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Figura 9.1
Principais pinos:
(1 ) – Alimentação GND;
(5) – Entrada de sincronismo com a rede elétrica;
(6) – Entrada de Habilitação dos pulsos de saída;
(9 – 10) – Controle da rampa interna;
(11) – Entrada de controle do ângulo de disparo α;
(12) – Controle da largura dos pulsos de disparos de SCRs;
(14) – Pulso sincronizado com o semiciclo negativo da rede elétrica;
(15) – Pulso sincronizado com o semiciclo positivo da rede elétrica;
(16) – Alimentação positiva VCC (8 a 18V)
A figura 9.2 apresenta o diagrama de blocos interno do CI TCA-785. O diagrama ilustra os principais blocos
internos do CI composto por: Detetor de passagem por zero (DPZ); conversor cc-cc; registrador de
sincronismo; monitor de descarga; comparador de controle; transistor de descarga; Lógica.
Figura 9.2
Princípio de funcionamento
A figura 9.3 apresenta o diagrama de ligações para a operação do CI, de modo que sirva para explicação do
princípio de operação do mesmo.
sincronismo
R6 R5 R13 R11
TCA785
Fase 1 U 16
15 Pulsos
14
13
5 12 Controle α
VCC 11 +
V2(t) 6
Vs(t) Habilitação 10 VCont
9
I10
Neutro +
VC10
TR R9
C10 - P11
-
Figura 9.3
Uma amostra da tensão da rede elétrica é levada ao pino 5 de sincronismo, através do transformador TR.
Assim o detetor de passagem por zero (DPZ) vai gerar um pulso todas as vezes que a rede passa por zero. Este
pulso é enviado ao registrador de sincronismo. No pino 10 temos uma fonte de corrente controlada pela
resistência R9. Esta corrente constante é injetada no capacitor C10, no qual vai surgir uma tensão em rampa
sincronizada como semiciclo positivo e negativo da rede. Esta rampa é controlada pelo registrador de
sincronismo. A tensão da rampa é comparada com a tensão de controle aplicada no pino 11, no comparador
de controle. Quando esta tensão é igual a rampa, um pulso é enviado para o pino 15, que está sincronizado
com o semiciclo positivo e um para o pino 14, sincronizado com o semiciclo negativo.
A figura 9.4 ilustra as principais formas de ondas no circuito.
V2(ωt)
VMAX
Pino 5
π 2π
ωt
-VMAX
VC10 Pino 10
Pino 11
π 2π
ωt
Pino 15
π 2π
α ωt
Pino 14
π 2π
π+α ωt
Figura 9.4
Análise matemática
A tensão no capacitor C10 é dada por:
𝐼
𝑉𝐶10 = 𝐶10 . 𝑡
10
Esta tensão é uma reta que dará origem a rampa sincronizada com os semiciclos positivo e negativo.
Na metade do período da rede elétrica (t = T/2), a tensão no capacitor atinge o valor máximo (VCmax). Assim,
teremos:
𝐼
𝑉𝐶𝑚𝑎𝑥 = 𝐶10 . (𝑇⁄2)
10
Desta forma a rampa atingirá o valor máximo dado pela equação acima. A corrente I10 deverá está na faixa de
10µA a 1000µA, desta forma a deformação na rampa será mínima. Esta corrente será dada por:
1,1.3,1 3,41
𝐼10 = =
𝑅9 𝑅9
Desta forma, o ajuste correto de R9, nos fornecerá a corrente dentro da faixa mencionada e fixará o valor da
tensão máxima da rampa no valor determinado pelo projetista. Lembrando que o valor máximo da tensão da
rampa vai determinar a faixa de tensão de controle do ângulo α, no pino 11.
A corrente máxima nos pinos 14 e 15 é 250mA. Para valores maiores é necessário utilizar amplificadores.
A largura dos pulsos nos pinos 14 e 15 são controladas pelo pino 12, da seguinte forma:
β
Exemplo1
No circuito de disparo utilizando TCA-785 indicado na figura 4.5, determine:
a) O valor de R9 para obtermos uma tensão máxima na rampa de 10V;
b) O valor que deverá ser ajustado no potenciômetro P1, para obtermos uma tensão média na carga de 58V;
c) A largura dos pulsos nos pinos 14 e 15;
P1
10K
R9
C12=1nF
𝑉𝑠 (𝜔𝑡) = √2. 220𝑠𝑒𝑛377𝑡[𝑉]
C10=67nF
Figura 4.5
Solução
a) Como a corrente I10 é dada por:
3,41
𝐼10 = , vem:
𝑅9
3,41
𝑅9 = 𝐼10
𝑉𝐶𝑚𝑎𝑥 .𝐶10
𝐼10 = , logo:
(𝑇⁄2)
10.67.10−9
𝐼10 = (8,33.10−3) = 80,43[𝜇𝐴]
Assim, R9 será:
𝟑,𝟒𝟏
𝑹𝟗 = 𝟖𝟎,𝟒𝟑.𝟏𝟎−𝟔 = 𝟒𝟐, 𝟒[𝒌Ω]
b) Para o conversor ca-cc controlado de um pulso com carga resistiva a tensão média na carga é dada por:
𝑉𝑚𝑎𝑥 (1+𝑐𝑜𝑠𝛼)
𝑉𝑜(𝑚𝑒𝑑 ) = , logo vem:
2𝜋
𝑉𝑂(𝑚𝑒𝑑).2𝜋
𝛼 = 𝑐𝑜𝑠 −1 ( − 1)
𝑉𝑀𝐴𝑋
58.2𝜋
𝛼 = 𝑐𝑜𝑠 −1 ( − 1) = 80,14°
√2.220
A tensão de controle no pino 11 do TCA-785, para obtermos o ângulo α acima, deverá ser determinada por
regra de três, pois a tensão máxima da rampa é 10V e ocorre em 180º da rede elétrica, como ilustrado na figura
9.6.
VCMAX Pino 10
10V
VCONT
Pino11
π
ωt
Pino 15
π
α ωt
Figura 9.6
10𝑉 → 180°
𝑉𝐶𝑂𝑁𝑇 → 80,14°
Assim vem:
10.80,14°
𝑉𝐶𝑂𝑁𝑇 = = 4,45[𝑉]
180°
A figura 9.7 apresenta a tensão de controle aplicada no pino 11. A impedância de entrada do pino 11 é de
15kΩ, conforme ilustrado no diagrama. Neste circuito temos as correntes indicadas no nó A. Portanto
aplicando LCK ao nó A, vem:
+VCC=12V
2,2k
TCA785
I1
U
11 I2
15k A
I3 +
P1 VCONT
10K
-
Figura 9.7
𝐼1 = 𝐼2 + 𝐼3
𝑉𝐶𝑂𝑁𝑇 4,45
𝐼2 = = = 0,3[𝑚𝐴]
15 15
𝑉𝐶𝑂𝑁𝑇 4,45
𝐼3 = =
𝑃1 𝑃1
Portanto:
4,45
3,43 = 0,3 + 𝑃1
Assim, vem:
𝑷𝟏 = 𝟏, 𝟒𝟐[𝒌Ω]
𝜷 = 𝟔𝟐𝟎. 𝟏 = 𝟔𝟐𝟎[𝝁𝒔]
β
Simulação Proteus
P1
10K
R9
C12=2nF
𝑉𝑠 (𝜔𝑡) = √2. 220𝑠𝑒𝑛377𝑡[𝑉]
C10=100nF
Figura 4.6