LAJES DE PONTES

ESTRUTURAS DE CA III

PROFª. MA. ANDRÉIA F. TORMEN

ANDREIA.TORMEN@UCEFF.EDU.BR
 11. LAJES DE PONTES

As LAJES DAS PONTES são, talvez, os elementos de

análise mais complexa em estruturas de OAE.

→ Ao contrário dos edifícios, os carregamentos

concentrados são os mais SIGNIFICANTES.

→ Ainda, essas cargas concentradas podem adotar qualquer

posição.

Há como analisá-las então sem auxílio de um computador?

Existem tabelas desenvolvidas para a análise desse tipo de

elemento (Tabelas de Rusch).
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Exemplo: CAVALCANTE, G. H. F. Pontes Em Concreto Armado: Análise e
Dimensionamento. Edit. Blucher. São Paulo, 2019.

→ LAJE só se apoia nas longarinas de seção T

→ LAJE tem um balanço para cada lado e nas pontas dos balanços de
apoia nas barreiras
→ TRANSVERSINAS não tem contato com a laje, só função de
travamento da alma das longarinas.
11. LAJES DE PONTES
11. LAJES DE PONTES
11. LAJES DE PONTES
11. LAJES DE PONTES
 11. LAJES DE PONTES
 Sistema estrutural de pontes em viga;

 Vão central de 20 m;

 Balanços de 5 m em cada extremidade;

 4 pilares de apoio retangulares (80x80 cm);

 Travessas no topo dos pilares (30x80 cm) - pórticos

 Vigas longarinas pré-moldadas – Seção tipo V (ASCII);

 Tabuleiro com 2 faixas – largura total = 780 cm

 Lajes maciças h = 25 cm – uso de pré-lajes e conectores de

cisalhamento – ligação com longarinas;
 Transversinas nas extremidades e nos apoios (15x60 cm);

 Barreiras tipo New Jersey;

 Ligação entre pilares e longarinas  Aparelhos apoio;

 Pavimentação 8 cm (espessura média).

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Propriedades dos materiais:

 Concreto:
fck= 50 MPa
Tipo de agregado: granito e gnaisse
Ecs= 36,6 Gpa
Coeficiente de Poisson  = 0,2
Peso específico c= 25 kN/m³

 Armadura passiva:
fyk = 500 MPa
Es= 210 Gpa

→ Cobrimentos (Classe de agressividade III):

Lajes = 3,5 cm
Vigas e pilares = 4 cm
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CARGAS MÓVEIS

Trem tipo TB-450

Peso total = 450 kN
P = 450/6 = 75 kN
Multidão p = 5 kN/m²
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CARGAS MÓVEIS

Coeficiente de impacto vertical:

𝟐𝟎
CIV
𝑳𝒊𝒗 𝟓𝟎

 Balanço:  Vão:

𝒃 𝒗ã𝒐

→ Média ponderada para aplicar em toda ponte

, ã , ã
, , ã
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CARGAS MÓVEIS

Coeficiente de número de faixas:

N=2 → Número de faixas a serem carregadas no tabuleiro.

Coeficiente de impacto adicional:

Utilizado para majorar os esforços a 5 m das juntas;
No exemplo existem juntas nas extremidades, assim, os balanços seriam
calculados com CIA e o vão sem.
Cavalcante (2019) aplica o CIA em toda a ponte, mas nós faremos diferente.
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Existem duas possibilidades para o cálculo dos esforços em
lajes de pontes: modelo computacional e tabelas de Rüsch.
→ Com o intuito de facilitar o cálculo das lajes, adotam-se as tabelas da
teoria elástica das placas desenvolvidas por Rüsch, H.

As tabelas foram desenvolvidas para diferentes tipos de

carregamentos e condições de apoio de lajes retangulares de lados
paralelos ou esconsas.

As principais SOLICITAÇÕES EM LAJES DE PONTE são provocadas

pelas rodas dos veículos → Determinadas com o auxílio de campos ou
superfícies de influência.

• Extensão do conceito de linha de influência para o espaço bidimensional

de uma laje. A representação é feita usando curvas de nível (isovalores).

A norma brasileira adota a mesma geometria do carregamento de Rüsch a

fim de facilitar os cálculos, possibilitando a utilização destas tabelas para o
cálculo manual.
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Superfícies de influência – modelo computacional
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Calculo das lajes de pontes – Tabelas Rüsch
As tabelas de Rüsch (1965) seguem a antiga norma alemã DIN
(1963);
Baseadas no métodos das placas  Cargas perpendiculares à
superfície média;
Temos que analisar como era a disposição das cargas para
adaptar à norma NBR 7188/2013;
Haviam 2 veículos:
 (SLW) Schwerlastwagen  caminhão pesado

 (LKW) lastkraftwagen  caminhão leve

TB-450 (7188:2013)  disposição de carga do SLW

Antiga NBR 7188 apresentava as disposições de carga dos

SLW e LKW.
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ÍNDICE

P
O
N
T
E
 Unidirecional=∞

Classe Caminhão
pesado

Caminhão leve
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Vinculações de lajes: simbologia
 Livres: bordas livres sem apoio em viga na extremidade;
 Apoiadas: apoiado em viga na extremidade, laje sem continuidade;
 Engastada: existe continuidade da laje sobre a viga de apoio;
 Indefinida: laje com continuidade, porém sem apoio em viga,
utilizado em lajes unidirecionais.
Menor
Livre
dimensão

indefinida
engastada

apoiada

Maior dimensão
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Parâmetros de entrada das tabelas:

“a” distância entre rodas:

“t” espessura equivalente do pneu na meia espessura da laje:

• Lado do quadrado equivalente:

(TB-450)

→
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Calculo das lajes de pontes – Tabelas Rüsch
Os esforços devido as cargas móveis, utilizando as tabelas de Rüsch são
obtidos pela expressão: TABELAS

Carga corrigida de Carga corrigida de

1 roda multidão
 CIV, CNF e CIA são coeficientes da NBR 7188;
 *CIA deve ser aplicado nas proximidades de juntas;
 P é a carga de 1 roda do veículo;
 p = é a carga uniforme na frente e atrás do veículo;
 p’ = é a carga uniforme nas laterais do veículo;
 ML, Mp e Mp’ são os coeficientes da tabela deRüsch.
 11. LAJES DE PONTES
Calculo das lajes de pontes – Tabelas Rüsch
Para cargas permanentes uniformemente distribuídas ao longo de toda
a laje pode-se, também, usar as tabelas de Rüsch para determinar o
coeficiente k necessário para o cálculos dos momentos permanentes.

→ A ABNT NBR 7188/2013 estabelece que a carga p’ nas laterais do veículo é

igual a carga p na frente e atrás do mesmo, por isso soma-se Mp e Mp’ na
equação.

O uso das tabelas de Rüsch:

1. Determinação da tabela a utilizar em função da vinculação dos bordos,

relação dos vãos ( 𝒚 𝒙 ) e direção do tráfego.
2. Determinação dos parâmetros de entrada “t/a” e “ 𝒙 ”
3. Busca na tabela dos valores de ML, Mp, e Mp'.
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Lajes em balanço (L1 = L3)

• A laje é engastada e livre

• Menor dimensão: (Barreira 40 cm)

• Relação entre lados:

• Determinação da tabela: vinculações e direção fluxo

Direção do fluxo
 11. LAJES DE PONTES

Tabela selecionada → N° 98

As posições r, m e e indicam
as posições das tabelas.

-Mxe
Posição

Direção
Sinal do momento

Teremos: -Mxe, Myr, +Mxm, +Mym e -Mxm

 11. LAJES DE PONTES

Lajes em balanço (L1 = L3) → Momentos cargas móveis

• Parâmetros t/a:

S
• Parâmetros lx/a:

P Relação entre Esforços devido às

O Vinculação os lados Direção do tráfego cargas permanentes
N
T
E

Parâmetros de entrada lx/a e t/a

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Trens-tipo entre
24 e 60 tf Momento considerado (Mxe)

P
O
N
T
E
Momento
Os valores retirados daqui considerado (Myr)
são o ML
Os valores retirados
... Continua! daqui são o Mp e Mp’
 11. LAJES DE PONTES
... Continuação!

P
O
N
T
E
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Lajes em balanço (L1 = L3) → Momentos cargas móveis

→ Obtenção dos coeficientes tabelas de Rüsch: interpolação

Mxe Myr Mxe Myr
t/a t/a
lx/a
0,25 0,37 0,50 0,25 0,37 0,50 Mp Mp' Mp Mp'
S ML ML
0,625 0,630 0,500 0,287 0,160 0,00 0,00 0,00 0,00
0,700 0,744 0,688 0,632 0,295 0,236 0,172 0,00 0,00 0,00 0,00
0,750 0,820 0,720 0,300 0,180 0,00 0,00 0,00 0,00
P
O
N → Obtenção dos coeficientes: interpolação
T
+Mxm +Mym -Mxm +Mxm +Mym -Mxm
E t/a t/a t/a
lx/a 0,25 0,365 0,50 0,25 0,365 0,50 0,25 0,365 0,50 Mp Mp' Mp Mp' Mp Mp'
ML ML ML
0,625 0,061 0,033 0,097 0,052 0,218 0,154 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,700 0,069 0,053 0,036 0,101 0,079 0,057 0,245 0,214 0,182 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,750 0,075 0,038 0,103 0,060 0,263 0,200 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
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Lajes em balanço (L1 = L3) → Momentos cargas móveis

Cálculo dos momentos das cargas móveis:
,
,
,

,
,

Mx My

***Diagramas do
T-Rusch (TQS Store)
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Lajes em balanço (L1 = L3) → Momentos cargas acidentais

Resultado da aplicação da carga de 100 kN no topo da barreira, em uma
largura de 50 cm.
Considera-se distribuição a 45°, assim, o momento é dividido pela
largura atuante distribuída e obtido em kN.m/m.
Seção “A” para dimensionamento da barreira;
Seções “r” “m” “e” para dimensionamento da laje.

100kN
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Lajes em balanço (L1 = L3) → Momentos cargas acidentais

Carga horizontal
Momento Seção “A” = “r”
Altura da barreira

, ,
Largura da carga Largura de atuação
em função da
Largura de contribuição distribuição a 45°

Momento seção “m”

Distância entre a
seção “r” e seção “m”
Momento seção “e”

,
Distância entre a
seção “r” e a seção “e”
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Lajes em balanço → Momentos cargas permanentes

Dividindo a seção em elementos geométricos de área

conhecida consegue-se determinar a sua contribuição no peso
próprio da peça.

O momento gerado por cada pedaço é obtido multiplicando-se o

seu peso-próprio pelo braço de alavanca entre o seu centro
geométrico e a seção de estudo.

A soma das parcelas do momento resulta no momento total na

seção.

Pode-se realizar essa operação com auxilio do CAD.

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Lajes em balanço → Momentos cargas permanentes

Seção “r”:

Seção “m”:

RECAPEAMENTO

Seção “e”

RECAPEAMENTO
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Lajes em balanço → Momentos de cálculo

Resumo dos momentos de dimensionamento e fadiga

ELU ELS 𝒎á𝒙,𝒇𝒓𝒆𝒒 𝒈 𝟏 𝒒

𝒅 𝒈 𝒒 𝟏
A depender
do elemento!
𝒎í𝒏,𝒇𝒓𝒆𝒒 𝒈

Unidade: kN.m/m
seção Momento Mg Móvel acidental Md
-Mxr 1,86 - 38,6 60,4
r
+Myr - 23,76 - 35,64
-Mxm 9,81 21,38 23,6 48,64
m +Mxm - 5,25 - 7,87
+Mym - 7,92 - 11,88
e -Mxe 22,75 68,31 17,0 133,18

Adota-se o maior entre os momentos das da carga acidental e móvel.

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DIMENSIONAMENTO NO ELU - SEÇÃO RETANGULAR

CARVALHO e FIGUEIREDO
(2007)
 11. LAJES DE PONTES

As lajes são dimensionadas à flexão para cada um desses

momentos, considerando uma espessura de 25cm, cobrimento de
3,5cm, fck de 50 MPa e Aço CA-50.

Por exemplo:

Φ16mm c/ 13 cm
 11. LAJES DE PONTES

Na região dos balanços, os esforços devem ser

multiplicados pelo CIA = 1,25.

As combinações do slide anteriores precisam ser refeitas

para esses novos valores de momento das cargas móveis.
 11. LAJES DE PONTES

Lajes em balanço → Com CIA 𝒅 𝒈 𝒒

seção Momento Mg Móvel acidental Md (kNm)

-Mxr 1,86 - 38,6 60,4
r
+Myr - 29,71 - 44,56
-Mxm 9,81 26,74 23,6 53,35
m +Mxm - 6,56 - 9,84
+Mym - 9,9 - 14,85
e -Mxe 22,75 85,42 17,0 158,84

Φ16mm c/ 10 cm