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USO CONJUGADO DOS SOFTWARES PLS-CADD


E TOWER EM PROJETOS DE LINHAS DE
TRANSMISSÃO - EXPERIÊNCIA E
METODOLOGIA DA COPEL NA AVALIAÇÃO
ESTRUTURAL DE TORRES

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SUSPENSÃO SOB AÇÃO DO VENTO View project

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XIII ERIAC
DÉCIMO TERCER ENCUENTRO
REGIONAL IBEROAMERICANO DE CIGRÉ
Puerto Iguazú 24 al 28 de mayo de 2009 XIII/PI-B2 -11
Argentina

Comité de Estudio B2 - Líneas Aéreas

USO CONJUGADO DOS SOFTWARES PLS-CADD E TOWER EM PROJETOS DE


LINHAS DE TRANSMISSÃO - EXPERIÊNCIA E METODOLOGIA DA COPEL NA
AVALIAÇÃO ESTRUTURAL DE TORRES

L. S. HATASHITA* J. N. HOFFMANN C. D. V. PEDROSO


COPEL GERAÇÃO E TRANSMISSÃO S.A.
Brasil

Resumo – Este trabalho tem como objetivo apresentar a experiência e a metodologia desenvolvida na
COPEL para o uso conjunto dos softwares Pls-cadd (plotagem automática de torres) e Tower (cálculo
estrutural), permitindo a avaliação da suportabilidade mecânica de estruturas metálicas em projetos de
linhas de transmissão para qualquer condição de utilização, permitindo a consideração de hipóteses de
carregamento atualizadas em função de novos mapeamentos de ventos ou novos critérios de projeto.

Palavras chave: Linha de transmissão, Cálculo Estrutural, Projeto, Otimização, Plotagem Automática,
Fundações

1 INTRODUÇÃO
A COPEL possui aproximadamente 15.000 torres instaladas em seu sistema de transmissão, distribuídas em
cerca de 110 tipos diferentes de estruturas. A maioria foi projetada nas décadas de 60, 70 e 80, sob critérios e
normas técnicas diversos. O grande volume de obras de recapacitações, bem como a utilização de torres
antigas em novas LTs, requer a reavaliação estrutural das mesmas, frente aos novos mapeamentos de ventos,
às normas técnicas e outros critérios vigentes. Com o uso conjugado dos softwares Pls-cadd [1] e Tower [2]
será possível a avaliação estrutural em obras de recapacitações e para projetos de novas LTs, com a
utilização do Gráfico de Aplicação mais apropriado para cada situação de projeto.
1.1 Gráfico de Aplicação
Na locação de estruturas em projetos de LTs, tem-se utilizado "Gráficos de Aplicação" (também conhecidos
como Gráficos de Utilização ou Diagramas de Utilização) de estruturas, que são representações simplificadas
das hipóteses de carregamento, e que são obtidos com mapeamentos de ventos e critérios das normas
técnicas vigentes por ocasião da concepção do projeto da estrutura.
As hipóteses de carregamento caracterizam as principais possibilidades das solicitações mecânicas que cada
estrutura pode estar submetida durante sua vida útil, e durante as fases de construção, montagem e
manutenção.
Deste modo, principalmente quando se utiliza estruturas com projetos antigos, os Gráficos de Aplicação
necessitam de atualização para as normas vigentes, onde muitas vezes se estabelecem critérios diferenciados
de projeto. Num Gráfico de Aplicação encontram-se pré-estabelecidos os tipos de cabos e condições de
tracionamento, pressão de vento, tipo de terreno, critérios de normas técnicas e coeficientes de segurança.
A Figura 1 mostra um Gráfico de Aplicação típico para uma estrutura da COPEL. Para cada condição de
utilização da estrutura obtêm-se um par de valores Vão médio x Vão gravante, sendo que o Pls-cadd
determinará o par que representará a condição otimizada mais econômica, quando da locação das estruturas
no projeto da LT. Nota-se que para este caso, foi considerado o cabo condutor Grosbeak, pára-raios Dotterel,
e velocidades de vento com período de retorno de 150 anos. Mudando-se qualquer uma destas variáveis, o
gráfico já não mais representará mais a condição de uso da estrutura, e não poderá ser utilizado.

*luiz.seiti@copel.com
Figura 1 – Gráfico de Aplicação de uma estrutura típica

Em complemento, existem situações não


previstas nos Gráficos de Aplicação, tais como:

• Torres em ângulos, locadas fora da


bissetriz;
• Derivações ou cabos adicionais;
• Situações de torção nas mísulas: Na
Figura 2, observa-se pelas características
dos vãos adjacentes à estrutura, que esta
poderá sofrer uma torção na mísula
retangular, não prevista no Gráfico de
Aplicação.

Figura 2 – Exemplo de torção na mísula

1.2 Resultados a serem obtidos com o Tower


O software Tower (desenvolvido por Powerline Systems Inc.) permite o cálculo de estruturas de torres de
linhas de transmissão e telecomunicações. São modeladas as barras incluindo parafusos e conexões, com a
finalidade de verificação da suportabilidade mecânica às condições de projeto. Há a possibilidade de
utilização conjunta com o software de locação de estruturas Pls-cadd, o que pode significar um significativo
incremento nas possibilidades de análises de engenharia em projetos de linhas de transmissão.
Com o Tower é possível obter Gráficos de Aplicação para as estruturas, considerando-se hipóteses de
carregamento atualizadas. Para cada hipótese de carregamento e cada tipo de torre devem ser especificados
os dados constantes na Tabela I (caso típico para uma estrutura de circuito duplo com um cabo pára-raios)
Com estas informações, o Gráfico de Aplicação será determinado considerando-se todas as hipóteses
simultaneamente.

2
TABELA I – DADOS DO ARQUIVO COM EXTENSÃO “LIC”

Load Vert. Load Wind Load Back Span Ahead Span Constant Constant
Point Unit Length Unit Lengt Cab.Tension Cab.Tension Vert. Load Wind Load
N/m N/m N N N N
PR 7,7346 15,5100 30375 30375
ESQ SUP 15,3303 24,3686 47955 47955 471 465
ESQ CEN 15,3303 24,3686 47955 47955 471 465
ESQ INF 15,3303 24,3686 47955 47955 471 465
DIR SUP 15,3303 24,3686 47955 47955 471 465
DIR CEN 15,3303 24,3686 47955 47955 471 465
DIR INF 15,3303 24,3686 47955 47955 471 465
2
Wind Pressure (N/m ) = 550
Os dados da tabela são relacionados abaixo:
Load Point – ponto de aplicação da carga; PR – Carga aplicada no pára-raios; ESQ SUP – Condutor
esquerdo superior; ESQ CEN – Condutor central; ESQ INF – Condutor inferior; DIR – Condutores à direita
Vert. Load – Carga vertical por unidade de comprimento nos cabos;
Wind Load – Carga transversal por unidade de comprimento devido ao vento nos cabos;
Back Span – Tração longitudinal no Vão a ré dos condutores e pára-raios;
Ahead Span – Tração longitudinal no Vão a vante dos condutores e pára-raios;
Constant Vert. Load – Carga vertical constante devido ao peso da cadeia de isoladores;
Constant Wind Load – Carga transversal devido a pressão de vento nas cadeias de isoladores;
Wind Pressure – Pressão de Vento (IEC 60826) de 10 minutos a 10m de altura.

Os demais tipos de estruturas considerados na COPEL são: Circuito duplo (CD) com 2 pára-raios; Circuito
simples (CS) triangular com 1 pára-raios; CS triangular com 2 pára-raios e CS horizontal com 2 pára-raios.

Os dados da Tabela I, para cada hipótese e tipo de transmissão, não sendo requerida especialização em
estrutura, são obtidos através de algoritmo cálculo estrutural para esta questão.
desenvolvido pela COPEL, que é executado numa
fase de pré-processamento, desenvolvido em outra
plataforma computacional. Este algoritmo atualiza
os dados da Tabela I de forma automática, quando se
faz uma modificação das premissas de cálculo, tais
como: alteração do tipo de rugosidade do terreno,
velocidade básica do vento, temperatura mínima e
máxima, tração EDS, tipo do condutor e pára-raios.
Quando estas alterações afetam a tração longitudinal
dos cabos, a equação de mudança de estado é
recalculada, a fim de se obter as novas trações.
Após a obtenção do arquivo tipo “LIC” com todas as
hipóteses consideradas, pode-se executar o Tower
com a estrutura em estudo considerando a opção
Create a Method 2 File for Pls-cadd (Figura 3)
obtendo-se assim o arquivo a ser utilizado no Pls-
cadd com o respectivo Gráfico de Aplicação. Este
arquivo fará a interface Pls-cadd e Tower,
permitindo a verificação estrutural via Pls-cadd com
o carregamento mecânico real em cada situação
específica de projeto. Esta tarefa poderá ser
realizada pelo próprio projetista da linha de

3
Figura 3 – Menu do Tower para escolha da opção de Análise
Além deste benefício direto do uso de Pls-cadd e Tower, podem ser obtidos outros resultados, tais como:

§ Análise da suportabilidade mecânica em situações especiais, além do previsto no Gráfico de


Aplicação, no ambiente de projeto do Pls-cadd;
§ Análises pontuais da suportabilidade mecânica de uma estrutura;
§ Cálculo de cargas nas fundações, a partir do projeto do Pls-cadd;
§ Determinação de pesos estimados de torres, para novas hipóteses de carregamento;
§ Verificação de aproximações de cabos em 3D (cabo-torre, cabo-estai, etc);
§ Determinação de ângulos limites para balanço de condutores.

2 TIPOS DE MODELAGEM DE ESTRUTURAS

Pela experiência obtida com o uso destes softwares, constatou-se a necessidade de diferentes modelos de
estruturas, cada qual apropriado para determinada situação:

1) Modelo gerado no Pls-cadd: não requer o uso do Tower;


2) Modelo Simplificado: aplicável em projetos de fundações, não inclui informações das conexões das
barras, podendo ser elaborado de modo rápido e pequeno custo, utilizando por exemplo, mão de
obra de estudantes estagiários de Engenharia;
3) Modelo para Cálculo Estrutural: modelo necessário na análise estrutural para a obtenção de
Gráficos de Aplicação, deve ser elaborado por especialistas em cálculo estrutural;
4) Modelo com Gráfico de Aplicação, para utilização na locação automática de torres no Pls-cadd.

O modelo gerado no Pls-cadd inclui apenas informações básicas tais como altura da estrutura, ângulos de
deflexão, ângulos de balanço, vão médio e vão gravante. Como resultado de avaliação da estrutura pelo Pls-
cadd é determinado o percentual de utilização comparando-se os vãos (médio e gravante) reais utilizados na
locação com os vãos máximos permitidos para cada tipo de estrutura.

O Modelo Simplificado não possui informações de parafusos e conexões, porém são suficientes para a
determinação dos esforços utilizados em projetos das fundações das torres, obtidas de modo rápido e a baixo
custo.

O Modelo para Cálculo Estrutural deverá ser completo, incluindo a correta especificação dos nós,
cantoneiras, parafusos, estais, ligas de aço utilizadas, valores limites, etc e deve conter o carregamento
mecânico previsto na memória de cálculo do projeto da estrutura. Esta modelagem é feita para todas as
alturas previstas no projeto original da torre. Este tipo de modelagem será obtido com a contratação de
especialistas e Anotação de Responsabilidade Técnica pelo serviço executado, e a COPEL poderá utilizar os
resultados deste trabalho em qualquer um dos projetos de LTs.

O Modelo com Gráfico de Aplicação, para uso no Pls-cadd, será obtido através do Tower utilizando-se da
modelagem do cálculo estrutural com inserção das hipóteses de carregamentos atualizadas (arquivo “LIC”),
conforme mencionado na Seção 1.2.

A seguir apresenta-se sugestões de nomeação dos arquivos das estruturas, em função dos tipos de
modelagem:

Modelo gerado no Pls-cadd: s41r_230_susp.223


Modelo Simplificado: s41r_230_susp-22.3 (ms p4 e5).tow
Modelo para Cálculo Estrutural: s41r_230_susp-22.3 (ce p4 e5).tow
Modelo com Gráfico de Aplicação: s41r_230_susp-22.3 (b30dra p4 e5).tow

4
A estrutura representada nestes arquivos é do tipo s41r para 230 kV, altura nominal de 22.3 m, pé de 4 m e
extensão de 5 m. O modelo com Gráfico de Aplicação considera terreno tipo B, VT = 30 m/s (NBR 5422) e
condutor código Drake.

2.1 Estágio das modelagens na COPEL

Para que o uso conjugado Pls-cadd e Tower seja viabilizado é necessário que se obtenha a modelagem para
Cálculo Estrutural para as torres mais utilizadas na COPEL, e se possível para todos os 110 tipos até aqui
utilizados na empresa. O estágio atual dos tipos de modelagem é relacionado abaixo:

• Modelo gerado no Pls-cadd: padrão utilizado atualmente para todos os 110 tipos de torres;
• Modelo Simplificado: 900 torres modeladas que representam 51 tipos de torres, em suas diversas
combinações de extensão, pernas e alturas;
• Modelo para Cálculo Estrutural: 117 torres modeladas (8 tipos) mais 11 tipos já contratados através
de licitação;
• Modelo com Gráfico de Aplicação: os estudos para a utilização deste tipo de modelagem já foram
finalizados, e a implementação prática do trabalho encontra-se iniciada.

Uma vez obtida a modelagem para Cálculo Estrutural de um tipo de estrutura, o respectivo Modelo
Simplificado poderá deixar de ser utilizado já que o primeiro é de aplicação mais genérica.
2.2 Tipos de contratação de modelagens
A elaboração de modelagens simplificadas tem produtividade da ordem de um tipo de torre por semana,
considerando as várias alturas da estrutura. Estas modelagens são importantes devido à rapidez de sua
obtenção e deste modo atende as necessidades para projetos de fundações de torres.
Quanto à modelagem para Cálculo Estrutural tem-se verificado um custo médio de R$ 10.000 por tipo de
torre, cuja contratação poderá ocorrer da seguinte forma:

a) Contratação de consultoria especializada, por meio de licitação;


b) Contratação juntamente com o projeto básico no caso de LT de leilão da Aneel;
c) Contratação juntamente com a aquisição de estruturas.

3 PADRONIZAÇÕES NECESSÁRIAS
Devido à necessidade de compatibilização da interface Pls-cadd/Tower, tanto para cálculo estrutural como
para dimensionamento de fundações, serão necessárias as seguintes padronizações:

3.1 Padronização do nome dos arquivos das estruturas

Em função das diferentes modelagens, o nome dos arquivos das estruturas foram padronizados conforme já
apresentado na Seção 2. Os seguintes exemplos ilustram a padronização sugerida:

Sendo:

§ Modelo Simplificado: estrutura tipo ea1, 230 kV, susp – suspensão, 27,5 – altura da torre, em m,
ms – modelo simplificado, p – altura do pé da torre, em m, e – altura da extensão, em m.
§ Modelo para Cálculo Estrutural: estrutura tipo ea1, 230 kV, susp – suspensão, 27,5 – altura da
torre, em m, ce – cálculo estrutural, p – altura do pé da torre, em m, e – altura da extensão, em m.
5
§ Modelo com Gráfico de Aplicação: estrutura tipo ea1, 230 kV, susp – suspensão, 27,5 – altura da
torre, em m, b30dra – tipo de terreno, velocidade de vento e cabo condutor, p – altura do pé da
torre, em m, e – altura da extensão, em m.

3.2 Padronização da numeração dos sets (conjuntos de cabos para o Pls-cadd)

Foi considerado um set por cabo condutor ou pára-raios. Justifica-se a adoção de um set por cabo pelos
seguintes motivos:

§ Projetos de recapacitação de LTs com condições diferenciadas de tracionamento de condutores;


§ Utilização de cadeias tipo I juntamente com cadeias tipo V no mesmo circuito;
§ As torres de ancoragem com mísula retangular deverão ter sets diferenciados para o cabo a ré e
cabo a vante, pois o ponto de chegada do cabo é diferenciado na torre.

Para facilitar o lançamento de cabos no Pls-cadd, deve-se adotar números ímpares de sets para cabos a ré, e o
número par para o cabo a vante correspondente.

Exemplos de numeração por tipo de estrutura:

Figura 4 – Especificação típica de sets para torres de suspensão

Figura 5 –Especificação típica de sets para torres de ancoragem (R=ré, V=vante)

6
4 EXEMPLO DE UTILIZAÇÃO DO PLS-CADD E TOWER PARA CÁLCULO ESTRUTURAL

Para a utilização conjunta dos softwares deve-se considerar as seguintes premissas:


a) Caso pretenda-se fazer locação automática (Optimum Spotting), serão necessários arquivos das estruturas
modelados no Tower, com Gráfico de Aplicação conforme descrito na Seção 2. Para a obtenção deste
arquivo será necessário especificar previamente todas as hipóteses de carregamento no Tower.
b) Para verificações estruturais específicas após executado o projeto no Pls-cadd, será necessário
especificar as hipóteses de carregamento no Pls-cadd, em Criteria/StructureLoads. Versões mais
recentes do software permitem incluir todas as hipóteses usuais (ventos conforme IEC 60826 dentre
outras normas, cabos rompidos, etc) com os respectivos fatores de segurança.

Os seguintes passos são usualmente necessários no desenvolvimento do projeto com possibilidades de


execução de cálculo estrutural:
a) Carregar no projeto do Pls-cadd, os arquivos das estruturas modeladas com Gráfico de Aplicação, em
Structures/Available Structure List/ Add/Del, e executar o projeto de locação no modo usual, com
Structure/Automatic Spotting/Optimum Spotting.
b) O projeto será executado considerando todos os sets com o número 1, padronizados para o cabo mais
baixo conforme acima descrito. Em particular, para as estruturas de ancoragem iniciais do tramo será
necessário ajustar a conexão do cabo para o set par correspondente (vão a vante). Isto é feito com o
comando Sections/Modify, onde escolhe-se o tramo e em seguida Edit Stringing.
c) Lançar demais cabos e proceder ao ajuste de sets em cada um deles, conforme acima. Com todos os
cabos lançados, já será possível obter as cargas mecânicas para o dimensionamento das fundações,
conforme seção 5 a seguir.
d) Caso necessário, poderá ser feita a verificação estrutural de qualquer torre do projeto. Para tal, pressiona-
se F1 e escolhe-se Use Method 4. Em seguida, Structures/Check e escolhe-se a torre desejada. O Tower é
executado automaticamente e devolverá os resultados ao Pls-cadd na forma de relatórios e visualmente,
conforme ilustração da Figura 6 abaixo. Este passo somente será necessário para analisar situações de
projeto não previstas no Gráfico de Aplicação da estrutura, como por exemplo utilização fora da
bissetriz, torção nas mísulas, cabos em derivação ou alguma outra hipótese de carregamento específica.
Em condições normais não será necessária esta etapa pois os limites de utilização da estrutura já estarão
previstos no Gráfico de Aplicação.

FIGURA 6 - Exemplo de verificação estrutural - barras em vermelho indicando sobrecarga


7
5 EXEMPLO DE UTILIZAÇÃO DO PLS-CADD E TOWER PARA DIMENSIONAMENTO DE
FUNDAÇÕES

A utilização conjunta dos softwares também é útil para a obtenção dos esforços e momentos necessários ao
projeto das fundações das estruturas. Para isto, o projeto deve conter estruturas que tenham sido modeladas
no Tower, podendo ser utilizado o modelo de Gráfico de Aplicação, modelo de Cálculo Estrutural ou mesmo
o Modelo Simplificado, conforme descritos na Seção 2. Necessita-se que as hipóteses de carregamento
estejam especificadas em Criteria/StructureLoads. Pelo fato do Tower fazer uma análise de segunda ordem
da estrutura, os esforços calculados para o projeto de fundações são mais precisos.
Na prática, escolhe-se F1 com a opção Use Method 4 e em seguida Structures/Check, escolhe-se a estrutura
desejada e depois escolhe-se Report (Short). Os valores dos esforços e momentos sobre os pontos de apoio
das pernas e/ou estais, necessários para os projetos das fundações, estarão na tabela Summary of Joint
Support Reactions For All Load Cases .
Até que se obtenha todas as estruturas modeladas com Gráfico de Aplicação, certamente haverá projetos com
modelagens mistas, ou seja, algumas torres com a modelagem obtida no Pls-cadd, outras com Modelo
Simplificado, modelo de Cálculo Estrutural e/ou com Gráfico de Aplicação. Nestes casos, pequenos
programas utilitários podem ser úteis, que permitam a substituição de textos em blocos de arquivos ASCII,
tais como o shareware Batch Text Replacer (http://www.brinesoft.com). Basicamente será necessária a
substituição do caminho e do nome da estrutura modelada, sobre os arquivos de extensão DON e STR
gerados no Pls-cadd. Após a substituição em bloco de todas as estruturas, o Pls-cadd carregará
automaticamente as novas modelagens, procedendo-se em seguida como acima descrito.

6 CONCLUSÕES

Foi apresentada a experiência da COPEL com a utilização de software de projeto de linhas de transmissão
(Pls-cadd) conjuntamente com um software de cálculo estrutural (Tower) para a avaliação da suportabilidade
mecânica e projetos de fundações de torres de linhas de transmissão.
Foram apresentadas as possibilidades de análises dos problemas típicos de engenharia, e os procedimentos
sugeridos para a implementação prática desta técnica nas empresas de projeto.
A utilização conjunta destes softwares proporciona um sensível aumento nas possibilidades de análises de
engenharia em projetos de linhas de transmissão, permitindo uma verificação rápida e otimizada da
suportabilidade mecânica e dos esforços para os projetos das fundações das torres frente aos requisitos das
normas técnicas vigentes, permitindo também a consideração de mapeamentos atualizados de ventos e
critérios de projetos revisados.
Esta metodologia possibilita a ampliação do campo de atuação dos especialistas em cálculo estrutural, tendo
em vista ser imprescindível que a modelagem computacional para cálculo estrutural das torres seja feita por
consultores especializados.
Com o uso conjugado dos softwares Pls-cadd e Tower será possível a avaliação estrutural em obras de
recapacitações e para projetos de novas LTs com a utilização do Gráficos de Aplicação mais apropriado para
cada situação de projeto.

7 REFERÊNCIAS

[1] Otimização De Projetos De Linhas De Transmissão Em Ambiente Computacional Com Interface


Amigável (Software Pls-Cadd) - J.N.Hoffmann, Xiv Snptee, 1997

[2] Transmission Tower Modelling - George T. Watson, ttp://www.powline.com/contrib/EfficientTower.pdf

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