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A CIRP
CIRP - Cédula de Identidade de Regularidade federal, controladores do exercício profissional.
Profissional Órgãos controladores do exercício profissio-
Lei nº 6.206 de 07/05/1975 nal de Corretor de Imóveis criado por lei federal:
Artigo 1º. É válida em todo o Território Nacio- Conselho Federal de Corretores de Imóveis – CO-
nal como prova de identidade, para qualquer efei- FECI e Conselhos Regionais de Corretores de Imó-
to, a carteira emitida pelos órgãos criados por lei veis - CRECIs.

QUEM PODE SER CORRETOR DE IMÓVEIS


Lei nº 6.530, de 12 de maio de 1978: regulamenta a profissão
de Corretor de Imóveis e disciplina o funcionamento de seus órgãos
de fiscalização.
Decreto nº 81.871, de 29 de junho de 1978: regulamenta a Lei
nº 6.530/78.
Artigo 1º: O exercício da profissão de Corretor de Imóveis, em todo
o território nacional somente será permitido:
I - ao possuidor do título de Técnico em Transações Imobiliárias, ins-
crito no Conselho Regional de Corretores de Imóveis da jurisdição; ou
II - ao Corretor de Imóveis inscrito nos termos da Lei nº 4.116, de 27
de agosto de 1962, desde que requeira a revalidação da sua inscrição.

Resolução COFECI n° 695/2001:

Art. 1º - Considerar equiparados ao título de Téc- nº 612, de 12 de abril de 1999, por Instituições de
nico em Transações Imobiliárias para fins de inscrição Ensino Superior devidamente autorizadas e reconhe-
nos Conselhos Regionais de Corretores de Imóveis, cidas pelas autoridades educacionais competentes.
os Diplomas conferidos a concluintes de Cursos de Art. 2º – Os Diplomas referidos nesta Reso-
Graduação de Bacharel em Ciências Imobiliárias e de lução somente serão aceitos pelos Conselhos Re-
Cursos Superiores Sequenciais de Ciências Imobiliá- gionais após a expedição pelo COFECI de Portaria
rias ou de Gestão de Negócios Imobiliários, expedi- autorizadora, mediante prévia análise dos proces-
dos em consonância com o que determinam o Decre- sos de autorização de funcionamento e reconheci-
to nº 2.208, de 17 de abril de 1997 e a Portaria-MEC mento dos cursos.

O COFECI e os CRECIs são os órgãos que disciplinam e fiscalizam o exercício da profissão de Corretor de
Imóveis. Tratam-se de autarquias dotada de personalidade jurídica de direito público, vinculada ao Ministé-
rio do Trabalho, com autonomia administrativa, operacional e financeira.

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CORRETORES DE IMÓVEIS E IMOBILIÁRIAS
INTERMEDEIAM A TRANSAÇÃO

Corretores de Imóveis não vendem imóveis, A imobiliária só pode exercer as mesmas atribui-
mas intermedeiam a negociação. Quem vende o ções do Corretor de Imóveis.
imóvel é o proprietário. Lei nº 6530/78, Artigo 3º. Parágrafo único. As
Lei nº 6530/78, Artigo 3º. Compete ao Corretor atribuições constantes deste artigo poderão ser exer-
de Imóveis exercer a intermediação na compra, ven- cidas, também, por pessoa jurídica inscrita nos ter-
da, permuta e locação de imóveis, podendo, ainda, mos desta lei.
opinar quanto à comercialização imobiliária. Lei nº 6530/78, Artigo 6º. As pessoas jurídicas
Classificação Brasileira de Ocupações - CBO do inscritas no Conselho Regional de Corretores de Imó-
Ministério do Trabalho e Emprego descreve sumaria- veis estão sujeitas aos mesmos deveres e têm os
mente as atividades do Corretor de Imóveis: mesmos direitos das pessoas físicas nele inscritas.
CBO Cód. Nº 3546: intermediar compra, venda, § 1º. As pessoas jurídicas a que se refere este arti-
locação e administração de imóveis e ainda, solici- go deverão ter como sócio gerente ou diretor um Cor-
tar documentação. Para tanto, entrevistam clientes, retor de Imóveis individualmente inscrito. (Renumera-
pesquisam mercado e captam imóveis e elaboram do do parágrafo único pela Lei nº 13.097, de 2015)
estratégias de comercialização. Podem assessorar os Então os sócios podem não ser Corretores de
clientes após transação imobiliária. Imóveis, mas deve constar no contrato social da em-
presa quem é o Corretor de Imóveis responsável téc-
A imobiliária também não vende imóveis! nico por essa pessoa jurídica.

PARA SER CONSELHEIRO DO CRECI OU DO


COFECI PRECISA SER CORRETOR DE IMÓVEIS!
Lei 6.530/78, Artigo 10. O Conselho Federal será sionais inscritos, sendo aplicável ao profissional que
composto por dois representantes, efetivos e su- deixar de votar, sem causa justificada, multa em valor
plentes, de cada Conselho Regional, eleitos den- máximo equivalente ao da anuidade.
tre os seus membros. Artigo 12. Somente poderão ser membros do
Artigo 11. Os Conselhos Regionais serão com- Conselho Regional os Corretores de Imóveis com
postos por 27 membros efetivos e igual número de inscrição principal na jurisdição há mais de dois
suplentes, eleitos em chapa pelo sistema de voto anos e que não tenham sido condenados por in-
pessoal indelegável, secreto e obrigatório, dos profis- fração disciplinar.

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É VEDADO AO CORRETOR DE IMÓVEIS:

Lei 6.530/78, Artigo 20. Ao Corretor de Imóveis V - anunciar imóvel loteado ou em condomínio
e à pessoa jurídica inscritos nos órgãos de que trata a sem mencionar o número de registro do loteamento
presente lei é vedado: ou da incorporação no Registro de Imóveis;
I - prejudicar, por dolo ou culpa, os interesses VI - violar o sigilo profissional;
que lhe forem confiados; VII - negar aos interessados prestação de contas
II - auxiliar, ou por qualquer meio facilitar, o exer- ou recibo de quantias ou documentos que lhe te-
cício da profissão aos não inscritos; nham sido entregues a qualquer título;
III - anunciar publicamente proposta de tran- VIII - violar obrigação legal concernente ao exer-
sação a que não esteja autorizado através de do- cício da profissão;
cumento escrito; IX - praticar, no exercício da atividade profissio-
IV - fazer anúncio ou impresso relativo à ati- nal, ato que a lei defina como crime ou contravenção;
vidade de profissional sem mencionar o número X - deixar de pagar contribuição ao Conselho
de inscritos; Regional.

PARA INTERMEDIAR É NECESSÁRIA AUTORIZAÇÃO,


POR ESCRITO, DO PROPRIETÁRIO!

Lei 6.530/78, Artigo 21. Compete ao Conselho caso, de modo a considerar leve ou grave a falta.
Regional aplicar aos Corretores de Imóveis e pessoas § 2º A reincidência na mesma falta determinará
jurídicas as seguintes sanções disciplinares: a agravação da penalidade.
I - advertência verbal; § 3º A multa poderá ser acumulada com outra
II - censura; penalidade e, na hipótese de reincidência na mesma
III - multa; falta, aplicar-se-á em dobro.
IV - suspensão da inscrição, até noventa dias; § 4º A pena de suspensão será anotada na cartei-
V - cancelamento da inscrição, com apreensão ra profissional do Corretor de Imóveis ou responsável
da carteira profissional. pela pessoa jurídica e se este não a apresentar para
§ 1º Na determinação da sanção aplicável, orien- que seja consignada a penalidade, o Conselho Nacio-
tar-se-á o Conselho pelas circunstâncias de cada nal poderá convertê-la em cancelamento da inscrição.

DIVULGAÇÕES E PUBLICIDADES

Decreto Lei 81.871/78, Artigo 4º. O número da inscrição do Corretor de


Imóveis ou da pessoa jurídica constará obrigatoriamente de toda propagan-
da, bem como de qualquer impresso relativo à atividade profissional.
Art 5º Somente poderá anunciar publicamente o Corretor de Imó-
veis, pessoa física ou jurídica, que tiver contrato escrito de mediação
ou autorização escrita para alienação do imóvel anunciado.

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EXERCÍCIO SIMULTÂNEO, TEMPORÁRIO OU
DEFINITIVO DA PROFISSÃO

Decreto Lei 81.871/78, Art 30. O exercício si- XI - deixar de pagar contribuição ao Conselho
multâneo, temporário ou definitivo da profissão em Regional;
área de jurisdição diversa da do Conselho Regional XII - promover ou facilitar a terceiros transações
onde foi efetuada a inscrição originária do Corretor ilícitas ou que por qualquer forma prejudiquem inte-
de Imóveis ou da pessoa jurídica, fica condicionado resses de terceiros;
à inscrição e averbação profissional nos Conselhos XIII - recusar a apresentação de Carteira de Iden-
Regionais que jurisdicionam as áreas em que exerce- tidade Profissional, quando couber.
rem as atividades. Art 39. As sanções disciplinares consistem em:
Exemplo: Um Corretor de Imóveis de Belo Hori- I - advertência verbal;
zonte, Minas Gerais, por exemplo, se quiser atuar em II - censura;
Curitiba, terá que ter inscrição no CRECI do Paraná. III - multa;
Ele terá a inscrição originária no CRECI de Minas Ge- IV - suspensão da inscrição, até 90 (noventa) dias;
rais e uma inscrição secundária no CRECI do Paraná. V - cancelamento da inscrição, com apreensão
da carteira profissional;
Infrações § 1º Na determinação da sanção aplicável, orien-
tar-se-á o Conselho pelas circunstâncias de cada
Decreto Lei 81.871/78, Art 38. Constitui infração caso, de modo a considerar leve ou grave a falta.
disciplinar da parte do Corretor de Imóveis: § 2º A reincidência na mesma falta determinará
I - transgredir normas de ética profissional; a agravação da penalidade.
II - prejudicar, por dolo ou culpa, os interesses § 3º A multa poderá ser acumulada com outra
que lhe forem confiados; penalidade e, na hipótese de reincidência, apli-
III - exercer a profissão quando impedido de fa- car-se-á em dobro.
zê-lo ou facilitar, por qualquer meio, o seu exercício § 4º A pena de suspensão será anotada na Car-
aos não inscritos ou impedidos; teira de Identidade Profissional do Corretor de Imó-
IV - anunciar publicamente proposta de tran- veis ou responsável pela pessoa jurídica e se este não
sação a que não esteja autorizado através de do- a apresentar para que seja consignada a penalidade,
cumento escrito; o Conselho Regional poderá convertê-la em cancela-
V - fazer anúncio ou impresso relativo a atividade mento da inscrição.
profissional sem mencionar o número de inscrição; § 5º As penas de advertência, censura e mul-
VI - anunciar imóvel loteado ou em condomínio ta serão comunicadas pelo Conselho Regional em
sem mencionar o número do registro do loteamento ofício reservado, não se fazendo constar dos as-
ou da incorporação no Registro de Imóveis; sentamentos do profissional punido, senão em
VII - violar o sigilo profissional; caso de reincidência.
VIII - negar aos interessados prestação de contas Art 40. Da imposição de qualquer penalidade
ou recibo de quantia ou documento que lhe tenham caberá recurso, com efeito suspensivo, ao Conse-
sido entregues a qualquer título; lho Federal:
IX - violar obrigação legal concernente ao I - voluntário, no prazo de 30 (trinta) dias a contar
exercício da profissão; da ciência da decisão;
X - praticar, no exercício da atividade profissio- II - ex - officio , nas hipóteses dos itens IV e V
nal, ato que a lei defina como crime de contravenção; do artigo anterior.

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ESTÁGIO

RESOLUÇÃO COFECI Nº 1.127/2009: realizados pelo concedente do estágio.


Art. 1º - Os Conselhos Regionais de Corretores de Art. 2º - A duração do estágio, em qualquer dos
Imóveis promoverão o registro de estágio obrigatório e casos previstos no artigo anterior, não poderá exce-
de estágio profissionalizante opcional de estudantes re- der a 2 (dois) anos, exceto quando se tratar de esta-
gularmente matriculados e com frequência efetiva nos giário portador de deficiência.
cursos de Técnico em Transações ou Serviços Imobili- § 1º - Em nenhuma circunstância o estágio pode-
ários e superior de Ciências Imobiliárias ou de Gestão rá subsistir após a conclusão do curso ou se o estu-
de Negócios Imobiliários, homologados pelo COFECI, dante deixar de frequentá-lo.
desde que o concedente do estágio seja um corretor de § 2º - O registro de estágio no CRECI tem vali-
imóveis, pessoa física ou jurídica, inscrito regularmente dade limite de 01 (um) ano, podendo ser revalidado
e sem débitos junto ao CRECI, e se responsabilize pelos por menor ou igual período, em função do tempo de
atos praticados pelo estudante no exercício do estágio. duração do curso, mediante pagamento, pelo conce-
§ 1º - Estágio obrigatório é aquele definido no dente do estágio, de nova taxa de registro.
projeto do curso de formação profissional, cuja Art. 3° - Para os efeitos desta Resolução o
carga horária é requisito para aprovação e obten- sócio-gerente ou diretor de que trata o Art. 6º,
ção do diploma, no qual o estudante apenas ob- Parágrafo Único, da Lei nº 6.530/78, será denomi-
serva e acompanha a prática dos atos profissionais nado “Responsável Técnico”.

Taxa de registro de estágio:

RESOLUÇÃO COFECI Nº 1.127/2009, Art. 5º, § a 30% (trinta por cento) do valor da anuidade da pes-
1°, § 1° - O requerimento será instruído com os se- soa física na data do pagamento;
guintes documentos:
I - certidão de regularidade expedida pelo CRECI RESOLUÇÃO COFECI Nº 1.127/2009, Art. 3º.
do concedente e do seu responsável técnico, se pes- Para os efeitos desta Resolução, o sócio-gerente
soa jurídica, e do supervisor do estágio, se houver; ou diretor de que trata o artigo 6º, Parágrafo Úni-
II - prova de quitação da taxa de registro do está- co, da Lei nº 6.530/78, será denominado “Res-
gio, paga pelo concedente, no valor correspondente ponsável Técnico”.

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Lei nº 6.530/78 – Art. 6º, Parágrafo Único. Renumerado para § 1º o qual dispõe que as pessoas
jurídicas a que se refere este artigo deverão ter como sócio gerente ou diretor um Corretor de Imó-
veis individualmente inscrito.

RESOLUÇÃO COFECI Nº 1.127/2009, Art. 3º. O estudante estagiário fica proibido anunciar, inter-
porte da cédula de identidade de estagiário é obri- mediar interesses ou abrir escritório em seu próprio
gatório ao estudante no exercício do estágio, a fim nome, para realização de negócios imobiliários.
de apresentá-la ao fiscal do CRECI quando solicitada,
sob pena de autuação: RESOLUÇÃO COFECI Nº 1.127/2009, Art. 9º. O
I - por exercício ilegal da profissão, contra o concedente do estágio deverá comunicar ao Conse-
estudante; lho Regional:
II - por acobertamento ao exercício profissio- I - no prazo de até 30 (trinta) dias, qualquer altera-
nal, contra o: ção nos dados a que se refere o art. 5° desta Resolução;
a) concedente do estágio; II - imediatamente, a interrupção do estágio ou
b) responsável técnico do concedente, se pes- da concessão, por qualquer que seja o motivo.
soa jurídica;
c) supervisor do estágio, se houver. RESOLUÇÃO COFECI Nº 1.127/2009, Art. 10. O
não atendimento ao que dispõe o artigo anterior en-
RESOLUÇÃO COFECI Nº 1.127/2009, Art. 5º. O seja autuação com fundamento no art. 20, inciso VIII,
registro de estágio será deferido mediante requeri- da Lei n° 6.530, de 12 de maio de 1978.
mento firmado pelo concedente, dirigido ao Presi-
dente do CRECI, contendo as seguintes informações: RESOLUÇÃO COFECI Nº 1.127/2009, Art. 12. O
I - nome, número de inscrição no CRECI e ende- concedente do estágio, assim como seu responsável
reço do concedente do estágio e do seu responsável técnico, se pessoa jurídica, e o supervisor do estágio,
técnico, se pessoa jurídica; se houver, respondem solidariamente, nos termos
II - nome, número de inscrição no CRECI e ende- da lei e do Código de Ética dos Corretores de Imó-
reço do supervisor do estágio, se houver; veis, por qualquer infração praticada pelo estudante
III - local onde o estudante desenvolverá as ativi- estagiário, no exercício do estágio.
dades do estágio; Parágrafo 1º - O concedente, se pessoa física, é
IV - qualificação completa do estudante estagiário. naturalmente o supervisor do estágio, mas nada o
§ 1º O requerimento será instruído com os se- impede de nomear supervisores para seus estudan-
guintes documentos: tes estagiários.
I - certidão de regularidade expedida pelo CRECI Parágrafo 2º - Cada supervisor de estágio po-
do concedente e do seu responsável técnico, se pes- derá responsabilizar-se pela orientação de até 10
soa jurídica, e do supervisor do estágio, se houver; (dez) estudantes.
II - prova de quitação da taxa de registro do está- Parágrafo 3º - O supervisor poderá ser substi-
gio, paga pelo concedente, no valor correspondente tuído a qualquer momento, desde que o substituto
a 30% (trinta por cento) do valor da anuidade da pes- atenda às exigências desta Resolução.
soa física na data do pagamento;
III - prova de endereço ou declaração de próprio RESOLUÇÃO COFECI Nº 1.127/2009, Art. 13. O
punho do estudante estagiário, sob as penas da lei; registro do estágio poderá ser cancelado a requeri-
IV - declaração fornecida pela instituição de en- mento do concedente ou ex officio pelo Presidente
sino de que o estudante se encontra matriculado e do Conselho Regional:
frequentando regularmente o curso, assim como a I - na ocorrência de impedimento do concedente
data prevista para sua conclusão; para o exercício profissional;
V - declaração de responsabilidade assinada pelo II - no término do prazo de duração do estágio.
concedente e pelo supervisor do estágio, se houver,
conforme modelo a ser instituído pela Presidência do RESOLUÇÃO COFECI Nº 1.127/2009, Art. 15. Os
COFECI por meio de Instrução Normativa. concedentes de estágio, pessoas físicas ou jurídicas,
fornecerão ao CRECI, quando solicitado, a relação dos
RESOLUÇÃO COFECI Nº 1.127/2009, Art. 8º. Ao estagiários sob sua supervisão e responsabilidade.

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CÓDIGO DE ÉTICA
Resolução COFECI 326/92 - CÓDIGO DE ÉTICA gócio, antes de oferecê-lo;
PROFISSIONAL II - apresentar, ao oferecer um negócio, da-
Artigo 1º - Este Código de Ética Profissional tem dos rigorosamente certos, nunca omitindo deta-
por objetivo fixar a forma pela qual deve se conduzir o lhes que o depreciem, informando o cliente dos
Corretor de Imóveis, quando no exercício profissional. riscos e demais circunstâncias que possam com-
Artigo 2°- Os deveres do Corretor de Imóveis com- prometer o negócio;
preendem, além da defesa do interesse que lhe é con- III - recusar a transação que saiba ilegal, in-
fiado, o zelo do prestígio de sua classe e o aperfeiçoa- justa ou imoral;
mento da técnica das transações imobiliárias. IV - comunicar, imediatamente, ao cliente o rece-
Artigo 3° - Cumpre ao Corretor de Imóveis, em re- bimento de valores ou documentos a ele destinados;
lação ao exercício da profissão, à classe e aos colegas: V - prestar ao cliente, quando este as solicite ou
I - considerar a profissão como alto título de honra logo que concluído o negócio, contas pormenorizadas;
e não praticar nem permitir a prática de atos que com- VI - zelar pela sua competência exclusiva na
prometam a sua dignidade; orientação técnica do negócio, reservando ao clien-
II - prestigiar as entidades de classe, contribuin- te a decisão do que lhe interessar pessoalmente;
do sempre que solicitado, para o sucesso de suas VII - restituir ao cliente os papéis de que não
iniciativas em proveito da profissão, dos profissio- mais necessite;
nais e da coletividade; VIII - dar recibo das quantias que o cliente lhe
III - manter constante contato com o Conselho pague ou entregue a qualquer título;
Regional respectivo, procurando aprimorar o traba- IX - contratar, por escrito e previamente, a pres-
lho desse órgão; tação dos serviços profissionais;
IV - zelar pela existência, fins e prestígio dos Con- X - receber, somente de uma única parte, comis-
selhos Federal e Regionais, aceitando mandatos e en- sões ou compensações pelo mesmo serviço presta-
cargos que lhes forem confiados e cooperar com os do, salvo se, para proceder de modo diverso, tiver
que forem investidos em tais mandatos e encargos; havido consentimento de todos os interessados, ou
V - observar os postulados impostos por este Có- for praxe usual na jurisdição.
digo, exercendo seu mister com dignidade; Artigo 5° - O Corretor de Imóveis responde ci-
VI - exercer a profissão com zelo, discrição, leal- vil e penalmente por atos profissionais danosos ao
dade e probidade, observando as prescrições legais cliente, a que tenha dado causa por imperícia, im-
e regulamentares; prudência, negligência ou infrações éticas.
VII - defender os direitos e prerrogativas profissio- Artigo 6º - É vedado ao Corretor de Imóveis:
nais e a reputação da classe; I - aceitar tarefas para as quais não esteja pre-
VIII - zelar pela própria reputação mesmo fora do parado ou que não se ajustem às disposições vigen-
exercício profissional; tes, ou ainda, que possam prestar-se a fraude;
IX - auxiliar a fiscalização do exercício profissio- II - manter sociedade profissional fora das normas
nal, cuidando do cumprimento deste Código, comu- e preceitos estabelecidos em lei e em Resoluções;
nicando, com discrição e fundamentalmente, aos ór- III - promover a intermediação com cobrança
gãos competentes, as infrações de que tiver ciência; de “over-price”;
X - não se referir desairosamente sobre seus colegas; IV - locupletar-se, por qualquer forma, à cus-
XI - relacionar-se com os colegas, dentro dos ta do cliente;
princípios de consideração, respeito e solidarie- V - receber comissões em desacordo com a Ta-
dade, em consonância com os preceitos de har- bela aprovada ou vantagens que não correspondam
monia da classe; a serviços efetiva e licitamente prestados;
XII - colocar-se a par da legislação vigente e procu- VI - angariar, direta ou indiretamente, serviços de
rar difundi-la a fim de que seja prestigiado e definido o qualquer natureza, com prejuízo moral ou material, ou
legítimo exercício da profissão. desprestígio para outro profissional ou para a classe;
Artigo 4º - Cumpre ao Corretor de Imóveis, em re- VII - desviar, por qualquer modo, cliente de ou-
lação aos clientes: tro Corretor de Imóveis;
I - inteirar-se de todas as circunstâncias do ne- VIII - deixar de atender às notificações para

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esclarecimento à fiscalização ou intimações para XVII - anunciar capciosamente;
instrução de processos; XVIII - reter em suas mãos negócio, quando não
IX - acumpliciar-se, por qualquer forma, com tiver probabilidade de realizá-lo;
os que exercem ilegalmente atividades de transa- XIX - utilizar sua posição para obtenção de van-
ções imobiliárias; tagens pessoais, quando no exercício de cargo ou
X - praticar quaisquer atos de concorrência função em órgão ou entidades de classe;
desleal aos colegas; XX - receber sinal nos negócios que lhe forem
XI - promover transações imobiliárias contra dis- confiados caso não esteja expressamente autoriza-
posição literal da lei; do para tanto.
XII - abandonar os negócios confiados a seus cui- Artigo 7º - Compete ao CRECI, em cuja jurisdi-
dados, sem motivo justo e prévia ciência do cliente; ção se encontrar inscrito o Corretor de Imóveis, a
XIII - solicitar ou receber do cliente qualquer favor apuração das faltas que cometer contra este Códi-
em troca de concessões ilícitas; go, e a aplicação das penalidades previstas na legis-
XIV - deixar de cumprir, no prazo estabelecido, lação em vigor.
determinação emanada do órgão ou autoridade dos Artigo 8º - Comete grave transgressão ética o
Conselhos, em matéria de competência destes; Corretor de Imóveis que desatender os preceitos
XV - aceitar incumbência de transação que este- dos artigos 3º, I, V, VI e IX; 4º, II, III, IV, V, VII, VIII, IX
ja entregue a outro Corretor de Imóveis, sem dar-lhe e X; 6º, I, III, IV, V, VI, VII, VIII, IX, X, XI, XII, XIII, XIX e
prévio conhecimento, por escrito; XX, e transgressão de natureza leve o que desaten-
XVI - aceitar incumbência de transação sem con- der os demais preceitos deste Código.
tratar com o Corretor de Imóveis, com que tenha de Artigo 9º - As regras deste Código obrigam aos
colaborar ou substituir; profissionais inscritos nos Conselhos Regionais.

AGENTES DE FISCALIZAÇÃO

Função: Inibir o exercício ilegal da profissão e as más práticas no mercado imobiliário, gerando maior
segurança para a sociedade e para os profissionais que trabalham corretamente.

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NOME ABREVIADO E NOME FANTASIA

A RESOLUÇÃO-COFECI nº 1.065 de 2007 esta- rior a 25% (vinte e cinco por cento) do nome por
belece as regras para a utilização de nome abre- extenso ou nome abreviado que estiver sendo utili-
viado por pessoas físicas e de nome fantasia por zado pela pessoa física.
empresários e pessoas jurídicas. Essa resolução Artigo 3º - Fica vedada a utilização pública de
também trata do tamanho mínimo de impressão nome de fantasia pela pessoa física, que poderá, no
do número de inscrição no CRECI em divulgações entanto, ser autorizada ao Corretor de Imóveis que
publicitárias e documentais. se inscrever como Empresário no Registro Público de
Artigo 1º - O inciso I do artigo 8º da Resolução Empresas Mercantis (Junta Comercial) de seu Estado
COFECI nº 327, de 25 de junho de 1992, passa a vigo- (nova denominação legal da firma individual equipa-
rar com a seguinte redação: rada à pessoa jurídica).
“I – do nome do requerente por extenso e, se for Artigo 4º - O inciso I do artigo 24 da Resolução
o caso, do nome abreviado que pretenda usar”. COFECI nº 327, de 25 de junho de 1992, passa a vigo-
rar com a seguinte redação:
“I - do nome ou razão social da requerente e, se
for o caso, do nome de fantasia que pretenda usar”.
Artigo 5º - A utilização pública do nome ou razão
Resolução COFECI 327/92, Art. social ou do nome de fantasia da pessoa jurídica re-
gularmente inscrita no CRECI poderá dar-se nas se-
8º. A inscrição principal de Corre- guintes condições:
tor de Imóveis se fará mediante a) divulgação publicitária ou documental do
nome ou razão social ou do nome de fantasia da pes-
requerimento dirigido ao Presi- soa jurídica, será sempre seguida do número de ins-
dente do CRECI, com menção: crição da pessoa jurídica no CRECI, precedido da sigla
CRECI e acrescido da letra “J”;
b) Na divulgação a que alude a alínea anterior, a
I - do nome do requerente sigla CRECI, seguida do correspondente número de
por extenso e do nome profissio- inscrição e da letra “J”, não poderão ter tamanho de
impressão inferior a 25% (vinte e cinco por cento) do
nal abreviado que pretende usar; nome ou razão social ou do nome de fantasia que
estiver sendo utilizado pela pessoa jurídica.
Artigo 6º - O registro prévio do nome abrevia-
do ou nome de fantasia no Conselho Regional de
Corretores de Imóveis da jurisdição a que perten-
cer a pessoa física ou jurídica é condição essen-
Artigo 2º - A utilização pública de nome por ex- cial para sua utilização.
tenso ou nome abreviado por pessoa física regular- Parágrafo Único - Nenhum nome abreviado ou
mente inscrita no CRECI poderá dar-se desde que nome fantasia será registrado pelo CRECI se, de seus
seguido da expressão “profissional liberal” ou “corre- registros, já constar outro igual ou com semelhança tal
tor de imóveis”, independente de outro adjetivo que que possa confundir o consumidor.
possa figurar no anúncio ou documento com o obje- Artigo 7º - As regras estabelecidas nesta Reso-
tivo de melhor qualificar o profissional (por exemplo: lução são válidas para qualquer tipo de divulgação
“gestor imobiliário”, “consultor imobiliário”, etc.). publicitária ou documental utilizada pela pessoa fí-
§ 1º - Em qualquer dos casos previstos neste ar- sica ou jurídica, sendo que, no caso de mídia falada,
tigo, a expressão obrigatória a que alude seu caput o número de inscrição no CRECI terá, igualmente,
será sempre seguida do número de inscrição da pes- de ser expresso oralmente.
soa física no CRECI, precedido da sigla CRECI, em des- Artigo 8º - O registro de nome abreviado ou
taque idêntico ao da expressão obrigatória utilizada. nome de fantasia no CRECI, quando não realiza-
§ 2º - A expressão obrigatória a que alude este do na época da inscrição, pode ser requerido em
artigo não poderá ter tamanho de impressão infe- qualquer tempo.

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MODELOS DE PLACAS E DIVULGAÇÕES
Pessoa Jurídica:

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Pessoa Jurídica juntamente com Pessoa Física:

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Pessoa Física:

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AUTUAÇÕES, PENALIDADES E EXECUÇÃO
DAS PENALIDADES

Resolução COFECI nº 146 de 1982 - Código de de uma infração, desde que faça a descrição circuns-
Processo Disciplinar. tanciada dos fatos e elementos que as caracterizem.
Artigo 1º - A jurisdição administrativa visando a Artigo 8º - O autuante prosseguirá a descrição
apuração e punição de infração às leis, regulamentos dos fatos caracterizadores de uma ou mais infrações,
e normas disciplinadoras do exercício da profissão de em tantos instrumentos de auto de infração quantos
Corretores de Imóveis será exercida, em grau de re- forem necessários, no caso de não esgotar a lavratu-
curso, pelo Conselho Federal de Corretores de Imó- ra no espaço próprio de um só auto.
veis (COFECI) e, em primeira instância, pelos Conse- Parágrafo Único - No caso deste artigo, o autu-
lhos Regionais de Corretores de Imóveis (CRECI) nos ante, no final de cada auto de infração, declarará:
limites territoriais da respectiva Região. “continua no auto de infração N.º.......” e iniciará o
Artigo 2° - A repressão das infrações à Lei n° preenchimento do auto subsequente com os dizeres:
6.530, ao Decreto n° 81.871, pelo desatendimento às “continuação do auto de infração N.º. ......”, devendo
Resoluções baixadas pelo Conselho Federal de Corre- todos os instrumentos conter o nome e a assinatura
tores de Imóveis (COFECI) será efetivada através de do autuante e do autuado.
processo disciplinar originado de Auto de Infração ou Artigo 9º - O Auto de Infração será lavrado sem-
de Termo de Representação, o qual assegurará ampla pre no estabelecimento do infrator, ainda que a in-
defesa e atenderá aos princípios da reconsideração fração tenha sido cometida em outro local.
de decisões e da dualidade de instâncias. § 1º - Considera-se estabelecimento do infrator,
Artigo 3° - O Processo Disciplinar terá por base: para efeito deste Código, o escritório do
I - o Auto de Infração; Corretor de Imóveis inscrito no CRECI ou a sede
II - o Termo de Representação. da matriz ou da filial da pessoa jurídica inscrita.
Artigo 4° - O Auto de Infração será lavrado pelos § 2º - Excluem-se do conceito de estabeleci-
Conselhos Regionais de Corretores de Imóveis (CRE- mento de que trata este artigo, o stand ou posto
CI) contra pessoas físicas ou jurídicas que transgri- de venda em locais de construção, de incorpora-
dam normas disciplinares. ção ou de loteamento.
Artigo 5° - Responderão também ao processo Artigo 10 - Quando a autuação se fundamentar
originado de representação, perante o Conselho Re- em anúncio, impresso ou documento de qualquer na-
gional de Corretores de Imóveis (CRECI) de sua Re- tureza, o autuante deverá juntá-lo ao auto de infração.
gião, as pessoas físicas ou jurídicas nele inscritas. Parágrafo Único - Na impossibilidade da juntada
Artigo 6º - Verificada a ocorrência da infração, o de documento, o autuante deverá individualizá-lo e
agente de fiscalização lavrará o respectivo auto, me- mencionar a causa impeditiva no auto de infração.
diante o preenchimento de modelo próprio, numera- Artigo 11 - Concluída a lavratura do auto de infra-
do, em 03 (três) vias, a máquina ou a tinta, de forma ção, o autuado o assinará, passando recibo da entrega
clara e legível, sem entrelinhas ou rasuras, contendo: da segunda via que lhe será feita pelo autuante.
a) qualificação e endereço completos do autuado, § 1º - Recusando-se o autuado a assinar o auto de
inclusive suas inscrições no CGC ou CPF e no CRECI; infração ou as folhas de continuação nele integradas,
b) data, hora e local da lavratura; a Coordenadoria de Fiscalização do CRECI promoverá:
c) local da ocorrência da infração; I - a remessa da segunda via do auto de in-
d) dispositivo legal infringido; fração ao autuado, por via postal, com aviso de
e) órgão autuante e seu endereço para apresen- recebimento (AR);
tação da defesa; II - a entrega da segunda via do auto de infração
f) nome e assinatura do autuante e do autuado; ao autuado, através de servidor, na presença de duas
g) descrição circunstanciada dos fatos e elemen- testemunhas, no caso do autuado não ter assinado o
tos caracterizadores da infração. aviso de recebimento (AR) a que alude o inciso anterior.
Artigo 7º - No auto de infração, o agente de fis- § 2° - No caso do inciso II do parágrafo anterior,
calização autuante poderá imputar ao autuado mais persistindo o autuado em se recusar a assinar o auto

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de infração, o servidor do CRECI entregar-lhe-á a se- imobiliária, cuja exibição deve ser incontinenti.
gunda via e certificará no verso da primeira, junta- Artigo 16 - A notificação será expedida, median-
mente com as testemunhas, a efetivação da entrega. te o preenchimento de modelo próprio, numerado,
§ 3°- Não sendo possível a entrega da segunda em três vias, à máquina ou à tinta, de forma clara e
via do auto de infração, por uma das formas previstas legível, sem entrelinhas ou rasuras, contendo:
nos §§ 1° e 2° deste artigo, o autuado será cientifica- a) qualificação e endereço completos do notifica-
do da autuação por edital a ser publicado uma úni- do, inclusive suas inscrições no CGC ou CPF e no CRECI;
ca vez no órgão de imprensa, de preferência oficial, b) data, hora e local da expedição;
transcrevendo o auto de infração. c) órgão notificante e seu endereço;
Artigo 12 - A primeira e terceira vias do auto de in- d) indicação do documento a ser colocado à dis-
fração deverão ser entregues pelo autuante na Coorde- posição da fiscalização;
nadoria de Fiscalização do CRECI da Região, no prazo de e) nome e assinatura do agente de fiscaliza-
24 (vinte e quatro) horas, contado da data da lavratura. ção e do notificado.
Parágrafo Único - Se o agente de fiscalização Parágrafo Único - No caso do notificado se recu-
lavrar o auto de infração em outro município que sar a assinar a notificação proceder-se-á na forma do
não aquele em que se localizar o CRECI da Região, artigo 11, §§ 1° e 2°.
remeterá a primeira e terceira vias, sob recibo, por Artigo 17 - O auto de infração, de constatação e
via postal, àquele Conselho, ou fará a entrega delas a notificação poderão ser assinados por pessoa físi-
à Coordenadoria de Fiscalização do CRECI, no prazo ca ou representante de pessoa jurídica, titulares do
de 24 (vinte e quatro) horas, contado do seu retorno. estabelecimento fiscalizado ou por seus emprega-
Artigo 13 - O agente de fiscalização lavrará Auto dos e prepostos.
de Constatação com o objetivo de: Artigo 18 - A Coordenadoria de Fiscalização,
I - consignar infração constatada em stand ou ao receber a primeira e terceira vias do auto de
posto de venda em locais de construção, de incor- infração, deverá:
poração ou de loteamento, para instruir auto de in- a) formar processo com a primeira via e nele cer-
fração a ser lavrado no estabelecimento do infrator; tificar se o autuado já foi penalizado pela mesma fal-
II - caracterizar, pela primeira vez, o exercício de ta e o número de sua inscrição no CRECI;
atividade profissional de Corretor de Imóveis, por b) arquivar a terceira via para eventual restaura-
pessoa física ou jurídica não inscrita no CRECI da sua ção do processo;
Região, a fim de configurar a habitualidade no exer- c) determinar a juntada de documentos não ane-
cício daquela atividade com vistas ao colhimento de xados pelo autuante e diligências necessárias à ins-
provas para o processo contravencional; trução do processo;
Item III - descrever e comprovar fato que, para ca- d) anotar em registro próprio, a autuação e a
racterizar a infração, dependa de outros esclarecimentos. respectiva decisão final do processo originário do
Artigo 14 - O Auto de Constatação será lavrado auto de infração.
mediante o preenchimento de modelo próprio, nume- Parágrafo Único - O processo originário do auto
rado, em 03 (três) vias, à máquina ou à tinta, de forma de infração será de natureza escrita, apenas permi-
clara e legível, sem entrelinhas ou rasuras, contendo: tindo a produção de provas documental e pericial.
a) qualificação e endereço completos do autuado, Artigo 19 - Se o autuado não tiver assinado o
inclusive suas inscrições no CGC ou CPF e no CRECI; auto de infração nem recebido a segunda via, a Coor-
b) data, hora e local da lavratura; denadoria de Fiscalização do CRECI promoverá a sua
c) órgão autuante e seu endereço; entrega, na forma prevista no art. 11.
d) descrição clara e objetiva do fato constatado; Artigo 20 - A contar da data do recebimento da
e) nome e assinatura do autuante e do autuado. segunda via do auto de infração ou do dia imediato
Parágrafo Único - No caso do autuado se recusar ao da única publicação do edital a que se refere o
a assinar o auto de constatação proceder-se-á na for- § 3° do art. 11, correrá o prazo improrrogável de 15
ma do Artigo 11, §§ 1° e 2° (quinze) dias, para a apresentação de defesa escrita,
Artigo 15 - Os documentos solicitados pelo acompanhada ou não de documentos.
Agente Fiscal devem ser exibidos durante a diligên- Parágrafo Único - O autuado poderá juntar fo-
cia, sob pena de apresentação obrigatória no prazo tocópia autenticada dos documentos referidos na
de 05 (cinco) dias úteis, na sede do CRECI, no endere- defesa, mas a Coordenadoria de Fiscalização poderá
ço indicado na notificação, excetuando-se desta con- exigir a sua conferência com os originais.
cessão o instrumento de contrato de intermediação Artigo 21 - Durante o prazo de defesa, o autua-

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do poderá ter vista do processo na Coordenadoria ferirá voto sobre o mérito da autuação, indicando,
de Fiscalização. se a mesma for procedente, a infração cometida e
Artigo 22 - Caso o autuado não apresente defe- a sanção aplicável.
sa, no prazo do art. 20, a Coordenadoria de Fiscaliza- Artigo 28 - Na determinação da sanção aplicável
ção certificará, no processo, a sua inação. a Comissão de Ética e Fiscalização Profissional orien-
Artigo 23 - Esgotado o prazo do art. 20, a Coor- tar-se-á pelas circunstâncias de cada caso e a nature-
denadoria de Fiscalização remeterá o processo, com za da infração cometida.
ou sem defesa, à Assessoria Jurídica para apreciação. § 1° - Constituem infrações de natureza grave as
Artigo 24 - Recebendo o processo, a Assessoria previstas no art. 20 da Lei N.º 6.530, de 12 de maio
Jurídica: I - emitirá parecer analisando o auto, a defe- de 1978 e desdobradas pelo art. 38, incisos II, III, VIII,
sa e as provas produzidas, opinando, conclusivamen- X, XII do Decreto N.º 81.871, de 29 de junho de 1978.
te, sobre a procedência ou improcedência da autua- § 2º - Constituem infrações de natureza leve
ção, ou. II - devolverá o processo à Coordenadoria de as previstas no art. 20 da Lei N.º. 6.530, de 12 de
Fiscalização para a realização de diligências necessá- maio de 1978 e desdobradas pelo art. 38, incisos
rias à apreciação conclusiva da autuação. IV, V, VI, VII, IX, XI e XIII do Decreto n° 81.871, de
Parágrafo Único - Na hipótese do inciso I ou na 29 de junho de 1978.
do inciso II após a realização de diligências e emissão § 3º - A infração caracterizada pela transgres-
de parecer conclusivo, a Assessoria Jurídica remeterá são de norma ética (art. 38, inciso I, do Decreto
o processo ao Presidente do CRECI. n° 81.871, de 29 de junho de 1978) será grave ou
Artigo 25 - O Presidente do CRECI distribuirá o leve segundo a classificação constante do Código
processo à Comissão de Ética e Fiscalização Profissio- de Ética Profissional.
nal para julgamento. § 4º - A reincidência na mesma infração deter-
Artigo 26 - O Presidente da Comissão de Ética minará a agravação da penalidade que, no caso de
e Fiscalização Profissional distribuirá o processo multa, aplicar-se-á em dobro.
a um Relator que, preliminarmente, verificará se § 5º - foi revogado pela Resolução COFECI nº 315/91
a sua instrução está regular e completa, podendo § 6º - Às pessoas físicas ou jurídicas cujas autu-
determinar eventuais medidas e diligências que se ações tenham sido julgadas procedentes, poderão
fizerem necessárias. ser aplicadas quaisquer das penalidades previstas
Artigo 27 - Considerando completa a instrução no art. 21 da Lei n° 6.530, observada a regra do “ca-
do processo, o Relator na sessão de julgamento da put” deste artigo.
Comissão da Ética e Fiscalização Profissional, pro- § 7º - A pena de suspensão prevista no art. 21,

NONONO
NONONO

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inciso IV, da Lei n° 6.530, ainda que imposta por incisos IV e V, da Lei n° 6.530).
prazo determinado, se for aplicada por falta de pa- Artigo 35 - No caso do inciso I do artigo 34, o
gamento de anuidades, emolumentos ou multas, Presidente do CRECI distribuirá o processo a um
só cessará com a satisfação da dívida, podendo ser Conselheiro - exceto os componentes da Diretoria
cancelada a inscrição, de acordo com os critérios a e membros da Comissão de Ética e Fiscalização
serem fixados pelo COFECI. Profissional que tenham funcionado no processo
Artigo 29 - Aplicar-se-á uma penalidade para cada -, o qual o relatará e proferirá voto no Plenário,
ilícito disciplinar consignado no auto de infração. na Reunião seguinte.
Parágrafo único - A multa constitui a única san- § 1º - Observar-se-á, quanto ao julgamento do
ção que permite aplicação cumulativa com outra, na pedido de reconsideração no Plenário o disposto no
punição de uma só infração. Regimento Interno do CRECI.
Artigo 30 - O voto do Relator e a decisão da Co- § 2º - Certificar-se-á no processo a decisão do pe-
missão de Ética e Fiscalização Profissional, julgando dido de reconsideração.
a procedência ou não da autuação, serão transcritos § 3º - A seguir, o processo retornará ao Presiden-
no processo, com a assinatura, respectivamente, do te do CRECI para:
relator e dos membros da Comissão. a) promover a comunicação da decisão ao autua-
Artigo 31 - Julgado o processo, este será remeti- do, através de ofício, se julgado procedente o pedido
do pelo Presidente da Comissão de Ética e Fiscalização de reconsideração;
Profissional ao Presidente do CRECI, para que seja pro- b) encaminhar o processo ao COFECI, para apre-
movida a comunicação da decisão ao autuado. ciação do recurso interposto, se o mesmo for julga-
§ 1º - O autuado será cientificado da decisão, do improcedente.
através de ofício, por via postal, com aviso de re- Artigo 36 - Se o Presidente do CRECI não atribuir
cebimento (AR). ao recurso interposto efeito de pedido de reconside-
§ 2º - Se procedente a autuação e não sendo ração ou se apreciado este pelo Plenário do CRECI for
efetivada a entrega do ofício ao autuado, aplicar- julgado improcedente, deverá encaminhar o proces-
-se-á, no que couber, o disposto nos §§ 1°, inciso so ao COFECI para apreciação do recurso.
II, 2° e 3°, do art. 11. Parágrafo Único - O julgamento do recurso no CO-
Artigo 32 - O autuado poderá recorrer da deci- FECI obedecerá ao disposto no seu Regimento Interno.
são que lhe impuser penalidade, na forma do art. 33. Artigo 37 - Julgado o recurso, transcorrido o pra-
Parágrafo Único - Transcorrido o prazo para recurso, zo para eventual pedido de reconsideração e atendi-
sem que este tenha sido interposto, o Presidente do das as demais formalidades, o Presidente do COFECI
CRECI determinará a execução da penalidade, na for- remeterá o processo ao CRECI de origem, para:
ma prevista na Seção V deste capítulo. a) promover a comunicação da decisão ao re-
Artigo 33 - O autuado poderá, no prazo de 30 corrente, através de ofício, se julgado procedente
(trinta) dias, contados da data do recebimento do o recurso;
ofício a que se refere o § 1° do art. 31, interpor recur- b) executar a penalidade, se julgado improcedente.
so para o COFECI contra a decisão que julgar proce- Artigo 38 - As penas de advertência, censura e
dente a autuação. de multa serão comunicadas pelo CRECI ao autuado,
Parágrafo Único - O recurso, que terá efeito sus- através de oficio reservado, só se fazendo constar
pensivo será encaminhado por petição dirigida ao dos assentamentos da pessoa física ou jurídica inscri-
Presidente do CRECI, devidamente instruída com o ta, apenas para efeito de verificação de reincidência.
recibo do depósito do valor da condenação. (Reda- Parágrafo Único - Somente em caso de reincidên-
ção dada pela PORTARIA-COFECI N.º 001/84) cia é que deverá constar de certidão a menção das
Artigo 34 - Interposto o recurso, o Presidente penalidades a que se refere este artigo.
do CRECI: Artigo 39 - A pena de suspensão será anotada
I - poderá atribuir-lhe, preliminarmente, efeito na Carteira de Identidade Profissional do Corretor de
de pedido de reconsideração, submetendo-o à revi- Imóveis ou na do responsável pela pessoa jurídica,
são do Plenário do CRECI; ou. sendo que, no caso de não apresentação da carteira,
II - determinará o seu encaminhamento ao COFECI. no prazo de 10 (dez) dias, contados da data do rece-
Parágrafo Único - Interposto ou não o recurso vo- bimento do ofício, o CRECI deverá converter a penali-
luntário, o Presidente do CRECI recorrerá “ex-officio” dade aplicada na de cancelamento da inscrição.
ao COFECI, no caso de imposição das penalidades de § 1º - A transformação da penalidade será de-
suspensão ou cancelamento da inscrição (artigo 21, cidida pelo Plenário do CRECI, na primeira Sessão

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a ser realizada após o transcurso do prazo previsto toridades públicas em geral, de qualquer Poder da
neste artigo. União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Muni-
§ 2º - O Presidente do CRECI recorrerá “ex-offi- cípios, bem como de suas autarquias, empresas pú-
cio” da decisão do Plenário ao COFECI, sem prejuízo blicas, sociedades de economia mista e fundações,
do recurso voluntário que o autuado poderá interpor. comunicando a ocorrência de fatos que possam ca-
§ 3º - Se o COFECI confirmar a transformação da racterizar a prática de infrações disciplinares por par-
penalidade, o Presidente do CRECI, recebendo o pro- te de pessoa física ou jurídica, o Presidente do CRECI
cesso originário do auto de infração, proferirá despa- poderá determinar a instauração de representação
cho determinando o cancelamento da inscrição do contra o infrator.
Corretor de Imóveis ou da pessoa jurídica. Artigo 47 - Se a denúncia, comunicação de mem-
Artigo 40 - As multas não pagas no prazo de 30 bro ou servidor do COFECI ou CRECI ou ofício de au-
(trinta) dias, contados da data de comunicação do toridade pública contiver:
trânsito em julgado da decisão, serão inscritas como I - matéria manifestamente improcedente, será
dívida ativa, para cobrança judicial nos termos da le- arquivada “in limine” pelo Presidente do CRECI;
gislação específica. II - todos os elementos necessários à convicção
Artigo 41 - Se a infração constituir ilícito pe- sobre a existência de infração, será transformada em
nal, o Presidente do CRECI comunicará o fato à representação pelo Presidente do CRECI, que deter-
autoridade competente, para as providências que minará seu processamento, o qual se iniciará me-
se fizerem necessárias. diante a lavratura de termo próprio;
Artigo 42 - O Presidente do CRECI comunicará III - elementos que autorizem diligências para a
aos Sindicatos de Corretores de Imóveis da Região comprovação da infração, o Presidente do CRECI po-
a exclusão do profissional inscrito, para as providên- derá determiná-la e, conforme o caso, proceder de
cias cabíveis naqueles órgãos de classe. acordo com os itens anteriores.
Artigo 43 - O processo de representação a que § 1º - Para proferir o despacho a que se refere
alude o art. 5°, iniciar-se-á por despacho do Presi- este artigo, o Presidente do CRECI deverá ouvir a As-
dente do CRECI da Região, em denúncia, comunica- sessoria Jurídica.
ção de membro ou servidor do COFECI ou do CRECI, § 2º - Se a peça preliminar descrever fato carac-
ou ofício de autoridade pública, que constituem suas terizador de infração cometida por pessoa física ou
peças preliminares. jurídica não inscrita, o Presidente do CRECI deixará
Parágrafo Único - O processo de representação de instaurar a representação, remetendo a referida
será de natureza escrita e oral, permitindo, além das peça preliminar à autoridade policial, com vistas à
provas documental e pericial, o depoimento de tes- instauração de processo contravencional.
temunhas e acareações. Artigo 48 - Com o despacho do Presidente do
Artigo 44 - A denúncia poderá ser apresentada CRECI proferido na forma do artigo anterior, a peça
por qualquer pessoa física ou jurídica, inscrita ou não preliminar será encaminhada à Coordenadoria de
no CRECI, e deverá conter a qualificação e assinatura Fiscalização, para:
do denunciante, além de narrar, fundamentadamen- a) - formar processo de representação com a
te, os fatos e circunstâncias tidas como caracteriza- lavratura de termo próprio, em 03 (três) vias, de-
dores da infração. vendo a primeira via dele constar, em seguimento a
§ 1º - Com petição escrita, o denunciante poderá peça preliminar;
juntar documentos ou indicar diligências para a per- b) - remeter a segunda via do termo de represen-
feita caracterização da infração. tação ao representado, para apresentação de defesa;
§ 2º - As denúncias somente serão recebidas pelo c) - arquivar a terceira via, para eventual restau-
protocolo do CRECI, quando contenham a assinatura ração do processo.
e a qualificação do denunciante. Parágrafo Único - O termo de representação será
Artigo 45 - O membro ou servidor do COFECI ou lavrado de forma clara e objetiva, sem entrelinhas ou
CRECI que, na realização de serviços, apure infra- rasuras, contendo:
ção, cuja comprovação quanto à existência e à au- a) - qualificação e endereço do representado;
toria independa de diligência ou de exame externo b) - data e local da lavratura;
de fiscalização, poderá comunicá-la, por escrito, ao c) - identificação do CRECI e seu endereço;
Presidente do CRECI, objetivando a instauração de d) - menção da peça originária da representação,
representação contra o infrator. bem como do despacho do Presidente que determi-
Artigo 46 - Nos ofícios encaminhados pelas au- nar a instauração do processo;

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e) - indicação da pessoa, membro do COFECI ou Artigo 57 - O Presidente distribuirá o processo a
CRECI ou da autoridade pública que subscrever a um Conselheiro - exceto os componentes da Direto-
peça originária; ria e os membros da Comissão de Ética e Fiscaliza-
f) - síntese dos fatos descritos na peça originária, ção Profissional que tenham funcionado no proces-
bem como a indicação do dispositivo legal infringido; so -, o qual o relatará e proferirá voto no Plenário,
g) - assinatura do Coordenador de Fiscalização. na Reunião seguinte.
Artigo 49 - A segunda via do termo de represen- Artigo 58 - No julgamento da representação em
tação será remetida ao representado por via postal, Plenário observar-se-á o que dispuser o Regimento
com aviso de recebimento (AR). Interno do CRECI.
Parágrafo Único - Não sendo efetivada a entre- Artigo 59 - Para a aplicação de sanções observar-
ga, proceder-se-á na forma dos §§ 1º, inciso II, 2° e -se-á, no que couber, o disposto nos artigos 28 e 29.
3° do art. 11. Artigo 60 - Serão transcritos no processo o
Artigo 50 - A Coordenadoria de Fiscalização de- voto do Relator e a decisão do Plenário, com as
verá certificar no processo os antecedentes disci- assinaturas, respectivamente, do relator e do
plinares do representado e se o mesmo se encon- Presidente do CRECI.
tra em débito de anuidade e emolumentos para Artigo 61 - Da decisão será dada ciência ao repre-
com o CRECI. sentado, através de ofício, por via postal, com aviso
Artigo 51 - A contar da data do recebimento de recebimento (AR). Parágrafo Único - Se proceden-
da segunda via do termo de representação ou do te a representação e não sendo efetivada a entrega
dia imediato ao da única publicação do edital, do ofício ao representado, aplicar-se-á, no que cou-
correrá o prazo improrrogável de 15 (quinze) dias ber, o disposto nos §§ 1°, inciso II, 2° e 3° do art. 11.
para a apresentação de defesa escrita, acompa- Artigo 62 - O representado poderá recorrer da
nhada ou não de documentos e requerimento de decisão que lhe impuser penalidade, na forma do
diligência e quaisquer provas admitidas em direi- artigo 63.
to, aplicando-se ao representado o disposto no Parágrafo Único - Transcorrido o prazo para re-
Parágrafo Único do art. 20. curso, sem que este tenha sido interposto, o Presi-
Artigo 52 - Durante o prazo de defesa o repre- dente do CRECI determinará a execução da penalida-
sentado poderá ter vista do processo na Coordena- de, na forma prevista na Seção V deste Capítulo.
doria de Fiscalização. Artigo 63 - O representado poderá, no prazo de
Artigo 53 - Caso o representado não apresente 30 (trinta) dias contados da data do recebimento
defesa, no prazo do art. 51, a Coordenadoria de Fis- do ofício a que se refere o artigo 61, interpor re-
calização certificará, no processo, a sua inação. curso para o COFECI contra a decisão que julgar
Artigo 54 - Esgotado o prazo do art. 51, a Coorde- procedente a representação.
nadoria de Fiscalização remeterá o processo, com ou Parágrafo Único - O recurso terá efeito suspensi-
sem defesa, ao Presidente do CRECI, que o encami- vo e será encaminhado por petição dirigida ao Presi-
nhará à Comissão de Ética e Fiscalização Profissional. dente do CRECI.
Artigo 55 - Recebendo o processo, o relator da Artigo 64 - Interposto o recurso, o Presidente
Comissão de Ética e Fiscalização Profissional: do CRECI procederá na forma prevista nos artigos
I - verificará se a sua instrução está regular e 34, 35 e 36.
completa, determinando eventuais medidas e dili- Artigo 65 - O julgamento do recurso no COFECI
gências necessárias, podendo, nesse caso, devolver obedecerá ao disposto no seu Regimento Interno.
o processo à Coordenadoria de Fiscalização para a Artigo 66 - Aplicam-se à execução de penalidade
realização das referidas diligências; imposta em processo de representação os dispositi-
II - presidirá a produção de prova testemunhal e aca- vos da Seção V, do Capítulo II deste Código.
reações requeridas na defesa e que julgue convenientes; Artigo 67 - São competentes:
III - deverá encaminhar o processo à Assessoria I - O agente de fiscalização e o membro ou servi-
Jurídica para apreciação. dor do CRECI, quando credenciados pelo Presidente
Artigo 56 - O Relator, após concluída a instrução, para exercer atividade de fiscalização externa, para
submeterá o processo à apreciação da Comissão de lavrar auto de infração, de constatação, e a notifica-
Ética e Fiscalização Profissional para elaboração de ção a que se refere o artigo 15;
relatório conjunto, no qual examinará o mérito e in- Que é o artigo desta resolução que diz que os docu-
dicará a falta cometida e a sanção cabível, encami- mentos solicitados pelo Agente Fiscal devem ser exibidos
nhando-o, em seguida, ao Presidente do CRECI. durante a diligência, sob pena de apresentação obrigató-

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ria no prazo de cinco dias úteis, na sede do CRECI. trativamente o membro ou servidor do CRECI que der
Item II - A Coordenadoria de Fiscalização do CRE- causa ao arquivamento a que se refere este artigo.
CI da Região, para: Artigo 71 - Os prazos previstos neste Código,
a) processar o auto de infração e de constatação; sempre computados excluindo-se o dia do começo e
b) lavrar o termo de representação, encaminhá- incluindo-se o do vencimento, serão contínuos e não
-lo ao representado e promover as diligências preli- se interromperão em domingos, sábados, feriados e
minares no processo de representação; dias de ponto facultativo, mas não começarão nem
III - O Presidente do CRECI da Região, para: terminarão nesses dias e, nesta última hipótese, se-
a) determinar a instauração de processo de rão prorrogados até o primeiro dia útil subsequente.
representação; Parágrafo Único - Excetua-se das disposições
b) reconhecer o efeito de pedido de reconsi- deste artigo o prazo referido no artigo 15.
deração no recurso interposto contra a decisão Artigo 72 - Qualquer membro da Diretoria, Con-
de primeira instância; selheiro ou servidor do CRECI que tenha conhe-
c) encaminhar recursos “ex-officio” e voluntá- cimento de infração ao art. 47 do Decreto-Lei n°
rio ao COFECI. 3.688, de 03 de outubro de 1941 (Lei das Contra-
IV - A Comissão de Ética e Fiscalização Profis- venções Penais) é obrigado a comunicá-lo ao Pre-
sional, para: sidente, e este, à autoridade policial para as provi-
a) julgar, em primeira instância, o processo origi- dências de sua área de competência.
nário de auto de infração; Artigo 73 - Aplicam-se às disposições deste Códi-
b) instruir ou complementar a instrução do pro- go aos processos em curso.
cesso de representação.
V - O Plenário do CRECI da Região, para:
a) julgar o pedido de reconsideração nos proces- Resolução COFECI 315/91 - fixa parâmetros para
sos originários de auto de infração; determinação de pena pecuniária aplicável às pesso-
b) julgar o recurso interposto nos processos ori- as físicas e jurídicas que sejam autuadas e respon-
ginários de auto de infração e de representação. dam processos disciplinares.
VI – As Câmaras Recursais para julgar os recursos Artigo 1º - Estabelecer a seguinte tabela para a
em processos de natureza disciplinar. aplicação de penas de multa para as pessoas físicas e
VII - O Plenário do COFECI, como última e defini- jurídicas inscritas nos Conselhos Regionais:
tiva instância, para: Item I - Pessoa Física:
a) julgar recursos em processos de natureza A. As infrações LEVES contidas no Artigo 3º, in-
administrativa; cisos II, III, IV, VII, VIII, X, XI e XII; Artigo 4º, incisos I
b) apreciar e julgar pedidos de reconsideração de e VI; Artigo 6º, incisos II, XIV, XV, XVI, XVII e XVIII do
suas próprias decisões; Código de Ética Profissional, serão punidas com a
c) apreciar e julgar pedidos de revisão de deci- multa de 1 a 3 anuidades, sem prejuízo das demais
sões das Câmaras Recursais. sanções penais previstas.
Estes incisos VI e VII têm redação dada pela Re- B. As infrações GRAVES contidas no Artigo 3º, in-
solução-Cofeci N.º 608/99. cisos I, V, Vl e IX; Artigo 4º, incisos II,III, IV, V, VII, VIII,
Artigo 68 - A punibilidade decorrente de ilícito IX e X; Artigo 6º, incisos I,III, IV, V, VI VII, VIII, IX, X, XI,
apurado em processo disciplinar prescreve em 05 XII, XIII, XIX e XX do Código de Ética Profissional serão
(cinco) anos contados da data de verificação de punidas com a multa de 2 a 6 anuidades.
sua ocorrência. Item II - Pessoa Jurídica:
Artigo 69 - A lavratura do auto de infração ou do Às pessoas jurídicas aplicar-se-á o mesmo crité-
termo de representação interrompe o prazo prescri- rio, considerando-se a anuidade correspondente ao
cional de que trata o artigo anterior. seu Capital Social conforme determina a Resolução
Parágrafo Único - A partir da data da entrega da COFECI nº 305/91.
defesa ou do transcurso do prazo para sua apresen- Parágrafo único - As multas serão calculadas con-
tação recomeçará a fluir novo prazo prescricional. soante o valor correspondente a anuidade do dia do
Artigo 70 - Será arquivado, “ex-officio” ou a re- seu efetivo pagamento.
querimento do autuado ou do representado, todo Art. 2º - Julgada procedente a autuação fiscal
processo disciplinar paralisado há mais de 03 (três) pelo caso de condenação à multa, o valor será re-
anos, pendente de despacho ou julgamento. duzido em 50% (cinquenta por cento) se o infrator
Parágrafo Único - Será responsabilizado adminis- efetuar o pagamento no prazo de 15 (quinze) dias

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contados da notificação da decisão sem interposi- laborar ou substituir;
ção de recurso. - anunciar capciosamente;
Artigo 3º é que está escrito que esta Resolução - reter em suas mãos negócio, quando não tiver
entra em vigor na data de sua publicação, que foi dia probabilidade de realizá-lo.
13 de dezembro de 1991, revogadas as disposições Punição: multa de 1 a 3 anuidades.
contrárias, nomeadamente o § 5º, do artigo 28, da
Resolução COFECI nº 146/82. As infrações GRAVES são:

Não cumprir com os seguintes pontos:


RESOLUÇÃO COFECI nº 326 - CÓDIGO DE ÉTICA - considerar a profissão como alto título de hon-
PROFISSIONAL. ra e não praticar nem permitir a prática de atos que
comprometam a sua dignidade;
As infrações LEVES são: - observar os postulados impostos por este Códi-
go, exercendo seu mister com dignidade;
Não cumprir com os seguintes pontos: - exercer a profissão com zelo, discrição, leal-
- prestigiar as entidades de classe, contribuin- dade e probidade, observando as prescrições le-
do sempre que solicitado, para o sucesso de suas gais e regulamentares;
iniciativas em proveito da profissão, dos profissio- - auxiliar a fiscalização do exercício profissional,
nais e da coletividade; cuidando do cumprimento deste Código, comunican-
- manter constante contato com o Conselho do, com discrição e fundamentalmente, aos órgãos
Regional respectivo, procurando aprimorar o tra- competentes, as infrações de que tiver ciência;
balho desse órgão; - apresentar, ao oferecer um negócio, dados ri-
- zelar pela existência, fins e prestígio dos Conse- gorosamente certos, nunca omitindo detalhes que o
lhos Federal e Regionais, aceitando mandatos e en- depreciem, informando o cliente dos riscos e demais
cargos que lhes forem confiados e cooperar com os circunstâncias que possam comprometer o negócio;
que forem investidos em tais mandatos e encargos; - recusar a transação que saiba ilegal, injusta
- defender os direitos e prerrogativas profissio- ou imoral;
nais e a reputação da classe; - comunicar, imediatamente, ao cliente o recebi-
- zelar pela própria reputação mesmo fora do mento de valores ou documentos a ele destinados;
exercício profissional; - prestar ao cliente, quando este as solicite ou logo
- não se referir desairosamente sobre seus colegas; que concluído o negócio, contas pormenorizadas;
- relacionar-se com os colegas, dentro dos prin- - restituir ao cliente os papéis de que não
cípios de consideração, respeito e solidariedade, em mais necessite;
consonância com os preceitos de harmonia da classe; - dar recibo das quantias que o cliente lhe pague
- colocar-se a par da legislação vigente e procurar ou entregue a qualquer título;
difundi-la a fim de que seja prestigiado e definido o - contratar, por escrito e previamente, a presta-
legítimo exercício da profissão; ção dos serviços profissionais;
- inteirar-se de todas as circunstâncias do negó- - receber, somente de uma única parte, comis-
cio, antes de oferecê-lo; sões ou compensações pelo mesmo serviço presta-
- zelar pela sua competência exclusiva na orien- do, salvo se, para proceder de modo diverso, tiver
tação técnica do negócio, reservando ao cliente a de- havido consentimento de todos os interessados, ou
cisão do que lhe interessar pessoalmente. for praxe usual na jurisdição.
Realizar um dos seguintes pontos: Cometer uma das seguintes infrações:
- manter sociedade profissional fora das normas - aceitar tarefas para as quais não esteja prepara-
e preceitos estabelecidos em lei e em Resoluções; do ou que não se ajustem às disposições vigentes, ou
- deixar de cumprir, no prazo estabelecido, deter- ainda, que possam prestar-se a fraude;
minação emanada do órgão ou autoridade dos Con- - promover a intermediação com cobrança de
selhos, em matéria de competência destes; “over-price”;
- aceitar incumbência de transação que esteja - locupletar-se, por qualquer forma, a custa
entregue a outro Corretor de Imóveis, sem dar-lhe do cliente;
prévio conhecimento, por escrito; - receber comissões em desacordo com a Tabela
- aceitar incumbência de transação sem contra- aprovada ou vantagens que não correspondam a ser-
tar com o Corretor de Imóveis, com que tenha de co- viços efetiva e licitamente prestados;

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- angariar, direta ou indiretamente, serviços de confiados caso não esteja expressamente autori-
qualquer natureza, com prejuízo moral ou material, ou zado para tanto.
desprestígio para outro profissional ou para a classe; Punição: multa de 2 a 6 anuidades.
- desviar, por qualquer modo, cliente de outro
Corretor de Imóveis;
- deixar de atender às notificações para escla- Resolução COFECI 316/91
recimento à fiscalização ou intimações para instru- Art. 1º As pessoas físicas e jurídicas que com ha-
ção de processos; bitualidade, exerçam atividades privativas do Corre-
- acumpliciar-se, por qualquer forma, com os tor de Imóveis sem estarem devidamente inscritas
que exercem ilegalmente atividades de transa- no CRECI, estarão sujeitas às seguintes multas:
ções imobiliárias; - Para Pessoas Físicas: Valor equivalente ao valor
- praticar quaisquer atos de concorrência des- de 1 a 5 anuidades que sejam atribuídas às pessoas
leal aos colegas; físicas legalmente inscritas;
- promover transações imobiliárias contra dispo- - Para Pessoa Jurídica: Valor equivalente ao valor
sição literal da lei; de 2 a 10 anuidades que sejam atribuídas às pessoas
- abandonar os negócios confiados a seus cuida- físicas legalmente inscritas.
dos, sem motivo justo e prévia ciência do cliente; Essas multas são calculadas com base no valor
- solicitar ou receber do cliente qualquer favor integral da anuidade e não são considerados even-
em troca de concessões ilícitas; tuais descontos.
- utilizar sua posição para obtenção de vantagens E nessa resolução está escrito que se o pagamen-
pessoais, quando no exercício de cargo ou função em to for feito em até quinze dias, contados da data da
órgão ou entidades de classe; notificação da decisão, o valor será reduzido em cin-
- receber sinal nos negócios que lhe forem quenta por cento.

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RESUMO

- Lei 6.530 – Dá regulamentação à profissão de Corretor de Imó-


veis e disciplina o funcionamento de seus órgãos de fiscalização.
- Artigo 20º: Diz o que é vedado ao Corretor de Imóveis.
- Decreto nº 81.871 – Regulamenta a Lei 6.530
- Artigo 38º lista as infrações disciplinares.
- Resolução COFECI 1.127 - definem os critérios do estágio
obrigatório e do estágio profissionalizante opcional.
- Resolução COFECI 326 aprova o CÓDIGO DE ÉTICA PRO-
FISSIONAL, que lista o que cumpre ao Corretor de Imóveis em
relação ao exercício da profissão, à classe e aos colegas, bem
como em relação aos clientes, além de listar o que é vedado ao
Corretor de Imóveis.
- Resolução COFECI 1.065 estabelece as regras para utiliza-
ção de nome abreviado por pessoas físicas e de nome fantasia
por empresários e pessoas jurídicas.
- Resolução COFECI 146 aprova o CÓDIGO DE PROCESSO
DISCIPLINAR.
- O Processo Disciplinar tem por base o Auto de Infração e
o Termo de Representação.
- Resolução COFECI 315 fixa parâmetros para determinação de
pena pecuniária aplicável às pessoas físicas e jurídicas que sejam
autuadas e respondam processos disciplinares.
- Define quais são infrações leves e quais
são as graves.
- Resolução COFECI 316 define as
penas pecuniárias para os não inscritos.

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INSCRIÇÃO NO CRECI

Resolução COFECI nº 1.058 de2007. Vou lá pegá- amparado em fato ou documento novo, sem embar-
-la e já volto. go de recurso voluntário ao COFECI.
Artigo 1º - A Inscrição provisória nos Conselhos Art. 5° - Esta Resolução entrará em vigor na data
Regionais de Corretores de Imóveis poderá ser ins- da sua publicação, revogadas as disposições em con-
truída com Certidão de Conclusão de Curso, expe- trário, especialmente as Resoluções COFECI números
dida por estabelecimento de ensino reconhecido 368/93 e 860/04.
pelo COFECI.
Parágrafo 1º – A apresentação do diploma
transformará automaticamente a inscrição provi- Resolução COFECI 327 de 1992 - Revê, consolida
sória em definitiva. e estabelece normas para inscrição de pessoas físicas
Parágrafo 2º - Ao corretor de imóveis cuja inscri- e jurídicas nos Conselhos Regionais de Corretores de
ção tenha sido deferida na forma prevista neste arti- Imóveis. “Ad referendum”...
go será concedido prazo de seis meses para apresen- Artigo 1º Constituem atos privativos da profissão
tação do diploma, renovável por, no máximo, igual de Corretor de Imóveis os de intermediação nas tran-
período, a critério do Conselho Regional, sob pena de sações em geral sobre imóveis, inclusive, na compra e
decretação sumária de nulidade da inscrição. venda, promessa de venda, cessão, promessa de ces-
Parágrafo 3º - Durante o período em que preva- são, permuta, incorporação, loteamento e locação.
lecer a inscrição provisória seu titular não poderá ser Art. 2º - O exercício da atividade de intermedia-
responsável técnico por pessoa jurídica. ção imobiliária, inclusive o de atos privativos da pro-
Artigo 2º - Também poderão instruir pedidos fissão de Corretor de Imóveis, somente é permitido às
de inscrição de pessoas físicas, em caráter definiti- pessoas físicas e jurídicas detentoras de inscrição nos
vo, certidões de inteiro teor, com a correspondente Conselhos Regionais de Corretores de Imóveis e que
justificativa da não expedição do Diploma, expedidas satisfaçam as condições para o exercício profissional.
pelas Secretarias de Ensino dos Estados. Art. 3º - Atendidos os requisitos legais e regula-
Art. 3º - Além dos documentos elencados no ar- mentares, é assegurada a inscrição:
tigo 8º da Resolução-COFECI nº 327/92, é indispen- I - aos técnicos em Transações Imobiliárias, for-
sável que o candidato à inscrição apresente prova de mados por estabelecimentos de ensino reconhecidos
residência no Estado ou atestado de residência expe- pelos órgãos educacionais competentes;
dido pela autoridade policial competente. II - às pessoas jurídicas legalmente constituídas
Art. 4º - O indeferimento do pedido de inscrição para os objetivos de intermediação imobiliária, inclusi-
não obsta que o mesmo seja reiterado, desde que ve para os fins previstos no artigo 1º desta Resolução.

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Parágrafo Único - As empresas colonizadoras que que estiver inscrita a matriz.
loteiam, constroem e incorporam imóveis, nos ter- Artigo 7º - O cancelamento da inscrição principal
mos dos artigos 3º e seu parágrafo único, 4º e 6º e da pessoa física ou jurídica acarretará, automatica-
seu parágrafo único da Lei N.º 6.530/78, estão obri- mente, a da inscrição secundária, mas a perda desta
gadas a se inscreverem nos Conselhos Regionais de não determinará a daquela.
Corretores de Imóveis, na forma desta Resolução. Parágrafo Único - Aplica-se à suspensão da inscri-
Art. 4º - A inscrição no Conselho Regional de Cor- ção o disposto neste artigo.
retores de Imóveis será: Artigo 8° - A inscrição principal de Corretor de
I - originária ou principal; Imóveis se fará mediante requerimento dirigido ao
II - secundária ou suplementar. Presidente do CRECI, com menção:
Art. 5º - Inscrição originária ou principal é aquela I - do nome do requerente por extenso e do
feita no CRECI da Região onde o Corretor de Imóveis nome profissional abreviado que pretende usar;
tenha o seu domicílio e exerça a sua atividade perma- II - da nacionalidade, estado civil e filiação;
nente ou esteja sediada a matriz da pessoa jurídica. III - da data e local de nascimento;
Parágrafo 1º - Se o Corretor de Imóveis tiver mais IV - da residência profissional;
de um domicílio, apenas no Conselho Regional de um V - do número de inscrição no Cadastro de Pes-
deles poderá possuir a inscrição principal. soas Físicas (CPF);
Parágrafo 2º - A inscrição principal faculta o exer- Parágrafo 1° - O requerimento que se refere este
cício permanente da intermediação imobiliária da artigo será instruído com os seguintes documentos:
pessoa física ou jurídica na Região do CRECI onde es- a) - cópia da carteira de identidade;
tiver inscrita e o exercício eventual em qualquer par- b) - cópia do certificado que comprove a quita-
te do Território Nacional. ção com o serviço militar;
Parágrafo 3º - O exercício eventual da interme- c) - cópia do título de Técnico em Transações Imo-
diação imobiliária em região distinta da principal será biliárias fornecido por estabelecimento de ensino re-
permitido mediante comunicação prévia ao CRECI conhecido pelos órgãos educacionais competentes;
da Região do exercício eventual da profissão, após o d) - cópia do título de eleitor;
pagamento de anuidade proporcional a 120 (cento e) - declaração do requerente, sob as penas da
e vinte) dias e a consequente anotação na Carteira lei, de que não responde nem respondeu a inquérito
Profissional do interessado. A continuidade do exer- criminal ou administrativo, execução civil, processo
cício eventual por período superior a esse tempo só falimentar e que não tenha títulos protestados no úl-
será possível mediante inscrição secundária nos ter- timo quinquênio, bem como os locais de residências
mos desta Resolução. no mesmo período.
Parágrafo 4º - Para o exercício eventual, a pessoa Parágrafo 2º - A efetiva entrega da Carteira Pro-
física ou jurídica comunicará ao Presidente do CRECI fissional de Corretor de Imóveis, somente será fei-
da Região onde irá exercer a atividade profissional a ta mediante a apresentação, pelo interessado, do
transação imobiliária, bem como a sua qualificação comprovante do pagamento da contribuição sindi-
completa e o número da sua inscrição no Conselho cal obrigatória.
Regional de origem. Artigo 9º - O estrangeiro, além dos documen-
Parágrafo 5º - O Presidente do CRECI, recebendo tos enumerados no parágrafo 1º do artigo 8º, exce-
a comunicação, anotará, de imediato, na carteira de tuados os das alíneas b e d, deverão comprovar a
identidade profissional do Corretor de Imóveis ou permanência legal e ininterrupta no País durante o
do representante legal da pessoa jurídica, a auto- último triênio.
rização para o exercício eventual da intermediação Parágrafo Único - O documento referido na alí-
imobiliária e a data do início do prazo a que se refe- nea ‘c’ do parágrafo 1º do artigo 8º poderá ser supri-
re o § 3º deste artigo. do por título equivalente ou superior, devidamente
Artigo 6º - Inscrição secundária ou suplementar reconhecido pelo órgão educacional competente.
é a efetuada no Conselho Regional diverso daquele Artigo 10 - A juntada de documentos referidos
em que a pessoa física ou jurídica possuir a inscri- nas alíneas a, b, c e d do §1º do artigo 8º, poderá ser
ção principal, para permitir o exercício da atividade feita por cópia autenticada, dispensada a conferência
profissional além dos limites fixados no § 3º do ar- com o documento original.
tigo 5° Parágrafo Único - É obrigatória a inscrição Parágrafo Único - A autenticação poderá ser feita
secundária de filial da pessoa jurídica que exerça mediante cotejo da cópia com o original, por servidor
atividade imobiliária em Região diversa daquela em do CRECI a quem for conferida essa atribuição, caso

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não tenha sido efetuada, anteriormente, por tabelião. identidade profissional, prestará o compromisso de
Artigo 11 - O pedido de inscrição formará pro- fielmente observar as regras a que está sujeito, atinen-
cesso que será apreciado, previamente, por Comis- tes ao exercício da profissão de Corretor de Imóveis.
são do CRECI que poderá solicitar diligência ou en- Parágrafo Único - A inscrição do Corretor de Imó-
caminhá-lo, se devidamente instruído, com parecer veis somente será considerada completa após ter o re-
conclusivo à Diretoria. querente prestado o compromisso a que se refere este
Parágrafo 1º - Qualquer exigência da Comissão artigo e receber a sua carteira de identidade profissional.
do CRECI será comunicada por ofício ao requerente, Artigo 20 - O Conselho Regional fornecerá ao Cor-
pelo Secretário, a fim de ser atendida. retor de Imóveis inscrito carteira e cédula de identi-
Parágrafo 2º - O não atendimento da exigência, dade profissional contendo os seguintes elementos:
no prazo de 30 (trinta) dias contados da data do re- I - nome, por extenso, do profissional;
cebimento do ofício a que se refere o parágrafo an- II - filiação;
terior, acarretará o arquivamento do processo de ins- III - nacionalidade e naturalidade;
crição, o qual somente será desarquivado mediante IV - data do nascimento;
o cumprimento da exigência formulada. V - número e data da inscrição;
Artigo 12 - Com o parecer conclusivo da Comis- VI - denominação do Conselho Regional que efe-
são, o Presidente do CRECI encaminhará o processo tuou a inscrição;
de inscrição ao Plenário para decisão. VII - fotografia e impressão datiloscópica;
Artigo 13 - Qualquer pessoa poderá impugnar, VIII - data de sua expedição e assinaturas do pro-
documentadamente, o pedido de inscrição do reque- fissional inscrito, do Presidente e do Diretor 1° Secre-
rente, objetivando o seu indeferimento. tário do Conselho Regional.
Parágrafo Único - A autoridade a que estiver Parágrafo Único - O fornecimento da carteira e
submetido o processo, desde que reconheça na im- da cédula de identidade profissional está sujeito ao
pugnação indícios que possam comprometer a con- pagamento de emolumentos.
cessão da inscrição, deverá baixar o processo em dili- Artigo 21 - O exercício da profissão de Corretor
gência para elucidar os fatos apontados. de Imóveis somente poderá ser iniciado após o aten-
Artigo 14 - Instruído o processo, inclusive se for dimento das formalidades da inscrição e do paga-
o caso, com o esclarecimento da impugnação a que mento da primeira anuidade.
se refere o artigo anterior, o Plenário decidirá sobre a Parágrafo Único - O pagamento da primeira anui-
inscrição requerida. dade, a ser recolhido concomitantemente com os
Artigo 15 - A decisão do Plenário será transcrita emolumentos referentes à expedição da carteira de
no processo e comunicada ao requerente por ofício identidade profissional, será proporcional ao período
do Secretário do CRECI. não vencido do exercício.
Artigo 16 - O requerente, dentro do prazo de 30 Artigo 22 - Expedida a carteira de identidade pro-
(trinta) dias contados da data da ciência da decisão, fissional, o portador deverá, dentro de 60 dias, satis-
poderá dela recorrer para o COFECI, através de peti- fazer a legislação fiscal e previdenciária para estabe-
ção dirigida ao Presidente do CRECI. lecer-se, sob pena de cancelamento automático da
Artigo 17 - O Presidente do CRECI poderá atribuir inscrição e de apreensão da citada carteira.
ao recurso, acompanhado ou não de documentos, Artigo 23 - Se a carteira de identidade profissio-
efeito de pedido de reconsideração, submetendo-o nal for extraviada, danificada ou se tornar imprestá-
ao reexame do Plenário. vel para o fim a que se destina, o Conselho Regional
Parágrafo 1° - Caso não reconheça efeito de pe- expedirá segunda via, com essa designação expressa,
dido de reconsideração ao recurso, o Presidente do mediante o pagamento dos emolumentos devidos.
CRECI encaminhá-lo-á ao COFECI, para decisão em Art. 24 - A inscrição principal da pessoa jurídica
última e definitiva instância. se fará mediante requerimento dirigido ao Presiden-
Parágrafo 2° - Se o Plenário do CRECI negar provi- te do CRECI, com menção:
mento ao pedido de reconsideração remeterá o pro- I - do nome ou razão social do requerente,
cesso ao COFECI para decisão final. bem como o seu nome de fantasia ou marca de
Artigo 18 - O julgamento do recurso no COFECI serviço, se possuir;
obedecerá ao disposto no seu Regimento Interno. II - endereço completo da matriz e, se houver,
Artigo 19 - Deferida a inscrição, originariamente de suas filiais;
ou em grau de recurso, o requerente, perante o Ple- III - do número de inscrição da requerente no
nário do CRECI, no ato do recebimento da carteira de INSS, ISS, CGC e a do registro na Junta Comercial (li-

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vro, folha e data) ou do Cartório do Registro de Pes- física ou jurídica possuir a inscrição principal com
soas Jurídicas (livro, folha e data). a indicação da Região e da localidade em que pre-
IV - da qualificação completa do seu sócio-geren- tender se estabelecer.
te ou diretor (nome, nacionalidade, estado civil, pro- Artigo 31 - O Conselho Regional onde a pessoa
fissão, inscrição no CPF, no CRECI e o número, órgão física ou jurídica possuir a inscrição principal forne-
e data da expedição, do documento de identidade). cerá à requerente certidão ou cópia dos requeri-
Parágrafo Único - O requerimento citado neste mentos e documentos a que se referem, respectiva-
artigo deverá ser firmado pelo sócio-gerente ou dire- mente, os artigos 8º e 9º e 24 e 25, bem como cópia
tor da pessoa jurídica requerente, Corretor de Imó- da sua folha de inscrição, com todas as anotações e
veis inscrito e quite com suas obrigações financeiras de certidão de quitação das obrigações financeiras,
perante o Conselho Regional. acompanhados de ofício dirigido ao Presidente do
Artigo 25 - Com o requerimento a que alude o Conselho da Região onde a requerente pretender a
artigo anterior deverão ser anexados: inscrição secundária.
a) - cópia do ato constitutivo da pessoa jurídica; Artigo 32 - Aplicar-se-á ao processamento da de-
b) - declaração, sob as penas da lei, firmada pelo cisão do pedido de inscrição secundária no Conselho
sócio-gerente ou diretor, de que a requerente não Regional onde a requerente pretender exercer a ati-
responde nem respondeu à execução civil ou a pro- vidade da intermediação imobiliária, no que couber,
cesso falimentar e que não tem títulos protestados o disposto nos artigos 10 a 18.
no último quinquênio. Artigo 33 - Deferido o requerimento, o Conselho
Artigo 26 - Aplica-se ao processo de inscrição Regional promoverá a anotação do número da ins-
da pessoa jurídica, no que couber, o disposto nos crição secundária seguida da letra “S” na carteira de
artigos 10 a 18. identidade profissional da pessoa física ou no certifi-
Artigo 27 - Deferida a inscrição, originariamente cado de inscrição da pessoa jurídica.
ou em grau de recurso, o Conselho Regional forne- Artigo 34 - O exercício da atividade da interme-
cerá à requerente certificado de inscrição, contendo: diação imobiliária na Região da inscrição secundária
I - nome ou razão social da pessoa jurídica; somente poderá ser iniciado após a anotação a que
II - número da inscrição precedido da letra “J”; se refere o artigo anterior e o pagamento da primei-
III - data da inscrição; ra anuidade, que será proporcional ao período não
IV - denominação do Conselho Regional que efe- vencido do exercício.
tuou a inscrição; Artigo 35 - A anuidade será paga até o último dia
V - nome do sócio-gerente ou diretor da pessoa útil do trimestre de cada ano, salvo a primeira que
jurídica, inscrito como Corretor de Imóveis e o núme- será devida no ato da inscrição.
ro de sua inscrição no CRECI da Região; Parágrafo Único - O valor das anuidades da ins-
VI - assinatura do responsável pela pessoa ju- crição principal e secundária, bem como a forma
rídica, do Presidente e do Diretor 1° Secretário do de sua cobrança, será estabelecido por Resolução
Conselho Regional. do COFECI.
Parágrafo Único - O fornecimento do certificado de Artigo 36 - A pessoa física deverá comunicar ao
inscrição está sujeito ao pagamento de emolumentos. CRECI em que possuir inscrição principal ou secundá-
Artigo 28 - O exercício da atividade de interme- ria qualquer alteração em seus dados cadastrais alu-
diação imobiliária pela pessoa jurídica somente pode- didos no artigo 8º, no prazo de 30 (trinta) dias conta-
rá ser iniciado após o atendimento das formalidades dos da ocorrência da modificação.
da inscrição e do pagamento da primeira anuidade. Artigo 37 - O Corretor de Imóveis que deixar de
Parágrafo Único - O pagamento da primeira anui- ser responsável por pessoa jurídica deverá comuni-
dade, a ser recolhido concomitantemente com os car o fato ao CRECI, no prazo de 15 (quinze) dias con-
emolumentos referentes à expedição do certificado tados da data da desvinculação.
de inscrição, será proporcional ao período não ven- Artigo 38 - A pessoa jurídica deverá comunicar
cido do exercício. ao CRECI em que possuir inscrição principal:
Artigo 29 - Se o certificado de inscrição for extra- I - no prazo de 30 (trinta) dias:
viado ou danificado, o Conselho Regional expedirá a a) a substituição do Corretor de Imóveis, sócio-
segunda via, com essa designação expressa, median- -gerente ou diretor;
te o pagamento dos emolumentos devidos. b) a alteração de seus dados cadastrais a que alu-
Artigo 30 - A inscrição secundária será reque- de o artigo 24.
rida perante o Conselho Regional onde a pessoa II - no prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer alte-

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ração contratual que vier a sofrer. Parágrafo 5º - A inscrição principal no CRECI de
Artigo 39 - As pessoas jurídicas que instalarem origem será considerada cancelada, na data da efeti-
filiais, com capital destacado do capital social da ma- vação da transferência.
triz, na mesma região do CRECI em que estiver ins- Artigo 42 - A pessoa física ou jurídica, median-
crita, deverão providenciar, no prazo de 15 (quinze) te requerimento dirigido ao Presidente do CRECI em
dias do arquivamento do ato constitutivo da filial, a que possuir a inscrição secundária, poderá transfor-
averbação da mesma junto ao CRECI, instruindo o re- má-la em principal, desde que se encontre quite com
querimento com: o pagamento das anuidades, multas e emolumentos
a) cópia do ato constitutivo da filial; devidos e não esteja respondendo a processo disci-
b) comprovante do recolhimento da contri- plinar em ambos os Conselhos Regionais.
buição sindical; Parágrafo 1º - O requerente instruirá o pedido de
c) prova de que a filial se encontra sob responsabi- transferência com certidão fornecida pelo CRECI de
lidade de sócio-gerente ou diretor, Corretor de Imóveis; origem atestando a quitação quanto ao pagamento
d) comprovante do recolhimento da taxa de de anuidades, multas e emolumentos e que não res-
averbação correspondente a 20% (vinte por cento) ponde a processo disciplinar.
da taxa de inscrição da matriz. Parágrafo 2º - O requerimento, anexado ao pro-
Artigo 40 - O não atendimento das obrigações cesso de inscrição secundária, será decidido pelo Ple-
previstas neste Capítulo nos prazos fixados sujeitará nário do Conselho Regional.
a pessoa física ou jurídica infratora a processo disci- Parágrafo 3º - Aplica-se ao processo de transfe-
plinar, por infringência do artigo 20, VIII, da Lei N.º rência de inscrição secundária em principal o dispos-
6.530, de 12 de maio de 1978. to nos §§ 2º a 5º do artigo 41.
Art. 41 - A pessoa física ou jurídica, mediante Artigo 43 - Os efeitos da inscrição principal ou se-
requerimento dirigido ao Presidente do CRECI em cundária podem ser suspensos a critério do Plenário
que possuir inscrição principal, poderá transferi-la do Conselho Regional:
para outro Conselho Regional, desde que se encon- I - a pedido da pessoa física, no caso de doença
tre quite com o pagamento de anuidades, multas e grave ou exercício de mandato, cargo ou função pú-
emolumentos devidos e não esteja respondendo a blicos incompatíveis com a atividade profissional, por
processo disciplinar. período determinado;
Parágrafo 1º - Instruído o processo no órgão ori- II - “ex-officio”, no caso de sentença judicial em
ginal deverá ser emitida certidão a ser apresentada, ação penal que imponha pena acessória da interdição
ou encaminhada ao CRECI para onde pretende o in- de direitos ao Corretor de Imóveis;
teressado se transferir, a qual conterá o seu nome, Inciso III - em decorrência da aplicação da penali-
número de inscrição, filiação, naturalidade, data de dade do artigo 21, IV, da Lei N.º 6.530, de 12 de maio
nascimento, CPF, declaração de quitação de anuida- de 1978 à pessoa física ou jurídica.
de, bem como qualquer anotação de elogio ou pena- Parágrafo 1° - No caso dos incisos I e II deste ar-
lidade porventura existente em sua ficha. tigo o Corretor de Imóveis ficará dispensado de votar
Parágrafo 2º - Aplica-se ao processo de transfe- nas eleições do Conselho Regional e de pagar anuida-
rência de inscrição principal, no que couber, o dispos- de, no período da suspensão da inscrição.
to nos artigos 10 a 18. Parágrafo 2° - No caso do inciso III deste artigo,
Parágrafo 3º - Deferida a transferência da inscri- o Corretor de Imóveis ficará impedido de votar
ção, será fornecida ao requerente, conforme o caso, nas eleições do Conselho Regional, mas obrigado,
nova carteira e cédula de identidade profissional ou da mesma forma que a pessoa jurídica, ao paga-
certificado de inscrição, desde que pagos os emolu- mento da anuidade.
mentos devidos e restituídos, no ato, os documentos Artigo 44 - O Presidente do CRECI, tendo em vis-
acima mencionados expedidos pelo CRECI de origem. ta a decisão do Plenário, determinará a anotação na
Parágrafo 4º - O Presidente do CRECI para onde carteira de identidade profissional do Corretor de
for transferida a inscrição principal do requerente co- Imóveis da suspensão da sua inscrição, com indica-
municará, por ofício, ao CRECI de origem a efetivação ção do respectivo período de duração.
da transferência, acompanhado da carteira e cédula Parágrafo Único - No caso do inciso III do artigo
de identidade profissional ou do certificado de inscri- 43, o Presidente do CRECI determinará a anotação da
ção, para serem inutilizados nesse Órgão e tomadas penalidade de suspensão da inscrição imposta à pes-
as demais providências, objetivando a desvinculação soa jurídica, na carteira de identidade profissional do
da pessoa física ou jurídica. sócio-gerente ou diretor por ela responsável.

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Artigo 45 - Se a pessoa física ou jurídica, fissional do Corretor de Imóveis ou o Certificado de Ins-
cuja inscrição tiver sido suspensa, praticar ato crição da pessoa jurídica.
de intermediação imobiliária responderá a Parágrafo Único - Não ocorrendo entrega espon-
processo disciplinar por infringência ao arti- tânea dos documentos, o Conselho Regional deverá
go 20, VIII da Lei N.º 6.530, de 12 de maio de requerer a sua busca e apreensão.
1978, e artigo 38, III, do Decreto N.º 81.871, Artigo 49 - O Presidente do Conselho Regional
de 29 de junho de 1978. onde a pessoa física ou jurídica tiver inscrição secun-
Artigo 46 - A qualquer tempo, o Corre- dária anotará na carteira de identidade profissional
tor de Imóveis que tiver obtido a suspensão ou no certificado o cancelamento da referida inscri-
dos efeitos da inscrição, no caso do inciso I ção, comunicando esse fato ao CRECI de origem.
do artigo 43, poderá requerer a suspensão da Artigo 50 - Os Conselhos Regionais manterão
interrupção, a fim de restabelecer o exercício atualizado o Cadastro de pessoas físicas ou jurídicas
de sua atividade profissional. que possuam ou tenham possuído inscrição prin-
Parágrafo Único - O Presidente do CRECI cipal ou secundária, anotando todos os atos a que
determinará a anotação da interrupção da alude esta Resolução.
suspensão na carteira de identidade profis- Artigo 51 - O número de inscrição, principal ou
sional do requerente. secundária, identificador da pessoa física ou jurídi-
Artigo 47 - O cancelamento da inscrição ca, é imutável e será concedido em ordem crono-
principal ou secundária poderá ser determi- lógica a cada inscrição.
nado a critério do Plenário do Regional: Parágrafo 1º - No caso de cancelamento da ins-
I - a pedido da pessoa física ou jurídica, crição, pelas hipóteses do artigo 47, o número que
juntando ao requerimento, respectivamente, a identifica não poderá ser atribuído a outra pes-
carteira e cédula de identidade profissional soa física ou jurídica.
ou certificado de inscrição; Parágrafo 2º - À pessoa física ou jurídica que tiver
II - “ex-officio”, no caso de morte da pes- sua inscrição principal ou secundária cancelada a pe-
soa física ou extinção da pessoa jurídica; dido ou por falta de pagamento de anuidades e vol-
III - em decorrência de aplicação da pena- tar a se inscrever no mesmo Conselho Regional será
lidade do artigo 21, V, da Lei N.º 6.530, de 12 atribuído o mesmo número de inscrição.
de maio de 1978, à pessoa física ou jurídica. Artigo 52 - Aplicam-se as disposições desta Reso-
Parágrafo 1° - No caso do inciso I, o Con- lução aos processos originados dos pedidos de inscri-
selho Regional, para conceder o cancelamen- ção em tramitação.
to, verificará se a pessoa física ou jurídica está Artigo 53 - Esta Resolução entrará em vigor na
quite com anuidades e multas que lhe tenham data de sua publicação no Diário Oficial da União, re-
sido aplicadas e com a contribuição sindical vogadas as Resoluções-COFECI nºs 148/82, 160/83,
obrigatória e, no caso específico de pessoa 165/83, 235/88 e 251/89.
jurídica, se foi suprimido de seu contrato so-
cial o objetivo de intermediação imobiliária,
inclusive os atos referidos no artigo 1º desta
Resolução.
Parágrafo 2° - A pessoa física ou jurídica
que tiver sua inscrição cancelada a pedido,
poderá se reinscrever no Conselho Regional
desde que atenda as exigências da época do
novo pedido.
Parágrafo 3º - A pessoa física ou jurídica
que tiver sua inscrição cancelada em decor-
rência de falta de pagamento de anuidade,
emolumentos ou multas, terá restaurada a
inscrição automaticamente, desde que satis-
faça o débito devidamente corrigido.
Artigo 48 - No caso de cancelamento da
inscrição principal, o Conselho Regional deverá
recolher a carteira e cédula de identidade pro-

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AUTORIZAÇÃO DE INTERMEDIAÇÃO

Portaria CRECISP 3277/06 do CPFMF e endereço residencial;


c) preço de venda e/ou aluguel mensal;
Artigo 1º - A partir desta data, as autorizações d) prazo de validade da proposta.
de intermediação de venda e/ou locação de imó- Parágrafo único - Caso o proprietário ou titu-
veis, deverão ostentar dados mínimos que possam lar dos direitos seja casado, a autorização deverá
permitir a completa identificação do imóvel objeto conter a qualificação completa do cônjuge.
da intermediação e do seu proprietário, a saber: Artigo 2º - Outrossim, fica estabelecido como
a) endereço completo do imóvel; modelo oficial de ficha de cadastro de imóvel e de
b) qualificação do proprietário ou titular dos seu proprietário, as minutas em anexo, com reco-
direitos; nome, nacionalidade, estado civil, pro- mendação de sua utilização por todas as pessoas
fissão, número da cédula de identidade, número inscritas neste Conselho.

RESPONSABILIDADE CIVIL DOS


CORRETORES DE IMÓVEIS

Do artigo 722 ao artigo 729 do Código Civil. mente entre as partes, nenhuma remuneração será
Artigo 722. Pelo contrato de corretagem, uma devida ao corretor; mas se, por escrito, for ajustada
pessoa, não ligada a outra em virtude de mandato, a corretagem com exclusividade, terá o corretor di-
de prestação de serviços ou por qualquer relação de reito à remuneração integral, ainda que realizado o
dependência, obriga-se a obter para a segunda um negócio sem a sua mediação, salvo se comprovada
ou mais negócios, conforme as instruções recebidas. sua inércia ou ociosidade.
Artigo 723. O corretor é obrigado a executar a Artigo 727. Se, por não haver prazo determinado,
mediação com a diligência e prudência, e a prestar o dono do negócio dispensar o corretor, e o negócio se
ao cliente, espontaneamente, todas as informações realizar posteriormente, como fruto da sua mediação,
sobre o andamento do negócio. a corretagem lhe será devida; igual solução se adotará
Artigo 724. A remuneração do corretor, se não es- se o negócio se realizar após a decorrência do prazo
tiver fixada em lei, nem ajustada entre as partes, será ar- contratual, mas por efeito dos trabalhos do corretor.
bitrada segundo a natureza do negócio e os usos locais. Artigo 728. Se o negócio se concluir com a interme-
Artigo 725. A remuneração é devida ao corretor diação de mais de um corretor, a remuneração será paga
uma vez que tenha conseguido o resultado previsto a todos em partes iguais, salvo ajuste em contrário.
no contrato de mediação, ou ainda que este não se Artigo 729. Os preceitos sobre corretagem cons-
efetive em virtude de arrependimento das partes. tantes deste Código não excluem a aplicação de ou-
Artigo 726. Iniciado e concluído o negócio direta- tras normas da legislação especial.

Todos
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