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Tabelas

Texto 1
No estudo, as armadilhas foram triadas manualmente, e todos os organismos da classe Collembola
foram coletados e preservados em álcool 100%. Posteriormente, eles foram contados e identificados
com base em características morfológicas, que fazem parte do conceito de características funcionais.
A morfotipagem foi realizada com uma lupa que oferecia um aumento de até 50 vezes para análise
detalhada. A separação dos Collembola em morfotipos foi feita com base no grau de adaptação ao
solo usando o índice EMI (Eco-morfological index), que considera organismos com antenas menores,
ausência de ocelos e pigmentação reduzida como mais adaptados ao solo e com menor capacidade
de dispersão.

Para identificar os morfotipos de Collembola, cinco características de cada organismo foram


observadas, incluindo a presença de ocelos, pelos ou escamas, pigmentação, comprimento das
antenas e tamanho da fúrcula. Cada característica recebeu uma pontuação parcial no índice EMI, e a
soma dessas pontuações determinou o grau de adaptação dos colêmbolos ao solo. O índice EMI
varia de 0 a 20, sendo que valores mais altos indicam maior adaptação ao solo e menor capacidade
de dispersão, enquanto valores mais baixos indicam menor adaptação ao solo e maior capacidade
de dispersão. Cada combinação única de características levou à atribuição de um morfotipo
diferente.

Os morfotipos foram então separados em três grupos com base no valor total do EMI: edáficos (que
vivem no solo) com valores de 14 a 20, hemiedáficos (intermediários) com valores entre 8 e 12, e
epígeos (que habitam a serapilheira) com valores entre 0 e 6. Isso permite classificar os Collembola
com base em seu grau de adaptação ao ambiente do solo.
Texto 2
No verão, os resultados do índice QBS foram mais altos na área SUS PD e mais baixos na área RE, o
que não correspondeu aos resultados encontrados em estudos anteriores na mesma região. No
inverno, o padrão de resultados do QBS foi oposto ao verificado em um estudo anterior, com a
maior pontuação QBS sendo encontrada no SUS ILP e a menor na área FN. Isso sugere que as
condições climáticas e de solo podem variar entre as regiões, enfatizando a importância de estudar
diferentes áreas e épocas de amostragem.

Outros estudos indicaram que a agricultura convencional afeta mais a biodiversidade do solo do que
práticas mais conservacionistas, como o plantio direto, culturas de cobertura e rotação de culturas.
Além disso, o tipo de manejo agrícola, incluindo práticas como aração, fertilização e culturas de
cobertura, pode afetar os valores do QBS.

As áreas de plantio direto (PD) e integração lavoura-pecuária (ILP), que envolvem revolvimento
mínimo do solo, rotação de culturas e manutenção de restos de culturas, promovem a diversidade
de habitat para a fauna invertebrada. Isso também se aplica à agricultura sustentável.

A área PA foi mais estável em termos de qualidade biológica, mostrando uma qualidade biológica
relativamente consistente em ambas as estações de amostragem. Os resultados podem estar
relacionados ao método de captura de colêmbolos, que captura principalmente os organismos que
habitam a serapilheira.

Os valores do QBS foram geralmente mais altos no verão do que no inverno, e os colêmbolos, em
particular, mostraram flutuações sazonais significativas.

Alguns morfotipos de colêmbolos foram mais representativos em seus grupos eco-morfológicos em


cada época de amostragem, variando em sua abundância em diferentes áreas de estudo. Por
exemplo, no inverno, o morfotipo Ed 15 foi o mais representativo entre os colêmbolos edáficos em
vários SUS, enquanto o morfotipo H 48 foi o mais representativo entre os colêmbolos hemiedáficos
em outras áreas.
O estudo sugere que a biodiversidade do solo pode ser influenciada por várias variáveis, incluindo o
tipo de manejo agrícola, condições climáticas e as características do solo. Portanto, a pesquisa em
diferentes regiões e épocas é importante para obter uma compreensão abrangente dos padrões de
qualidade biológica do solo.

Texto 3
Os autores deste estudo investigaram as características morfológicas dos coleópteros e sua relação
com funções no ecossistema. Eles acreditaram que essas características estavam ligadas à adaptação
desses insetos à vida no solo. Para analisar essa relação, avaliaram quatro características específicas
em cada coleóptero e atribuíram um "morfotipo" com base na combinação dessas características. O
valor final do Morfotipo Ecomorfológico Integrado (EMI) foi obtido somando os valores das quatro
características, variando de 0 a 20.

Com base nos valores de EMI, os morfotipos foram agrupados em três categorias: "edáficos" (com
adaptação ao solo), com valores de EMI entre 15 e 20 (Ed); "semi-edáficos" (intermediários), com
valor 10 (H); e "epígeos" (habitantes da superfície), com valores de 0 a 5 (Ep). Ou seja, quanto maior
o valor de EMI, mais adaptado um coleóptero é à vida no solo.

Usando o índice eco-morfológico, os autores calcularam o "Biological Quality of Soil" (QBS), que
representa a qualidade biológica do solo. Esse índice é baseado na ideia de que quanto melhor a
qualidade do solo, maior será a adaptação de microartrópodes ao ambiente. Para coleópteros, o
valor do QBS é determinado pelo EMI mais alto entre os organismos do mesmo grupo.
Neste estudo, o QBS foi calculado considerando o valor EMI multiplicado pela abundância de
coleópteros em cada sistema de uso do solo (SUS). Além disso, os autores calcularam o "mT," uma
média ponderada dos valores de trait na comunidade, levando em consideração a abundância real
dos organismos em relação ao total de coleópteros em cada sistema. O mT fornece informações
sobre a distribuição de frequências em cada categoria de adaptação edáfica.

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