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UC Alfabetização e Letramento

2º semestre de 2023.

AVALIAÇÃO INDIVIDUAL 02: DIAGNÓSTICO DE ESCRITA.


Avaliação diagnóstica na alfabetização: para quê?
A avaliação inicial ou diagnóstica no ensino de Língua Portuguesa, segundo Nóbrega (2013, p. 87), tem uma
função reguladora no planejamento. Implica a identificação, coleta e análise de informações sobre os saberes dos
alunos. Esses elementos permitem ao professor e demais profissionais envolvidos no processo educativo tomar
decisões sobre o que ensinar, quando e como ensinar, revisar estratégias de ensino e o uso de recursos didáticos para
o ensino, por exemplo.
1. Retomando: o processo de apropriação da escrita
Além de conhecer o objeto de ensino, também é preciso compreender como se dá o processo de
aprendizagem. Foi nos anos de 1980 que chegaram ao Brasil os resultados da pesquisa sobre a psicogênese da língua
escrita desenvolvida por Emília Ferreiro e Ana Teberosky, a partir dos postulados da teoria psicogenética de Jean
Piaget. A perspectiva psicogenética da aquisição da escrita ficou conhecida, no Brasil, como construtivismo. Como
demonstrado por Emília Ferreiro, esse processo tem início a partir da interação com a modalidade escrita da língua
nas mais variadas situações sociais, escutando e falando sobre textos, participando de situações de leitura e de escrita.
As pesquisadoras constataram que as crianças passam por uma sucessão de etapas ou estágios com progressão regular
e, em cada nível ou hipótese, é possível identificar aspectos construtivos que elas empregam para produzir suas
escritas. Estas escritas não convencionais, que podem parecer estranhas a olhos de leigos, são respostas parciais para
lidar com problemas de ordem cognitiva que os sujeitos enfrentam nesse processo: O que a escrita representa? Como
a escrita representa? Qual a estrutura desse modo de representação?
As escritas não convencionais para os professores são dados que, se analisados, permitem compreender o que
os estudantes sabem sobre o sistema de escrita alfabético e sobre o sistema ortográfico e o que precisam saber.
Baseiam-se nas reflexões que essas crianças fazem em seu contato cotidiano com a modalidade escrita da língua. Mas
esses conhecimentos não são suficientes para que saibam ler e escrever de modo autônomo, o que significa que é
preciso ensinar esses objetos de maneira sistemática. É tornando a escrita um objeto de reflexão e análise que se
descobrem seus padrões e convenções.
Para identificar o que as crianças já sabem sobre o sistema de escrita alfabético e sistema ortográfico é preciso
colocá-las em situação de escrita, diante de uma proposta na qual eles mobilizem suas ideias sobre a escrita e seus
conhecimentos prévios, testando-os para grafar palavras, frases ou textos. Especificamente, no que se refere a
situações de avaliação diagnóstica, há aquelas mais adequadas aos estudantes em processo inicial de alfabetização e
outras para aqueles que compreenderam o princípio alfabético do sistema de escrita ou que estão em processo de
dominar padrões de escrita. No entanto, não se pode deixar de considerar que falar, escutar, ler e escrever são ações
mobilizadas para tomar parte de práticas sociais, situadas, com propósitos que guiam os participantes, portanto,
mesmo em situações de avaliação o professor pode abarcar temas de interesse dos estudantes, propor atividades
relevantes e com objetivos de escrita compartilhados entre todos.
Para organizar as informações obtidas a partir de instrumentos de avaliação diagnóstica, organizamos um
quadro (ver quadro 01) a partir das hipóteses ou estágios descritos por Ferreiro (1989).
Há três períodos fundamentais que ordenam o processo de aquisição da escrita e para cada período a autora
faz corresponder hipótese ou estágios desse processo evolutivo. O primeiro período caracteriza-se pelo
desconhecimento do que a escrita representa, sabe-se da sua existência, assiste-se a situações nas quais ela faz parte
das interações. Neste estágio, busca-se estabelecer uma distinção entre o icônico e o não-icônico, entre o desenhar e
o escrever, “a escrita parece ser definida apenas pela negação: ela não é desenho” (FERREIRO, 1989, p. 23). O segundo
período é marcado pela construção de modos de diferenciação na disposição das letras na palavra, os esforços de
escrita concentram-se em torno de certas condições formais que atribuem ao escrito o estatuto de legível ou não:
quantidade e variedade de símbolos (letras) usados para escrever. Tanto o primeiro período como o segundo período
caracterizam-se por estágios nos quais se desconhece que a escrita registra um enunciado oral ou a sequência de
unidades sonoras que compõem uma palavra. As hipóteses que integram tanto o primeiro como o segundo período
são designadas como pré-silábico. Por fim, o terceiro período corresponde à fonetização da escrita, momento em que
a palavra oral passa a ser analisada em unidades menores e o sujeito passa a controlar sua escrita de modo intencional:
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tenta fazer corresponder a grafia a unidades menores decorrentes da análise oral da palavra. Trata-se de um grande
passo rumo à compreensão do princípio geral que rege o sistema de escrita alfabético. Esse período comporta um
grande problema a ser resolvido: já se sabe o que escrita representa, mas é preciso descobrir como a escrita
representa. O terceiro período comporta os estágios silábico, silábico-alfabético e alfabético. Em jovens e adultos,
devido as suas experiências com produções culturais escritas não se observam hipóteses relativas ao primeiro período,
portanto, em nossos indicadores, começamos com estágios ou hipóteses que dizem respeito ao segundo período.
A partir do estágio alfabético, as crianças se defrontam como novos desafios relativos à apropriação do sistema
ortográfico, à descoberta e aprendizado das regularidades ortográficas e das estratégias para lidar com os casos
irregulares. Além da ortografia, começam a lidar com outras questões relativas aos padrões de escrita tais como a
pontuação, a acentuação, a segmentação do texto em palavras, a concordância, a translineação1, o emprego de letra
maiúscula em nomes próprios e início de sentenças, por exemplo. Todos esses aspectos só podem ser aprendidos se
os alunos tiverem oportunidades planejadas de ensino e situações de sistematização desses padrões. A aplicação de
instrumentos para diagnóstico permite analisar e compreender os desvios que cometem, o que acontece e as razões
para esses desvios. De certo modo, analisando sua escrita e leitura, sistematizamos o que eles já sabem e o que
precisam aprender em relação à aquisição da escrita, aspecto fundamental para decidir sobre o que e quando ensinar.
Síntese dos Estágios e/ou Hipóteses de Escrita de Crainças
Pré-silábico 01
Nesse estágio, encontram-se crianças que não sabem o que a escrita representa, trata-se de uma hipótese bem elementar do
processo de apropriação da escrita. A criança diferencia desenhos (não podem ser lidos) de escritos (podem ser lidos), mesmo
que para grafar empregue grafismos que imitam a letra cursiva, pseudoletras, números e outros elementos. A escrita, nesse
estágio, não apresenta nenhuma relação com a fala. Ao ser solicitada a ler o que escreveu, ela o faz de modo global, sem identificar
unidades menores que compõe as palavras.
Pré-silábico 02
Nesse estágio, encontram-se crianças que não sabem o que a escrita representa. Em suas produções escritas, tentam lidar com o
eixo quantitativo e qualitativo: para escrever algo é preciso um número mínimo de letras/símbolos e uma variedade na grafia. No
entanto, esses critérios não são empregados para ajustar a pauta sonora ao que escrevem. Também se observa uma
correspondência global em relação aos seus escritos: nesse estágio, não identificam partes ou unidades menores que compõem
as palavras que grafaram; não há uma preocupação explícita em marcar as sílabas ou sons que compõem uma palavra ao lê-las.
Ao ler o que escreve, lê de modo global, as relações entre as partes e o todo não são foco de atenção.
Silábico
Esse estágio ou hipótese marca a entrada no processo de fonetização. Nesse período, a criança já solucionou o primeiro problema
colocado no processo de apropriação do sistema de escrita alfabética: o que a escrita representa. No entanto, não sabem ainda
como se produz essa representação. Em suas produções, podemos observar tentativas de fazer coincidir aquilo que escrevem ao
enunciado oral (aquilo que pronunciam). De modo geral, formulam a hipótese de que a quantidade de letras a ser grafada
corresponde à quantidade de segmentos silábicos que pronunciam: letras (ou sinais gráficos) são usadas para grafar unidades
sonoras identificadas nas palavras, as sílabas. Elas operam ainda com os eixos quantitativo (lidando ainda com um número mínimo
de letras para que algo possa ser lido) e qualitativo (tentando lidar com certa variação de letras para que algo possa ser lido). É
pouco comum usarem registros iguais para palavras diferentes ou escreverem palavras com menos de três letras. De modo geral,
nesse estágio, podemos observar produções que podem ser organizadas em duas grandes categorias. Na primeira, as crianças dão
atenção à correspondência entre quantidade de sílabas e quantidade de letras usadas para representá-las, preocupando-se em
não repetir as letras utilizadas que, em geral não apresentam um valor sonoro estável. Na segunda, essa correspondência torna-
se mais complexa, pois utilizam letras que, de algum modo, correspondem aos sons percebidos na pronúncia das sílabas
(consoantes ou vogais). A leitura deixa de ser global e, diante da necessidade de ler, elas tentam fazer corresponder as letras a
partes da expressão oral, por meio de recortes silábicos, o que pode causar conflitos, relacionados ao eixo quantitativo (a
impossibilidade de ler palavras grafadas com menos de três letras) e ao eixo qualitativo (a impossibilidade de ler palavras grafadas
com mesmas letras ou de ler palavras diferentes grafadas com as mesmas letras).
Silábico-alfabético
O estágio silábico-alfabético tem sido descrito com um estágio de transição entre o anterior, o silábico, e o posterior, o alfabético.
A escrita silábica está em vias de ser abandonada e os esquemas futuros, da escrita alfabética, em vias de serem construídos. À
medida que observam e analisam a própria escrita e a de outros, conseguem estabelecer relações entre letras e fonemas para a
maior parte dos casos do sistema alfabético ainda que possam oscilar na grafia de unidades menores que a sílaba (em seus escritos
é nítido a falta de letras para compor sílabas). A leitura de palavras baseia-se, de modo geral, na segmentação em unidades

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Separação de palavra no final da linha, com a inclusão de hífen.
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menores, podendo recorrer a recortes silábicos (leitura silabada) ou a soletração (pronúncia de letras uma a uma para formar
sílabas e palavras).
Alfabético
No estágio alfabético, as crianças conseguiram compreender o princípio geral que rege esse sistema, que cada letra corresponde
a valores menores que a sílaba, e realiza sistematicamente a análise sonora dos fonemas das palavras que vai escrever. Dominam
o mecanismo básico de formação de sílabas. Nesse estágio, vão se confrontar com as convenções ortográficas, a segmentação em
palavras, a acentuação, a pontuação, entre outros aspectos. Mas já conseguem produzir escritas legíveis. Ao ler seus escritos,
podem decodificar palavras ou reconhecê-las de modo global, relacionando-a a seu sentido.

2. Diagnóstico de escrita para crianças em processo inicial de alfabetização


Esta tarefa, também designada como sondagem, é realizada individualmente pela criança e acompanhada
pelo professor. Consiste num ditado de palavras e de uma frase. As palavras ditadas devem ser escolhidas de modo
intencional, seguindo alguns critérios relativos à classe de palavra e ao número de sílabas, além de estarem
relacionadas a partir de seu sentido: todas devem ser substantivos, variar quanto ao número de sílabas que as
compõe (polissílabas, trissílabas, dissílabas e monossílabas) e, por fim, fazer parte de um conjunto a partir de algum
critério que as aproxime semanticamente. É recomendável evitar palavras que tenham vogais repetidas em sílabas
próximas (como ABACATE), pois podem atrapalhar os estudantes em hipótese silábica, por exemplo. É importante que
a frase contenha pelo menos uma das palavras ditadas, para observar como a criança vai lidar com a escrita dela em
situações distintas.
Para realizar a tarefa, é necessário
a. Um ambiente tranquilo, folha de sulfite, lápis e borracha e um caderno para tomar notas. Primeiramente,
a criança deve escrever seu nome.
b. Peça permissão/anuência da criança para gravar e inicie com uma conversa sobre a aprendizagem de ler
e escrever:
 Você sabe ler e escrever? Explore a questão ampliando para como você sabe, por que, etc.
 Você gosta de ler? O que costuma ler? Alguém lê para você?
 Você gosta de escrever? O que costuma escrever? Alguém lhe ajuda quando quer escrever?
 Se estiver no ciclo de alfabetização, pergunte o que costuma fazer na escola para aprender a ler
e a escrever.

c. Em seguida, explique que fará um ditado e que a criança pode escrever do jeito que achar, se não sabe,
pode brincar de escrever, sem medo de errar ou acertar. Explique que quer conhecer o jeito como ela
pensa, não importa se certo ou errado
 Então, dite a primeira palavra, atentando-se para não a segmentar em sílabas ao pronunciá-la (por
exemplo JA– BU – TI – CA – BA). A cada palavra ditada, solicita-se que a criança leia o que
escreveu, apontando para a escrita.
 Durante a leitura, é importante observar se ele lê globalmente a palavra, se estabelece alguma
relação entre o que escreve e o que lê em voz alta, se ajusta/corrige sua escrita após a leitura
etc.
 É recomendável ter em mãos um caderno para registrar como a criança reage, o que diz ao
escrever, como se comporta e lê e, ainda as percepções do professor sobre a realização dessa
tarefa. Ao final, pode-se ainda fazer anotações na folha da criança, sem a presença dela. Seguem
algumas sugestões de ditados:
Sugestões para sondagem (escolha apenas um conjunto de palavras)

CONJUNTO 01 CONJUNTO 02 CONJUNTO 03


LAPISEIRA JABUTICABA GELADEIRA
CADERNO MARACUJÁ PANELA
BORRACHA GOIABA TAMPA
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LIVRO UVA FOGÃO


GIZ NOZ PÁ
EU PERDI MINHA BORRACHA. EU SUBI NO PÉ DE JABUTICABA. A PANELA CAIU NO CHÃO.

Após a aplicação, use a planilha e caracterize as escritas dos estudantes. Observe os indicadores que constam
na tabela abaixo e responda às questões.

Quadro 01 – Grade de indicadores para avaliação diagnóstica do sistema de escrita alfabética e ortográfico
Pré-silábico
Escreve criando escritas diferenciadas em função do número mínimo de letras e da variação interna e lê globalmente.
1. Usa formas gráficas próximas das letras convencionais (pseudoletras, letras, números...)?
2. Revela forte influência do modelo do nome próprio?
3. Faz uso de um bom repertório de letras?
4. Usa muitas letras para escrever?
5. Apresenta variação interna (intrafigural) nos grafismos produzidos?
6. Apresenta variação externa (interfigural) nos grafismos produzidos ao escrever palavras diferentes?
7. Reproduz a estrutura linear da escrita?
8. Apresenta realismo nominal, isto é, acredita que se escreve guardando as características do objeto representado
pelo nome?
9. Lê globalmente?
Silábico
Escreve controlando a produção pela segmentação silábica da palavra, com ou sem valor sonoro convencional; lê
analisando as notações.
10. Controla a quantidade de sílabas que devem ser escritas apenas ao ler?
11. Controla a produção pela quantidade de sílabas que devem ser escritas?
12. Emprega letras com o valor sonoro apenas no início das palavras (ou em alguma outra posição) com regularidade?
13. Emprega letras com o valor sonoro de vogais?
14. Emprega letras com o valor sonoro de consoantes?
15. Lê analisando as notações gráficas?
16. Ao ser solicitado a ler o que escreveu, não reconhece a palavra ou a soletra?
Silábico-alfabético
Escreve ora controlando pela segmentação silábica da palavra, ora pela alfabética (completar a planilha)
17. Escreve ora representando os elementos sonoros que compõem a sílaba e ora representando os fonemas?
18. Escreve silabicamente em contextos nos quais a sílaba corresponde ao nome da letra?
19. Acrescenta uma letra “curinga” para acomodar sua exigência de que a sílaba precisa ter 2 letras?
20. Ao ler em voz alta, inicia o processo de conversão dos sinais gráficos em representações fonológicas ?

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Alfabético
Escrever controlando a produção pela correspondência letra / som, mesmo que a escrita não esteja ortograficamente
correta.
21. Compreende que as sílabas são compostas por unidades menores, mas é fortemente influenciado pela estrutura da
sílaba canônica (CV)?
22. Representa as unidades que compõem sílabas com estruturas do tipo CVC e CCV (em que a segunda consoante é
‘R’ ou ‘L’)?
23. Representa as unidades que compõem sílabas empregando dígrafos (CH, LH, NH) e vogais nasais marcadas pelo ‘M’
ou ‘N’ em final de sílaba, no interior da palavra?
24. Ao ler em voz alta, converte os sinais gráficos em representações fonológicas para chegar à forma fonológica das
palavras e, dessa forma, ao seu significado. (via indireta)?
25. Conecta diretamente a forma ortográfica da palavra com a sua representação fonológica, isto é, “numa olhada”
reconhece a palavra escrita (via direta)?

ROTEIRO DE AVALIAÇÃO: DIAGNÓSTICO DE ESCRITA


ORGANIZE-SE EM UM TRIO OU DUPLA
1. Selecione uma criança com idade entre 5 e 8 anos. Solicite a autorização dos familiares para aplicar o instrumento
diagnóstico e o assentimento da criança (explique o que pretende fazer e convide-a, caso ela não deseje realizar a
proposta, escolha outra criança). Avise-a que você vai filmá-la enquanto ela faz a atividade.
2. Planeje antecipadamente o conjunto de palavras e a frase que vai empregar na sondagem, levando em conta os
critérios indicados no texto acima e os interesses da criança. Tenha-as em mãos no momento do ditado ou as
memorize.
3. Prepare os materiais e equipamentos necessários. Use o celular para filmar o momento em que a criança escreve
e lê. Tenha em mãos folha de sulfite, lápis preto ou caneta preta para uso da criança, e um caderno ou bloco de notas
para seus registros.
4. Crie um clima descontraído e lúdico e siga os passos do ditado indicado no texto acima. Não se esqueça que, a cada
palavra ditada e registrada pela criança, é preciso solicitar que leia em voz alta para você e que indique com o dedo
onde está lendo. Se for necessário, repita a operação de leitura. Registre seus comentários sobre o modo como ela
escreve e lê, numa outra folha de papel.
5. Ao final, agradeça e peça para levar a folha onde a criança escreveu. Você pode se oferecer para ler um livro, para
brincar com ela, ao final.
6. Assista à gravação, leia suas anotações e preencha o quadro 01. Com base nos dados coletados, produza um relato
para ser entregue no dia 30/10 (impresso), de no máximo três páginas digitadas:
a) Identifique-se na folha de rosto, com nome completo e RF.
b) Caracterize a criança (idade, se frequenta a Educação Infantil, grau de escolaridade dos pais, se presencia em casa
cenas de pessoas lendo e escrevendo, se tem livros e outros materiais para leitura etc.);
b) Conte como se deu a aplicação do ditado (adesão e colaboração da criança, impressões sobre esse momento etc.);
c) Indique as palavras e frase que selecionou, justificando sua escolha com base nos critérios descritos acima;
d) Descreva o estágio/hipótese em que a criança se encontra, destacando os indicadores do quadro 01. Agregue à
descrição a imagem da escrita produzida pela criança (fotografia ou fotocópia);
d) Reflita sobre essa experiência de aplicação da sondagem.

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Anexe fotos e imagens da escrita da criança ao relato.

Referências
FARACO, C. A. Escrita e alfabetização. São Paulo : Contexto, 2012.
FERREIRO, E. A escrita antes das letras. In: SINCLAIR, H. (Org.) A produção de notações na criança: linguagem,
números, ritmos e melodia. São Paulo : Cortez, 1989, p. 19-70.
NÓBREGA, M. J. Ortografia. Coleção Como eu ensino. São Paulo : Melhoramentos, 2013.

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