Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Diapositivos 2
Diapositivos 2
DISSUASÃO
. Assume-se como uma estratégia de intervenção global e integrada, extravasando a mera aplicação da Lei da
DISSUASÃO descriminalização.
1 2
DISSUASÃO
DISSUASÃO . O paradigma descriminalizador reforça os meios e recursos disponíveis no âmbito da redução da procura, constituindo
mais um instrumento de operacionalização dos objetivos e políticas de combate ao uso e abuso de substâncias
Esta Lei descriminaliza o consumo e posse para consumo de substâncias psicoativas ilícitas, dentro dos limites fixados psicoativas ilícitas representando, também, uma medida de combate à exclusão social.
nos termos do nº 2 do art.º 2, atribuindo a competência para o processamento das contraordenações e aplicação das
respetivas sanções, as comissões especialmente criadas para o efeito, sediadas nas capitais de distrito, designadas . Indissociável das restantes áreas de intervenção, que constituem o reconhecido modelo português, a dissuasão opera
Comissão para a Dissuasão da Toxicodependência (CDT), nos termos previstos no Decreto-Lei 130-A/2001, de 23 de numa rede de respostas articuladas trabalhando para a redução do consumo de substâncias psicoativas e dependências,
abril, que estabelece a sua organização, processo e regime de funcionamento. a proteção sanitária dos consumidores e das populações e para a prevenção da exclusão social.
. Valores como a inovação e o pragmatismo permitiram criar e manter em funcionamento esta resposta normativa, cuja
fortíssima componente de promoção da saúde tem contribuído para a melhoria da qualidade de vida do cidadão e das
3 comunidades. 4
3 4
1
24/10/2023
DISSUASÃO DISSUASÃO
5 6
DISSUASÃO
As CDT..
7 8
2
24/10/2023
- Evitar a experimentação;
Processo ativo de implementação de iniciativas destinadas a modificar e melhorar a formação integral e a - Atrasar a idade de início dos consumos;
- Limitar o número e o tipo de substâncias utilizadas;
qualidade de vida dos indivíduos, fomentando o autocontrole individual e a resistência coletiva perante a
- Evitar a passagem da experimentação para o uso e abuso;
oferta de drogas. (Martín, 1995, p.55)
- Educar para uma relação responsável com as substâncias;
-Promover os fatores de Proteção e diminuir os fatores de Risco;
9 10
9 10
Prevenção Universal
Níveis operacionais da Intervenção Preventiva - Dirigida ao público em geral ou a um grupo da população (não identificado a partir de qualquer
fator de risco).
. Universal
- Assume-se que toda a população partilha de um mesmo risco geral, ainda que este possa variar
. Seletiva
muito de indivíduo para indivíduo pode incluir estratégias como campanhas de informação,
. Indicada promoção de competências ou modificação de aspetos ambientais.
- Tem como objetivo evitar ou retardar o uso e o abuso de drogas licitas e ilícitas
11 12
11 12
3
24/10/2023
- O objetivo dos programas de prevenção seletiva é prevenir, deter ou retardar o uso e o abuso de - O objetivo dos programas é reduzir os primeiros consumos e/ou a severidade do abuso de
substâncias licitas e ilícitas; substâncias;
13 14
13 14
Fatores de Proteção
Fatores de Risco
Um atributo ou caraterística individual, condição
Certas situações, circunstâncias ou características situacional e/ou contexto ambiental que inibe, reduz
individuais que estão associadas a uma maior ou atenua a probabilidade de ocorrência de
probabilidade de ocorrência de determinada determinada situação problemática.
condição problemática.
Promovem comportamentos positivos, saudáveis, de
bem-estar e sucesso pessoal
15 16
15 16
4
24/10/2023
Conceito da física, capacidade de um material voltar ao seu estado normal depois de ter sofrido com os outros e com a sociedade;
tensão “processo e resultado de se adaptar com sucesso a experiências de vida difíceis ou
desafiadoras, especialmente através da flexibilidade mental, emocional e comportamental e - A sua natureza pode ser biológica ou psicossocial;
ajustamento a demandas externas e internas” (APA, 2010)
- O que pode constituir-se como risco/proteção numa fase do desenvolvimento pode não o
“o grau de resiliência de um indivíduo é considerado uma função de fatores e processos protetores,
ser noutra;
internos e externos e, nesse sentido, uma questão importante é, então, conhecer os mecanismos
individuais, familiares ou sociais que lutam contra a trajetória do risco para a Psicopatologia, e que
- No caso do consumo de spa os fatores de risco e proteção são comuns a outras
contribuem para resultados adaptativos mesmo em presença da adversidade” (Soares, 2000).
17 problemáticas: gravidez precoce, abandono escolar, suicídio juvenil e delinquência; 18
17 18
. Individual - predisposições biológicas e psicológicas, atitudes, valores, conhecimento, . Sexo e idade I Caraterísticas de personalidade;
competências, comportamentos problema;
. Baixa tolerância à frustração -Procura de sensações fortes;
. Família - função, gestão, vinculação
. Temperamento “difícil” Depressão, ansiedade, problemas de saúde mental;
. Pares - normas, atividades
. Comportamentos anti-sociais precoces I Problemas de comportamento;
. Escola - vinculação, ambiente, politicas, desempenho
. Baixa autoestima;
. Comunidade - vinculação, normas, recursos, mobilização
. Dificuldades de relacionamento;
. Sociedade/ambiente- normas, politicas/sanções
. Vítima de abuso físico, sexual ou emocional;
19 20
19 20
5
24/10/2023
21 22
21 22
23 24
23 24
6
24/10/2023
25 26
25 26
27 28
27 28
7
24/10/2023
29 30
29 30
. Mensagens favoráveis ao uso de drogas veiculadas pela comunicação social; - Autonomização parental / reformulação das imagens parentais (importância do grupo de pares /
alargamento a outras figuras significativas);
Fatores de Proteção – Sociedade/Ambiente
- Experimentação de papeis;
. Legislação e políticas públicas
- Período de grandes oportunidades de crescimento (físico, intelectual, social, maior autonomia, …) mas
P.ex.: Dificultar a acessibilidade: também período de maiores riscos (gravidez precoce, distorção da imagem corporal, comportamentos de
• Aumentar a idade de acesso e compra (ex. álcool e tabaco) risco, abuso de SPA, …);
• Aumento da carga fiscal desses produtos (aumento do preço final) - Grande susceptibilidade às pressões do meio;
– Leis restritivas no que se refere à condução sob o efeito de substâncias
31 32
31 32
8
24/10/2023
•Necessidade de integração em grupo de pares; risco dos indivíduos para o consumo de substâncias psicoativas, sendo
•Sensação de omnipotência e invulnerabilidade; proposto um modelo operacional para o desenho das intervenções
•Necessidade de transgressão de regras e limites; preventivas que contempla os níveis universal, seletivo e indicado (IOM, 1994,
2009).
33 34
33 34
35 36
35 36
9
24/10/2023
Orientações para aumentar a eficácia dos programas . devem melhorar competências pessoais, sociais e escolares (comunicação, relações de pares,
eficácia, assertividade e hábitos de estudo) (Botvin et al.,1995;Scheier et al., 1999);
O que funciona?
. os programas de prevenção devem promover os fatores de proteção e reverter ou reduzir os fatores . a informação veiculada deve ser neutra, factual e realista e adaptada ao grupo-alvo
. os programas de prevenção devem ter como objetivo todas as formas de abuso incluindo as drogas objetivos preventivos iniciais) (Scheier et al, 1999)
. os programas de prevenção devem dirigir-se a riscos específicos da população ou a características ou a discussão em grupos, que permitem o envolvimento ativo na aprendizagem e o reforço de
do público alvo, tais como: idade, género e contexto cultural (Oetting e tal 1997) competências (Botvin et al, 1995)
37 38
37 38
. os programas sustentados em evidência científica podem ser eficazes do ponto de vista da relação
custo/benefício.
. Promover o aumento da participação na vida da escola;
. A investigação mostra que por cada dólar investido em prevenção é possível poupar 10 em
. Promover atitudes positivas em relação aos outros, à escola e ao futuro;
tratamento (Aos et al, 2001; Hawkins et al, 1999; Pentz, 1998; Spoth et al, 2002
. 2.º e 3.º ciclos e secundário: competências académicas e sociais Hábitos de estudo | Comunicação |
Relação com os pares | Autoeficácia e Assertividade Capacidade de resistência ao consumo de SPA
(Botvin et al., 1995; Scheier et al., 1999) 39 40
39 40
10
24/10/2023
Em suma…
Promover Fatores de Proteção e Reduzir Fatores de Risco
41 42
https://www.youtube.com/watch?v=UF7BIkNuCkY
REDUÇÃO DE RISCOS E MINIMIZAÇÃO DE DANOS
43
43 44
11
24/10/2023
ENQUADRAMENTO
ENQUADRAMENTO Desenhando um quadro genérico, dir-se-ia que tradicionalmente, a população alvo desta abordagem tem consistido nos
consumidores de heroína e cocaína de longa data, particularmente marginalizados, fragilizados a nível social e da saúde,
A abordagem da Redução de Riscos e Minimização de Danos (RRMD) foi inicialmente concebida
que não pretendem ou não conseguem abandonar o consumo e que não contactam os serviços da rede de apoio,
para intervir junto de consumidores inacessíveis, para os quais o serviço de tratamento tradicional
nomeadamente serviços de tratamento da dependência.
não estava disponível ou que, estando disponível, não estava acessível ou não era motivo de
intenções.
Ao longo dos últimos anos, em Portugal tem-se verificado que, através de respostas de proximidade (como por exemplo,
Pretendia-se chegar aos consumidores que não queriam ou não conseguiam deixar de consumir,
as Equipas de Rua) que atuam nos contextos onde os consumidores de substâncias psicoativas se encontram, tem sido
fornecendo-lhes informações de redução de riscos e danos.
possível estabelecer contacto e intervir junto de pessoas que não procuravam serviços de saúde, concorrendo para uma
maior procura de serviços, nomeadamente de tratamento.
45 46
45 46
ENQUADRAMENTO
ENQUADRAMENTO
A expansão desta dinâmica de consumos, bem como a da própria diversidade de substâncias disponíveis, com uma
população em muitos aspetos distinta da que classicamente havia sido alvo da intervenção em RRMD, mas
No entanto, conjuntamente com as respostas a esta população há que considerar um outro
simultaneamente de difícil acesso, fomentou a necessidade de identificar necessidades e de definir e implementar
fenómeno: “desde há alguns anos a esta parte, tem-se observado uma transformação na dinâmica
estratégias específicas.
das atividades noturnas, nomeadamente no que diz respeito ao consumo de substâncias, sendo
este mais alargado do que o clássico consumo de álcool e tabaco.
A extensão dos designados “consumos em contextos recreativos”, caracterizados por uma representação social
positiva deste tipo de comportamento, aliada a uma baixa perceção do risco dos mesmos e uma grande diversidade e
oferta de substâncias, traduzem-se na pertinência de atuação nesta realidade segundo uma abordagem de RRMD.
47 48
47 48
12
24/10/2023
49 50
49 50
que implica frequentemente trabalhar com pessoas com comportamentos aditivos e dependências - Relação;
com muitos problemas psicossociais e enfrentar contextos problemáticos e situações imprevisíveis,
- Negociação;
deve orientar-se por princípios como:
- Abordagem holística; - Educação para a Saúde;
51 52
13
24/10/2023
Considerar que existem variáveis de ordem individual e contextual que são mediadoras das Intervir, no âmbito das políticas de RRMD, junto de populações específicas de consumidores de
mudanças de crenças, atitudes e comportamentos relativos ao consumo de substâncias e que substâncias psicoativas que não sejam efetivamente abrangidos pelos serviços convencionais, bem
importa ter em consideração na definição da melhor estratégia de atuação com cada pessoa com como a necessidade de realizar intervenções específicas no domínio da promoção da saúde
comportamentos aditivos e dependência com vista a sensibilizá-la para a eliminação de pública, exige um esforço de valorização, de alargamento e de aperfeiçoamento contínuo de um
comportamentos de riscos e adoção de comportamentos de proteção. modelo de intervenção em proximidade.
53 54
53 54
Gradualismo Autonomia
55 56
55 56
14
24/10/2023
Enraizamento na comunidade
Cidadania
Considerar aspetos comunitários mais próximos – normas sociais e comportamentais entre os
consumidores, natureza e estrutura das relações sociais na rede de consumidores, contexto social e Criar condições que permitam à pessoa uma estruturação de vida com o mínimo de dignidade, ou
físico imediato na qual as substâncias psicoativas são consumidas, vizinhança local e contexto no seja, reconhecer o consumidor como um todo, o que implica reconhecer-lhe uma dignidade, uma
qual os consumidores vivem no quotidiano – e outros mais abrangentes – contexto público, político humanidade enquanto indivíduo desenvolvendo assim uma consciência de cidadania.
57 58
57 58
Diálogo Relação
Valorizar e, em alguns casos, restaurar a importância da comunicação pressupondo a escuta, a Privilegiar o estabelecimento de relações sociais próximas e a construção de bases de confiança e
reflexão e a intervenção, abrindo um espaço onde se podem colocar questões. respeito mútuo, ou seja, entender que é uma relação diferente da relação terapêutica tradicional e
que se baseia numa relação de parceria, de ajuda e de confiança/confidencialidade.
59 60
59 60
15
24/10/2023
61 62
Promover a aproximação e o acesso do indivíduo aos serviços de saúde e sociais disponíveis, . Os programas e estruturas sócio sanitárias desenvolvidas em Portugal, que fazem parte da Rede
fornecendo informação sobre alternativas existentes, estabelecendo e promovendo uma de Intervenção de Redução de Riscos e Minimização de Danos, têm um enquadramento normativo
articulação concertada de forma a facilitar o relacionamento do indivíduo com estes serviços. legal desde 2001, expresso no Decreto-Lei n.º 183/2001, de 21 de junho e destinam-se “à
sensibilização e ao encaminhamento de toxicodependentes bem como à prevenção e redução de
atitudes ou comportamentos de risco acrescido e minimização de danos individuais e sociais
provocados pela toxicodependência.”
63 64
63 64
16
24/10/2023
São gabinetes de triagem, apoio e encaminhamento sócio terapêutico que funcionam 24 horas por dia, 7 dias Centros de Acolhimento
por semana. Podem funcionar em instalações fixas ou móveis, sendo que as instalações fixas podem ter caráter
Espaços residenciais temporários, que funcionam 24 horas por dia, 7 dias por semana, destinados a
provisório de acordo com as necessidades e a mobilidade da intervenção, situando-se sempre na proximidade
contribuir para o afastamento de ambientes propícios ao consumo, bem como para encaminhamento
de locais de consumo e reunindo as condições sócio sanitárias necessárias à fidelização dos consumidores.
social e terapêutico de consumidores em exclusão sócio familiar.
Tratam-se de estruturas de proximidade onde se torna possível a prestação de cuidados básicos de saúde,
Estes Centros devem fornecer aos utentes alojamento, garantir a higiene e a alimentação mínimas,
cuidados de higiene e alimentação mínimos, cuidados de enfermagem, apoio médico e psiquiátrico, a troca de
disponibilizar apoio psicológico e social e cuidados de enfermagem, rastrear doenças infeciosas, fornecer
seringas de acordo com a lei, o rastreio de doenças infeciosas, apoio psicossocial que permita uma efetiva
preservativos, bem como assistência médica e psiquiátrica, podendo executar programas de substituição
aproximação às estruturas de tratamento e que podem fornecer o acesso a programas de substituição de
de baixo limiar de exigência de acordo com a lei.
metadona de baixo limiar nos termos legais.
65 66
65 66
67 68
17
24/10/2023
69 70
69 70
71 72
18
24/10/2023
73 74
73 74
19