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CURSO DE EXTENSÃO
Sistemas
Agroflorestais
em Regiões
Semiáridas
Módulo i - Unidade i
Introdução SAFs em Regiões Semiáridas
Sistemas agroflorestais – Definições e conceitos
Sílvio Nolasco de Oliveira Neto
CURSO DE EXTENSÃO
Sistemas
Agroflorestais
em Regiões
Semiáridas
FICHA TÉCNICA
Coordenadores curso: Ricardo Henrique Silva Santos e Alex Carlos Silva Pi-
mentel
Organização: Financiamento: 2
Aula I
Sistemas agroflorestais – Definições e conceitos
Introdução
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A principal expectativa é de sejam capazes de promover a
diversificação da produção e da renda, mantendo a capacidade produtiva
das terras em decorrência de processos ecológicos decorrentes da
diversidade de espécies, e contribuindo com a conservação ambiental em
detrimento dos impactos decorrentes do uso desordenado dos recursos
naturais e de determinados modelos tecnológicos de produção agrícola.
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- “práticas de uso e manejo dos recursos naturais
nas quais espécies lenhosas e arbustivas são utilizadas
em associações deliberada com culturas agrícolas e, ou,
com animais, na mesma área, de maneira simultânea ou
em sequência temporal, com interações ecológicas e, ou,
econômicas entre os componentes” (ICRAF, 1983, p.2).
- “sistemas de uso da terra e tecnologias em que
plantas lenhosas perenes (árvores, arbustos, palmeiras,
bambus) são cultivadas em associação com plantas
herbáceas (culturas agrícolas e/ou pastagens) e/ou
animais, em uma mesma unidade de manejo, e de acordo
com um arranjo espacial, temporal ou ambos; nos quais
deve haver tanto interações ecológicas como econômicas
entre os componentes lenhosos e não lenhosos no sistema”
(YOUNG, 1991, p.11).
- “denominação genérica para sistemas de uso da terra
onde espécies lenhosas perenes como árvores, arbustos,
palmeiras, bambus, etc..., são deliberadamente utilizadas
nas mesmas unidades de área com culturas agrícolas e/
ou animais, em determinado arranjo espacial e temporal”
(NAIR, 1993, p.14).
- “sistemas baseados na dinâmica, na ecologia e na
gestão dos recursos naturais que, por meio da integração
de árvores na propriedade e na paisagem agrícola,
diversificam e sustentam a produção com maiores benefícios
sociais, econômicos e ambientais para todos aqueles quem
usam o solo em diversas escalas” ( JOSE, 2009, p.2).
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O aumento das experiências e os resultados de pesquisas ampliaram
os entendimentos do potencial de sistemas agroflorestais em promover
conservação e/ou recuperação ambiental. Neste sentido, no Brasil,
instrumentos normativos (leis, medidas provisórias, portarias etc.),
passaram a tratar a adoção de sistemas agroflorestais como técnica
alternativa aos modelos convencionais de reflorestamento visando à
recuperação ambiental. Neste contexto, surgem novas adaptações ao
conceito de sistema agroflorestal, conforme o proposto pela Resolução No
429, do Conselho Nacional do Meio Ambiente, de 28 de fevereiro de 2011,
que dispõe sobre a metodologia de recuperação das Áreas de Preservação
Permanente – APPs, assim definido:
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Nair (1993) apresenta uma abordagem também interessante para o
entendimento conceitual de sistema agroflorestal, assim contextualizada:
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Com o avanço do interesse pelos sistemas agroflorestais, foram
surgindo também estudos e pesquisas que auxiliaram a Agrossilvicultura
a tratar dos sistemas agroflorestais de maneira mais técnica, inclusive,
classificando os sistemas de forma a contribuir para a sua melhor
compreensão. Uma destas classificações geraram termos, frequentemente
encontrados na literatura, que se associam às questões conceituais. É
baseada na natureza dos componentes de sistemas agroflorestais (arbóreo,
agrícola e pastagem/animal), resultando nas seguintes denominações:
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Sistema agrossilvipastoril (cultivos agrícolas + pastagem/animais + árvores)
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Em relação às definições e conceitos de sistema agroflorestal,
observa-se que são variáveis, porém, bem norteados em relação ao que
se refere à composição arbórea, agrícola e pastagem/animal. A inserção
de termos, como sustentabilidade, biodiversidade, ecologia, conservação,
produtividade, economia, entre outros, frequentemente é observada nas
propostas conceituais, normalmente associadas às expectativas e ao
potencial que os sistemas podem apresentar. Estas expectativas devem
ser criteriosamente analisadas levando-se em consideração os aspectos
ambientais, culturais e sociais regionais, visando a composições de
sistemas agroflorestais, que podem ser variadas, e a manejos que sejam
realmente capazes de promover melhorias para o desenvolvimento rural.
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Referências
BENE, J.G.; BEALL, H.W.; CÔTÉ, A. Trees, Food and People. IDRC,
Ottawa, Canada. 1977. 52p.
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