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CRÉDITO E OS
PRODUTOS DE
CRÉDITO
MERCADO DE
CRÉDITO E OS
PRODUTOS DE
CRÉDITO
BOAS-VINDAS
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1a edição: junho/2021
Última atualização: 09/06/2021
APRESENTAÇÃO
CADERNO 1
Referências 69
CONCEITOS ESSENCIAIS
DE CRÉDITO
1.1
1.1 CONCEITOS ESSENCIAIS
DE CRÉDITO
O nome “banco” foi criado pelos banqueiros judeus de Florença na época do Renascimento, designando
a mesa onde eram trocadas as moedas. Em 1406 foi criado aquele que é considerado o primeiro banco
moderno: o Banco di San Giorgio, em Gênova.
As instituições financeiras, como as conhecemos hoje, são fruto das necessidades existentes
na relação mercantil entre pessoas e empresas, que sempre buscaram um agente
intermediário de sua confiança para guardar seu dinheiro excedente. Em contrapartida,
esse agente empresta uma parte do dinheiro para aqueles que precisam de recursos
financeiros temporariamente, pagando o valor emprestado com juros. E assim nasceu o
Crédito como “ato de emprestar”.
1
Empréstimo: recursos liberados ao tomador sem a obrigatoriedade da comprovação da destinação de seu uso perante o credor.
2
Financiamento: recursos liberados ao tomador com a obrigação de comprovar a destinação perante o credor por meio de nota
fiscal de aquisição, projetos técnicos, laudos, etc.
7
1.1 CONCEITOS
DE CRÉDITO
ESSENCIAIS
Nesse sentido, sempre haverá riscos envolvendo transações de concessão de crédito entre
partes credoras e devedoras. O maior risco, no entanto, é quase sempre do credor, que abre
mão de um recurso na expectativa de recebê-lo de volta no futuro com um ganho extra que
lhe compense tal risco, neste caso, os juros.
Esse tipo de crédito destina-se ao consumo de bens e serviços que movimentam a economia,
satisfazendo as necessidades humanas. Tais demandas estão ligadas ao:
8
y consumo terciário: crédito para consumo de itens ligados aos bens e serviços de
natureza supérflua, como artigos de luxo, carros esportivos, obras de arte, roupas
de grife e demais produtos dessa natureza.
FIQUE LIGADO
Abordaremos os produtos de crédito mais adiante neste caderno.
Esse tipo de crédito destina-se ao fomento das atividades produtivas, agregando valor ao
negócio e gerando divisas para se viabilizar no seu próprio ciclo produtivo. As atividades
econômicas produtivas dividem-se basicamente em três tipos, a saber:
Para atender a essas demandas por crédito produtivo, as instituições financeiras oferecem
produtos específicos, tais como: capital de giro, crédito rotativo, conta garantida, desconto
de títulos e recebíveis, crédito rural, microcrédito, compror/vendor, entre outros.
9
1.1 CONCEITOS
DE CRÉDITO
ESSENCIAIS
Assim como ocorre com o crédito produtivo, no crédito para investimento o recurso do
tomador também agrega valor ao negócio e gera divisas. Porém, neste caso há normalmente
a vinculação do crédito a um bem de capital3 (ou de produção), que tem valores de
aquisição mais vultosos, sendo necessários vários ciclos produtivos para se viabilizar. São
exemplos desses tipos de bens de capital ou produção máquinas e equipamentos de grande
porte, implementos agroindustriais, ferramentas especializadas, instalações inovadoras,
benfeitorias em imóveis, montagens industriais, construções de armazéns, etc.
3
Bens de capital: são utilizados no desenvolvimento de uma atividade econômica com o objetivo de transformá-los em bens de
consumo.
10
Para concluir, veja as principais características básicas dos três tipos de necessidades
econômicas atendidas pelo crédito.
Linhas de crédito de
Capital de giro, crédito
fomento dos bancos de
Cartão de crédito, crédito rotativo, conta garantida,
Produtos de desenvolvimento, crédito
pessoal, cheque especial, desconto de títulos e
crédito mais rural investimento,
financiamentos de bens e recebíveis, crédito rural,
propensos financiamento de bens de
serviços, entre outros. microcrédito, compror/
capital de longo prazo, entre
vendor, entre outros.
outros.
11
1.2 MERCADO
CRÉDITO
DE
MERCADO DE
CRÉDITO
1.2
12
1.2 MERCADO
CRÉDITO
DE
A maior disponibilidade de financiamentos de longo prazo, por sua vez, permite que as
empresas se lancem em empreendimentos de maior escala, o que realimenta o processo
de crescimento econômico. De fato, em países com mercados de crédito e de capitais
13
1.2 MERCADO
CRÉDITO
DE
FIQUE LIGADO
Conforme visto, as necessidades econômicas podem ser atendidas com as linhas de:
Pelo lado das famílias, o crédito também tem o papel de transferir renda de forma
intertemporal, permitindo padrões de consumo mais estáveis ao longo do tempo e a
aquisição de bens de alto valor, como imóveis e veículos, por exemplo, financiados com
pagamentos futuros, mas gerando consumo e ganhos de bem-estar já no tempo presente.
4
Subprime: termo do inglês subprime loan ou subprime mortgage, que no contexto do mercado financeiro significa um “crédito
de risco” concedido a um tomador que não oferece garantias suficientes para se beneficiar da taxa de juros mais vantajosa (prime
rate).
14
Quanto melhor a capacidade do mercado de canalizar os recursos para os projetos com
maior retorno, maiores serão os impactos positivos na produtividade, no crescimento
econômico e no bem-estar da sociedade. Observe esta ilustração:
1o MECANISMO:
Avaliar e escolher os
projetos mais promissores
para investir (relação
risco-retorno)
% CRÉDITO / PIB
Quanto maior o volume
de crédito, melhor tende
a ser o crescimento
econômico (PIB) e
melhorando o bem-estar
2o MECANISMO:
Diversificar, pois quanto
maior o mercado, mais
espaço para investir em
projetos com melhor
potencial de retorno
Diversos estudos apontam uma relação causal positiva entre crédito e PIB: quanto maior o
mercado de crédito, maior o crescimento da economia. Essa causalidade, entretanto, só se
materializa sob mecanismos de transmissão específicos.
15
1.2 MERCADO
CRÉDITO
DE
Os recursos direcionados são caracterizados pela indução promovida pelos agentes públicos
por meio de políticas de crédito com condições especiais, geralmente taxas subsidiadas,
carências e prazos de pagamentos mais vantajosos, sendo estes créditos direcionados para
alguns segmentos bem específicos da atividade econômica mediante interesse público dos
agentes governamentais. São exemplos de linhas de crédito direcionadas:
y crédito rural;
y crédito imobiliário;
y microcrédito;
y crédito estudantil;
y além de programas como:
y Proger;
y Finame;
y Moderfrota;
y Pronaf, entre outros.
Os recursos livres, como se pode deduzir, são caracterizados pela livre negociação entre
os agentes financeiros e suas partes signatárias mediante acordo aos termos de contratos
e títulos de crédito utilizados nas operações. Nos recursos livres, as instituições financeiras
têm preservada sua autonomia sobre o uso e a destinação dos seus recursos captados no
mercado. Em ambos os casos, os recursos livres e os recursos direcionados atendem às
necessidades de crédito para pessoas físicas e jurídicas, conforme demonstrado a seguir.
16
No crédito para pessoas físicas, em geral, o tomador busca recursos para satisfazer
suas necessidades imediatas de consumo e aquisição de bens, em sua realidade social,
conforme sua renda e suas expectativas pessoais e profissionais. Em geral, as linhas de
crédito mais propensas ao perfil de pessoas físicas são aquelas oriundas de recursos livres,
disponibilizados na forma de:
y crédito pessoal;
y crédito consignado;
y cheque especial;
y cartão de crédito;
y financiamento de veículos, entre outras.
Algumas linhas de crédito com recursos direcionados também são ofertadas ao público de
pessoas físicas, como, por exemplo:
y financiamento habitacional/imobiliário;
y financiamento estudantil;
y financiamento rural, entre outras.
É importante destacar que as pessoas físicas com atividades produtivas particulares, tais
como empresários, profissionais liberais e produtores rurais, também são demandadores
de créditos específicos que se assemelham aos créditos para pessoas jurídicas, a depender
da sua origem e da aplicação do recurso em um propósito de finalidade empresarial, como
é o caso das atividades agropecuárias, por exemplo.
Segundo o Banco Central (data-base: 01/2021), o crédito para pessoas físicas (PF) acumulava
a volume em carteira de R$ 2,3 trilhões, perfazendo 56,69% do total de cerca de R$ 4 trilhões
de operações de crédito concedidas.
Da mesma forma que existe uma diversidade e uma pluralidade muito grandes entre
as atividades desenvolvidas pelas pessoas jurídicas, as linhas de crédito também têm
se tornado cada vez mais complexas, visando atender às crescentes expectativas por
soluções financeiras ainda mais assertivas e alinhadas com a realidade deste mercado, que
é pujante tanto em potencial de ganhos como em possibilidade de perdas decorrentes das
operações de crédito concedidas.
17
1.2 MERCADO
CRÉDITO
DE
y cheque empresarial;
y conta garantida;
y antecipação de recebíveis;
y crédito rotativo;
y financiamento para aquisição de bens; e
y capital de giro.
Esta última, particularmente, é uma linha de crédito cujo objetivo é atender à conhecida
necessidade de capital de giro (NCG), sendo esta a principal demanda das pessoas jurídicas,
que, em sua maioria, são dependentes de recursos financeiros para sustentar as atividades
produtivas em seu CICLO OPERACIONAL (CO) .
FIQUE LIGADO
Mais adiante neste caderno abordaremos os conceitos relacionados ao capital de giro, tais como NCG,
CO, CF, PMPC, PMRE e PMRV.
Notadamente, também existem linhas de crédito com recursos direcionados criadas para
atender às especificidades das pessoas jurídicas, especialmente subsidiadas por PROGRAMAS
GOVERNAMENTAIS , tais como:
5
Finame: fundada em 1966 com a constituição da Agência Especial de Financiamento Industrial (empresa subsidiária do BNDES),
foi criada para gerir o então Fundo de Financiamento para Aquisição de Máquinas e Equipamentos Novos, cunhando a sigla
Finame. Suas atividades são desenvolvidas sob a responsabilidade e com a colaboração do BNDES. Destina-se ao financiamento
de operações de compra e venda de máquinas e equipamentos de produção nacional e de exportação e importação de máquinas
e equipamentos.
18
FIQUE POR DENTRO
Programas governamentais para financiamento às pessoas jurídicas
• Proger: seu objetivo é promover geração de renda por meio da oferta de linhas de crédito com recursos
do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) no investimento de longo prazo a pequenos negócios,
cooperativas e associações de produção.
• Finame: é um financiamento do BNDES destinado à produção e à aquisição de máquinas e
equipamentos novos e de fabricação brasileira. As operações do Finame são realizadas por intermédio
de agentes financeiros intermediários públicos ou privados.
• Pronampe: destina-se ao desenvolvimento e ao fortalecimento dos pequenos negócios, especialmente
aqueles afetados pela crise resultante da Covid-19. Os recursos são garantidos parcialmente pelo
Fundo Garantidor de Operações (FGO), sendo aplicados por intermédio de agentes financeiros públicos
e privados.
Existem outros diversos programas governamentais para fomento e apoio às atividades econômicas
desenvolvidas pelas pessoas jurídicas.
Fonte: BNDES/Banco do Brasil
Segundo o Banco Central (data-base: 01/2021), o crédito para pessoas jurídicas (PJ)
acumulava a volume em carteira de mais de R$ 1,7 trilhão, perfazendo 43,31% do total de
cerca de R$ 4 trilhões de operações de crédito concedidas.
19
PRODUTOS DE
CRÉDITO
1.3
1.3 PRODUTOS DE
CRÉDITO
O Sistema de Informações de Crédito (SCR) foi estabelecido inicialmente pela Resolução CMN nº
3.658/2008, sendo posteriormente substituída pela Resolução nº 4.571/2017.
O SCR é um banco de dados com informações sobre operações de crédito e garantias contratadas por
clientes com bancos e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central.
Ele permite à supervisão bancária a adoção de medidas preventivas, com o aumento da eficácia de
avaliação dos riscos inerentes à atividade. Por meio dele, o Bacen consegue verificar operações de crédito
atípicas e de alto risco, sempre preservando o sigilo bancário.
O SCR é um mecanismo utilizado pela supervisão bancária para acompanhar as instituições financeiras
na prevenção de crises.
Fonte: Bacen
y empréstimos e financiamentos;
y adiantamentos;
y operações de arrendamento mercantil;
y prestação de aval, fiança, coobrigação ou qualquer outra modalidade de garantia
pessoal do cumprimento de obrigação financeira de terceiros;
21
1.3 PRODUTOS
CRÉDITO
DE
22
MODALIDADES DE RECURSOS DIRECIONADOS
PESSOAS JURÍDICAS PESSOAS FÍSICAS
Crédito rural: Crédito rural:
y taxas de mercado; y taxas de mercado;
y taxas reguladas. y taxas reguladas.
Financiamentos imobiliários: Financiamento imobiliário:
y taxas de mercado; y taxas de mercado;
y taxas reguladas. y taxas reguladas.
Crédito com recursos do BNDES: Crédito com recursos do BNDES:
y capital de giro; y financiamento investimentos;
y financiamento investimentos; y financiamento agroindustrial.
y financiamento agroindustrial. Microcrédito
O Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional (Cosif) foi criado pela Circular Bacen
n. 1.273/1987 com o objetivo de unificar os diversos planos contábeis existentes à época e uniformizar
os procedimentos de registro e elaboração de demonstrações financeiras, o que veio a facilitar o
acompanhamento, a análise, a avaliação do desempenho e o controle das instituições integrantes do
Sistema Financeiro Nacional.
O Plano Contábil tem por finalidade uniformizar os registros contábeis dos atos e dos fatos
administrativos praticados, racionalizar a utilização de contas, estabelecer regras, critérios e
procedimentos necessários à obtenção e à divulgação de dados, possibilitar o acompanhamento
do sistema financeiro, bem como a análise, a avaliação do desempenho e o controle, de modo que
as demonstrações financeiras elaboradas expressem, com fidedignidade e clareza, a real situação
econômico-financeira da instituição e dos conglomerados financeiros.
Fonte: Bacen
No Cosif, as carteiras de operações de crédito estão dispostas por meio de códigos racionais
e nomenclaturas de agrupamentos por níveis do elenco de contas contábeis, realizando a
consolidação dos saldos devedores de todos os tomadores de recursos que operam no
mercado de crédito. Veja a seguir essa disposição.
23
1.3 PRODUTOS
CRÉDITO
DE
1.6.2.00.00-7 Financiamentos
1.6.2.10.00-4 FINANCIAMENTOS
1.6.2.15.00-9 FINANCIAMENTOS A AGENTES FINANCEIROS
1.6.2.20.00-1 FINANCIAMENTOS À EXPORTAÇÃO
1.6.2.25.00-6 FINANCIAMENTOS EM MOEDAS ESTRANGEIRAS
1.6.2.30.00-8 FINANCIAMENTOS COM INTERVENIÊNCIA
1.6.2.40.00-5 FINANCIAMENTOS AGROINDUSTRIAIS
1.6.2.40.10-8 Custeio
1.6.2.40.20-1 Investimento
1.6.2.40.30-4 Comercialização
1.6.2.40.40-7 Industrialização
24
1.3.3 Características específicas das linhas de crédito
Mediante o tipo da transação financeira realizado com o cooperado tomador, as operações
de crédito devem ser classificadas no elenco de modalidades, conforme instruções do
Banco Central do Brasil, possuindo as seguintes características essenciais em cada uma
das respectivas linhas de crédito passíveis de registro:
• Circular n. 1.273.
1.3.3.2 Empréstimos
25
1.3 PRODUTOS
CRÉDITO
DE
LINHAS DESCRIÇÃO
(Subtítulo 1.6.1.20.10-1) – devem ser registrados os empréstimos a pessoas naturais
Crédito pessoal sem vinculação à aquisição de bem ou serviço.
y capital de giro com prazo de vencimento até 365 dias: operações de crédito
voltadas ao financiamento de curto prazo (igual ou inferior a 365 dias) das
pessoas jurídicas vinculadas às necessidades de capital de giro e a um contrato
específico que estabeleça prazos, taxas e garantias;
y capital de giro com prazo de vencimento superior a 365 dias: operações de
Capital de giro
crédito voltadas ao financiamento de médio e longo prazos (superior a 365
dias) das pessoas jurídicas vinculadas às necessidades de capital de giro e a um
contrato específico que estabeleça prazos, taxas e garantias;
y capital de giro rotativo: operações de crédito voltadas ao financiamento de
capital de giro vinculadas a um contrato que estabeleça linha de crédito rotativo,
de forma que à medida que a empresa devedora amortize os empréstimos já
tomados o limite disponível para utilização seja restituído, e amortizações com
datas predeterminadas, podendo ser facultado ao devedor repactuar o fluxo de
pagamentos ao longo da vigência do contrato.
26
Essas são as linhas que se caracterizam como empréstimos no elenco de operações de
crédito do Cosif. A seguir, veja a classificação das contas intituladas “direitos creditórios
descontados”.
• Circular n. 1.273;
• Carta Circular n. 2.723;
• Carta Circular n.3.769.
LINHAS DESCRIÇÃO
Conforme visto, essas linhas compõem o elenco das contas do Cosif, dentro das rubricas
Títulos de Crédito (1.6.1.30.10-8) e Demais Direitos Creditórios (1.6.1.30.90-2). A seguir, veja
as características das linhas intituladas “financiamentos”.
27
1.3 PRODUTOS
CRÉDITO
DE
1.3.3.4 Financiamentos
• Circular n. 1.273.
LINHAS DESCRIÇÃO
Aquisição de bens –
Operações destinadas a financiar a compra de veículos automotores.
veículos automotores
Financiamento de Operações contratadas com prazo superior a 360 dias, com vínculo entre o fluxo
projeto de caixa gerado pelo projeto e o pagamento da linha de crédito concedida.
Utilizados apenas quando inexistir submodalidade adequada para a operação
Outros financiamentos sob registro.
6
Floor-Plan: trata-se de um produto específico para atender demandas entre concessionários e montadoras de veículos.
O concessionário abre um limite de crédito para financiamento rotativo, dando garantias ou fiança (inclusive o próprio bem
financiado), e o veículo é faturado ao concessionário. A instituição financeira paga a montadora e recebe do concessionário
28 depois de vender a unidade no varejo, fechando o ciclo.
Essas são as linhas que se caracterizam como financiamentos no elenco de operações de
crédito do Cosif. A seguir, veja a classificação das contas intituladas “financiamentos rurais”.
Para uma melhor distinção dos recursos, o Cosif segrega as linhas de financiamento rural
conforme o tipo de sua fonte de recursos, sendo sua aplicação destinada com origem de:
LINHAS DESCRIÇÃO
29
1.3 PRODUTOS
CRÉDITO
DE
Essas são as linhas que se caracterizam como financiamentos rurais no elenco de operações
de crédito do Cosif. A seguir, veja a classificação das contas intituladas “financiamentos
imobiliários”.
LINHAS DESCRIÇÃO
Financiamento imobiliário –
Financiamento imobiliário para aquisição ou construção de unidades
empreendimentos, exceto os
não habitacionais.
habitacionais
7
LIG: é a sigla para Letra Imobiliária Garantida, que é um título lastreado por créditos imobiliários que pode ser emitido por
bancos, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento ou investimento, companhias hipotecárias e associações de
poupança e empréstimo.
30
Essas são as linhas que se caracterizam como financiamentos imobiliários no elenco de
operações de crédito do Cosif. A seguir, veja a classificação das contas intituladas “outros
créditos”.
LINHAS DESCRIÇÃO
Devedores por compra de valores (1.8.8.35.00-9): débitos de terceiros resultantes da alienação, a prazo,
e bens de valores e bens.
Outros com características de Deve ser utilizada apenas quando inexistir submodalidade adequada
crédito para os valores a receber sob registro.
31
1.3 PRODUTOS
CRÉDITO
DE
Essas são as transações que se caracterizam como outros créditos no elenco de operações
de crédito do Cosif.
Modalidades de Base
Submodalidade das linhas
linhas normativa
Adiantamento a
Não existe (sem respaldo legal). Circular n. 1.273.
depositantes
y Crédito pessoal
y Crédito pessoal – consignado
y Cheque especial
y Cheque especial – MEI
y Cheque especial – pessoa jurídica
y Capital de giro Carta Circular n.
y capital de giro com prazo de vencimento até 365 dias 3.896
Empréstimos
y capital de giro com prazo de vencimento superior a Carta Circular n.
365 dias 3.998
y Capital de giro rotativo
y Conta garantida
y Empréstimos com garantia de bens imóveis
y Home Equity
y Outros empréstimos
Financiamentos rurais
y recursos livres
y depósito à vista –
obrigatórios y Custeio
y recursos direcionados y Investimento Carta Circular n.
da poupança rural y Comercialização 3.767
y recursos direcionados y Industrialização
de LCA
y recursos de fontes
públicas
32
Financiamentos
imobiliários
y Financiamento habitacional – SFH
y imóveis residenciais Carta Circular n.
y Financiamento habitacional – exceto SFH
y imóveis não 3.896
y Financiamento imobiliário – empreendimentos, exceto os
residenciais Carta Circular n.
habitacionais
y imóveis com garantia 3.874
y Financiamento de projeto
de carteira de ativos
(LIG)
33
CRÉDITOS
ESPECIALIZADOS
1.4
1.4 CRÉDITOS
ESPECIALIZADOS
y crédito rural;
y financiamento imobiliário;
y microcrédito;
y crédito para capital de giro.
Veja a seguir quais as condições essenciais para que essas linhas de crédito sejam diferentes
das demais.
35
1.4 CRÉDITOS
ESPECIALIZADOS
O Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR) foi criado pela Lei n. 4.595, de 31 de dezembro de 1964, e tem
entre seus principais agentes os bancos e as cooperativas de crédito.
O crédito rural foi institucionalizado pela Lei n. 4.829, de 5 de novembro de 1965. Durante trinta anos, sua
gestão coube ao Banco do Brasil, por meio da Carteira de Crédito Agrícola e Industrial.
As normas sobre o crédito rural são aprovadas pelo CMN. O Banco Central faz parte desse órgão e auxilia
na tomada de decisão sobre o crédito rural.
As instituições financeiras seguem essas normas e as colocam em prática no dia a dia com seus clientes.
Existe fiscalização de todo o processo por determinação legal.
Por isso, o BC verifica com as instituições financeiras se a liberação do dinheiro e seu uso estão de acordo
com as normas publicadas, dentre outras providências.
Fonte: Bacen
y depósitos à vista;
y depósitos de poupança rural;
y emissão de Letras de Crédito do Agronegócio (LCA);
y fontes fiscais: BNDES e fundos constitucionais;
y recursos próprios das instituições financeiras.
8
Ano safra: segundo normas contidas no MRC, considera-se ano agrícola o período de 1º de julho de cada ano a 30 de junho do
ano seguinte.
36
1.4.1.1 Público-alvo
1.4.1.2 Finalidades
37
1.4 CRÉDITOS
ESPECIALIZADOS
Para atuar em crédito rural, a IF deve obter autorização prévia do Banco Central do Brasil,
cumprindo no mínimo as seguintes condições:
Algumas exigências devem ser cumpridas pela instituição financeira para poder
operacionalizar a liberação do crédito rural para um tomador, como, por exemplo:
38
y oportunidade, suficiência e adequação dos recursos;
y observância de cronograma de utilização e de reembolso;
y fiscalização pelo financiador;
y liberação do crédito diretamente aos agricultores ou por intermédio de suas
associações formais ou informais ou ainda por organizações cooperativas;
y observância das recomendações e das restrições do zoneamento agroecológico.
1.4.1.5 Fiscalização
39
1.4 CRÉDITOS
ESPECIALIZADOS
Conforme visto, são muitas as condições operacionais que fazem do financiamento rural
um crédito especializado, exigindo da instituição financeira e de seus operadores um nível
de qualificação compatível com o porte e a complexidade da carteira de crédito rural a ser
administrada.
O Brasil iniciou seu sistema imobiliário tardiamente, apenas em 1964 cria-se o Sistema Financeiro de
Habitação (SFH), o Banco Nacional de Habitação (BNH), as Sociedades de Crédito Imobiliário (SCI) por
meio da Lei n. 4.380, antes disso não havia um sistema de crédito imobiliário regulamentado.
Em 1997 é regulamentada a Lei n. 9.514, sendo criado o Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI) após
anos de estudos que revelaram ser esse novo modelo muito melhor para o Brasil do que o anterior, pois
não há mais dependência de um funding direto, como era a poupança no SFH. Junto com o SFI foi criada a
alienação fiduciária, outra questão muito importante para o setor.
Fonte: Abecip (BARROS, José Roberto Mendonça). Uma avaliação do mercado imobiliário no Brasil: a evolução da
demanda e da oferta de financiamento imobiliário nos próximos cinco anos.
40
1.4.2.1 Subsistemas do mercado de crédito imobiliário
41
1.4 CRÉDITOS
ESPECIALIZADOS
Os recursos do SFH e do SFI são captados pelos bancos e por outras instituições financeiras
integrantes do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) principalmente com
DEPÓSITOS DE POUPANÇA .
A caderneta de poupança surgiu no Brasil Império, quando D. Pedro II assinou o Decreto n. 2.723 (de 12 de
janeiro de 1861) estipulando a criação da Caixa Econômica Federal e da caderneta de poupança.
Ao longo do tempo surgiram mudanças nas regras que determinam o funcionamento da caderneta de
poupança, principalmente em relação ao índice de juros pagos sobre o valor depositado.
Desde 2012, a legislação brasileira determinou que os depósitos na caderneta de poupança realizados
até 3 de maio de 2012 (que passaram a ser conhecidos à época como poupança antiga) continuassem
recebendo remuneração adicional de 0,5% ao mês (além da remuneração básica); e os depósitos
realizados a partir de 4 de maio de 2012 (a então nova poupança) receberiam remuneração adicional
variável de acordo com a meta da Taxa Selic, mas mantendo-se limitada a 0,5% ao mês durante períodos
de altas taxas de juros.
O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) foi criado pela Lei n. 5.107, de 13 de setembro de 1966 e
vigente a partir de 1o de janeiro de 1967, para proteger o trabalhador demitido sem justa causa.
O FGTS é constituído de contas vinculadas, abertas em nome de cada trabalhador, quando o empregador
efetua o primeiro depósito. O saldo da conta vinculada é formado pelos depósitos mensais efetivados
pelo empregador, acrescidos de atualização monetária e juros.
42
Em ambos os sistemas (SFH e SFI), as instituições financeiras também podem direcionar
recursos para financiamento imobiliário de outras fontes, como aqueles captados junto aos
seus clientes por meio dos seguintes instrumentos financeiros:
y Letras de Crédito Imobiliário (LCI): são títulos de renda fixa lastreados em créditos
imobiliários garantidos por hipoteca ou por alienação fiduciária de um bem
imóvel, conferindo aos seus tomadores o direito de crédito pelo valor nominal,
juros e, se for o caso, atualização monetária;
y Letras Hipotecárias (LH): são títulos de renda fixa lastreados em créditos
imobiliários garantidos por hipotecas. O instrumento é emitido por instituições
financeiras que emprestam recursos do SFH. A remuneração do papel pode ser
prefixada ou pós-fixada, por exemplo, pela TR, pelo IGPM ou pelo INPC;
y Letras Imobiliárias Garantidas (LIG): é um título lastreado por créditos imobiliários
que conta com uma carteira de ativos que lastreia e garante os títulos, uma
vez que se torna um patrimônio apartado da instituição emissora, dedicado
exclusivamente à LIG. A rentabilidade fica atrelada à Taxa Selic, ao IPCA, à
variação cambial ou outro tipo de indicador.
O SFH é regulamentado pelo governo federal, que estabelece algumas condições para
o financiamento imobiliário, como: valor máximo de avaliação do imóvel igual a R$
1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais) e custo efetivo máximo igual a 12% a.a..
Para o SFI, essas condições não estão preestabelecidas, sendo permitida a livre negociação
entre os clientes e as instituições financeiras.
Quanto ao limite máximo de 12% a.a. de juros, esse percentual não inclui: custo de
contratação de apólice de seguros de morte e invalidez permanente, danos físicos ao
imóvel e responsabilidade civil do construtor; tarifas relativas à análise de proposta de
apólice de seguro habitacional individual e à taxa de administração mensal (esta última
limitada a R$ 25,00 por mês).
Além disso, a critério das instituições financeiras, os contratos podem prever atualizações
por índices de preços de conhecimento público e regularmente calculado, os mais comuns
são: poupança, INCC, IPCA e Taxa Referencial (TR).
43
1.4 CRÉDITOS
ESPECIALIZADOS
y companhias de habitação;
y fundações habitacionais;
y institutos de previdência;
y carteiras hipotecárias dos clubes militares;
y caixas militares;
y montepios estaduais e municipais;
y entidades de previdência complementar;
y companhias securitizadoras de crédito imobiliário; e
y cooperativas habitacionais, fundações e outras formas associativas para
construção ou aquisição da casa própria sem finalidade de lucro.
Essa classificação de agentes financeiros é legado de determinações legais históricas que, apesar de
descreverem, em alguns casos, modelos não mais existentes, é ainda utilizada para o FGTS.
44
1.4.3 Microcrédito
O MICROCRÉDITO é uma modalidade que, apesar de ser amplamente difundida
como uma política pública que fomenta por meio do crédito os micros e os pequenos
empreendimentos de caráter formal e informal, de forma geral, ainda precisa ser melhor
desenvolvida, já que não possui grande apelo comercial por parte da maioria das
instituições financeiras bancárias, devido às suas características de fomento e assistência
por intermédio de um crédito produtivo e orientado aos seus públicos-alvo.
A primeira notícia que se tem de microcrédito data de 1846, quando, no sul da Alemanha, foi criada pelo
pastor Raiffeinsen a Associação do Pão, que cedeu farinha de trigo aos camponeses endividados com
agiotas para que eles, com a fabricação e a comercialização do pão, pudessem aumentar sua renda.
Porém, a experiência de microcrédito mais conhecida internacionalmente foi desenvolvida em
Bangladesh, um dos países mais pobres do mundo. Em 1976, o professor de economia Muhammad Yunus
constatou que ao retor da Universidade de Chinttagong, onde lecionava, as pessoas pobres não tinham
acesso a crédito dos bancos comerciais para financiar suas pequenas atividades produtivas, levando-as a
recorrer a agiotas.
Com seu próprio dinheiro e a ajuda de seus alunos, o professor Yuus iniciou um trabalho de concessão de
empréstimos a uma parcela daquela população pobre, cerca de U$ 27 para um grupo de 42 pessoas.
Ao provar que os pobres são merecedores de crédito, no sentido da confiança e de acesso a recursos
financeiros, e que pagam seus pequenos empréstimos destinados a atividades produtivas, o professor Yunus
conseguiu financiamentos e doações nos bancos privados e internacionais para criar o Banco Grameen.
No Brasil, a iniciativa mais bem-sucedida de microcrédito é desenvolvida desde 1997 pelo Banco do
Nordeste (BNB), quando lançou o Programa CrediAmigo, sendo atualmente o maior programa de
microcrédito produtivo e orientado da América do Sul.
De modo geral, o microcrédito é direcionado àqueles que não têm fácil acesso aos recursos
financeiros provenientes de fontes livres das instituições. Por esse motivo, este crédito
possui características específicas, as quais exigem das instituições financeiras um nível de
expertise e atuação mais assertiva ao perfil do público desta modalidade.
1.4.3.1 Público-alvo
Ramo industrial:
45
1.4 CRÉDITOS
ESPECIALIZADOS
Ramo comercial:
Ramo de serviços:
y Direcionamento do crédito.
y Criação do Programa Nacional do Microcrédito Produtivo e Orientado (PNMPO).
2003-2018 y Ajustes normativos, definindo o foco exclusivamente nas atividades produtivas e
ajustando a metodologia das operações.
y Priorização dos segmentos de baixa renda.
y Redefinição do microcrédito como conjunto de 71 modalidades de operações de
crédito para um público-alvo estabelecido.
y Inclusão do estímulo ao microcrédito como um dos objetivos da Agenda BC#.
Aperfeiçoamentos normativos para a redução dos custos de originação.
Desde 2019
y Incorporação de novas tecnologias e entidades especializadas. Desenvolvimento
do Sistema Nacional de Garantias.
y Desenvolvimento do Programa de Simplificação do Acesso a Produtos e Serviços
Financeiros para microempreendedores individuais e microempresas.
46
Segundo o Banco Central do Brasil, a recente evolução da regulação promovida pela LEI
Nº 13.999/2020 visa ao crescimento quantitativo e qualitativo do segmento por meio
da ação coordenada de entidades públicas, privadas e não governamentais. A integração
da diversidade de objetivos (lucratividade, sustentabilidade, inclusão social, produtiva e
financeira) é o principal desafio a ser enfrentado.
47
1.4 CRÉDITOS
ESPECIALIZADOS
Além das exigências para enquadramento como microcrédito no conceito amplo, as operações
de MPO devem atender a procedimentos e limites operacionais específicos, estabelecidos
pela Resolução CMN n. 4.713/2019, a fim de suprir as demandas dos microempreendedores.
Conforme o art. 3º dessa resolução, são condições operacionais mínimas:
Quanto ao uso de metodologia específica para concessão e controle, segundo o art. 3º, § 2º,
o método deve compreender no mínimo:
9
Capital de giro: é um recurso necessário para sustentar as atividades operacionais do negócio, podendo ser formado por fontes
de recursos próprios ou de terceiros.
48
As modalidades de crédito destinadas ao capital de giro exigem das instituições um
atendimento bastante especializado, por se tratar de créditos destinados às pessoas
jurídicas de todos os portes e ramos de atuação, que possuem características específicas de
necessidade de recursos para capital de giro tão diversas quanto a variedade de atividades
econômicas desenvolvidas pelas empresas que utilizam tais recursos. À vista disso, a
seguir serão demonstrados os aspectos específicos que tornam esta demanda um crédito
especializado.
y Modalidade de empréstimos:
y cheque especial – pessoa jurídica;
y conta garantida (crédito rotativo);
y capital de giro:
y capital de giro com prazo de vencimento até 365 dias;
y capital de giro com prazo de vencimento superior a 365 dias;
y capital de giro rotativo.
y Modalidade de financiamentos:
y Vendor;
y Compror.
49
1.4 CRÉDITOS
ESPECIALIZADOS
Essa política de crédito deve ser elaborada com base na realidade dos principais tipos de
empreendimentos assistidos com os recursos de capital de giro, mediante estudo técnico
que comporte a viabilidade da destinação dos recursos financeiros, em conformidade com
as condições operacionais de aplicação e retorno do crédito, inclusive tendo o respaldo da
política de apetite a riscos da instituição.
Para entender a dinâmica do capital de giro (CDG), e com isso indicar o melhor produto
financeiro, a instituição especializada em atendimento a pessoas jurídicas deve saber
interpretar algumas informações patrimoniais e financeiras, que podem ser geradas pelas
demonstrações contábeis ou até por relatórios de visita técnica, desde que possuam dados
fidedignos das políticas operacionais de curto prazo de uma empresa (política de compras,
política de estocagem e política de vendas).
A NCG pode ser definida como o volume de recursos necessários para dar cobertura às atividades
operacionais de uma empresa. Entende-se por atividades operacionais o ciclo produtivo ou
operacional da atividade econômica, compreendido pelo somatório do prazo médio de
renovação da estocagem (incluindo eventual produção) + prazo médio de recebimento das
vendas. A fórmula utilizada para calcular a NCG em valores reais (R$) é a seguinte:
50
y estoques (E): saldos de recursos armazenados como estoque de matéria-prima,
bens em produção ou produtos acabados disponíveis para comercialização;
y despesas antecipadas (DA): recursos realizáveis no exercício social subsequente,
mas cujos pagamentos foram antecipados no exercício corrente;
y outros (O): valores que se caracterizam como bens ou direitos com realização de
até um ano, sem características de ativo de giro.
AO = C + E + DA
PO = F + OT + OF
51
1.4 CRÉDITOS
ESPECIALIZADOS
Nesse sentido, o montante necessário para capital de giro será resultante da subtração do
ativo operacional do passivo operacional, conforme demonstrado na ilustração:
Operacional
Fornecedor +
Operacional
Créditos a Receberr
Outros PCO
R$ 850.000
R$ 1.450.000
Estoques
NCG = 150.000
R$ 750.000
Financeiro
Financeiro
Empréstimos e
Caixa
Financiamentos
R$ 400.000
R$ 350.000
Para exemplificação, veja que nessa ilustração os créditos a receber (R$ 850.000) somados
aos estoques (R$ 750.000) totalizam o ativo operacional de R$ 1.600.000, enquanto as
rubricas de fornecedores e outros passivos circulantes operacionais (PCO) totalizam R$
1.450.000.
O CGL (ou CCL, ambas as nomenclaturas são adotadas e têm o mesmo sentido) pode
ser definido como um recurso disponível para o capital de giro da empresa, servindo de
termômetro para medir a liquidez da empresa no curto prazo.
Esse indicador é importante, pois mede a liquidez de uma empresa e significa que: quanto
maior o CGL da empresa, menor será seu risco de insolvência, isto é, risco de não conseguir
honrar seus compromissos no curto prazo. A fórmula utilizada para calcular o CGL em
valores reais (R$) é a seguinte:
Conforme essa diferença (ativo circulante menos passivo circulante), a empresa pode ter
capital de giro líquido positivo quando o ativo circulante supera o passivo circulante, ou
capital de giro líquido negativo quando o primeiro é inferior ao segundo.
A posição de liquidez pode ser decidida com base na estrutura que melhor satisfaça as
necessidades e os objetivos das empresas, podendo-se optar por capital circulante baixo
ou até negativo, desde que estas possuam um fluxo de caixa bastante previsível.
52
No entanto, constata-se que na maioria dos casos as saídas de caixa (pagamentos) são
eventos relativamente previsíveis, enquanto as entradas de caixa (recebimentos) são
geralmente de difícil previsibilidade. Assim, o CCL positivo deveria ser a opção da maioria
das empresas, conforme a ilustração:
ATIVOS PASSIVOS
Natureza Operacional
Não Onerosos
Ativos Circulantes Passivos Circulantes
R$ 2.000.000 R$ 1.800.000
CGL
Capital Circulante
Passivo Não
Líquido
Circulante
Financiamentos LP
Onerosos
Ativo Não
Circulante Patrimônio
Líquido
Ativo
Permanente
Para exemplificação, veja nessa ilustração que os ativos circulantes totalizam R$ 2.000.000,
enquanto os passivos circulantes somam R$ 1.800.000.
Do ponto de vista da liquidez, deve-se dispor de capital de giro líquido (CGL) suficiente para
fazer frente às necessidades de capital de giro (NCG), ou seja, o saldo de tesouraria (ST)
deve ser positivo, tendo em vista que é calculado da seguinte maneira:
ST = CGL – NCG
53
1.4 CRÉDITOS
ESPECIALIZADOS
O saldo de tesouraria é negativo quando o recurso disponível como capital de giro não
é suficiente para financiar a necessidade de capital de giro (CDG < NCG) ou quando a
empresa utilizar limites de créditos rotativos para uso imediato (ST < limites de crédito) e
de forma eventual a fim de dar cobertura a tais descasamentos pontualmente, recompondo
a utilização desses recursos tão logo se regularize a ausência de caixa.
No caso em tela, há saldo de tesouraria suficiente para a circulação dos recursos de forma
operacionalmente sustentável (sem descasamentos).
d) Efeito tesoura
Quando a empresa não consegue aumentar o capital de giro líquido (CGL) no mesmo ritmo
de aumento da necessidade de capital de giro (NCG), ocorre um processo de deterioração
da situação financeira conhecido como “efeito tesoura”, conforme explica Vieira (2008).
Esse descompasso entre a evolução das fontes disponíveis (CGL) e as aplicações que precisam
ser financiadas (NCG) faz com que o saldo de tesouraria (ST) se torne crescentemente
negativo. Nota-se, então, uma evidente dependência dos recursos de curto prazo para
financiamento das atividades da empresa cada vez mais acentuada. Veja a ilustração que
explica o efeito tesoura.
ST < 0
Conforme visto, essa expressão decorre do fato de que, visualizando o gráfico, tal processo
provoca o afastamento das curvas da NCG e do CGL, produzindo um efeito visual semelhante
às duas partes de uma tesoura, juntamente com seu efeito sobre o saldo de tesouraria (ST).
54
Segundo Vieira (2008), as principais fontes de distúrbios na situação financeira de uma
empresa capazes de facilitar o desenvolvimento do efeito tesoura podem advir de alguns
fatores:
Enfim, pode-se concluir que as empresas com esse descompasso mostram uma crescente
dependência dos recursos financeiros de curto prazo para o financiamento de sua demanda
operacional de recursos tanto permanentes como de longo prazo, indicando a deterioração
da sua liquidez (solvência).
Basicamente, busca-se encontrar o tempo médio, em dias, que o ativo levou para se
transformar, iniciando pelas compras (PMPC – prazo médio do pagamento das compras),
passando pela estocagem de matéria-prima até chegar ao estágio de produto final (PMRE
– prazo médio da renovação dos estoques), e ainda, passando pela venda aos clientes e
pelo efetivo recebimento em dinheiro no caixa (PMRV – prazo médio do recebimento das
vendas). Veja como é gerado cada um desses indicadores.
INDICADOR FÓRMULA
PMPC = (fornecedores x 360 / compras anuais*)
Prazo médio de pagamento das compras (PMPC) (*)Compras anuais = [(estoque final – estoque inicial)
+ custo das vendas anual]
SIGNIFICADO INTERPRETAÇÃO
CONCEITO
55
1.4 CRÉDITOS
ESPECIALIZADOS
INDICADOR FÓRMULA
PMRE = (estoque x 360 / custo das vendas anual)
Prazo médio de renovação da estocagem (PMRE)
SIGNIFICADO INTERPRETAÇÃO
Significa quantos dias, em média, a empresa leva Nas atividades operacionais do negócio, a empresa
para vender seu estoque de matéria-prima, seus demora, em média, “X” dias para girar seus estoques.
produtos em produção e/seus produtos acabados.
CONCEITO
Quanto menor o prazo,
melhor para o caixa da empresa.
INDICADOR FÓRMULA
PMRV = (títulos a receber x 360 / vendas brutas
Prazo médio de recebimento das vendas (PMRV)
anuais)
SIGNIFICADO INTERPRETAÇÃO
Significa quantos dias, em média, a empresa leva Nas atividades operacionais do negócio, a empresa
para receber de seus clientes pelas vendas demora, em média, “X” dias para vender e receber de
realizadas a prazo. seus clientes com prazo.
CONCEITO
Nesse processo natural e permanente podem ser identificados os ciclos de uma empresa,
que se dividem em ciclo operacional e ciclo financeiro.
INDICADOR FÓRMULA
Ciclo operacional (CO) CO = (PMRE + PMRV)
SIGNIFICADO INTERPRETAÇÃO
Neste indicador apura-se quanto tempo a empresa Nas atividades operacionais do negócio, a empresa
demora, em média, para concluir seu ciclo produtivo. demora, em média, “X” dias para concluir seu ciclo,
desde o dia da compra, passando pela estocagem,
pela transformação em produto final e pela venda
até o efetivo recebimento.
CONCEITO
Depende da situação, mas geralmente quanto menor o prazo, melhor para a condição econômica da
empresa.
56
INDICADOR FÓRMULA
Ciclo financeiro (CF) CF = (CO – PMPC)
SIGNIFICADO INTERPRETAÇÃO
Demonstra, em média, quantos dias a empresa Capital de giro (CDG): pode-se definir o CDG como
necessita de recursos financeiros para cobrir o ciclo “um recurso necessário para sustentar as atividades
operacional, utilizando recursos conhecidos como operacionais do negócio, podendo ser formado por
capital de giro. fontes de recursos próprios ou de terceiros”.
CONCEITO
Quanto menor o prazo, melhor para a condição econômica da empresa (gera menor necessidade de capital
de giro).
Para melhor exemplificação dos prazos médios e seus ciclos, veja a ilustração:
Ciclo Financeiro
90 Dias
Ciclo Operacional
135 Dias
Venda Recebimento
PMRE PMRV
45 Dias
Percebe-se que o somatório do prazo médio de renovação dos estoques (PMRE = 60 dias)
mais o prazo médio de recebimento das vendas (PMRV = 75 dias) compreendeu um ciclo
operacional (CO = 135 dias), sendo este o prazo total da atividade produtiva desta empresa.
Logo, a diferença entre o ciclo operacional (CO = 135 dias) e o prazo médio de pagamento
das compras (PMPC = 45 dias) perfaz o ciclo financeiro (CF = 90 dias), que na prática
significa o tempo médio que a empresa necessita de recursos financeiros para cumprir suas
atividades produtivas, ou seja, o tempo que ela precisa de capital de giro para sustentar
seu ciclo operacional.
Conforme visto, essa necessidade poderá ser suprida por recursos próprios da empresa
(reservas financeiras) ou pela aquisição de recursos de terceiros, neste caso, as linhas de
crédito direcionadas à necessidade de capital de giro das pessoas jurídicas.
57
1.4 CRÉDITOS
ESPECIALIZADOS
INDICADOR FÓRMULA
Ativo Circ. + Ativo Não Circ.
Liquidez geral Pas. Circ. + Pas. Não Circ.
SIGNIFICADO INTERPRETAÇÃO
Proporção entre os bens e direitos de curto e longo Para cada $ 1 de dívida de CP e LP tem-se “$ x” de
prazos e as obrigações totais com terceiros. bens e direitos de CP e LP para fazer cobertura.
CONCEITO
INDICADOR FÓRMULA
Ativo Circulante
Liquidez corrente Passivo Circulante
SIGNIFICADO INTERPRETAÇÃO
Proporção entre os bens e direitos apenas de curto Para cada $ 1 de dívida de CP tem-se “$ x” de bens e
prazo e as obrigações de curto prazo com terceiros. direitos de CP para fazer cobertura.
CONCEITO
INDICADOR FÓRMULA
Ativo Circ – Estoques – Desp. Exerc. Seg.
Liquidez seca
Passivo Circulante.
SIGNIFICADO INTERPRETAÇÃO
Semelhante à liquidez corrente, porém do ativo Para cada $ 1 de dívida de CP tem-se “$ x” de bens e
circulante, são excluídos os estoques e as despesas direitos de CP para fazer cobertura sem utilizar os
do exercício seguinte. estoques e os ativos não circulantes.
CONCEITO
58
INDICADOR FÓRMULA
Disponibilidades
Liquidez imediata Passivo Circulante
SIGNIFICADO INTERPRETAÇÃO
Proporção entre os bens e direitos já disponíveis em Para cada $ 1 de dívida de CP tem-se “$ x” de bens e
dinheiro e as obrigações de curto prazo com direitos disponíveis em dinheiro para fazer sua
terceiros. cobertura.
CONCEITO
59
A seguir serão abordadas as modalidades de crédito e as características de seus produtos e
processos, assim como os aspectos de risco envolvidos nas operações de crédito tanto para
pessoas físicas quanto para pessoas jurídicas.
VISÃO GERENCIAL
SOBRE AS FONTES E
AS APLICAÇÕES DE
RECURSOS
1.5
1.5 VISÃO GERENCIAL
SOBRE AS FONTES E
AS APLICAÇÕES DE
RECURSOS
Esse conhecimento prévio das fontes e das aplicações dos recursos facilitava, sobretudo, o
“casamento” entre as origens e os destinos dos diversos lotes de recursos transacionados.
No entanto, no mundo contemporâneo, a multiplicidade de opções em matéria de
operações financeiras (opções essas criadas pelas próprias instituições em atenção às
necessidades de seus clientes – aplicadores e tomadores), aliada à extrema rapidez das
comunicações, impõe certas dificuldades para manter esse “casamento” de forma estável
entre as captações e as aplicações de recursos. Afinal, há um contínuo fluxo e refluxo,
uma perpétua reacomodação entre as origens e os destinos dos recursos confiados às
instituições financeiras.
61
1.5 VISÃO GERENCIAL SOBRE
AS FONTES E AS APLICAÇÕES
DE RECURSOS
No presente contexto, Hastings (2006) afirma que o tratamento dado ao sistema de funding
focalizará o banco como um todo, mas, é claro, nada impede que seja estruturado por
agência ou por grupo de agências, e se este for o enfoque desejado, os dados primários
deverão estar disponíveis por centro de responsabilidade. Portanto, quando combinado o
funding com o caixa central, realmente serão necessários a abertura e o desdobramento
das análises por carteira e por agência.
No Sicoob, a técnica de análise que utiliza as regras de funding pode ser percebida numa
visão gerencial na PLATAFORMA DE APOIO À DECISÃO (PAD) e particularmente por
meio do Relatório de análise de produtividade (APN), cuja visão pragmática das fontes
e das aplicações de recursos apresenta de maneira bem clara as taxas praticadas entre
ativos e passivos, bem como a visão interna de compra/venda de recursos entre as
agências eventualmente superavitárias ou deficitárias (na captação e na destinação
dos recursos), assim como seus impactos sobre a estrutura de resultados das agências e,
consequentemente, para toda a cooperativa singular.
A Plataforma de Apoio à Decisão (PAD) é um aplicativo integrante do Sisbr 2.0 que disponibiliza
informações gerenciais referentes às cooperativas do Sicoob, o que possibilita responder, rápida e
acertadamente, às demandas de informações gerenciais para apoio à tomada de decisão.
- Fluxo de Caixa;
- Gestão de Risco de Crédito;
- Gestão de Mercado e Liquidez;
- Mais Negócios;
- Análise de Produtividade de Negócios;
- Gestão de Metas;
- Repositório de Arquivos;
- Notas Explicativas.
Os sistemas atuam de forma integrada com os demais módulos do Sisbr 2.0 para controlar as informações
gerenciais pertinentes a cada produto.
Veja como são aplicados os conceitos de funding nos relatórios gerenciais do Sicoob.
62
1.5.2 Visão das fontes e das aplicações no Relatório APN
Segundo o Guia de orientações para análise de resultados por PA, manual interno do Sicoob
que explica como pode ser feita a leitura do RELATÓRIO DE ANÁLISE DE PRODUTIVIDADE
DO NEGÓCIO (APN) na Plataforma de Apoio à Decisão (PAD), a metodologia de
63
1.5 VISÃO GERENCIAL SOBRE
AS FONTES E AS APLICAÇÕES
DE RECURSOS
apuração de resultado por Ponto de Atendimento separa dos PAs todos os bens e direitos,
obrigações, receitas e despesas que não possam ser atribuídos a eles, permitindo, assim,
um gerenciamento da singular mais elaborado, cuidadoso e conclusivo. Veja a ilustração:
PA O
PA 1
Por meio desse relatório pode-se observar que são utilizadas informações para a
apuração dos resultados contábeis dos PAs, da UAD e do Caixa Central, sendo este último
(num conceito de tesouraria) utilizado pela UAD para a compra de recursos repassados
provenientes da centralização financeira de cada PA, obtendo-se um spread (%) ao custo
de oportunidade pelas taxas praticadas no mercado financeiro (CDI).
64
Preço de transferência: A Receita/Despesa financeira com a
Aplicação/Captação de recurso na DG com base no CDI.
Recursos Recursos
UAD
Captação Caixa Central Aplicação
Preço Preço
Transf. Transf.
Margem Financeira
(Receita Financeira - Despesa Financeira)
Preço de Transferência:
CDI x SM do Ativo ou Passivo
Logo, se o total das contas de origem do PA for maior que o total das contas de aplicação,
significa que este foi “vendedor de recursos”. Porém, se o total das contas de origem do
PA for menor que o total das contas de aplicação, significa que este foi “comprador de
recursos”.
Por sua vez, as agências das cooperativas devem ter seu desempenho avaliado,
primeiramente, sob o aspecto operacional, ou seja, como estão captando e emprestando
recursos e vendendo serviços aos associados.
65
1.5 VISÃO GERENCIAL SOBRE
AS FONTES E AS APLICAÇÕES
DE RECURSOS
Considerando a visão gerencial apresentada pela APN, é possível avaliar todas as variáveis
a partir da segregação dos dados entre origem e aplicação, demonstrando as taxas médias
do passivo e as do ativo, bem como suas implicações na margem financeira (spread) de um
PA, como exemplificado a seguir.
66
Nesse sentido, segundo o Banco Central do Brasil, em seu Relatório de economia bancária
(REB – ano 2020), são elementos constituintes do Indicador de Custo do Crédito (ICC) no
Sistema Financeiro Nacional:
Por essa composição do ICC pode-se deduzir que a taxa mínima que poderia ser praticada em
uma operação de crédito não deveria ser inferior à soma desses fatores, consequentemente
sua fórmula básica é:
Taxa Mínima = C + I + D + T + M
Para exemplificação, considere os seguintes valores que podem ser extraídos dos relatórios
gerenciais:
y C = 0,16% (referente à taxa média das captações a prazo, podendo também tomar
como referência o % do CDI no período);
y I = 0,20% (média dos ajustes de provisão nos últimos seis meses aplicados sobre
o total da carteira de crédito);
y D = 0,28% (percentual de representação das despesas administrativas mensais
sobre o total da carteira de crédito);
y T = 0,02% (percentual de representação dos encargos tributários sobre operações
e do fundo garantidor sobre o total dos depósitos totais captados);
y M = 0,43% (percentual de representação da margem financeira bruta sobre o
total dos ativos administrados – aplicar a margem real ou desejada).
Ainda sobre o conceito de taxa mínima, pode-se aplicar alguns fatores de ponderação de
cada linha de crédito e suas condições operacionais básicas, tais como:
67
1.5 VISÃO GERENCIAL SOBRE
AS FONTES E AS APLICAÇÕES
DE RECURSOS
Por meio desses fatores específicos estipulados em cada linha é possível definir uma taxa
de referência, devendo-se estabelecer uma escala de minoração para os melhores tipos
de garantia e outra escala de majoração para os maiores prazos, conforme demonstra a
fórmula:
Para efeito prático, considere que a garantia oferecida seja um imóvel por alienação
fiduciária cujo fator mitigatório sobre a taxa perfaça 0,40 p.p, enquanto o prazo a ser
praticado seja de 36 meses, com fator de majoração de 0,30 p.p. Logo, a taxa de referência
para esta hipotética linha de empréstimo com garantia de imóveis e prazo de 36 meses
seria de:
Partindo do princípio de que essa seja a taxa referencial para uma linha de crédito de
balcão, outros fatores também poderão influir sobre essa taxa, conforme o perfil do
proponente ao crédito, como, por exemplo, o nível de reciprocidade e o nível de risco.
Para tanto, a política de precificação da singular deverá prever essa condição baseada
na informação real e precisa do proponente ao crédito no ato da concessão, bem como
poderá aplicar indexadores para garantir sua margem bruta contra aspectos externos,
como a flutuação da taxa de juros padrão do mercado financeiro.
Enfim, esta simples apresentação teórica serve somente como racional hipotético para
uma cooperativa singular, partindo de uma análise detalhada e crítica de sua situação
a fim de realizar uma precificação coerente com sua estrutura de custos, alinhada com a
necessidade de retorno sobre o risco ao qual está exposta.
68
REFERÊNCIAS
ASSAF NETO, A.; SILVA, TIBÚRCIO C. A. Administração do capital de giro. São Paulo: Atlas,
2012.
BANCO CENTRAL DO BRASIL. MCR: Manual de crédito rural. Disponível em: https://www3.
bcb.gov.br/mcr. Acesso em: 28 maio 2021.
BANCO CENTRAL DO BRASIL. SCR: Documento 3040 – dados de risco de crédito. Disponível
em: https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/scr. Acesso em: 28 maio 2021.
LEI n. 10.402/2002, Congresso Nacional Código de Processo Civil Brasileiro. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm. Acesso em: 10 jan. 2002.
69
www.sicoob.com.br
SIG, Quadra 06, Lote 2080, Sudoeste
Cep: 70712 900 Brasília-DF
+ 55 61 3217 5709