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Brazilian Journal of Development 8601

ISSN: 2525-8761

A psicologia da saúde e hospitalar: reflexões sobre a inserção


profissional no hospital um estudo integrativo

Health and hospital psychology: reflections on professional insertion in


the hospital an integrative study
DOI:10.34117/bjdv8n2-013

Recebimento dos originais: 07/01/2022


Aceitação para publicação: 02/02/2022

Paulo Tadeu Ferreira Teixeira


Mestre em tecnologia aplicáveis a bioenergia- UNIFTC/SSA
Docente no Centro Universitário Uniftc de Itabuna
Endereço: Praça José Bastos, 55 - Osvaldo Cruz, Itabuna - BA, 45600-080
E-mail: paulotteixeira_@hotmail.com

RESUMO
O artigo busca refletir sobre alguns embasamentos acerca das diferentes configurações
do psicólogo que atua na área da saúde, em especial no hospital geral, com o objetivo de
ampliar o conhecimento sobre o que constitui este ajustamento profissional. A atuação da
Psicologia aplicada ao campo hospitalar é marcada por fatos históricos proeminentes que
colaboraram para a definição da área e delimitação da prática profissional. A metodologia
da pesquisa foi uma revisão sistemática bibliográfica de artigos acerca da Psicologia
Hospitalar, mais conhecida mundialmente como Psicologia da Saúde. Para isso, foi feito
um levantamento de diversos autores sobre o tema, e posteriormente a fundamentação
entre eles com base na temática escolhida. Foram selecionados vinte e cinco artigos
publicados no período de 2007 a 2021. A coleta de dados ocorreu no período de Julho a
Dezembro de 2021, nas bases de dados Google acadêmico, BVSPSI (Biblioteca Virtual
de Psicologia), PePSIC (Periódicos Eletrônicos em Psicologia) e Periódicos Capes. A
psicologia hospitalar, como subespecialidade da Psicologia da Saúde, se ocupa da
contribuição para o bom andamento da recuperação e promoção da saúde integral do
paciente. Sendo assim esta pesquisa contribui para retratar a visão e importância da
formação e da atuação do psicólogo (a) no âmbito hospitalar, tendo em vista a sua
relevância e o caráter de tratamento, considerando o indivíduo em sua totalidade.

Palavras chave: Promoção da saúde, Psicologia Hospitalar, Promoção da saúde.

ABSTRACT
The article seeks to reflect on some foundations about the different configurations of the
psychologist who works in the health area, especially in the general hospital, with the
objective of expanding the knowledge about what constitutes this professional
adjustment. The performance of Psychology applied to the hospital field is marked by
prominent historical facts that contributed to the definition of the area and delimitation of
professional practice. The research methodology was a systematic bibliographic review
of articles about Hospital Psychology, better known worldwide as Health Psychology.
For this, a survey of several authors on the subject was made, and later the reasoning
between them based on the chosen theme. Twenty-five articles published from 2007 to
2021 were selected. Data collection took place from July to December 2021, in the
Google academic databases, BVSPSI (Virtual Library of Psychology), PePSIC

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(Electronic Journals in Psychology) and Capes Periodicals. Hospital psychology, as a


subspecialty of Health Psychology, is concerned with the contribution to the smooth
progress of the recovery and promotion of the patient's integral health. Therefore, this
research contributes to portray the vision and importance of the psychologist's training
and performance in the hospital environment, in view of its relevance and the character
of treatment, considering the individual as a whole.

Keywords: Health Promotion, Hospital Psychology, Health Promotion.

1 INTRODUÇÃO
Historicamente, o hospital surgiu no ano 360 d.C. com o propósito de reparar
algumas mazelas com enfoque no social e na saúde, sendo assim criada como prestadora
de assistência a sociedade. Os primeiros hospitais foram criados como locais de
isolamento onde a caridade se exercia como prática do cristianismo. No século XVIII, o
hospital adveio a ser uma instituição que intervinha sobre a doença e o doente, procurando
proporcionar a cura, numa nova visão de sua atuação, pois, anteriormente, era visto como
um cenário onde a morte facilmente ocorria.
A Psicologia dentro do contexto hospitalar no Brasil, enquanto área de
conhecimento e de produção cientifica, desenvolveu-se em meados da década de 50,
trazendo com referência dentro deste cenário o trabalho pioneiro das psicólogas Mathilde
Neder, Aidyl M. de Queiroz Péres Ramos, Tereza Pontual de Lemos Mettel e Célia Lana
da Costa Zannon, entre outras. O incremento da psicologia hospitalar procurou viabilizar
ensejos favorecendo que o paciente possa expressar suas emoções e sentimentos, encontre
o melhor modo de lidar com as limitações atribuídas pela doença/hospitalização, produza
significado à sua enfermidade dentro do seu contexto de vida e reflita suas questões
emergenciais, onde o objetivo fundamental é o reconhecimento do paciente como um
todo.
O desempenho do (a) profissional em Psicologia Hospitalar abrange a esfera
assistencial, a pesquisa, o ensino, a extensão e a gestão dos serviços de Psicologia. Os
hospitais possuem predicados particulares que demandam da(o) profissional a pensar e
ressignificar o fazer da Psicologia a partir dessas especificidades.
O presente artigo é de preceito descritivo na forma de revisão integrativa, sendo
está um procedimento de coleta de dados, mediante levantamento bibliográfico,
proporcionando a síntese do assunto e sua aplicabilidade significativa na prática
(SOARES, et al., 2014). Para a inclusão do material bibliográfico, foram empregados os

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seguintes critérios: publicações que estivessem disponíveis na integra gratuitamente e que


discutissem como a Psicologia no contexto da saúde trabalha e coexiste com a equipe
diante dos diversos saberes em um contexto hospitalar. Realizou-se o levantamento de
produções científicas em Língua Portuguesa em três bases de dados, considerando-se o
período dos anos de 2007 a 2021, utilizando-se da combinação dos descritores psicologia
da saúde e hospitalar, prosseguindo-se com a análise e discussão em relação aos achados.
Esse estudo contou com uma amostra final de 25 artigos primários, dos quais foram
caracterizados levando em consideração o título, autores, Unidade Federativa, ano, base
de dados, objetivo, delineamento experimental e conclusão. A coleta de dados ocorreu no
período de Julho a Dezembro de 2021, nas bases de dados Google acadêmico, BVSPSI
(Biblioteca Virtual de Psicologia), PePSIC (Periódicos Eletrônicos em Psicologia) e
Periódicos Capes.
Dentro do cenário hospitalar, o psicólogo (a) representa uma função ativa e real.
Esta atuação está pautada nas vias da comunicação e acolhimento, revelando assim, o
trabalho estrutural e de adaptação do paciente e familiar ao enfrentamento do
adoecimento mediante a mediação psicológica. Senso assim, a atuação profissional está
direcionada no apoio, atenção, manejo ao tratamento, clarificação dos sentimentos e
ampliação dos vínculos familiares.

2 METODOLOGIA
A presente pesquisa consiste em um artigo de revisão integrativa de literatura com
meta-análise, realizado de forma descritiva. Detém a análise e seleção dos artigos a serem
incluídos na revisão, os títulos dos materiais foram inicialmente avaliados com base na
estratégia de busca de bases de dados eletrônicos, com uma avaliação subsequente dos
resumos de estudos que contemplaram o assunto. Os artigos considerados relevantes
foram lidos na íntegra, a fim de excluir os artigos fora do tópico ou com objetivos fora
dos critérios estabelecidos de inclusão, ou seja que não contemplavam o foco da
pesquisa que é identificar a construção da psicologia da saúde e hospitalar no Brasil. Após
a escolha dos artigos, as seguintes informações foram extraídas de cada artigo: registros
literários sobre a psicologia da saúde e hospitalar no Brasil, o desenvolvimento do fazer
profissional e os possíveis desafios enfrentados na assistência.

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3 O CONCEITO DE SAÚDE E A ASSISTÊNCIA DA PSICOLOGIA DA SAÚDE


E HOSPITALAR
Durante a década de 1970, sobreveio, nos EUA, uma série de questionamentos
relacionados ao fazer profissional da atuação do psicólogo nos projetos que incluíam
promoção da saúde, prevenção e tratamento de enfermidades. Em 1973, ocorreram as
investigações para analisar as atribuições desse profissional no contexto da saúde e os
dados destacaram sua importância, mas foi somente em 1978 que a American
Psychological Association oficializou. Esse fato marcou o surgimento da área
denominada de Psicologia da Saúde buscando responder questões relativas à forma como
o bem-estar das pessoas pode ser afetado pelo que se pensa, sente e faz (STRAUB, 2014).
No Brasil, a Psicologia da Saúde está fundamentada no princípio da integralidade,
uma concepção dinâmica que enfatiza a inter-relação de aspectos envolvidos no processo
saúde e doença e na interdisciplinaridade. Esses aspectos estabelecem diálogo e
fundamentam estratégias alternativas nas práticas de atenção à saúde (BONALDI,
GOMES, LOUZADA, & PINHEIRO, 2007).
Em 1994, com a implementação da Lei n.º 241/94 consagrou-se o desempenho do
psicólogo no campo da saúde perante a sua participação em programas de educação em
saúde, aconselhamento psicológico, intervenção psicoterapêutica e em ações de formação
e investigação em saúde. No século XX, a epidemia deixa de ser a tuberculose, difteria
ou outras doenças, surgindo uma epidemia comportamental que exige, além das vacinas,
a modificação de hábitos de vida e comportamentos (RIBEIRO, 2011). A Organização
Mundial de Saúde (OMS) conceitua saúde como um estado de completo bem-estar físico,
mental e social e não somente ausência de afecções e doenças (ORGANIZAÇÃO
MUNDIAL DA SAÚDE, 2020).
O psicólogo da saúde é, portanto, um cientista prático, que precisa saber trabalhar
de forma interdisciplinar e se apropriar do vocabulário médico. Seu atendimento, na
maioria das vezes, deve ser breve e em auxílio ao médico ou outro componente da equipe,
ou seja, a demanda não vem do paciente (RIBEIRO, 2011). Embora o desenvolvimento
do psicólogo na área da saúde, no contexto internacional, tenha se desenvolvido a partir
da Psicologia da Saúde que se origina da Medicina do Comportamento e Saúde do
Comportamento (Matarazzo, 1980), no Brasil há uma diversidade teórica e técnica em
função de suas origens estarem pouco relacionadas com o contexto internacional
(REMOR & CASTRO, 2018).

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A psicologia hospitalar está inserida no contexto da psicologia da saúde, sendo


uma terminologia utilizada somente no Brasil. Apesar disso, entende-se, porém, que cada
uma dessas especialidades possui um aspecto específico no que diz respeito a atuação
do(a) psicólogo(a). A psicologia da saúde, através de técnicas psicológicas, busca a
promoção, prevenção e o tratamento do adoecimento, objetivando examinar as variáveis
que influenciam na relação do sujeito com a doença. Sendo assim, o(a) psicólogo(a) da
saúde pode atuar desde em hospitais, como em outras instituições de saúde (RAMOS ET
AL., 2018).
A Psicologia da Saúde apresenta, gradativamente, seus avanços, conquistas e
espaço nas discussões e na atuação das(os) psicólogas(os) brasileiras(os). Matarazzo
(1980) conceitua a Psicologia da Saúde como: um conjunto de contribuições
educacionais, científicas e profissionais da disciplina da Psicologia para a promoção e
sustentação da saúde, ao cuidado e tratamento de doenças, a identificação da etiologia e
diagnóstico dos correlatos de saúde, doença e funções relacionadas, e a análise e
aprimoramento do sistema e regulamentação da saúde.
A ampliação do conceito provocou importantes transformações na área. Spink,
(2009) aponta para a ressignificação da causalidade na explicação da doença, que passa a
ser vista como um fenômeno complexo, precisando ser abordada de forma a integrar as
dimensões biológica, psíquica e social.
Carvalho (2013, p. 361), “o desafio que se apresenta ao trabalho do Psicólogo no
Hospital seria oferecer um modelo de formação para o psicólogo da saúde no contexto
hospitalar fundamentado em um modelo de atenção integral à saúde”.
Para Pusch (2010), a constituição de uma nova práxis no espaço interdisciplinar
no hospital deve ser norteada por princípios éticos e humanitários que levem em
consideração o surgimento das relações de colaboração entre a equipe, o paciente e a
família. Em termos históricos, a prática do psicólogo no campo da saúde, mais
especificamente em no hospital, recebeu a influência decisiva do modelo de pensamento
biológico (CHIATTONE, 2012), o qual se ancora nos parâmetros epistemológicos que
sustentam a ciência tradicional e consequentemente a postura do profissional ante o
processo saúde-doença.
Assim, no hospital o psicólogo deparou-se com a precisão de desenvolver
habilidades que permitissem o trabalho em equipe, visto que sua prática efetiva ocorria
de forma individualizada. Nessa nova realidade de trabalho, o psicólogo e os demais
componentes da equipe experimentaram no seu cotidiano limitações profissionais e

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entenderam que os colegas de outras formações poderiam fornecer respaldo fundamental


para a melhor compreensão do processo de intervenção neste contexto (TONETTO &
GOMES, 2007).
A contribuição da Psicologia no contexto da saúde, notadamente no campo
hospitalar, foi relevante nestes últimos anos para resgatar o ser humano para além de sua
dimensão físico-biológica e situá-lo num contexto maior de sentido e significado nas suas
dimensões psíquica, social e espiritual (PESSINI & BERTACHINI, 2010).
Destaca-se que historicamente no Brasil o cuidado hospitalar seguiu o modelo
biomédico-hegemônico, centrado em procedimentos tecnológicos que produziam uma
atenção fragmentada e desarticulada e que se organizava em função da demanda
espontânea. Tal modelo provocou, ao longo de décadas, o empobrecimento da dimensão
cuidadora, gerando insatisfação dos usuários, ineficiência e ineficácia dos serviços e
baixo impacto na assistência (BRASIL, 2013).
As contribuições e reconhecimento que a psicologia hospitalar vem conquistando
ao longo dos anos são de extrema valia no contexto da promoção da saúde. Desde 1968
a Psicologia Hospitalar vem construindo a sua identidade profissional, e o seu trabalho
vem sendo delineado à medida que os médicos e enfermeiros percebem que certas
situações fogem ao seu conhecimento e que a demanda emocional que surge dentro da
hospitalização cabe assim intervenções da psicologia (TOREZAN ET. AL., 2013).
Ressalta-se que distinção entre a atuação na Psicologia da Saúde e o desempenho
em outras áreas da Psicologia passa a ser justamente a ocorrência que os indivíduos
assistidos por essa área apresentarem, em geral, um processo ligado à sua saúde física, de
diversas ordens ou gravidades possíveis. A Psicologia Hospitalar é uma área inserida no
âmbito da Psicologia da Saúde que tem como necessidade a intervenção precisa e
adequada em um ambiente hospitalar (GORAYEB, 2010).
As Rede de Atenção à Saúde (RAS) foram criadas pela portaria n.º 4.279/2010
(BRASIL, 2010a) e seu objetivo é de organizar as ações e serviços de saúde qualificando
a gestão do cuidado no contexto atual. As RAS incluem formas de organização e
comunicação nos diferentes pontos de atenção, primário, secundário e terciário, para
estabelecer as ações e serviços de saúde de forma integral, interdisciplinar e resolutiva.
Os profissionais de saúde que atuam nos diferentes pontos de atenção das RAS, quer
sejam hospitais, unidades básicas, rede de atenção psicossocial, demais ambulatórios
públicos ou privados, devem conhecer e praticar o que é determinado no SUS no que
tange à referência e à contra referência.

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Segundo Almeida & Malagris (2015) & Salto (2010) afirma que o campo da saúde
na atuação da psicologia hospitalar vem desenvolvendo-se devido não só ao seu caráter
de tratamento, mas especialmente ao seu caráter preventivo, atendendo aos aspectos
físicos e emocionais, apresentando a visão do ser humano em sua totalidade como um ser
biopsicossocial.
Simonetti (2010) enfatiza que a psicologia hospitalar apresenta como um dos
objetivos principais, favorecer a reflexão do paciente em relação à elaboração simbólica
do seu adoecimento, significando assim que o psicólogo poderá valer de seus
conhecimentos técnicos para auxiliar o paciente a compreender as experiências do seu
adoecimento por meio da subjetividade de cada um.
Com o passar dos anos, a Psicologia Hospitalar se consolidou como especialidade,
sendo reconhecida pelo Conselho Federal de Psicologia por meio da resolução 014/2000.
Durante este percurso os (as) psicólogos (as) perceberam a relevância da estruturação e
descrição dos procedimentos adotados. A tríade paciente, família e equipe de saúde se
tornou o principal eixo de trabalho do profissional de psicologia nos hospitais e os
processos de adoecimento, recuperação, comunicação, e enfrentamento de dificuldades
deram início às diversas subespecialidades da Psicologia Hospitalar. Hoje, entre outras
inúmeras possibilidades de atuação, os (as) psicólogos (as) hospitalares se concentram
nas áreas de cuidados intensivos, pronto socorro, comunicação de más notícias, psico-
oncologia, acompanhamento de crianças e adolescentes, transplantes etc. (AZEVÊDO E
CREPALDI, 2016).

3.1 A PSICOLOGIA HOSPITALAR: ASPECTOS CONCEITUAIS E PRÁTICOS


Camon (2007), afirma que no Brasil os pioneiros da psicologia hospitalar foram
Matilde Neder que, em 1954, começou a acompanhar psicologicamente pacientes
submetidos à cirurgia de coluna na Clínica Ortopédica e Traumatológica da USP, e
Bellkinss Wilma Romano que, em 1974, foi convidada para organizar e implantar o
Serviço de Psicologia do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo (USP).
A psicologia hospitalar não se refere apenas ao local de atuação, inserindo-se no
âmbito da psicologia da saúde, disciplina da psicologia que tem por objetivo a melhoria
e o tratamento da saúde, além da prevenção de doenças (GORAYEB, 2010; RUDNIK &
SANCHES, 2014).

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A Associação Americana de Psicologia (APA, 2010) demarca o trabalho do


psicólogo em hospitais como um dos possíveis locais de atuação do psicólogo da saúde.
No Brasil, a Psicologia Hospitalar tem sido utilizada para indicar o trabalho de psicólogos
em instituições hospitalares, sendo uma especialidade reconhecida pelo Conselho
Federal de Psicologia (2010).
Segundo o Conselho Federal de Psicologia (CFP, 2009), o psicólogo especialista
em psicologia hospitalar tem seu papel centrado nos âmbitos secundário e terciário de
atenção à saúde, atuando em instituições de saúde e realizando atividades como:
atendimento psicoterapêutico; grupos psicoterapêuticos, grupos de psicoprofilaxia,
atendimentos em ambulatório e unidade de terapia intensiva, pronto atendimento,
enfermarias em geral, avaliação diagnóstica; psicodiagnóstico, consultoria e
interconsultoria.
Caiuby e Lacerda (2013), afirmam que a psicologia hospitalar ainda hoje busca
maior definição de seu espaço teórico-prático e enfrenta alguns desafios para ampliar o
seu fazer profissional frente a assistência ao paciente, a família e a equipe de saúde. Os
psicólogos hospitalares são chamados a responder a grandes demandas de saúde
relacionadas às consequências da maior expectativa de vida, à incidência de doenças
crônicas, à promoção de hábitos de vida saudáveis e, sobretudo, ao desenvolvimento de
competências que estão além da demanda terapêutica. Tais demandas são estratégias para
contribuir com a dinâmica que a instituição de saúde impõe, a saber: a efetividade de um
trabalho em equipe, a obtenção de uma comunicação precisa, objetiva e assertiva com a
equipe de trabalho e o foco na intervenção terapêutica.
Para alguns estudiosos da psicologia hospitalar, é importante evidenciar que esta
especialidade da psicologia visa ter um olhar como um todo para o paciente, ou seja, não
faz dicotomia entre causas psicogênicas versus causas orgânicas. O psicólogo neste
contexto voltará o seu olhar para os aspetos psicológicos da doença, visto que toda doença
encontra-se repleta de subjetividade, e para tanto pode se beneficiar do trabalho da
psicologia hospitalar. (SIMONETTI, 2010).
O principal objetivo da psicologia hospitalar e as impossíveis implicações
observadas vêm a ser a minimização da angústia provocada pela hospitalização, pois se
percebe que o adoecer e o internamento "provocam angústia, dor, medo, insegurança,
raiva, revolta e muitas vezes, depressão, o que faz necessária a atenção, escuta e técnicas
do psicólogo hospitalar" (MELO, 2008, p.9).

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A intervenção do psicólogo (a) no hospital, algumas estruturas básicas são muito


importantes. A literatura propõe reflexões da atuação do psicólogo e sua abrangência no
hospital. Segundo a pesquisa de Almeida e Malagris (2011):

a postura do psicólogo é importante para a sua inserção no hospital – deve ser


flexível com o objetivo de contornar as dificuldades e reconhecer que seu
trabalho sofrerá interrupções, adiantamentos e cancelamentos fora de sua
esfera de controle, pois a prioridade das ações médicas tem que ser respeitada.
[…] Acompanhar a evolução do paciente quanto aos aspectos emocionais que
a doença traz é o objetivo principal do trabalho. Mas o psicólogo pode ainda
utilizar de grupos educativos, que facilitam a conscientização do paciente e
família no contexto da doença e das formas de tratamento, e trabalhos em
equipe no sentido de facilitar a relação equipe/paciente/família (ALMEIDA;
MALAGRIS, 2011, p. 194-195).

O atendimento psicológico hospitalar focaliza as repercussões psíquicas do


indivíduo referentes à situação de doença e hospitalização. Busca-se investigar a
capacidade de adaptação do paciente, os problemas vivenciados nesse ambiente, o nível
de adesão ao tratamento e o relacionamento estabelecido entre paciente, acompanhante e
equipe de saúde (ROMANO, 2008).
Para aprofundar a intervenção do psicólogo no hospital, algumas estruturas
básicas são muito importantes. A literatura propõe o repensar da atuação do psicólogo e
sua abrangência no hospital. A postura do psicólogo é importante para a sua inserção no
hospital – deve ser flexível com o objetivo de contornar as dificuldades e reconhecer que
seu trabalho sofrerá interrupções, adiantamentos e cancelamentos fora de sua esfera de
controle, pois a prioridade das ações médicas tem que ser respeitada. […] Acompanhar a
evolução do paciente quanto aos aspectos emocionais que a doença traz é o objetivo
principal do trabalho. Mas o psicólogo pode ainda utilizar de grupos educativos, que
facilitam a conscientização do paciente e família no contexto da doença e das formas de
tratamento, e trabalhos em equipe no sentido de facilitar a relação equipe/paciente/família
(ALMEIDA; MALAGRIS, 2015, p. 194-195).
O psicólogo hospitalar contribui no processo de humanização dos pacientes
internados, assim como no processo de evolução do quadro clínico e emocional,
verificando suas condições e de seus familiares. Enquanto membro da equipe de saúde
desta instituição, também faz parte de seu papel mediar o vínculo entre paciente e demais
profissionais que executam os procedimentos técnicos, porém é preciso tomar cuidado
neste lugar para não se posicionar a favor de alguém, pois seu objetivo é entender os
processos psíquicos e sociais dos pacientes (SALDANHA; ROSA; CRUZ, 2013, p. 194).

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Dias et al. (2019), expõem que os profissionais de psicologia contribuem de forma


significativa para o suporte psicológico aos pacientes e familiares, de modo especial aos
que estavam internados em algum estado crítico, demandando suporte emocional e
também na unidade de terapia intensiva.
No âmbito hospitalar o psicólogo busca intervir como mediador psicológico,
buscando compreensão na relação entre equipe/paciente e equipe/família. A equipe e a
família exercem papéis importantes durante o processo de relação do paciente com a sua
doença, sendo que o paciente irá compartilhar suas limitações, dificuldades, medos,
dependências, impotências, sentimento de culpa, negação da realidade, dificuldades em
adaptar-se à rotina hospitalar (PIMENTEL; LIMA; FONSECA, 2009).
Angerami-Camon (2010), a partir de uma fundamentação fenomenológica
existencial, enfatiza que se trata de uma área a qual visa minimizar, no paciente, o
sofrimento gerado pelo processo de hospitalização, por meio da escuta e da empatia para
iniciar a ressignificação ou atribuição de novos significados às suas vivências. Cantarelli
(2009) afirma que “ao escutar, o psicólogo ‘sustenta’ a angústia do paciente o tempo
suficiente para que ele, o paciente, possa refletir e assim realizar a elaboração simbólica”
(p. 140).
Diante do ambiente hospitalar, são notórios as diversas formas de atuação que vão
de acordo com o público alvo e as demandas específicas. O psicólogo tem a possibilidade
de realizar atendimentos individuais e/ou em grupos, tanto com os usuários/pacientes,
como também com os familiares/acompanhantes e equipe de profissionais
(FILGUEIRAS, RODRIGUES, E BENFICA, 2010).
Rosa (2012), afirma que, a possibilidade de ser acolhido e ouvido por um
profissional de psicologia é algo significativo aos olhos dos pacientes. Apesar de no
âmbito hospitalar os atendimentos serem breves e focais, o acolhimento possui o intuito
de minimizar o sofrimento de pacientes e seus familiares.
Numa rica discussão sobre o "paradoxo" experimentado pela psicologia hospitalar
no contexto da medicina tradicional e do hospital geral é tratado por Mosimann e Lustosa
(2011), para além da psicologia médica e da confrontação entre saberes e práticas
legitimamente constituídas, mas buscando um diálogo e aperfeiçoamento permanente, a
partir de uma "predisposição para a compreensão do homem em sua totalidade, seu
diálogo entre mente e corpo, sua condição biopsicossocial, política, e
espiritual" (MOSIMANN & LUSTOSA, 2011, P. 228).

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A contribuição do psicólogo é também esclarecer certas manifestações da


somatização, cada vez mais aceitas nos padrões de intervenção médica. As complicações
emocionais do paciente agravam muitas condições patológicas. Neste momento, mesmo
ao diagnosticar, negociar e, portanto, compreender a patologia de uma forma mais
humana, a intervenção de um psicólogo é essencial. No hospital, o médico fará um
diagnóstico e indicará que pode intervir em determinada doença que se instala no
organismo. Desse modo, ao lidar com variáveis orgânicas e probabilidades associadas a
um determinado tipo de paciente, o psicólogo estará interessado no indivíduo como
indivíduo, e não no paciente, mas na doença (SILVA ET AL, 2019).

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A psicologia hospitalar tem construído sua história, passo a passo, considerando
que há menos de duas décadas, a atuação do psicólogo em instituições hospitalares não
estava regulamentada como uma ampla e necessária práxis psicológica. O ambiente
hospitalar e o processo de hospitalização suscitam nas pessoas angústia em se deparar
com a vulnerabilidade, fragilidade, dependência, limites, dor e, principalmente, com a
finitude e a morte. Portanto, como estagiária e humana que sou, fui atravessada pelas
mesmas questões e as considerei ao realizar meu trabalho. Também me percebi impotente
tal e qual a equipe técnica em vários momentos dos atendimentos. Verifiquei que há muito
a ser instituído, como políticas públicas para que se efetive um atendimento humanizado
para com a população.
A fim de explorar e apresentar a temática em questão buscou-se explanar
fundamentos teóricos sobre os desafios do Psicólogo Hospitalar no atendimento à
pacientes internados em Pronto Socorro. Através da associação entre teoria e prática,
ficou evidente a importância de se refletir acerca da atuação do psicólogo como aquele
que realiza a prática da urgência subjetiva, ou seja, aquele que diante de situações
inesperadas tenta promover o alívio do sofrimento do paciente, tido como insuportável
no momento de seu adoecimento e/ou internação.
Pode-se concluir que através do levantamento bibliográfico a Psicologia
Hospitalar parece estar se desenvolvendo de forma positiva no Brasil, observa-se que os
profissionais estão buscando aprimoramento na área. Enfim, dentro do contexto
hospitalar, deve-se preocupar em assistir o paciente, a família e a equipe, possibilitando
a compreensão e o tratamento dos aspectos psicológicos. E, ainda, ajudar na humanização

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do hospital, ao perceber o paciente como um todo, na junção da sua dimensão


biopsicossocial.
Esse estudo ajudou a ter uma visão de como a psicologia vem sendo percebida em
um de seus diversos campos de atuação e também perceber qual seria a função do
psicólogo dentro de um hospital. Assim, favorece a reflexão por parte do psicólogo, como
profissional da saúde, de seu papel clínico, social, organizacional e educacional, no
sentido de proporcionar uma assistência psicológica mais definida aos pacientes e a seus
familiares, à equipe interdisciplinar e aos demais funcionários do hospital.
Acredita-se que são necessários avanços, principalmente na inserção da psicologia
nas unidades hospitalares do Brasil, sabe-se que existe um projeto de lei que defende a
presença do psicólogo hospitalar, porém nem todas as unidades contam com esse serviço
disponível em sua rede de atendimento. Percebe-se que ainda há muito espaço para a
pesquisa e estudos aprofundados para a ampliação da formação dos fundamentos dessa
área do conhecimento. Conclui-se que mesmo que os objetivos desta pesquisa tenham
sido alcançados, ressalta-se a escassez de estudos acerca da temática abordada. Faz-se
necessário o desenvolvimento de novas pesquisas e que possam ser pesquisas de campo,
nota-se um grande número de publicações de relatos de experiência.

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