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SUMÁRIO
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TEXTO PARA REFLETIR
Era uma vez um aluno de mestrado que queria fazer uma monografia. Ele pensou um pouco
sobre o assunto, olhou ao redor e resolveu que havia um problema relevante em sua cidade
que ele poderia resolver durante seu mestrado.
O problema era o seguinte: havia um rio cortando a cidade ao meio e não havia forma segura
de atravessá-lo.Disposto a resolver o problema, o aluno conseguiu convencer seu orientador
de que teriam material para uma monografia, e começou a trabalhar. Primeiramente, estudou
tudo o que podia sobre rios. À medida que estudava, foi escrevendo um capítulo de revisão
bibliográfica. Escreveu sobre água, citou a criação dos oceanos de acordo com Gênesis,
escreveu sobre a molécula de água e seus componentes, o hidrogênio e o oxigênio, sobre as
diferentes maneiras como os rios desembocam no oceano (incluindo um estudo detalhado
sobre os mais importantes deltas do mundo e sua história) e finalmente concluiu com um
pequeno tratado sobre a maneira como a gravidade atrai as moléculas de água para o centro da
terra, produzindo assim a correnteza dos rios.
Encerrada essa parte da pesquisa, o aluno deparou-se com o problema em si, que era a
inexistência de um meio para cruzar o rio. Pensando um pouco sobre o assunto, ele se
lembrou de um instrumento sobre o qual já tinha ouvido falar e que servia para levar objetos
de um ponto A para um ponto B. Esse instrumento era a catapulta.
Como segundo experimento, o aluno entregou um paraquedas a cada uma de suas cobaias, e
fez o teste com mais 100 indivíduos. Observou então o seguinte: cerca de 20% dos indivíduos
se assustavam durante a travessia e abriam o paraquedas antes da hora, caindo dentro do rio e
sendo arrastados pela correnteza; cerca de 30% dos indivíduos se assustavam durante a
travessia e esqueciam-se de abrir o paraquedas, sofrendo as consequências da queda na outra
margem. Habilmente, o aluno concluiu que houve uma melhora no experimento, pois o índice
de sucesso passou de 5% para aproximadamente 50%, o que é uma melhora substancial.
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Não satisfeito, o aluno resolveu testar outra abordagem para melhorar o sistema. Eliminou o
uso do paraquedas, que causava pelo menos 20% de perda sobre o rio, e instalou um colchão
de ar na margem oposta. Realizou um novo teste com mais indivíduos e verificou que 95%
das vezes os indivíduos sobreviviam à travessia.
Nesse momento, já satisfeito com os resultados, o aluno encerrou os experimentos (até porque
estava ficando difícil encontrar voluntários). Como trabalho futuro ele já havia pensado em
propor um algoritmo de cálculo da velocidade da catapulta baseado no peso do passageiro e
no seu índice de pânico, com vistas a diminuir ainda mais a taxa de erro observada. Ele não ia
programar esse algoritmo porque não daria tempo. Então, deixou isso como trabalho futuro
para outro fazer. Escreveu, portanto, o capítulo do desenvolvimento e entregou o texto para o
orientador, sendo que só faltava escrever as conclusões e o resumo. O aluno foi reprovado.
Por incrível que pareça, exageros à parte, a história contada corresponde à história de muitos
trabalhos. A seguir será mostrado o motivo do aluno ter sido reprovado.
Apesar de seu trabalho ter ares de ciência, ele pecou em vários aspectos no que concerne ao
seu comportamento e à metodologia científica. Apenas para citar alguns:
a) Desde o momento da definição do tema até a conclusão dos experimentos, ele não
voltou a entrar em contato com seu orientador, que poderia tê-lo redirecionado.
b) Não realizou uma revisão bibliográfica adequada, pois estudou muita coisa sobre rios,
mas não sobre as formas que já existiam para cruzá-los, como, por exemplo, pontes, barcos,
teleféricos, etc. Por ter feito uma revisão bibliográfica inadequada, ele concluiu,
erroneamente, que era a primeira pessoa no mundo a tentar resolver esse tipo de problema.
c) Ele escolheu uma ferramenta a priori e começou a trabalhar com ela sem uma
justificativa adequada para ter eliminado outras ferramentas candidatas.
d) Seus estudos consistem na comparação do seu trabalho com o seu próprio trabalho, ou
seja, não há comparação com trabalhos correlatos de outros autores.
e) O aluno escolheu como problema-alvo algo que ele observou apenas na sua cidade.
f) Problemas locais nem sempre são problemas para todo mundo. Soluções locais nem
sempre podem ser generalizadas.
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Este livro tem como objetivo apresentar aos estudantes teoria e técnica para a execução de
bons trabalhos científicos, no nível de exigência adequado ao curso de graduação. Casos
semelhantes ao citado já aconteceram muitas vezes, mas podem ser evitados com alguma
orientação.
Este material foi adaptado e faz parte do livro “Metodologia de Pesquisa para Ciência da Computação”, do autor
Raul Sidnei Wazlawick.
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Cinética de reações químicas em um reator batelada: degradação de
corante por processo oxidativo avançado (Foto oxidação)
1. Introdução
2. Objetivos
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3. Materiais e métodos
4. Procedimento e resultados
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Equação da curva de
calibração:
Inicialmente coloque a bomba dentro da solução e somente depois ligue-a. (Atenção: a bomba
deve estar completamente submersa na solução antes de ser ligada!). Assim que o sistema
estiver em regime permanente, ligue a lâmpada UV do fotorreator, acrescente o peróxido de
hidrogênio à solução de Azul de Drimaren e ao mesmo tempo acione o cronômetro. Aguarde
5 minutos e com o auxílio de uma pipeta de Pasteur colete uma alíquota da amostra, coloque-a
na cubeta do espectrofotômetro e faça a leitura da absorbância no t = 5 min. Repita o
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procedimento a cada 5 minutos até que o valor da absorbância lida no espectrofotômetro seja
praticamente constante. Anote todos os valores na Tabela 02 e siga com os cálculos dos
parâmetros cinéticos.
dN A 1 NA
Ou seja, −r A = . . Como =C A, a equação (03) pode ser escrita como (Equação 04):
dt V V
−dC A
−r A = = k ´ . C aA (04)
dt
Verificar no gráfico da Figura 02.
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4.2.1 Cálculo por método diferencial numérico
Para o método diferencial numérico, a taxa de decaimento da concentração de corante
é determinada pelas Equações 05 a 07:
−dC A −3 C A 0+ 4 C A 2−C A 2
Primeiro ponto: −r A =
dt 2 Δt
(05)
A partir dos dados experimentais e dos dados da literatura, completar a Tabela 02.
CA t
dC A
∫ CA
0
=∫ −K ´ dt , logo C A−C A , 0=−K ´ t (8)
C A,0 0
CA t
dC A
∫ CA
1
=∫ −K ´ dt , logo ln C A−ln C A ,0=−K ´ t (9)
C A,0 0
CA t
dC A −1 1
∫ C
2
=∫ −K ´ dt , logo +
C A C A ,0
=−K ´ t (10)
C A,0 A 0
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4.5. Cálculo da energia de ativação
A partir de diferentes valores de K´ em função de T e a da equação de Arrhenius
(Equação 011) é possível calcular a energia de ativação (Ea).
´ −E a
K ´=K 0 exp (11)
RT
Linearizando-se a equação, tem-se a Equação 12
´ Ea 1
ln K ´ =ln K 0− . (12)
R T
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6. Conclusões
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Anexo
Tabela A – Dados da reação a T = _____ oC.
Tempo Absorbância CA -ra ln(CA) ln (-rA) 1/CA
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Cinética de reações químicas em um reator CSTR: Avaliação da
reação em função do tempo de residência e determinação de
parâmetros cinéticos
1. Introdução
2. Objetivos
3. Materiais e metodologia
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Ácido ascórbico 0,052 M
Reator de bancada CSTR (1,6 L) (Up Control)
Espectrofotômetro, cubetas e lenço específico para limpeza
4. Procedimento e resultados
Início do processo
Após se certificar que todas as válvulas estão devidamente ajustadas (abertas ou fechadas),
ligar o reator e ajustar a vazão utilizando os rotâmetros da bancada. As vazões que serão
estudadas, para cada um dos dois rotâmetros, serão: 50, 40, 30, 20 e 10 L.h -1. Para cada uma
das vazões estudadas, retirar uma alíquota na saída do reator e utilizando o espectrofotômetro.
Determinar a concentração e anotar o valor na Tabela 03.
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Tabela 03 – Dados extraídos da prática utilizando o reator CSTR em diferentes vazões
de entrada dos reagentes (Dados: Volume do reator: 1,6 L)
V̇ Tr C A (diluído) CA
(L.h-1)* (h) (mol.L-1) (mol.L-1)
A concentração do corante no processo estará menor. Isso se deve a diluição que ocorre ao se
juntarem as duas correntes, a solução de Azul de Metileno e a solução ácida.
'
(C Ao−C A (VM ))
K .Tr = (06)
C aA
A partir da Equação 06 e dos dados da Tabela 03 é possível construir o gráfico (Figura 01) da
(C Ao−C A )
regressão linear (Y = AX), onde Y = a , X = Tr e o coeficiente angular representa o
CA
valor da velocidade específica da reação (K’). Suponha a ordem da reação = 1 e use os valores
da concentração final do Azul de Metileno (CA(VM)) em cada tempo de residência. Acrescentar
esses dados na Tabela 04.
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Utilizando-se na Equação 03 (e os dados da Tabela 03, calcular as taxas de reação (−r A ¿ em
cada tempo de residência e acrescentá-las na Tabela 05.
Tabela 05 – Valores de −r A baseados nas concentrações e nos tempos de residência.
V̇ Tr C A ( AM ) −r A
(L.h-1)* (h) (mol.L-1) (mol.L-1.h-1)
Avaliar e discutir qual das duas formas de identificação dos parâmetros cinéticos é a mais
adequada, além de discutir os valores das concentrações finais em diferentes tempos de
residência.
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6. Conclusões
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Cinética de reações químicas em um reator PFR: Cálculo da
conversão de reação teórica e prática em um reator PFR
1. Introdução
Reatores de Fluxo Pistão (PFR - Plug Flow Reactors) desempenham um papel fundamental
na análise de reações químicas e fenômenos de transporte em condições de escoamento
contínuo. No contexto da avaliação da conversão de reação, o reator PFR oferece uma
abordagem valiosa para calcular tanto a conversão teórica quanto a prática de maneira precisa.
A conversão teórica representa o grau de transformação dos reagentes esperado com base nas
equações estequiométricas e nas constantes de velocidade da reação. No entanto, a conversão
prática considera as influências da difusão e mistura presentes no reator, bem como possíveis
efeitos de equilíbrio e outros. Ao calcular a conversão prática em um reator PFR, é possível
levar em conta as variações ao longo do comprimento do reator, o que reflete a realidade de
sistemas reais em escoamento contínuo.
2. Objetivos
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3. Materiais e reagentes
4. Procedimento e resultados
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Utilizando-se uma pipeta, retirar 2,0 mL da solução de Azul de Metileno do Tanque 1 e
colocá-lo dentro da cubeta do espectrofotômetro e logo em seguida, com o auxílio de um
pipetador, colocar a mesma quantidade da solução de ácido ascórbico acidificada com HCl.
Colocar a cubeta dentro do espectrofotômetro rapidamente e realizar a leitura da amostra a
cada 10 segundos até que o valor da absorbância lida seja praticamente constante. Atenção:
entre a leitura da medida da absorbância de uma amostra e outra, misturar a solução com a
ponta de uma pipeta de Pasteur. Esse procedimento permitirá a homogeneização da amostra
ao longo da reação. Anotar os valores na Tabela 02. Usar esses valores (de acordo com a
prática realizada anteriormente em reator em batelada) para calcular a constante cinética e a
ordem da reação. Esses dados cinéticos serão necessários na próxima etapa.
Tempo CA*
-rA ln (CA) ln (–rA) 1/CA
(s) (mol/L)
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
110
120
130
140
150
160
170
180
25
190
200
210
220
230
240
250
Observe que a concentração do Azul de Metileno no início do processo estará menor do que
esperada. Isso se deve a diluição que ocorre ao juntarem as duas correntes, a solução de Azul
de Metileno e a solução ácida.
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• A concentração das espécies químicas é constante ao longo do tempo em um dado ponto do
reator.
Entra = FA = vazão molar (mol/s); Sai = FA + dFA; Consumo = -rA.V, onde rA = taxa ou
velocidade de reação [(mol)/L.s] e V = volume (L)
Entrada – Saída + Reage = 0
FA(v) - FA(v +ΔV) + (-rA).V = 0, ou seja
FA - FA + dFA + (-rA).dV = 0
dFA + (-rA).dV = 0. Como FA = FA0 (1 – XA),
d[FA0 (1 – XA)] + (-rA).dV = 0
-rA.dV = FA0.dXA
V XA
dV dX A dV dX
=
F A 0 −r A ∫ F = ∫ −r A
0 A0 X A
A0
XA
V dX A
=∫
V̇ . C A 0 X K ' . C aA
A0
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X A=
C A 0−C A
CA 0
6. Conclusões
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Destilação de cachaça
1. Introdução
O esforço para compreender quimicamente a cachaça tem uma razão de ser. O produto
movimenta um mercado milionário. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Cachaça de
Alambique (IBCA), dos 1,5 bilhões de litros de cachaça produzidos por ano no país, 1,050
bilhões são de aguardente industrial, produzida em destilarias, e 450 milhões de cachaça
artesanal, feita em pequenos alambiques. O setor reúne cerca de 30 mil produtores, que
despejam no mercado 5 mil marcas (Edição Impressa 87, 2003).
Era considerada uma bebida de baixo status perante a sociedade, pois era consumida apenas
por escravos e brancos pobres, enquanto a elite brasileira da época preferia vinhos e a
bagaceira (aguardente de bagaço de uva), trazidos de Portugal. Porém, mesmo assim os
engenhos de cachaça foram se espalhando, tornando-se a bebida alcoólica mais consumida no
Brasil Colônia. Com isso, a Corte Portuguesa proibiu sua produção, comercialização e
consumo sob a justificativa de que seu consumo pelos escravos poderia ameaçar a segurança e
a ordem da Colônia, e que prejudicava, também, o rendimento dos trabalhadores das minas de
ouro e no comércio local. Somente durante a Semana de Arte de 1922, quando se buscou as
raízes brasileiras, é que a cachaça voltou a ser considerada um símbolo da cultura nacional e
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contra a adoção da cultura europeia. E, desde então, é considerada a mais brasileira das
bebidas e famosa em todo o mundo.
O processo de fermentação é sem dúvida o mais importante para a qualidade do produto final.
A fermentação ocorre por ação de leveduras, principalmente a Saccharomyces cerevisae,
levedura que apresenta a melhor resistência a altos teores alcoólicos. Ao caldo de cana
fermentado dá-se o nome de mosto. Após esse processo, o mosto fermentado é direcionado ao
alambique, onde ocorrerá a destilação. O produto destilado será separado em três frações:
cabeça, coração e cauda. Cada uma dessas frações contém diferentes composições químicas e
teores alcoólicos. A cachaça é a fração denominada coração.
Embora a legislação não estabeleça distinção entre os produtos finais das destilarias
industriais e dos alambiques artesanais, existem, na prática, muitas diferenças entre cachaça
de alambique e cachaça industrial.
2. Objetivos
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3. Materiais e métodos
4. Procedimento
Incialmente deve-se montar o sistema de destilação simples. Em seguida, medir o grau brix
no mosto fermentado com o auxílio de um sacarímetro. Este deve estar com o valor de 0
o
Brix. Caso não esteja, significa que ainda há sacarose a ser fermentada. Adicionar 500 ml de
mosto fermentado ao balão volumétrico de fundo redondo e iniciar o aquecimento ajustando a
temperatura da manta aquecedora em cerca de 100 oC. Ao iniciar a destilação, acompanhar a
temperatura do sistema (no termômetro que está inserido próximo a coluna de condensação).
Recolher separadamente a cabeça da cachaça (a cabeça é o volume inicial do destilado e
deverá ser separada até que o termômetro atinja a temperatura de cerca de 92 oC). Em
seguida, separar o coração da cachaça, que é a parte do destilado onde deve-se avaliar a
temperatura no termômetro enquanto permanece com a temperatura constante e próxima de
92 oC. Ainda deve ser separada uma fração final do destilado, chamada de cauda, equivalente
ao mesmo volume da cabeça e essa deverá ser descartada. O resíduo da destilação, chamado
de vinhoto poderá ser tratado e utilizado como fertilizante. Após o processo, utilizando um
densímetro alcoólico, avaliar o teor alcoólico da cachaça.
Qual a quantidade de cana-de-açúcar foi necessária para gerar o volume de cachaça (apenas o
coração) produzido no laboratório? Busque essas informações na literatura e monte o
fluxograma do processo com essas vazões.
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Referências Bibliográficas
Soares, Bluma Guenther; Souza, Nelson Ângelo; Pires, Dario Xavier. Química Orgânica:
Teoria e Técnicas de Preparação, Purificação e Identificação de Compostos Orgânicos, Rio de
Janeiro: Editora Guanabara S.A., 1988
THE MERCK INDEX Na encyclopedia of chemicals and drugs, 8 a ed., Ed. P. G. Stecher
Rayway, N. J., Merck, 1968
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Produção de biodiesel
1. Introdução
Atualmente, a busca pela sustentabilidade tem sido algo comum a todas as áreas de
conhecimento que começaram a entender a necessidade de preservar a natureza. Isso surgiu
por causa dos diversos problemas que acontecem ao se utilizar os recursos naturais de forma
descontrolada; os problemas climáticos, os desastres naturais e muitos outros.
A reutilização é uma das maneiras adequadas para lidar com a situação de consumo
exagerado e desperdício de recursos, já que acabar com o uso de certo material ou insumo não
é solução na maioria dos casos. A vantagem da reutilização é vista em diversos ramos como
na indústria cervejeira, com as garrafas de cerveja que são higienizadas e utilizadas
novamente e na indústria de resina, em que as garrafas PET residuais são recolhidas e
empregadas na produção de resina poliéster, já que reduz custos de produção e reduz o
volume de resíduo levado aos aterros sanitários.
Um resíduo que possui alto consumo global é o óleo vegetal. De acordo com o relatório do
United States Departament of Agriculture (Departamento de Agricultura dos Estados
Unidos), USDA, 2018, a produção de óleo vegetal mundial da safra 2018/19 até julho de 2018
foi de 203,74 milhões de toneladas e o consumo doméstico foi de 197,47 milhões de
toneladas. Dentre todos os tipos de sementes das quais são extraídos os óleos, as que tiveram
maior evidência foram a palma, sendo produzidas e consumidas, respectivamente, 72,76 e
68,67 milhões de toneladas de óleo, e a soja, sendo produzidas e consumidas,
respectivamente, 57,68 e 57,15 milhões de toneladas de óleo (USDA, 2018).
2. Objetivo
3. Materiais e métodos
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4. Procedimento
5. Resultados e discussão
6. Conclusões
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ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA: Jar teste
1. Introdução
O Jar Test (Teste de Jarro) é um experimento usado pelos engenheiros sanitaristas (Civil,
Químicos e laboratoristas, em geral), simulando as condições e variáveis químicas
operacionais de tratamento de água em uma ETA (Estação de Tratamento de Água), no qual a
amostra de água in natura é submetida ao tratamento físico-químico, determinando-se os
valores de pH e volume ótimo de coagulante. A Figura 01 apresenta a fotografia do
equipamento Jar Test para laboratório.
Figura 01 – Aparelho Jar Test – (a) Sem os béqueres e (b) com os béqueres
(a) (b)
Entretanto, este tipo de ensaio vem sendo empregado também para a determinação de
parâmetro básico na elaboração do projeto de uma Estação de Tratamento de Água. Por este
ensaio determina-se a condição ótima para floculação de uma água caracterizada pelo tempo e
agitação necessária; para tanto, além de determinar a dosagem ótima dos coagulantes, deve-se
verificar qual o tempo, e qual o gradiente de velocidade ótimo para se flocular a água em
estudo. Ademais, deve-se verificar se a floculação obtida fornece uma água que após a
sedimentação apresentará uma grande redução de turbidez.
Partículas sólidas: São substâncias sólidas, como a argila e os silicatos, que se apresentam em
suspensão e que, pela ação da força da gravidade e propriedades químicas superficiais, podem
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ser facilmente sedimentadas em equipamentos específicos, tais como os reatores leitos
fluidizados, filtradores, colunas de flotação, entre outros.
Os coloides são partículas tão finas que não apresentam peso (massa) suficiente para
sedimentarem por ação da gravidade e, portanto, necessitam de tratamento de floculação
prévia. São dispersões de um sólido finamente dividido (fase dispersa) em um líquido (meio
dispersante). Tanto a fase dispersa quanto o meio de suspensão podem ser sólidos, líquidos ou
gasosos, ainda que a dispersão de um gás em outro não seja considerado uma dispersão
coloidal. O seu tamanho varia de 10 a 1000 Å. Tem uma carga negativa. Distinguem-se das
moléculas comuns pela sua incapacidade de difusão através das membranas de troca iônica,
que permitem às moléculas e aos íons passarem livremente da parte interna para a parte
externa.
As partículas de uma dispersão coloidal real são tão pequenas que o choque contínuo entre
elas, no dispersante, é suficiente para manter as partículas em suspensão. Porém, o efeito da
força da gravidade pode ser aumentado significativamente, promovendo a decantação e
sedimentação, usando-se uma centrífuga de alta velocidade; isto rompe as ligações entre as
partículas e elas precipitarão.
Partículas dissolvidas: são substâncias iônicas (que apresentam cargas positivas e negativas)
dissolvidas na solução. Tais substâncias são: bicarbonato (HCO 3-) e carbonato (CO32-),
responsáveis pela alcalinidade da H2O; o íon sulfato (SO42-), que é um floculante e, por fim, os
íons Mg2+ e Ca2+, responsáveis pela dureza da H2O. A dureza da água influencia, por exemplo,
na formação de espuma quando se lava as mãos com sabão: “água mais dura forma menos
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espuma” e “água mais mole, ou branda, forma mais espuma”. Em ambos os casos a higiene é
feita!
Microrganismos: são seres unicelulares que, quando em colônias grandes, podem causar
infinitas doenças e, portanto, exigem a aplicação de tratamento químico-biológico.
Onde se tem que Valor (1) é a o valor da turbidez de uma amostra de água destilada,
supostamente livre de material particulado, e tomada como padrão. O Valor (2) corresponde
ao valor da turbidez da amostra em estudo. Segundo a OMS (Organização Mundial da
Saúde), o limite máximo de turbidez em água potável deve ser 5 UNT.
- 4 < pH < 5 – nesta faixa ácida, tem-se a presença de ácido carbônico [ H 2CO3 ], que em
presença de bactéria, decompõe-se de acordo com a seguinte reação química:
H2CO3(aq) → CO2(g) + H2O(l)
- 8 < pH < 11 – região onde o meio é básico. Esta faixa de pH contém concentrações altas de
(OH-) e íon carbonato (CO3-2);
- 8,3 < pH < 8,5 – região básica, na qual se têm concentrações significativas de íons (CO 32-) e
(HCO3-);
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- 7,5 < pH < 8,3 – região de transição entre o meio ácido e meio básico. Esta faixa de pH
pode conter concentrações significativas de íons bicarbonato (HCO 3-). É uma região de mais
fácil controle. Como exemplo, cita-se o pH do sangue, ou soro fisiológico, que é da ordem
de 7,4.
2. Objetivos
3. Metodologia
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a haste metálica móvel. Colocar, ao mesmo tempo (portanto, deve ser feito por várias
pessoas), dentro dos béqueres, um volume médio de Al2(SO4)3, de acordo com o Quadro 03.
A adição de coagulante desestabiliza as partículas sólidas em suspensão, neutralizando
suas cargas, normalmente negativas, levando-as à coagulação. Este fenômeno é obtido
porque o coagulante diminui as forças repulsivas, que atuam entre as partículas e,
consequentemente, aumenta as forças atrativas.
Após completar-se o tempo estabelecido em, ajuste a velocidade novamente; agora para 60
rpm, deixando agitar por cerca de 20 minutos.
A mistura lenta faz com que o íon sulfato [ SO42-] reaja com a molécula de água em
solução, sofrendo hidratação: SO42+(aq) + H2O(l) → H2SO4(aq) + 2 OH-(aq). A alcalinidade
gerada pela presença do íon OH - é neutralizada pela reação com alumínio em solução,
formando um precipitado gelatinoso, conforme a seguinte equação química:
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O precipitado gelatinoso fica envolto por várias partículas coloidais dando origem ao
macroflóculo, que após a agitação irá sedimentar ou decantar.
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3.3 Determinação do volume ótimo de coagulante
Coloque 500 mL da amostra em cada um dos 06 béqueres de um litro de capacidade. Ajuste o
pH dos béqueres usando ácido ou base para o pH ótimo definido no item 3.2. Acondicione os
06 béqueres dentre do aparelho “Jar Teste”, tomando-se o cuidado para que as palhetas
metálicas não esbarrem na parede do béquer, ajustando sua posição com a haste metálica
móvel.
Coloque, em cada béquer, em ordem crescente um volume de Al 2(SO4)3 estabelecido entre o
mínimo e máximo (Quadro 03) de acordo com a turbidez média. Ligue o interruptor referente
à agitação e, então, ajuste, a velocidade de agitação em 100 rpm (rotações por minuto),
deixando agitar por um minuto. Após completar-se o tempo estabelecido em (5), ajuste a
velocidade novamente; agora para 60 rpm, deixando agitar por cerca de vinte minutos. Depois
de transcorrido o tempo estabelecido em (6), desligue o interruptor referente à agitação deixe
as soluções, dentro dos béqueres, em repouso até clarificar, aproximadamente 10 minutos.
Com uma pipeta, retire uma alíquota de 10 mL do sobrenadante presente no béquer e
transferir para dentro do frasco do turbidímetro, avaliando-se o valor da turbidez de cada
béquer, após a floculação. Preencha o Quadro 02.
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46
4. Discussão de resultados
5. Conclusões
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Determinação de Oxigênio Dissolvido em Água Potável
1. Introdução
Todos os organismos vivos dependem de uma forma ou de outra do oxigênio para manter os
processos metabólicos de produção de energia e reprodução. O oxigênio é muito solúvel em
água variando a solubilidade entre 14,6 mg/L a 0 oC até 7,6 mg/L a 30 oC, dependendo da
pressão e dos sais dissolvidos. Ele é um elemento indispensável para a manutenção dos
processos vitais de quase todos os organismos.
No meio aquático o oxigênio dissolvido está no seu estado livre, no caso O 2 em solução; as
principais fontes de oxigênio dissolvido em água são a aeração natural e a fotossíntese das
plantas aquáticas. Além disso, a sua concentração e distribuição no meio aquático depende
fatores químicos e físicos, tais como salinidade, pH, e especialmente temperatura, também é
afetado por processos biológicos, como por exemplo respiração e fotossíntese. A medida da
concentração do oxigênio dissolvido numa água é geralmente utilizada para avaliar a
ocorrência de atividades biológicas que requerem oxigênio sendo, consequentemente, um
importante indicador de poluição. Por exemplo, resíduos orgânicos provenientes do
escoamento de águas oriundas de atividades humanas agem como uma fonte de alimento para
as bactérias que decompõem estes materiais orgânicos utilizando o oxigênio dissolvido,
diminuindo dessa maneira a quantidade de oxigênio dissolvido presente. A medida do
oxigênio no meio aquático é, portanto, um indicador muito importante da qualidade da água. A
falta de oxigênio em amostras de água indica a necessidade de tratamento dos efluentes
domésticos e industriais.
2. Objetivos
Determinar o teor de O2 dissolvido nas águas, pelo método de Winkler (modificado) a fim de
decidir sobre sua utilização adequada, ou sobre os métodos de tratamento da mesma.
3. Materiais e reagentes
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Erlenmeyer de 250 mL;
Balão volumétrico de 1 L;
H2SO4 concentrado;
KMnO4 0,2 mol/L;
Na2C2O4 0,1 mol/L;
MnSO4 480 g/L;
Iodeto alcalino (500 g de NaOH + 150 g de KI + H2O até 1 L);
Solução de amido a 1%, solução de Na2S2O3 0,00312 N.
4. Metodologia
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Etapas do procedimento
(2)
(5)
(8)
5. Resultados e discussão
- Buscar na literatura o número da Resolução que menciona o valor da concentração de O 2 dissolvido em água
potável;
- Discutir o resultado baseando-se nesta resolução.
6. Conclusões
50
51
Determinação da Viscosidade de três diferentes fluidos pelo método
de Hopler
1. Introdução
2. Objetivos
3. Metodologia
A metodologia foi divida em duas partes: uma, referente aos materiais e equipamentos e
outra, relacionada ao procedimento experimental.
3.1. Equipamentos e materiais
Densímetro;
Termômetro;
Viscosímetro de Hoppler;
Esfera metálica (massa = 0,144.10-3 kg, diâmetro = 3,175.10-3 m);
Fluidos: glicerina, óleo lubrificante SAE30 e óleo de rícino;
Cronômetro.
52
3.2. Procedimento experimental
Inicialmente medir a temperatura e a densidade de cada um dos três fluidos presentes nos
viscosímetros que contém em seus tubos verticais glicerina, óleo lubrificante e óleo de rícino.
Em seguida, deixar cair em queda livre uma esfera de massa e raio conhecidos (triplicata para
cada fluido). Incialmente essa esfera estará em regime transiente. Após determinado tempo,
devido à resistência do fluido, a esfera estará uma velocidade constante e, ao passar pelas
marcações de nível em cada um dos três tubos, registrar o tempo para cada intervalo. Calcular
a velocidade em cada uma das marcações (velocidade = distância da queda da esfera pelo
tempo percorrido por esta dentro do fluido em estudo). A partir dos dados já fornecidos
previamente (massa e diâmetro da esfera) e de dados registrados nos experimentos,
juntamente com equações conhecidas, encontrar a viscosidade de cada fluido. A partir da Lei
de Stokes, e da equação 01, determinar da viscosidade absoluta de cada fluido e em seguida,
fazer a média dos valores da viscosidade calculada para cada fluido e o desvio padrão.
mg−ρg ∀
μ= , (1)
6 πRV
onde,
μ=viscosidade absoluta (Pa.s = N.s/m2);
m = massa da esfera (= 0,144.10-3 kg);
g = gravidade (= 9,81 m/s2);
ρ=¿ densidade de cada fluido (kg/m3);
g = gravidade (m/s2);
∀ = volume da esfera (m3);
R = tamanho do raio da esfera (m);
V = velocidade (m/s).
onde,
Re = número de Reynolds;
54
4. Resultados e discussão
55
- Discutir os valores de viscosidade absoluta encontrados para cada fluido em relação a
referência (Figura 02) considerando a sua repetitividade;
5. Conclusões
Referências bibliográficas
56
Turbina Pelton
1. Introdução
Para checar um projeto de uma turbina hidráulica, é necessário avaliar as condições de uso da
mesma. Uma forma de se verificar esse projeto na prática é avaliando-se o aumento da vazão
em função da demanda energética, que pode variar ao longo do tempo de acordo com a
demanda energética que pode variar ou até mesmo a escassez de água, diminuindo, portanto,
os reservatórios. Neste contexto, é necessário entender as curvas características de uma
turbina para conseguir alcançar a melhor condição de uso da mesma. As curvas mais
importantes a serem avaliadas são as de rendimento, potência efetiva e vazão aduzida em
função da rotação, mantendo-se constantes a altura da queda e a vazão. Para o cálculo da
potência efetiva, tem-se, de acordo com a equação 01,
(01)
Onde,
N = potência mecânica (= potência efetiva (= Nef)) (kgf.m/s);
T = torque (kgf.m)
= velocidade angular (rad/s).
Onde,
Q = vazão (m3/s);
H = altura da água passante sobre o vertedouro (m) medida a um ponto onde não haja
influência da perturbação da água;
57
= ângulo do vértice do triângulo (sendo triângulo retângulo, = 90º. Assim tan 90º não
existe). Assim, a equação para vertedouro com vértice de 90º (equação 04):
Q = 1,4.H5/2 (04)
Para a análise da potência do jato (distribuidor), sabe-se que, de acordo com a equação
05:
(05)
Onde,
Nj = potência do jato do distribuidor (kgf.m/s);
= peso específico (kgf/m3);
Q = vazão (m3/s)
H = altura da queda d’água (representada pela pressão estipulada na prática) (mca).
E por último, para a análise do rendimento total da turbina (), sabe-se que (Equação 06),
(06)
2. Objetivos
3. Metodologia
58
1 – Turbina Pelton (rotação nominal: 1450 rpm, Nef: 0,3 kW, Q: 0,167 m 3/min, H: 18
m, número de conchas: 16)
2 – Motor de acionamento dinamométrico;
3 – Medidor de força (freio dinamométrico);
4 – Manômetro (medidor de queda líquida);
5 – Régua calibrada medidora de vazão e altura manométrica;
6 – Medidor de rotação;
7 – Painel digital com visor de pressão, carga e rotação;
8 – Registro controlador de vazão;
9 – Reservatório de água inferior;
10 – Reservatório de água superior.
4. Resultados e discussão
60
Tabela 01 – Dados extraídos da aula prática referentes a operação da bancada fixando-se a pressão com a abertura do distribuidor em 30, 60 e 100%.
61
A partir desses dados foi possível construir os gráficos dispostos nas Figuras 02 a 05.
FAZER O GRÁFICO!
FAZER O GRÁFICO!
62
Figura 04 – Variação da vazão de água (Q) em função da demanda energética (rotação)
para queda e abertura constantes da turbina Pelton.
FAZER O GRÁFICO!
5. Conclusões
63
Referências bibliográficas
64
Associação de Bombas
1. Introdução
Associações buscam aumentar a energia fornecida ao fluido e como resposta, esse fluido
tende a conseguir vencer grandes alturas, ou também desenvolver grandes pressões quando
operam em série ou aumentar a vazão, quando operam associadas em paralelo. Já a
associação de bombas em paralelo, buscam aumentar a vazão enviada a um sistema. Tem-se a
impressão que a relação entre essas associações deve ser linear, entretanto, devido a perdas de
carga devido a, por exemplo resistência a passagem desse fluido, ao se utilizarem duas
bombas de mesma potência, a resposta não será o dobro nem da pressão ou altura
manométrica (em série) nem da vazão (em paralelo).
2. Objetivos
65
3. Metodologia
A metodologia deste trabalho foi dividida basicamente em três partes: a análise de cada uma
das bombas da bancada operando individualmente, as duas operando em série e em seguida,
em paralelo.
3.1. Equipamentos e materiais
Os equipamentos utilizados nessa prática estão instalados no Laboratório de Fluidomecânicos
da PUC Minas. Será utilizada a bancada Itália Didacta para a execução do procedimento
experimental. A Figura 01 apresenta o desenho esquemático da bancada e suas respectivas
funções.
66
devidas válvulas abertas e/ou fechadas, acionar o sistema, girando a chave no painel da
bancada e posicionando a velocidade da bomba 1 no ponto 2 (2800 rpm). No leitor do
medidor de vazão (rotâmetro 1) instalado na bancada, aumentar a vazão com passes de cerca
de 8 m3/h na faixa de 0 até que o registro da linha esteja completamente aberto. Para cada
mudança de vazão, fazer a leitura do manômetro da linha 01 e também do seu respectivo
vacuômetro. Repetir esse mesmo procedimento para avaliação do comportamento da bomba
02 em relação a uma alteração da vazão.
Para os ensaios de análise do comportamento da associação das bombas em série,
tomar o cuidado de avaliar se os registros estão devidamente posicionados e o vacuômetro
fechado. Acionar o sistema ligando a chave novamente. No caso das associações de bombas,
tomar o cuidado de ultrapassar o momento da trava fluidodinâmica (como a bomba 01 tem
maior potência que a bomba 02, a pressão da bomba 01 é maior que da bomba 02, logo, na
junção das duas linhas onde a água foi bombeada, a pressão é maior na linha 01). Assim, abrir
totalmente o registro da bomba 02 e abrir lentamente o registro da bomba 01. No sistema há
dois rotâmetros para se avaliar cada uma das linhas. Assim, a medida que ocorrer o aumento
da vazão da linha 01 (já com o registro da linha 02 aberto), será observado no rotâmetro 01
que a vazão irá aumentando aos poucos enquanto na linha 02 nada acontecerá. Entretanto, a
partir de determinado momento, será observado que ao aumentar ainda mais a vazão da linha
01 haverá um movimento do rotâmetro da linha 02, indicando que a partir daquele ponto, na
união das duas linhas, haverá, portanto, a influência das duas bombas operando
simultaneamente. Deste ponto para frente, operar o sistema realizando um aumento na vazão e
registrar o valor tanto referente ao manômetro quanto referente ao vacuômetro e a vazão em
cada ponto até que o registro 01 esteja completamente aberto (já que o registro 02
permanecerá completamente aberto desde o início do processo). Realizar o processo em
seguida para a sequencia das bombas em paralelo e anotar os valores medidos no manômetro,
no vacuômetro e a altura manométrica.
4. Resultados e discussões
67
Tabela 02 - Dados extraídos da aula prática referentes a operação das bombas 1 e 2 operando
em série e em paralelo em diferentes vazões.
Para uma melhor visualização, a partir dos dados extraídos das Tabelas 01 e 02 foi possível
gerar os gráficos apresentados nas Figuras 02 e 03.
68
Figura 03 – Gráfico referente a altura manométrica em função da vazão ajustada na prática
para as bombas 1 e 2 operando individualmente e em paralelo.
69
6. Conclusões
Referências bibliográficas
70
Perda de Carga Localizada
1. Introdução
A perda de carga total, é considerada a soma das perdas maiores, causadas por efeitos de
atrito no escoamento completamente desenvolvido em tubos de seção constante, com as
perdas localizadas, causadas por entradas, acessórios, variações de áreas e outras (FOX,
2018).
A perda de carga localizada pode ser expressa pelo K e a literatura disponibiliza largamente
esse coeficiente para escoamentos turbulentos de fluidos newtonianos. É possível verificar,
por exemplo, na Figura 01 que para um cotovelo de 90º (solda, flange), Kac equivale a 0,90.
71
Figura 01 – Valores de K para os principais acessórios
A perda de carga no escoamento em uma tubulação, ocorre devido ao atrito entre as partículas
fluidas com as paredes do tubo e mesmo devido ao atrito entre estas partículas. Em outras
palavras, a perda de carga representa a conversão irreversível de energia mecânica em calor
que ocorre durante o movimento do fluido e pode ser representada pela queda de pressão entre
dois pontos de uma tubulação em um mesmo nível em seções com mesma velocidade média.
Pode ser classificada como perda de carga distribuída, que ocorre ao longo de trechos retos de
tubulação, ou perda de carga localizada, ocasionada por acessórios (como por exemplo
registros) e singularidades.
Segundo FOX (2018), a perda localizada pode ser calculada através de dois métodos: através
do comprimento equivalente (Le) ou do coeficiente de perda de carga (K).
A Equação 1 mostra a fórmula utilizada para cálculo da perda de carga localizada.
(1)
Onde,
ΔH = perda de carga localizada (m);
Kac = coeficiente de perda de carga do acessório;
Q = vazão (m3/s);
D = diâmetro do tubo (m);
72
g = aceleração da gravidade (m/s).
(2)
ΔH
k l= 2
Q
Aplicando-se logaritmo na Equação 3, conforme mostra a Equação 4, obtém-se a linearização
da relação entre a perda de carga e a vazão do sistema.
(4)
,
Assim, ao se utilizar-se uma reta linear, tem-se que
log ΔH = Y;
log kac.kinst = B;
2.log Q = AX.
2. Objetivos
73
3. Metodologia
74
44 cotovelos de 90°. Para isso, fechar os registros da linha e do componente anterior e abrir os
registros da linha que analisadas, incluindo-se os registros de tomada de pressão dos cotovelos
de 90°, indicados pelos números 2 e 22. Feito isso, regular a vazão do conjunto para o valor
inicial de 2500 L/h e alterar o valor da vazão com passes de 500 L/h, até chegar em 5500 L/h.
Figura 2 – Esquema da bancada de medição de perda de carga
Fonte: Fornecedor
4. Resultados e discussão
A Tabela 01 apresenta todos os dados referentes ao uso das equações acima mencionadas para
determinação das perdas de carga no registro de esfera e também na tubulação com cotovelos
de 90º.
75
Tabela 01 – Parâmetros determinados a partir das equações mencionadas para determinação
da perda de carga no registro de esfera e na tubulação com cotovelos de 90º.
A partir dos cálculos dispostos na Tabela 01, gerar o gráfico linearizado de log ΔH em função
de log Q (Figura 03).
Figura 03: Gráfico do log ΔH em função de log Q para cálculo da perda de carga referente ao
registro de esfera.
Encontrar e discutir o valor de Kac e comparar com o valor teórico (Figura 01) e discutir
também se o valor encontrado graficamente se aproxima do valor igual a 2.
76
A partir do mesmo raciocínio realizado para a determinação da perda de carga referente ao
registro de esfera, gerar o gráfico linearizado de log ΔH em função de log Q da perda de carga
referente a linha com cotovelos (Figura 04).
Figura 04: Gráfico do log ΔH em função de log Q para cálculo da perda de carga referente a
linha com cotovelos de 90o.
Encontrar e discutir o valor de Kac e comparar com o valor teórico (Figura 01) e discutir
também se o valor encontrado graficamente se aproxima do valor igual a 2. Lembre-se que o
valor encontrado para Kac é referente a 44 cotovelos.
5. Conclusões
77
Referências Bibliográficas
78
Medidor de Vazão a partir de um Venturímetro
1. Introdução
Vazão é uma quantidade de material (seja em massa, em volume ou em mols) que passa por
determinado local por unidade de tempo. Há diferentes formas de se de medir a vazão, um
tipo bastante comum é a partir de restrição de área para escoamento interno. O princípio desse
tipo de medidor se baseia na aceleração de um fluido que é forçado a passar por uma seção de
área conhecida. Sabe-se que, ao se reduzir a seção que um fluido de vazão x passa, a sua
velocidade aumenta e sua energia cinética também. Para que a energia do sistema se
mantenha constante, esse processo leva a uma modificação da pressão do sistema. Essa
variação de pressão pode ser medida com um tipo de medidor de vazão por pressão
diferencial e a vazão inferida em relação a uma vazão conhecida teórica ou experimental. A
partir da medida da pressão antes e após a redução da área, juntamente com equações de
continuidade e a equação de Bernoulli e fatores de correção das fórmulas, é possível se
identificar a vazão real. Dois tipos de medidores de vazão que podem ser usados a partir da
análise da medida de pressão diferencial são as placas de orifício e o Tubo de Venturi.
As vantagens das placas de orifício são: custo relativamente baixo, podem ser usadas com
fluidos mais agressivos, porém há grande perda de carga devido a sua configuração. Os
medidores de Venturi, ou tubos de Venturi, são mais caros, porém há menor perda de carga no
sistema devido a sua configuração (FOX, 2018). O esquema do sistema de medição utilizando
um tubo de Venturi está ilustrado na Figura 01.
2. Objetivos
79
3. Metodologia
80
81
Em seguida, utilizando-se as equações 01 a 06, calculou-se o coeficiente de descarga médio e
também o coeficiente de descarga (CD) pela reta.
(1)
Sabe-se ainda que
ou seja: (2)
= (4)
Onde,
P1 e P2 = pressão nas seções 1 e 2 respectivamente (Pa);
V1 e V2 = velocidade de escoamento do fluido (m/s) nas seções 1 e 2 respectivamente;
82
g = gravidade (m/s2);
= massa específica do fluido (kg/m3);
z1 e z2 = altura (m) em que os líquidos assumem nos piezômetros numa seção genérica n-n do
medidor de Venturi.
Q = vazão (m3/s);
A1 e A2 = área da seção transversal 1 e 2 respectivamente (m2).
4. Resultados e discussão
5. Conclusões
Referências bibliográficas
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Slides disponibilizados pelo professor Rogério Jorge Amorim na disciplina de Laboratório de
Fluidomecânicos, 2022.
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