sua posição inicial.
BRAÇOS INCLINANTES
O estudo da estabilidade longitudinal é estático
Alguns fatores podem gerar momentos e concentrado dentro da faixa inicial de
inclinantes e por consequência desses, braços estabilidade, uma vez que a grande
inclinantes. preocupação deste ramo da estabilidade é
calcular o trim da embarcação.
→ Ventos;
Isto porque o comprimento da embarcação é
→ Manobras de giro; e
muito maior que a boca, fazendo com que
→ Vagas.
ângulos de trim, quando comparados a ângulos
Se a curva de braço inclinantes devido ao vento de banda, mostrem resultados maiores,
for traçada, em mesma escala, sobre a C.E.E., o projeções maiores.
ponto de interseção das duas curvas é o ângulo
Desta forma, os raios metacêntricos
de banda devido ação do vento.
longitudinais serão sempre muito maiores que
Para embarcações que transportam cargas em os raios metacêntricos transversais, e por isso a
porões e tanques a preocupação com esta curva altura metacêntrica longitudinal sempre será
é de baixa relevância, fato este que não pode ser positiva para ângulos dentro da faixa inicial de
desconsiderado para embarcações que estabilidade.
transportam carga sobre o convés principal,
Se a embarcação inclinar longitudinalmente de
passageiros e roll-on/roll-off.
um ângulo, o ponto B terá nova posição em B’.
BRAÇOS INCLINANTES Portanto, ao se inclinar a embarcação de um
ângulo, na direção longitudinal, o centro de
Devido às vagas: Esse é o ponto mais importante carena descreve o arco BB’. Assim como em
para o estabelecimento dos critérios de estabilidade transversal, o centro deste arco
estabilidade. Ele é estudado em conjunto com a será o metacentro, porém agora longitudinal.
52
Provão2023
FEITO POR ALUNA 2042 ALICE MORAIS

A distância, a qual é dada desde o centro de Quando o embarque (ou desembarque) for de
carena até o metacêntro longitudinal, é pesos consideráveis não mais pode-se
denominada raio metacêntrico longitudinal, considerar os elementos obtidos nas curvas
para que não ocorra confusão com o raio hidrostáticas como constantes. Desta forma
metacêntrico transversal. outra metodologia deve ser desenvolvida.

O centro de carena (B) pode ter sua posição a Sabendo como determinar as posições
vante ou a ré do plano transversal de meio longitudinais do centro de gravidade (LCG) e do
navio, assim como pode coincidir com este centro de carena (LCB), três hipóteses são
plano. possíveis para o arranjo desses pontos notáveis.

Nas flutuações isocarenas as inclinações → O afastamento entre G e B é nulo;


longitudinais do navio ocorrem em torno de um → G pode estar a vante de B; e
eixo transversal que passa pelo centro de → G pode estar a ré de B.
flutuação.
Supondo uma embarcação inicialmente em
O centro de flutuação é o centróide do plano de aguas parelhas, o G e o B tem afastamento nulo.
flutuação, podendo ou não coincidir com a Isso é válido para qualquer condição final de
perpendicular de meio navio. carregamento, uma vez que o B procura a
mesma vertical de G.
Este fato pode ser constatado nas curvas
hidrostáticas. o afastamento longitudinal do Quando o G estiver a vante do B, a embarcação
centro de flutuação da perpendicular de meio abicará e o B procurará se posicionar na mesma
navio é positivo se F estiver para vante e vertical que o G, ficando assim “trimado” pela
negativo se F estiver para ré dessa referência. proa.

Tendo em mente o exposto, passamos a Quando o G estiver a ré do B, a embarcação


considerar o movimento de uma carga a bordo, derrabará e o B procurará se posicionar na
na direção longitudinal, no sentido popa – proa, mesma vertical que o G, ficando assim “trimado”
a uma distância d e partindo a embarcação da pela popa.
condição inicial de aguas parelhas.
Existe dentro da geometria de uma embarcação
Assim como o valor para toneladas por uma posição onde pode-se estivar, ou remover,
centímetro de imersão de uma embarcação uma carga e o calado de uma das extremidades
pode ser obtida através do plano de curvas não sofrerá alteração. Esta posição é chamada
hidrostáticas ou de sua tabela hidrostática, o de ponto de indiferença. É muito comum que
MT1 (momento para alterar o compasso de um em uma manobra de carregamento o calado de
centímetro- t.m) uma das extremidades já ter chegado no
desejado, mas ainda existam cargas a serem
Também pode ser visto no plano de curvas
embarcadas, ou desembarcadas. Desta forma,
hidrostáticas de uma embarcação variando em
faz-se necessário caracterizar esta carga.
função do calado.

Quando o embarque (ou desembarque) for de


pequenos pesos pode-se considerar os
elementos obtidos nas curvas hidrostáticas
como constantes (LCF, TPC e MT1)
Seg – Anexo
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FEITO POR ALUNA 2042 ALICE MORAIS

Acidente: É algo que ao acaso que altera a d) A doença endêmica adquirida por segurado
ordem regular das coisas sem que seja parte da habitante de região em que ela se desenvolva,
sua essência ou natureza; e a essa ação ou salvo comprovação de que é resultante de
ocorrido, provoquem prejuízos ou danos às exposição ou contato direto determinado pela
pessoas ou aos materiais. natureza do trabalho.

Mesmo com vários conceitos diferentes, o Perigo: Segundo a OHSAS 18001, é toda fonte,
mais comum é considerar um acontecimento situação ou ato com um potencial para o dano
que, provocado por uma ação violenta e em termos de lesões, ferimentos ou danos
inesperada ocasionada por um agente externo para a saúde, ou uma combinação destes.
involuntário, resulta numa lesão material e/ou
física para a situação em questão. A nova redação da NR-01 descreve o Perigo ou
fator de risco como a fonte com o potencial para
Incidente: É um evento com potencial de causar lesão ou problemas de saúde.
provocar um acidente, ou seja, uma
ocorrência que ainda não provocou prejuízos ou Portanto, o Perigo trata-se de toda fonte
danos, entretanto, caso negligenciado, pode (atividade, ambiente, máquina rotativa,
levar a consequências mais graves. substância, etc.) com potencial de causar
danos à saúde e integridade física do
Acidente do trabalho: Segundo o Art. 19 da Lei trabalhador.
8213/91, é o que ocorre pelo exercício do
trabalho a serviço de empresa ou de Exemplos:
empregador doméstico ou pelo exercício do
A operação da empilhadeira por um trabalhador
trabalho dos segurados, provocando lesão
sem capacitação;
corporal ou perturbação funcional que cause a
morte ou a perda ou redução, permanente ou A realização de trabalhos em altura;
temporária, da capacidade para o trabalho.
Manutenção em equipamentos elétricos ou
De acordo com Art. 20 da Lei citada subestações;
anteriormente, consideram-se acidente do
trabalho as seguintes entidades mórbidas: Conduzir os automóveis da empresa sem
carteira de motorista (CNH).
I - Doença profissional, assim entendida a
produzida ou desencadeada pelo exercício do Risco: De acordo a OHSAS 18001, é a
trabalho peculiar a determinada atividade e; combinação da probabilidade de ocorrência
de um evento perigoso ou exposição com a
II - Doença do trabalho, assim entendida a gravidade da lesão ou doença que pode ser
adquirida ou desencadeada em função de causada pelo evento ou exposição.
condições especiais em que o trabalho é
realizado e com ele se relacione diretamente. A NR-01 descreve o Risco relacionado ao
trabalho ou risco ocupacional como a
Não são consideradas como doença do trabalho: combinação da probabilidade de ocorrência
de eventos ou exposições perigosas a agentes
a) A doença degenerativa;
nocivos relacionados aos trabalhos e da
b) A inerente ao grupo etário; gravidade das lesões e problemas de saúde
que podem ser causados pelo evento ou
c) A que não produza incapacidade laborativa, e; exposição.
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Provão2023
FEITO POR ALUNA 2042 ALICE MORAIS

É importante destacar que somente haverá o São os decorrentes de processos e


risco caso exista exposição do trabalhador equipamentos produtivos, como ruídos,
e/ou de terceiros ao perigo, pois o risco está vibrações, pressões fora do normal,
associado à exposição ao perigo. Se temperaturas extremas, radiações ionizantes
pensarmos em uma linha cronológica, e as não ionizantes;
inicialmente surge o Perigo para em seguida,
se houver exposição, surgir o risco. AGENTES QUÍMICOS

Risco = Perigo + Exposição São os decorrentes de manipulação e


processamento de matérias-primas, como
EXEMPLOS DE RISCO poeiras, fumos, vapores, névoas, neblinas e
gases — que podem ser absorvidos por via
Perigo: A operação da empilhadeira por um respiratória ou por meio da pele;
trabalhador sem capacitação;
AGENTES BIOLÓGICOS
Risco(s): Acidente, morte, danos materiais, etc.
São os decorrentes de manipulação,
Perigo: A realização de trabalhos em altura;
transformação e modificação de seres vivos
Risco(s): Queda e ferimentos, etc. microscópicos, como bactérias, genes, bacilos,
parasitas, protozoários, vírus;
Perigo: Manutenção em equipamentos elétricos
ou subestações; RISCOS ERGONÔMICOS

Risco(s): Choque elétrico, queda e ferimentos. São os decorrentes de fatores relacionados a


aspectos psicológicos e fisiológicos, como
Perigo: Conduzir os automóveis da empresa sem imposição de ritmos excessivos, jornadas de
carteira de motorista (CNH); trabalho prolongadas, levantamento e
transporte manual de peso, exigência de
Risco(s): Acidente, morte, danos materiais, etc.
postura inadequada, esforço físico intenso e
Riscos nos ambientes de trabalho: Os locais de controle rígido de produtividade.
trabalho, pela própria natureza da atividade
RISCOS DE ACIDENTES
desenvolvida e pelas características de
organização, relações interpessoais, São os decorrentes de máquinas ou
manipulação ou exposição a agentes físicos, equipamentos, como maquinários
químicos, biológicos, situações de deficiência desprotegidos, ferramentas inadequadas ou
ergonômica ou riscos de acidentes, podem com defeitos, iluminação inadequada, arranjo
comprometer o trabalhador em curto, médio físico inadequado e probabilidade de explosão
e longo prazo, provocando lesões imediatas, ou incêndio;
doenças ou a morte, além de prejuízos de ordem
legal e patrimonial para a empresa. Em cada tipo de empresa e atividade
ocupacional o risco é diferente. Por isso,
Os riscos ambientais estão divididos em cinco conhecer bem os agravantes em seu tipo de
grupos. São eles: riscos físicos, riscos químicos, negócio é essencial. Assim, será possível
riscos biológicos, riscos de acidentes e riscos identificá-los e elaborar, de forma eficaz,
ergométricos. maneiras de preveni-los.

AGENTES FÍSICOS
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ORIENTAÇÕES E TREINAMENTOS • Corpo inteiro: macacão e outro tipo de


vestimenta que cubra o corpo todo;
Os colaboradores precisam estar cientes dos • Contra quedas: Cinto e cinturão de
riscos existentes, bem como devem saber quais segurança.
são as medidas e procedimentos de
prevenção. Para tal, a realização de Cada EPI é único e varia de acordo com as
treinamentos e capacitações deve ser atividades, cabe à organização:
constante.
• Adquirir o EPI adequado ao risco de cada
Durante os treinamentos, deve ser promovido atividade;
o estímulo ao comportamento seguro, • Ensinar o seu funcionamento e importância;
correção e orientação quanto às boas práticas • Exigir o seu uso;
de segurança, além de reforço à cultura de • Fornecer apenas equipamentos aprovados
segurança do trabalho. pelo órgão nacional competente em
matéria de segurança e saúde do trabalho;
MEDIDAS DE CONTROLE
• Orientar e treinar o colaborador sobre o uso
adequado, armazenamento e conservação;
Várias atitudes podem ser utilizadas para
• Substituir os itens imediatamente quando
diminuir os riscos, como a colocação de placas
danificados ou extraviados;
indicando possibilidades de choques, quedas
de materiais e explosões. As máquinas devem • Responsabilizar-se pela higienização e
ser sinalizadas e apresentar instruções de uso manutenção periódica;
de maneira clara e objetiva. • Comunicar ao MTE qualquer irregularidade
observada;
PROTEÇÃO E FISCALIZAÇÃO • Registrar o seu fornecimento ao
trabalhador, seja em fichas, livros ou
A NR 6 disponibiliza uma lista de EPIs que se sistema eletrônico.
enquadram para cada função. Ela é dividida de
acordo com a parte do corpo o Equipamento de Assim, o colaborador também deve:
Proteção Individual protege. Alguns desses itens
mais comuns são: • Utilizar o EPI apenas para a finalidade a que
se destina;
• Cabeça: Capacetes e capuz ou balaclava; • Responsabilizar-se pela guarda e
• Olhos e face: Óculos, viseiras e máscara de manutenção;
solda; • Comunicar à empresa qualquer alteração
• Auditiva: Protetores auriculares, tampões e que torne o equipamento impróprio para
abafadores de ruídos; o uso;
• Respiratória: Máscaras, filtros e • Cumprir as determinações da organização
respiradores; sobre o uso adequado.
• Tronco: Aventais e coletes à prova de balas; • Com essa parceria e compreensão, os
• Membros superiores: Luvas, braçadeiras, riscos resultantes da má ou não utilização
mangotes e creme protetor contra se minimizam consideravelmente.
agentes e produtos químicos;
Riscos comuns no trabalho aquaviário: Os
• Membros inferiores: Calçado (coturnos,
acidentes e as doenças do trabalho a bordo são
botas e tênis, por exemplo), meia,
resultantes do meio ambiente de trabalho
perneira e calça;
desfavorável, normalmente insalubre e
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contaminado por agentes nocivos à saúde, • Contêiner com corrosão ou fadiga


sujeitando os trabalhadores a toda sorte de estrutural.
infortúnios. Cargas perigosas, como produtos • Contêiner com certificação de segurança
químicos e até radioativas, são movimentadas vencido.
nas embarcações. Os riscos são iminentes, e • Avarias ou vazamento de cargas perigosas
qualquer descuido pode acarretar um ou contêineres sem a sinalização
acidente grave ou fatal. Os equipamentos são adequada.
de elevado peso. • Posição de trabalho e esforço físico no
destravamento dos dispositivos de
Há riscos físicos (ruídos, vibrações, umidade),
travamento de cantos, das varas e dos
químicos (exposição a gases e poeiras) e,
macacos esticadores.
também, ergonômicos (grande esforço físico
• Presença de contêineres energizados
com postura incorreta).
durante a movimentação.
Nos portos nacionais, no entanto, muitos
Os granéis sólidos representam em termos de
portos que operam com contêiner ainda não
volume a mercadoria mais movimentada nos
dispõem de equipamentos especializados para
portos brasileiros e por suas características
sua movimentação adequada o que gera várias
físicas, químicas e biológicas podem
situações de risco de acidentes. Estas situações
representar riscos específicos para os
foram previstas pela NR-29 e alguns
trabalhadores.
procedimentos de segurança foram
estabelecidos para garantir um mínimo de Fatores de risco:
segurança nas operações de engate manual ou
semiautomático. • Formação e queda de barreiras.
• Produção de gases tóxicos ou inflamáveis,
Principais fatores de risco: oriundos do granel por reação deste com o
ar ou com a umidade.
• Uso de gaiolas para acesso dos
• Reações químicas da poeira do produto nas
trabalhadores ao topo dos contêineres.
mucosas, conjuntiva e com a pele dos
• Trabalho com diferença de nível com risco
trabalhadores.
de quedas.
• Formação de atmosfera com concentrações
• Trabalho sobre contêiner em períodos de
baixas de oxigênio em silos, armazéns,
chuva e ventos fortes.
agulheiros e porões.
• Permanência de trabalhadores sobre o
• Presença de partículas respiráveis em
contêiner durante sua movimentação.
suspensão (sílica, fibras vegetais e
• Utilização de escadas de mão defeituosas
microrganismos).
ou inadequadas.
• Presença de toxinas produzidas por fungos
• Má fixação das castanhas (Twistlock) e
nos cereais (risco biológico).
acessórios de acoplamento de forma
• Presença de ratos com possibilidade de
manual, com risco de quedas.
contato com urina ou pulgas.
• Uso de acessórios de estivagem
• Ambientes com ruído e gases da
inadequados (cabos de aço, cambão e
combustão interna de máquinas utilizadas
quadro posicionador fora de padrão) na
no rechego.
movimentação de contêineres.
• Formação de atmosferas explosivas por
• Cargas mal distribuídas no interior do
poeira em suspensão nos silos e armazéns.
contêiner.
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Provão2023
FEITO POR ALUNA 2042 ALICE MORAIS

• Produção de faíscas incandescentes pelas • Escadas e pranchas posicionadas em área


máquinas. de trânsito de carga suspensa.
• Presença de máquinas no interior de porões
e armazéns. TRABALHO NOS CONVESES

RISCOS NA OPERAÇÃO DE ATRACAÇÃO E O convés principal é comumente utilizado


DESATRACAÇÃO DE EMBARCAÇÕES pelos trabalhadores como via de trânsito para
acesso aos porões e aos equipamentos de
Principais fatores de risco: guindar do navio. Em algumas situações, poderá
ocorrer a estivagem de cargas sobre o convés;
• Serviços realizados na borda da muralha fato comum em navios especializados em
dos cais, com risco de queda ao contêineres ou de mercadorias que podem ficar
• mar. a céu aberto.
• Carregamento de espias e cabos com peso
excessivo. Principais fatores de risco:
• Aprisionamento de parte do corpo pelo
• Ressaltos no piso não sinalizados
cabo de amarração no cabeço.
podendo provocar: tropeções, escorregões
• Rompimento de cabos e espias.
e quedas.
• Presença de trabalhadores portuários
• Área exposta à carga suspensa.
próximos aos locais de manobras.
• Tombamento ou deslizamento de cargas.
• Falta de comunicação da equipe de terra
• Aberturas em pisos ou quartéis sem
com o prático a bordo.
proteção ou sinalização.
• Falta de boias e coletes salva-vidas
• Iluminação inadequada.
próximos ao cais.
• Falta de limpeza ou derrame de materiais
ACESSO ÀS EMBARCAÇÕES oleosos e escorregadios.
• Corredores para trânsito de pessoas
Principais fatores de risco: insuficientes ou próximas a pórticos.

• Escada não apoiada no cais, ou pendurada ACESSO AOS PORÕES


entre o costado e o cais.
• Obstrução da escada de portaló pela O acesso aos porões é realizado através de
estrutura da talha ou do guincho. aberturas nos conveses, as escotilhas, que
• Balaústres e balaustrada de cordas frouxas. devem ser protegidas por braçolas medindo
• Falta de rede de proteção entre a escada de entre 30 e 40 centímetros de altura. Ao ser
portaló e o costado do navio. aberta, a escotilha deve ser imediatamente
• Fiação elétrica apoiada na estrutura da travada: neste caso deve ser evitado qualquer
escada. tipo de improvisação no travamento.
• Irregularidades no piso de apoio em terra.
Entre os conveses intermediários (cobertas)
• Pranchas utilizadas sem guarda-corpos.
quando os agulheiros não dispuserem de
• Iluminação noturna inadequada. braçolas, as aberturas deverão ser protegidas
por balaustradas removíveis, podendo ser
• Inclinação excessiva de escada ou de rampas.
fabricados com correntes.
• Excessivo espaçamento entre degraus. •
Escadas e rampas impregnadas de óleos ou As escadas do porão ou agulheiros podem ser
graxas. verticais, escadas de marinheiro, ou inclinada,
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Provão2023
FEITO POR ALUNA 2042 ALICE MORAIS

podendo ainda ser enclausurada (escadas • Padrões operacionais inadequados.


australianas) ou não. • Inexistência ou desobediência aos padrões
operacionais.
Nas escadas verticais que não tenham
• Falta de manutenção preventiva periódica
guarda-corpos e nem patamares
dos equipamentos de guindar.
intermediários de descanso a cada cinco
• Sobrecargas.
metros, a NR-29 determina que devem ser
• Operador desabilitado.
instalados cabos de aço paralelos a elas (cabos-
• Acessórios de estivagem inadequados ou
guias). Nestes casos, o aquaviário deve portar
deteriorados.
um cinto de segurança, dotado de dispositivo
• Falta de trava de segurança no gancho do
de trava-quedas, devidamente acoplado ao
moitão.
cabo-guia.
• Sinaleiro inabilitado ou mal posicionado.
Principais fatores de risco: • Iluminação insuficiente.

• Escotilhão do agulheiro sem trava de TRABALHO EM LOCAIS CONFINADOS


fixação.
• Escada do agulheiro sem guarda-corpo. A NR-33 no item 33.1.2 define o espaço
confinado como qualquer área ou ambiente
• Ausência de sistema de cabo-guia e o
não projetado para ocupação humana contínua,
trabalhador sem cinto de segurança.
que possua meios limitados de entrada e saída,
• Avarias em degraus ou ausência de
cuja ventilação existente é insuficiente para
corrimões.
remover contaminantes ou onde possa existir a
• Degraus dos agulheiros sujos com óleos,
deficiência ou enriquecimento de oxigênio.
graxas ou molhados.
• Presença de gases tóxicos ou inflamáveis. Principais fatores de risco:
• Presença de poeiras explosivas,
inflamáveis, tóxicas, irritantes ou • Atmosferas com presença elevada de
corrosivas. contaminantes tóxicos.
• Baixa concentração de oxigênio. • Atmosfera com deficiência (menos de
• Iluminação inexistente ou insuficiente. 19,5%) ou com excesso de oxigênio (mais de
• Agulheiro obstruído por carga. 22%) em volume.
• Presença de atmosferas inflamáveis ou
EQUIPAMENTOS DE GUINDAR explosivas.
• Acesso inadequado ou inexistente.
De uma maneira geral, a operação de
• Inexistência de padronização ou
transbordo envolve a utilização de
gerenciamento dos trabalhos nos espaços
equipamentos de guindar, gruas, pontes
confinados.
rolantes, guindastes giratórios e paus de carga,
entre outros. Os aspectos mais relevantes em SERVIÇOS DE PINTURA E BATIMENTO DE
relação à segurança com estes equipamentos FERRUGENS
envolvem a queda da mercadoria em
movimento por lingamento inadequado, por Os navios com o tempo vão envelhecendo e
rompimento dos acessórios de estivagem ou corroídos pela exposição do metal à água
por quebra de parte do próprio guindaste. salgada, à atmosfera úmida, ao ataque de
mariscos e micro-organismos marinhos, assim,
Fatores de risco mais comuns: para a conservação da embarcação, são
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Provão2023
FEITO POR ALUNA 2042 ALICE MORAIS

necessários serviços permanentes de Autorização e permissão de trabalho: Este


manutenção do casco das embarcações. procedimento tem como objetivo estabelecer
requisitos básicos de segurança na execução
Principais fatores de risco: de serviços realizados pelos aquaviários ou
por empresas contratadas que venham a
• Projeção de fagulhas ou pedaços de óxidos
trabalhar dentro da embarcação; visando
de ferro.
assegurar que todos os serviços a serem
• Exposição a ruído excessivo.
executados tenham seus riscos previamente
• Trabalho com diferença de nível em
analisados, eliminados e/ou controlados antes
andaimes e plataformas inadequadas.
do seu início, para evitar danos pessoais,
• Falta de organização e limpeza.
ambientais e materiais.
• Contato com solventes e tintas tóxicas.
• Manipulação de ferramentas manuais e Normalmente, os serviços que requerem PT ou
elétricas. AT são:

TRABALHOS EM ALTURA • Trabalhos em altura


• Trabalho a quente
Em caso de acidente com queda de altura, a • Trabalho com eletricidade
probabilidade de causar mortes e incapacidade
• Trabalho em espaço confinado
permanente no trabalhador é muito grande, daí
• Operações especiais, entre outros.
ser necessária a adoção de medidas de
prevenção bastante rígidas. Em primeiro lugar REQUISITOS EMISSÃO DA PT
deve-se evitar as improvisações, muito
comuns no setor marítimo, como os • Nenhum dos serviços acima citados pode
andaimes de tábuas suspensos por cordas. ser executado sem PT ou quando esta
estiver com prazo de validade esgotado,
Apesar de ser uma prática comum, inclusive a sinalização e isolamento.
principalmente entre os marinheiros, a • Todas as atividades classificadas como
utilização destes andaimes improvisados não é serviços especiais/críticos requerem
permitida pela NR-29. emissão de PT.
Principais fatores de risco: • Os serviços só poderão ser executados,
conforme descrito no formulário de PT.
• Acesso inadequado ao andaime. • A PT será emitida no local onde será
• Fixação inadequada de andaimes ou cinto executada a atividade e na presença dos
de segurança. participantes.
• Andaime improvisado (por exemplo: de • Caso exista a necessidade de substituir o
cordas e tábuas ou apoiados sobre emitente, seu substituto deve emitir,
tambores). revalidar ou prorrogar a PT antes do seu
• Desnivelamento da plataforma de trabalho. vencimento, após a avaliação das medidas
• Áreas de trânsito de pessoas sob trabalho de segurança adotadas pelo emitente
em andaimes. anterior.
• Falta de cabo guia para prender o cinto de • Caso exista a necessidade de substituir o
segurança. requisitante, o emitente deve emitir uma
• Falha na seleção e treinamento do nova PT ou revalidar a mesma junto com o
trabalhador. novo requisitante.
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Provão2023
FEITO POR ALUNA 2042 ALICE MORAIS

• O requisitante deve informar a sua equipe • Caso exista a necessidade de substituir o


os cuidados a serem tomados durante a requisitante, o emitente deve emitir uma
execução do serviço, assim como os nova PT ou revalidar a mesma junto com o
procedimentos em casos emergenciais, novo requisitante.
enfatizando a obrigatoriedade do uso de EPI • O requisitante só poderá participar da
e EPC. emissão de uma PT por vez, para que
participe da emissão de uma nova PT a
EMISSÃO DA PT anterior deverá ser encerrada ou cancelada.
• Ao assinar, prorrogar ou revalidar a PT,
• Cabe ao oficial responsável pela
os envolvidos assumem que analisaram os
segurança a bordo, prorrogar ou revalidar
riscos inerentes ao local e ao serviço a ser
a PT para os serviços sobre sua
executado.
responsabilidade.
• O requisitante e os executantes dirigem-se VALIDADE DA PT
ao local onde será realizado o serviço, e
aguardam a liberação do serviço que será A PT tem validade máxima de 12 (doze) horas a
feita através da emissão da PT. partir de sua emissão e pode ser prorrogada por
• O oficial responsável pela segurança a mais 4 (quatro) horas de forma ininterrupta.
bordo dirige-se ao local onde será realizado
o serviço para avaliar os riscos envolvidos e A PT pode ser revalidada para o mesmo escopo
emitir a PT. de serviço obedecendo ao intervalo de repouso
de 11 (onze) horas dos executantes ou de forma
• A PT será emitida para as frentes de
ininterrupta para o mesmo serviço, mas com
serviço onde todos os recursos de
equipes diferentes.
segurança necessários estejam disponíveis
no local e todos os envolvidos estejam INTERRUPÇÃO DE SERVIÇOS
devidamente credenciados e identificados.
• A PT é emitida em duas vias: a 2º via • Serviços em andamento devem ser
fica com requisitante e deve imediatamente interrompidos sempre que
obrigatoriamente ser mantida em local ocorra um acidente, risco ou perigo
visível, a 1ª via fica com o emitente que iminente.
após seu encerramento ou cancelamento • Todo e qualquer tripulante pode e deve
a encaminhará para sua gerencia que ficará solicitar paralisação de um determinado
responsável em arquiva-las. serviço desde que haja o
• O arquivamento deve ser feito de forma descumprimento às determinações da PT
que possibilite sua rastreabilidade ao longo e/ou identifique algum risco ou perigo
do tempo e por um período não inferior a eminente.
cinco anos. • Em caso de parada da frente de serviço,
• As frentes de serviço onde forem o oficial responsável pela segurança deve
observados desvios de segurança ficarão ser imediatamente informado, os serviços
impedidas de utilizar a PT, esta ação paralisados só serão reiniciados após a
pode ser tomada pela fiscalização, pelo correção dos desvios e com a anuência
emitente, ou por outro tripulante que dos envolvidos na paralisação.
observar algum desvio de procedimento ou
segurança. A SUSPENSÃO DA PT
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Provão2023
FEITO POR ALUNA 2042 ALICE MORAIS

Quando houver a necessidade do requisitante dimensionamento previsto no Quadro I desta


de se ausentar temporariamente da frente de NR, ressalvadas as disposições para setores
serviço sem que seja instituído um substituto econômicos específicos.
formal e com anuência do emitente. Neste caso
as atividades ficarão suspensas até seu retorno. Os representantes dos empregados, titulares
e suplentes, serão eleitos em escrutínio
Período entre o término da validade e sua secreto, do qual participem,
revalidação ou prorrogação. independentemente de filiação sindical,
exclusivamente os empregados interessados.
O ENCERRAMENTO DA PT
O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a
O encerramento da PT deve ocorrer: duração de um ano, permitida uma reeleição.

• Antes de abrir uma nova PT para serviços A CIPA não poderá ter seu número de
inacabados. representantes reduzido, bem como não poderá
• Quando tiver mudança do cenário. ser desativada pela organização, antes do
• Em situação de emergência ou acidente. término do mandato de seus membros, ainda
• Na conclusão do serviço. que haja redução do número de empregados,
• O encerramento é dado pelo emitente. exceto no caso de encerramento das atividades
• Quando não for possível encerrar a PT por do estabelecimento.
algum motivo, o emitente deve justificar,
por escrito, no próprio formulário. É vedada à organização, em relação ao
integrante eleito da CIPA:
O CANCELAMENTO DA PT
a) a alteração de suas atividades normais na
• Quando identificado falha significativa na organização que prejudique o exercício de suas
sua emissão (Exemplo: atividade descrita atribuições; e
não corresponde com a realizada, medidas
b) a transferência para outro estabelecimento,
preventivas inadequadas ao risco
sem a sua anuência, ressalvado o disposto nos
encontrado).
parágrafos primeiro e segundo do art. 469 da
• Quando não forem atendidos os aspectos
CLT.
de segurança.
• Quando for evidenciado que a PT foi É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa
emitida fora do local da atividade e/ou causa do empregado eleito para cargo de
sem a presença de algum participante direção da CIPA desde o registro de sua
obrigatório. candidatura até um ano após o final de seu
• Quando for identificado que o requisitante mandato.
da PT tem outra PT aberta em seu nome.
• As PT canceladas devem ser recolhidas, O término do contrato de trabalho por prazo
arquivadas e registrado os motivos do seu determinado não caracteriza dispensa
cancelamento. arbitrária ou sem justa causa do empregado
eleito para cargo de direção da CIPA.
CONSTITUIÇÃO E ESTRUTURAÇÃO
PROCESSO ELEITORAL
A CIPA será constituída por estabelecimento
e composta de representantes da organização Compete ao empregador convocar eleições para
e dos empregados, de acordo com o escolha dos representantes dos empregados na
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Provão2023
FEITO POR ALUNA 2042 ALICE MORAIS

CIPA, no prazo mínimo de 60 (sessenta) dias em horário que possibilite a participação da


antes do término do mandato em curso. maioria dos empregados do estabelecimento;

A organização deve comunicar, com h) voto secreto;


antecedência, podendo ser por meio
eletrônico, com confirmação de entrega, o i) apuração dos votos, em horário normal de
início do processo eleitoral ao sindicato da trabalho, com acompanhamento de
categoria preponderante. representante da organização e dos
empregados, em número a ser definido pela
O Presidente e o Vice-Presidente da CIPA comissão eleitoral, facultado o
constituirão dentre seus membros a comissão acompanhamento dos candidatos; e
eleitoral, que será a responsável pela
organização e acompanhamento do processo j) organização da eleição por meio de processo
eleitoral. que garanta tanto a segurança do sistema como
a confidencialidade e a precisão do registro dos
O processo eleitoral deve observar as seguintes votos.
condições:
Havendo participação inferior a cinquenta por
a) publicação e divulgação de edital de cento dos empregados na votação, não haverá
convocação da eleição e abertura de prazos a apuração dos votos e a comissão eleitoral
para inscrição de candidatos, em locais de deverá prorrogar o período de votação para o
fácil acesso e visualização, podendo ser em dia subsequente, computando-se os votos já
meio físico ou eletrônico; registrados no dia anterior, a qual será
considerada válida com a participação de, no
b) inscrição e eleição individual, sendo que o mínimo, um terço dos empregados.
período mínimo para inscrição será de 15
(quinze) dias corridos; Constatada a participação inferior a um terço
dos empregados no segundo dia de votação,
c) liberdade de inscrição para todos os não haverá a apuração dos votos e a comissão
empregados do estabelecimento, eleitoral deverá prorrogar o período de votação
independentemente de setores ou locais de para o dia subsequente, computando-se os
trabalho, com fornecimento de comprovante votos já registrados nos dias anteriores, a qual
em meio físico ou eletrônico; será considerada válida com a participação de
qualquer número de empregados.
d) garantia de emprego até a eleição para todos
os empregados inscritos; FUNCIONAMENTO

e) publicação e divulgação da relação dos


A CIPA terá reuniões ordinárias mensais, de
empregados inscritos, em locais de fácil acesso
acordo com o calendário preestabelecido.
e visualização, podendo ser em meio físico ou
eletrônico; As reuniões ordinárias da CIPA serão
realizadas na organização, preferencialmente
f) realização da eleição no prazo mínimo de 30
de forma presencial, podendo a participação
(trinta) dias antes do término do mandato da
ocorrer de forma remota.
CIPA, quando houver;
As deliberações e encaminhamentos das
g) realização de eleição em dia normal de
reuniões da CIPA devem ser disponibilizadas a
trabalho, respeitando os horários de turnos e
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Provão2023
FEITO POR ALUNA 2042 ALICE MORAIS

todos os empregados em quadro de aviso ou por f) noções sobre a inclusão de pessoas com
meio eletrônico. deficiência e reabilitados nos processos de
trabalho; e
As reuniões extraordinárias devem ser
realizadas quando: g) organização da CIPA e outros assuntos
necessários ao exercício das atribuições da
a) ocorrer acidente do trabalho grave ou fatal; Comissão.
ou
NR 7 - PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO
b) houver solicitação de uma das DE SAÚDE OCUPACIONAL – PCMSO
representações.
As informações aqui apresentadas foram
O membro titular perderá o mandato, sendo
transcritas da NR-05 disponível no site do
substituído por suplente, quando faltar a mais
Ministério do Trabalho e Emprego.
de quatro reuniões ordinárias sem justificativa.
O PCMSO é parte integrante do conjunto
TREINAMENTO
mais amplo de iniciativas da organização no
campo da saúde de seus empregados, devendo
A organização deve promover treinamento
estar harmonizado com o disposto nas demais
para o representante nomeado da NR-5 e para
NR.
os membros da CIPA, titulares e suplentes, antes
da posse. DIRETRIZES

O treinamento de CIPA em primeiro mandato


a) rastrear e detectar precocemente os
será realizado no prazo máximo de 30 (trinta)
agravos à saúde relacionados ao trabalho;
dias, contados a partir da data da posse.
b) detectar possíveis exposições excessivas a
O treinamento deve contemplar, no mínimo, os
agentes nocivos ocupacionais;
seguintes itens:
c) definir a aptidão de cada empregado para
a) estudo do ambiente, das condições de
exercer suas funções ou tarefas determinadas;
trabalho, bem como dos riscos originados do
processo produtivo; d) subsidiar a implantação e o
monitoramento da eficácia das medidas de
b) noções sobre acidentes e doenças
prevenção adotadas na organização;
relacionadas ao trabalho decorrentes das
condições de trabalho e da exposição aos riscos e) subsidiar análises epidemiológicas e
existentes no estabelecimento e suas medidas estatísticas sobre os agravos à saúde e sua
de prevenção; relação com os riscos ocupacionais;

c) metodologia de investigação e análise de f) subsidiar decisões sobre o afastamento de


acidentes e doenças relacionadas ao trabalho; empregados de situações de trabalho que
possam comprometer sua saúde;
d) princípios gerais de higiene do trabalho e de
medidas de prevenção dos riscos; g) subsidiar a emissão de notificações de
agravos relacionados ao trabalho, de acordo
e) noções sobre as legislações trabalhistas e
com a regulamentação pertinente;
previdenciários relativas à segurança e saúde no
trabalho;
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Provão2023
FEITO POR ALUNA 2042 ALICE MORAIS

h) subsidiar o encaminhamento de empregados O PCMSO deve incluir a avaliação do estado


à Previdência Social; de saúde dos empregados em atividades
críticas, como definidas nesta Norma,
i) acompanhar de forma diferenciada o considerando os riscos envolvidos em cada
empregado cujo estado de saúde possa ser situação e a investigação de patologias que
especialmente afetado pelos riscos possam impedir o exercício de tais atividades
ocupacionais; com segurança.

j) subsidiar a Previdência Social nas ações de O PCMSO deve incluir a realização obrigatória
reabilitação profissional; dos exames médicos:

k) subsidiar ações de readaptação profissional; a) admissional;

l) controlar da imunização ativa dos b) periódico;


empregados, relacionada a riscos
ocupacionais, sempre que houver c) de retorno ao trabalho;
recomendação do Ministério da Saúde.
d) de mudança de riscos ocupacionais;
O PCMSO deve incluir ações de:
e) demissional.
a) vigilância passiva da saúde ocupacional, a
partir de informações sobre a demanda O exame clínico deve obedecer aos prazos e à
espontânea de empregados que procurem seguinte periodicidade:
serviços médicos;
I - no exame admissional: ser realizado antes
b) vigilância ativa da saúde ocupacional, por que o empregado assuma suas atividades;
meio de exames médicos dirigidos que incluam,
II - no exame periódico: ser realizado de acordo
além dos exames previstos nesta NR, a coleta
com os seguintes intervalos:
de dados sobre sinais e sintomas de agravos à
saúde relacionados aos riscos ocupacionais. a) para empregados expostos a riscos
ocupacionais identificados e classificados no
RESPONSABILIDADES
PGR e para portadores de doenças crônicas que
aumentem a susceptibilidade a t ais riscos:
Compete ao empregador:
1. a cada ano ou a intervalos menores, a critério
a) garantir a elaboração e efetiva
do médico responsável;
implantação do PCMSO;
b) custear sem ônus para o empregado 2. de acordo com a periodicidade especificada
todos os procedimentos relacionados no Anexo IV desta Norma, relativo a
ao PCMSO; empregados expostos a condições hiperbáricas;

c) indicar médico do trabalho responsável Para os demais empregados, o exame clínico


pelo PCMSO. deve ser realizado a cada dois anos.

PLANEJAMENTO No exame de retorno ao trabalho, o exame


clínico deve ser realizado antes que o
O PCMSO deve ser elaborado considerando os
empregado reassuma suas funções, quando
riscos ocupacionais identificados e classificados
ausente por período igual ou superior a 30
pelo PGR.
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Provão2023
FEITO POR ALUNA 2042 ALICE MORAIS

(trinta) dias por motivo de doença ou acidente,


de natureza ocupacional ou não.

No exame de retorno ao trabalho, a avaliação


médica deve definir a necessidade de retorno
gradativo ao trabalho.

O exame de mudança de risco ocupacional deve,


obrigatoriamente, ser realizado antes da data da
mudança, adequando-se o controle médico aos
novos riscos.

No exame demissional, o exame clínico deve ser


realizado em até 10 (dez) dias contados do
término do contrato, podendo ser dispensado
caso o exame clínico ocupacional mais recente
tenha sido realizado há menos de 135 (centro e
trinta e cinco) dias, para as organizações graus
de risco 1 e 2, e há menos de 90 (noventa) dias,
para as organizações graus de risco 3 e 4.

Para cada exame clínico ocupacional


realizado, o médico emitirá Atestado de Saúde
Ocupacional - ASO, que deve ser
comprovadamente disponibilizado ao
empregado, devendo ser fornecido em meio
físico quando solicitado.

O ASO deve conter no mínimo:

a) razão social e CNPJ ou CAEPF da organização;

b) nome completo do empregado, o número de


seu CPF e sua função;

c) a descrição dos perigos ou fatores de risco


identificados e classificados no PGR

d) que necessitem de controle médico previsto


no PCMSO, ou a sua inexistência;

e) indicação e data de realização dos exames


ocupacionais clínicos e complementares a que
foi submetido o empregado;

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