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Watchman Nee
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Watchman Nee #
14 de ago de 2020$!

BIOGRAFIA DE WATCHMAN NEE

Watchman Nee, um fiel servo de Cristo… Ver mais

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Watchman Nee #
1 d$!

A NORMALIDADE DO ESPÍRITO

Quando o espírito está errado, ele é o responsável


por boa parte da nossa conduta incorreta. Quem
deseja viver no espírito, deve se manter sempre
numa atitude adequada. A mente pode se tornar
relaxada e arrogante, ou então retraída e tímida. O
mesmo pode acontecer com o espírito. Se não o
mantivermos no Espírito Santo, ele será derrotado,
e nossa conduta exterior também será de derrota.
Precisamos saber que muitos dos erros exteriores
têm sua raiz na falha do espírito. Se nosso
homem interior estiver forte e poderoso,
conseguirá controlar a alma e o corpo, e limitar a
libertinagem deles, sejam quais forem as
circunstâncias. Se, porém, ele estiver fraco, a alma
e o corpo o oprimirão, levando-o a cair.

Deus está interessado em nosso espírito. É nele


que habita a nova vida. É nele que seu Espírito
opera em nós, e que temos comunhão com ele. É
por meio dele que ficamos sabendo qual é a sua
vontade, e recebemos a revelação do Espírito
Santo. É nele também que Deus nos instrui, nele
amadurecemos, resistimos aos ataques do
inimigo, recebemos autoridade para vencer o
diabo e seu exército, e obtemos poder para servir.
É pela vida de ressurreição que há em nosso
espírito que nosso corpo finalmente será
transformado num corpo ressurreto. Como estiver
a condição do nosso espírito, assim será nossa
vida espiritual. Vemos, então, como é essencial
para nós preservar a normalidade do espírito! O
principal interesse do Senhor por nós está não no
homem exterior, na alma, mas no homem interior,
no espírito. Nosso homem exterior pode até ter
alcançado um grande desenvolvimento. Todavia,
se o componente interior apresentar
anormalidade, todo o nosso viver será tortuoso.

A Bíblia contém ensinamentos a respeito da


normalidade do nosso espírito. Muitos crentes
amadurecidos têm experimentado o que a
Palavra de Deus ensina a esse respeito. Eles
sabem que, para reter sua posição de vitória e
cooperar com Deus, precisam manter o espírito
nas condições adequadas, apresentadas na
Bíblia. Mais adiante veremos de que maneira
deveremos controlá-lo por meio de nossa vontade
renovada. Esse princípio é de grande importância,
pois, através da vontade, podemos levar o espírito
a colocar-se na posição correta.

UM ESPÍRITO QUEBRANTADO

"Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito


quebrantado." (SI 51.17.)

O espírito quebrantado é aquele que treme diante


de Deus. Há cristãos que pecam sem sentir
nenhuma inquietação em seu interior. Um espírito
reto se quebranta diante de Deus, como ocorreu
com Davi, depois de ter pecado. Não é difícil
restaurar para Deus aqueles que têm um espírito
quebrantado.

UM ESPÍRITO HUMILDE

"Melhor é ser humilde de espírito com os


humildes, do que repartir o despojo com os
soberbos." (Pv 16.19.)

"O humilde de espírito obterá honra." (Pv 29.23.)


"Mas habito também com o contrito e humilde de
espírito, para dar novo ânimo ao espírito do
humilde." (Is 57.15-NVL)

Ser humilde não é olhar para si mesmo com


desprezo. Na verdade, é não olhar de modo
nenhum. Tão logo o espírito do crente se torna
arrogante, este corre o risco de cair. E precisamos
ter humildade não apenas diante de Deus, mas do
homem também. Uma pessoa manifesta um
espírito humilde quando se associa com o pobre.
Somente esse espírito é incapaz de desprezar
qualquer criatura de Deus. A presença e a glória
de Deus se manifestam na vida daquele que é
espiritualmente humilde.

A pessoa humilde se mostra disposta a aprender,


é solicita, e recebe bem as explicações. O espírito
de muitos é por demais arrogante. Há pessoas
que são capazes de ensinar aos outros, mas não
conseguem aprender nunca. Muitos possuem um
espírito obstinado. Agarram-se tenazmente às
suas opiniões, mesmo reconhecendo que estão
errados. Outros são duros de espírito, não
aceitando explicações para mal-entendidos.
Somente os humildes têm a capacidade de
suportar e tolerar. Deus precisa de homens
humildes para através deles expressar as virtudes
divinas. Como um homem orgulhoso pode ouvir a
voz do Espírito Santo e cooperar com Deus? Em
nosso espírito não deve haver o menor sinal de
orgulho. As qualidades do espírito devem ser
brandura, delicadeza e flexibilidade. Qualquer
aspereza no homem interior pode impedir a
comunhão com o Altíssimo, pois isso, com
certeza, difere bastante do caráter divino. Se
quisermos andar com o Senhor, precisamos ter
um espírito humilde, que espera sempre nele, e
não lhe oferece nenhuma resistência.

POBREZA DE ESPÍRITO

"Bem-aventurados os pobres de espírito." (Mt 5.3-


ARC)

Os pobres de espírito são aqueles que se


consideram desprovidos de tudo. O grande perigo
do servo de Deus está em ter muitas conquistas
em seu espírito. Somente os pobres de espírito
podem ser humildes. Muitas vezes um crente
valoriza tanto sua experiência, crescimento e
progresso, que acaba perdendo a humildade! O
mais traiçoeiro de todos os perigos para o crente
é meditar nessas conquistas e ficar muito atento
às suas experiências. E às vezes ele toma essa
atitude de modo inconsciente. O que significa,
então, ser pobre? Ser pobre quer dizer não ter
nada. Se um crente ficar sempre pensando em
suas profundas experiências, logo estas se
tornarão simples mercadorias para uso de seu
espírito, passando a constituir uma cilada para
ele. Quando o crente esvazia seu espírito, tem
condições de render-se completamente a Deus. Já
quem tem um espírito rico torna-se egocêntrico. A
salvação plena liberta-nos de nós mesmos, e nos
coloca em Deus. Se o cristão retiver algo para si,
seu espírito imediatamente se volta para dentro,
tornando-se incapaz de sair dele e ser um com
Deus.

UM ESPÍRITO DE BRANDURA

"Com espírito de brandura." (Gl 6.1.) A brandura é


uma característica do homem interior, sendo
extremamente necessária. É o oposto da
aspereza. Deus exige que cultivemos um espírito
de mansidão. Aquele que o possui, assim que
recebe uma ordem de Deus, interrompe seu
trabalho imediatamente, mesmo que este seja
muito frutífero. Foi o que aconteceu com Filipe,
que estava em Samaria e o Espírito Santo o
enviou para o deserto. Um espírito brando nas
mãos de Deus faz o que o Senhor quer. Não sabe
resistir a Deus, nem segue a própria vontade. Para
Deus realizar seus propósitos, precisa de um
espírito com esse nível de submissão.

Um espírito manso não é menos importante nos


relacionamentos humanos. Trata-se do espírito de
cordeiro que caracteriza o espírito da cruz.
"Quando ultrajado, não revidava com ultraje;
quando maltratado, não fazia ameaças, mas
entregava-se àquele que julga retamente." (1 Pe
2.23.) Essa é a descrição de um espírito brando.
Quem possui tal mansidão dispõe-se a sofrer
perdas. Embora tenha condições de revidar e
esteja sob a proteção da lei, não obstante, ele não
deseja se vingar com o braço da carne. É o
espírito que, mesmo sofrendo, não fere a
ninguém. Aquele que possui um espírito assim
vive de modo justo, mas nunca exige justiça dos
outros. É cheio de amor e misericórdia; por
conseguinte, pode derreter o coração daqueles
que se acham ao seu redor.

UM ESPÍRITO FERVOROSO

"No zelo, não sejais remissos; sede fervorosos de


espírito, servindo ao Senhor." (Rm 12.11.)

Quando a carne fica emocionalmente agitada,


pode parecer fervorosa por algum tempo.
Contudo esse fervor não perma nece. E apesar
dessa aparente diligência, na verdade, ela pode
estar sendo bastante preguiçosa. É que essa
disposição só se manifesta em situações que se
harmonizam com os propósitos dela. Desse
modo, podemos dizer que a carne é impelida pela
emoção. Ela não consegue servir a Deus quando
as emoções se encontram arrefecidas, nem
quando se trata de algo que não lhe agrada. Para
a carne, é impossível trabalhar com o Senhor,
passo a passo, de modo lento, porém firme, chova
ou faça sol. Ser "fervoroso no espírito" é uma
característica permanente. Aquele que a possui
acha-se qualificado para servir ao Senhor de
modo contínuo. Devemos evitar todo fervor da
carne, mas permitir que o Espírito Santo encha
nosso homem interior, a fim de que ele seja
sempre fervoroso. Desse modo, o espírito não
esfriará, mesmo quando as emoções estiverem
congeladas. Assim a obra do Senhor não se
desmoronará, chegando a um estado de aparente
imobilidade.

O que o apóstolo diz aí é uma ordem, que nós


devemos aceitar, já que nossa vontade é
renovada. Devemos exercitá-la, tomando a
decisão de ser fervorosos. Devemos dizer a nós
mesmos: "Quero que meu espírito seja fervoroso,
e não frio". Não devemos permitir em nós um
sentimento frio e indiferente, que nos deixe
prostrados. Em vez disso, devemos fazer com que
o espírito assuma o pleno controle de tudo, até
mesmo daquilo que não desperta nossas
emoções. A prova de que temos um espírito
fervoroso é estarmos "servindo ao Senhor"
sempre.

UM ESPÍRITO SERENO

"O sereno de espírito é homem de inteligência."


(Pv 17.27.)

Nosso espírito precisa ser fervoroso, mas também


deve ser sereno. O fervor está relacionado com o
"servir diligentemente ao Senhor", enquanto a
serenidade tem a ver com o conhecimento.

Quando falta serenidade no nosso espírito,


nossas ações muitas vezes se tornam
desordenadas. O inimigo procura desviar-nos do
caminho, para que nosso espírito não tenha
contato com o Espírito Santo. Existem muitos
crentes que, quando seu espírito agita, param de
viver segundo os princípios espirituais e passam
a seguir as emoções. O espírito acha-se
intimamente ligado à mente. No instante em que
ele perde sua serenidade, a mente se estimula.
Quando a mente se torna aquecida, a conduta do
crente torna-se anormal, ficando descontrolada.
Por isso, é sempre bom mantermos o homem
interior calmo e controlado. Não dando muita
atenção ao ardor das emoções, à intensificação
dos desejos ou à confusão do pensamento, e
avaliando cada problema com espírito sereno,
manteremos nossos pés no caminho do Senhor.
As ações que realizamos quando nosso espírito
está estimulado provavelmente contrariam a
vontade de Deus.

Conhecendo a Deus, ao ego, a Satanás, e a tudo o


mais, obtemos uma serenidade de espírito, que os
crentes carnais** não podem experimentar. Nosso
homem interior deve estar cheio do Espírito Santo,
ao passo que o exterior deve ser totalmente
entregue à morte. Assim, o espírito poderá
desfrutar de uma serenidade indescritível. Nem a
alma, nem o corpo, nem mesmo a mudança das
circunstâncias desfaz essa tranquilidade. A
situação é semelhante à do oceano. Embora na
superfície as ondas estejam furiosas, no fundo o
mar permanece tranquilo e livre de perturbação.
Antes de o crente ter consciência da divisão entre
a alma e o espírito, basta a menor perturbação
para ele logo se agitar e estremecer. Isso se deve
à falta de conhecimento espiritual. Portanto, para
termos sempre um espírito sereno, é preciso que
nosso homem interior esteja separado do exterior.
O crente cujo espírito é imperturbável experimenta
uma condição em que é praticamente `'intocável".
Ele nunca perde a serenidade e a paz interiores,
nem mesmo diante da maior perturbação exterior
Ainda que uma montanha desabe diante de seus
olhos, ele permanece tranquilo, sem se perturbar.
E não é através do autoaperfeiçoamento que se
obtém tal tranquilidade. É pelo Espírito Santo, que
nos revela a realidade de tudo. E é pelo controle
que exercemos sobre nossa alma, de modo que
esta não mais influencia nosso espírito. Portanto
o segredo disso é o controle da vontade. Nosso
espírito deve sujeitar-se ao controle dela. Nossa
vontade de- seja o fervor, mas deseja também a
serenidade. Não devemos jamais permitir que
nosso espírito esteja numa condição tal que
venha a fugir ao controle da vontade. Devemos ter
o desejo de possuir um espírito fervoroso para a
obra do Senhor, mas também de mantê-lo sereno
na execução dessa obra.

UM ESPÍRITO ALEGRE

"E O meu espírito se alegrou em Deus, meu


Salvador." (Lc 1.47.)

Para si mesmo, o cristão deve ter um espírito


quebrantado (Salmos 151.17). Para com Deus, ele
deve ter um espírito que se alegra no Senhor
constantemente. Nós nos regozijamos, não por
causa de nós mesmos, nem de experiências
alegres, como uma obra, uma bênção, ou outra
qualquer, mas exclusivamente porque Deus é o
centro de nossa vida. Na verdade, o único motivo
de gozo genuíno para o crente deve ser o próprio
Deus.

Se nosso espírito estiver oprimido pelas


preocupações, pesos ou tristezas, primeiro ele vai
se tornar irresponsável. Depois "afunda", perdendo
seu próprio lugar. Finalmente, perde a capacidade
de seguir a direção do Espírito Santo. Quando o
espírito se acha pressionado por um fardo
pesado, ele perde sua leveza, sua liberdade e
esplendor. Rapidamente cai de sua posição
proeminente. E se o período de tristeza se
prolongar, nossa vida espiritual sofre um prejuízo
incalculável. O único fato que pode salvar a
situação é regozijar-nos no Senhor. Temos de
regozijar-nos naquilo que Deus é, e no modo pelo
qual ele se tornou nosso Salvador. O regozijo deve
ser sempre abundante no espírito do crente.

UM ESPÍRITO DE PODER

"Porque Deus não nos tem dado espírito de


covardia, mas de poder, de amor e de moderação.
" (2 Tm 1.7.)

Ser covarde ou temeroso não é o mesmo que ser


humilde. Ter humildade é nos esquecer
totalmente de nós mesmos, tanto de nossos
pontos fracos, quanto dos fortes. Ser covarde,
então, implica fixar a atenção em nossa fraqueza
e, portanto, em nós mesmos. Deus não se agrada
de nossa covardia nem de nossas atitudes de
fuga. É verdade que ele quer que tremamos diante
dele, por causa da nossa vaidade. Por outro lado,
porém, quer que sejamos corajosos na força dele.
O Altíssimo exige que testemunhemos dele sem
temor; que soframos dor e vergonha por amor a
ele com intrepidez, que aceitemos a perda de tudo
com ousadia, e que confiemos inteiramente em
seu amor, em sua sabedoria, em seu poder e em
sua fidelidade. Sempre que percebermos que
estamos vacilando no testemunho do Senhor, ou
nos omitindo em situações em que é necessário
ousadia, devemos reconhecer que nosso espírito
está fora de sua condição ideal. Devemos mantê-
lo em estado de "intrepidez".

Precisamos ter um espírito de poder, de amor e de


moderação. Ele deve ser forte, mas não a ponto
de perder a capacidade de amar. E precisa
também de serenidade e controle, a fim de não se
agitar com facilidade. Precisamos ter um espírito
de poder diante do inimigo, de amor para com os
homens, e de moderação para com nós mesmos.

UM ESPÍRITO TRANQUILO

"Seja, porém, o homem interior do coração, unido


ao incorruptível trajo de um espírito manso e
tranquilo, que é de grande valor diante de Deus."
(1 Pe 3.4.)

Essas palavras são dirigidas às irmãs; não


obstante têm aplicação espiritual para os homens
também.

"Contudo, vos exortamos, irmãos... a


diligenciardes por viver tranquilamente..." (1 Ts
4.10,11.) Esse é o dever de todo crente. Os
cristãos de hoje falam demais. E por vezes as
palavras que não dizem ultrapassam em número
as que dizem. Os pensamentos confusos e as
conversas sem fim fazem com que nosso espírito
divague, fugindo ao controle da vontade. Um
"espírito desenfreado" nos leva sempre a andar
segundo a carne. Como é difícil para o crente
resistir ao pecado, quando seu espírito se torna
insubmisso! Um espírito desinquieto
invariavelmente acaba produzindo uma conduta
errada.

Para que nossa boca se cale, é preciso que nosso


espírito esteja tranquilo, pois a boca fala o que
transborda dele. Devemos nos esforçar para
manter o espírito em paz. Mesmo nos momentos
de intenso conflito, nosso homem interior deve ser
capaz de conservar sua quietude,
independentemente das circunstâncias externas.
Para que andemos no espírito precisamos ter um
espírito sossegado. Sem isso, em pouco tempo
cairemos no pecado. Se nosso espírito estiver em
silêncio, poderemos ouvir nele a voz do Espírito
Santo, obedecer à vontade de Deus, e entender
aquilo que não conseguimos quando estamos
confusos. Essa vida interior tranquila constitui o
verdadeiro adorno do cristão, e é algo que se
manifesta no seu exterior.

12. NOVIDADE DE ESPÍRITO

"De modo que servimos em novidade de espírito."


(Rm 7.6.)

Esse também é um aspecto importante da vida e


da obra espiritual. Um espírito envelhecido não
pode inspirar outros; o máximo que pode fazer é
transmitir-lhes alguma ideia. Mesmo assim ele é
fraco e destituído de poder para estimular uma
reflexão séria. Um espírito envelhecido só pode
produzir pensamentos velhos. Dele não pode fluir
uma vida dinâmica. Tudo o que brota de um
espírito caduco, isto é, palavras, ensinamentos,
maneiras, pensamentos, e vida, não passa de
velharias, gastas e tradicionais. É possível até que
muitas doutrinas provenientes dele alcancem a
mente de outros crentes, mas não conseguem se
estabelecer em seu espírito. Em consequência,
quem ministra não consegue tocar no espírito das
outras pessoas, pois seu ensinamento não possui
espírito. Pode ser que o crente cujo espírito está
envelhecido já tenha experimentado algumas
verdades. Contudo elas se tornaram simples
lembranças do passado. São apenas recordações
agradáveis. Elas passaram do espírito para a
mente. Ou talvez sejam apenas ideias novas, há
pouco percebidas pela mente, que ainda não
tiveram uma confirmação na vida do ministrante,
e por isso não comunicam ao auditório o toque de
um espírito novo.

De vez em quando encontramos cristãos que


habitualmente comunicam algo novo, vindo do
Senhor. Enquanto estamos com eles, sentimos
que saíram há pouco da presença de Deus e dão
a impressão de que logo vão nos levar de volta
para o Senhor. Isso é "novidade" de espírito.
Qualquer outra coisa é velhice. Esses parecem
desfrutar de forças renovadas o tempo todo,
elevando-se como águias e correndo como
jovens. Em vez de comunicar ao povo maná seco,
corrompido e bichado, produzido por sua própria
mente, dão peixe e pão frescos, assados no fogo
do espírito. Um espírito novo sempre é capaz de
mover as pessoas, mais que qualquer outro tipo
de pensamento, ainda que profundo e
maravilhoso.

Devemos manter constantemente um espírito


novo. Como podemos encarar as pessoas, se
nosso homem interior não demonstra ter estado
recentemente com o Senhor, nem ter recebido há
pouco a bênção divina? Qualquer coisa tenha
sido que reduzida a uma lembrança do passado,
seja vida, pensamento ou experiência, é velha e
caduca. A todo instante devemos estar recebendo
tudo do Senhor novamente. Não devemos imitar
as experiências de outros sem experimentá-las
em nossa vida. Outra atitude igualmente ineficaz
é copiar as lembranças da nossa experiência
passada. É assim que podemos compreender o
significado das palavras de Cristo, registradas por
João: "Eu vivo pelo Pai" (Jo 6.57). Se a cada
momento recebermos a vida do Pai para nossa
vida, nosso homem interior permanecerá
constantemente novo. Um espírito estafado não
pode produzir nada na obra. Não inspira outros a
andarem segundo o espírito, e não alcança
vitórias na batalha espiritual. Um espírito
envelhecido não pode encarar os outros, porque
não esteve diante da face de Deus. Para
desfrutarmos de um espírito sempre novo e
revigorado, precisamos estar em constante
comunhão com Deus, por nosso homem interior.

UM ESPÍRITO SANTO

"Para ser santa, assim no corpo como no espírito."


(1 Co 7.34.)

"Purifiquemo-nos de toda impureza, tanto da


carne como do espírito." (2 Co 7.1.)

Para sermos espirituais é necessário que o


espírito se mantenha santo o tempo todo. Um
espírito impuro leva o homem ao erro. Há muitos
pecados que podem macular o espírito. Alguns
deles são, por exemplo, os pensamentos
desordenados, tanto em relação aos homens
como em relação às coisas, o julgamento dos
erros do próximo, a falta de amor, a tagarelice, a
crítica mordaz, a justiça própria, a falta de
compaixão, o orgulho, a inveja, e outros, tudo isso
pode macular o espírito. Um espírito maculado
não pode ser novo e revigorado.

Em nossa busca da vida espiritual não devemos


ser complacentes para com nenhum pecado, pois,
mais que qualquer outra prática, ele nos causa
muitos males. É verdade que já aprendemos a
nos livrar do pecado e a andar no espírito. Ainda
assim, precisamos nos guardar de uma volta
inconsciente aos velhos hábitos pecaminosos. É
que, voltando a eles, seria absolutamente
impossível andarmos segundo o espírito. Por isso
devemos manter uma atitude de morte para com
o pecado, para que ele não nos derrote e
envenene nosso espírito. Sem santificação
ninguém verá o Senhor (Hb 12.14).

UM ESPÍRITO FORTE

"E se fortalecia em espírito." (Lc 1.80.)

Nosso espírito é capaz de crescer, e deve ir


gradativamente se fortalecendo. Isso é
indispensável para que tenhamos uma vida
espiritual. Quantas vezes sentimos que nosso
espírito não é suficientemente forte para controlar
a alma e o corpo! E isso ocorre principalmente
nos momentos em que a alma é estimulada ou
então o corpo está fraco. Às vezes, ao ajudar
outras pessoas, notamos que seu espírito está
pesado. Todavia falta-nos poder espiritual para
libertá-las. Outras vezes, ao entrarmos em conflito
com o inimigo, descobrimos que nossa força
espiritual é insuficiente para travarmos a luta
necessária para vencê-lo. São incontáveis as
vezes em que sentimos o espírito perdendo a
força. Temos de nos esforçar para continuar
avançando na vida e na obra cristã. Como
ansiamos por um espírito mais forte!

À medida que o espírito se torna mais forte, nossa


capacidade de exercitar a intuição e o
discernimento aumenta. Achamo-nos preparados
para resistir a tudo aquilo que não é do espírito.
Há crentes que desejam andar segundo o espírito,
mas não o conseguem. É que todo seu homem
interior carece de força para controlar a alma e o
corpo. Não podemos esperar que o Espírito Santo
faça tudo por nós. Nosso espírito regenerado deve
cooperar com ele. Devemos aprender a exercitar
nosso espírito e a usá-lo até o limite do nosso
entendimento. Por meio do exercício ele vai se
tornando cada vez mais robusto, até obter a força
necessária eliminar para tudo que constitui uma
barreira à operação do Espírito Santo, tais como
uma vontade obstinada, uma mente confusa e as
emoções indisciplinadas.

"O espírito firme sustém o homem na sua doença,


mas o espírito abatido, quem o pode suportar?"
(Pv 18.14.) Sem dúvida nenhuma o espírito pode
ficar abatido ou ferido. Um espírito ferido deve ser
muito fraco. Se nosso espírito estiver robusto,
teremos condições de suportar os estímulos da
alma, sem tremer. A Bíblia mostra o espírito de
Moisés como sendo muito forte. Todavia ele não
conseguiu mantê-lo continuamente firme,
permitiu que os israelitas irritassem "o seu
espírito" (SI 106.33 - ARC), e com isso ele veio a
pecar. Quando nosso interior permanece vigoroso,
podemos triunfar em Cristo, ainda que nosso
corpo sofra, ou nossa alma esteja aflita.

Somente o Espírito Santo pode nos conceder a


força necessária ao homem interior. Por
conseguinte, o poder do nosso espírito vem do
poder do Espírito de Deus. Entretanto, o nosso
espírito precisa de orientação adicional. Depois
que aprendermos a viver no espírito, saberemos
viver pela vida dele, em vez de pela vida da alma.
Aí saberemos usar o poder dele, e não a nossa
força natural, para realizar a obra de Deus.
Saberemos ainda aplicar a força dele na luta
contra o inimigo, em vez da força da alma.
Naturalmente tais experiências são progressivas,
e as vamos vivenciando gradativamente. No
entanto, o princípio que rege tudo isso é claro. À
medida que o crente vai vivendo de acordo com o
espírito, também vai obtendo cada vez mais
poder do Espírito Santo, e seu homem interior se
torna mais forte. O cristão deve manter seu
espírito sempre forte, para que, nos momentos
críticos, esteja revestido do poder de que precisa
para enfrentar o problema.

ESPÍRITO DE UNIDADE

"Estais firmes em um só espírito." (Fp 1.27.)

Vimos anteriormente que a vida de um homem


espiritual flui juntamente com a dos demais
cristãos. Portanto a unidade de espírito é de
grande importância. Se Deus habita no espírito do
crente por meio do seu Espírito, e se une
plenamente a ele, como é que o espírito desse
crente pode não ser um com o dos outros
cristãos? O homem espiritual, além de ser um
com Cristo em Deus, é também um com o Deus
que habita em cada um dos seus filhos. Se um
cristão permitir que seus pensamentos ou
sentimentos controlem seu espírito, não poderá
ser um com o espírito dos irmãos. Só quando a
mente e as emoções se acham sujeitas ao
domínio do espírito é que somos capazes de pôr
de lado as diferenças de pensamento e de
sentimento, ou então de dar menos valor a elas.
Aí podemos ser um em espírito com todos os
filhos de Deus. É necessário que mantenhamos
sempre essa unidade de espírito com todos os
crentes. Não estamos unidos a um pequeno
grupo, isto é, apenas àqueles que partilham da
mesma interpretação e dos mesmos pontos de
vista que nós. Achamo-nos unidos ao corpo de
Cristo. Nosso espírito não deve abrigar aspere- za,
nem amargura, nem escravidão. Pelo contrário,
deve ser completamente aberto e inteiramente
livre, sem criar nenhum tipo de barreira em nossa
comunhão com os outros irmãos.

UM ESPÍRITO CHEIO DE GRAÇA

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