Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
com
INSPEÇÃO
PREDIAL
NA PRÁTICA
Uma leitura da NBR 16.747:2020
Leoni, Matheus
Inspeção predial na prática [livro eletrônico] :
uma leitura da NBR 16.747:2020 / Matheus Leoni, Lais
Pires, Ana Ribeiro. -- 1. ed. -- Brasília, DF :
Ed. do Autor, 2021.
PDF.
Bibliografia.
ISBN 978-65-00-39645-4
ISBN 978-65-00-39645-4
AUTORES
Helciane Angélica
Brasília, 2021
APRESENTAÇÃO
INTRODUÇÃO
PARTE I - TEORIA
PARTE II - PRÁTICA
4 Visita Preliminar 20
5 Conhecendo o paciente 23
6 A preparação 27
7 O procedimento de investigação 33
8 Quais problemas procurar? 37
9 Análise Técnica: Parte I 40
10 Análise Técnica: Parte II - Classificação das
irregularidades 42
11 Recomendações 43
12 Patamares de prioridades 47
13 Avaliação da manutenção e do uso 52
14 Redação e emissão do Laudo Técnico de
Inspeção Predial 54
15 Expandindo o conhecimento 59
Referências bibliográficas 60
INTRODUÇÃO
Há um estudo conhecido como Lei de Sitter ou Lei dos 5, que aponta que o custo
de evolução das manutenções cresce numa progressão geométrica de razão 5,
ou seja, a correção (ação reativa) chega ser até 125 vezes mais cara que a
prevenção na fase de projeto da edificação. Assim, as fases de projeto,
execução e prevenção são mais econômicas e efetivas que a correção do
problema. Isso sem mencionar que previne a ocorrência dos desastres.
LEI DE SITTER
125
125
Custo relativo à intervenção
100
75
50
25
25
1 5
Diante disso, fica claro que cabe a nós profissionais, detentores do conhecimento
técnico, desmistificar e orientar as pessoas quanto ao que deve ser feito,
principalmente, nas construções já existentes, por meio da inspeção predial, que
você aprenderá como fazer ao longo deste material.
Além disso, você como profissional, pode considerar este um mercado muito
promissor, com grandes oportunidades e boa rentabilidade, pois a cada vez mais
estão sendo construídos edifícios verticais, para atender a nova necessidade da
sociedade.
MÓDULO 3
INSPEÇÃO PREDIAL:
PARTE
A TEORIA
Leonardo da Vinci
Licensed to joão roberto mendes - jrmendesengcivil@gmail.com
2 CONCEITOS IMPORTANTES
PROFILAXIA
É a aplicação de meios para evitar ou prevenir as anomalias ou problemas na
edificação, bem como suas propagações.
DIAGNÓSTICO
Refere-se ao conhecimento sobre algo, que pode ser obtido com a realização de
exames; ou a descrição minuciosa de algo, feita pelo examinador, classificador
ou pesquisador.
O diagnóstico tem a função de identificar e descrever o mecanismo, as origens e
as causas dos problemas na edificação.
PROGNÓSTICO
Remete-se ao julgamento técnico. Está associado ao diagnóstico, e tem como
objetivo de estimar a acerca da duração e evolução do problema no decorrer do
tempo.
TERAPIA
É o tratamento para os problemas, ou seja, as soluções ou
medidas, com base nas etapas anteriores, visando resolução
das anomalias
ANAMNESE
Significa o conhecimento do histórico da edificação. É realizada através de uma
entrevista com o paciente, visando obter um ponto de partida no diagnóstico,
bem como relacionar os fatos aos problemas e anomalias identificadas.
No Anexo C da parte 1 da ABNT NBR 15.575 você vai encontrar prazos de vida útil, já
considerando a aplicação dos conceitos da norma, do diversos sistemas.
DESEMPENHO
AGENTES DE DEGRADAÇÃO
MANUTENÇÃO E MANUTENIBILIDADE
FONTE: AUTORES
MANIFESTAÇÃO PATOLÓGICA
NÃO CONFUNDA!!
DESPLACAMENTO E DESCOLAMENTO
EFLORESCÊNCIA
DE REVESTIMENTO CERÂMICO
3 AS NORMAS TÉCNICAS
Além disso, como o uso da edificação é dinâmico, a inspeção predial deve ser
uma atividade periódica e sua avaliação refere-se ao momento em que foi
realizada.
A norma estabelece já no início, e frisa com frequência
ao longo do seu conteúdo, que a inspeção predial é
predominantemente sensorial, ou seja, não
necessariamente você usará de equipamentos e testes
ao longo do procedimento de investigação. Entretanto,
se partirmos para o mercado na prática, os síndicos
querem que resolvamos os problemas. Então, a
utilização de equipamentos agregam valor ao seu
trabalho, e ao resultado que o cliente receberá.
A norma estabelece os requisitos mínimos, mas você pode entregar
mais que isso. E é o que pode ser o seu diferencial durante a análise
das propostas. Em vez de recomendar um teste que é relativamente
simples, inclua esse teste na sua proposta. Com certeza, no final o
seu produto será mais completo e terá mais valor ao gestor do
condomínio, que está focado na solução dos problemas.
FONTE: AUTORES
INSPEÇÃO PREDIAL:
PARTE
A PRÁTICA
12
Licensed to joão roberto mendes - jrmendesengcivil@gmail.com
CAPÍTULO
a) Levantamento de dados e documentação;
5
CAPÍTULO
e) Classificação das irregularidades constatadas; 10
CAPÍTULO
i) Avaliação do uso;
13
CAPÍTULO
j) Redação e emissão do laudo técnico de inspeção; 14
4 A VISITA PRELIMINAR
SE LIGA NA DICA!
Procure profissionais de sua confiança para realizar os serviços
multidisciplinares, lembre-se que ao final, a sua análise também será
com base nas considerações deles. No geral você precisará ter parceiros
que sejam engenheiros mecânicos e eletricistas, tendo em vista que
vários sistemas em muitos casos serão atribuições destes profissionais.
SE LIGA NA DICA!
Na visita preliminar, procure conhecer os reservatórios e olhar o seu
interior. Não precisa entrar, utilize a câmera do seu celular. É muito
comum encontrarmos edifícios, cujos reservatórios não possuem
impermeabilização no teto, e por isso, apresentam corrosão de
armadura, muitas vezes em estado crítico. Como é um local de pouco
acesso, na maioria dos casos os gestores não têm conhecimento da
existência deste problema.
5 CONHECENDO O PACIENTE
SE LIGA NA DICA!
Fonte: Autores
Agora para mostrar na prática o procedimento até aqui, vamos considerar que
fomos contratados para inspecionar um edifício. As informações obtidas na
vistoria preliminar, que subsidiaram a contratação, a anamnese e o
levantamento da documentação tiveram o seguinte resultado:
VISTORIA PRELIMINAR
Idade aparente: acima de 30 anos
Localização: Asa Norte, Brasília – DF
Tipologia construtiva: Sistema viga -pilar- laje
em concreto armado.
Quantidade de pavimentos: 4 pavimentos (3
andares mais pilotis)
Quantidade de apartamentos: 24 unidades
Revestimento de fachada: Pastilhas cerâmicas
Quantidade de reservatórios: 5
Observações: Edifício sem elevador, com estado
de deterioração aparente médio.
Objetivo do contratante: Direcionamento para a
realização de reformas e a saúde da edificação.
Queixas específicas do contratante: Relatos de
odor de esgoto nos banheiros da dependência de
empregada. Corrosão no teto dos reservatórios
superiores
ANAMNESE
Não há registros de manutenções
Não há reformas recentes
Não sabe a localização do Habite-se
Não há projeto de incêndio aprovado, nem a
vistoria do Corpo de Bombeiros
Não há controle de reformas
LEVANTAMENTO DA DOCUMENTAÇÃO
A PREPARAÇÃO
COM PROJETO
FONTE: AUTORES
FACHADA: OESTE
FACHADA: SUL
As outras áreas específicas que passarão pela inspeção, o pilotis, área de lazer,
entre outras, também devem estar mapeadas, e a lógica da separação é a
mesma.
SEM PROJETO
Essa situação é muito comum de ser encontrada, podemos até arriscar a dizer
que é a mais recorrente, mas não precisa se desesperar, você ainda conseguirá
inspecionar a edificação tranquilamente.
As built, ao pé da letra,
Ela é bem similar a quando temos o
significa "como
projeto, a grande diferença é que
construído". É o
não teremos um MAPA. É claro que
levantamento em obra de
tem a possibilidade da realização de
todas as medidas
um as built, mas é uma atividade
existentes na edificação.
que demanda tempo. Então, fica a
É a representação de
seu critério usar material com
como exatamente foi
projeto ou sem projeto.
construído .
Então, usando como exemplo um pavimento de um bloco, faça quadros nas folhas
com os locais a serem inspecionados. Veja o exemplo abaixo:
FONTE: AUTORES
Este tipo de material é genérico, e você pode ter guardado nos seus
arquivos e usar em várias inspeções, basta fazer o preenchimento
adequado, e os ajustes necessários. Para te ajudar, disponibilizamos
esse material em arquivos editáveis, para você usar em suas
inspeções. Nele, você encontra diversos ambientes, e pode
acrescentar quantos quiser. Use e abuse!
SE LIGA NA DICA!
Utilize a tecnologia a seu favor! Se você já possui, em vez de imprimir,
use um tablet para visualizar as pranchas e fazer as anotações. É mais
leve, mais sustentável, mais prático e você não perde os documentos
com facilidade.
Nós autores, particularmente, já adotamos o tablet há
algum tempo e realmente ele nos facilita bastante o fluxo
das inspeções, pois temos muitos documentos nas palmas
das nossas mãos.
SE LIGA NA DICA!
Por não ser obrigatória, a visita nas unidades privativas tornam-se
um diferencial do seu trabalho. Utilize a seu favor! Mas, cuidado!
Defina previamente a quantidade de apartamentos que serão
visitados e deixe estabelecido em contrato, para que não tenha
problemas contratuais. Uma boa dica para resolver o problema do
seu cliente é que na vistoria preliminar você pergunte ao síndico ou
aos responsáveis pelo condomínio se há reclamações de unidades
privativas que possuem infiltrações ou outros problemas.
Assim você conseguirá estimar quantas unidades precisará visitar e colocar isso
na sua proposta e também em contrato.
Recomendamos também que as visitas nas unidades privativas
sejam concentradas para os mesmos dias. Passe uma agenda de
horários que deverá ser preenchida pelo condomínio para que os
moradores agendem os melhores horários em que cada um poderá
receber você e sua equipe. No dia agendado, siga o cronograma
dos apartamentos e horários estabelecidos.
7
O PROCEDIMENTO DE
INVESTIGAÇÃO
Imagem ilustrativa
para demonstrar o
sentido vertical
do comportamento
da estrutura.
FONTE: AUTORES
SE LIGA NA DICA!
RESERVATÓRIOS SUPERIORES
COBERTURA
ÁREAS COMUNS
ÁREAS PRIVATIVAS
FONTE: AUTORES
FONTE: AUTORES
Agora que você sabe o procedimento para investigar, creio que esteja se
perguntando sobre que tipo de problemas deve procurar durante a investigação.
Calma, vamos te ajudar com isso também!
Segue para o próximo capítulo que ele traz muitos exemplos práticos dos
problemas e o que é importante ser verificado na atividade de inspeção predial.
Acesse o Guia da
norma de desempenho
FONTE: ADAPTADO DA ABNT NBR 16.747 (2020) da CBIC
SE LIGA NA DICA!
Estes requisitos podem ajudar você durante a identificação
do problema. Ao se deparar com alguma situação ou possível
problema que tenha dúvidas, verifique se ele desobedece
algum destes itens. Se a resposta for sim, é problema na
certa!
COBERTURAS
Exemplo prático de um problema encontrado
em coberturas:
Falhas na fixação de telhas;
Sobreposição inadequada das telhas; Ex: Impermeabilização das calhas, rufos e
Ressecamentos das borrachas de vedação/ platibandas deterioradas
vedantes de calhas e rufos Identificação da impermeabilização dos
Deslocamentos, desalinhamentos e quebras de elementos da cobertura (calhas, rufos,
telhas platibandas, cobertura dos shafts), de forma
Ausência de rufos e/ou pingadeiras; geral, apresenta-se bastante deteriorada, com
Corrosão de parafusos de fixação/rufo fissuras por ressecamento, fazendo com que a
metálico/calha metálica estanqueidade seja afetada e não eficiente.
Transbordamento e entupimento de calha/ralo
Ausência da grelha do ralo
Ausência de extravasor da calha
Diâmetro dos ralos inadequados;
Fiação exposta;
Apoio dos telhados irregulares;
Impermeabilização das calhas deterioradas;
Caimento do telhado insuficiente;
RESERVATÓRIOS
Exemplo prático de um problema encontrado
em reservatórios:
EX: Degradação e inadequação da
Escada de acesso aos reservatórios impermeabilização
inadequada; Verificada a degradação e pontos falhos na
Impermeabilização da laje da tampa impermeabilização dos reservatórios, tais
deteriorada; como descascamentos, bolhas e fissuras. Não
Corrosão da armadura no teto dos foi identificado a presença de fibras ou telas
reservatórios; na argamassa, sugerindo que ela não é
Degradação e inadequação da estruturada, o que a torna rígida, não sendo
impermeabilização dos reservatórios; então adequada para este tipo de local.
FPO
r eNsTeEn:ç A
a DdAeP TeAs tDaOl a D
c tAi t A
e BnNoT r Ne Bs eR r v1 6a .t7ó4r i7o ;( 2 0 2 0 )
Fissuras e trincas;
Deterioração da pintura;
Limpeza dos reservatórios;
Obstrução dos ralos;
ÁREAS PRIVATIVAS
Exemplo prático de um problema encontrado
em áreas privativas;
EX: Sinais de infiltração nas paredes abaixo
Infiltração nas paredes abaixo das esquadrias;
das esquadrias
Fissuras;
Esquadrias deterioradas; Identificadas infiltrações em algumas unidades
Infiltrações nos banheiros de um apartamento privativas, especialmente abaixo das
para outro; esquadrias. Indicando que há falha na
Pintura deteriorada; estanqueidade da fachada.
ÁREAS COMUNS/CIRCULAÇÃO
Exemplo prático de um problema encontrado
em áreas comuns/circulação:
9 ANÁLISE TÉCNICA:
PARTE I
Enfim chegamos na parte em que mais assusta o cliente:
A ANÁLISE TÉCNICA.
SE LIGA NA DICA!
Se você tiver dúvidas sobre a clareza das suas ideias no seu
documento, peça a uma pessoa próxima, que não tenha
conhecimento da área, para ler e apontar se entendeu.
Perceberá que às vezes, uma palavra pode fazer toda a
diferença
ANÁLISE TÉCNICA.
Qual o problema ?
Quais as consequências?
MÓDULO 5
10 ANÁLISE TÉCNICA:PARTE II
CLASSIFICAÇÃO DAS IRREGULARIDADES
É claro que como a inspeção é sensorial, em alguns casos pode não ser
possível apontar apenas pela inspeção, neste caso deve ser recomendado uma
inspeção especializada para melhor avaliação.
11 RECOMENDAÇÕES
Esta é uma das etapas mais importantes para o condomínio, pois é onde ele
encontrará a recomendação de ações a serem tomadas para os problemas do
edifício!
É nesta etapa que você informará quais ações devem
ser realizadas a fim de reparar, restaurar ou
preservar o desempenho dos sistemas, subsistemas e
elementos construtivos. Essa abordagem deve ser
feita de forma clara e simples, para orientar os
responsáveis que farão a correção dos problemas
encontrados. Essas correções serão executadas por
outros profissionais ou empresas contratadas. Desta
forma, é bem interessante a utilização de ilustrações,
tabelas e passo a passo para indicar o procedimento
de correção.
COBERTURAS
Seguindo o exemplo citado na página 38
EX: Impermeabilização das calhas, rufos e platibandas deterioradas
Recomendação:
Recomenda-se que seja refeita a Dessa forma, fica a critério do condomínio
impermeabilização de todos os elementos escolher entre os dois modelos
da cobertura, tais como calhas, platibandas, apresentados, uma vez que o fator
rufos, lajes de cobertura dos shafts e laje desempenho será cumprido em ambos
dos reservatórios com manta asfáltica. Pode desde que feitas as manutenções. Em todo
ser utilizada manta asfáltica auto protegida o caso, deve ser contratada empresa
aluminizada ou manta asfáltica com especializada neste tipo de serviço, pois o
proteção mecânica. Entretanto é importante sistema impermeabilizante exige técnica
observar que a durabilidade entre os dois para ser aplicado e garantir seu bom
modelos é bem diferente, e deve ser levada desempenho. O processo executivo para
em consideração no momento da aplicação dos dois tipos de mantas está
escolha. descrito a seguir, porém não são
apontados detalhes específicos que
De acordo com os requisitos da ABNT NBR devem ser levantados no local para a
15.575:2013, a manta asfáltica aluminizada correta recomposição do sistema.
tem uma vida útil mínima de 8 anos, e não
suporta tráfego constante de pessoas,
apenas de forma eventual, tomando as
devidas precauções. A manta asfáltica com
proteção mecânica tem durabilidade mínima
de 20 anos, e o tráfego de pessoas não
compromete a sua durabilidade, uma vez
que é protegida.
RESERVATÓRIOS
Seguindo o exemplo citado na página 39
EX: Degradação e inadequação da impermeabilização
Recomendação:
É indicado que seja refeita a Após a execução da impermeabilização,
impermeabilização das paredes de todos os deverá ser feito um laudo de
reservatório, uma vez que há a presença de potabilidade conforme a ABNT NBR
pontos falhos, e a impermeabilização 12.170:2017 - Materiais de
existente não foi aplicada adequadamente. impermeabilização - Determinação da
potabilidade da água após o contato
Deve ser impermeabilizado o teto dos
reservatórios com impermeabilizante do
tipo membrana líquida de poliuretano.
ANTES DA COMPRA DEVE SER VERIFICADA
AS ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS PARA SABER
SE O PRODUTO GARANTE A POTABILIDADE
DA ÁGUA. Salienta-se que a
impermeabilização deve ser realizada após
o tratamento da corrosão.
ÀREAS PRIVATIVAS
Seguindo o exemplo citado na página 38
EX: Sinais de infiltração nas paredes abaixo das esquadrias
Recomendação:
Realizar o rejuntamento das pastilhas E reforçar os cantos com selante
cerâmicas da fachada com rejunte de poliuretano aumentar a
acrílico ou cimentício, indicado para durabilidade à estanqueidade
áreas externas e fachadas, Deve ser tendo em vista a criticidade dos
realizado o rejuntamento de todos os pontos. Além disso, recomenda-se
pontos falhos da fachada. E deve ser que seja feita uma revisão
inspecionado anualmente para verificar a anualmente para verificar a
presença de pontos falhos, e em caso existência de falhas.
positivo, seu rejuntamento.
ÀREAS COMUNS/CIRCULAÇÃO
Seguindo o exemplo citado na página 38
EX: Degradação de pintura e surgimento de fissuras na pintura
Recomendação:
Regularizar todas as falhas do reboco, e
refazer a pintura. II.A longo prazo: Refazer todo o
reboco e o acabamento de pintura.
A NBR 5674:2012 – Manutenção de O traço recomendado para reboco
edificações, requisitos para o sistema de é de 1:2:6 de cimento, cal, areia
gestão de manutenção recomenda que a fina e água. Salienta-se que esta
cada 2 anos seja realizada uma revisão solução é a mais adequada, pois
da pintura das áreas secas e, se aumenta a qualidade do reboco,
necessário, repintá-las evitando o aumenta a sua durabilidade e,
envelhecimento, a perda de brilho, o consequentemente, evita o
descascamento e eventuais fissuras. aparecimento desse tipo de
manifestações patológicas.
Para as fissuras encontradas:
FONTE: AUTORES
I.A curto prazo: Refazer apenas a pintura
substituindo, aplicando vedatrinca sobre
as trincas existentes para aumentar a
resistência. Esclarece-se que esta
solução pode não ter a durabilidade
prolongada, uma vez que há composição
de saibro no reboco, diminuindo
relevantemente a resistência do
revestimento, e aumentando o
aparecimento de manifestações
patológicas.
12 PATAMARES DE PRIORIDADES
PRIORIDADE
Ações necessárias quando a perda de desempenho compromete a
saúde e/ou a segurança dos usuários, e/ou a funcionalidade dos
sistemas construtivos, com possíveis paralisações;
comprometimento de durabilidade (vida útil) e/ou aumento
expressivo de custo de manutenção e de recuperação. Também
devem ser classificadas no patamar “prioridade 1” as ações
necessárias quando a perda de desempenho, real ou potencial,
pode gerar riscos ao meio ambiente;
PRIORIDADE
Ações necessárias quando a perda parcial de desempenho (real
ou potencial) tem impacto sobre a funcionalidade da edificação,
sem prejuízo à operação direta de sistemas e sem comprometer a
saúde e segurança dos usuários;
PRIORIDADE
Ações necessárias quando a perda de desempenho (real ou
potencial) pode ocasionar pequenos prejuízos à estética ou
quando as ações necessárias são atividades programáveis e
passíveis de planejamento, além de baixo ou nenhum
comprometimento do valor da edificação. Neste caso, as ações
podem ser feitas sem urgência porque a perda parcial de
desempenho não tem impacto sobre a funcionalidade da
edificação, não causa prejuízo à operação direta de sistemas e
não compromete a saúde e segurança do usuário.
13 AVALIAÇÃO DA
MANUTENÇÃO E DO USO
Neste capítulo falaremos da avaliação do estado de
manutenção e condição de uso da edificação. Este é um
item abordado pela norma que é relativamente novo, pois
traz a questão da análise das manutenções, se elas estão
sendo realizadas adequadamente, e em relação ao uso, se a
utilização está conforme projeto ou normas técnicas.
MÓDULO 6
14
REDAÇÃO E EMISSÃO DO LAUDO
TÉCNICO DE INSPEÇÃO PREDIAL
A. Identificação do solicitante
B. Descrição técnica da edificação(localização, mês, ano e início da
ocupação, tipo de uso, número de edificações quando for empreendimento
de múltiplas edificações, número de pavimentos, número de unidades
quando for edificação com unidades privativas, área construída,, tipologia
dos principais sistemas construtivos e descrição mais detalhada, quando
necessário).
C. Data das vistorias que compuseram a inspeção;
D. Documentação solicitada e documentação disponibilizada;
E. Análise da documentação disponibilizada;
F. Descrição completa da metodologia de inspeção predial, acompanhada
de dados, fotos, croquis, normas ou documentos técnicos utilizados, ou o
que for necessário para deixar claro os métodos utilizados.
G. Lista dos sistemas, elementos, componentes construtivos e
equipamentos inspecionados e não inspecionados.
H. Descrição das anomalias e falhas de uso, operação ou manutenção e
não conformidades constatadas nos sistemas construtivos e na
documentação analisada, inclusive nos laudos de inspeção predial
anteriores;
I. Classificação das irregularidades constatadas;
J. Recomendação das ações necessárias para restaurar ou preservar o
desempenho dos sistemas, subsistemas, e elementos construtivos da
edificação;
K. Organização das prioridades em patamares de urgência, tendo em
conta as recomendações apresentadas pelo inspetor predial;
L. Avaliação da manutenção dos sistemas e equipamentos e das condições
de uso da edificação;
M. Conclusões e considerações finais;
N. Encerramento, onde deve conter a seguinte nota obrigatória: Este
laudo foi desenvolvido por solicitação de (nome do contratante) e
contempla o parecer técnico dos subscritores, elaborado com base nos
critérios da ABNT NBR 16.747;
O. Data do laudo técnico de inspeção predial;
P. Assinatura do(s) profissional(ais)responsável (eis), acompanhada do nº
do respectivo conselho de classe;
Q. Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) ou Registro de
Responsabilidade Técnica (RRT)
CAPA
A capa é a primeira página do laudo técnico. Nela deve conter o título
do documento, que é LAUDO TÉCNICO DE INSPEÇÃO PREDIAL,
identificação dos profissionais técnicos responsáveis, lugar e data da
emissão.
SUMÁRIO
Enumeração da divisão dos capítulos do Laudo Técnico.
1 IDENTIFICAÇÃO DO SOLICITANTE
Apresentação dos dados do contratante, ou seja, da pessoa física
ou jurídica que contratou a emissão do documento.
Item da NORMA
2 OBJETIVO
Descreva o objetivo da inspeção predial.
3 CARACTERÍSTICAS DO OBJETO
Apresente todas as informações técnicas acerca da edificação
como localização com referência geográfica, mês, ano e início da
ocupação, tipo de uso, número de edificações quando for
empreendimento de múltiplas edificações, número de pavimentos,
número de unidades quando for edificação com unidades
privativas, área construída, tipologia dos principais sistemas Item da NORMA
construtivos e outras descrição mais detalhadas que julgar
necessário.
4 DILIGÊNCIAS
Datas em que foram realizadas as vistorias. Sugere-se ainda listar
os equipamentos utilizados durante a inspeção.
Item da NORMA
5 METODOLOGIA ADOTADA
Descreva como ocorreu todo o processo de inspeção predial,
apresentando todas as fases exigidas pela ABNT NBR 16.747:2020,
bem como todos os parâmetros de avaliação e classificação.
Item da NORMA
7 SISTEMAS INSPECIONADOS
Liste os sistemas, elementos, componentes construtivos e
equipamentos inspecionados e não inspecionados.
Item da NORMA
8 INSPEÇÃO PREDIAL
no mesmo capitulo.
Recomendação
Apresentação de proposta de correção para o problema
identificado visando restaurar ou preservar o
desempenho. O capitulo 11 aborda sobre este assunto com
exemplos práticos. Item da NORMA
10 PRIORIZAÇÃO DA EXECUÇÃO
Apresenta uma lista organizando os problemas de acordo com os
patamares de urgência, em ordem crescente de criticidade. Caso
você aplique o método GUT, os problemas devem estar
apresentados em ordem crescente do patamar de prioridade, e
posteriormente em ordem decrescente do resultado da Matriz Item da NORMA
GUT. Veja exemplo desta lista no capítulo 12.
12 ENCERRAMENTO
Conclua o documento de forma a trazer o seu parecer acerca da
inspeção predial realizada, e coloque as considerações finais
necessárias.
Item da NORMA
ANEXOS
Coloque o documento da ART ou RRT, devidamente assinado, bem
como outros anexos necessários, como resultados de ensaios,
croquis, entre outros.
LAUDO TÉCNICO
Como um presente nosso a você, por nos acompanhar até aqui,
DE INSPEÇÃO
PREDIAL disponibilizamos um Modelo de Laudo Técnico de Inspeção
Predial para que não perca mais tempo e comece a praticar a
partir de agora. Baixe agora mesmo o documento no Módulo 9.
Faça as alterações que julgar necessárias e personalize-o do
MÓDULO 9
jeito que quiser!!!
15 EXPANDINDO O CONHECIMENTO
GOMIDE, Tito Lívio Ferreira; FLORA, Stella Marys Della; BRAGA, Antonio Guilherme
Menezes; GULLO, Marco Antônio; NETO, Jerônimo Cabral P. Fagundes. Manual de
Engenharia Disgnóstica Desempenho, Manifestações Patológicas e Perícias na
Construção Civil. 2ª Edição. São Paulo: Leud, 2021.
GOMIDE, Tito Lívio Ferreira; NETO, Jerônimo Cabral P. Fagundes; GULLO, Marco
Antonio. Inspeção Predial Total. Diretrizes e Laudos no Enfoque da Qualidade
Total. 3ª Edição. São Paulo: Pini, 2020.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVA, G. M. S. Concepção estrutural e pré-formas: Desenvolvimento do
projeto de uma estrutura. 2008. 37 p. Notas de Aula.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GOMIDE, Tito Lívio Ferreira; FLORA, Stella Marys Della; BRAGA, Antônio Guilherme
Menezes; GULLO, Marco Antônio; NETO, Jerônimo Cabral P. Fagundes; Manual de
Engenharia Diagnóstica Desempenho, Manifestações Patológicas e Perícias na
Construção Civil. 2ª Edição. São Paulo: Leud, 2020.
GOMIDE, Tito Lívio Ferreira; NETO, Jerônimo Cabral P. Fagundes; GULLO, Marco
Antônio. Inspeção Predial Total. Diretrizes e Laudos no Enfoque da Qualidade
Total. São Paulo. Oficina de Texto, 2019.
Portal Amazônia. (2017). Entenda porque prédios adoecem e como isso pode
afetar sua vida. Disponível em <https://portalamazonia.com/noticias/especial-
publicitario/entenda-porque-predios-adoecem-e-como-isso-pode-afetar-sua-vida>
Acesso em: 14 de novembro 2018.
NASCIMENTO, Matheus Leoni Martins. RIBEIRO, Ana Paula Araújo; PIRES, Laís Alves
da Silva Pires. PROPOSTA DE ROTEIRO DE INSPEÇÃO PARA EDIFICAÇÕES – ESTUDO
DE CASO EM BRASÍLIA - DF. Instituto de Ensino Superior de Brasília. Brasília, 2018.
SITTER, W. R. Costs for service life optimization: The ìlaw of fivesî. In: CEB-
RILEM. Durability of concrete structures. Proceedings of the international workshop
held in Copenhagen, on 18-20 May 1983. Copenhagen, 1984.