Você está na página 1de 9

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

RAIMUNDO MÁRIO SILVA RODRIGUES DOS SANTOS

RELATÓRIO FISIOLOGIA ANIMAL COMPARADA – CÉLULAS


EXCITÁVEIS CARNE EM PUTREFAÇÃO

Feira de Santana
2018
RAIMUNDO MÁRIO SILVA RODRIGUES DOS SANTOS

RELATÓRIO FISIOLOGIA ANIMAL COMPARADA


MEMBRANAS CELULARES

Trabalho apresentado como requisito para avaliação


parcial na disciplina BIO 400 – Fisiologia Animal
comparada, universidade estadual de Feira de
Santana.
Professora: Dra. Gesline Ferreira de Almeida

Feira de Santana
2018
Sumário

1. INTRODUÇÃO....................................................................................................4
2. OBJETIVOS........................................................................................................5
2.1 OBJETIVOS GERAIS...........................................................................................5
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS...............................................................................5
3. MATERIAIS........................................................................................................5
4. PROCEDIMENTO....................................................................................................6
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO...........................................................................6
6. CONCLUSÃO....................................................................................................................6

7. REFERENCIAS........................................................................................................7
IMAGENS.................................................................................................................................8
4

1. INTRODUÇÃO

As células excitáveis são células presentes nos organismos vivos capazes de


gerar potencial de ação como é o caso das células dos neurônios, das células endócrinas
e musculares e do óvulo que possuem canais de cátions em sua membrana que se abre
para entrada e saída de íons que são responsáveis pela polarização e despolarização das
células possibilitando dessa forma com que as células enviem impulsos elétricos e
através deles os organismos perceberem e interagir com o ambiente.

Nos insetos o olfato possui importância fundamental nessa interação com o


ambiente, pois possibilitam com que eles reconheçam alimentos, parceiros sexuais,
abrigos, presença de predadores, influenciam no comportamento de sociabilidade dos
insetos sociais dentre muitas outras atividades fundamentais para sua sobrevivência.
Eles recebem estímulos químicos do ambiente em forma de moléculas de odor que
serão captados pelas antenas, palpos labiais e maxilares servindo como um nariz
(receptor sensorial) e envia esses estímulos para o sistema nervoso central (SNC) que
devolverá na forma de uma resposta.

Esses odores são detectados por proteínas solúveis chamadas OBP (Odorant
Binding Protein) que se ligam às moléculas de odor e são transportadas para os
receptores de estímulos olfativos presentes nas antenas, palpos labiais e maxilares.
Esses estímulos químicos são transformados em estímulos elétricos e enviados ao SNC
que devolvem em forma de resposta. Lorenzo & Melo (2012) definem as proteínas OBP
como moléculas como moléculas de 14 kDa com 120 a 150 aminoácidos
aproximadamente de característica hidrofóbicas como as moléculas de odores. As OBPs
são expressas e secretadas pelas células de suporte das sensilas (figura 4) para dentro do
lúmen sensilar. Campanini (2012) considera essas proteínas

(...) de grande importância para a sobrevivência e reprodução, pois


participam do passo inicial da cascata de transdução dos sinais
olfatórios, solubilizando e transportando os sinais químicos (odores e
feromônios) até os receptores olfativos.

Sendo fundamentais para que os insetos por meio das OBPs reconheçam e vão à
busca de alimentos mesmo a uma distancia considerável em relação á sua localidade.
5

Outra substancia química liberada pelos insetos de extrema importância para a


sobrevivência dos insetos são os feromônios que de acordo com Zarbin & Rodrigues
(2009) podem ser de acasalamento quando medeia o comportamento de um indivíduo
do sexo oposto para o acasalamento; de agregação, quando servem para atrair
indivíduos de ambos os sexos para algum local onde há alimentos ou para se acasalarem
e feromônios de trilha quando servem para demarcar um território ou formação de
trilhas. Segundo o mesmo autor, quando os insetos liberam substancias que
intermedeiam comportamentos entre espécies diferentes elas são chamadas substancias
aleloquímicas (ZARBIN & RODRIGUES, 2009).

2. OBJETIVOS

2.1 OBJETIVOS GERAIS

Realizar uma atividade de campo de forma que possa ser possível representar as
células excitáveis e entender a importância delas na interação entre insetos e em seu
ambiente assim como da proteína OBP e dos feromônios no comportamento de
agregação dos insetos..

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS


1) Reunir iscas variadas com alimentos e observar qual delas atraem mais insetos;
2) Registrar o comportamento desses insetos durante o experimento com câmeras
de celulares e/ou máquinas fotográficas
3) Elaborar um gráfico de forma que seja possível interpretar o comportamento dos
insetos.
4) Abordar o papel das células excitáveis relacionadas ao comportamento dos
insetos durante o experimento.
5) Abordar o papel das proteínas OBP e dos feromônios no comportamento dos
insetos atraídos pelas iscas durante o experimento.

3. MATERIAIS

- 4 Placas de Petri grandes

-4 luvas cirúrgicas para manipulação do material

- Algodão
6

- 100 mL água em uma pipeta

- Carne em putrefação 100g

- 100 ml de Xarope: solução de açúcar e agua a 50%

- Câmeras de celulares dos alunos

- Caderno de anotações

4. PROCEDIMENTO

Os alunos foram divididos em 4 (quatro) grupos cada um com uma isca-controle


diferente (figuras 1, 2 e 3) em um ambiente natural da Universidade estadual de Feira de
Santana escolhido pela professora para que dessa forma possam atrair as formigas e
observar o comportamento delas que incluem toque das antenas nos alimentos e nas
outras formigas, interações com outros insetos e comportamento de aproximação. As
iscas foram água, solução de glicose (figura 1), melaço (Figura 2) e 1 pedaço de carne
em putrefação (Figura 3). O comportamento da aproximação das formigas foi observado
nas 4 iscas ao mesmo de 15 em 15 minutos totalizando 60 minutos e registrados com
câmeras de celulares. Em seguida os resultados foram montados em um gráfico para
discussão e confecção do presente relatório.

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Em algumas iscas como o melaço, o xarope e a carne em putrefação pôde-se


observar que foram atraídos insetos tanto da mesma espécie quanto de espécies
diferentes em comportamento de interação entre eles (intraespecífico e interespecífico)
quanto de toque nas iscas, porém de todas as iscas colocadas no campo, a que mais
atraiu os insetos foi a carne em putrefação com aumento crescente. Destaque para
dípteros (moscas) e formigas que foram atraídas pelo forte odor liberado pela carne
captados pelos seus órgãos olfativos e os feromônios emanados pelos outros insetos se
encarregaram de fazer com que ocorresse a atração de indivíduos da mesma espécie ao
redor da carne.

6. CONCLUSÃO
7

A partir esse experimento foi possível entender que as células excitáveis são de
importância fundamental para que os insetos possam interagir com o ambiente em que
vivem em atividades de interação inseto-inseto e na procura por alimentos. Também
pudemos concluir que a carne é um poderoso meio de atração de insetos devido a
exalação de forte odor quando em estado de putrefação o que faz como que seja
percebida pelos insetos devido ao seu apurado olfato graças á ação das proteínas OBP
(Odorant Binding Protein) que detectam as moléculas de odor e as transportam às suas
sensilas presentes nas antenas, palpos maxilares e labiais que reconhecem as moléculas
de odor pelos receptores olfativos presentes nas estruturas olfativas e transformam os
estímulos químicos em impulsos elétricos levando ao SNC e devolvendo em forma de
resposta possibilitando assim com que os insetos identifiquem a presença de alimentos e
vão à procura deste. O presente trabalha também serviu para demonstrar que os insetos
liberam compostos químicos denominados feromônios e substâncias aleloquímicas que
medeiam o comportamento dos insetos tanto entre as mesmas espécies quanto entre
espécies diferentes.

7. REFERENCIAS

LORENZO, Marcelo Gustavo & MELO, Ana Claudia do Amaral. Olfação e


comportamento. Tópicos Avançados em Entomologia Molecular, Instituto Nacional de
Ciências e Tecnologia (INCT), 2012.
CAMPANINI, Emeline Boni. Evolução molecular e padrão de expressão de
genes da família das proteínas ligantes a odores (OBPs) em duas espécies de
moscas-da-fruta do grupo Anastrepha fraterculus. 2016. 104 fls. Tese (doutorado
em Ciências). Universidade de São Carlos, SP, 2016. Disponível em:
https://repositorio.ufscar.br/bitstream/handle/ufscar/8772/TeseEBC.pdf?sequence=1
<acesso em 15/11/18 >
ZARBIN, Paulo H. G.& RODRIGUES, Mário A. C. M. Feromônios de insetos:
tecnologias e desafios para uma agricultura competitiva no Brasil. Química Nova.
Volume 32, pág. 722-731, 2009. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/qn/v32n3/a16v32n3.pdf <acesso em 15/11/18 >
8

8. IMAGENS

Imagem 1: Isca contendo solução de glicose e água

Imagem 2: isca contendo melaço


9

Figura 3: isca contendo carne em putrefação

Figura 4: Sensila olfativa de um inseto

Você também pode gostar