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SUMÁRIO:
I – SÍMBOLO DO CORRETOR
II – COFECI X CRECIS
III – CRECIS X SINDICATOS
IV – DOS DEVERES DOS CORRETORES DE IMÓVEIS
V - DOS DIREITOS DOS CORRETORES DE IMÓVEIS
V-a) - DOS HONORÁRIOS
VI - DA RESPONSABILIDADE CIVIL DO CORRETOR DE IMÓVEIS:
VI.a) - SOB A ÓTICA DO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO – lei 10.460/2002
VI.a.a – TEXTO DA LEI 10.460/2002
VI.b) – SOB A ÓTICA DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR – LEI Nº 8.078
DE 11.09.1990
VII – DO DIREITO DO COMPRADOR AO DESCONTO NOS EMOLUMENTOS NO REGISTRO
DE 1º FINANCIAMENTO PELO SFH
VIII - DAS ARRAS (OU SINAL E PRINCÍPIO DE PAGAMENTO) SÃO REGULADAS PELOS
ARTIGOS 417 A 420 DO CÓDIGO CIVIL
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X - DO CONTRATO PARTICULAR DE COMPRA E VENDA DE IMÓVEIS:
XII.b) - ESTELIONATO:
XIII.a) – DIFAMAÇÃO
XIII.b) – INJÚRIA
XIII.c) – CALÚNIA
XIII – CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL (Resolução COFECI nº 326/92).
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CARTILHA DO CORRETOR DE IMÓVEIS
II – COFECI X CRECIS
Os Conselhos Regionais de Corretores de Imóveis, pessoas jurídicas de
direito público, são órgãos integrantes do Sistema COFECI/CRECI, com poderes
para fiscalizar, orientar e disciplinar o exercício da profissão de Corretor de
Imóveis em cada Estado do território nacional, além de representar, nos limites
de sua competência e abrangência, com autonomia administrativa, operacional
e financeira, em juízo ou fora dele, os legítimos interesses de seus respectivos
inscritos.
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Embora tendo que autogerir-se, como qualquer autarquia federal, suas
receitas e despesas estão sujeitas à fiscalização do Tribunal de Contas da União
- TCU.
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constitui exercício ilegal de profissão ou atividade, previsto no capítulo VI,
artigo 47 da Lei das Contravenções Penais, que diz:
“Exercer profissão ou atividade econômica ou anunciar que a
exerce, sem preencher as condições a que por lei está subordinado
o seu exercício: Pena – prisão simples de 15 (quinze) dias a 3
(três) meses, ou multa.”
Por sua vez o artigo 4º do Decreto 81.871/78 preconiza que:
“O número da inscrição do Corretor de Imóveis ou da Pessoa
Jurídica constará obrigatoriamente de toda propaganda, bem
como de qualquer impresso relativo à atividade profissional.”
Da mesma forma, aduz o referido diploma:
Artigo 34 – “O pagamento da anuidade ao Conselho Regional
constitui condição para o exercício da profissão de Corretor de
Imóveis e da pessoa jurídica.”
Artigo 38, XI - “Constitui infração disciplinar da parte do Corretor
de Imóveis: deixar de pagar contribuição ao Conselho Regional.”
A Resolução COFECI nº 1.383/2016, em seu artigo 1º define que: “a suspensão
de inscrição por falta de pagamento da anuidade ao Conselho Regional
constitui medida de caráter meramente administrativo e, quando imposta,
como tal deve ser processada, sem qualquer limitação temporal, no âmbito do
próprio Conselho Regional, sem remessa ao Conselho Federal, exceto em caso
de recurso voluntário, até que se produza o devido e negligenciado pagamento.
Parágrafo Único: Nada impede que, decorrido prazo estabelecido a
critério do Conselho Regional, sem que haja o pagamento das anuidades
devidas, seja instaurado e processado o competente Processo Administrativo
Disciplinar, cuja pena aplicável é a multa nos termos da lei.
De acordo com o Decreto nº 81.871/78 em seu artigo 38 – Constitui infração
disciplinar da parte do Corretor de Imóveis:
I – transgredir normas de ética profissional;
II – prejudicar, por dolo ou culpa, os interesses que lhe forem confiados;
III – exercer a profissão quando impedido de fazê-lo ou facilitar, por
qualquer meio, o seu exercício aos não inscritos ou impedidos;
IV – anunciar publicamente proposta de transação a que não esteja
autorizado através de documento escrito;
V – fazer anúncio ou impresso relativo a atividade profissional sem
mencionar o número de inscrição;
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VI – anunciar imóvel loteado ou em condomínio sem mencionar o
número do registro do loteamento ou da incorporação no Registro de
Imóveis;
VII – violar o sigilo profissional;
VIII – negar aos interessados prestações de contas ou recibo de
quantia ou documento que lhe tenham sido entregues a qualquer
título;
IX – violar obrigação legal concernente ao exercício da profissão;
X – praticar, no exercício da atividade profissional, ato que a Lei defina
como crime ou contravenção;
XI – deixar de pagar contribuição ao Conselho Regional;
XII – promover ou facilitar a terceiros transações ilícitas ou que por
qualquer forma prejudiquem interesses de terceiros;
XIII – recusar a apresentação de Carteira de Identidade Profissional,
quando couber.
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do profissional.
No caso de imóveis que dependem de Financiamento junto aos agentes
financiadores, o Corretor de Imóveis tem que ter a prudência de aguardar
a aprovação da Carta de Crédito e até mesmo a assinatura do Contrato de
Compra e Venda com força de Escritura Pública junto ao agente financiador,
para receber seus honorários.
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2. A informação é outro importante dever, que está expresso na
Lei de Proteção ao Consumidor, onde o Corretor tem a obrigação de,
espontaneamente, fornecer toda e qualquer informação que possa influir
na realização do negócio, bem como sobre a segurança e riscos do mesmo,
sob pena de responder por perdas e danos;
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Art.727: “Se, por não haver prazo determinado, o dono do negócio
dispensar o Corretor, e o negócio se realizar posteriormente, como
fruto da sua mediação, a corretagem lhe será devida; igual solução
se adotará se o negócio se realizar após a decorrência do prazo
contratual, mas por efeito dos trabalhos do Corretor.”
Art.728: “Se o negócio se concluir com a intermediação de mais de um
corretor, a remuneração será paga a todos em partes iguais, salvo
ajuste em contrário.”
Art.729: “Os preceitos sobre corretagem constante deste Código não
excluem a aplicação de outras normas da legislação especial.”
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Nesse caso, o Corretor de Imóveis será responsável por eventuais
danos que venha a causar por ação ou omissão, nos termos do parágrafo
único do artigo 723 do Código Civil:
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O desconto de 50% incide sobre a totalidade dos emolumentos devidos,
sendo obrigação do Cartório de Registro de Imóveis informar ao consumidor
os requisitos da concessão previsto na Lei. O consumidor faz jus ao desconto
mesmo que a primeira aquisição financiada pelo SFH seja contratada com
garantia em alienação fiduciária.
É devida a devolução em décuplo do valor cobrado em excesso do
consumidor, quando houver dolo, má fé ou erro grosseiro no indeferimento
do desconto do art. 290 da Lei 6015/73, por parte do titular do Cartório de
Registro de Imóveis. Quando houver o indeferimento, ainda que parcial do
desconto, desrespeitando as interpretações judiciais, deve o consumidor
protocolar reclamação no Fórum da Comarca (Vara do Juiz Corregedor do
Cartório de Registro de Imóveis), buscando a devolução do valor cobrado
em excesso, na forma do art. 42, parágrafo único do Código de Defesa do
Consumidor, que se aplica à atividade registral, conforme jurisprudência
do STJ (STJ - Res 1.163.652. Rel. Ministro Herman Benjamin, 2ª T, DJ 01/07/10).
Da mesma forma, o Consumidor que assinar declaração falsa de
primeira aquisição de imóvel pelo SFH para auferir ao desconto, será
enquadrado civil e criminalmente.
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Art. 417. Se, por ocasião da conclusão do contrato, uma parte der à outra,
a título de arras, dinheiro ou outro bem móvel, deverão as arras, em
caso de execução, ser restituídas ou computadas na prestação devida,
se do mesmo gênero da principal.
Art. 418. Se a parte que deu as arras não executar o contrato, poderá
a outra tê-lo por desfeito, retendo-as; se a inexecução for de quem
recebeu as arras, poderá quem as deu haver o contrato por desfeito, e
exigir sua devolução mais o equivalente, com atualização monetária
segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, juros e honorários
de advogado.
Art. 419. A parte inocente pode pedir indenização suplementar, se provar
maior prejuízo, valendo as arras como taxa mínima. Pode, também, a
parte inocente exigir a execução do contrato, com as perdas e danos,
valendo as arras como o mínimo da indenização.
Art. 420. Se no contrato for estipulado o direito de arrependimento
para qualquer das partes, as arras ou sinal terão função unicamente
indenizatória. Neste caso, quem as deu perdê-las-á em benefício da
outra parte; e quem as recebeu devolvê-las-á, mais o equivalente. Em
ambos os casos não haverá direito a indenização suplementar.
- Das locações
- Das sublocações
- Dos aluguéis
- Dos deveres do locador e do locatário
- Do direito de preferência
- Das benfeitorias
- Das garantias locatícias
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- Das penalidades criminais e civis
- Das nulidades
- Da locação residencial
- Das locações para temporada
- Das locações não residenciais
- Dos Procedimentos
- Das Disposições Gerais
- Das Ações de Despejo
- Das Ações de Consignação de Aluguel e Acessórios da Locação
- Da Ação Revisional de Aluguel
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de vistoria, anotando o que não estiver em acordo com o apresentado no laudo
e levar ao locador, ou à administradora do imóvel, para que tais informações
passem a fazer parte integrante – como um laudo crítico – do laudo de vistoria
original, evitando assim, um consideravel e sempre oneroso atraso no momento
da devolução do imóvel. Aconselha-se também a fazer fotos do imóvel no
momento da entrega das chaves, para compará-las quando da devolução do
mesmo.
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Na hipótese do Promitente Vendedor se recusar a celebrar o contrato
definitivo e desde que não exista cláusula de arrependimento no Contrato, ao
Promitente Comprador restarão as seguintes opções:
a) Pode o comprador exigir, através de uma obrigação de fazer, que o
Vendedor celebre o contrato definitivo, com fulcro no artigo 463 do CCB;
b) Poderá o juiz suprir a vontade da parte inadimplente, conferindo caráter
definitivo ao contrato preliminar, conforme disposto no art. 464 do CCB, se
esgotado o prazo estipulado na ação de obrigação de fazer;
c) Caso o estipulante não der execução ao contrato preliminar, poderá
o Promitente Comprador considerá-lo desfeito, pedindo perdas e danos,
conforme prevê o artigo 465 do CCB;
d) Por Adjudicação Compulsória Extrajudicial, que é a inovação trazida pela
Lei nº 14.382/2022 que permite ao Comprador de imóvel registrá-lo em seu nome,
nas hipóteses em que o Vendedor descumprir o Contrato, falecer, for declarado
ausente ou civilmente incapaz ou estiver em localização incerta ou não sabida,
ou, tratando-se de pessoa jurídica, for extinta. Para tanto o adquirente deverá ser
assistido por advogado ou defensor público constituído, mediante procuração
com poderes específicos.
No mês de setembro de 2023 CNJ (Conselho Nacional de Justiça)
publicou o Provimento nº 150/2023, que traça as diretrizes para a
regulamentação da Adjudicação Compulsória Extrajudicial. Com esta
medida, os Cartórios de todo Brasil passam a contar com procedimento
comum para registro de imóveis nos casos em que o Comprador se vê
impedido de fazê-lo pelo descumprimento de obrigações contratuais
por parte do Vendedor do imóvel, sem precisar recorrer ao Poder
Judiciário.
Pelos fatos acima expostos, é que verificamos que quem não registra não
é dono e pode ter surpresas desagradáveis em função dessa inobservância da
lei.
Quando se averba na matrícula do imóvel o Compromisso de Compra
e Venda, existirá um direito real de aquisição do bem imóvel em favor do
Promitente Comprador
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XI - DAS TIPIFICAÇÕES PENAIS
XI.b) - ESTELIONATO:
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Diferente da apropriação indébita, no estelionato, o agente já tem
o animus de apropriar-se de quantia ou do objeto, por isso, emprega meio
fraudulento para induzir a vítima a erro, a fim de obter vantagem causando
prejuízo a outrem.
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intencionadas, que usam a internet para roubar informações pessoais e
financeiras dos usuários, denegrir imagens, difamar, ofender e caluniar, achando
que ficarão impunes.
XII.a) - DIFAMAÇÃO:
XII.b) - INJÚRIA:
XII.c) - CALÚNIA:
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Logo, o autor do delito de calúnia pratica tal crime quando narra uma conduta
certa, determinada e também prevista como criminosa, imputando ao caluniado sua
autoria, mesmo ciente da falsidade da acusação.
O Código de Ética Profissional tem por objetivo fixar a forma pela qual
deve se conduzir o Corretor de Imóveis, quando do exercício profissional
(art. 1º Res. COFECI nº 326/92).
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Nota-se que a função do Corretor de Imóveis não se resume apenas em
aproximar comprador e vendedor, mas vai muito além, pois um dos grandes
deveres de sua atividade é o de prestar informações rigorosamente corretas,
pautadas pela diligência e pela prudência, a fim de evitar negócios imobiliários
que possam ser futuramente anulados por questões que sabia, ou deveria
saber, serem ilegais, injustas ou imorais.
Por outro lado, fica evidenciado que o profissional não responde pelo
cumprimento das obrigações assumidas pelas partes (comprador e vendedor,
locador e inquilino), tais como o pagamento das parcelas, o pagamento dos
aluguéis, a entrega do imóvel ou a solidez estrutural, mas isso não significa que
possa, por exemplo, ocultar detalhes que depreciam o imóvel negociado, aliás,
isso é expressamente vedado.
Em alguns casos o Código de Defesa do Consumidor (CDC) também pode
ser aplicado, mas precisa ser avaliada a forma de atuação do Corretor, bem
como quem está adquirindo o imóvel e a destinação que será dada ao mesmo.
Apesar do Código de Defesa do Consumidor também exigir a comprovação
da culpa do profissional, há a vantagem da inversão do ônus da prova, que
transfere ao Corretor a obrigação de provar que não agiu contrário ao Código
de Ética ou à lei, bem como haverá presunções em favor do consumidor, por ser
considerado a parte mais frágil da relação.
Um cuidado especial que os Corretores devem ter é com a propaganda
para venda ou locação do imóvel. O CDC considera enganosa a publicidade
inteira ou parcialmente falsa, capaz de induzir a erro o consumidor sobre a
natureza, características, qualidade e quantidade do imóvel ofertado, dizendo
ainda que toda informação integra o contrato que vier a ser celebrado, ou seja,
o consumidor poderá exigir aquilo que foi anunciado.
Para se resguardar, antes de fazer qualquer anúncio, deve o Corretor
adquirir o hábito de ter uma declaração assinada pelo proprietário do imóvel
dizendo que todas aquelas informações são verdadeiras. Claro que isso
não afasta sua responsabilidade perante o consumidor, mas, em eventual
condenação a indenizar, o Corretor poderá cobrar o prejuízo do proprietário que
prestou aquelas informações.
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XV - O PROCESSO DISCIPLINAR É ORIUNDO DE:
I – Auto de Infração;
II – Termo de Representação.
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tratamento de dados feito por pessoa física ou jurídica de direito público ou
privado e engloba um amplo conjunto de operações efetuadas em meios
manuais ou digitais.
Sua aplicação está relacionada à pessoa (brasileira ou não), que esteja
no Brasil, no momento da coleta, cujos dados sejam tratados dentro do território
nacional, independentemente do meio aplicado, do país-sede do operador
ou do país onde se realizam os dados; usados para fornecimento de bens ou
serviços.
FUNDAMENTOS DA LGPG:
1. PRIVACIDADE E INTIMIDADE – o respeito à privacidade, ao assegurar os
direitos fundamentais de inviolabilidade da intimidade, da honra, da imagem e
da vida privada.
2. LIBERDADE E AUTODETERMINAÇÃO – a autodeterminação informativa, ao
expressar o direito do cidadão ao controle, e assim, à proteção de seus dados
pessoais e íntimos.
3. DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO - o desenvolvimento econômico e
tecnológico e a inovação, à partir da criação de um cenário de segurança
jurídica em todo o país.
4. CONCORRÊNCIA E DEFESA DO CONSUMIDOR - a livre iniciativa, a livre
concorrência e a defesa do consumidor, por meio de regras claras e válidas
para todo o setor privado.
5. CIDADANIA E DIGNIDADE - os direitos humanos, o livre desenvolvimento
da personalidade, a dignidade e o exercício da cidadania pelas pessoas.
ABRANGÊNCIA DA LGPD:
Sem que nos apercebamos a todos os momentos e locais são utilizados
tratamento de dados pessoais de indivíduos. Por exemplo quando um gestor
público administra folhas de pagamentos, isso é tratamento de dados
pessoais; a ação de um comerciante que envia promoções por e-mail também
é tratamento de dados; o ato de publicar uma foto ou de deletar documentos
em uma rede social; quando se faz gravações em vídeo do movimento nos
corredores de um shopping; quando uma loja virtual armazena os endereços IP
de seus clientes, tudo isso é tratamento de dados.
MODELO DE CLÁUSULAS SUGERIDAS PARA OS PROFISSIONAIS IMOBILIÁRIOS
INSERIREM NOS CONTRATOS PARTICULARES DE VENDA E COMPRA E/OU
CONTRATOS DE LOCAÇÃO:
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EXEMPLO: CLÁUSULA Nº
Com base na Lei n° 13.709/2018 - Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais
(LGPD) os PROMITENTES COMPRADORES (ou LOCATÁRIOS) declaram sob todos
os termos da legislação que, de forma livre, CONSENTIRAM em informar seus
dados pessoais para a execução do contrato e procedimentos preliminares,
nos termos do art. 7º, inciso V, do referido diploma legal, com a finalidade de
se realizar a prévia análise cadastral para emissão das respectivas certidões
junto aos órgãos públicos fiscais, judiciário, notarial, registral, entre outros que
se façam eventualmente necessários, observada a finalidade ora descrita, e a
confecção do presente instrumento, respeitados, ainda, a boa-fé e os princípios
previstos no art. 6º da LGPD.
§ PRIMEIRO:
Em cumprimento à referida legislação, as partes envolvidas na
negociação, obrigam-se, mutualmente, a respeitar a privacidade uns dos
outros, comprometendo-se a proteger e manter em sigilo, conforme art. 46 da
LGPD, os dados pessoais e sensíveis fornecidos pelos mesmos em função deste
contrato, salvo os casos em que sejam obrigados, por autoridades públicas, a
revelar tais informações a terceiros, de dispensa de consentimento previstos
em lei ou nas hipóteses convencionadas neste instrumento.
§ SEGUNDO:
Os PROMITENTES COMPRADORES (ou LOCATÁRIOS) declaram estar
cientes e concordam que os termos, informações e dados pessoais contidos
neste instrumento serão repassados a empresas e profissionais responsáveis
pelos lançamentos contábeis e fiscais, sobretudo, para instituições financeiras,
Receita Federal, Estadual e Municipal e, posteriormente, serão também
encaminhados para a administradora de condomínio, tabelionato e fólio
imobiliário competente, para fins de transferência da posse (e/ou propriedade)
do imóvel objeto deste contrato, a fim de viabilizar o cumprimento de toda e
qualquer obrigação legal ou regulatória inerente à finalidade deste contrato,
conforme autoriza o art. 7º, inciso II, da LGPD.
Nos termos do art. 7º, inciso VI, da LGPD, os PROMITENTES VENDEDORES
(ou LOCADORES), estão autorizados a realizar o tratamento de dados pessoais
dos PROMITENTES COMPRADORES (ou LOCATÁRIOS) para assegurar o exercício
regular de direitos em processo judicial, administrativos ou arbitrais que
possam decorrer do presente contrato e, com base no art. 7º, inciso IX, da LGPD,
a ostentar legítimo interesse em armazenar, acessar, avaliar, tratar, transferir,
compartilhar e comunicar sob qualquer forma e por tempo indeterminado, até
que se configure necessário, todos e quaisquer contratos, e-mails, mensagens
por aplicativos, cartas e demais documentos relativos ao objeto deste contrato.
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XVII – DO COAF
É obrigatória a Declaração Anual junto ao COAF – Conselho de Controle de
Atividades Financeiras, órgão administrativo brasileiro criado pela Lei 9.613/98
e reestruturado pela Lei 13.974/20, que integra o Sistema Brasileiro de Inteligência
(SISBIN), que faz parte da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e
à Lavagem de Dinheiro (ENCCLA). O COAF é vinculado administrativamente
ao Banco Central do Brasil, dotado de autonomia técnica e operacional, com
atuação em todo o território nacional.
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Luisa Carneiro
1º Vice-presidente do CRECI-PA,
CONSELHEIRA FEDERAL SUPLENTE,
25 ANOS COMO CONSELHEIRA ESTADUAL EFETIVA,
30 ANOS COMO CORRETORA DE IMÓVEIS,
AVALIADORA IMOBILIÁRIA,
ADVOGADA,
SOCIÓLOGA.
luisa.carneiro@hotmail.com
91 9982-7407