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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA
LABORATÓRIO DE ELETRÔNICA INDUSTRIAL
o
EXPERIÊNCIA N 6

Título:
Circuito integrado TCA - 785.

Objetivo:
Verificar o princípio de funcionamento do circuito integrado TCA – 785,
utilizado para disparo de SCR’s.

Teoria:

O CI TCA-780 e o CI TCA-785 possuem o mesmo princípio de funcionamento


e a figura 1.0 apresenta a estrutura interna destes CI's, facilitando o entendimento dos
mesmos.
O circuito é alimentado pela fonte de tensão interna regulada em 3,1V,
assegurando independência dos parâmetros essenciais das variações na tensão Vcc (8-
18). O potencial positivo da tensão de alimentação é aplicado ao pino 16 e o terra é o
pino 1. A tensão regulada de 3,1V é levada ao pino 8, através de uma resistência
interna, possibilitando nos circuitos trifásicos iguais condições para o controle de
todas três fases, através da ligação paralela dos circuitos integrados. Para melhorar a
supressão de RF um capacitor pode ser colocado entre o pino 8 e terra.

Fig. 1.0 - Circuito interno do C.I.'s TCA-780 e TCA-785


A sincronização é obtida através de um detector de zero (pino 5) altamente
sensível, conectado a um registrador de sincronismo.
O gerador de rampa (cujo controle está na unidade lógica) consiste
essencialmente de uma fonte controlada por uma resistência externa R9. O tempo de
subida da rampa é assim determinado pela combinação R9 -C10.
O princípio básico de Funcionamento do Cl consiste em pegar uma amostragem
da tensão senoidal da rede (pino 5), detectar o seu início e então começar a gerar uma
rampa que irá ser comparada com uma tensão de controle (pino 11).
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O comparador compara a tensão de rampa com a tensão de controle, quando


estas forem iguais, envia pulsos nas saídas, via unidade lógica. Obtêm-se, então, no
pino 15, pulsos positivos no semiciclo positivo da tensão de sincronismo e no pino 14,
pulsos positivos no semicíclo negativo da tensão de sincronismo, defasados entre si de
180º. Esses pulsos têm suas larguras determinadas pela conexão de um capacitor
externo, C12, entre o pino 12 e o terra e amplitudes iguais à tensão de alimentação do
pino 16.
Na figura 1.1 é apresentada uma relação de capacitores para o pino 12 com as
respectivas larguras de pulsos.

Figura 1.1 - Duração dos pulsos nas saídas 14 e 15 do C.I. TCA-785.

Nos pinos 2 e 4 obtêm-se saídas complementares dos pinos 14 e 15,


respectivamente, em coletor aberto, necessitando da ligação externa de um resistor
entre os pinos 2-16 e 4-16. A largura dos pulsos pode ser controlada através da
conexão de um resistor entre os pinos 13 e 1.
Para aplicações com TRIAC's, pode-se usar a saída do pino 7, que fornece um
pulso correspondente a soma lógica NOR dos pulsos nos pinos 14 e 15. O pino 6,
quando aterrado por um relé ou um transistor, inibe todas as saídas do TCA-780 e do
TCA-785, servindo como proteção para o sistema.
As formas de ondas obtidas nos pinos do TCA-780 são as mesmas obtidas no
TCA-785 e na figura 1.2 temos a apresentação de algumas formas de ondas.

Figura 1.2 - Formas de onda de alguns pinos do TCA-780 e TCA-785.


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A figura 1.3 apresenta um exemplo de aplicação do TCA 785 para disparo de SCR’s.

Figura 1.3 - Circuito de disparo para o SCR com o TCA - 780/785.

Material utilizado:

 Resistores de 1/8W – 10k; 56k; 100 k; 2,7k ; 62k


 Potenciômetro – 10k - 100 k;
 Capacitor poliéster – 0,22nF; 1nF; 47nF; 150pF; 330pF;
 Circuito integrado TCA – 785;
 2 Diodos retificadores 1N4007;
 Osciloscópio 50MHz;
 Fonte de alimentação;
 Multímetro digital;
 Matriz de contatos.
 1 Transformador 220V/12+12V
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Procedimento experimental:

1. Monte o circuito conforme fig. abaixo e identifique o neutro e a fase da bancada.

2,7K
10K 100K 56K
TCA785
Fase 1 U 16
15
14
13
5 12
12V 11
24V 6
220V 10
9

P1 100K P2 10K
Neutro

62K 47 0,22
nF nF

2. Ajuste o potenciômetro P1 no mínimo (0k). Verifique e desenhe as formas de


onda das tensões no secundário do transformador e no pino 10 do TCA 785. Visualize
simultaneamente os dois sinais no osciloscópio.

3. Ajuste o potenciômetro P1 no máximo (100k). Verifique e desenhe as formas de


onda das tensões no secundário do transformador e no pino 10 do TCA 785. Visualize
simultaneamente os dois sinais no osciloscópio.

4. Ajuste a tensão máxima da rampa para 8V( potenciômetro P1).Varie a tensão de


controle ( pino 11) conforme tabela abaixo e meça o ângulo de disparo , nospinos14
e 15 para cada situação.

VCONT 0 2 4 6 8
R
(V)

(Graus)

5. Mude o capacitor do pino 12 para valores conforme tabela abaixo e meça a largura
do pulso no pino 14 ou 15.

Capacitor Largura do pulso


C12 (Graus)
Aberto
aterrado
C1= nF
C2= nF
C3= nF
C4= nF
5

6. Aterre o pino 6 e verifique os pulsos nos pinos 14 e 15.

Questões :

1. Para os valores de resistências ajustados em P1 nos ítens 2 e 3, calcule a tensão


máxima da rampa e compare com os valores medidos.
2. Para as tensões de controle ajustadas no item 4, calcule o ângulo de disparo e
compare com valores medidos.
3. Para os capacitores utilizados no item 5, determine a largura do pulso e compare
com os valores medidos.

Relatório:

Relate o que fará, incluindo título, objetivos da experiência, material


utilizado, procedimento experimental executado, resultados (dados, respostas às
questões, cálculos, esquemas de circuitos, tabelas e gráficos) .
Apresente as conclusões a que chegará, analisando e interpretando os
resultados obtidos. Comente a experiência e os resultados.

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