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Abstract. It is important that applications (apps) for mobile devices are desig-
ned to promote good usability and user experience (UX). In Brazil, the most
used apps store is Google Play, on Android, where the three most downloaded
applications of the Brazilian Government are also available. Based on 330 user
reviews of these applications, the usability and UX were analyzed through re-
views on Google Play by users of the most popular Android applications of the
Brazilian Federal Government. Through manual analysis of the reviews, a cate-
gorization was created and the results indicate that some of these criteria were
not met. Despite the recognized efforts of the Government and the high score on
Google Play, opportunities for improvements associated with effectiveness and
efficiency were identified, impacted by problems in authentication and facial re-
cognition, in the handling of error messages and the inconsistency of data from
apps.
2. Fundamentação Teórica
Esta seção aborda os principais conceitos a serem utilizados para o desenvolvimento deste
trabalho, sendo eles: usabilidade, experiência do usuário e governo eletrônico.
2.1. Usabilidade
A usabilidade é conceituada inicialmente na ISO 9241, indicando até que ponto um
sistema, produto ou serviço pode ser usado por usuários especı́ficos para atingir ob-
jetivos especı́ficos com eficácia, eficiência e satisfação em situações especı́ficas de
uso[NBR ISO/IEC 2021]. Assim, enquanto a eficácia relaciona-se à extensão na qual
os resultados reais correspondem àqueles pretendidos, a eficiência aponta, em relação
aos resultados alcançado, os recursos utilizados, que podem ser tempo, esforço humano,
dinheiro e materiais [NBR ISO/IEC 2011].
Ainda, no contexto da qualidade de software, o termo é trazido na ISO 9126,
referindo-se à capacidade de um produto de software, sob uma condição especificada,
ser compreendido, aprendido, operado e atrativo ao usuário [NBR ISO/IEC 2003]. Essa
norma propõe algumas sub-caracterı́sticas, como inteligibilidade, que diz respeito à capa-
cidade de um produto de software de permitir que o usuário compreenda se ele é apropri-
ado e de que maneira ele pode ser utilizado para o contexto que necessita; atratividade, que
se refere à capacidade do software de ser atrativo para o usuário; e a conformidade voltada
à usabilidade, que se relaciona às normas, convenções, guias de estilo ou regulamentações
associadas à usabilidade [NBR ISO/IEC 2003].
A usabilidade pode ser entendida também como atributo de qualidade relacionado
à facilidade de um usuário utilizar uma UI [Nielsen 1994]. Nesse aspecto, de acordo com
1
Link para a entidade no Google Play: https://play.google.com/store/apps/dev?id=5829287075355252046
Nielsen (1994), ela é definida por cinco componentes: i) capacidade de aprendizado (do
inglês, learnability), que diz sobre o quão fácil é para um usuário completar tarefas em um
primeiro contato com o design do software; ii) eficiência, relacionada à velocidade que um
utilizador do software, dado que já o conhece, realiza as tarefas; iii) memorização, que
se refere à capacidade do usuário reestabelecer sua proficiência no sistema de software
após um perı́odo sem utilizá-lo; iv) erros, relacionado à quantidade de erros informados
pelo sistema cometidos pelo usuário, bem como a gravidade e o quão fácil é recuperar-se
deles; v) e satisfação, relacionado ao quão prazeroso é de se utilizar o design proposto na
UI do software.
3. Trabalhos Relacionados
Esta seção discute alguns trabalhos que possuem relação com a atual pesquisa, seja por
abordar a usabilidade e experiência do usuário no contexto de soluções tecnológicas do
Governo brasileiro, seja por discutir a relação entre a qualidade dos aplicativos e as
avaliações de usuários em lojas de aplicativos de dispositivos móveis, como o Google
Play.
Chen et al. (2021) buscam compreender os problemas de interface de usuário
(UI issues) percebidos pelos usuários finais em aplicativos de dispositivos móveis (apps),
e a maneira como os donos dos apps resolvem esses problemas. Isso é feito por meio
da análise de mais de 3 milhões de resenhas relacionados a UI issues de 22.199 apps
do Google Play. Como resultado, os autores observaram que apps que apresentam mais
resenhas relacionadas a UI issues têm avaliações menores na loja. Ainda, sumarizaram
essas UI issues em 17 tipos, dentre quatro categorias. Além disso, verificou-se também
que as interações entre desenvolvedores e usuários permitem que a UI de um app melhore,
garantindo uma maior satisfação do usuário. A relação com a atual pesquisa, portanto,
dá-se pela também utilização de comentários nos aplicativos do Governo brasileiro, no
Google Play, para avaliar, dentre eles, a usabilidade e experiência do usuário.
Pereira et al. (2021) discutem a questão da usabilidade em portais web da trans-
parência de universidades federais do Nordeste brasileiro. Utilizando-se de uma tabela
com exigências associadas a requisitos de usabilidade não funcional – que se relacio-
nam à maneira como o serviço de um site é prestado e se o usuário considera fácil a
2
Tabela comparativa dos fundamentos do Padrão Digital de Governo nos diversos dispositivos:
https://www.gov.br/ds/padroes/mobile/android-e-ios
interação com a interface – foi feita a observação e relatos por parte dos avaliadores.
Considera-se que os desenvolvedores desses portais da transparência precisam trabalhar
com a experiência do usuário, para garantir que o usuário seja conduzido de forma mais
fácil exatamente às informações que procura. A relação com o presente trabalho se dá
pelo estudo da usabilidade em portais governamentais do Governo Federal do Brasil.
5. Materiais e Métodos
Esta pesquisa consistiu em um estudo de caso, uma vez que se buscou estabelecer relações
entre diferentes atributos a partir da investigação de um fenômeno num determinado
espaço de tempo [Wohlin et al. 2012]. Além disso, o trabalho apresenta as caracterı́sticas
de ser exploratório, descritivo, quantitativo e qualitativo, uma vez que foram explorados
comentários postados no Google Play, de usuários que utilizam os aplicativos do Go-
verno brasileiro. Objetiva-se, assim, estabelecer a relação entre as opiniões dos usuários
e a usabilidade e UX relacionadas a esses apps. Os materiais e métodos necessários para
a realização do estudo são discutidos a seguir.
A análise de conteúdo, conforme coloca Bardin (2011), pode ser utilizada como um
método de categorização que permite classificar, dentro de algo semelhante a gavetas,
os significados de um texto [Santos 2012]. Para uma categorização inicial, foram coleta-
das 500 resenhas de cada um dos três aplicativos, totalizando 1500 resenhas. Porém, com
o intuito de analisar resenhas que continham informações mais detalhadas em relação
ao app, apenas aquelas com mais de 30 caracteres (inclusive) foram consideradas para
a caracterização qualitativa. Restaram 477 resenhas para a análise de conteúdo, o que
representou 31,8% do total. Dessas 477 resenhas, 237 pertenciam ao aplicativo Carteira
de Trabalho Digital; 128, ao Carteira Digital de Trânsito; e 112, ao gov.br. Assim, consi-
derando que o app gov.br possuı́a o menor número de resenhas, foram analisadas as 110
primeiras resenhas de cada aplicativo, ordenadas de modo decrescente pelo número de ca-
racteres do texto, para se ter uma análise balanceada e com mais informações relevantes
e detalhadas.
A análise de conteúdo foi realizada de forma iterativa. Portanto, a cada iteração,
todas as resenhas eram relidas e novas categorias eram adotadas, substituindo outras,
a fim de que o modelo proposto ficasse mais ajustado aos dados. As resenhas foram,
então, categorizadas conforme a ideia central do texto publicado pelo usuário. Houve, no
3
Quantidade verificada em acesso realizado ao Google Play no dia 29 de outubro de 2022.
total, três iterações, sendo a última a que gerou as categorias consideradas na análise dos
resultados.
As iterações sucederam-se da seguinte maneira: a primeira ocorreu na primeira
quinzena de março de 2023 e gerou seis categorias; a segunda ocorreu na segunda quin-
zena de março de 2023 e gerou nove categorias, além de quatro subcategorias; e a ter-
ceira e última iiteração ocorreu entre a primeira e segunda quinzenas de abril de 2023,
consolidando as 10 seguintes categorias: “Eficiência”; “Eficácia”; “Eficiência/Eficácia”;
“Genérico”; ”Mecanismos de apoio”; “Navegação”; “Solicitação de funcionalidade”;
“Tratamento de Erros”, “Indefinido (sem conteúdo)” e “Não relacionado”. Ainda, as mes-
mas quatro subcategorias da iteração anterior foram igualmente utilizadas: “Autorização
e Acesso”, “Dados desatualizados”, “Dados incompletos” e “Indisponibilidade do sis-
tema”.
6. Resultados
Os resultados são primeiramente exibidos desconsiderando as notas dadas pelos usuários,
para os aplicativos, por meio das resenhas. A associação da satisfação ou insatisfação
com as categorias é feita num segundo momento.
A Figura 1 mostra a distribuição percentual das 330 resenhas, por categoria criada, para
todos os três aplicativos considerados nesta pesquisa: Carteira de Trabalho Digital, Car-
teira Digital de Trânsito e gov.br. É possı́vel observar que a maioria das resenhas (36,67%)
está relacionada à eficácia, indicando que grande parte dos comentários relaciona-se ao
grau de dificuldade dos usuários de realizar as tarefas esperadas.
Em seguida, tem-se que 19,09% das resenhas são relacionadas à eficiência e
eficácia concomitantemente, o que mostra que, além da execução ou não de uma tarefa
especı́fica, os usuários trazem também percepções acerca dos recursos utilizados nessas
tarefas – que aqui se relacionam principalmente ao tempo gasto. Além disso, 13,64%
das resenhas estão associadas à categoria “Tratamento de erros”, trazendo evidências de
que, em suas resenhas, os usuários reportam significativamente erros retornados pelo sis-
tema, que podem não ser facilmente compreensı́veis, impedindo a execução das tarefas
especı́ficas.
A Figura 2 exibe a distribuição percentual das resenhas, por categoria criada, para cada
um dos aplicativos analisados. Em termos gerais, a eficácia é o tema mais recorrente no
discurso dos usuários, estando presente em 35,4% das resenhas da Carteira de Trabalho
Digital, em 39,09% das resenhas para a Carteira Digital de Trânsito e em 35,45% naquelas
do gov.br. Em termos da categoria “Tratamento de erros”, é possı́vel notar uma dispari-
dade em relação ao aplicativo Carteira de Trabalho Digital: 32,73% das suas resenhas
estão associadas a essa categoria, contra 6,36% do gov.br e 1,82% da Carteira Digital de
Trânsito.
Ainda, em relação à “Eficiência e Eficácia”, os três aplicativos apresentaram uma
distribuição percentual significativa de resenhas com essa categoria, principalmente a Car-
teira de Trabalho Digital e Carteira Digital de Trânsito, que tiveram um percentual de
19,09% e 25,45% respectivamente. Porém, apesar do gov.br ter 12,73% de suas resenhas
categorizadas dessa forma, sua segunda categoria mais frequente é a de “Eficiência”, es-
tando associada a 15,45% dos comentários. Isso indica que, em relação aos outros dois
aplicativos, os cidadãos retratam mais no gov.br questões relacionadas ao tempo (ou ou-
tros recursos) gastos no aplicativo durante a execução das tarefas especı́ficas em seu con-
texto.
Figura 2. Percentual de resenhas por categoria, para cada um dos três aplicati-
vos analisados.
Pode ser considerada, por aplicativo, a distribuição percentual das categorias e sub-
categorias por grupo de notas. Para a Carteira de Trabalho Digital, as categorias
“Eficácia” e “Tratamento de erros” foram as principais responsáveis pelas notas inter-
mediárias/negativas, com 38,30% e 35,11% respectivamente. De suas poucas resenhas
positivas, a maioria foi relacionada à eficiência e eficácia, 31,35%, demonstrando que,
apesar das eventuais dificuldades na execução de tarefas, o app mostra-se útil e rápido
para o seu propósito. Quanto às subcategorias, 40,43% de resenhas com notas 1, 2 e 3
eram relacionadas à ”Autorização e Acesso”, o que corrobora para a ideia de que muito
da dificuldade dos usuários está voltada à autenticação no app. Ainda, 10,64% dessas re-
senhas relaciona-se a “Dados desatualizados”, demonstrando ineficácia nas informações
fornecidas pelo app.
Para o aplicativo Carteira Digital de Trânsito, 65,85% das resenhas de nota baixa
(1, 2 e 3) relacionavam-se à eficácia. Já em termos dos 62,73% de resenhas desse app,
que são positivas, tem-se que 37,68% elogia aspectos voltados à eficiência e à eficácia, de-
monstrando que os usuários realizam os serviços necessários sem muito esforço. Elogios
genéricos, que representam 30,43% dessas notas, confirmam igualmente a satisfação do
usuário com a tecnologia. Quanto às subcategorias, a maioria (46,34%) das reclamações
relaciona-se a dados desatualizados, sendo o principal fator que promove a insatisfação e
ineficácia.
Por fim, quanto ao gov.br, a categoria “Eficiência e Eficácia” é a mais presente
nas resenhas ruins/intermediárias, com 45,07%. Porém, em relação às positivas, a mai-
oria também tem relação com o mesmo tema. Além disso, em relação às subcatego-
rias, “Autorização e Acesso” é a principal representante em cada grupo de notas, sendo
64,79% para o grupo “1, 2 e 3”, e 10,53% para as “4 e 5”. Portanto, observa-se que as
mesmas categorias são abordadas nos comentários com perspectivas diferentes, já que
muitos usuários utilizam os serviços do gov.br com eficácia e agilidade, enquanto outros
não conseguem passar da tela inicial de login do aplicativo.
Pacote de Replicação
O pacote de replicação deste trabalho encontra-se disponı́vel em:
https://github.com/ICEI-PUC-Minas-PPLES-TI/plf-es-2022-2-tcci-5308100-pes-
lucas-figueira
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A. Descrição e Instalações dos Aplicativos do Governo Brasileiro
• Eficiência: resenhas cuja ideia central estivesse relacionada aos recursos gas-
tos para atingir um objetivo especı́fico dentro do aplicativo. Associa-se às
especificações sobre eficiência da ISO 9241 [NBR ISO/IEC 2021] e às orientações
das diretrizes de “Experiência única” e “Eficiência e Clareza” do DS do Governo
brasileiro [Gov.Br 2022a].
• Eficácia: resenhas cuja ideia central estivesse relacionada ao fato do usuário
alcançar ou não os objetivos especı́ficos dentro do aplicativo. Associa-se às
especificações sobre eficácia da ISO 9241 [NBR ISO/IEC 2021] e também às
orientações das diretrizes de “Experiência única” e “Eficiência e Clareza” do DS
do Governo brasileiro [Gov.Br 2022a].
• Eficiência/Eficácia: resenhas cuja ideia central abordasse tanto aspectos relacio-
nados à eficiência, quanto à eficácia, conforme explicadas nos itens anteriores.
• Tratamento de erros: resenhas cuja ideia central estivesse relacionada tanto à
eficácia das mensagens de erros exibidas aos usuários, quanto à possibilidade
do usuário corrigir seus erros no sistema. Associa-se à Diretriz 4 da Carti-
lha da Usabilidade (Erros) [Gov.Br 2010], à categoria “Experiência” proposta na
classificação de Chen et. al (2021); e à caracterı́stica de “Ajuda e Comunicação”
dos “Padrões de Design” do design system do Governo brasileiro [Gov.Br 2022a].
• Genérico: resenhas cuja ideia central estivesse associada a uma observação
genérica do aplicativo, sendo geralmente elogios, mas que não traziam algum
aspecto de usabilidade. Associa-se ao tipo “Resenha genérica” existente na
classificação proposta por Chen et. al (2021).
• Mecanismos de apoio: resenhas cuja ideia central estivesse associada à existência
ou não de informações que auxiliem a utilização dos usuários nos aplicati-
vos. Associa-se à Diretriz 1 da Cartilha da Usabilidade (Contexto e navegação)
[Gov.Br 2010] e à caracterı́stica de “Ajuda e Comunicação” dos “Padrões de De-
sign” do design system do Governo brasileiro [Gov.Br 2022a].
• Navegação: resenhas cuja ideia central estivesse relacionada à navegação e a fa-
cilidade de encontrar recursos dentro do aplicativo. Associa-se à Diretriz 1 da
Cartilha de Usabilidade (Contexto e navegação) [Gov.Br 2010].
• Solicitação de funcionalidade: resenhas cuja ideia central estivesse relacionada
à requisição de uma nova funcionalidade para o aplicativo. Associa-se à categoria
“Requisição de funcionalidades” proposta por Panichella et al. (2015) .
• Indefinido (sem conteúdo): resenhas com conteúdo incompreensı́vel, incoerente
ou que cuja ideia central não estivesse relacionada a nenhum aspecto de usabili-
dade e/ou experiência do usuário.
• Não relacionado: resenhas com conteúdo que não era relacionado aos respectivos
aplicativos.
C. Anexos
Diretrizes Recomendações
1.1 Página inicial clara.
1.2 Estrutura do sı́tio lógica e fácil.
1.3 Estruturar a informação de forma lógica e intuitiva
para o cidadão
1.4 O conteúdo mais importante antes da dobra
Diretriz 1 - Contexto e navegação 1.5 Elementos da identidade visual localizados sem-
pre no mesmo lugar.
1.6 A ferramenta de busca presente em todas as
páginas.
1.7 As páginas, seções ou serviços mais utilizados
visı́veis
1.8 Não use páginas de transição.
1.9 Documentação, tutorial e ajuda.
1.10 Formatos especiais de arquivo e download.
1.11 Não use janelas pop-up ou abra links em nova
janela.
1.15 Não abarrote a página inicial com excesso de
informações.
1.16 Elimine elementos desnecessários das páginas.
1.17 Elimine passos desnecessários em serviços e pre-
Diretriz 2 - Carga de informação enchimento de formulários.
1.18 Em textos extensos, oferecer a opção de baixar o
documento.
1.19 Apenas peça os dados necessários.
1.20 Peça para o cidadão converter dados, medidas ou
valores.
1.21 Cidadão não deve necessitar memorizar dados.
1.22 A rolagem vertical ou horizontal de tela.
1.23 O bom senso no numero de filtros e opções dis-
ponı́veis.
1.24 Mantenha a função do botão de retrocesso
(back/voltar) do navegador
1.25 Não crie páginas que abram e funcionem em tela
cheia.
Diretriz 3 - Autonomia 1.26 Permitir ao cidadão marcar (favoritar) qualquer
página de seu interesse.
1.27 Não usar expressões como “compatı́vel com”,
“melhor visto na resolução...”
1.28 Possibilitar ao cidadão interromper ou cancelar
o processamento ou transação
1.29 É do cidadão o controle sobre a navegação.
1.30 Não usar plugins auto-instaláveis.
1.31 Permitir a cópia de trechos de documentos.
1.32 Quando possı́vel, oferecer a personalização da
página.
1.33 As ações do portal devem ser reversı́veis.
1.34 Permita erros de digitação em busca.
1.35 Avise toda indisponibilidade (ex: troca de servi-
Diretriz 4 - Erros dores).
1.36 Em formulários, mostre o formato desejado.
1.37 Em formulários, só deixe no campo o número de
caracteres desejado.
1.38 As mensagens de erro devem ser sucintas e ex-
plicativas.
1.39 Não limpe o conteúdo do formulário inteiro por
causa de um erro.
Categoria Tipos
Layout
Legibilidade e Cor
Aparência Tipografia e Fonte
Iconografia
Imagem
Navegação
Notificação
Interação Movimento
Gesto
Acessibilidade
Redundância
Personalização
Experiência
Propagandas
Feedback
Resenha genérica
Outros Resenha comparativa
Especificação de design