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LGBTQIAP+

Revolta de Stonewall

A Revolta de Stonewall se tornou o marco mais representativo das lutas


pelos direitos LGBTQIAP+. Em 1969, os frequentadores do bar Stonewall Inn, em
Nova York, decidiram se rebelar contra a opressão policial que frequentemente
assolava o público do lugar.

Naquele tempo, não ser heterossexual era crime nos Estados Unidos. Nas
ruas de Nova York, quem não vestisse pelo menos três peças de roupa
“apropriadas ao seu gênero” poderia ser preso. Também proibia a venda de álcool
para estabelecimentos considerados gays.
Quem viu nisso uma oportunidade de negócio foi a máfia italiana. Em
1966, Tony Lauria, conhecido como Fat Tony, comprou o então restaurante
localizado no bairro de Greenwich Village e o transformou no bar Stonewall Inn. O
poderoso chefão pagava até 1200 dólares por mês para evitar a fiscalização e
vendia bebidas aguadas a um preço exorbitante.

“Quando as pessoas entravam no Stonewall, elas podiam andar de mãos dadas,


se beijar e, o mais importante, era possível dançar."

Depois do dia 28 de junho de 1969, mostrar-se passou a ser a forma mais


eficaz de se defender. Diferente de outros dias em que apareciam mais cedo,
quando o bar estava menos cheio, naquele dia, os policiais surgiram num horário
de maior movimento — desrespeitando o acordo com os mafiosos. Segundo os
frequentadores, a polícia entrou ameaçando prender os empregados por vender
bebidas ilegais e prendendo vários clientes por conta das vestimentas
“inapropriadas”. O público (incluindo o do lado de fora do bar) reagiu
violentamente, fazendo provocações e atirando qualquer objeto que estivesse à
mão.
Em 1970, 10 mil pessoas se reuniram para comemorar um ano da
revolta. A partir de então, movimentos organizados surgiram, como a Frente
de Libertação Gay, nos EUA. Atualmente, todos os anos, em milhares de
cidades do mundo, acontecem as paradas, e o dia 28 de junho foi
estabelecido como o Dia do Orgulho LGBTQIA+.
A BANDEIRA
LGBTQIAP+
"A bandeira LGBTQIAP+, que
agrega todas as cores como
significado de inclusão, foi
idealizada pelo designer Gilbert
Baker e apresentada ao público
em junho de 1978, dez anos
após Stonewall, durante uma
das Paradas do Orgulho
LGBTQIA+.
O projeto inicial tinha as seguintes cores e significados:
Rosa: sexualidade.
Vermelho: vida.
Laranja: cura. Durante a epidemia de HIV/aids, na década
de 1980 e início de 1990, que atingiu de forma
Amarelo: luz do Sol. aguda a população LGBTQIAP+, sobretudo trans e
gays, chegou-se a colocar o preto na bandeira,
Verde: natureza. simbolizando o luto por tantas vidas perdidas e o
alerta quanto à saúde dessa população.
Turquesa: mágica/arte.
Anil: harmonia/serenidade.
Violeta: espírito humano.
A nova bandeira tem sido usada desde 2021. Sobre as cores da tradicional bandeira
arco-íris foram inseridas as linhas preta e marrom representando pessoas negras e não-
brancas. As linhas turquesa, rosa e branca são as cores da bandeira transexual, já o triângulo
amarelo com o círculo roxo rementem a comunidade intersexual.
02
LÉSBICA NÃO-BINÁRIO TRANSEXUAL

BISEXUAL PANSEXUAL GÊNERO FLUÍDO


atração sexual e/ou
romântica de quem se interessa
por pessoas, independente da
sua orientação sexual ou do
gênero.
02
QUEER INTERSEXO POLISSEXUAL
Pessoas que se identificam refere-se a um conjunto amplo de simboliza aqueles que sentem
como queer são aquelas que não se variações dos corpos tidos como atração romântica e/ou sexual
identificam com os padrões de masculinos e femininos. por vários gêneros.
gênero.

POLIAMOR AGÊNERO ASSEXUAL


Pessoas agênero não se Pessoas assexuais são as que
identificam com nenhum não tem interesse sexual de
gênero. nenhum tipo.
DIREITOS
Direitos foram conquistados reforçando a
importância do combate ao preconceito na
busca por igualdade.

● União Estável
● Casamento Civil
● Detentas
● Transfobia e homofobia
● Identidade de gênero
● Doação de sangue
● Adoção
“Amor não é doença, é cura
Não é só close, é luta
Então vê se me escuta
Aceita, atura ou surta!”

—Quebrada Queer
Desde 2019, a homofobia é
criminalizada no Brasil. A
determinação está atrelada à Lei de
Racismo (7716/89), que hoje prevê
crimes de discriminação ou
preconceito por “raça, cor, etnia,
religião e procedência nacional”. A
prática da lei contempla atos de
“discriminação por orientação sexual e
identidade de gênero”. Por isso, ainda
que usado o termo de homofobia para
definir essa lei, todas as outras
pessoas LGBTQIAP+ são
contempladas.

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