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Pinhais 03 de outubro de 2.

023
Oficio nº 11/2023
Centro de Custo: Econoroeste

À
Rodrigo de Oliveira Silva
Coordenador de Tráfego
Econoroeste

REF. Notificação ARTESP – Resolução COFEN nº 713/2022

Prezado Senhor;

Em relação ao e-mail recebido sobre uma esclarecimentos quanto a conformidade com


os itens da Resolução COFEN nº 713-2022 temos o seguinte:

Para o dimensionamento da equipe Econoroeste tomamos como base o item 7.2.9 b)


Serviço de Atendimento Pré-Hospitalar Móvel (APH) da página 68 do Anexo 5 – dos
Serviços Correspondentes à Funções Operacionais, que determina:

Compreende uma rede de ambulâncias de suporte básico (ambulância tipo B, conforme


Portaria do Ministério da Saúde nº 2048 de 2002, ou outra que venha a alterá-la ou
substitui-la) e ambulância de suporte avançado (ambulância do tipo D, conforme
Portaria do Ministério da Saúde nº 2048 de 2002, ou outra que venha alterá-la ou
substitui-la)... e, por consequência seguimos a Portaria GM/ MS nº 2048 de novembro
de 2002 que no seu CAPÍTULO IV - ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR MÓVEL, item 5 -
TRIPULAÇÃO regulamenta a Equipe Profissional da Ambulância Tipo B como sendo
composta por:

- TIPO B – básica com 01 condutor e 01 técnico ou auxiliar de enfermagem.

E também seguimos o determinado pela ARTESP no ANEXO 5 –do Lote Noroeste Folha
68 –(b) Serviço de Atendimento Pré-Hospitalar móvel (APH) , Compreende uma rede de
ambulâncias de suporte básico (ambulância tipo B, conforme Portaria do Ministério da
Saúde nº 2048 de 2002).

Seguindo a Portaria GM/ MS nº 2048 de novembro de 2002 - CAPÍTULO IV


ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR MÓVEL, no item 1 está descrito a Equipe Profissional
do APH.
Os serviços de atendimento pré-hospitalar móvel devem contar com equipe de
profissionais oriundos da área da saúde e não oriundos da área da saúde.
1.1 – Equipe de Profissionais Oriundos da Saúde

- Auxiliares e Técnicos de Enfermagem: atuação sob supervisão imediata do profissional


enfermeiro:

1.1.1.4 - Auxiliar de Enfermagem:


Competências/Atribuições: auxiliar o enfermeiro na assistência de enfermagem;
prestar cuidados de enfermagem a pacientes sob supervisão direta ou à distância do
profissional enfermeiro; observar, reconhecer e descrever sinais e sintomas, ao nível de
sua qualificação; ministrar medicamentos por via oral e parenteral mediante prescrição
do médico regulador por telemedicina; fazer curativos; prestar cuidados de conforto ao
paciente e zelar por sua segurança; realizar manobras de extração manual de vítimas.

E se analisarmos a lei do exercício profissional.... LEI No 7.498, DE 25 DE JUNHO DE 1986.


Art. 13. O Auxiliar de Enfermagem exerce atividades de nível médio, de natureza
repetitiva, envolvendo serviços auxiliares de enfermagem sob supervisão, bem como a
participação em nível de execução simples, em processos de tratamento, cabendo-lhe
especialmente:
a) observar, reconhecer e descrever sinais e sintomas;
b) executar ações de tratamento simples;
c) prestar cuidados de higiene e conforto ao paciente;
d) participar da equipe de saúde.

Essas atividades são as exercidas por nossos profissionais nas ambulâncias previstas em
nosso contrato.

Para fechar o raciocínio, vamos nos pautar na Lei de Introdução ao Código Civil, que é a
norma brasileira que trata de eventual conflito entre normas (neste caso, uma portaria
x resolução). Em breve resumo, quando temos duas normas que conflituam devemos
utilizar 3 critérios para saber qual delas prevalece. Critério hierárquico, critério temporal
e critério especial.
Pelo critério hierárquico, uma portaria e uma resolução têm a mesma força, de modo
que devemos passar para o critério temporal. Por este critério a norma mais recente
prevalece sobre a mais antiga, desde que a revogação seja expressa, caso haja conflito
de normas, ou caso a norma nova regule por completo a norma antiga. Neste critério a
Resolução do COFEN é mais recente, contudo, de acordo com o critério da
especialidade, a Portaria do MS é uma norma ESPECIAL, por tratar exclusiva e
especificamente de matéria relativa da atendimento pré-hospitalar, ao contrário da
Resolução do COFEN que trata a matéria de modo GERAL.

Face ao exposto, entendemos que está correto nos pautarmos nas normas estabelecidas
no PER e na Portaria nº2048 MS, no que tange especificamente à utilização de auxiliares
de enfermagem para a execução dos serviços previstos em nosso contrato.

Quanto ao questionamento da analista de sustentabilidade informamos que os médicos


e enfermeiros são prestadores de serviço contrato PJ e os demais resgatistas
(condutores) e auxiliares de enfermagem sob contrato CLT e toda documentação
disponibilizada no PAF.

At.,

Sueli B. M. Cabral
Direção Técnica - SMR

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