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Re:Zero – Starting Life In Another World

INDICE:
Sumário
INDICE: ............................................................................................................................................................................................. 1
VOLUME 1: ....................................................................................................................................................................................... 2
1.1 - PROLOGUE: WASTE HEAT OF THE BEGINNING: ........................................................................................................................................ 2
1.2 - THE END OF THE BEGINNING: .............................................................................................................................................................. 2
1.3 - A STRUGGLE TOO LATE:....................................................................................................................................................................... 7
1.4 - END AND BEGINNING: ...................................................................................................................................................................... 10
1.5 - FOURTH TIME'S THE CHARM: ............................................................................................................................................................. 11
1.6 - LIFE STARTED IN ANOTHER WORLD FROM ZERO: .................................................................................................................................... 13
1.7 - EPILOGUE: THE MOON IS WATCHING:.................................................................................................................................................. 16
VOLUME 2: ..................................................................................................................................................................................... 17
2.1 - PROLOGUE: THE ROAD TO REDEMPTION BEGINS:................................................................................................................................... 17
2.2 - SELF-CONSCIOUS FEELINGS: ............................................................................................................................................................... 17
2.3 - THE PROMISED MORNING GROWS DISTANT: ......................................................................................................................................... 19
2.4 - THE SOUND OF CHAINS:.................................................................................................................................................................... 23
2.5 - A DEADLY GAME OF TAG: .................................................................................................................................................................. 26
2.6 - THE MORNING HE YEARNED FOR: ....................................................................................................................................................... 30
VOLUME 3: ..................................................................................................................................................................................... 34
3.1 - NATSUKI SUBARU'S RESTART:.............................................................................................................................................................. 34
3.2 - I'VE CRIED, BAWLED AND STOPPED CRYING: ......................................................................................................................................... 36
3.3 - THE MEANING OF COURAGE: ............................................................................................................................................................. 39
3.4 - ONI LIKE WAY: ................................................................................................................................................................................ 43
3.5 - REM: ............................................................................................................................................................................................. 47
3.6 - ALL IN: ........................................................................................................................................................................................... 49
3.7 - EPILOGUE: STORY OF THE FUTURE: ..................................................................................................................................................... 51
3.8 - INTERLUDE: SECRET CONVERSATION UNDER THE MOON:......................................................................................................................... 53

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Re:Zero – Starting Life In Another World

VOLUME 1:
1.1 - Prologue: Waste Heat Of The Beginning:

• Ele sente o piso duro, uma sensação de calor. “O que é isso?”, pensa. Sangue? Será seu sangue? Percebe que seu
dorso está aberto. Acabou. Mas há alguém ali. Ele quer que ela esteja bem, é sua única preocupação. Escuta sua
voz, significa que ela está viva. “Que bom...” Então escuta algo... o corpo dela cai ao seu lado, sobre seu sangue.
Escuta passos, vê um sapato preto. “Espere... eu prometo que... vou te salvar...”. Então Natsuki Subaru morre.

1.2 - The End Of The Beginning:

• Ele carrega um pouco de dinheiro consigo, uma carteira com algumas moedas que não valem nada neste mundo.
Ele possui cabelo preto curto, estatura mediana, um olhar afiado e um moletom cinza. Uma aparência muito
comum. Mas, todos o encaram. Neste lugar não há ninguém de cabelos pretos. Eram ruivos, loiros e até verdes e
azuis. Eles usam armaduras e túnicas, trajes nem um pouco parecidos com o seu. Isso significa... que ele foi invocado
a outro mundo?

• Ele é um estudante japonês comum de 17 anos, com uma tendência a não comparecer às aulas. Tudo isso parece
um pesadelo, mas ele não consegue acordar, não importa quantas vezes bata a cabeça na parede. Ele decide sair
da avenida, pois atraí muitos olhares com sua aparência incomum. Ele se senta em um beco para refletir. Ele
confirmou que entende a linguagem e que o comércio utiliza moedas de ouro e prata, mesmo que diferentes das
dele, mas logo se preocupa com sua sobrevivência. Afinal, sem dinheiro e sem itens de valor ou poder... Não é nada
como os jogos que costumava jogar.

• Seus únicos pertences são as roupas, as moedas que não valem nada, um celular sem sinal e um pacote de
batatinhas. Afinal, ele foi invocado enquanto as comprava em uma loja de conveniência. A presença de inúmeros
semi-humanos e o fato de ninguém achar estranho o leva a crer que este tipo de raça é comum neste mundo. Sua
situação é um pouco desesperadora, mas não muito diferente do que quando ele ficava enfurnado em sua casa no
Japão. Por um momento sente saudade de seus pais, mas não deixa estes pensamentos rondarem sua mente.

• Ele se levanta e esbarra em alguém. Um homem


corpulento junto de outros dois. Tem um mal pressentimento. E o
sentimento não falha. É um assalto. Acreditando que aquilo é uma
espécie de jogo, como os que está acostumado. Ele parte para
cima sem pensar muito. Soca um deles, chuta outro, mas logo o
terceiro revela uma faca, deixando-o em pânico.

• Ele se ajoelha e pede perdão: “Desculpe, desculpe, eu


errei. Me perdoe e poupe minha vida!” mas logo é socado pelos
3. Os marginais planejam roubar todos seus pertences após
espancá-lo. A situação é realmente péssima, enquanto apanha,
escuta uma voz: “Hey, hey, saiam da frente!! Vocês ai, movam-
se!”. Uma garota passa correndo, com muita pressa.

• Ela é muito jovem, baixa estatura, olhos vermelhos, toda


suja e cabelos médios loiros. Era a sua salvadora, pensou. Mas a
garota apenas passa correndo, salta pelas paredes e desaparece:
“Vish, sua situação parece péssima, mas estou muito ocupada,
desculpe e boa sorte!”. Deixando-o na mesma situação em que o
encontrou. “Eu vou morrer” pensou. Até que escuta outra voz.

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Re:Zero – Starting Life In Another World
• “Parem já com isso, seus malfeitores! Não ficarei parada testemunhando isso, se pararem agora deixarei que fujam.
Então façam a coisa certa e me devolvam o que roubaram!”, uma garota linda, de vestes brancas, olhos roxos e
longos cabelos prateados. Ela pede que devolvam seu item roubado. Confusos com a situação, lhe questionam se
ela não está lá para salvar o rapaz que está sendo espancado. “Não acho que 3x1 seja justo. Mas, se me perguntam
se o conheço então não, nunca o vi em minha vida”, acabando com suas esperanças de ser resgatado.

• Os delinquentes lhe contam sobre a garota que passou correndo há alguns segundos, ela deve ser a responsável
por roubar o item da garota de cabelos prateados. Ela passa correndo por eles e se prepara para deixar o beco.
Mas, de repente, para e se vira: “Não posso ignorar essa situação”. Estende o braço, fazendo surgir 3 massas de
gelo no ar. Ela as lança em direção aos bandidos, golpeando-os fortemente, fazendo-os voar para longe. Magia,
pensou Subaru. “Este mundo possui magia!!“.

• Dois deles se levantam e se preparam para atacá-la, quando uma voz


e uma silhueta surgem. Um gatinho cinza, pouco maior que a palma
da mão da garota surge do nada e ameaça os arruaceiros, que fogem
ao descobrir que a garota é uma controladora de espíritos.

• Ela lhe pergunta se conhece a menina que passou correndo e ele diz
que não. Então ela discute com o gatinho, chamado Puck. O garoto
tenta se levantar, mas desmaia por conta dos golpes que levou e se
estatela no chão. Enquanto perde a consciência, os escuta discutir se
deveriam abandoná-lo ali. Após um tempo, finalmente se desperta.
Sente uma sensação macia em seu rosto. “Um travesseiro de colo?”
E então percebe a imensa quantidade de pelos. Sim, um travesseiro
de colo, mas do gatinho cinza, que por algum motivo ficou grande!

• A garota de cabelos prateados se aproxima e justifica o fato de ter


esperado como um interesse próprio dela. Afinal, ele precisaria
retribuir o favor dando-lhe informações sobre sua insígnia roubada.
Ele logo percebe que é apenas uma encenação e ela só não quer
assumir que é uma boa pessoa e o curou por ter um bom coração.

• Infelizmente, ele não possui informação alguma sobre aquela menina que saiu correndo. Frustrada, a garota de
cabelos prateados se prepara para seguir com sua jornada. Mas antes, ela faz um longo discurso sobre como o
curou, mas por interesse próprio, e que ele não se meta mais em encrencas porque ela não o ajudará mais. Afinal,
agora ela sabe que ele não possui informações então sabe que ele não poderá retribuir qualquer ajuda que ela lhe
dê no futuro! E então parte.

• Pasmo com a falta de honestidade da garota, que não consegue dizer a verdade, ele decide ajudá-la. Afinal, ela
perdeu tempo precioso por sua culpa. Como ele conhecia a aparência da menina ladra, talvez pudesse ajudar a
encontrá-la. Ela aceita a ajuda, mas logo justifica que não tem dinheiro então não poderia retribuir. Ele decide
utilizar da psicologia dela mesma e diz que a quer ajudar por interesse próprio “fazer uma boa ação por dia para ir
ao paraíso” diz. Ela hesita, mas o gatinho cinza a convence: Ele não poderá ajudá-la quando a noite e chegar e ter
“escudos” nunca é demais, além disso, ele não sente nenhuma intenção hostil no garoto.

• Subaru o questiona sobre “não poder ajudá-la durante a noite” e o gatinho explica que, como é um espírito, gasta
muita mana para se materializar. Portanto, só pode estar presente fisicamente por um curto período, idealmente
das 9h da manhã até as 5h da tarde. No restante do dia ele retorna ao seu cristal de invocação. Por fim, ela aceita
o conselho do gatinho e a ajuda de Subaru.

• Após uma hora caminhando percebem que retornaram ao beco inicial. Nem ele nem a garota eram familiarizados
com o local e ambos acharam que o outro sabia para onde estava indo. Também descobrem que Subaru não
consegue ler nada da escrita daquele mundo. Decidem fazer uma breve pausa.
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Re:Zero – Starting Life In Another World
• Percebe que a garota está parada, de olhos fechados e que há vários brilhos ao seu redor. Pergunta a Puck o que
era aquilo. “São espíritos inferiores” explica o gatinho. Espírito Inferiores, assim como o nome diz, são seres sem
tanta sabedoria e poder. Conforme se desenvolvem podem se tornar um espírito completo, como Puck. A cena era
digna de uma fantasia legitima, ele não pensa duas vezes antes de se meter e arruinar o momento, espantando-os.

• Ele se desculpa por espantá-los e diz que se emocionou por ter visto espíritos pela primeira vez. Mas afinal, o que
ela estava fazendo? Pergunta. “Estava buscando informações sobre o item roubado, talvez os espíritos soubessem
de algo, mas eles foram embora antes que pudesse perguntar..., mas tudo bem, eu não esperava conseguir
informação mesmo... isso é mentira, desculpe”, diz, frustrada. Ele se sente mal por ter acabado com a chance de
conseguir informação.

• Puck comenta que ainda não se apresentaram e pergunta seu nome. Ele se apresenta como Subaru, e diz que vem
de um país do extremo leste. Para sua surpresa a garota o informa que Lugunica, onde estão, já é o país mais ao
leste. Ou seja, ele não sabe ler, não sabe onde está, não tem dinheiro, não conhece ninguém... “Sua situação pode
muito bem ser até pior que a minha!”. Após expor como a situação dele era realmente complicada, ela agarra sua
mão e o analisa, roupas com boa costura, mãos sem marcas nem calos, ele deve ser alguém do Sul. Faz uma cara
confiante que é logo arrasada quando ele diz que ela está completamente errada.

• Vendo como ela estava sem esperanças, coloca sua mente para trabalhar. Afinal, ele disse que iria ajudá-la, não
disse? Para tal, monta uma teoria: a garota já havia citado algumas vezes que aquele local é a Capital Real, ou seja,
deve ser grande. A menina ladra não parecia ser bem de vida, ou seja, em uma cidade grande assim, provavelmente
deve existir uma zona menos segura onde pessoas desse tipo vivem, algum tipo de favela. Vender e trocar itens
roubados deve ser difícil, tal atividade teria mais chances de acontecer em um local como uma favela. Dessa forma,
deveriam começar sua busca em um local como este. Eles se impressionam com seu raciocínio e aceitam a sugestão.

• Decidem voltar à avenida principal para pedir informações. Antes de começar a seguir o plano, ele pergunta seu
nome, afinal, já sabia que o gatinho se chamava Puck e ele mesmo já havia se apresentado. Ela se apresenta como
Satella, mas ele fica com vergonha de chamá-la pelo primeiro nome e acaba se referindo a ela sempre em segunda
pessoa. Puck sussurra no ouvido da garota “isso é de muito mal gosto”.

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Re:Zero – Starting Life In Another World
• Ao chegar na avenida, Satella o cutuca e aponta para uma pequena criancinha que está chorando, provavelmente
perdida. Ela decide ajudá-la. Ele tenta impedir, afinal ela já perdeu muito tempo e a cada minuto que passa sua
insígnia está mais longe! “Mas você não está vendo, Subaru? Ela está chorando. Se não quiser me acompanhar, não
tem problema, agradeço por tudo que fez, mas continuarei sozinha depois que eu ajudar essa garotinha”. Ela
agradece a ajuda e então caminha em direção à menina.

• Ao perceber que alguém parou por ela, a menininha se


tranquiliza... até que olha para cima e volta a chorar de repente, com
olhos cheios de medo. Satella tenta acalmá-la, mas ela chora cada vez
mais. Até que alguém se aproxima com uma moeda e faz um pequeno
“truque de mágica”, era Subaru.

• Ele executa o clássico truque de fazer com que a moeda


desapareça de sua mão e apareça em outro lugar. A garotinha fica
entretida com a mágica, se acalma e, finalmente, para de chorar.
Satella se aproxima: “Hey... Subaru... como você fez isso?!”. Ele
promete contar o truque mais tarde e volta sua atenção à garotinha.
Ela conta que se separou de sua mãe e acabou ficando sozinha. Eles
prometem ajudá-la, seguram suas mãos e partem em busca de seus
pais. Eles encontram a mãe da menina com facilidade.

• Subaru a provoca, dizendo que perderam muito tempo e não


conseguiram nada em troca. Mas, ela responde: “Conseguimos sim,
agora podemos continuar a busca de consciência limpa! Não é melhor
recuperar a insígnia e, também, ajudar a criança?”, diz, satisfeita.

• “Com certeza teria me arrependido se a tivesse abandonado, mesmo se conseguir recuperar minha insígnia”. Então
pergunta a Subaru porque decidiu ajudar, já que inicialmente ele foi contra a ideia. O garoto dá a desculpa de
adiantar a boa ação de amanhã, mas Satella logo percebe o blefe: “Subaru, com uma personalidade assim as
pessoas podem se aproveitar de você, sabia? Você é bonzinho mesmo, não é?”.

• O assunto idade vem à tona e a garota diz a ele que não confie muito no que vê, pois, apesar da aparência jovem,
ela é uma Meia-Elfa. Então ele entende: “por isso é tão bonita!! Geralmente, nas histórias de fantasia, as Elfas são
bonitas”, diz. “Hein?” Ela não sabe como reagir, então repete: “você escutou? Sou um Meia-Elfa!” mas a reação do
garoto é a mesma. Não é a reação que esperava então ela se vira e se agacha, como que se escondendo. Puck o
agradece. Ele não entende os motivos da comoção.

• Decidem seguir com a busca pela insígnia roubada. Já que andar por aí sem nenhum plano não traria resultados,
decidem retornar ao local do roubo e procurar por testemunhas. Ao chegar ao local, percebe que é exatamente o
local onde foi invocado. Corre até a banca de frutas e pergunta ao vendedor mal-humorado se testemunhou o furto.
Ele usa a presença de Satella como barganha, afinal, ela pode se tornar uma cliente. Mas, são expulsos quando ela
revela que também não tem nenhum tostão. “Hmm? São os dois de agora há pouco, não?” uma mulher os chama.
Quem acaba de chegar à banca de frutas é a mãe da menininha perdida. Ela rapidamente os reconhece e os
agradece novamente pela ajuda. A mulher revela ser a esposa do vendedor mal-humorado e a menininha sua filha.
A menina aproveita o reencontro e presenteia Satella com um ornamento de flor vermelha. Satella o coloca em sua
roupa com um grande sorriso no rosto. Agradecido pelo ocorrido com a sua filha, o moço decide ajudá-los.

• Eles deixam a rua principal e vão em direção às favelas, por indicação do vendedor da banca de frutas. Lá deve ser
o local mais provável para encontrar a pessoa que roubou a insígnia. 30 minutos se passaram desde o encontro na
banca, cerca de 2h30 desde o encontro no beco. Puck desapareceria em apenas 1 hora e o local não parece nada
amigável. Subaru sugere que chamem a polícia, ou qualquer que fosse o departamento de segurança daquele
mundo. Mas ela rejeita rapidamente a ideia. Ela não poderia pedir ajuda a eles, e não quis explicar o motivo. Ele
acha melhor não perguntar então só aceita.
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Re:Zero – Starting Life In Another World
• Nas favelas, Satella tem muita dificuldade em pedir informação para as pessoas. Por conta de sua aparência nobre
ela é brutalmente rejeitada. Já Subaru, que ainda está sujo e machucado do encontro com os delinquentes, é
tratado como se fosse um deles. É sua chance perfeita de ser útil e retribuir o favor que Satella lhe havia feito ao
salvá-lo! Ele sugere que ela remova o casaco branco que está usando, para ficar um pouco “menos nobre”, mas ela
hesita e diz que não quer. Antes que pudessem encontrar qualquer pista, o tempo limite de Puck chega e o gatinho
se desmaterializa, retornando ao seu cristal de invocação. Antes de ir, diz a Satella para tomar cuidado e, em caso
de emergência, utilizar o “Od” para invocá-lo novamente.

• Eles conseguem algumas informações com o pessoal da favela. Utilizando a descrição da menina que roubou a
insígnia, conseguem um possível nome: Felt. E um possível local de venda de itens roubados: O Armazém de Itens
roubados. Mas eles têm um problema: falta de dinheiro. Dificilmente o dono do Armazém iria lhe entregar a insígnia
de bom grado, eles terão que comprá-la ou buscar outra forma de consegui-la. Ele tem uma carta na manga, mas
não quer utilizá-la, a menos que seja a última opção. Já Satella crê que não têm motivos para pagar por um item
que é seu. Ela conta que a insígnia é um pequeno objeto com uma joia no centro, com certeza é um item caro.

• Eles chegam ao Armazém, na periferia da cidade, logo atrás da construção é possível ver a muralha que circula a
Capital Real. Já é noite, haviam se passado 4 horas desde o momento da invocação, a Capital era maior do que
imaginou. Uma cidade de 300,000 habitantes, sem contar os comerciantes e outros tipos de pessoas que chegam
e saem todos os dias. A caminhada do centro até a periferia realmente não foi curta. Ele lhe pergunta qual sua
estratégia para conseguir a insígnia de volta e ela diz que é simplesmente contar que é dela e pedi-la de volta. Claro
que este plano não dará certo. Por isso, decide resolver a situação sozinho e pede para a ela que o deixe ir primeiro.
Ele usará sua carta na manga: o celular. É o mínimo que pode fazer por alguém que o ajudou tanto.
Surpreendentemente, ela aceita sem reclamar: “Foi graças a você que a garotinha parou de chorar e não acho que
você seja do tipo mentiroso. Vou confiar em você, se tudo sair bem posso até pensar que valeu a pena te conhecer”.

• “Boa sorte”. A porta estava aberta, está escuro, não há luz, e o cheiro é o de algo podre. Ela pega um cristal, o bate
na parede e então ele acende, um cristal que emite um pequeno brilho branco, como uma vela. “É um minério de
lagmite”, explica. Ele agradece o item e a chama pelo nome pela primeira vez: “Satella não entre até eu chamá-la,
ok?”, ela reage assustada: “Quando recuperarmos a insígnia, me desculparei formalmente”. E então Subaru
finalmente entra no Armazém. A visibilidade é baixa, mas identifica inúmeros objetos, que assume serem roubados.

• Continua caminhando em direção ao balcão. Então


percebe que pisou em algo, algo pegajoso. Uma sensação ruim
toma conta dele. Passa o dedo naquela substância pegajosa e
tenta identificá-la pelo cheiro, mas como o Armazém todo
fedia, não conseguiu distingui-lo. Tampouco quis identificá-lo
pelo gosto, então limpou seu dedo na parede e, nessa hora,
percebeu o que era aquilo.

• Não demorou muito para encontrar a fonte da substância


pegajosa: um braço. Apenas um braço, sem estar conectado a
corpo algum, a substância era sangue. Movendo a luz um
pouco adiante, encontra o corpo: um senhor de idade
corpulento e sem um dos braços, com um enorme corte na
garganta.

• Uma voz de mulher toma o ambiente: “ah você o


encontrou... não tem jeito, não tenho escolha...”, ele sente um
forte impacto e é lançado longe. Um “calor” toma conta de si,
então percebe que seu corpo está vazando sangue. Um corte
gigantesco em sua barriga. “...baru?” a voz é de Satella, que
entra no Armazém. O corpo sem vida da garota cai ao seu lado.
Segura a sua mão: “Eu juro... que vou te salvar” diz, e morre.
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Re:Zero – Starting Life In Another World

1.3 - A Struggle Too Late:

• Ele acorda e escuta uma voz: “O que foi, vai ficar olhando pro nada? Vai comprar as Ringas ou não?!”. Era o moço
mal-humorado da banca de frutas. “Ué? Está um Sol forte, mas não era noite...?”, reflete. A mudança da noite para
o dia foi tão brusca que o lembrou da sensação de quando foi invocado para aquele mundo. Checa rapidamente
suas roupas, sua barriga, está tudo normal, não havia cortes, sangue, nada... Sua sacola também estava cheia, seu
celular e carteira, também, como se ele tivesse retornado ao momento da invocação. Estaria ficando louco? O que
é isso? Ele tenta se lembrar o que aconteceu... “eu não estava no Armazém?”. Se lembra de escutar uma voz de
mulher, de ver um corpo e... “Satella!” ele deveria mantê-la segura, foi a promessa que fez à Puck.

• Decide voltar ao Armazém e procurar por pistas e pela garota, na esperança de que esteja bem, não quer acreditar
que estejam mortos. Então se depara com seu caminho bloqueado... por 3 homens... “só pode ser brincadeira”
pensou. Os 3 delinquentes, de novo? Será que resolveram se vingar, agora que ele está sozinho? Para não perder
tempo, aceita lhes dar todos seus pertences. Mas não foi o suficiente. Um deles diz que ele teria que se humilhar,
agachando-se e imitando um cachorro de quatro. Irritado, parte para cima e, com um ataque surpresa, consegue
nocauteá-los sem muitos problemas.

• Após mais de 2 horas correndo de um lado para o outro, ele finalmente encontra o Armazém que tanto buscava.
Percebe que sua memória não estava tão boa e que demorou muito mais do que esperava. Com medo do que
encontraria, bate na porta e grita para que a abram. Uma voz reclama: “Tá tentando derrubar a porta à força, já
que não sabe a senha, é?!”, e então abre a porta com tanta força que o arremessa a 5 metros de distância. Um
velho enorme vai até ele e o questiona sobre sua identidade, como encontrou aquele lugar e o que faz ali. O velho
tem mais de 2 metros de altura e um corpo forte e saudável, não teria nenhuma chance contra ele.

• Após a péssima primeira impressão de que tiveram um pelo outro, decidem conversar. O velho vai até o balcão,
pega sua garrafa de bebida enquanto o garoto olha ao redor. Não havia nenhum cadáver, apenas um monte de itens
roubados... que estranho... O velho, que se apresentou como Rom, o questiona se quer vender ou comprar itens.
Ele chega à conclusão de que aquele velho era, de fato, o cadáver que havia visto durante a noite. “Será que foi
tudo um sonho?” Pensou.

• Ele pergunta a Rom se viu alguma garota de cabelos prateados pelas redondezas, mas o velho nega. "Cabelos
prateados? Ter cabelos prateados chama muita atenção negativa, mesmo que minha memória estivesse ruim, eu
me lembraria”, diz. O velho lhe oferece uma bebida, mas o garoto recusa, não está no clima e nem tem idade para
bebidas alcoólicas. Mas Rom insiste tanto que ele decide dar um gole, mas logo se arrepende: “Que coisa horrível!”.
Então ele segue para o próximo passo, recuperar a insígnia: “Estou procurando uma pequena insígnia, com uma
joia no centro”. Rom diz não ter insígnia alguma, mas que logo alguém chegará com mercadorias novas. “Será a
Felt?!” grita. Surpreso por o garoto conhecê-la, Rom confirma que sim. Aliviado com a notícia, que indicava que não
foi tudo um sonho e Satella realmente existe, ele parte para a negociação.

• Não possui dinheiro algum, mas ainda existe a possibilidade da troca de itens! Retira um objeto de seu bolso: o
telefone celular! Ele rapidamente faz com que a câmera ligue e solte vários Flashes, deixando o velho Rom
espantado e com medo. Mas o garoto explica que aquele objeto apenas recorta um fragmento do tempo e a sela,
então exibe as fotos para Rom. Para o velho aquilo é como magica, algo como uma foto não existe naquele mundo.
“Seria um Meetia?” pergunta o velho. Percebendo que Subaru não fazia ideia do que significa aquela palavra,
explica que Meetias são objetos que permitem a utilização de magia mesmo para usuários sem um portal ativo, ou
seja: são objetos mágicos.

• “Não sei se consigo avaliar um preço para isso, é a primeira vez que vejo um Meetia, mas garanto que vale muito”.
A avaliação de Rom é que o Meetia vale muito mais do que a insígnia roubada, que deve ser apenas um objeto de
decoração, seria melhor trocá-lo por um objeto mais caro. Para alguém que trabalha no mercado negro, sua
preocupação era estranha. Subaru diz que valores não importam... não se importa em sair no prejuízo, apenas que
recuperar a insígnia para ajudar a garota de cabelos prateados que o salvou.
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Re:Zero – Starting Life In Another World
• Rom elogia as batatinhas: “essa coisa é deliciosa!”. Uma voz vem do
lado de fora e alguém bate na porta. Rom se levanta e pergunta a
senha, que é uma série de charadas as quais a garota responde com
voz irritada. A porta se abre e a garotinha de roupas surradas, olhos
vermelhos e cabelos médios loiros entra, é Felt.

• Ela o chama de “Vô Rom” indicando que são próximos, e logo se irrita
ao ver Subaru, ninguém deveria estar ali! O velho logo explica que o
garoto está lá para negociar. Ela se senta em sua frente, Rom lhes
oferece um copo de leite, e então o garoto logo expõe seu interesse
pela insígnia. A garota se surpreende, afinal, como ele sabe os
detalhes do objeto? Como sabe que é uma insígnia? Ela reclama do
leite oferecido e os dois batem boca, mas fica óbvio que são como um
avô e uma neta.

• Voltando à negociação, Felt confirma que está em posse da insígnia e


a exibe: um pequeno broche que cabe na palma da mão, com um
ornamento em forma de dragão e uma joia vermelha no centro. O
que lhe chamou atenção é que a joia vermelha brilha muito.

• “Agora é sua vez de me mostrar o que você tem. Como pôde ver, essa insígnia não é comum e me deu muito
trabalho consegui-la”. Ele assume que só possui uma única carta na manga e logo lhe mostra o celular, Felt exibe
um olhar confuso pois não conhece aquele objeto, então ele usa da mesma tática que utilizou com o velho: tira
inúmeras fotos com flash: “Aaah! O que é esse barulho?! O que é esse brilho?!”. Enquanto Felt começa a reclamar,
Subaru exibe os “fragmentos de tempo congelado” na tela do celular. Surpresa com o “Meetia”, pergunta à Rom
quanto vale aquele objeto. A reação da garota o surpreendeu.

• Ela não está particularmente interessada no objeto, seus olhos não brilharam ao vê-lo, não o tocou, não perguntou
suas funções, nada disso. Seu único interesse é saber quanto dinheiro aquilo vale. O velho afirma não saber
exatamente o valor daquele objeto, e que talvez nem seja possível compará-lo com a insígnia. Mas garante que vale
mais. Ou seja, Felt poderia ganhar muito com a troca. Isso concluiria as negociações, certo? Os dois lados
conseguiriam o que querem: Felt o lucro, e Subaru a insígnia.

• Ele estica o braço para pegar a insígnia, mas ela o impede: ainda não está satisfeita. “Quero melhorar ainda mais a
negociação! Não acredito que você não tenha mais nada a oferecer”, diz. Apesar de afirmar não ter mais nada, é
verdade que ele pensa ainda ter uma ou outra coisa que possa negociar. Mas, antes que pudesse dizer qualquer
coisa, Felt revela que a insígnia foi uma encomenda valendo 10 moedas de Ouro Sagrado. Infelizmente, ele não tem
ideia do quanto aquilo representa.

• Rom afirma que conseguiria vender a insígnia por algo em torno de 4-5 moedas de Ouro comum, que vale metade
de uma moeda de Ouro Sagrado, ou seja: o comprador original já está pagando 4x o valor real da insígnia! “Por que
você está tão surpreso? Mesmo no pior cenário, o seu Meetia deve valer, no mínimo, 20 moedas de Ouro Sagrado”,
diz Rom. Então Felt diz que o comprador original, se souber que há outro comprador na jogada, poderia pagar ainda
mais. E isso foi o que Felt quis dizer quando disse: “Quero melhorar ainda mais a negociação”. Segundo Felt, Subaru
poderá participar da negociação, que vai ocorrer ali mesmo. Em breve a compradora deve chegar. A presença do
velho Rom, garante que violência não seja utilizada. Afinal, quem iria querer brigar com um velho assustador como
ele?

• Logo escutam uma batida na porta, deve ser a compradora. Ela não possui a senha então Felt vai recepcioná-la
enquanto Rom agarra sua enorme clava com pregos, uma arma brutal. Eles conversam brevemente sobre a relação
de Rom e Felt. O velho conta que se conhecem a muitos anos e que a considera como família, por isso sempre a
tenta ajudar. Subaru o agradece por tê-lo dado a oportunidade de negociar, afinal, o velho Rom poderia tê-lo
expulsado facilmente e ele não poderia fazer nada.
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Re:Zero – Starting Life In Another World
• Felt retorna com sua cliente: uma mulher extremamente bonita,
20 e poucos anos, pele branca, um manto preto, cabelos negros e frente
aberta, exibindo curvas sensuais. Ela questiona a presença de Subaru e
Felt logo explica que ele é o rival, vai levar a insígnia quem pagar mais.
A mulher se apresenta como Elsa.

• Ele exibe o “Meetia” e detalha à Elsa o seu funcionamento, tirando


uma foto dela. A mulher coloca uma bolsa de moedas sobre a mesa e
explica que seu cliente lhe deu algumas moedas a mais para caso uma
situação assim ocorresse. Rom conta as moedas: “20 moedas sagradas”

• Ela espera a avaliação de Rom que afirma que, apesar de ser um


valor altíssimo, o Meetia com certeza pode valer ainda mais. Elsa perde
a negociação, mas afirma que seu cliente não precisa necessariamente
ter a insígnia em mãos, então não pede para reconsiderar. E se ela
falhou em comprá-la foi porque ele não lhe forneceu dinheiro o
suficiente. Enquanto isso Subaru comemora sua vitória, com isso
finalmente conseguirá retribuir o favor de Satella!

• Elsa se prepara para sair. Antes de ir, lhe pergunta o que fará com a insígnia. Sem pensar ele apenas diz a verdade:
“vou devolver para a dona”. Então sente a aura assassina vinda de Elsa e um grande impacto assola seu corpo. Ele
cai no chão com Felt sobre si, a garota o empurrou e o salvou de um golpe mortal da compradora que, na verdade,
parece ser uma assassina. Rom corre para golpeá-la, mas acerta o chão, pois ela se desvia com facilidade. Ele se
prepara para mais um forte golpe, que com certeza a mataria, mas seu braço é cortado na altura do ombro. O
membro voa e sangue se espalha por todo o Armazém. Ele lança seu corpo para cima de Elsa, em uma última
tentativa de levá-la consigo com seu braço restante. Mas a assassina corta sua garganta com o copo de vidro. O
corpo do velho cai no chão, enquanto se engasga e convulsiona com o próprio sangue.

• Felt se levanta enquanto Subaru, em pânico, não consegue nem se


mover. A garota se prepara e corre, quase desaparecendo, “ora, a
bênção do vento”, elogia Elsa enquanto bloqueia habilmente os
golpes de Felt. A garota volta a correr ao redor de Elsa, esperando a
chance do próximo golpe. Mas Elsa, a acerta com sua faca Kukri em
pleno ar, cortando-a desde o ombro esquerdo até axila direita,
rasgando até os ossos.

• Subaru finalmente se levanta, tomado pelo medo, ódio e raiva. Então


corre em direção à Elsa que, facilmente, apenas lhe acerta uma
cotovelada na cara e um chute na lateral de seu corpo, lançando-o
contra uma estante. Em apenas alguns segundos já estava com o nariz
e dentes quebrados, mas ele não desiste e corre para desferir o
próximo golpe.

• Novamente, ela desvia, golpeia seu ombro com o lado cego da faca,
quebrando-o e então o finaliza com um chute no queixo, lançando
seus dentes quebrados para o ar. Ela se aproxima e o zomba: não
possui habilidade, nem inteligência e nem bênção.

• Por que alguém tão inútil pensou que poderia desafiá-la? Ela se aproxima para seu golpe final. Por conta da memória
da “noite anterior” ele pôde supor que o golpe seria em sua barriga e instintivamente pula para trás e escapa.
Aproveita a brecha criada, gira e acerta um chute na assassina. Mas... Elsa segurava uma segunda lâmina Kukri em
sua outra mão, e com ela rasgou 70% do abdômen de Subaru, que agora jorra sangue e tripas. Elsa se aproxima do

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Re:Zero – Starting Life In Another World
garoto caído e aprecia seus últimos momentos de vida. Ele sente medo, calor, dor, fúria, uma série de emoções
percorrem seu cérebro enquanto ele se dá conta de que iria, de fato, morrer.

1.4 - End And Beginning:

• Ele acorda e escuta uma voz: “Não fique olhando para o nada assim, vai comprar as Ringas ou não?!”. Era o moço
mal-humorado da banca de frutas. “Ué? Não entendo...”, de repente sente ânsia, cai de joelhos no chão e então
desmaia. É acordado pelo vendedor de Ringas que o enxarcou com um balde de água fria, preocupado. O fato de o
vendedor não perguntar nada sobre Satella o deixou aflito. Em sua mente ainda podia ver claramente a lâmina
negra, o olhar sensual... seu corpo tremia descontroladamente. Nunca em sua vida havia sentido aquilo, tanto medo
e desespero. Não quer mais pensar, não quer se lembrar, só quer se esconder e esquecer tudo aquilo: os gritos, o
braço voando, a lâmina negra, o mar de sangue...

• Ele levanta brevemente a cabeça, a avenida principal lotada, como sempre, e então nota algumas figuras: um ser
alto com pele de réptil, um humanoide meio-besta, uma dançarina de cabelo rosa, um Espadachim com 6 espadas
em sua cintura... e uma garota... uma garota de cabelos prateados! Ele tenta gritar por ela, mas sua voz não sai.
Estende suas mãos, mas ela se afasta rapidamente.

• Ele corre em direção a ela, pede para que o espere e a


chama pelo seu nome: “Satella!!”. Até que, finalmente a alcança
e a segura pelo ombro. Ela se vira espantada e com um olhar frio
e perfurante. Ele se desculpa por não a ter chamado após entrar
no armazém, além de ter falhado. Mas, está feliz em vê-la bem e
sem machucados.

• Ela empurra seu braço e lhe lança um olhar frio e furioso.


“Qual é o seu problema? O que pretende ao me chamar pelo
nome da Bruxa da Inveja? Que mau gosto.” A rua, até então
movimentada, parou completamente. Todos o encaram em
silêncio. A garota repete a pergunta: “por que me chamou pelo
nome da Bruxa? Haja mau gosto”. Então se vira e continua a
andar, sem lhe dar nenhuma brecha. O que ele havia feito de
errado? Não consegue entender. Apenas a chamou pelo nome.

• Antes que pudesse dizer qualquer coisa, sente o “vento”


passar. Se vira e vê a silhueta da pequena garota que passou
correndo entre a multidão antes de esbarrar propositalmente em
Satella. Ela percebe, graças ao impacto, então leva suas mãos aos
bolsos e se dá conta de que foi roubada.

• “Então você era apenas uma distração??” diz, ainda mais furiosa do que antes. Então vira e corre atrás da rápida
assaltante: Felt. “Não! Não é isso....” tenta se explicar, sem sucesso. Ele as segue e, ao passar por um beco, tem seu
caminho bloqueado por 3 homens. Já era seu terceiro encontro com os delinquentes... “eles não desistem nunca?”
pensou. Não tem tempo a perder com eles outra vez então decide simplesmente lhes entregar todos os seus
pertences e continuar sua busca por Satella e Felt. Ao entregar seus pertences, percebe algo... o saco de batatinhas
que Rom comeu estava lá: intacto, fechado e completo.

• Só havia uma possibilidade..., mas é tão irreal que seu cérebro se recusa a acreditar. Ele decide checar a
possibilidade e tenta forçar passagem entre os delinquentes, que se assustam com a reação do garoto. Ele sente
algo... seu corpo cai no chão, começa a perder a força... começa a vazar... foi esfaqueado. Os 3 delinquentes brigam

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Re:Zero – Starting Life In Another World
entre si, não era para aquilo acontecer! E o abandonam no beco, sozinho, após roubarem todos os seus pertences.
Seus sentidos começam a desaparecer, até que, eventualmente... morre pela terceira vez.

• “Vai comprar as Ringas ou não?!”. Ele pergunta ao vendedor quantas vezes já o havia visto, e o homem confirma:
“apenas uma”. Então pergunta: “que dia é hoje?” A qual o vendedor responde: “Dia 14 do mês de Tamuz”.

1.5 - Fourth Time's The Charm:

• Checa todos os seus pertences: celular, batatinha, cup noodles, está tudo lá. “Diante de tanta evidência é difícil
argumentar. É um pouco difícil de acreditar, mas... parece que cada vez que eu morro eu recomeço no mesmo
ponto inicial...”, o ponto inicial, seria como um checkpoint. Decide chamar a habilidade, que parte do pressuposto
que ele é um inútil, de “Retorno pela Morte”. Reflete sobre a possibilidade de aquilo ser um único loop que retorna
ao “save point” ou ser simplesmente uma mudança de linha-temporal. Qualquer das possibilidades parece insana,
mas se considerar que ele já foi transportado a outro mundo, fica mais fácil de aceitar.

• Já havia passado por 3 loops neste mundo. O primeiro em que visitou o Armazém com Satella, o segundo em que
foi morto por Elsa e o terceiro que foi uma morte “à toa”. Com essa nova informação muita coisa começa a fazer
sentido. No primeiro loop Elsa matou Rom e Felt, assim como no segundo, e o terceiro provavelmente seria igual,
caso ele não tivesse morrido à toa. Todo seu esforço até então foi para quitar sua dívida com Satella, retribuir o
favor por ela ter salvado sua vida. Mas, como os eventos foram “resetados”, nesta realidade não existe dívida alguma
e ela nem o conhece. Isso ficou claro durante o 3º loop, em que ela o olhou como um estranho e o acusou de
cúmplice. Dito isso, o correto é não se preocupar mais com isso, vender seu celular por um bom dinheiro e fazer de
tudo para evitar a Elsa, e a morte certa.

• “Rom e Felt provavelmente morrerão, mas e daí? São marginais que roubam e abusam dos outros...” Isso foi o que
quis pensar, mas não pôde evitar o sentimento ruim que tomou conta de si. Não podia permitir que conhecidos
seus morressem assim. E há também o fator Satella. Aquele nome com certeza é falso, dado que mesmo no primeiro
loop ela reagia de forma esquisita sempre que o escutava e o terceiro loop confirmou. Parte então com o objetivo
de encontrá-la e conseguir seu verdadeiro nome.

• Ele caminha por becos diferentes desta vez. Mas, mesmo assim, os 3 delinquentes o encontram. Ou seja, eles o
tinham como alvo desde o começo, independentemente do local por qual passasse. Então ele tem uma ideia: “Eu
tô realmente cansado de olhar pra cara de você... Guaaaaaaarda!” grita. Por um momento, todos pararam, como
que esperando para ver o que aconteceria. Passados alguns segundos chegam à conclusão de que ninguém viria e
continuam a assaltar o rapaz: “Parece que não funcionou, seu mané! Vamos te ensinar uma lição”. Sem saber o
limite de uso do Retorno pela Morte é melhor não correr o risco. E se a última morte foi sua última “vida”?

• “Todos parados” uma voz soa no beco. Um jovem rapaz se apresenta, alto, cabelos vermelhos, boa aparência, uma
espada intimidadora na cintura, além de uma confiança nunca vista por Subaru. Um dos delinquentes o identifica:
“Esse cabelo vermelho-fogo, olhos azuis, a espada gigantesca com o emblema das garras-do-dragão, não pode ser...
você é o Reinhard, o Santíssimo Espadachim?!” e então fogem na hora. Subaru o agradece do fundo do coração,
mas o rapaz é muito humilde. Ele diz ser um guarda real, mas como hoje é seu dia de folga, não está com seu
uniforme. E que o título de “Santíssimo Espadachim” é por conta de sua família, se sente esmagado pela expectativa
que carrega nas costas.

• Ele pergunta a Subaru o que faz em Lugunica e de onde é, o garoto diz que é de um reino ainda mais ao Leste do
que onde estão. “Mais a leste que Lugunica? Seria um lugar além da Grande Cachoeira?”, pergunta. Subaru
obviamente não conhece a tal cachoeira e se mantém em silêncio. Reinhard então o avisa para que tome cuidado
na Capital, pois a cidade anda agitada: “Qualquer que seja o motivo que te trouxe até aqui, ficarei feliz em ajudar”
Se sentindo mal por abusar do Cavaleiro que já o ajudou durante sua folga, ele apenas pede informações sobre
“uma linda garota de cabelos prateados, roupa branca e com um gatinho fofinho”.

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Re:Zero – Starting Life In Another World
• “Quais suas intenções se a encontrar?”, o Cavaleiro lhe pergunta. Subaru responde honestamente: “devolver a ela
um item que ela perdeu”. Infelizmente o Cavaleiro diz não conhecer ninguém assim. Subaru reflete em voz alta se
deveria ir até o Armazém de Itens Roubados, Reinhard escuta, mas o garoto desconversa rapidamente. Se despede
e segue sua jornada para encontrar Satella.

• Ele retorna à banca de frutas para tentar esperar o assalto acontecer e assim encontrá-la. Contudo, após alguns
minutos, se dá conta que talvez já tenha ocorrido. Ele pergunta ao vendedor de frutas e ele confirma que houve
um roubo há pouco tempo e que magia de gelo foi utilizada, parcialmente destruindo uma parede. Só poderia ser
ela... magia de gelo, igual a que ela utilizou quando o salvou! Antes de ir, decide perguntar ao vendedor por que ele
decidiu ajudá-lo. O homem conta que está de bom humor pois uma garota ajudou sua filhinha que se perdeu.
“Então ela ajudar a menina também é um evento inevitável” pensou, admirando ainda mais a garota e sua bondade!

• Ele parte para a favela, mas desta vez não irá para o Armazém. Já sabe que se chegar tarde o massacre já vai ter
ocorrido, e se chegar antes será igual que o 2º loop. Desta vez ele tentará encontrar Felt antes dela chegar ao
Armazém e efetuar a troca neste momento. Ele se suja de proposito, para assim conseguir a cooperação do pessoal
da favela, como em seu primeiro loop, e após perguntar um pouco, consegue indicações sobre o local em que Felt
passa a noite.

• No caminho para o local ele acaba esbarrando em uma pessoa. Logo pede desculpas, mas ao levantar a cabeça se
depara com uma mulher de cabelos negros e olhar sensual. Seu corpo treme: “Elsa. O que ela faz aqui?”. A mulher
pergunta por que está tão assustado? Por que o medo e raiva dela? Ele tenta negar, mas ela expõe a mentira, afinal,
pôde sentir o cheiro do medo. Ele tenta disfarçar, mas não adianta. Ela exibe um sorriso sensual, que o faz tremer,
afirma estar intrigada com o ódio sem-motivos dele, mas, também está com falta de tempo. Então se vira e vai
embora. Ele reza para que este seja seu último encontro com a assassina.

• Ele segue o caminho por cerca de 5 minutos e encontra um barracão, “só pode ser este lugar”, pensa. É logo
interceptado por Felt: “Quem você pensa que é, menosprezando meu lar?” A garota estava igualzinha aos outros
loops. Ela o questiona sobre o que ele está fazendo ali e ele logo explica que quer um de seus itens. E para tal o
trocaria por um dos seus: “um Meetia que vale mais de 20 moedas sagradas”. Felt logo diz que sua compradora
ofereceu o mesmo valor, mas ele já sabe que na verdade a oferta foi de 10 moedas sagradas, surpreendendo Felt,
que desiste de enganá-lo.

• Para provar a existência e o valor de seu item, Subaru lhe exibe o celular e a função de “recortar o tempo” e a
garota, como esperado, se impressiona, igual a última vez. Ela concorda que, realmente, é um item único, mas pede
por uma avaliação de um terceiro: “o velho senhor do Armazém de Itens Roubados”. Ele já esperava pela sugestão
e então a pressiona para irem logo. Ela tenta montar algumas armadilhas no caminho para atrasar Satella, mas ele
a impede, empurrando-a e dizendo que está com pressa. Ela o chuta.

• Enquanto caminham ele percebe alguns rabiscos em uma parede, e já os havia visto antes. Então decide blefar para
a garota e pede que pare de andar em círculos e vá direto para o Armazém. Ele acerta precisamente o blefe! Ela se
desculpa e afirma que não fará mais isso. No caminho ela revela que quer as 20 moedas para conseguir mudar de
vida e sair daquele local que lhe dava nojo. A expressão das pessoas que já desistiram de melhorar de vida lhe fazia
mal. “Então não era ganância sem motivos...”, pensa Subaru. Mas ela diz que talvez 20 moedas ainda não sejam o
suficiente, já que são duas pessoas... Ele nem precisou perguntar quem seria a outra, era obvio que era o velho
Rom. No final, ela realmente se preocupa com ele! Esse pensamento lhe trouxe calor ao coração.

• Após o usual jogo de charadas na porta, igual ao que ocorreu no 2º loop, o velho abre a porta do Armazém e recebe
Felt. Sua primeira reação foi tentar expulsá-lo, mas Felt logo interveio e o apresentou ao velho. Sem querer perder
tempo, Subaru vai direto para a negociação e pede ao velho Rom que avalie seu “Meetia que recorta o tempo”. O
velho confirma que o item é único e que não valeria menos do que 20 moedas de Ouro Sagrado. Aliviado pela
avaliação continuar a mesma, Subaru se aproxima de Felt e estende a mão com o intuito de efetuar a troca e acabar
com o assunto. Mas a menina recua. Afinal, por que ele quer tanto este item? “Duas pessoas querendo pagar
caríssimo por uma insígnia que não aparenta nada de especial? Deve ter algum segredo nisso”.
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Re:Zero – Starting Life In Another World
• Dada a demanda suspeita, talvez o pequeno objeto valha até mais do que as 20 moedas de Ouro Sagrado. Esse foi
o raciocínio da garota. Um raciocínio perigoso, pois se seguirem esta rota, acabariam frente a frente com Elsa
novamente e, por consequência, todos morreriam.

• Sem conseguir pensar em nenhuma alternativa, ele decide contar a verdade outra vez: só quer a insígnia para
devolvê-la para a sua dona. Felt não acredita no garoto e lhe repreende para que não minta. Enquanto discutem
alguém bate na porta e Felt, preocupada que seja sua cliente, vai até a porta para checar. Só pode ser Elsa, pensou
então grita para avisar: “Cuidado!! Ela vai te matar!!”. Mas quem entra, fazendo bico por conta do grito com o
comentário maldoso, é Satella.

1.6 - Life Started In Another World From Zero:

• Satella conjura 6 flechas de gelo e as prepara para atacar, e então pede a Felt que devolva sua insígnia. Por um
momento ele reflete sobre a presença dela ali. Ainda é de dia, é muito cedo! Isso significa que: “Sem eu lhe
atrapalhando, ela conseguiu rastrear este local tão rapidamente?! Sou mesmo um peso morto”, pensou. Felt a
encara e lhe pergunta se é uma Elfa. Com um rosto incomodado, ela afirma ser apenas uma Meia-Elfa. “Meia-elfa
de cabelos prateados??? Será que...?” diz Felt, com medo. Satella diz que não é “ela” e que não gosta da
semelhança. Subaru não entende do que estão falando.

• Felt o encara e o acusa de estar trabalhando em conjunto com Satella. Afinal, ele disse que queria lhe devolver a
insígnia, e não a deixou montar as armadilhas no caminho. Satella se espanta com o comentário, afinal, ela achava
que o garoto estava no bando de Felt. Ao final todos chegam à conclusão de que Subaru é muito suspeito! Antes
que pudessem questioná-lo mais a fundo, ele nota uma sombra atrás de Satella e então grita “Puck, proteja-a!”.

• Um escudo de gelo surge e bloqueia o golpe da lâmina negra de Elsa. Puck o agradece pelo aviso. Elsa declara que,
como a dona da insígnia está presente, não há mais forma de seguir com a negociação então ela decidiu mudar os
planos. Ela matará a todos e levará a insígnia. Subaru se revolta sobre a atitude da mulher e faz um pequeno
discurso. Na verdade, o intuito é mantê-los distraídos e ganhar tempo enquanto Puck a rodea de cristais de gelo.
“Não me apresentei, meu nome é Puck. Lembre-se deste nome enquanto deixa este mundo” então os inúmeros
cristais de gelo voam na direção da Elsa, explodem e preenchem o Armazém com a névoa branca.

• Ela salta da nevoa gerada pelos cristais de gelo, sem nenhum machucado. Apenas sem o seu casaco. Ela explica que
ele possui um encantamento para anular qualquer magia uma única vez, e graças a isso se salvou. Puck continua o
ataque com os cristais de gelo, enquanto Satella se foca na defesa. Contudo, a assassina desvia habilmente, com
um senso de luta quase divino. Ela se esquiva, sobe nas paredes, os destrói com a lâmina Kukri, nenhum cristal
parece ser capaz de atingi-la. Mas a luta só estaria equilibrada enquanto Puck estivesse aqui. Assim que o gatinho
ficar sem “mana” a vantagem será da Assassina. “Está na hora de acabar com isso” diz o Espírito. Elsa percebe que
seu pé foi atingido e grudou no chão, impedindo-a de se mover. “Você não achou que eu estava atirando
aleatoriamente, achou?”.

• Puck conjura uma enorme magia de gelo que deixa quase todo o Armazém congelado. Lança um enorme raio que
congela tudo em seu caminho e acerta Elsa em cheio. Pelo menos, foi o que pensaram... até ela se revelar, ainda
viva. Com sua faca Kukri, cortou a sola de seu pé para se libertar. “Que atitude insana”, pensou. Sua sola do pé
sangrava muitíssimo, então ela gruda pedaços de gelo em seu pé, para compensar o pedaço de carne que está
faltando, além de estancar o sangramento. Puck finalmente fica sem mana e é obrigado a se desmaterializar. Antes
de sumir ele repete os avisos à Satella, em caso de urgência, utilizar o “Od” para invocá-lo. E no pior caso, ele
seguiria o contrato.

• As duas seguem a luta, mas Satella vai perdendo espaço cada vez mais. Elsa destrói todos os fragmentos de gelo e
chega a criar uma abertura e atacá-la, mas Satella conjura um escudo e consegue se safar. Era questão de tempo
até um golpe a atingir. Rom decide intervir e parte para cima de Elsa, que agacha e desvia de sua enorme clava com

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Re:Zero – Starting Life In Another World
pregos. No próximo golpe de Rom Elsa salta e se equilibra sobre a própria clava, seu equilíbrio era incrível. Ela se
prepara para cortar a cabeça de Rom com um ataque, mas Felt lança sua faca e consegue desviá-lo o suficiente para
que pegue apenas de raspão, salvando a vida do velho. O ataque foi suficiente para desmaiá-lo, mas pelo menos
continua vivo.

• Irritada com a intervenção, Elsa se lança sobre Felt que trava e não consegue se mover, em choque. Subaru se lança
sobre ela, a agarra pela cintura e salva sua vida. Ela agradece, mesmo sem entender os motivos que o levaram a
salvá-la. Ele apenas quis retribuir o favor, afinal, ela salvou sua vida no 2º loop, exatamente da mesma forma..., mas
é claro, ela jamais saberia disso. Ele lhe diz que fuja. Irá criar uma distração para que ela possa deixar o Armazém.
Então agarra a enorme clava do velho Rom, corre e ataca Elsa, que se defende facilmente com sua própria faca.
Subaru grita a Felt que fuja e a menina corre em direção à saída. Elsa lança uma de suas facas na direção da garota,
mas Subaru, no reflexo, chuta uma mesa e intercepta a faca em pleno ar, salvando-a.

• Elsa se irrita com a fuga de Felt e decide atacá-lo, mas antes que possa se vingar de Subaru Satella a chama e reinicia
seus ataques de gelo. “Você tem alguma habilidade especial?! Essa seria uma boa hora para usar!”, pergunta à
Satella. Ela confirme que, de fato, tem uma carta na manga, mas que não poderia usá-la pois, se o fizer, só ela sairá
viva dali. A luta se reinicia, Elsa com a atenção dividida entre os dois. Mesmo assim ela consegue se agachar,
desviando-se de um ataque e rapidamente se aproxima dele por baixo. Felizmente ele é salvo por um escudo de
gelo conjurado por Satella. A Elfa não consegue atacar com eficiência pois têm medo de acertá-lo. A falta de
experiência deles em lutar juntos poderia sair muito caro. Ele nota uma pequena brecha em Elsa e prepara um
chute, mas, além de não causar dano algum, sua perna é agarrada pela Assassina. “Essa não, ferrou!” pensa.

• “Parada”. Um grande brilho vermelho perfura a sala e surge no


centro. Uma aura assustadora que paralisa até mesmo a Elsa.
“Parece que cheguei a tempo, que bom” diz o rapaz de cabelos
vermelhos, Reinhard. Felt, logo após fugir, correu desesperada e
gritando por ajuda até a avenida, tombando com Reinhard no
caminho, que decidiu ajudá-la. Ele logo identifica Elsa como:
“Cabelos negros, roupas negras, uma lâmina curva vinda do país
do Norte, Gusteko. Sem dúvidas, você é a Caçadora de Entranhas,
uma assassina de alta periculosidade”. Ele sugere a ela que se
renda, mas ela recusa a proposta: “O Santíssimo Espadachim,
maravilhoso, nunca pensei que enfrentaria um oponente tão
digno. Terei que agradecer ao meu empregador pela chance”.

• Elsa lança uma lâmina na direção do Cavaleiro, mas ele nem


mostra sinais de que iria se desviar e ainda assim sai ileso. Ele se
adianta e a golpeia com um chute tão potente que a lança
voando pelo Armazém, gerando uma onda de impacto que até
mesmo Subaru pôde sentir. Elsa se levanta e o elogia, ele é ainda
mais impressionante do que dizem. Ela o questiona sob utilizar
sua espada, mas o Cavaleiro diz que a Espada só mostra o brilho
quando necessário. Elsa lamenta não ser digna de tal brilho.

• Ele caminha até a parede e agarra uma espada velha de duas mãos. “Está serve?” diz, confiante. Elsa avança em
sua direção, carregando sua lâmina negra Kukri e Reinhard, com uma habilidade inacreditável bloqueia o golpe com
facilidade. Não apenas o bloqueia, como também corta a lâmina de Elsa, deixando em suas mãos apenas a
empunhadura. Já a lâmina Kukri cortada... estava nas mãos do Cavaleiro. “Perdeu sua arma, sugiro que se renda”,
diz o cavaleiro. “Que cara absurdo” pensa Subaru enquanto carrega o corpo do velho Rom para longe da luta. Satella
se aproxima dele e começa a curar o velho Rom. O garoto a relembra que o velho é aliado da menina que a roubou.
Mas ela justifica que o está curando exatamente por isso. Afinal, “Quando tudo se resolver, ele não conseguirá
mentir para a pessoa que o curou e salvou sua vida, certo?”.

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Re:Zero – Starting Life In Another World
• Reinhard se aproxima de Elsa, mas ela lança uma lâmina em sua direção. Por sorte Subaru previu o ataque e gritou
“Ela tem outra lâmina!!” possibilitando à Reinhard se esquivar. Elsa começa a atacá-lo de forma incessante, de todas
as direções, enquanto corre pelas paredes, teto, por tudo. O Cavaleiro se defende de todos os ataques sem
dificuldade. Já Subaru, não consegue nem a acompanhar direito com os olhos. Aqueles dois são, sem sombra de
dúvidas, sobre-humanos. Reinhard é muito superior, mas parece que está hesitando finalizá-la. Satella explica que
é por sua culpa. Se o Cavaleiro decidir utilizar um golpe muito forte, irá sugar toda a mana da atmosfera do local,
impedindo-a de curar o velho Rom. “Quando eu finalizar a cura, por favor, avise Reinhard”.

• Subaru lhe sinaliza que a cura foi finalizada e Reinhard prepara seu golpe final. Ele brande a espada, que brilha, e
então foi como se a atmosfera se rompesse. Um estrondo gigantesco, uma onda de choque e uma ventania sem
iguais, tudo isso gerado apenas por um golpe de espada. Satella perde as energias por conta da mana ser sugada e
se apoia no garoto. O Armazém foi quase completamente destruído pelo golpe. O corpo de Elsa desapareceu
completamente, não deixou nem rastros. Um ataque realmente monstruoso.

• Felt aparece na entrada do Armazém e Reinhard explica que foi graças a ela que ele conseguiu chegar a tempo.
Enquanto Satella encara Felt, por conta de sua insígnia roubada, uma sombra salta de trás dos escombros, em
direção à Elfa. Elsa ainda está viva! Reinhard grita para avisá-los, Subaru se posiciona entre as duas e usa a Clava do
velho Rom como uma espécie de escudo. Mesmo assim, é atingido e sai voando contra uma das paredes. A
assassina decide que não vale a pena continuar lutando contra o Santíssimo Espadachim, lança uma lâmina em sua
direção para ganhar tempo e foge pelo teto.

• Reinhard se desculpa por seu descuido, mas é logo


impedido por Subaru. Afinal, não fosse por ele estariam
todos mortos. O garoto se levanta, faz uma pose
constrangedora, se apresenta como Natsuki Subaru e
expõe à Satella o fato de ter salvado sua vida e ser
merecedor de uma recompensa à altura: “Seu nome,
quero saber o seu nome!”. Ela se surpreende com o
simples pedido e ri: “Emilia, é Emilia... apenas Emilia!”

• O Cavaleiro se aproxima, surpreso por Subaru


estar bem, pois o último golpe de Elsa foi poderosíssimo.
O garoto aponta para a grande Clava do velho Rom e a
glorifica: “se não fosse por ela, que serviu de escudo,
estaria morto!”. Reinhard agarra a Clava e então.... ela se
divide ao meio, o golpe de Elsa passou por ela como se
não fosse nada. O Cavaleiro se vira para Subaru,
preocupado.

• O garoto levanta seu moletom e expõe sua


barriga, cheia de hematomas... além de uma linha
vermelha que se abre, deixando sangue jorrar por todos
os lados. Ele cai no chão e a última coisa que vê é o rosto
preocupado de Emilia... “Droga... terei que refazer tudo
outra vez” pensou.

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Re:Zero – Starting Life In Another World

1.7 - Epilogue: The Moon Is Watching:

• Uma aura de água, e luz azul toma conta do local, são característicos de magia de cura. Após se assegurar de que o
garoto estava bem, ela apenas dá um suspiro, aliviada. Reinhard, envergonhado por sua incompetência, se culpa
pelo ocorrido. Ele pede desculpas a Emilia e se ajoelha: aceitará qualquer punição que ela crer cabível. Mas a Elfa
pensa diferente. Ela lhe dá um sermão, afinal, não fosse por ele todos ali estariam mortos. Ela não tem por que
puni-lo se ele não cometeu erro algum! Ele aceita as palavras da garota e se levanta.

• Ela pergunta como ele soube onde encontrá-los. Afinal, não era normal que estivesse nas favelas em um dia como
este. Reinhard conta que foi graças à Subaru. Graças ao encontro que tiveram no beco, quando Subaru lhe passou
todas as características de Emilia, além de citar o nome do Armazém. Preocupado, Reinhard decidiu ir checar o local
e tombou com Felt no caminho. “Felt...”, suspirou Emilia, a garotinha estava do outro lado da sala, cuidando do
velho Rom. Emilia pede a Reinhard que não se envolva na discussão que iria ocorrer agora, o Cavaleiro aceita.

• Reinhard pergunta a Emilia qual sua relação com o garoto desacordado, Subaru. Ela afirma que são desconhecidos.
Uma situação muito estranha, dado que o garoto a estava buscando e, além disso, até arriscou a própria vida para
salvá-la... Ela concorda que realmente é muito estranho e diz até pensar que talvez isso seja obra “daquele
pervertido” o qual Reinhard identifica como sendo o Marquês de Mathers.

• O Cavaleiro oferece recepcionar o garoto como convidado na residência dos Astrea, mas Emilia recusa a oferta. Ela
quer tomar conta dele por enquanto, para conseguir mais informações sobre sua identidade. Reinhard comenta
sobre Felt e Rom: “hoje é meu dia de folga, então se não houver queixa... não saberei o que ocorreu, háhá”, afirma
rindo. Emilia se aproxima de Felt e pergunta sobre sua relação com o velho Rom, a qual a garota diz ser como seu
avô, além de pedir desculpas e dizer que devolveria o item roubado.

• Ela estende a mão com a insígnia, a joia com sua pedra vermelha brilhando fortemente. Reinhard nota o objeto e
então percebe algo... “não pode ser”, diz. Agarra o braço de Felt e a questiona: “Como você se chama? Quantos
anos tem? Qual seu nome de família?” Mas a garota, com medo, diz não saber ao certo sua idade, algo em torno
de 15 anos, e que não possui nome de família. O Cavaleiro pede desculpas à Emilia por quebrar a promessa que fez
agora pouco, de não se envolver, e diz que terá que levar a garota consigo. Não era por conta do roubo, mas sim
algo muito mais sério. Algo que, “para Emilia, deve ser normal em seu dia a dia, por isso ela não percebeu, é algo
muito natural para ela”, pensou o Cavaleiro.

• Felt reclama e o xinga. O Cavaleiro a golpeia levemente para desacordá-la e então entrega a insígnia à Emilia. O
objeto, que nas mãos de Reinhard teve seu brilho reduzido, voltou a brilhar fortemente nas mãos de Emilia. “Você
será convocada em breve, senhorita Emilia”, diz o Cavaleiro e então sussurra para si mesmo “Talvez esta seja a
última vez em que poderemos observar a lua calmamente”.

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Re:Zero – Starting Life In Another World

VOLUME 2:
2.1 - Prologue: The Road To Redemption Begins:

• Ela se lembra do sentimento que adquiriu naquele dia. As chamas, as pessoas incineradas e transformadas em
cadáveres. Um mundo sem misericórdia, rigoroso e injusto. Um mundo em que ela só via por trás das costas que
lhe cobria. Mas, aquela parede foi tirada e ela pôde ver a beleza do chifre e sua cor. Ela se lembra do sentimento
que a assolou naquele dia. Por isso, a partir daquele dia, todos os dias que seguiram foram ocupados pela expiação
desse sentimento.

2.2 - Self-Conscious Feelings:

• Ele acorda em uma cama king size macia, em um quarto que parece ser de visitas, com cerca de 35m², muito grande.
Checa por suas cicatrizes, seu corte no abdômen e não encontra nada. Busca por algo que possa lhe dizer a hora e
data, mas a única informação que encontra é um cristal sobre a porta de entrada, emanando uma luz amarela e
que lá fora está noite. “Significa que evitei o Retorno pelo Morte?”, pensou.

• Ele chega à conclusão de que Emilia, a garota de cabelos prateados o curou e o salvou. Provavelmente essa
residência é dela... ou talvez de Reinhard? Ou talvez Elsa o tenha raptado? Por um momento se lembra de uma
frase de Kenichi, seu pai: “A vida precisa ser vivida”. Ele sai do quarto e decide explorar o local. Se depara com um
enorme e vasto corredor. Mesmo após andar muito o corredor nunca acabava e ele teve a leve impressão de já ter
visto alguns quadros antes. Ele abre uma das portas e se depara com um quarto completamente vazio.

• Talvez aquele corredor seja uma daquelas armadilhas de jogos, em que ele volta ao início, preso em um corredor
infinito? Decide abrir outra porta. Mas dessa vez, se depara com uma pequena garota de cabelos encaracolados. O
quarto era grande, cheio de estantes e livros, digno do nome biblioteca. A garotinha, que aparentava ter cerca de
12 anos, está sentada em uma escadinha, de frente para a porta, e abraçada à um livro.

• Ele checa as estantes, mas infelizmente ele não consegue


ler nenhum daqueles livros, pois não entende a linguagem. A
garota o xinga por mexer em coisas que não são dele e por ter
saído do corredor tão facilmente.

• Ela afirma ter tido muito trabalho para criar aquele espaço.
Ou seja, o corredor realmente era uma armadilha e ele pôde
sair dela rapidamente. A garota se autointitulou “Betty”. Ela
se levanta e caminha até ele, chamando-o de insolente e
então pergunta “últimas palavras?”. Ela encosta em seu peito
e então ele é assolado por uma sensação de dor absurda.
Como se seu corpo todo tivesse em chamas, queimando e
incinerando tudo até seu último fio de cabelo.

• Ele cai no chão, sem forças para se mover e pergunta o que


foi que ela lhe fez. Betty afirma ter checado sua mana que, por
sinal, apresenta um fluxo bem estranho. Com isso ela pôde
confirmar que ele não possui intenções malignas. “Você não
é humana, sua pirralha” diz, irritado e quase desmaiado.
“demorou muito para perceber, sendo que você já se
encontrou com o maninho, humano” diz a garota. Sua visão
se escurece e ele desmaia outra vez.

17
Re:Zero – Starting Life In Another World
• Acorda novamente na mesma cama do quarto de visitas na qual acordou na primeira vez. Dessa vez o sol já está
alto e é manhã. Ele escuta duas vozes parecidas, se levanta e então se depara com duas empregadas, gêmeas ao
lado de sua cama. Elas dizem que já são 7 horas do sol, que deve ser equivalente às 7 horas da manhã.

• As gêmeas são idênticas, exceto pelo cabelo e seus olhos, uma


tem cabelos e olhos azuis e a outra vermelhos. Elas provocam
Subaru e o acusam de estar tendo pensamentos indecentes com
elas, ele segue com a brincadeira até que são interrompidos por
Emilia.

• Ela veio checar o estado do rapaz, após saber que foi maltratado
por Beatrice, mas logo se arrepende, dada a sua postura de só
falar besteiras. As gêmeas, Ram e Rem o acusam formalmente de
assédio. Emilia, já acostumada com o comportamento das
gêmeas, sabe que é só provocação delas.

• Ela o convida para ir ao quintal se movimentar um pouco, já que


ela iria para lá cumprir seu pacto de manter contato com os
espíritos inferiores todos os dias pela manhã. Ele aceita, mas
antes pede às gêmeas que lhe entreguem sua roupa, pois está
vestido apenas com um roupão.

• Com vergonha de chamá-la pelo nome, ele utiliza o apelido:


Emilia-Tan, o qual ela obviamente não entende. Este é um
honorifico comum no Japão, para se referir a garotas adoráveis.

• O quintal era enorme, quase um campo. Ele inicia com seus exercícios de alongamento, os quais Emilia não conhece.
Ele a ensina e pede que copie seus movimentos. Ela começa um pouco acuada, mas logo está 100% entretida nos
exercícios. Logo após finalizá-los, Puck se junta aos dois, materializando-se na palma da mão de Emilia e logo o
agradece por ajudá-los a lidar com Elsa. Além de lhe oferecer uma recompensa: “Quase perdi a Lia ontem, não
posso te agradecer o suficiente, há algo que você queira? Algo que eu possa te dar?”. Subaru, sem pensar duas
vezes, apenas pede que o deixe acariciar seus pelos sempre que quiser. Como sempre, lhe falta ganância, mas seu
pedido é genuíno, confirma o gatinho, que pôde ler suas intenções.

• “Bom, então eu vou lá conversar com os espíritos. Fiquem brincando, mas não interfiram, tá bom?” Emilia aproveita
a interação entre os dois e se afasta para cumprir com sua obrigação e logo os brilhos surgem ao seu redor. Puck
explica que, para espíritos inferiores, como aqueles, as condições de um pacto são menos rigorosas, como uma
conversa pela manhã. Já para espíritos superiores, como ele, as condições são muito mais rigorosas. Contudo ele
não dá detalhes sobre seu pacto com Emilia. Ela retorna após completar sua missão e Puck a assegura que o garoto
não tem intenções malignas. Não era a primeira vez que ele afirmava isso, aparentemente ele tem o poder de ler a
mente superficialmente e identificar as intenções das pessoas. Subaru não tem como explicar sua situação e nem
sua origem então acredita que deixar que Puck o julgue seja uma boa solução momentânea.

• Emilia se surpreende com a boa relação do garoto com o Gatinho e até mesmo com ela. Afinal... ela é uma Meia-
elfa... Ele não entende o motivo da surpresa. Antes que pudessem continuar, as gêmeas se apresentam no jardim
e declaram que o Mestre Roswaal chegou e requisitou presença deles, inclusive de Subaru. Confuso, ele pergunta
quem é aquela pessoa, a qual lhe respondem que é o proprietário daquele local, uma pessoa única e bondosa,
dizem, mas sem dar muitos detalhes.

18
Re:Zero – Starting Life In Another World

2.3 - The Promised Morning Grows Distant:

• Emilia se separa dos demais e sobe para ir trocar de roupa e Subaru fica à sós com Beatrice. Ele não consegue se
controlar e não para de caçoá-la, ela se irrita. Ele pede instruções quanto a mesa, mas, sem obter resposta, decide
se sentar na cadeira da ponta, mesmo sabendo que seria o local designado ou a Emilia ou ao proprietário. As gêmeas
Ram e Rem começam a servir o café da manhã: salada, pães e chá. Então um homem alto chega ao local e os
cumprimenta, demonstrando espanto com a rara presença de Beatrice. A “loli” como a chama Subaru, diz que está
ali apenas para encontrar o “maninho”.

• O homem que chegou era alto, cabelos azuis, magro, olhos de cores diferentes: um amarelo e um azul, mas o que
mais chama a atenção são suas roupas extravagantes e sua maquiagem de palhaço. Subaru assume que é um “bobo
de corte” contratado pela rica família. Logo atrás dele, quem aparece é Emilia. Beatrice salta de sua cadeira e corre
até a Elfa e cumprimenta o tal maninho. Quem responde é o Gatinho Puck, os dois se abraçam e combinam de
passar o dia juntos. Emilia se aproxima de Subaru e o alerta de que a cadeira em que se sentou é do proprietário.
Ele tenta se justificar, mas logo é interrompido pelo “palhaço”, que se apresenta como Roswaal L. Mathers, o
proprietário daquela mansão.

• Eles iniciam a refeição, Subaru elogia a comida, que aparentemente foi feita pela empregada de cabelos azuis, Rem.
Intrigado com suas funções ele chega à conclusão de que Rem cuida da comida e Ram, a de cabelos vermelhos, é
melhor na faxina. Mas, Rem refuta a afirmação. Na verdade, ela é melhor que Ram em tudo. A irmã não pareceu
se incomodar nem um pouco com o comentário. Então o garoto continua falando sem parar, mas dessa vez com
Emilia, que o repreende: “é falta de educação falar tanto enquanto comem”. Ele não liga muito para a repreendida
e continua a fazer suas perguntas.

• Questiona Roswaal sobre a presença de apenas 2 criadas para uma mansão tão grande, “Só 2 empregadas para
uma Mansão como essa, é isso mesmo? Seria por conta de alguma situação especial?”. Roswaal lhe pergunta se
sabe da situação do País, mas o garoto responde que não tem nem ideia, zero conhecimento sobre o assunto. Então
o proprietário lhe explica que este é um momento complicado, pois o país está sem um Rei. Uma rara epidemia
assolou a linhagem do Rei, exterminando todos os descendentes ao trono. No momento o Reino está sendo
administrado pela “Comissão Sapiente”, um grupo de respeitáveis anciões de famílias tradicionais.

• O garoto reflete e chega à conclusão de que sua presença, um estrangeiro, em meio a tal situação, realmente pode
ser suspeita. Roswaal completa: ele estar em contato com a Lady Emilia e, também, com ele, o Marquês de Mathers,
o torna ainda mais suspeito. Confuso com os honoríficos, ele o questiona: “Por que o Marquês, proprietário do
Mansão, se dirige à Emilia como Milady / Emilia-Sama?”. Então a garota explica que seu atual título é de “candidata
ao trono do Reino de Lugunica, indicada por Roswaal L. Mathers”.

• A garota se desculpa por manter o segredo e então coloca sobre a mesa um pequeno objeto: a insígnia roubada.
Então explica que aquela insígnia é a prova de que tal pessoa possa ser candidata ao trono. A pedra em seu centro,
quando brilha, indica que aquela pessoa é digna do trono. O pensamento do garoto foi um só: “Você perdeu um
objeto que te dá o direito a governar o país????” grita ao mesmo tempo que bate na mesa. Ela tenta se justificar
dizendo que não o perdeu, mas que foi roubada!

• Roswaal expõe o fato de que alguém que não consegue cuidar de um objeto, não teria a capacidade de cuidar de
um reino. Se as pessoas soubessem disso seria péssimo para sua candidatura. Com isso, fica óbvio o motivo dele
estar ali, sob os cuidados da família. E o motivo de Emilia não querer envolver a polícia na busca por Felt. Caso o
fizesse a notícia só iria se espalhar. Então, seus feitos em ajudá-la foram muito mais importantes do que o que ele
imaginou... isso significa... que ele teria uma recompensa à altura, “certo?”. Emilia confirma, ele pode pedir
qualquer coisa, ela fará o máximo para poder consentir o pedido. Então ele toca seus cabelos e os elogia. E segue
com as perguntas: “Qual seria a posição de Roswaal nisso tudo?”. O Marquês explica que, além de ser um Marquês,
é um mago real, o mais poderoso do Reino, e principal apoiador da candidatura de Emilia. Ou seja, um patrocinador.
A garota deixa claro que ele foi o único que quis apoiá-la, já que ninguém iria querer apoiar uma pessoa como ela...
19
Re:Zero – Starting Life In Another World
• A próxima dúvida: “Se você é tão importante, por que estava sozinha na Capital?!” Roswaal conta que era para Ram
estar junto, mas.... Elas acabaram se separando. Emilia tenta assumir a culpa e livrar a Ram. Subaru expõe o erro de
Ram e questiona o que seria feito para resolver a situação. Sem entender qual seu objetivo, Roswaal o questiona
sobre onde quer chegar. O garoto diz que graças à falha de Ram ele pôde entrar na jogada como o salvador, como
o “herói”. E que, portanto, merece uma recompensa à altura. Roswaal concorda e diz que lhe dará o que for
necessário, para que mantenha o silêncio sobre o roubo da insígnia.

• “Aceite-me como um serviçal na Mansão”, foi o seu pedido. Incrédulos com a falta de ganância do garoto, eles
contestam, mas aceitam. Afinal, foi um pedido bem simples. O garoto tenta justificar: com um trabalho estável teria
uma renda garantida, além de poder estar perto de uma linda mulher que faz seu tipo. Emilia, em sua inocência,
murmura: “Quem será que é? A Ram ou a Rem que fazem o tipo do Subaru?”.

• Ele pergunta a Beatrice qual a função dela ali, a única que ainda não se apresentou. Ela se recusa a explicar, mas
Puck a expões, dizendo que é a guardiã da Biblioteca de Livros Confidenciais da Mansão Mathers. Um local cheio
de conhecimento que não pode ser público. O pacto dela é de guardar este local. Ela se levanta da mesa e decide
ir embora. Ela abre a porta da sala e, para a surpresa de Subaru, o que vê não é o corredor de onde veio, mas a
biblioteca confidencial. “Essa é a Travessia de Portas”, explica a garota. Ele logo entende que é uma magia que
conecta as portas da mansão à Biblioteca.

• Ram é designada para ensiná-lo e apresentar os cômodos da Mansão. Eles deixam o refeitório e ele logo pergunta
se também terá um uniforme. Ela reflete e diz que talvez o uniforme de Frederica, que saiu recentemente, caiba
bem nele..., mas ele logo reclama, não quer se travestir! Então continuam com o tour. A mansão é composta pelo
prédio principal, onde estão o escritório de Roswaal, o refeitório e o saguão principal, além das alas Leste e Oeste,
onde estão os dormitórios, salas, banheiros e outros cômodos. Eles se dirigem à ala Oeste e Ram lhe diz que escolha
um dos quartos para que seja o seu.

• Os quartos devem ser iguais, pensa. Então valeria a pena escolher um próximo das escadas. Ao abrir a porta do
quarto, o que vê é Beatrice e Puck brincando na Biblioteca, de maneira provavelmente constrangedora para Betty.
Subaru diz que manterá segredo, mas é lançado longe por uma força invisível. Ram comenta que, uma vez que a
porta se fecha, é quase impossível encontrá-la outra vez. Irritado, ele corre pelo corredor e, ao final, abre outro
quarto. “Uau, incrível Subaru!!” diz Puck, e assim começa seu primeiro dia na Mansão de Mathers.

20
Re:Zero – Starting Life In Another World
• Eles seguem para o vestuário, ele veste seu uniforme masculino, mas: “está apertado nos ombros e você tem as
pernas curtas” diz Ram. Ele diz que até pode ajustar a barra, mas não sabe ajustar o paletó. Ela se surpreende que
ele saiba costurar, mas diz que não se preocupe, afinal, Rem ajustará o paletó. Ela chama pela irmã, que surge do
nada, assustando-o, “eu a vi passando pela porta, Barusu, seu burro” diz Ram caçoando. A postura de Rem é muita
seca com ele, sem dar espaço para conversa e mantendo apenas repostas curtas: “O que precisa, irmã? Não tenho
muito tempo para perder com o Subaru”. Ela claramente não gosta de perder tempo com ele e suas babaquices.

• Eles se preparam para tirar as medidas das roupas de Subaru e ele tenta puxar assunto. Comenta sobre o fato de
ter visto roupas de Roswaal e Emilia, mas nada para as gêmeas. Rem explica que elas usam aquele uniforme para
quase tudo, mantendo alguns reservas em seus quartos. Uma escolha eficiente, já que dispensa explicações sobre
o ofício. Diz também: “O caso da minha irmã é diferente, mas, no meu caso, ninguém iria gostar de me ver arrumada
ou com outras roupas”, um comentário estranhamento autodepreciativo. Ela finaliza a conversa dizendo a ele que
não se intrometa nestes assuntos, que não lhe dizem respeito. Ele percebe que será muito difícil se entrosar com
aquela garota tão fechada.

• Rem se separa dos dois, deixando um olhar à Ram que Subaru não pôde entender. Os dois seguiram com o Tour e
ao final ela expôs as tarefas do dia: “cuidar do jardim e do quintal, ajudar no almoço e polir os talheres de prata às
oito horas do Sol”. Ele aproveita o comentário e pede que lhe explique o sistema de horas. Infeliz com o fato de ele
ser realmente um inútil ela explica: “os cristais sobre as portas indicam o horário”.

o 00h – 06h -> Tempo da Terra (Horas do Escuro) -> Cristais brilham em Amarelo
o 06h – 12h -> Tempo do Vento (Horas do Sol) -> Cristais brilham em Verdes
o 12h – 18h -> Tempo do Fogo (Horas do Sol) -> Cristais brilham em Vermelho
o 18h – 24h -> Tempo da Água (Horas do Escuro) -> Cristais brilham em Azul

• Ele repete a pergunta feita durante o café da manhã: “por que só há 2 empregadas em uma casa tão grande?”. Ram
explica que as outras empregadas foram enviadas para as casas secundárias da família. E que as circunstâncias
atuais os impediam de contratar mais serviçais.

• “Aii!!!” grita o garoto após cortar o dedo. Depois


de cuidarem do jardim vieram para a cozinha ajudar Rem
com o almoço. Sua função era descascar as verduras, mas
até nisso ele é horrível e acaba cortando o dedo. “Barusu,
você sabe o que significa melhorar?” Ram lhe instruí que
o correto não é mexer a faca, mas mantê-la fixa e girar a
verdura. Ele testa e realmente funciona! Mas não a
agradece de birra.

• Rem elogia a beleza de Ram ao executar tarefas


tão mundanas: “Irmã, sua beleza descascando vegetais é
digna de uma pintura” e olha fixamente para Subaru.
Incomodado, pergunta o que aconteceu. Ram se
intromete e afirma ser por conta de “seu cabelo
deplorável”. Ela conta que Rem é a responsável pelos
cortes de cabelo da mansão e que poderia dar um jeito
nele. Rem faz uma expressão de que não quer fazê-lo,
mas ao final concorda: “Claro, irmã, afinal, eu estou só
um pouco, um pouquinho, incomodadíssima”.

• Ele nomeia sua faca de cozinha como Estrela


Cadente. E justo quando pensou que havia aprendido a
descascar as verduras: “Aaaaii!!!! Eu descasquei o meu
dedo!”.
21
Re:Zero – Starting Life In Another World
• A noite finalmente chega, ele se estica em sua cama, cansado do trabalho do dia. Alguém bate na porta, é a Rem
com seu paletó já ajustado. “Uau que eficiência” diz, impressionado com sua velocidade. Ela o questiona sobre as
barras da calça, lembrando-o de que se esqueceu de ajustá-las. Ela retira seu kit de costura da bolsa e decidem
fazê-lo ali mesmo. Ele quer fazê-lo para mostrar que serve para algo! Enquanto costura a garota menciona a
conversa do almoço, sobre criticar seu cabelo e então pede desculpas. Afinal, ele é o salvador da Lady Emilia, um
superior, e ela não deve ser insolente em seus comentários. Pede a ele que se esqueça. Insatisfeito, ele propõe uma
condição para aceitar esquecer o ocorrido: “Se você cortar o meu cabelo, te perdoo”.

• Mais uma vez, lhe falta ganância, comenta Rem, mas aceita. Com isso, a promessa de cortar o cabelo está feita! Ele
termina a barra que, de fato, fica perfeita. Ela o elogia e se prepara para sair, mas antes lhe informa que amanhã o
serviço começará cedo, e pergunta se ele conseguirá acordar. Inseguro ele diz que seria melhor ter um despertador.
Ela faz uma piada e finaliza dizendo que virão acordá-lo para que não perca hora. Pela primeira vez ele conseguiu
fazê-la dizer uma piada.

• Após cinco dias, em uma noite de lua crescente, duas pessoas


conversam no escritório. O cômodo é espaçoso, uma grande mesa,
um sofá, inúmeros livros e documentos. Ali trabalha o Marquês e é
ele quem faz a pergunta sobre como vai Subaru.

• Em seu colo está Ram, que afirma que o rapaz não presta para o
serviço. Não consegue cozinhar, não consegue limpar e fica
ofegante ao lavar roupa. A única capaz que é capaz de fazer é
costurar, sendo uma negação em todo o resto.

• A indiferença que ela mostrava foi pouco a pouco se desfazendo, e


então continua dizendo que o garoto simplesmente não conhece
nada de nada. O Marquês segue com a próxima pergunta: “Qual a
chance de ele ser um intermediário?” Ram pensa um pouco e
então responde que são muito baixas.

• “Ele chama atenção demais para ser um espião. Suas atitudes, a


forma como chegou até ali, e mesmo sua aparência são muito
chamativas”. Eles observam pela janela como o garoto conversa
com a garota de cabelos prateados no jardim.

• Ram, pela primeira vez na noite, o elogia um pouco: “Apesar de ele ser uma negação, não me causa desgosto.
Aprende rápido e, justamente por não saber fazer nada, é gratificante ensiná-lo”. Era muito raro Ram avaliar alguém
positivamente. As cortinas se fecham e o que foi dito após isso, nem a Lua saberá.

• Naquela noite estrelada, ele tomou banho, se preparou psicologicamente e então saiu ao jardim. Ela está sentada
na grama, com os usuais brilhos ao seu redor, os espíritos inferiores. Ele se senta ao seu lado, como de costume, e
a admira enquanto ela faz seus deveres. Ela explica que alguns espíritos só podem aparecer durante a noite, por
isso ela faz “hora extra”. Também conta que as gêmeas o elogiaram, surpreendendo-o.

• Ele tenta esconder sua mão machucada e cheia de curativos, mas ela nota e pergunta se quer que o cure. Mas ele
recusa a oferta. Aqueles machucados são o símbolo de que ele está se esforçando, possuem um significado. Ao ser
questionado sobre como os obteve ele conta que, naquele dia mesmo, acompanhou Rem até a Vila, próxima à
Mansão, e foi mordido por um cachorrinho, além de ser abusado por um bando de crianças.

• Ela se prepara para levantar e voltar a seu quarto, então ele a convida para que vá à Vila com ele algum dia. Ela
hesita, diz que se for junto irá causar problemas... Ele insiste e ela acaba aceitando, mas com uma condição: “Só
depois de nós dois termos terminado as tarefas do dia!”.

22
Re:Zero – Starting Life In Another World
• Ele abre uma das portas e a encontra. “Ele já consegue neutralizar a travessia de portas, não é? Que irritante”, diz
Betty. Feliz em vê-la ele apenas quis passar para lhe dar boa noite, afinal, está de bom humor! Ao escutar a
reclamação de sempre vinda de Betty, saiu e fechou a porta. Ao fazê-lo escuta uma frase com voz melancólica e
triste: “Betty não quer saber, tá?”. Ele tenta fechar e abrir a porta repetidas vezes para reencontrá-la e perguntar o
motivo da tristeza, mas falha. Quem o interrompe é Rem, perguntando se há algum problema com a porta. Ele diz
que está apenas buscando por Betty e que a porta está normal.

• Ela o observa fixamente, mais precisamente o topo de sua cabeça. Ainda não haviam cumprido com a promessa de
cortar o cabelo. A grande demanda de tarefas de Rem, aliada à incompetência de Subaru os deixa quase sem tempo
livre. Ela sugere que o façam agora mesmo, mas ele recusa. Quer dormir cedo para acordar cedo e então completar
suas tarefas cedo e ir ao seu compromisso com Emilia. Contudo, deixa combinado com Rem para que o façam ainda
no dia seguinte, após seu retorno da Vila com Emilia. Então se despedem.

• Ele retorna a seu quarto, se joga na cama e dorme após contar 101 Pucks. Acorda empolgado, é o dia de seu
encontro com Emilia! Salta da cama, cheio de energia. Quem está lá observando-o assustadas são as gêmeas Ram
e Rem. “Ué?”, Pensa. “Por que vieram acordá-lo?”, já faz dois dias que deixaram de fazê-lo. Além disso... o olhar...
havia certa estranheza no olhar das duas, uma indiferença maior que o normal. “irmã, irmã, o senhor visitante falou
comigo com uma intimidade que eu não dei”, disseram em sincronia. “Espera... Senhor Visitante...?” Ele olha suas
mãos e logo se arrepende... seus machucados, a mordida, todos desapareceram, sua mão está normal. Um vazio
toma conta de seu peito e suga sua alma. Uma sensação horrível lhe aflige, uma sensação de perda. Àquelas pessoas
que ele gosta tanto, com quem se importa tanto, já não o conhecem. “Por que eu voltei...?” sussurra, após se dar
conta de que seu loop foi reiniciado.

2.4 - The Sound Of Chains:

• Quis acreditar que tudo aquilo era uma piada de Roswaal, mas não adianta mentir para si mesmo. As conexões que
criou, as experiências que viveu durante aqueles 4 dias, tudo foi perdido. Agora ele é apenas um estranho. A
sensação de ser tratado como um desconhecido por aquelas pessoas é insuportável. Tanto que ele não aguenta
ficar ali, têm que sair daquele quarto. Se levanta, preocupando as gêmeas, corre até a porta e foge... Sem rumo,
sem destino, sem saber o porquê, apenas foge. Até que abre uma das portas e é recepcionado pelo mar de livros
da Biblioteca Confidencial.

• Beatrice o repreende por entrar ali outra vez, neutralizando a Travessia de Portas. “Outra vez...?”, pergunta com a
esperança de que Beatrice tenha as memórias do loop perdido. Ela o relembra que durante a primeira vez ela
acabou punindo-o, fazendo-o desmaiar. “Então o ponto de Retorno é a segunda vez que eu acordo...” fato também
comprovado pela presença das duas gêmeas, além de estar no quarto de visitas. Isso significa que ele morreu?
Haveria sido envenenado? Ou será que a condição deixou de ser morte e ele simplesmente deixou de cumprir
algum objetivo desconhecido? Não há como saber... O único fato é que o ponto de recomeço foi ajustado. Betty
reclama do garoto que fica murmurando para si então ele decide ir checar algo. Abre a porta e deixa a biblioteca.

• Ele dá de cara com o forte Sol e um bonito gramado, além da garota de cabelos prateados que fazia sua rotina
matutina usual. “Mandou bem Beatrice” pensou. Ela o vê e corre em sua direção. Preocupada pois as gêmeas
reportaram que o garoto sumiu após acordar. Ele joga a culpa na Beatrice e diz que está bem. Ele gostaria de
conversar com Emilia normalmente, mas havia um abismo entre os dois. Para aquela Emilia, Subaru é apenas um
estranho que conheceu há poucas horas. Ela se prepara para conversar com os espíritos, como usual. Ele pede
apenas para assistir e requisita o Gatinho Puck. Desta vez, ele está decidido a repetir os eventos do loop passado.
O objetivo é ter a promessa de seu encontro novamente, mas sem morrer. Basicamente repetir o que deu certo e
consertar o que deu errado.

23
Re:Zero – Starting Life In Another World
• Ele reflete sobre seu primeiro dia enquanto está na grande banheira. Ele tentou ao máximo repetir, o café da manhã
foi parecido, ele recuperou sua posição como serviçal, Ram fez o tour e explicou o básico, mas quando iriam iniciar
as atividades, os eventos mudaram. Se no primeiro dia já houve divergências, a partir do segundo dia seria tudo
muito diferente. Além disso, ele ainda não sabe nem o motivo do reset... enquanto refletia o Marquês Roswaal se
junta ao banho. “Mais um evento inédito...”, murmura. O Marquês pergunta como vai o relacionamento com as
gêmeas e o garoto diz, honestamente, que vai bem. Apesar de ele achar estranho a Ram ser quase inútil, mas ainda
assim se sentir superior.

• Curioso como sempre, pergunta à Roswaal sobre o funcionamento daquela água quente. O Marquês explica que
há minérios mágicos do elemento fogo embaixo do banheiro. Quando alguém vai tomar banho, eles são ativados
pela mana, igual na cozinha. “Ativados pela mana...”, ele não entende muito bem essas expressões, significa que
um mago sempre teria que estar presente? Roswaal decide lhe dar uma palestra sobre os conceitos básicos de
magia, começando pelo Portal: “algo presente em todos os seres vivos, um ponto vital por onde passa a mana, é
por onde os seres incorporam e expelem a mana”.

• Se todos os seres possuem portal, isso significa que mesmo ele poderia se tornar um mago? Roswaal lhe diz que
sim, mas... tornar-se um mago dependem muito de capacidades inatas. Pensando em como ele foi invocado de
outro mundo e considerando que pessoas invocadas geralmente possuem habilidades especiais... se considerar
que ele não possui força física nem habilidade com espada... seu poder especial só pode ser magia, sim! É isso! Sua
chance! Seu destino é se tornar um grande mago! O Marquês continua com a explicação: existem 4 elementos
básicos e fundamentais de mana:

o Mana de Fogo -> Se relaciona com o calor


o Mana de Água -> Representa a vida e cura
o Mana de Vento -> Age para fora do corpo
o Mana de Terra -> Age no interior do corpo

• Cada pessoa possui afinidade com um elemento. Mas existem exceções, afinal, ele mesmo: Roswaal, possui
afinidade com todos os elementos. O Marquês se aproxima e o toca, para identificar sua afinidade. Após alguns
segundos...: “Ora, seu elemento é Sombra!” Confuso, pois Sombra não estava entre os elementos citados como
fundamentais. O Marquês explica que, por ser uma exceção e um elemento muito raro, decidiu simplificar a
explicação. Mas, que existem outros 2 elementos: “Sombra e Luz”.

• Empolgado por ter uma afinidade rara, com certeza a raridade significa que é algo superpoderoso, certo? Roswaal
acaba com sua expectativa e conta que: “As habilidades de Sombra são principalmente tirar visão, audição e
restringir movimentos, meu caro”. Ou seja... apenas Debuffs!! Roswaal diz que mesmo assim, não há malefícios em
aprender magia, e por sorte, eles possuem uma pessoa especializada em magia de Sombras na mansão: Beatrice.
Ele sai do banho e se assunta com Ram que o pega de surpresa do lado de fora: “Não se anime, Barusu, eu já tomei
banho então, não importa o quanto espere aqui, minhas roupas continuarão em meu corpo, estou apenas
esperando o Mestre Roswaal”. Ela está esperando o Mestre Roswaal para ajudá-lo a se vestir. Ele acha exagero
demais o Marquês precisar de ajuda para se vestir e brinca com o fato. “Não aceitarei que faça comentários rudes
sobre o Mestre Roswaal, dá próxima vez vou te espancar, Barusu”, ele percebe pelo tom que ela não está brincando.

• Ela o avisa que irá a seu quarto mais tarde. Com expectativa em receber uma garota em seu quarto ele arruma seu
quarto, sem saber o motivo, e espera. A garota chega e caminha até o fundo do quarto, onde há uma escrivaninha.
“Vou te ensinar a ler e a escrever” diz. Durante as atividades do dia ela percebeu que o garoto não é alfabetizado,
isso significa que ele não poderia ir fazer compras e nem escrever bilhetes com recados. Por isso, a partir de hoje,
ela ou Rem o acompanharão todas as noites para aulas de alfabetização. Este é mais um evento inédito deste loop...
Ele pergunta a motivação de tal decisão. Ela explica que, quanto mais ele souber, mais ele poderá fazer e, dessa
forma, aliviar o trabalho delas. Então ela inicia o ensino: existem 3 alfabetos: “Bê”, “Áh” e “Bá”. Eles começarão pelo
alfabeto Bê.

24
Re:Zero – Starting Life In Another World

• Ela escreve alguns hieroglifos no caderno e a função dele é copiá-los inúmeras vezes até aprender e memorizar o
alfabeto novo. Iriam repetir isso até que ele se acostumasse. Mas hoje não tanto, pois ela está com sono e quer
terminar cedo: “Que cara de pau, falar isso tão abertamente!!”, diz indignado. Ele reflete sobre a relação com a
garota. Foi com ela com quem passou a maior parte do tempo e lidar com ele não deve ser fácil. Além disso, ele
acabou piorando a situação da Rem, por conta de a Ram estar ocupada com ele... Então ele agradece. Ao se virar
encontra Ram dormindo em sua cama sem nem ter escutado nada de seu agradecimento.

• 4 dias se passaram desde o início das aulas, ele e Rem


acabam de voltar da Vila Arlam, parte das propriedades do
Marquês, onde fazer compras. Subaru, por não saber ler, ficou
esperando do lado de fora enquanto era atacado pelas crianças
rebeldes da Vila. Surpresa com a popularidade de Subaru com as
crianças, Rem comenta: “Crianças são como animais, elas
instintivamente percebem a hierarquia e decidem se é apropriado
abusar de alguém”. Enquanto Ram é muito direta, Rem faz seus
comentários de forma indireta.

• Indignado sobre como as crianças abusaram dele desde o


primeiro segundo, sem mostrar um pingo de respeito, comenta
que, neste aspecto, se parecem muito com a Ram. “Minha irmã é
incrível mesmo, a personalidade direta dela é parte de seu charme,
eu não consigo ser assim”, Rem, como usual, exalta sua irmã Ram
e se autodeprecia. “Sua adoração para com sua irmã não é normal,
Demônio me livre!”. Ao escutar a frase Rem abre um grande
sorriso, “digno de concorrer com o de Emilia!”, comenta Subaru.
“Contarei sobre este comentário à Lady Emilia”, ela ameaça contar
sobre a cantada para Emilia
25
Re:Zero – Starting Life In Another World
• Ela nota que sua mão está machucada. Ele foi mordido pelo cachorrinho novamente. Assim como no loop passado.
Ela se propõe a curá-lo, mas ele recusa... as marcas em suas mãos são um bom indicativo sobre a ativação do
Retorno pela Morte. “Nas outras ocasiões ela nunca sugeriu me curar, por que desta vez o fez?”, reflete. Ele assume
que tenha relação com o bonito sorriso que ela exibiu agora pouco, quando ele fez o comentário sobre demônios.

• O quarto dia vai terminando. O momento decisivo, que irá ditar a continuidade deste futuro ou não, se aproxima:
a noite do quarto para o quinto dia. Mas, antes disso... precisa marcar o encontro com Emilia! Na hora de seus
estudos noturnos do alfabeto é surpreendido por uma presença inédita: Emilia. Aparentemente as gêmeas não
puderam ser suas tutoras e pediram o favor a Emilia, que aceitou, renunciando ao seu encontro noturno com os
Espíritos Inferiores. O coração do garoto bate a mil por hora, a presença dela ali, em seu quarto, durante a noite era
demais para ele. Ele lhe mostra o livro de contos infantis: sua meta é conseguir lê-lo. Ela esboça um comentário
mais desiste, apenas completando “você saberá em breve, quando ler...”.

• Então ela pergunta por que ele não se esforça igualmente no trabalho como nos estudos, ela soube por uma
reclamação de Ram que ele não se esforça o máximo que pode. E é verdade, ele tentou manter o nível de trabalho
do loop anterior, para evitar a alteração dos eventos o máximo possível, e a garota percebeu. Ele promete se
esforçar mais a partir de amanhã e faz o convite para ir até a Vila, assim como da outra vez. E, da mesma forma, a
garota hesita, dizendo que causará problemas. Ele insiste, dizendo que quer lhe mostrar o campo de flores e
registrar o momento com seu Meetia. Após um pouco de insistência ela aceita e vai dormir. A promessa está feita.
Agora só resta superar a noite. Só resta sobreviver por mais 6 horas.

• Ele espera as horas passarem agachado no canto do quarto. Já não sente o chão frio. Reflete sobre os dias que
passaram e os eventos que se alteraram. Dessa vez ele interagiu menos com Beatrice..., mas a relação com as
gêmeas, com Emilia e até com Roswaal estava muito boa. Suas pálpebras começam a pesar cada vez mais... Para
ele já se passaram 8 dias desde que foi até a Mansão. Uma sensação de frio começa a assolá-lo. Ele se abraça, mas
percebe que aquilo não é natural. Seu coração acelera, seu corpo começa a tremer, ele mal consegue se levantar
com suas pernas bambas. “alguém... ajuda...” tenta gritar, mas lhe faltam forças. Apoiando-se nas paredes, se
arrasta para fora do quarto e vomita pelo corredor, seus pulmões mal podem respirar. Sua consciência está em um
único lugar: Emilia. Precisa chegar até ela.

• Escuta um tinido, um som de... correntes, talvez? Tenta se manter em pé apoiando a cabeça na parede, seus braços
já não possuem a força necessária. Até que... é atingido por algo duro e voa para longe. Rola pelo chão, não sente
dor, tenta se levantar, mas não consegue. Seu braço não responde. Ele olha para seu braço e então percebe que já
não o possui. Seu lado esquerdo foi completamente destruído pelo impacto. Vê sangue jorrando, uma enorme dor
percorre seu corpo. “Quero morrer, quero morrer, que dor, deixe-me morrer”, ele deseja a morte... e ela vem, como
se tivesse escutado seu último desejo. As correntes tintilam e seu crânio é destruído por um segundo impacto.

• Ele desperta gritando, checa seus membros, felizmente estão todos ali... As gêmeas assustadas se abraçaram em
um canto do quarto sem nem o cumprimentar. Com isso ele pôde confirmar que retornou, de fato, ao primeiro
dia... Ele se levanta, faz sua pose e inicia o primeiro dia, pela terceira vez.

2.5 - A Deadly Game of Tag:

• Pede permissão às gêmeas e vai para o único local onde encontra tranquilidade: a Biblioteca Proibida. E lá reflete
sobre o que descobriu. Sua primeira morte, enquanto dormia, provavelmente foi por conta daquela “coisa” que o
assolou, deixando-o fraco e com frio. Algo o enfraqueceu tanto, a ponto de matá-lo. Já na segunda vez, além da
“coisa” também há as correntes... Alguém definitivamente o matou. Um ataque à mansão foi feito na quarta noite
e ele foi uma das vítimas. Isso é inegável. Aproveita a presença de Beatrice, que já está irritadíssima, e pergunta se
há algum tipo de magia que enfraquece a pessoa a ponto de matá-la.

26
Re:Zero – Starting Life In Another World
• Ela diz que sim, apesar de ser chamado de maldição ao invés de magia. São provenientes de shamans do país do
norte, Gusteko. Contudo, explica que maldições não são muito eficientes, há métodos melhores de se conseguir o
mesmo resultado. Como por exemplo, drenar a mana da pessoa, assim como ela havia feito com Subaru em seu
primeiro encontro. Ele se surpreende que aquilo poderia tê-lo matado. Ela se levanta e tenta alcançar um livro, mas
é muito baixa e não consegue, ele lhe entrega o livro em questão.

• Ainda surpreso com a informação ele pergunta se qualquer pessoa poderia fazer aquilo, parece ser uma habilidade
muito perigosa. Ela conta que, na verdade, é muito rara. Naquela mansão apenas ela e Puck podem fazê-lo, nem
mesmo Roswaal consegue. Também acaba revelando que quem o curou, após o ferimento fatal de Elsa na Capital,
foi ela e não Emilia. A princípio ele não acredita e a chama de mentirosa, usurpadora de méritos. Mas ela explica
que Emilia e Puck puderam apenas fechar o corte, lhe aplicaram os primeiros socorros. Mas, quem o curou de fato,
foi ela. Ele a chama de mentirosa e é atirado pela porta por uma força invisível, sendo lançado através do corredor
e da janela, caindo no jardim do outro lado.

• Emilia o encontra e conta que Rem adubou aquele canteiro com fezes recentemente. Então acorda Puck e lhe pede
que o lave. O Gatinho invoca um turbilhão de água que quase o mata: “Não tinha um jeito mais carinhoso de fazer
isso não?!”. Ele reclama com o Gatinho e Emilia morre de rir com os dois falando besteiras um para o outro. Após
se recuperar da crise de riso ela comenta que soube que estava indo ao jardim, mas que demorou muito para
chegar: “É verdade que eu queria te agradecer pela Capital, mas foi pura coincidência que nos encontramos aqui,
viu?”. Puck acaba expondo a verdade: “Subaru, ela ficou inventando desculpinhas pra ficar por aqui, e, também,
ficou conversando com os espíritos inferiores sobre as mesmas coisas, coitados, mas foi só coincidência, viu?!”.
Emilia faz bico ao ser exposta: “Puck!!”. Subaru a chama de Emilia-Tan e, assim como nas outras vezes, ela estranha
aquele honorifico, mas aceita enrubescida. “Minha filha não tem muitos amigos, ser chamada por um apelido
íntimo a deixa feliz, ou seja, ela é muito fácil!!”, Puck a expõe outra vez.

• Ram e Rem saem ao jardim e fazem o usual anúncio sobre o retorno do Marquês Roswaal. Dessa vez, Subaru quer
tentar uma abordagem diferente com o Marquês: pede para ser um convidado na Mansão, ao invés de um serviçal,
assim poderia ir e vir sem tantos problemas.

• Já era noite do segundo dia, ele reflete sobre as informações que possui... “uma magia que enfraquece e som de
correntes...”. Por um momento, considera utilizar essa “vida” apenas para coletar informações. Durantes os eventos
da Capital ele pôde morrer 3x, se a mesma lógica se aplicasse aqui ele ainda poderia morrer mais uma vez. Claro
que gostaria de evitar isso, se possível. Enquanto refletia, Ram vai a seu quarto, que agora é o quarto de visitas, e
lhe traz chá. Ele reclama do gosto amargo do chá e ela responde com suas críticas usuais, chamando-o de
encostado. Ela se senta na cama e bebe o chá que trouxe para ele, típica Ram. Ele pega o livro de contos infantis,
que utiliza para aprender o alfabeto Bê e decide tentar lê-lo. O primeiro conto do livro o fez se lembrar de um conto
japonês “O Demônio Vermelho que Chorou” e decide contá-lo à Ram.

• Era uma história sobre o Demônio Vermelho, que queria se tornar amigo dos humanos, e seu melhor amigo: o
Demônio Azul. Os dois demônios, que viviam na montanha, elaboram um plano para que o Demônio Vermelho
pudesse ser amigo dos humanos da Vila. O Demônio Azul se fingiria de malvado e o Demônio Vermelho o espantaria
na frente dos humanos, para que, assim, pudesse conquistar a simpatia deles. Ao final da história, o Azul opta por
desaparecer, para não arruinar a mentira. O conto se encerra com o Vermelho chorando ao ler a carta deixada por
seu melhor amigo.

• A garota diz que: “É uma história triste, todos os personagens são burros”. Subaru concorda e diz que acha louvável
o sacrifício do Demônio Azul, mas que ele foi burro por não ter tido nenhuma recompensa. Pois ele, Subaru, é do
tipo que sempre quer uma recompensa à altura de suas atitudes. Já Ram, condena o Demônio Vermelho. Afinal,
ele envolveu o Demônio Azul em seu desejo egoista e acabou fazendo-o perder tudo. “É intolerável que o Azul teve
que pagar o preço da ambição do Vermelho. Se ele teve a ambição, então ele é quem deve pagar o preço”. Ela lhe
pergunta de qual Demônio ele gostaria de ser amigo: Aquele que só sabe pedir e deixa as consequências para os
outros, ou o que se sacrifica por besteiras?

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Re:Zero – Starting Life In Another World
• Ele escolhe os dois. Ele não condena o Vermelho por ser ambicioso, e não condena o Azul por querer ajudar. “Sua
incapacidade de escolher entre 2 ainda o irá assombrar”, diz Ram. Então lhe pergunta se algum outro conto lhe
chamou a atenção no livro infantil. Ele menciona os contos sobre o Dragão e o conto sobre a Bruxa.

• Ram explica que o conto do Dragão é um fato histórico. Houve um pacto feito entre a Família Real e o Dragão há
muito tempo. Por conta do pacto, o Dragão protege o Reino de Lugunica da fome, peste e das guerras. Mesmo nos
dias de hoje o Dragão ainda protege o Reino, desde debaixo de uma grande Cachoeira ao Leste, até que se cumpra
a promessa. Subaru comenta o fato de a Família Real ter sido extinguida, “O que o Dragão fará? Quem honrará a
promessa? “, pergunta. “ninguém sabe o que o Dragão quer, e ninguém sabe o que o Dragão fará, apenas o próprio
Dragão” diz Ram. Quando chegar a hora, o Dragão irá negociar com o próximo Monarca, ou seja... possivelmente
Emilia. Só de imaginar o peso, a pressão e a responsabilidade sobre as costas da garota ele perdeu o ar.

• Em seguida ele indica o último conto, aquele sobre a Bruxa da Inveja. Ram se levanta: “Não quero falar sobre isso.
Já fiquei aqui por muito tempo e não quero sobrecarregar a Rem. Caro hóspede, te chamarei novamente para o
jantar. Ah, sobre o conto dos demônios, não o conte para a Rem, ela não gostará” e o deixa. Ele abre o livro no
conto da Bruxa, mas não havia uma história estruturada, apenas fatos que demonstravam o quão aterrorizante ela
foi: “Uma bruxa horrível, aterrorizante. Apenas dizer seu nome é horripilante. Por isso todos a chamam de: A Bruxa
da Inveja”.

• Desta vez, ele havia pedido para ficar na Mansão por 3 dias, deixaria a Mansão no quarto dia. Sua hora de partir
chegou. No saguão de entrada da Mansão, todos se reúnem para se despedir. Roswaal lhe entrega uma mochila de
dinheiro, com o intuito de comprar o seu silêncio sobre o incidente da insígnia roubada. Já Emilia, se preocupa com
ele feito uma mãe: “Realmente não quer uma dracoagem? Você está levando água? Um lenço? Vai conseguir
dormir?!”, uma mãe coruja. Ele agradece às gêmeas e deixa a mansão. O plano falso que lhes contou: iria retornar
à estrada e retornar à Capital.

• Após algum tempo caminhando em direção à Vila Arlam, se assegura de que não há ninguém nos arredores e entra
na floresta. Anda por cerca de 15 minutos e chega a uma colina com um penhasco, um ponto alto de onde pode
ver a mansão toda abaixo. Se identificar qualquer anomalia conseguirá correr e coletar informações. Este era o
objetivo desta vida, coletar informações sobre o ataque. Descobrir se o alvo é Emilia, alguém com quem ela se
importa, ou se são todos alvos. Além, é claro, da identidade do assassino.

• Ele não era o único atento, Roswaal também. Após pensar um pouco, chega à conclusão de que haver apenas 2
empregadas era, na verdade, uma medida preventiva. Para cercá-los apenas de gente de extrema confiança. Ele
amarra uma corda na cintura e a outra extremidade no tronco de uma árvore próxima, e pega sua faca, a Estrela
Cadente, para cortar a corda quando o momento chegar. Além disso, a faca também servirá para um potencial caso
de suicídio... se ele tiver a coragem... e, também, para autoflagelação... os machucados o ajudariam a resistir à
sonolência de uma possível maldição.

• Conforme a noite foi chegando o céu se tingiu de laranja. Escuta um som artificial, algo estranho vindo em sua
direção. Instintivamente lança seu corpo para o lado. Se safou por pouco! O objeto voou em sua direção destruindo
árvores e tudo em seu caminho, ele pôde se desviar graças à sua rápida reação. Ele corre em direção ao penhasco
e salta. Após 2 segundos em queda, a corda o segura. Ele a corta com sua faca, Estrela Cadente, e continua
correndo! Dessa vez ele havia visto! Finalmente conseguiu identificar a arma utilizada: uma Morning Star, uma bola
de ferro cheia de espinho, com uma corrente enorme. Com certeza foi a arma que o matou no loop passado.
Significa que dessa vez o assassino foi diretamente por ele? Mesmo estando fora da Mansão? Isso significa que é
alguém que sabe que ele esteve na Mansão nestes últimos dias!

• Ele corre o mais rápido que pode, até que chega a um paredão de pedra: está encurralado. Tira seu casaco e o
segura, esperando o assassino chegar. Escuta o som do objeto lançado em sua direção e se prepara. Utiliza seu
casaco para amortecer o impacto e consegue se desviar. A bola de ferro fica presa na parede de pedra. Ele olha
para a outra extremidade das correntes, esperando a revelação da identidade do assassino. A corrente estendida
começa a afrouxar gradualmente, indicando a aproximação da outra extremidade.
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Re:Zero – Starting Life In Another World
• A silhueta se aproxima, até que... finalmente a identifica. Ele arregala os olhos, seus lábios tremem, sua cabeça
balança em rejeição. Andando pela grama, uma menina de avental, adorno branco na cabeça, cabelos azuis e
correntes em sua mão. Rem. “Por que está fazendo isso, Rem?!?!”.

• “Mate aquele que inspira desconfiança, é um dos


mandamentos das empregadas”, justifica Rem. “Ram sabe
disso?”, a irmã, Ram, era com quem tinha passado mais
tempo, foi ela quem lhe ensinou tudo, se até ela havia se
tornado sua inimiga, que significado tiveram todos esses dias?
“Pretendo terminar com isso antes da minha irmã tomar
ciência”, responde friamente. “Foram ordens de Roswaal? Ou
a decisão foi sua?”, pergunta. Ela apenas informa que é seu
dever eliminar ameaças e ele é uma.

• Ele saca seu celular e inúmeros Flashes a atordoam,


dando-lhe oportunidade de correr. Oportunidade esta que ele
não desperdiça. A empurra para longe e corre, enquanto está
atordoada.

• Enquanto corre reflete sobre suas opções. Se Rem


realmente está agindo sozinha, poderia correr de volta para a
Mansão e pedir ajuda a Emilia. “Emilia...”, aquela que mais
teria interesse em silenciá-lo, a própria candidata ao trono. “O
que estou pensando?”, duvidou do coração daquela garota
tão honesta e gentil, se sente horrível por haver duvidado de
um ser tão bondoso como ela. Mas duvidou e isso é um fato.

• Enquanto corre uma lâmina de vento o atinge e corta sua perna direita na altura do joelho. Ele perde o equilíbrio e
cai. A dor percorre seu corpo como um raio, ele bate as mãos contra as árvores a ponto de arrancar as próprias
unhas, até que: “Mana de água, conceda a cura”. Rem o está curando. Por um momento sentiu um brilho de
esperança, mas logo foi esmagado pelo comentário que se seguiu: “ainda tenho perguntas a fazer antes que você
morra”. Ela planeja torturá-lo até a morte.

• Ela começa o interrogatório: “Quem te enviou? Você é de uma facção contra Emilia? Por quanto te contrataram?”.
Suas respostas são sempre as mesmas: é aliado de Emilia e faz tudo pelo seu sorriso. Rem o golpeia com as correntes
inúmeras vezes. Em um ciclo de curar, bater, curar, bater. Até que ela decide mudar a pergunta: “Você tem relação
com a Seita da Bruxa?”. Ele grita e diz que nunca ouviu falar em nenhuma Seita. “Mentiroso. Como pode negar, se
exala tanto Cheiro da Bruxa?!?” o rosto da garota está completamente tomado pelo ódio, foi a primeira vez que a
viu expondo tanto sentimento, tanta emoção.

• Ela revela o ódio que sentiu toda vez que ele se aproximou de Ram: “Mesmo que ninguém mais pudesse sentir, eu
sentia. Eu sentia o cheiro, o cheiro daqueles que acabaram com nossas vidas, e tinha que tratá-lo bem?! O fiz pois
foram ordens do Mestre Roswaal. Mas, mesmo assim, meu sangue queimava de ódio, mesmo sabendo que a minha
irmã só fingia ser legal para ficar de olho em você, eu mal conseguia me segurar!!”. Essas palavras perfuram seu
coração como uma lâmina. Ele suspeitava que fosse o caso, mas escutá-las assim, em voz alta, o machucou mais do
que qualquer outra coisa.

• Então foi tudo uma farsa? Todos os dias que vivenciou, ou momentos, as piadas, os aprendizados, foi tudo falso?
Na verdade, nunca ninguém gostou dele? O que ele havia feito para merecer isso? Onde ele errou? Quem ele
machucou? Ele sempre só quis ajudar. Não merece aquilo, por que todos sempre o abandonam? Por que todos
sempre o deixam para trás? Um impacto o arremessa para longe. Então ele percebe: sua garganta foi cortada. A
vida rapidamente deixa o seu corpo. Mas antes de ir, ele escuta: “Minha irmã é muito boazinha”.

29
Re:Zero – Starting Life In Another World

2.6 - The Morning He Yearned For:

• Ele acorda gritando, especialmente ao acordar com ambas as gêmeas em sua frente. Rem, que o acabava de matar
estava ali, não poderia esquecer daquilo, não poderia esquecer o que lhe foi dito. A sensação da morte, da dor e
da perda são tão grandes quanto as emoções positivas e os laços formados naqueles futuros perdidos. Dessa vez
ele não pôde se recuperar. Não como das outras vezes. Durante seu descontrole ao vê-las ele se autoflagelou à
ponto de elas se assustarem e chamarem Emilia.

• Preocupada, ela o cura até que ele finalmente se acalma. “E se não tiver que passar por tudo isso sozinho? E se
puder dividir o peso de seu sofrimento com outra pessoa?”, pensou. Sim, com certeza ela o ajudará, com certeza
ela o entenderá. Afinal, ela é assim, genuinamente boa, a única pessoa que lhe estendeu a mão desde o começo,
seu porto seguro. Decide contar tudo a Emilia, todos os passos que deu até chegar ali, tudo o que viu, tudo que
sofreu. “Emilia... Tenho algo a te conta. Quando eu morro...”.

• “Ué?” a garota fica imóvel. Uma nuvem negra surge. Os


sons desaparecem, os movimentos param. O tempo para.
Tudo está imóvel, sem nem sinal de retorno. Exceto pela
nuvem negra. Ela se move em sua direção, até que finalmente
toma forma: uma Mão Negra.

• A Mão entre em seu peito. Toca suas costelas, seus órgãos,


seus ossos. Dor. Ele sente uma dor excruciante. Ter seu
coração apertado lhe trouxe uma dor e desespero ainda
maiores do que aqueles que ele já havia vivenciado. Ele não
pôde gritar, não pôde se afastar, só pôde vivenciar o
sofrimento eterno.

• “Subaru...?”, o tempo volta, os movimentos retornam.

• Aquilo foi um aviso? Foi uma ameaça? Se tentar


compartilhar seu desespero com alguém, a Mão Negra
sempre virá por ele? Significa que jamais poderá contar a
alguém. Terá que continuar se debatendo sozinho. A ideia de
desafiar “aquilo” outra vez, de sentir aquela dor infinita outra
vez, é inconcebível. Só lhe resta aceitar. “Me deixe sozinho”,
diz, sem nem olhar a reação da garota preocupada.

• Roswaal lhe visita, mas ele sequer se lembra o que lhe foi dito. Apenas se recorda da sensação de ser avaliado. Ele
continua se autoflagelando. A dor o faz se sentir vivo e o deixa acordado. Se dormir, não sabe em que situação vai
acordar. Afinal, ele superou o loop da Capital na 4ª tentativa, e esta é sua 4ª tentativa na Mansão. E se não houver
uma 5ª? E se essa for sua última vida? Tem que sobreviver. Ele tem que chegar ao 5º dia vivo, custe o que custar.

• Já no terceiro dia, quem lhe visita é Beatrice. Justifica dizendo que Emilia e Puck lhe pediram o favor, preocupados
com a situação do garoto e suspeitos de que ela lhe tenha feito algo durante o primeiro encontro na biblioteca,
quando o deixou desacordado. Ele agradece e sugere que o deixe, mas ela se aproxima ainda mais de sua cama. E
então menciona aquilo, aquilo que lhe foi dito pouco antes de morrer na volta passada: “Que fedor, não é só sua
cara que é desagradável. Talvez seja melhor evitar as gêmeas, está bem? O Cheiro da Bruxa exala muito de você,
seu nariz não funciona por acaso?”. Mas... “Bruxa...? Que Bruxa? Bruxa da Inveja?”, pergunta. A garota confirme,
quando alguém diz Bruxa, se refere à Bruxa da Inveja. Por que exala esse cheiro? Nunca nem sequer se encontrou
com a Bruxa, nem sabe quem ou como ela é. É algo sobre o qual ele não tem controle. Não é culpa dele, não deveria
ser julgado por algo que foge a seu controle!

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Re:Zero – Starting Life In Another World
• Betty se prepara para sair, mas ele a impede e pede um favor: que ela o proteja até a manhã do quinto dia, a manhã
do “depois de amanhã”. Intrigada ela o questiona se ele possui algum motivo para ser alvejado, e que ela não quer
trazer problemas para a Mansão. Ele afirma que só quer sobreviver e afastar os perigos. Ela se aproxima e pede que
estenda sua mão então a agarra. Ao fazê-lo percebe sua automutilação: “Desprezível” e o despreza por isso, mas
segue: “Eu Beatrice, firmo aqui o meu pacto de atender ao seu pedido”. Pela primeira vez, sentiu emoção e
esperança, do fundo do coração. Encontrou ajuda onde menos esperava. Sua emoção foi tanta que seus olhos se
encheram de lágrimas.

• Durante as próximas horas daquele dia e do próximo ele continua sozinho. Beatrice disse que ficaria com ele a partir
da noite do 4º dia. Ela economizaria energias até lá, para poder protegê-lo, caso necessário. Quem continuou
visitando-o, mesmo após ter sido maltratada foi Emilia.

• Sempre com um sorriso no rosto. Ele tenta se desculpar,


mas ela diz que não tem problema. Afinal, todos temos dias
ruins e ele não é exceção. Mas, ela realmente ficaria feliz se ele
pudesse se desculpar com as gêmeas.

• Quanto a este pedido... elas são pessoas que o matariam


apenas para esconder uma verdade inconveniente. Mas, ao
mesmo tempo, não poderia dizer que as odiava. Tinha
lembranças felizes com elas. “Será que nenhuma foi
verdadeira?” Quis acreditar que sim.

• A bandeja de comida ao seu lado continuava cheia. Ele não


conseguiu comer a comida que as gêmeas trouxeram. E se
tivesse envenenada? Emilia o repreende por não comer e aceita
lhe dar comida na boca, após ele o sugerir com uma brincadeira.

• Em um certo ponto ele teve que fingir se engasgar e virar


a cara, para que ela não visse aquilo que estava sendo
derramado de seus olhos. Ele não conseguiu conter, após
receber tamanha bondade e tanta gentileza. Ele
definitivamente, não merecia aquilo.

• Após a visita, um pouco mais alegre e com a barriga cheia, a sonolência o pegou de jeito e então se afunda em um
mar de sono. O sonho que teve não foi feliz, muito pelo contrário, as lembranças de suas mortes reprisavam em
sua cabeça. Seu corpo treme, o suor escorre, sente frio e terror. Até que... tudo isso cessa. O motivo: um calor do
mundo real em suas mãos. O toque de alguém o puxou de volta e o salvou daquela imersão nas sombras.

• Ele acorda na Biblioteca Confidencial, com Betty xingando-o. Aparentemente ela o trouxe até a biblioteca pois não
suportou o cheiro da Bruxa de seu quarto. Fato este conveniente, já que a agressora, Rem, não pode encontrar a
biblioteca tão facilmente. Ele pergunta à garotinha se realmente passa todo o seu tempo ali, era muito raro vê-la
em outro cômodo. Ela confirma: “Este foi o Pacto”.

• Ela lhe lança um livro, puramente no alfabeto Bê, conforme requisitado. Ele tenta ler, mas sua mente está em outro
mundo, apenas folheia o livro enquanto pensa em sua situação. O tempo parece não passar, não há janelas, não há
relógios, não há nada que indique a passagem do tempo. Será que aguentará? Pensou. Até que: “Um chamado”
disse Beatrice. Puck a chamou, uma emergência. Ela lhe diz que fique esperando na Biblioteca, em segurança e sai.
Ele toma coragem, abre a porta e sai. O Sol está forte, é uma bela manhã. “Sobrevivi à noite? Cheguei à manhã do
quinto dia?!”. Sente um enorme alívio, ele conseguiu! Abre a janela, sente o vento e o Sol, deixa seu corpo
escorregar pela parede e se senta no chão, tão feliz que não conseguia pôr em palavras, apenas ria como uma
pessoa tomada pela insanidade.

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Re:Zero – Starting Life In Another World
• “Subaru...?” quem lhe encontrou foi Emilia. Ele finalmente poderia ter seu encontro com ela, poderia levá-la à Vila
e apresentá-la às crianças. Mas o olhar dela não mostrava nenhum sinal de felicidade. “Venha comigo” disse.
Enquanto é levado por Emilia ele tenta colocar em palavras sua emoção, diz que ficará tudo bem, que há tanta coisa
que quer lhe dizer. Mas a expressão da garota é de aflição e angústia. Eles chegam a um corredor familiar, é o
corredor dos dormitórios dos empregados. Um grito de dor e desespero corta a atmosfera. Eles param em frente a
um quarto, junto de Roswaal, Beatrice e Puck.

• O quarto era simples, quase vazio, refletia a personalidade de sua


dona. Ao fundo do quarto, Ram grita desesperadamente, enquanto
Rem jaz em sua cama. Ela não acordará de seu sono. Seria tudo
uma piada de mau gosto? Estará ela realmente morta? Ele tenta
chegar perto para sentir seu pulso, mas Ram não o deixa se
aproximar, repelindo-o com extrema fúria: “NÃO A TOQUE!”.

• “Ela morreu por enfraquecimento, provavelmente uma maldição”,


explica Roswaal. As mesmas condições da primeira e segunda
mortes de Subaru. Ele assumiu que Rem fosse a shaman, já que ela
o assassinou na 2ª e 3ª vida. Contudo, ela estar morta sob a mesma
condição não fazia nenhum sentido.

• Haverá sido morta por que ele estava inatingível dentro biblioteca
confidencial? Roswaal nota sua reflexão e pergunta se sabe de algo.
Sua situação não é boa. Não havia feito nada para ganhar a
confiança deles neste loop, será difícil provar sua inocência. Emilia
chama por ele, com um olhar que lhe súplica que conte o que sabe.
O faria sem pensar duas vezes, aliás, quer fazê-lo, quer gritar para
que todos ouçam. Mas a Nuvem Negra o impede.

• Jamais poderá contar. Se Puck surgir, com seu poder de ler mentes, saberá que ele está escondendo algo, e ele não
poderá contar por conta da Nuvem Negra, um beco sem saída. Ele dá um passo para trás, em direção à porta e uma
lâmina de vento voa em sua direção: “Não vou deixar que fuja, se sabe de algo, DIGA!” grita Ram. A lâmina passou
raspando por seu rosto, deixando um corte em sua bochecha que logo começou a sangrar. Foi um aviso do que viria
a seguir, caso não falasse. Quando a segunda lâmina voou Beatrice a bloqueou, cumprindo seu pacto de protegê-
lo. A situação esquenta e Roswaal se envolve na briga, conjurando vários brilhos de cores diferentes. Um clima
instável se instaura entre ele e Beatrice, que batem boca e se provocam.

• Ram volta a exigir que Subaru diga o que sabe. “Desculpe Ram, mas escolho confiar no Subaru” quem disse foi
Emilia. Mesmo após ele ter sido grosseiro no primeiro dia, mesmo após tudo ela continuou confiando cegamente
nele. Continuou lutando. Ele quer desesperadamente corresponder àquela confiança, mas não pode. Ela pede, do
fundo do coração, que ele ajude se possível. Mas ele, em um beco sem saída, sem saber o que fazer... vira as costas
e corre. A última coisa que viu foram os olhos tristes de Emilia, a mudança quando percebeu que foi traída outra
vez. E, ainda assim, ela defendeu a lâmina de vento que o seguiu. Ele correu e nunca olhou para trás.

• Correu e correu, já não sabe por quanto tempo esteve correndo. Seus joelhos doem e o suor escorre. Jamais poderá
retornar à Mansão, o local que considerou como lar. Traiu a confiança de todos e ninguém o aceitaria, nem mesmo
Emilia confiaria nele após isso. Quando deixou de correr percebeu que estava na floresta. Perdido na floresta, o
local semelhante fez com que se lembrasse da morte passada, assassinado por Rem ali naquelas matas... Morte...
“E se eu morresse?”, pensou. Então o céu e a floresta se abriram e deu de cara com um penhasco. Um alto penhasco
com um mar de rochas abaixo. O destino parecia lhe dizer: “se mate”. Ele poderia abandonar esse futuro que já não
fazia sentido, este futuro no qual ele falhou em absolutamente tudo, exceto em manter-se vivo.

• Mas... o que aconteceria se morresse? Não importa. Ele quis desafiar aquela entidade que o obrigava a sofrer tanto.
Decidiu que morreria, acordaria no primeiro dia, viveria e morreria em paz no quarto dia, em um ciclo infinito.
32
Re:Zero – Starting Life In Another World
• Mas... seu joelho perde a força, suas pernas não se movem e ele cai sentado no chão. Só falta um passo, mas nem
isso ele pode fazer. Não havia sentido em continuar vivendo, mas ele teme a morte. Se encolheu e chorou, até
acabarem suas energias e desmaiar. Acorda com o céu já alaranjado e Beatrice ao seu lado, segurando sua mão.
“Por quê? Por que está aqui?”.

• Ela dá a desculpa que o pacto segue válido pois não estipularam uma data para acabar, o que era mentira. Mas, ela
deixa claro que ele jamais poderá voltar à mansão, pois jogou fora este futuro quando fugiu. E se quiser fugir, ela
pode ajudá-lo a deixar o Domínio Mathers. Por um momento sentiu o corte em sua bochecha se abrir e então
percebeu que a magia utilizada foi a mesma que cortou sua perna e sua cabeça na 3ª vida, quando Rem o matou.
Quer dizer ela também...

• Então se lembra de que, ao acordar, Beatrice estava segurando suas mãos, assim como na Mansão alguém segurou
suas mãos enquanto teve um pesadelo... Ram e Rem... só podem ter sido elas, já que não faria sentido uma única
pessoa segurar ambas as mãos. Naquele loop ele não tinha interagido nada com elas, muito pelo contrário, e
mesmo assim, elas o confortaram durante seu pesadelo, oferecendo-lhe um pouco de carinho e calor humano. Este
é o tipo de pessoa que elas são. Ele toma uma decisão.

• Beatrice o alerta e Ram surge da floresta. “Finalmente te encontrei, não deixarei que escape”, diz. Beatrice avança
e se põe entre os dois, jurando defendê-lo. Ram a ameaça, ela não hesitará em atacá-la, mesmo sendo uma
moradora da Mansão. Ram alega que a bibliotecária não possui todos seus poderes, devido à distância que está da
mansão/biblioteca... A reação de Beatrice parece indicar que o comentário é verdadeiro. Mas, isso não importa,
pois ele já tomou sua decisão. Ele brinca com o cabelo da garotinha e diz que se decidiu. Reafirma que realmente
não sabe de nada sobre o que ocorreu com Rem, mas que irá aprender aquilo que não sabe.

• Ele havia passado cerca de 20 dias com elas. Mesmo que


elas não se lembrassem, ele se lembra. Eles viveram, riram e
passaram tempo juntos, não era certo dizer que ele não sabia nada
sobre elas. Suas memórias são preciosas, mesmo que elas o
tenham matado duas vezes, ele gostaria de passar mais tempo com
elas, se possível.

• Então se vira e corre. Passa por Beatrice. Melhor do que


usar a vida para viver como um morto, era morrer e usá-la em prol
de um vivo. Uma decisão que só ele poderia tomar. O tempo parece
passar em câmera lenta. Ram grita “Eu juro que vou te matar!”,
mas em sua mente, seu único pensamento foi “Eu juro que vou te
salvar!”. Saltou e se espatifou nas pedras.

• Tudo que havia era o nada. Não tinha corpo, não tinha
olhos, mãos e nem pés. Um mundo de escuridão eterna. Uma
silhueta se forma. “Ainda não podemos nos ver” sussurra a
silhueta, um sentimento começa a se formar em sua alma, um
calor. Então, o mundo escuro rui e desaparece. Junto com a sombra
e sua a mente, de forma abrupta.

33
Re:Zero – Starting Life In Another World

VOLUME 3:
3.1 - Natsuki Subaru's Restart:

• Ele não sabia qual seria o resultado daquele salto. Não sabe
como funciona o Retorno pela Morte. Poderia ter sido sua
última chance. Mas ele acordou. No quarto de visitas, na
presença das gêmeas, que assim como nas outras vezes, o
acordaram com provocações: “Irmã, irmã, o visitante parece ser
lerdo da cabeça”. Ele abaixa a cabeça e elas logo se aproximam,
uma de cada lado, para checar se ele está bem.

• Aproveita a situação. “Com licença!” e rapidamente agarra


ambas as mãos, uma de cada. “Eu sabia”, pensou, depois de
confirmar a sensação em suas mãos, o motivo por ter pulado
daquele penhasco. Elas realmente o confortaram naquela noite,
durante o pesadelo.

• “Irmã, irmã, o visitante é um pervertido masoquista”. Ele sabe


que, desta vez, precisa evitar ser morto pelas gêmeas. Ou seja,
precisa ganhar a confiança delas de qualquer maneira, além de
descobrir e impedir o ataque do Shaman. Ambas as condições
são inevitáveis e obrigatórias. Está determinado a isso. “Elas
provavelmente já estão me avaliando”, pensa. Inicia sua missão
sendo honesto: “Confio em vocês, vamos nos dar bem, ok?!”

• As gêmeas olharam uma para a outra, como que se estivessem conversando através de seus olhares, mas são
interrompidas: “Escutei um barulho e vim espiar, você parece bem, Subaru. Que bom!”. Assim como das outras
vezes, Emilia vem ao quarto e, assim, se inicia a quinta rodada na mansão!

• Era noite do primeiro dia, Roswaal e Ram fazem sua reunião no escritório. O Marquês, assim como das outras vezes,
pediu a Ram que ficasse de olho no garoto e lhe fizesse um relatório. Dessa vez, o classificou apenas como um
amador, mas confessa que algumas coisas especificas demais a intrigaram: “Ele parecia familiarizado demais com
alguns cômodos da Mansão, coisas que ainda não lhe ensinei, como a posição de alguns utensílios e até com o
nosso gosto para chás”. Há a possibilidade de ele ter trabalhado em conjunto com a Caçadora de Entranhas, para
ganhar acesso à mansão. Mas Roswaal logo descarta essa possibilidade, é muito improvável e, caso Beatrice não
estivesse disponível, ele poderia ter morrido.

• Ram segue dizendo que acha estranho o fato dele ser otimista demais. De manter o sorriso forçado, não fazer cara
feia mesmo quando erra e estar sempre falando sem parar. Ele é sempre muito atento em como se comporta
quando está na presença das irmãs. É uma pessoa muito diferente daquela descrita por Emilia: “um sujeito honesto
e sincero com os próprios desejos, como uma criança”. Roswaal sugere mantê-lo sob vigília por mais algum tempo,
e para que Ram se certifique que Rem não faça nada precipitadamente. Rem tinha o histórico de, de vez em quando,
agir apressadamente, de acordo com suas emoções e julgamento. Neste caso, caso ela viesse a agir para apagar o
perigo, poderia colocar a relação com Emilia em risco, isso deve ser evitado a qualquer custo. “Direi a Rem que não
tome nenhuma atitude baseada em seu sentimento de desconfiança em relação ao Barusu”.

• “Vamos finalizar o relatório por aqui, ok? Vamos prosseguir? Afinal, após dois dias, você deve estar no limite, não?”,
comenta Roswaal. Ram assente, se desculpa por não conseguir fazer um relatório tão completo quanto gostaria.
Então ela se aproxima de seu mestre, em silêncio. Se senta em seu colo, fecha os olhos e inclina a cabeça para cima.
“Com a sua licença”, Roswaal, com um olho fechado, mirando-a apenas com sua íris amarela, remove o cabelo rosa
de sua testa e olha fixamente em seus olhos.

34
Re:Zero – Starting Life In Another World
• Já é manhã do segundo dia, eles fazem seus exercícios usuais: “Victory!”. Emilia conversa com os Espíritos Inferiores,
enquanto Subaru e Puck a provocam com seus comentários bestas de sempre. Um dia normal. Após finalizar a
conversa com os Espíritos ela se aproxima e pergunta como foi seu primeiro dia de trabalho, ele brinca e diz que,
no pior dos casos, viria procurar seu colo para que o console. Ele faz uma brincadeira sobre Emilia não gostar de
pimentões: “Quando foi que eu te disse que não gosto de pimentões?”, percebendo o erro, tenta desconversar,
sempre sorrindo, tem que sempre sorrir, não pode deixar que percebam. Decide voltar ao trabalho, antes que as
gêmeas o punam e sai correndo, ainda sorrindo.

• A sós com Puck, Emilia expõe sua preocupação para com o garoto. E Puck confirma, ao tocá-lo percebeu que a
mente do garoto está toda bagunçada. “O que está por dentro, não correspondendo ao que ele exibe por fora. Não
demorará para que ele se desgaste tanto a ponto de colapsar”.

• “Não se preocupe! Eu vou limpar e cuidar de tudo!”, diz após quebrar o vaso e sair correndo. Ele volta com a
vassoura, um vaso novo e corrige a situação causada por ele mesmo. Mas... “Como soube onde encontrar uma
vassoura e um vaso?”, o questiona Rem. Ele tinha muitos conhecimentos da Mansão e ela desconfia. “Ah... sabe...
foi a Ram, ela sabia que eu iria quebrar algo e me disse como prevenção hahaha. Então, está atolada de trabalho?
Me passa mais coisas, faço qualquer coisa!”, mas, sempre que parava para refletir, era impedida pela avalanche de
palavras e pedidos vindos dele. Não era o comportamento de alguém maldoso, mas tampouco de alguém inocente.
Ela pensa em ir pedir conselhos à sua irmã, Ram, mas desiste.

• Mantem o sorriso forçado e se esforça nas tarefas incumbidas. “Tô me sentindo mal”. Quando as termina busca por
outras. “Tô me sentindo mal”. Não pode desperdiçar nenhum segundo. Precisa fazê-las rir mais. Precisa ser mais
engraçado. “Tô me sentindo mal”. Não pode baixar a guarda nenhum segundo. “Tô me sentindo mal, tô me
sentindo mal, tô me sentindo mal, tô me sentindo mal”. Ele sente ânsia de vomito, entra no quarto de hóspedes
mais próximo e deixa tudo sair. Vomita repetidas vezes. Seu primeiro loop foi o que obteve melhor resultado em
suas relações sociais e tenta imitar a performance daquela vez.

• Ele reflete sobre sua situação, mas não poderia perder tempo com isso, deve gastar todo seu tempo gerando uma
boa impressão. Ele sai do quarto e... “finalmente te encontrei” Emilia espera por ele do lado de fora. Assim que
bate os olhos na garota, seu cérebro faz um click e volta a fazer de conta que não existe nenhuma dor e que está
tudo bem: “Oh! Emilia Taaaaan!! Que emoção! Você está esperando por mim? Que raro! Diga-me o que precisa,
passarei por água e fogo por você!”, ele reage exageradamente, como sempre, mas ela fica em silêncio. “Será que
ela percebeu que estou encenando?” pensou. Então se lembra de que Puck pode ler mentes. Que tão patético era
em fingir ser outra coisa para alguém que pode ler mentes?

• A insegurança tomou conta de si, e ele não pôde mais falar nada, ficou calado. “Venha comigo, Subaru”. Ela entra
no quarto de hóspedes e aponta para o chão. Ele hesita, mas ela levanta a voz para que ele se sente de uma vez.
Ele obedece. Então ela se senta ao seu lado, envergonhada, e empurra sua cabeça para que se deite. “Ué? O que é
isso? Estou no seu colo, Emilia-Tan? O que fiz para merecer isso?” diz, confuso. Envergonhada ela tapa seus olhos
e diz que não pode olhar para cima. E não era para se acostumar pois é um evento único. E, acima de tudo: “Você
não precisa mais fingir. Você não havia pedido meu colo para quando estivesse cansado? É o que estou fazendo, só
não se acostume, pois hoje é um dia especial”.

• Ele tenta se fazer de forte, afinal, havia prometido nunca fraquejar na frente dela, especialmente dela. Mas, ela está
decidida e não permite. “Você está cansado? Você está tendo problemas? Tem sido difícil para você, não tem?”
Isso foi tudo o que foi preciso para que as paredes caíssem e então todas as suas emoções internas vieram à tona,
de uma só vez. Ele chorou e chorou. Contou como se sentia, como se esforçou, o medo que sente, a pressão: “É
muito difícil... Eu me esforço tanto, porque eu gosto daqui, mas é muito difícil, eu tenho muito medo, muito medo
mesmo. Eu tentei, tentei de tudo, nunca me esforcei tanto por algo. Eu não quero ver aquilo de novo, nunca mais,
não quero”.

35
Re:Zero – Starting Life In Another World
• Ela não teria como entender aquelas palavras, mas ainda assim foi gentil. Até que o choro cessou e ele caiu no sono.
Naquele momento ele se deu conta do sentimento que sentia em seu coração: Amor. Pela primeira vez, pôde
reconhecer o que era aquilo que sentia. E, uma vez reconhecido, não havia mais como fugir. Natsuki Subaru
morreria quantas vezes fossem necessárias para salvá-la.

• Rem os encontra ainda na mesma posição e logo percebe que o rapaz não voltará ao trabalho. Sua expressão de
inocência e rosto de criança enquanto dorme, faz com que a garota se sinta tola por ter suspeitado. Traz uma
expressão completamente diferente do sorriso forçado que levava o dia todo. Ela se vira para deixá-los, mas Emilia
a chama: “Rem, ele é um bom garoto” diz. Ela faz sua reverência e sai. Ela pensa sobre o comentário de Emilia, mas
continua inconscientemente incomodada pelo odor malévolo que sentiu naquele quarto.

3.2 - I've Cried, Bawled And Stopped Crying:

• Ele se desculpa com a garota. Que humilhação. Chorou, deixou seu nariz escorrer em suas roupas, a impediu de se
mover por horas, patético, ela o viu em seu estado mais patético! “Seria muito melhor ouvir um obrigado ao invés
de desculpas, por algo que fiz por que quis”, diz Emilia. Ele não quis se encontrar com mais ninguém, por culpa da
vergonha que está sentindo, então se escondeu na Biblioteca Confidencial.

• Ele reflete sobre sua vergonha com Emilia e dá um apelido a Beatrice: “Beako”. Ela reclama e se faz de surda quando
o usa, então ele insiste: “O que foi, Beako? Você está bem, Beako? Você pode falar comigo viu, Beako? Hey,
Beako?!”. Betty rapidamente perde a paciência: “Eu NUNCA vi alguém tão irritante em toda minha vida, qual é o
seu problema?!”. Ele havia refletido sobre como Emilia salvou seu corpo na Capital, e agora sua alma. Em um local
onde todos podem matá-lo a qualquer deslize, ela é o único raio de luz, a única que o trata bem e o respeita, a
única que acredita nele. Na verdade, Beatrice também, apesar do seu jeito ranzinza de ser... por isso, quando ele
se vê em um beco sem saída, ele sempre acaba na Biblioteca: “Preciso da sua ajuda, Beako, por favor!!”

36
Re:Zero – Starting Life In Another World
• Se ajoelha, implora, mas Beatrice é irredutível. Ao final, decide usar sua arma secreta: sua proximidade com Puck.
“Sabe, como eu salvei a Emilia-tan na Capital, eu posso pegar o Puck emprestado, sabe... Tá vendo onde eu quero
chegar?”, usando o Gatinho como moeda de troca ela finalmente aceita ajudá-lo. Ele quer utilizar a oportunidade
para aprender mais sobre os Shamans e as Maldições. A garota hesita, mas ao final acaba cedendo. Explica que
uma Maldição já ativada não tem como ser parada, é morte na certa. A mana da pessoa será sugada até a eventual
morte. “Foi isso que aconteceu comigo e com a Rem...”, reflete.

• “Que apelação!!”, grita. Neste caso, “É possível bloquear uma Maldição antes da ativação?”, pergunta. A resposta
é positiva. Qualquer pessoa com a devida habilidade poderia efetuar um rito de remoção, naquela mansão 3
pessoas são capazes de tal feito: Ela, Puck e Roswaal. Além disso, todas as maldições possuem um pré-requisito
absoluto: contato físico com o alvo.

• Se contato físico é obrigatório e não é ninguém da


Mansão... então tem que ser alguém da Vila Arlam. Em ambos os
loops 1 e 2 ele visitou a Vila no quarto dia e morreu durante a
noite. Também explicaria a morte de Rem, naquele loop ele ficou
o tempo todo em seu quarto e na Biblioteca com Beatrice. Por
consequência, Rem foi sozinha para a Vila, tendo sido ela a vítima
da Maldição.

• Considerando que o ataque é direcionado à Chapa da


Emilia, cuja identidade e candidatura foi revelada a pouco tempo,
o ataque deve ter sido feito por um forasteiro e não por um
morador. Alguém presente na Vila a no máximo alguns meses.
Isso reduz muito as possibilidades! “Com toda essa ajuda e
informação que te dei, creio que há algo que deveria dizer a
Betty, não?!” diz, irritada.

• Ele a agarra como uma criança, a levanta e gira no ar:


“Obrigado, Beako!!”. Até ser golpeado por uma magia fortíssima
e se espatifar no chão! Então se lembra de algo importante: o
Cheiro da Bruxa. Tanto Betty quanto Rem já haviam comentado
sobre o tal cheiro. Saberia Beatrice, algo sobre a Bruxa?

• “Neste mundo, a palavra Bruxa só pode indicar um ser, a Bruxa da Inveja. Aquela cujo nome é ensinado logo após
o nome dos pais. A maior Calamidade que assolou o mundo. Apenas mencionar seu nome, Satella, já é considerado
um Tabu. A rainha do castelo das Sombras. Aquela que consumiu as outras 6 pecadoras portadoras dos outros
Pecados Capitais. Aquela que chegou a tragar metade do mundo. Fala-se que a Bruxa desejava o amor. Fala-se que
ela não compreendia a linguagem humana. Fala-se que ela invejava tudo e todos no mundo. Fala-se que ninguém
que viu sua face sobreviveu, que seu corpo imortal permanece intocável pelos estragos do tempo, incapaz de decair
ou envelhecer. Que o Dragão, o Herói e o Sábio a selaram, pois eles mesmo não puderam destrui-la.”

• “Fala-se que ela é uma Meia-Elfa de cabelos prateados”.

• É a manhã do terceiro dia. Ele vai ao jardim e a observa enquanto completa sua rotina com os espíritos. Puck o
cumprimenta e deixa bem claro que viu tudo o que aconteceu no dia anterior, no quarto de hóspedes. Ele reflete
sobre a aparência de Emilia... “não deve ser fácil ter essa aparência neste mundo”. Puck nota os pensamentos do
garoto e ressalta que ela sofreu e ainda sofre, muito mais do que o garoto poderia imaginar. Mas que, ainda assim,
é aquele ser bondoso, o que a torna ainda mais adorável.

• Ele pergunta a Puck porque alguém utilizaria Satella como um pseudônimo. Refletindo sobre seu primeiro dia neste
mundo, quando Emilia fingiu ser Satella... ele tem uma hipótese, mas acha melhor confirmar com o Gatinho.
“Somente uma pessoa louca o faria”, foi a resposta do Gatinho.
37
Re:Zero – Starting Life In Another World
• Ou seja, assim como ele havia deduzido: ela se fez de louca, para que ele se afastasse dela e não corresse perigo
estando próximo dela na Capital. Ela tentou protegê-lo. A única razão pela qual falhou é que o garoto acabara de
ser invocado e não sabia nada sobre a Bruxa.

• A garota se junta a eles, após terminar sua rotina com os espíritos. Ainda envergonhado sobre o incidente do colo,
ele começa a se desculpar novamente, mas logo para e agradece, lembrando-se do que ela havia dito antes. Então
muda de assunto, qual seria o tipo de magia de Emilia? Ela explica que, na verdade, não é uma maga, mas uma
manipuladora de espíritos. São parecidos, mas diferentes. Os magos utilizam a própria mana e seus próprios portais,
enquanto manipuladores de espíritos utilizam a mana da atmosfera e não precisam utilizar seu portal.

• “Isso não dá muita vantagem para os Manipuladores de Espíritos?”, pergunta. “Nem sempre”, respondem. A mana
na atmosfera não é infinita e os requisitos para firmar pactos com espíritos, principalmente os superiores, podem
ser muito difíceis. Então ela conta que sua afinidade é com o elemento Fogo, que na verdade diz respeito à
temperatura, também servindo para resfriamento, por isso ela pode utilizar gelo.

• Puck lhe pergunta se gostaria de utilizar magia, não é possível aprender do dia para noite, mas... há um método
alternativo. Ele ou Emilia poderiam utilizar a mana de dentro de seu corpo, fazê-la passar por dentro de seu próprio
portal, seria como se ele mesmo estivesse invocando a magia! A garota alerta sobre os perigos de fazer isso. Mas
não lhe importa, tem que fazê-lo! Quem sabe isso lhe daria mais possibilidades no futuro? Puck se aproxima e checa
sua afinidade: “Sombra”. Sua esperança de que tivesse sido apenas uma pegadinha de Roswaal foi destruída. O
Gatinho sugere que testem a magia Shamak. “Aaah, magia de cegar o inimigo? Nunca vi ao vivo!”, diz Emilia.

• “Preparado? Vamos lá!”, Puck bate as palmas e invoca a magia, como demonstração. Imediatamente sua visão fica
negra. Grita, mas nenhum som chega aos seus ouvidos, um temor percorre sua espinha quando se dá conta de que
está completamente isolado do mundo. “Pronto, bem-vindo de volta, Subaru” de repente o mundo ganha cores e
ele vê a garota em sua frente, aliviado. Tenta aliviar o desconforto e o medo que sentiu. Apenas alguns segundos
isolado e abandonado foram o suficiente para abalá-lo psicologicamente. “Sou realmente patético”, pensou.

• “Agora é sua vez”, diz Puck enquanto se senta em sua cabeça e Emilia se afasta. Ele sente um fluxo dentro de si,
segue as instruções do Gatinho e tenta imaginar o Portal e a mana sendo expelida por ele. Não deu tempo de o
Gatinho dizer nada, uma grande Nuvem Negra foi expelida, cobrindo grande parte do Jardim em um instante. “Você
não sabe controlar seu portal, então sua mana saiu toda de uma vez”, explicou Puck. A sensação que está sentindo
é a mesma de quando Beatrice sugou toda sua mana. Deitado no gramado, não consegue nem se levantar. Emilia
sugere que descanse e não se esforce, talvez seja melhor nem trabalhar hoje...

• A sugestão é inaceitável, ele não pode perder um dia inteiro de vantagem sobre o Shaman! Após reclamar muito,
Emilia cede, tapa sua boca com a mão e lhe diz “Mastiga”. Seu corpo é tomado por um calor e ele sente a mana
retornar ao seu corpo! “Uma fruta Bokko”, explica Emilia. Um estimulante que ajuda a renovar a mana do corpo. E
finaliza dizendo que elas fazem mal e que não possui muitas, por isso não queria utilizá-la. Aliviado de não falhar
este loop por conta de um problema tão banal, ele decide voltar ao trabalho.

• “Rem, Rem, o ladrão de salários chamado Barusu voltou”. Ele tenta se desculpar e diz que um monte de coisa
aconteceu, mas que agora está tudo bem. “Irmã, Irmã, Rem, Rem, foi o travesseiro de colo o que aconteceu”.
Apenas para sofrer bullying por ter perdido um dia de trabalho enquanto chorava no colo de Emilia. Para testar a
teoria elaborada no dia anterior, de que o Shaman é um forasteiro na Vila Arlam, ele pede às gêmeas para que
visitem a Vila ainda hoje. Rem hesita por um momento, mas Ram intervém a seu favor. Não há nada muito urgente
para o dia e é a chance perfeita de abusar do Barusu como carregador! Contudo, só poderão ir após o almoço.

• Rem se afasta e Ram lhe diz que deveria agradecê-la. Confuso, não entende o motivo: “Rem ficou abalada quando
percebeu que metade do jardim, além da Lady Emilia, estavam cobertos por uma magia. Você deveria dançar para
mim, em agradecimento por controlá-la, Barusu”. Para alguém olhando de fora, realmente, foi um evento suspeito.
Este fato lhe deu um pouco de medo de ir à Vila com Rem, como havia sido nas outras duas vezes. “Você irá com
nós duas, uma linda flor em cada braço, Barusu”. Outra mudança de eventos.
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Re:Zero – Starting Life In Another World

3.3 - The Meaning Of Courage:

• As garotas vão às compras enquanto ele reflete sobre sua situação. Por conta de sua conversa com Beatrice, sabe
que o culpado tem que tocá-lo fisicamente e, não só isso, como também o tocou nas outras duas vezes em que
esteve na vila, nas vidas passadas. Também sabe que, se for vítima da Maldição e descobrir a tempo, Beatrice
poderá removê-la antes de que seja ativada. Nos loops passados, havia interagido com Muraosa, o velho líder da
Vila, com a Idosa que apalpa bumbuns e um jovem de moicano. Todos eles o tocaram, mas também são todos
moradores nativos da Vila... Sem um plano elaborado, decide simplesmente caminhar pela Vila, mais ou menos
pelos mesmos lugares que nos loops passados. Não demorou muito para que as 7 crianças surgissem e começassem
a infernizá-lo: “Subaru, sua cara é feia”, “Você é estranho!”, “Subaru, você tá com dor de barriga?”.

• “Vim checar o que você fazia em seu tempo livre e encontro isso? Barusu, seu imprestável”, alfineta Ram.
“Victoryyy!!”, para matar o tempo ele decide fazer os exercícios, que normalmente faz com Emilia no jardim, com
as crianças. Os adultos acabam se juntando e no final quase toda a Vila está presente. O garoto se tornou muito
popular. “Ram-chi, que fria!”, “Ram-chi, você dá medo!”, “Credo, Ram-chi!”, também lhe rendeu a chance de
aproximar as crianças das gêmeas: “Rem-rin?”, “Remurin!”, “Rem-rin-rin!”.

• Com o “High-Five” no final do evento, pôde tocar os principais


suspeitos, completando sua missão. Se livra das crianças e se
prepara para ir embora. “Hmm... Vem aqui...?”, antes que pudesse
ir, uma menina de tranças e cabelo marrom puxa sua roupa e o
chama para checar algo. Ram lhe dá a permissão e vão até o fundo
da Vila, atrás de algumas casas. “Ah é, tinha isso também”.

• Lá ele encontra o pequeno filhotinho de cachorro que, assim como


nas outras vezes, lhe mostra extrema aversão. Ele tenta fazer
carinho em sua cabeça, que tem uma área sem pelos, mas é
mordido na hora! No mesmo local que nos loops anteriores.
“Nossa, mas ele é sempre tão bonzinho!”, “O que você fez pra ele,
Subaru?!”, “É porque tocou muito nele, seu folgado!”

• Se encontra com Ram, que o esperava encostada no muro: “Te


enviei para uma simples missão e você retorna nesse estado
deplorável, Barusu? Cabelos desgrenhados, roupas sujas e uma
mão sangrando”. Os dois caminham para o ponto de encontro com
Rem. “Vocês parecem estar se dando bem”, comenta com um tom
incomodado ao ver Ram puxando Subaru pela manga do moletom.

• Quando chegam à mansão o céu já está alaranjado. Morto de cansaço por trazer o Barril pesado, já nem consegue
se mover. Rem entra na mansão primeiro e, com uma só mão, carrega o Barril sem dificuldade. Fazendo Subaru
duvidar de sua utilidade como Homem e como carregador. Mas Ram lhe diz que, na verdade, deveria agradecê-las:
“Imagina se a Lady Emilia te visse carregando apenas uma sacola leve enquanto Rem traz um grande e pesado
Barril? Agradeça à sua Mestra Ram por te salvar dessa vergonha, Barusu”.

• Rem retorna e os convoca, a pedido de Roswaal. O Marquês está vestido formalmente, de terno e gravata, e alega
ter um compromisso urgente com Garfiel. “Não creio retornar ainda hoje, deixo tudo em suas mãos, Ram, Rem”,
as criadas assentem. Este evento é inédito, nos loops passados Roswaal nunca havia deixado a Mansão, talvez sua
visita à Vila tenha, de fato, impactado os eventos daquela linha temporal? Subaru repara que não há nenhuma
Dracoagem à espera do Marquês, que se despede e simplesmente sai voando: “Meu deus, ele voa! Magia é mesmo
incrível!”. Agora que estava de volta à Mansão, é hora de checar suas suspeitas.

39
Re:Zero – Starting Life In Another World
• “Acho que fui amaldiçoado, poderia me checar?”, diz. “O que você está dizendo? Como assim?”, a Bibliotecária
estava, como usual, sentada em sua escadinha. “Acho que fui amaldiçoado, poderia me checar?”, repete, deixando
super irritada: “Eu não pedi que você repetisse a frase, que irritante! Não se passaram nem 24 horas desde que
conversamos sobre Shamans, como raios já estaria amaldiçoado?”. Mas, para sua surpresa: “O que? Você
realmente está amaldiçoado!”, ela confirma. Contudo, com seu jeito de sempre, se nega a salvá-lo, se fazendo de
difícil. Mas ele, conhecendo-a, já está preparado para essa situação: “Se eu morrer Emilia vai ficar triste, então Puck
vai ficar triste, e se souberem que você poderia ter evitado....” argumentou, irritando-a ainda mais.

• Ela se aproxima para procurar a maldição: “A maldição estará implantada no local onde houve o toque físico, tudo
bem?”. Uma luz branca emana de suas mãos enquanto ela checa seu corpo. Até que o local é finalmente revelado.
Uma névoa negra surge, indicando o local exato da maldição, e então é repelida pela magia de Beatrice. Com isso
a maldição está desfeita e sua vida não corre mais riscos. Com a confirmação de sua segurança e do local da
maldição, o culpado foi finalmente revelado. “Preciso voltar à Vila”, diz e sai correndo à procura de Ram e Rem. O
plano original era ir ao dia seguinte com Roswaal e as gêmeas, mas com o conhecimento de quem é o culpado, não
pode ficar parado esperando.

• Encontra Ram no saguão principal e diz que irá retornar à


Vila pois há um Shaman e pessoas em perigo. Ram diz que isso
vai contra as instruções do Roswaal e que parece uma história
inventada. “Não há tempo a perde, Beatrice pode confirmar a
história, pode checar com ela!”, insiste Subaru. Rem se junta
aos dois e nenhuma das duas parece acreditar na história.

• Ele blefa: havia chegado à hipótese de que Roswaal lhes


havia ordenado que o mantivessem sob vigília. Portanto, uma
das duas poderia acompanhá-lo, caso acreditem que sua
atitude é suspeita. Mas, apenas uma, pois Emilia não poderia
ficar sozinha. Ram aceita: “Está bem, Barusu. Aceitarei sua
ação. Mas deixá-lo sozinho vai contra as instruções do Mestre
Roswaal. Portanto, Rem o acompanhará. Confirmarei a história
com Beatrice e protegerei a Lady Emilia”.

• Emilia, que escutou os gritos, decide checar e corre até o


saguão de entrada e os encontra. Na mesma hora ela percebe
que o garoto está prestes a fazer algo perigoso, mas desiste de
tentar fazê-lo desistir. E decide apenas lhe dar sua bênção:
“Que a graça dos espíritos o acompanhe”. Ela pede a Rem que
cuide das coisas. Ele agradece e então partem.

• Durante o caminho conta à Rem que foi amaldiçoado, mas que Betty já o curou. Precisam chegar à Vila o quanto
antes para evitar que mais pessoas fossem amaldiçoadas. Ao chegar à Vila, percebem uma atmosfera estranha.
Uma quantidade exagerada de fogueiras estão acessas, logo perguntam a um morador o que está acontecendo e
ele conta que algumas crianças desapareceram e os adultos estão todos buscando por elas. Subaru afirma que elas
estão na floresta e sai correndo em direção à cerca onde foi mordido. “A barreira foi rompida”, comenta Rem.

• Um dos cristais, presos às árvores, não está brilhando, indicando que a barreira foi rompida. Com isso, bestas
mágicas poderiam ultrapassá-la. “Bestas mágica...?”, pergunta. “São criaturas munidas de poder mágico, inimigos
da vida inteligente, criadas pela Bruxa”, explica Rem. Ele não quer perder tempo e pula a cerca, mas Rem tenta
impedi-lo, como ele pode ter tanta certeza de que elas estão na floresta? Ele levanta a mão e exibe a cicatriz da
mordida do filhote: “Essa cicatriz é a prova! Parecia um cachorrinho, mas e se não era? E se o filhotinho é uma
Besta Mágica? Beatrice disse que a maldição estava aqui!”.

40
Re:Zero – Starting Life In Another World
• Ainda não convencida, Rem diz que existe a possibilidade de ser uma armação. O ataque acontecer justo quando
Roswaal não está na Mansão é muito suspeito. E se o objetivo for, justamente, tirá-los da Mansão, para então
efetuar um ataque à Emilia? Mas, Subaru refuta: “então devemos correr de volta para a Mansão e deixar que as
crianças morram?”. Quanto mais tempo passa, maior a chance de a maldição se ativar e as crianças morrerem, não
poderiam perder muito tempo.

• “Por que isso é tão importante para você? Qual sua conexão com essas pessoas?”, pergunta Rem. Então ele conta
o nome e o sonho de cada criança: “Petra quer ser costureira na Capital. Luca quer seguir os passos do pai e ser um
entalhador de madeira. Mildo quer presentear a mãe. Meyna vai ganhar um irmãozinho, e os irmãos Dyne e Caim
competem para se casar com Petra. Para mim eles não são mais estranhos, conheço cada rosto e cada um de seus
sonhos”. Apesar das palavras decididas, se esforçava tanto para impedir a mão de tremer que não percebeu o
tremor da própria voz. Rem percebe tudo e, em conflito interno, decide ajudar. Afinal, foi designada para cuidar
dele e não poderia cumprir sua missão se o deixasse seguir sozinho, não é? Ele se assusta quando ela saca sua
Morning Star com correntes: “É para defesa pessoal”.

• Adentram a floresta e correm sem saber para onde ir. Tentam utilizar o faro de Rem, que parece ter identificado um
cheiro não animal, talvez sejam as crianças. Chegam a uma zona aberta com uma colina e... “As crianças!”, gritam.
Havia 6 crianças deitadas sob a colina, todas desacordadas e fracas. Rem declara que não possui habilidade
suficiente para remover uma maldição e então fará aquilo que pode: curá-las para que aguentem um pouco mais.
Petra, meio desacordada, cutuca Subaru e sussurra: “falta... u... na floresta...” e desmaia. Uma criança está faltando,
Petra o está avisando... precisa salvá-la!

• Rem arregala os olhos ao perceber o que ele pretende fazer e tenta impedi-lo, é muito perigoso ir sozinho. Petra, à
beira da morte e enfraquecida, mesmo nessa condição, sua primeira preocupação não foi consigo mesma, mas com
a amiga que está desaparecida. Sabendo disso, como ele poderia abandoná-la? “Você é muito ganancioso! Se
carregar demais pode deixar tudo cair no caminho!”, diz Rem. “Conto com você para não deixar isso acontecer,
Rem. Além disso, sou inútil aqui. Não sei curar e não tenho forças para carregá-las. Mas eu posso procurar por ela.
No pior dos casos, eu volto correndo”, determinado, lhe diz que cuide das crianças e as entregue para os aldeões e
então procure por ele na floresta. Ela não terá problemas para encontrá-lo. Afinal, ela pode sentir seu cheiro. Ela
arregala os olhos, surpresa com o comentário: “Subaru... o quanto você sabe sobre o cheiro?”.

• Ele afirma que não sabe nada sobre isso, mas promete voltar são e salvo para que eles possam conversar a respeito
disso: “Parece que tem um monte de coisas que você quer me perguntar, quando eu voltar vamos conversar até a
garganta secar. É uma promessa!”, então agarra seu mindinho. Também cita o fato de Rem o encarar por conta do
“seu cabelo”, apesar de agora saber que o cabelo foi apenas uma desculpa para encobrir a desconfiança da garota.
Algo que ocorreu em seu primeiro loop. “Entregarei as crianças e irei por você, por favor, não faça nenhuma
loucura”, pede Rem. “Não se preocupe, hoje estou fanático como um demônio!”, grita e então parte para a floresta.

• Ele está apavorado. Apesar de ter se feito de forte na frente da Rem ele esteve o tempo todo tremendo. Tinha
esperanças de que suas chances não eram tão baixas, afinal, era só um filhotinho de cachorro, certo? Mas, mesmo
assim, o medo e a insegurança o consumem. Se pelo menos fosse como Reinhard, ou Roswaal..., mas não... ele é
Natsuki Subaru, um inútil sem poder algum. O cheiro de animais aumenta e com isso seu temor. Encontra uma
clareira com uma árvore caída. Ao lado da árvore enxerga algo, uma perna, uma menina de tranças e cabelos
marrons caída: “É ela!”.

• Hesita, é estranho a Besta Mágica tê-la deixado ali sozinha. “Emilia não hesitaria”, pensa, deixando de lado seu
tremor. Corre até a garota, checa seu pulso: “Ainda bem, está viva”. Se prepara para levá-la de volta. Neste
momento, uma sombra passa por cima de sua cabeça e pousa logo atrás de si. Uma Besta Mágica, do tamanho de
um Dobermann, mas duas vezes mais denso, com garras afiadas e vontade de matar nos olhos. “Foi uma
armadilha?”, exclama, surpreso com a inteligência da Besta. Sem nenhum sinal de Rem, não tem opções. Tira seu
casaco e o amarra ao redor do braço para amortecer o inevitável ataque da Besta. De repente... ela desaparece. A
Besta que deveria estar ali, simplesmente sumiu.

41
Re:Zero – Starting Life In Another World
• Então uma sombra voa em sua direção, pela lateral, e morde seu braço, perfurando sua carne e tingindo seu
agasalho de sangue. Ele usa a oportunidade para lançar a criatura, ainda presa em seu braço, em direção à árvore
caída, empalando-a em um galho. O galho a atravessou e a matou na hora. “Consegui!” pensou. Mesmo sem a
ajuda de Rem ele conseguiu! Sua felicidade durou pouco, quando se deu conta havia inúmeros olhos vermelhos na
floresta, facilmente mais de 20. Ele se posiciona, como que defendendo a garota caída atrás de si. Uma das Bestas
salta em sua direção. Pensando que a morte se aproximava outra vez, ele se prepara. Mas... o corpo da Besta, sem
cabeça, nunca o alcançou.

• “As crianças estão seguras com os aldeões!”, grita Rem, após decapitar a Besta e se posicionar entre eles. “Rem!!”.
Outras duas Bestas avançam em direção à garota, mas ela as mata com facilidade, utilizando sua Morning Star para
uma e o próprio punho para outra. “Como você é forte!!!”, impressionado com a força da garota, a esperança
retorna ao seu coração. “Isso não é coisa que se diga para uma dama, Subaru”, ela o repreende pelo comentário e
então diz que são demasiadas Bestas para lidar, não poderia lutar contra todas elas. Precisam pensar em uma forma
para sair dali.

• Eles identificam uma zona mais fraca no cerco, com apenas 3 Bestas e se preparam. Rem lança um ataque, criando
uma distração e levantando poeira, o suficiente para que possam passar correndo. As Bestas uivam e se afunilam
para correr atrás deles, facilitando o trabalho de Rem em aniquilá-las. O som das correntes lhe traz más lembranças,
mas continua correndo. Percebe que está perdido, sem saber para onde ir, então Rem lhe diz que siga sempre em
frente, em linha reta até alcançar a Vila: “Se atravessarmos a barreira, vencemos”. Eles correm e correm, até
conseguir enxergar uma luz ao fundo da floresta, estão quase lá!

• Se vira para avisar Rem sobre a proximidade da Vila e então vê a garota em um estado deplorável. Seu uniforme
todo rasgado e manchado, sangue e cortes por todo seu corpo, até mesmo seu cabelo azul, tem tanto sangue que
sua cor original não pode ser vista. Ela corre em sua direção e lhe empurra fortemente, lançando-o para longe.
Felizmente ele consegue proteger a menina em seu colo. “Por que fez isso?”, então se dá conta de uma avalanche
de terra, árvores e pedra. Ao procurar a origem daquele rio de terra, encontra o cachorrinho que o mordeu, rodeado
por uma aura mágica dourada. “Ele está usando magia, que absurdo”, pensou. Rem foi lançada ao ar pelo impacto.
Nesse momento, ele percebeu que ela o empurrou para protegê-lo de ser engolido pelo rio de terra, mas acabou
sendo atingida. Aquilo era claramente demais para ela, seu corpo, que voou após o impacto, se espatifou no solo.

• Sua espinha congelou, as Bestas pararam, sem dúvidas todos


sentiram aquela sensação. A presença pesada da Morte. O
corpo de Rem se levanta, suas feridas quase todas já fechadas,
um sorriso demoníaco no rosto “Há, há, há” e um chifre branco
em sua testa. Seu rosto perdeu qualquer sinal da razão, ela
avança rapidamente em direção às Bestas e as esquarteja antes
que possam reagir.

• “Bestas mágicas, bestas mágicas, bestas mágicas, BRUXA!”, ela


se move tão rápido quanto o vento, os cadáveres se empilham,
sangue e entranhas tingem o chão e vermelho. Ele perde a
coragem de dizer qualquer coisa, sabe que se aproximar dela
agora será morto em um instante: “Ela é um demônio!”.

• As Bestas Mágicas não têm medo e a cercam, sempre


buscando uma abertura. Apesar de ela matá-los sem muita
dificuldade, não daria conta para sempre. O filhotinho começa
a conjurar outra magia, sugando toda a mana da Atmosfera.
Rem percebe a ameaça e lança sua Morning Star para o alto, o
suficiente para que possa alcançar o conjurador. Mas, o ato
criou uma abertura em sua defesa e, em um instante, todas as
Bestas saltam em sua direção.
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Re:Zero – Starting Life In Another World
• Ele não pensou, só correu e a empurrou. Por um segundo pôde ver seus olhos recuperarem a humanidade, seu
sorriso monstruoso se afastar e as emoções transbordarem: “Subaru!!”, gritou Rem. Sua perna, seus braços, seu
torso, ele é mordido por todos os lados. Sua vida começa a vazar por suas feridas. Vê presas voando na direção de
sua traqueia, acabou. A Morning Star esmaga as Bestas. Antes de sua visão ficar completamente negra, pôde escutar
um último grito desesperado em prantos: “Não morra, não morra, não morra!!”.

3.4 - Oni Like Way:

• Sua mente vaga entre o sono e a consciência. Ele escuta uma voz família, sente um toque caloroso. “...ma outra
forma de salvá-lo?”. Ansiava por aquele calor. “...sta, certo? A escolha é sua”. A voz foi ficando distante, longe,
inalcançável. “Eu irei salvá-lo”.

• Finalmente acorda, em um quarto estranho, Emilia dorme sentada ao seu lado em uma cadeira, suas roupas todas
sujas de lama e sangue. Ele checa seus próprios braços e todo seu corpo: estão cheios de marcas brancas, cicatrizes
dos locais onde foi atacado pelas Bestas, confirmando que não foi morto. “Pensei que havia morrido...”, não
precisaria ser muito inteligente para entender que Emilia o havia curado e dormido de exaustão. Puck sai de trás
dos cabelos de Emilia e o cumprimenta. As crianças estão bem, as maldições serão removidas em breve por ele e
Beatrice. Ele foi salvo por Rem, que ficou em um estado deplorável, mas logo se curou com sua Demonização. Emilia
o curou e até mesmo utilizou seu “Od” como fonte de energia. Aquele termo é novo para ele então Puck explica
que “Mana” é a energia coletada da atmosfera e Od é a energia presente nos seres vivos.

• Finaliza sua conversa com Puck e deixa a casa, se atenta


em não fazer barulho para que Emilia possa descansar. O Sol da
manhã ainda não nasceu, mas a Vila já está agitada. Inúmeras
silhuetas na praça principal, com certeza é resultado da
preocupação sobre os eventos da noite. Será que encontrará o
rosto que busca? Ram o cumprimenta, enquanto carrega uma
cesta de Batatas. “Que fome”, pensou. Ela lhe agradece pelos
feitos da noite anterior, mas ele não entende o motivo. Afinal,
não havia feito nada para ela.

• Ela explica que o que ocorre nos territórios de um


proprietário refletem diretamente em seu nome e imagem. “Ou
seja, salvar as crianças foi algo benéfico para o Mestre Roswaal”,
já que ele é o proprietário daquele local e a segurança de seu
território é sua responsabilidade. Ela enfia uma batata em sua
goela e conta que a barreira foi refeita. As Bestas não devem mais
serem capazes de invadir a Vila. Mas, para evitar que Bestas
sejam voluntariamente trazidas para dentro outra vez, irá
conversar com os aldeões adultos para impedir que as crianças
ultrapassem a barreira e invadam o território dos Urugarum no
futuro. Subaru rouba algumas batatas de Ram e a deixa.

• Caminha pela Vila, checando o bem-estar das crianças e seu próprio corpo, para saber em que estado está. Após
se afastar um pouco da multidão, percebe que não encontrou Rem em lugar algum... Então uma voz o chama:
“Precisamos conversar, está bem?”, é Beatrice. É muito raro vê-la fora da Mansão, mas ela continua vestida da
mesma forma. Ela o leva até um canteiro de flores, longe de qualquer pessoa e lhe diz: “Em menos de meio-dia
você vai morrer, certo?”. Sem entender, ele pergunta os motivos: “Maldições”. Ela explica que remover uma
maldição é simples. Mas, quando são muitas é quase impossível. Assim como remover um nó é fácil, mas quando
há muitos fios emaranhados é muito difícil.

43
Re:Zero – Starting Life In Another World
• Ela estima que as Bestas devem ativar as maldições em, aproximadamente, meio-dia. Com tempo o suficiente,
talvez fosse possível remover uma ou outra maldição, mas, definitivamente, não havia tempo para remover todas
elas. Por isso, não adianta fazer nada... A forma como Beatrice lhe dá a notícia, dando ênfase no fato de que
desistiu... Talvez ela queira que a culpe por desistir? “A Emilia sabe?”, pergunta. Será que ela também havia desistido
dele? Mas Betty confirma que não, ela não sabe. Ela e Puck haviam decidido não lhe contar.

• Surpresa com a calma com que ele recebeu a notícia, fica brava. “Se você está me contando isso, não deve ser
simplesmente para me dar uma sentença de morte, certo? Deve haver outra forma”. Além disso, tanto esforço para
curá-lo, sendo que morrerá em algumas horas? Ela está escondendo algo. Outro fato importante: ela havia lhe
explicado que, uma vez que uma maldição é ativada, não pode ser neutralizada. Se isso é verdade, então como as
crianças ainda estão vivas? Elas estavam debilitadas na colina, com certeza a maldição já havia sido ativada, e ainda
assim elas continuam vivas. “Beatrice... o que acontece com a maldição se o seu conjurador morrer?”, foi a única
possibilidade que pôde pensar.

• “Neste caso, como a maldição é uma refeição por mana, se o conjurador morrer, não há mais por que a refeição
continuar, certo?”, explica Betty. Ou seja, os Urugarums responsáveis pelas maldições das crianças foram mortos
por Rem na noite anterior. Isso significa que ele poderia ser salvo caso todos os Urugarums que o morderam fossem
mortos... Com isso fica óbvio o motivo de não contar nada a Emilia. Ela com certeza iria querer fazer alguma besteira
e colocar em risco sua própria segurança, a decisão deles foi correta. De repente, algo surge em sua mente, uma
lembrança, uma voz delicada. “Você está desistindo então? Existe alguma outra forma de salvá-lo?” ... “Apenas esta,
certo? A escolha é sua” ... “Eu irei salvá-lo”. Então ele soube... de quem era aquela voz, e o que ela significava:
“Beatrice... onde está Rem?!”.

• “Não posso ignorar o que acabei de escutar. Não consigo encontrar Rem, nem com minha clarividência. Beatrice,
onde ela está?!”, Ram escuta a conversa dos dois e repete a pergunta. Por um momento, ele se lembra do estado
em que ela ficou, no loop passado, quando Rem morreu, não gostaria de ver aquilo nunca mais. Suas mãos estão
tremendo e ela morde o lábio para manter a expressão neutra, mas está claramente abalada com o sumiço da irmã.
“Rem foi à floresta aniquilar as Bestas Mágicas sozinha, Puck e eu apenas apresentamos as possibilidades”, declara
Beatrice. Mas por quê? Por que ela faria isso por ele? Nos loops anteriores ela o havia matado e, ainda que a relação
estivesse melhor dessa vez, não diria que o suficiente para merecer tal atitude da garota. Ram, sem pensar duas
vezes, se prepara para correr até a floresta e buscar sua irmã: “Saia da frente Barusu, não tenho tempo a perder
então não serei gentil”.

• Ele a impede por um segundo e faz 2 perguntas, primeiro: se ela poderá encontrar Rem com sua Clarividência. E
segunda, se ela é uma empregada do tipo de luta. Para a primeira pergunta, a resposta é positiva: se estiver próxima
o suficiente, poderá encontrar Rem. Sua clarividência permite que enxergue utilizando os olhos de outros seres-
vivos próximos. Já para a segunda nem tanto. Diferentemente da Rem, ela não possui um chifre e sua habilidade de
combate não chega nem perto da de Rem. O máximo que ela consegue fazer são lâminas de vento e então lança
um fraco ataque como demonstração. “Se colocar um pouco mais de força nisso, será o suficiente para cortar uma
perna ou uma garganta...”, pensa Subaru, relembrando os loops passados. “Beako, Ram e eu estamos indo, se a
Emilia acordar, enrole-a!”. Declaram guerra ao destino e correm em direção à Floresta.

• Após 15 minutos caminhando ele já não aguentava mais, mesmo depois de discursar... continuava sendo um peso
morto! “Que vergonha, Barusu, só serve para discursar mesmo”. O pessoal do vilarejo lhe deu alguns presentes,
demonstrações físicas de sua gratidão pela noite anterior. Ganhou uma espada, uma bala e até um inseto! Ram usa
sua Clarividência, mas ainda nem sinal de Rem. Ram o avisa de que estão sendo observados e pouco tempo depois
uma Besta salta em sua direção. Ram lança uma Lâmina de Vento e a corta em dois, em pleno ar. Continuam a
jornada, floresta adentro. Por algum motivo, o alvo dos Urugarums sempre é Subaru, não importa quão indefesa
esteja Ram.

• Ele decide perguntar sobre algo que ficou em sua mente: o significado de “não possuir chifre”. Ela explica que é
exatamente isso, foi tola o suficiente para perder o seu chifre, e desde então, vem dependendo de Rem para tudo.
Mas, isso já não a afeta tanto... apesar de ter ficado bastante abalada no passado.
44
Re:Zero – Starting Life In Another World
• Ram ativa sua Clarividência outra vez, mas ainda não a encontraram... “Você se preocupa muito com a Rem, né,
Ram?”, pergunta Subaru. A gêmea responde que sim, mesmo que Rem seja mais forte e melhor em tudo, isso não
é motivo para que ela não se preocupe. Afinal, “Sou a irmã mais velha e nada nunca irá mudar isso”. Ele precisa
ajudar de alguma forma. “Ram, tive uma ideia, está preparada?”, ele tem um palpite que, por suas observações até
então, crê que seja uma probabilidade de 70% de funcionar... Não pode continuar sendo um peso morto, ele havia
prometido que iria ajudar, não? Ram fica insegura, mas cede: “Barusu, o que você planeja fazer? Estou sozinha com
um garoto em uma floresta cheia de Bestas, para uma donzela como eu, não há perigo maior”.

• “Ram, quando eu morr...”, iria completar a frase com: “Retorno e o tempo volta”, mas o tempo parou antes que
pudesse completá-la. A nuvem surge e dela: dedos, uma mão, um antebraço, um braço direito completo. Na vez
anterior o braço foi revelado apenas até o cotovelo, desta vez o braço completo surgiu. A Mão Negra foi diretamente
para seu coração. Dor. Sofrimento. Angústia. Agonia eterna. “Barusu...?”, o tempo volta a passar, a dor desaparece,
retornou.

• No loop anterior, quando tentou contar à Emilia sobre o Retorno pela Morte, Beatrice comentou que o cheiro da
Bruxa estava fortíssimo. Foi a primeira dica de que quando a Nuvem Negra surge o cheiro é intensificado. As Bestas
Mágicas serem atraídas pelo Cheiro da Bruxa também explicaria o fato de elas sempre preferirem atacar Subaru e
não Ram. Com isso, basta invocar a Nuvem Negra e renovar o cheiro, para estar sempre atraindo as Bestas. Essa
estratégia os ajudará a encontrar Rem. Afinal, se ela está buscando todos os Urugarums e eles estão indo atrás de
Subaru... inevitavelmente ela acabará encontrando-os também. Ele explica o efeito a Ram, sem dar detalhes sobre
o gatilho e então continuam fugindo da horda de Bestas que começou a persegui-los.

• Após 10 minutos, a mana de Ram acaba e ela colapsa, tendo que ser carregada por Subaru. Pelo menos pôde
finalizar 17 Urugarums antes de se tornar um peso morto, mas ainda havia muitos atrás deles. Não tinham outra
opção senão correr. Seu fôlego está no limite, sente um breve arrependimento por ter utilizado a estratégia suicida,
mas continua correndo o máximo que pode. Uma Besta avança, salta em sua direção e morde seu ombro direito.
“Que dor!!”, grita. Neste momento, sente seus pés sem apoio: um precipício.

• Começam a escorregar rapidamente pelo grande declive. Em uma tentativa desesperada de desacelerar, pressiona
a espada que lhe presentearam contra o solo. Já na beirada do precipício, finalmente consegue fincar a espada e
parar a queda. Só há um problema: acabou pendurado. Segurando a espada com uma mão e com a outra carrega
Ram. Logo abaixo deles: o precipício. Se cair, é o seu fim. Subir também está fora de questão, primeiro porque não
tem a força para isso e segundo porque os Urugarums estão todos acumulados lá em cima. Enquanto pensam no
que fazer... *trimmm* escuta o som do metal rompendo e então a sensação de queda livre. “A espada quebrou!!!”

• Tenta utilizar a metade restante para se segurar, mas é impossível penetrar o solo com aquilo e logo caem em
direção ao solo. “El Fulla!”, Ram, no último segundo, lança uma magia de vento que amortece a queda e os salva.
Mas, acaba desacordada com sangue saindo de suas narinas e testa. Com certeza está exausta, já utilizou muito
mais mana do que poderia. Ele a acomoda deitada ao seu lado e pensa no que fazer. E é neste momento que sente
uma estranheza no ar. Ao olhar para cima vê rochas deslizando e caindo. Sobre elas está o filhotinho que o havia
amaldiçoado, além de outras Bestas Mágicas.

• Mas não era tudo. As Bestas, ao atingir o solo, correram em caos, cada uma para um lado. Estão agindo de forma
muito estranha. Ao checar o topo do penhasco outra vez se depara com uma silhueta humana. Uma garota, com
uniforme de empregada, sangue da cabeça aos pés e olhos desprovidos de qualquer traço de humanidade. No
instante em que seus olhos se encontraram ela saltou de cima do penhasco e pousou bem na sua frente. Seu olhar
demoníaco, continua desprovido de qualquer emoção positiva para com o garoto.

• Suas roupas cheias de sangue, pedaços de carne grudados nos espinhos de ferro, uma visão realmente macabra.
“Hey, Rem... sou eu, seu amigo”, ele não consegue nem piscar, as Bestas Mágicas começam a se acumular ao redor
deles, todos esperando o próximo movimento de Rem. “Irmã. Solte-a”, mesmo em sua loucura, ela ainda
reconheceu sua metade, a pessoa que mais ama na vida. Ela lança sua Bola de Ferro na direção do garoto, que
desvia por um triz, tendo apenas seu ombro direito atingido por um dos espinhos: “Merda, isso doeu!!!”.
45
Re:Zero – Starting Life In Another World
• Ele tenta apelar para suas emoções, se apresentando e falando de si, mas sua única resposta é: “Devolva minha
irmã”, junto com a Bola de Ferro. As Bestas avançam sobre ela, mas é um massacre, os cadáveres se acumulam e
entranhas voam a cada abate. Ela os mata com os punhos, com chute, com a Bola de Ferro, arranca suas cabeças,
a diferença de força é notável.

• Mas, a vantagem numérica eventualmente levaria a melhor. Apesar de matá-los, pouco a pouco se machuca cada
vez mais. É questão de tempo até a maré virar. Ele não pode ficar parado assistindo, mas também não pode entrar
na batalha, pois viraria carne moída em um segundo. Sua estratégia então foi chamar a atenção e desviar o foco:
“Rem, eu tenho o Retorno...”. Pela segunda vez no dia, o tempo parou. A Nuvem Negra surge novamente, mas
dessa vez, não apenas o braço direito como o esquerdo também. Enquanto o direito agarra seu coração o direito
acaricia seu rosto. O toque suave da mão em seu rosto trazia consigo uma certa sensação de alívio, dava vontade
de se entregar, fazendo-o alternar entre a sensação de terror e dor eterna e o alívio. “Voltei!”.

• Tanto as Bestas quanto a Rem voltaram sua atenção ao garoto, que fede como a Bruxa. Seu objetivo agora é se
manter vivo, desviar do máximo de ataques possível e manter uma distância segura das duas ameaças à sua frente.
As Bestas Mágicas logo perdem o interesse e voltam a atacar aquela que é a real ameaça: Rem. Enquanto isso,
Subaru continua correndo e desviando das que continuam indo por ele. De repente, uma sensação de fadiga o
assola. Cansaço. Fraqueza. “A maldição se ativou??”, uma das Bestas deve ter ativado a maldição, dando início à
drenagem de sua mana, e vida. É questão de tempo até ele morra, e o pior de tudo é que não dá para saber qual
daquelas Bestas é a responsável.

• Rem continua massacrando uma após a outra e, após algum tempo, ele sente sua respiração voltar ao normal. Rem
o salvou, mesmo sem saber. Com certeza ela eliminou a Besta responsável por aquela maldição, salvando-o. “O
chifre.... é o que a torna um demônio... basta golpeá-lo... que ela voltará... ao normal... eu acho... espero...”, a
consciência de Ram retorna por um breve momento, suficiente para ela lhe dizer o que deve fazer. Basta acertar o
chifre de Rem. Contudo, se aproximar dela é o mesmo que suicídio, mas ele tem um plano. “Ram, tive uma ideia,
mas vai te deixar nervosa”. Ram aceita: “Se for trazer minha irmã de volta, faça, Barusu...”.
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Re:Zero – Starting Life In Another World
• Ele junta todas as suas forças, gira o corpo e arremessa Ram em direção à sua irmã. Como esperado, Rem fixa seu
olhar em sua amada irmã, solta sua arma e se prepara para agarrá-la no ar. Subaru aproveita a oportunidade, corre
em sua direção e se prepara para acertá-la enquanto está ocupada com Ram. Mas... no último segundo acaba
hesitando e erra o golpe: “Droga!! Fiquei com medo!!”. Rem se prepara para perfurá-lo com seu braço e afiadas
unhas, mas ele é lançado aos ares por uma magia de terra. Ao procurar pelo culpado, nota o filhotinho que o
amaldiçoou perto da região, ele esteve esperando a oportunidade de acertá-los!

• O chão abaixo de Rem começa a explodir, mas, com um forte golpe com seu pé, ela neutraliza a magia. Por sorte
isso foi o suficiente para desviar sua atenção e deixá-la exposta. Subaru, que ainda está caindo, após ser lançado
pelos ares percebe a chance. Ele brande sua espada, ainda quebrada, e acerta o chifre. Então cai e se espatifa no
chão.

3.5 - Rem:

• Entre as raças de semi-humanos, a dos demônios é a mais poderosa. Seu poder e mana são muito superiores às
outras raças, sendo sua única fraqueza sua população pequena. Concentrados em pequenas vilas pobres nas
montanhas, vivem longe e isolados da sociedade. Sua cultura é muito estrita e possuem vários tabus, como por
exemplo: gêmeos são considerados aberrações. Por natureza os demônios nascem com 2 chifres, utilizados para
coletar mana da área ao redor em momentos de necessidade. Mas, gêmeos nascem com apenas 1 chifre. Demônios
que perderam chifres, mesmo que apenas um, são considerados como “Sem-Chifres” e perdem qualquer status
dentro de suas comunidades, sendo condenados ao sacrifício.

• O destino das gêmeas da Mansão Mathers seria o mesmo, não fosse o poder abismal revelado por uma delas: Ram,
no exato momento em que o chefe da vila iria executá-las. Mesmo tendo sua vida poupada, ainda eram vítimas do
preconceito por serem “Sem-chifres”. Mesmo seus pais agiam distantes quanto a elas. Ram, a mais velha, era digna
do título gênio, tendo mais capacidade que os demônios adultos. Destinada desde o nascimento a ser o pináculo
dos demônios, a mais poderosa entre a raça mais poderosa. Naturalmente, com o tempo, por demonstrar tamanha
força, ela conquistou o respeito da vila e até do líder, o mesmo que tentou sacrificá-las em seu nascimento. Mas,
ela nunca utilizou nada disso a seu favor.

• Já Rem, suas habilidades eram normais, sua capacidade de mana medíocre, por isso sempre viveu nas sombras de
sua irmã. A pressão e expectativa em suas costas eram enormes, afinal, ela é irmã daquela Ram. Tentou se aprimorar
e superar sua irmã em algo, qualquer coisa que fosse, mas era impossível, Ram é melhor em tudo. Então ela aceitou
que jamais poderia andar ao seu lado, jamais poderia ser como ela. Enquanto Ram trilharia o caminho da glória,
ela só ficaria atrás, encolhida por sua luz ofuscante. Mas, não é como se ela tivesse ciúmes de sua irmã, ela a
admirava e a amava mais que tudo.

• Uma certa noite, Rem acordou, suando, e sua irmã não estava ao seu lado. “Tenho que procurá-la”, pensou. Ela
sempre seguia Ram, uma obsessão que criou ao longo da vida, mesmo para coisas triviais, como ir ao banheiro, ela
sempre esteve atrás de Ram, seguindo-a. A casa estava vazia, a maçaneta quase queima sua mão: a casa estava em
chamas. Seu chifre se ativa e ela arromba a porta: “preciso encontrar a minha irmã para que ela me diga o que
fazer”. Então ela se dá conta da visão infernal em sua frente: a Vila toda em chamas, uma pilha de cadáveres,
inclusive seus pais, no centro da praça.

• Ela se ajoelha em frente à pilha de corpos de sua família, inúmeras silhuetas com longas capas pretas começam a
rodeá-la. Ela sabe que não são amigáveis, mas continua ali. Eles brandem suas lâminas de prata, preparando-se
para atacá-la, mas são suas cabeças que voam. Em um segundo 4 vidas tinham sido tomadas. No mesmo instante
ela soube que aquilo foi obra de Ram e a procurou, precisava encontrá-la precisava segui-la. Em poucos instantes
seus olhos se localizaram. Ram sente alívio e relaxa seu corpo ao encontrar sua irmã mais nova ilesa e em segurança,
elas se abraçam.

47
Re:Zero – Starting Life In Another World
• O que aconteceu depois Rem não se lembrava, delegou tudo à
sua irmã, isso era o mais correto a se fazer. Inúmeras silhuetas
as rodeavam, Rem ainda acreditava que sua irmã resolveria
tudo. Quando os inimigos jogaram sua irmã no chão, seu corpo
encolhido, seu rosto chorando, Rem se sentiu perturbada. Ver
sua irmã de cima era contraditório a tudo o que viveu, sua
única razão de ser era sempre estar atrás de sua irmã, se
esconder detrás de suas costas.

• Ram se levanta e abre os braços, preparando-se para liberar


seu poder descomunal na forma de inúmeras lâminas de vento
que decepariam tudo e todos à sua volta. Mas, antes que
pudesse lançá-lo, se vira e abraça sua irmã mais nova. Então o
impacto. Rem só pode assistir.

• Ela viu o chifre branco alvo de sua irmã mais velha voar, girar e
dançar pelo ar. Viu o sangue fresco jorrar de sua testa e ouviu
o grito estridente de sua irmã adorada, aquela que a protegeu,
aquela que levou o golpe em seu lugar. Ela jamais se esquecerá
do pensamento que teve naquele momento:

• “Finalmente... Finalmente ele quebrou”.

• Após isso, se lembra de acordar em uma Mansão desconhecida, ao lado de sua irmã, que já não possuía nem rastros
da habilidade fora do comum de antes. Agora ela tinha dificuldades até com coisas triviais. Seria a chance de Rem
se sentir superior, mas o único sentimento que a assolava era o de culpa. Culpa pelo pensamento que teve naquela
noite impetuosa, culpa por sorris frente à tragédia que assolou sua irmã, Ram.

• Por sua culpa a irmã mais velha teve que sofrer. Então, só lhe restava viver uma vida dedicada a compensar este
fato. Ela trilhará o caminho que Ram deveria ter trilhado. Naquele momento Rem deixou de existir, e o que passou
a ser era apenas uma versão do que deveria ter sido Ram. “Por que você se esforça tanto?”, lhe perguntavam, isso
era óbvio, porque ela é inferior em tudo, e mesmo que se esforce, jamais chegará aos pés do que era sua irmã. Por
isso tem que se esforçar ao máximo. Afinal, ela não passa de uma cópia, uma substituta inferior e defeituosa.

• 7 longos anos de culpa se passaram e o sentimento de culpa se manteve. Emilia e Ram chegam à mansão com um
indivíduo desconhecido, Natsuki Subaru. Naturalmente ela desconfiou muito dele, ainda mais após os primeiros 2
dias em que trazia consigo um sorriso falso estampado em seu rosto e um odor que trazia a vida todas aquelas
memórias que ela queria esquecer. Por algum motivo, após a noite da tragédia, passou a identificar o cheiro que
sempre acompanhava pessoas de índole questionável. Ela não poderia demonstrar seu rancor abertamente, por
conta de Emilia e, também, de Ram, que lhe aconselhou a apenas ficar de olho e não tomar atitudes precipitadas.
Muitas vezes o encarava fixamente no intuito de descobrir mais sobre ele. Ela acreditava que ele deveria ser expulso
do casarão o quanto antes.

• Pelo menos até a noite em que o encontrou dormindo no colo da Emilia. A opinião de Emilia teve um grande peso,
sem dúvidas, mas, mesmo assim, ela ainda não sabia como tratar aquela pessoa. Contudo, após aquele evento, seu
comportamento mudou drasticamente, o sorriso falso sumiu, assim como a atmosfera tensa que o seguia.
Tecnicamente ele continuou inútil, mas a forma de se relacionar com elas também ficou mais natural. Vê-lo
trabalhar tão duro para produzir resultados, apesar da capacidade inferior, a lembrava de alguém, apesar de não
conseguir se lembrar de quem...

• Então, na noite em que Roswaal esteve ausente, o desastre aconteceu. Ram a ordenou que o acompanhasse até a
Vila. No caminho, pôde perceber que ele esteve o tempo todo inseguro e incerto do cenário perigoso que ele
mesmo havia alertado. Contudo, ao chegar na vila, as crianças realmente haviam desaparecido, a barreira
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Re:Zero – Starting Life In Another World
realmente havia sido rompida. Ela não conseguia entender por que alguém tão impotente estava agindo com tanto
desespero em relação às crianças que mal conhecia. Ele não estava sendo inconsequente, sabia muito bem que
não era capaz, mas não hesitava em pedir sua ajuda.

• Não se espantou quando, mesmo após encontrar as crianças, ele quis ir ainda mais afundo em busca da última
criança desaparecida. Com olhos que gritavam que era um fraco, com uma expressão que gritava que não era capaz,
com uma voz trêmula que gritava querer desistir, mesmo assim, ele não desistiu. Vendo-o ir mais ao fundo da
floresta fez o coração de Rem ficar cada vez mais acelerado. Ele se encheu com um calor que ela não conseguia
descrever com palavras.

• Após entregar as crianças aos adultos ela o procurou, valendo-se do cheiro da Bruxa, e o encontrou novamente em
uma situação de via-ou-morte, rodeado por Bestas Mágicas. Mas logo percebeu que ele trazia uma criança em seu
colo. Neste momento, todas suas dúvidas se dissiparam, seu coração ficou leve. Ela não imaginava que confiar em
alguém, confiar no Subaru, a faria se sentir tão bem.

• Então, durante a luta com as Bestas, ela perdeu a consciência. Tomada pelos seus instintos, sentia prazer em matar
e ver carne voando, sem se importar com nada. Ela queria sangue, queria matar. Subitamente foi empurrada pelas
costas, ao se virar viu o rosto de Subaru e rapidamente recobrou sua sanidade. Perto do garoto havia uma Besta, se
aproximando, ela deu seu primeiro passo para protegê-lo, mas... “O Cheiro da Bruxa”. O cheiro a fez hesitar, ela
atrasou sua reação. Por um segundo ela parou e ele quase foi morto.

• Ela não mudou nada. Cometeu outro pecado imperdoável. Outra vez, por sua culpa, alguém se machucou.

3.6 - All In:

• Quando finalmente acordou, percebeu que não estava com os pés no chão. Escuta vozes familiares: Subaru e Ram.
E logo percebe a situação: Subaru está correndo, enquanto a carrega com o braço esquerdo e Ram corre ao lado
dele, quase sem energias e com a testa sangrando. “Por quê? Por que não me abandonaram? Eu deveria ter feito
isso sozinha”, lamenta Rem. Por culpa dela ele foi mordido. Não era para ele estar nessa situação de quase morte.
Por ela ter hesitado ao sentir o Cheiro da Bruxa ele foi mordido, ela causou isso, então ela deveria corrigir o
problema. Apenas ela deveria se machucar como consequência, “Não era para terem vindo atrás de mim...”, diz
Rem.

• Irritado com o comentário Subaru lhe dá uma bela cabeçada: “Você é idiota?? Nestas situações deveria aprender a
contar com os outros e não tomar decisões sozinha! Já que você não tem um impedimento como eu”, disse Subaru,
antes de gemer de dor. A Nuvem Negra não o deixou terminar a frase. O Miasma fica mais forte e Rem nota, mas
ele logo retoma o assunto. “3 pessoas pensam melhor do que uma, você não precisa sofrer sozinha”, diz. A barreira
da floresta está próxima, há apenas um grupo de Urugarums à frente e a barreira é logo à esquerda. Subaru se
voluntaria de isca para que Ram e Rem possam fugir. Ao escutar a proposta Rem é tomada pelo desespero. Ele
jamais sairia vivo de uma situação dessas.

• “Eu posso acabar com elas”, diz Rem, mas seu corpo não lhe responde e não sequer estava com sua arma. Por ser
uma arma de metal muito pesada, a deixaram para trás. “Não a deixe cair!”, Subaru entrega Rem para Ram. “Barusu,
acho que tenho mais forças do que você, que tá só com um braço, seu fraco”, debocha Ram. Rem, ainda sem
conseguir aceitar a decisão, tremendo em face à realidade...: “Por que você está indo tão longe, se arriscando
tanto...?”, sua pergunta é sincera. Afinal, ela havia pensado e dito tantas coisas ruins sobre ele, não merecia que
tentasse salvá-la daquela forma. “Por que você foi a primeira garota com quem tive um encontro, eu jamais poderia
virar as costas para você”, responde Subaru e então corre em direção ao bando de Urugarums enquanto Ram corre
na direção contrária levando Rem em suas costas.

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Re:Zero – Starting Life In Another World
• Conforme Subaru se distanciava ela não pôde aceitar a decisão e grita para Ram. “Barusu está ganhando tempo
para que possamos fugir, Rem. Temos que fazer bom uso deste tempo”. Se ela ao menos pudesse se transformar
em demônio, poderia salvar os dois e ainda acabar com as Bestas..., mas seu chifre se recusava a aparecer. Era o
preço a se pagar por ser um demônio defeituoso. Já Ram, não hesitou nem por um segundo com o plano. Claro,
isso é por conta de ela valorizar a vida de Rem muito mais do que a de Subaru e a sua própria. Se o sacrifício dele
aumentasse a chance de Rem sobreviver, ela aceitaria sem pensar duas vezes.

• De onde Ram encontrava forças para tomar decisões tão


difíceis tão rápido? “Não podemos voltar, Rem, isso seria
desperdiçar o esforço que ele está fazendo por nós”. Mesmo
que sua irmã, que nunca erra, considerasse aquilo como
correto, ela não aceitaria. Se aquilo é correto então o correto
não tem valor algum. Ela grita com todo seu coração e Ram
para. Ela se solta de suas costas e tenta alcançá-lo com um
grito do fundo de sua alma: “Subaru!!!!”.

• Ele corre em direção ao filhotinho “Espero que seja a


última vez que te vejo”, seu braço direito não funciona, lesado
após sua queda quando acertou o chifre de Rem. O filhotinho
se encolhe e, de repente, cresce de tamanho, ficando enorme,
maior que todos os outros Urugarums. “Pelo menos o plano
de servir de isca funcionou”, pensou.

• Ele coloca mão no bolso e então põe algo na boca: “Por


favor”. Não há rota de fuga, as outras Bestas o cercaram, era
tudo ou nada. Escuta alguém gritar por seu nome, não
consegue identificar a voz, mas percebe a tristeza na voz. Ainda
assim, sorri ao escutá-la. Saca sua espada quebrada, com a
mão esquerda, e grita: “SHAMAAAAAAAAAAAAAAAC!”.

• Englobado pela nuvem negra, perdeu todos os sentidos, não escuta nada, não ouve nada, não enxerga nada. Não
fosse a sensação do chão nos pés não saberia nem o que é cima e baixo. Então, sente seu corpo inteiro pegar fogo,
um calor o domina, suas pernas ganham força novamente e assim, consegue se livrar da nuvem negra. A primeira
coisa que nota, é sua espada fincada no pescoço do cachorro, cuja cabeça ainda está dentro da Nuvem Negra. Uma
sensação ruim de “ter tomado uma vida” toma conta dele.

• A estratégia foi uma aposta com sua vida. Aquilo que comeu era uma fruta Bokko, capaz de regenerar parte da
mana do corpo rapidamente. Com o uso do fruto ele seria capaz de, pelo menos, se mover após utilizar o Shamac
e então sair dali correndo. “Obrigado pirralhos”, pensou, ao cuspir a casca da fruta. Se prepara para correr, mas é
brutalmente atingido por uma garra. A Besta ainda está viva. Ela o agarra e se aproxima, ele vê sua espada fincada
no pescoço do animal, a agarra e a usa para atacá-lo mais uma vez. O animal, sentindo a dor, o arremessa para
longe. Ele se levanta e encara a Besta, a batalha seria até a morte. “Ul Goa”, isso é, se não tivesse sido interrompida.

• Uma bola de fogo desce dos céus e incinera a Besta, colocando um fim no duelo. “Que inteligente, utilizou Shamak
como sinal de fumaça. E que estado lastimável, meu caro” diz Roswaal, após incinerar todas as Bestas Mágicas que
o cercava em um instante. Surpreso com a presença do Marquês ali, justo na hora crítica, ele pergunta como soube.
Roswaal explica que estava sobrevoando a área, esperando por um sinal, já que Emilia havia lhe dito que: “Fique de
olho lá de cima, porque com certeza o Subaru vai usar magia em uma situação crítica, mesmo que não devesse!!”.

• Ram se junta a eles e pede desculpas pela situação, mas Roswaal os agradece. Então Rem salta sobre Subaru: “Você
está vivo, você está vivo, você está vivo!!”, grita a garota aliviada ao vê-lo bem. Talvez, por conta das fortes emoções
que sentia, Rem não soube controlar a força e o abraçou tão forte que o garoto perdeu a consciência. Claro, não
somente por conta do abraço, mas também por seu corpo estar em um estado deplorável.
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Re:Zero – Starting Life In Another World

3.7 - Epilogue: Story Of The Future:

• Sua mente estava, novamente, na terra governada pela sombra negra. Não havia ninguém, não havia nada, apenas
sua consciência. De repente, uma silhueta humana se levanta das sombras e caminha em direção à sua consciência.
Parece uma mulher, apesar de não poder ver seu rosto. Ele teve vontade chorar, uma forte e estranha emoção,
como se sempre esperasse por aquilo. Teve um desejo instintivo de ser abraçado. Então, dedos brancos o
envolveram por trás e o calor afastou a sombra, a cada segundo se afastava mais e mais. Antes de desaparecer
completamente, a sombra lhe disse: “...-mo”, mas ele não conseguiu ouvir as palavras.

• “Você acordou...”, quem está ao seu lado, segurando sua mão é Rem. Subaru lhe pergunta se segurou sua mão
enquanto dormia, envergonhado. Mas Rem lhe tranquiliza, não foi ele, foi ela: “Você parecia estar sofrendo
enquanto dormia... Como sou fraca e cheia de defeitos, não sei o que fazer nessas horas. Então fiz aquilo que
gostaria me faria feliz...”. Sem motivos para soltar, suas mãos continuaram entrelaçadas. Então ela lhe conta tudo o
que ocorreu após o seu desmaio: por conta do seu cheiro as Bestas continuaram chegando e Roswaal eliminou
todas. Dessa forma, tanto ele quanto ela, estão completamente livres das maldições. Roswaal também acalmou
pessoalmente o pessoal da Vila Arlam.

• Rem se desculpa pelos machucados sofridos por Subaru: “Apesar de seu corpo ter sido completamente curado, as
cicatrizes tanto no coração quanto no corpo continuarão para sempre...”. Ele tenta acalmá-la: “Cicatrizes são
medalhas de um homem!”. Ele olha para Rem e reflete, a princípio a achou inexpressiva. Mas agora conhece outro
lado. Ele não tinha mais medo. Conheceu a Rem que, de fato, acabou com sua vida, mas aqui, em sua frente, está
uma Rem aliviada do fundo do coração pelo fato de ele estar vivo e bem. Conheceu a Rem que perdeu o
autocontrole por causa da irmã, conheceu a Rem que se precipitou para protegê-lo, além da Rem que virou
demônio em nome daquilo que era caro a ela.

• “Você não tem nada de calma, né??”. No dia a dia da Mansão, ela era eficiente e racional, mas em momentos de
crise tomava decisões apressadas e sem pensar muito. Então ela deixou sair tudo aquilo que vinha guardando para
si, todo o peso que vinha carregando: “Eu sou impotente, sem talento, um dejeto da raça dos demônios. Minha
irmã nunca hesita, nunca erra, está sempre correta, ela... Jamais serei capaz de alcançar a minha irmã. Ela poderia
ter feito tudo melhor, não teria cometido os erros que cometi, não teria hesitado. Eu sou só uma substituta inferior,
uma incompetente que jamais chegará aos seus pés, não importa o quanto eu tente. Por que fui EU a ficar com o
chifre? Por que nascemos gêmeas?! Por quê...??”, confessou, deixando escorrer, pela primeira vez, lágrimas de
seus olhos. “Desculpe, eu disse várias coisas estranhas, por favor, esqueça tudo isso, foi a primeira vez que contei
essas coisas para alguém...”.

• “Você é bem idiota, Rem. Você cometeu 3 idiotices!”, diz Subaru, deixando-a confusa, e então continua: “Primeira
idiotice: você se lamenta pelo passado. ‘Poderia ter me salvado’ Eu estou aqui, são e salvo, graças a você, não
estou? Segunda idiotice: querer carregar todo o fardo sozinha. Teria sido muito mais fácil se tivesse conversado
com alguém, com certeza teriam chegado a uma solução mais simples! Apesar de ficar feliz por você fazer tudo isso
por mim. E terceira idiotice: você sabe o que é, Rem?”. Rem mostra um olhar confuso para a pergunta e volta a se
autodepreciar, declarando-se insuficiente até para responder algo tão simples. “É essa a terceira idiotice, Rem.
Sempre se menosprezar. Estar sempre diminuindo o seu valor enquanto valoriza Ram”, completa Subaru.

• É um fato que Rem sempre glorifica sua irmã mais velha e despreza suas próprias conquistas. Na cabeça de Subaru,
a Ram idolatrada por Rem é uma versão utópica que não existe. A Ram que conhece tem menos energia, cozinha
pior que Rem, além de dormir durante o trabalho e fazer comentários repletos de insultos. Em inúmeras áreas ela
é infinitamente superior à Ram. Ela tenta justificar: “Você está errado! Ela só é assim hoje, porque perdeu o Chifre!
Se ela ainda tivesse o chifre, você jamais a julgaria assim...”. Mas ele refuta, essa Ram idealizada não existe mais,
ela não tem mais o chifre e isso é algo que jamais mudará. A Ram que ele conhece é aquela que não consegue
cozinhar, que não consegue costurar e que não consegue limpar tão bem. “A própria Ram não se importa mais com
ter ou não ter chifre, só você continua presa a isso, Rem. O que falta à Ram, você tem. Aceite isso. Você é gentil,
esforçada e sempre faz o seu melhor”.
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Re:Zero – Starting Life In Another World
• Ao invés de se comparar e exaltar seus defeitos, ela deveria
reconhecer seus lados positivos, reconhecer suas qualidades.
Se não fosse por ela, ele teria morrido. E não foi a Ram quem o
salvou, foi ela, Rem. “Obrigado, fico feliz por você existir, Rem”.

• Ela continua com sua autodepreciação: “Mas eu sou só uma


substituta...”. Ao que ele responde que ela só tem que se tornar
no chifre que Ram perdeu. Que juntas sejam um demônio
completo! Além disso, no caso de algo acontecer com ela,
quem iria substitui-la? Rem não sabe, mas ele havia visto, em
um futuro perdido, o desespero que assolou Ram ao perder sua
amada irmã. Não gostaria de ver aquilo nunca mais.

• “Sorria, Rem, vamos falar do amanhã sorrindo. Vamos


recuperar o tempo que você desperdiçou olhando para trás e
olhar para o seu futuro. Vamos seguir em frente, apoiados um
no outro”. Ela hesita em responder, afirma que é muito fraca e,
provavelmente, iria depender dele para muitas coisas. “Qual o
problema? Também sou fraco e dependerei de você, Rem”. Ela
abre um pequeno sorriso, as lagrimas jorram, mas ela continua
rindo. Chora e ri, chora e ria. Até que afunda seu rosto no
cobertor e cai no sono. Suas mãos nunca se soltaram.

• Ela estava emburrada, carrancuda e já levava 10 minutos dando-lhe sermões: “Imagina, não é que eu esteja
chateada, não. Só aconteceu da pessoa que eu estava cuidando desaparecer e eu acordar amarrada à cadeira, sem
poder me mover e tendo sido abandonada, mas eu não ficaria chateada só por isso não. Eu. Não. Estou. Chateada.”
ela tenta disfarçar, mas é óbvia a sua frustração. Ao final ele pede desculpas e ela aceita, mas só porque ele pediu
voluntariamente, já que ela não estava nem um pouco chateada!

• Emilia expõe sua surpresa ao notar como o garoto parece


sempre se machucar. Afinal, faz apenas 4 dias desde que ele
chegou à Mansão e já se envolveu em outro incidente. “Você
me salvou de novo... Você foi trazido para cá como
agradecimento por me salvar na Capital e agora me salvou
outra vez... Obrigado, Subaru”. Após reconhecer seus
esforços e agradecê-lo mais uma vez, Emilia diz ter uma
grande dívida com ele. Não só ela, mas Roswaal também.

• Como recompensa, ele brinca sobre pedir à Roswaal para


que Ram e Rem sejam suas criadas pessoais por um tempo,
mas completa: “Vou receber uma recompensa da Emilia-Tan,
também?”. Ela faz bico, mas garante se esforçar, caso esteja
ao seu alcance. Ele aproveita a chance e pede para ter um
encontro com ela. Para que possam passear, comer e
caminhar juntos pela vila.

• “É só isso que você quer? Dá outra vez você também só


pediu o meu nome... Sua definição de ganância é bem
diferente, não é? Mas, tudo bem... eu aceito... irei em um
‘Date’ com você”. Com isso, ele finalmente conseguiu
cumprir a promessa que havia feito 20 dias atrás, durante seu
primeiro loop na Mansão.

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Re:Zero – Starting Life In Another World

3.8 - Interlude: Secret Conversation Under The Moon:

• Ele agradece pelos esforços em sua ausência e garante que incinerar algumas bestas não foi incômodo algum. Como
de costume, o encontro acontece no escritório do Marquês, durante a noite. Algumas horas após a conversa de
Subaru e Emilia. Então, como das outras vezes, pede o relatório sobre o garoto. Ram conta que seu corpo já está
praticamente curado, graças à Beatrice, que o curou impecavelmente enquanto reclamava. Roswaal deixa clara sua
surpresa com o comportamento da Bibliotecária, era raro vê-la se envolver tanto com alguém. “Só falta... bem, não
importa”, diz, sem completar.

• Ela continua: por ele ter utilizado magia e forçado o seu portal duas vezes em um período tão curto de tempo, além
de ter sido curado de ferimentos fatais, não se sabe quando seu portal se recuperará. Além disso, as fórmulas das
maldições continuarão em seu corpo, mesmo que jamais possam se ativar novamente. Ou seja, o garoto pagou um
preço muito caro pelos eventos da semana. Como um Mago Real, Roswaal entende muito bem a gravidade daqueles
comentários. Além disso, as Bestas Mágicas aniquiladas não possuíam chifres. Uma Besta que perde o Chifre passa
a obedecer a aquele que o quebrou. Ou seja, alguém visou perturbar o território do Marquês, intencionalmente.
Até o induziram a deixar o território, fazendo-o visitar Garfiel.

• Havia uma suspeita quanto à pessoa que estava controlando as Bestas: uma das crianças resgatadas por Subaru e
Rem havia desaparecido após o resgate, sem deixar rastros. A garota de tranças. As outras crianças alegaram não a
conhecer muito bem, ela surgiu do nada. Além de ter sido ela quem trouxe o filhote e a primeira a atravessar a
barreira, era quase certo que ela era realmente a culpada.

• Ele pede a Ram que se aproxime e reflete, ainda bem que elas estão bem. Não sabe o teria feito caso o pior tivesse
acontecido. Afinal, elas são importantes peças para ele. Ram não pareceu se incomodar por ter sido rebaixada a
uma mera “peça”. Então, Roswaal inicia a elaborada técnica de “infusão de mana”. Técnica somente possível por
Roswaal ter aptidão com os 4 elementos. Eles devem ser injetados na mesma intensidade, caso contrário a mana
se tornaria um “ataque”. Já que a garota não tinha mais chifre, não conseguia mais coletar mana. Então, toda noite,
o Marquês realizava a manutenção de seu corpo.

• Ram conta que Rem acabou se apegando ao Subaru. Roswaal não se surpreende, ele sabe que Rem não o serve por
lealdade, mas sim para manter Ram segura. Ela faria de tudo para proteger aquele ambiente que traz tanta
segurança à sua irmã mais velha. Inclusive, Ram achava que Subaru tinha tido muita sorte em conseguir a confiança
de Rem antes de ser morto, já que Rem era imprudente e impulsiva com qualquer coisa que pudesse afetar a paz
daquele ambiente. Mas, ainda assim, ela é a pessoa mais importante da vida de Ram.

• Roswaal agradece mais uma vez pelos esforços e finaliza: “Temos que conquistar o trono, custe o que custar. Pelo
bem do meu objetivo. Pelo dia que matarei o dragão”.

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